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ESTRUTURAS

DE MADEIRA 
QUESTÕES COMENTADAS 

e-book
 QUESTÕES
 COMENTADAS SOBRE:
1 PRIORIDADES FÍSICAS 3 DIMENSIONAMENTO DE
E MECÂNICAS  ELEMENTOS ESTRUTURAIS

2 DEGRADAÇÃO E 4 SISTEMAS
TRATAMENTO  CONSTRUTIVOS 
Q1 (ENGENHEIRO CIVIL – COMPESA – FGV – 2014) 

As opções a seguir apresentam as vantagens da madeira como material


de construção, à exceção de uma. Assinale-a.

Ⓐ Tem boa resistência mecânica com peso próprio


reduzido.
Ⓑ Pode ser trabalhada com ferramentas simples.
Ⓒ Boa condição natural de isolamento térmico e
absorção acústica.
Ⓓ Possui combustibilidade.
Ⓔ Permite o uso em dimensões reduzidas.
R1 (ENGENHEIRO CIVIL – COMPESA – FGV – 2014) 

Alternativa A: INCORRETA. A madeira é um material anisotrópico poroso e apresenta elementos


anatômicos dispostos em uma direção. A estrutura porosa se caracteriza por apresentar massa
em um determinado volume (baixa massa específica). Se se considerar a resistência à tração
paralela às fibras e a resistência à flexão, verifica-se que os valores são elevados. Se se
considerar a razão entre essas resistências mecânicas e as massas específicas das diferentes
espécies de madeira, em alguns casos, é possível obter relações próximas dos aços estruturais.

Alternativa B: INCORRETA. A madeira é um material que apresenta uma alta trabalhabilidade, não
sendo necessários equipamentos ou ferramentas que possuem grande capacidade de aplicação
de cargas. As ferramentas mais utilizadas pelos carpinteiros e marceneiros (martelos, serrotes,
plainas, etc.) apenas demandam força humana.
R1 (ENGENHEIRO CIVIL – COMPESA – FGV – 2014) 

Alternativa C: INCORRETA. Vide comentaria da alternativa D.


Alternativa D: CORRETA. A madeira é um material polimérico poroso de origem biológica e composto
por carbono, oxigênio e hidrogênio na sua composição. Quando a temperatura aumenta
progressivamente, se inicia o processo de decomposição da estrutura molecular da madeira em
simultâneo com a liberação de gases voláteis inflamáveis que, em conjunto com o oxigênio da
atmosfera, alimentam a combustão do material. Consequentemente, a madeira apresenta baixa reação
ao fogo, quando comparada com os demais materiais estruturais.
Alternativa E: INCORRETA. Na realidade, uma das desvantagens da madeira é justamente a limitação
das dimensões das seções transversais. Este fato é devido às dimensões das árvores.
No que concerne à obtenção de peças estruturais de dimensões reduzidas, a precisão do corte da
madeira poderá atingir a precisão de milímetros, a depender da qualidade da mão-de-obra e dos
equipamentos/ ferramentas utilizadas.
Q2 (ANALISTA – DPE/MT – FGV – 2015) 

Com relação às condições de referência para as propriedades de resistência e de rigidez da madeira


especificados na Norma NBR 7190:1997 – Projeto de Estruturas de Madeira, analise as afirmativas a
seguir.

I. Os valores especificados na referida Norma são os correspondentes à classe 1 de umidade, que se


constitui na condição-padrão de referência, definida pelo teor de umidade de equilíbrio da
madeira de 12%.

II. Na caracterização de um lote de material, os resultados de ensaios realizados com diferentes teores
de umidade da madeira, contidos no intervalo entre 10% e 20%, devem ser apresentados com os valores
corrigidos para a classe 1 de umidade.

III. Admite-se como desprezível a influência da temperatura na faixa usual de utilização de 10°C a 60°C.
Q2 (ANALISTA – DPE/MT – FGV – 2015) 

Assinale:

Ⓐ se somente a afirmativa I estiver correta.

Ⓑ se somente a afirmativa II estiver correta.

Ⓒ se somente a afirmativa III estiver correta.

Ⓓ se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

Ⓔ se todas as afirmativas estiverem corretas.


R2 (ANALISTA – DPE/MT – FGV – 2015) 

Assertiva I: CORRETA. O teor de umidade da madeira é dependente das condições de umidade


do ambiente. Se o teor de umidade da madeira for excessivamente alto, a madeira tende a
perder umidade, no entanto, se esse valor for demasiado baixo, a madeira absorverá umidade
do ar (comportamento higroscópico). Em uma situação intermédia, as trocas de umidade entre
o ar e a madeira não ocorrerão (teor de umidade de equilíbrio). Conforme a tabela 7 da NBR
7190, a classe de umidade 1 inclui as umidades relativas do ambiente até 65% e, nesse caso, o
teor de umidade de equilíbrio da madeira é de 12%. Quando se recorre às classes de
resistência das madeiras para se obter as características mecânicas (tabelas 8 e 9 da NBR
7190), os valores apresentados são referentes a um teor de umidade de 12%.
R2 (ANALISTA – DPE/MT – FGV – 2015) 

Assertiva II: CORRETA. A resistência mecânica aumenta não linearmente com o decréscimo do
teor de umidade da madeira para valores inferiores a 20%. Para valores de teor de umidade
superiores a 20%, a variação da resistência mecânica é menor. Para a caracterização da
madeira, é necessário apresentar um valor de referência que possa ser comparado com os
valores de referência, cujo teor de umidade é de 12%. Por conseguinte, recorre-se à correção
das características mecânicas da madeira através das expressões numéricas do item 6.2.1 da
NBR 7190.
Assertiva III: CORRETA. As características mecânicas e físicas da madeira não são influenciadas
pela temperatura na faixa usual de serviço. Isto se reflete na estabilidade dimensional e na
ausência de variação da sua resistência mecânica.
Resposta: Ⓔ
Q3 (ENGENHEIRO – CONAB – IADES – 2014)

Entre os ensaios para determinação de propriedades das madeiras para projeto de


estruturas, tendo em vista a caracterização completa das madeiras, a caracterização
mínima e a caracterização simplificada, é correto citar:

Ⓐ umidade, densidade e impurezas orgânicas.


Ⓑ punção, estabilidade dimensional e fendilhamento.
Ⓒ identificação de eflorescências, flexão e dureza.
Ⓓ compressão paralela às fibras, tração paralela às fibras e compressão normal às
fibras.
Ⓔ resistência à abrasão, resistência das emendas dentadas e biseladas e embutimento.
R3 (ENGENHEIRO – CONAB – IADES – 2014)

Alternativa A: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, uma vez que não inclui nenhuma
resistência mecânica, nem a densidade básica.

Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não está correta devido ao comentário realizado
na Alternativa A. Além disso, a estabilidade dimensional da madeira depende sempre da
variação da umidade relativa do ar.

Alternativa C: INCORRETA. Não se deve considerar a identificação de eflorescências, uma


vez que este fenômeno não ocorre em madeiras. Vide também o comentário realizado na
Alternativa A.
R3 (ENGENHEIRO – CONAB – IADES – 2014)

Alternativa D: CORRETA. Esta alternativa está correta, uma vez que inclui resistências
mecânicas da madeira.

Alternativa E: INCORRETA. A alternativa é falsa, pois considera a resistência mecânica


de emendas,
Q4 (ANALISTA – IBRAM DF – FUNCAB – 2010)

As principais causas de degradação da madeira podem ser divididas entre aquelas provocadas
por agentes biológicos e aquelas provocadas por agentes físicos. Dentre os principais agentes
físicos, a ação da incidência solar solar, que pode acarretar o ressecamento da madeira, bem
como a ação das chuvas, que pode lixiviar componentes da madeira como a lignina e a
celulose, são exemplos de ataque por:

Ⓐ Umidade.
Ⓑ Incêndio.
Ⓒ Intemperismo.
Ⓓ Produtos químicos.
Ⓔ Cupins.
R4 (ANALISTA – IBRAM DF – FUNCAB – 2010)

Alternativa A: INCORRETA. Uma vez que a madeira é um material higroscópico, o seu teor de
umidade depende das condições de umidade relativa ambiente. Logo, a umidade está sempre
presente na madeira, não sendo possível removê-la totalmente por outro processo que não seja
a queima. A umidade presente na madeira no seu estado natural não provoca lixiviação da
lignina, no entanto contribui para o seu amolecimento.

Alternativa B: INCORRETA. Esta alternativa não está correta, uma vez que o incêndio é provocado
por temperaturas superiores à situação em que a madeira se encontra em serviço. Além disso, a
chuva e incêndio são dois agentes antagônicos.
R4 (ANALISTA – IBRAM DF – FUNCAB – 2010)

Alternativa C: CORRETA. O intemperismo é o conjunto de ações de degradação química, física e


biológica da madeira provocada por agentes da natureza tais como a água e os raios
ultravioleta. A água promove o ataque dos fungos e a remoção de fibras ou de partículas da
madeira, enquanto que os raios ultravioleta decompõem a lignina.

Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, visto que os raios solares e das chuvas
não podem ser enquadrados como produtos químicos.

Alternativa E: INCORRETA. A alternativa é falsa visto que cupim é considerado um agente


biológico.
Q5 ANALISTA – POLÍCIA CIVIL MG – FUMARC – 2013)

O calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral para a terça,
na estrutura de madeira de uma cobertura, é chamado:

Ⓐ Frechal.
Ⓑ Chapuz.
Ⓒ Pontalete.
Ⓓ Mão-francesa.
R5 ANALISTA – POLÍCIA CIVIL MG – FUMARC – 2013)

Alternativa A: INCORRETA. Frechal é o nome específico dado a uma terça que se apoia em uma
parede, localizado na parte inferior da cobertura.
Alternativa B: CORRETA. Uma vez que as terças têm a seção transversal inclinada, estas têm a
tendência para deslizar no sentido do caimento da água. A função do chapuz é justamente evitar
esse deslize.
Alternativa C: INCORRETA. Pontalete é um elemento estrutural que sustenta as terças e se apoia
em uma laje. Em uma cobertura, os pontaletes desempenham o mesmo papel que as tesouras.
Alternativa D: INCORRETA. Mão-francesa é o elemento estrutural com direção diagonal que se
localiza, usualmente, entre peças estruturais verticais comprimidas e horizontais fletidas.
Normalmente, a mão-francesa colabora na diminuição da flecha de elementos estruturais
fletidos, através da diminuição do seu vão livre.
Q6 (ANALISTA – ENGENHARIA CIVIL – TJ/RO – FGV – 2015)

Para o emprego na indústria da construção civil algumas madeiras são transformadas a fim de
corrigir suas propriedades anisotrópicas. São várias as tecnologias de alteração da estrutura
fibrosa do material. Aquela transformada pela colagem de duas ou três lâminas, alterando-se a
direção das fibras em ângulo reto de modo a equilibrar as variações de retratibilidade e
homogeneizar as resistências nos sentidos transversal e longitudinal é a madeira:

Ⓐ Laminada e colada;
Ⓑ Aglomerada;
Ⓒ Laminada compensada;
Ⓓ Reconstituída;
Ⓔ Anisotrópica.
R6 (ANALISTA – ENGENHARIA CIVIL – TJ/RO – FGV – 2015)

Alternativa A: INCORRETA. Madeira laminada e colada é um produto estrutural obtido através da


colagem de lâminas de madeira serrada com espessura até cinco centímetros. As lâminas têm as fibras
dispostas paralelamente entre si. Por conseguinte, esta alternativa é falsa.
Alternativa B: INCORRETA. Madeira aglomerada é um produto de madeira obtido por prensagem de
partículas aglomeradas por resina. Uma vez que não existe uma orientação da direção das fibras da
madeira, esta alternativa está incorreta.
Alternativa C: CORRETA. A madeira laminada compensada é o produto de madeira resultante da colagem de
lâminas de fibras de madeira através de prensagem. As fibras de madeira são orientadas
perpendicularmente entre si. Este fato permite reduzir os efeitos das menores características físicas e
mecânicas da madeira, através da conjugação com as melhores propriedades, que se apresentam no
sentido das fibras. Por conseguinte, esta alternativa está correta.
Q7 (ENGENHEIRO –PREF. ARACRUZES – FUNCAB –2014)

Uma peça de madeira, que na situação de projeto é solicitada apenas à compressão simples, tem um
comprimento efetivo de 4,5 m e ambas extremidades indeslocáveis por flexão. De acordo com a norma
ABNT NBR 7190: 1997 (Projeto de estruturas de madeira), a excentricidade acidental (ea), em cm, devido
às imperfeições geométricas da peça deve ser de pelo menos:

Ⓐ 7,5.
Ⓑ 6,0.
Ⓒ 4,5.
Ⓓ 3,0.
Ⓔ 1,5.
R7 (ENGENHEIRO –PREF. ARACRUZES – FUNCAB –2014)

Alternativa A: INCORRETA. Vide comentário da alternativa E.

Alternativa B: INCORRETA. Vide comentário da alternativa E.

Alternativa C: INCORRETA. Esta alternativa está errada, porque a excentricidade acidental é


calculada através de:

e = vãolivre/100 = 450/100 = 4,5 cm


R7 (ENGENHEIRO –PREF. ARACRUZES – FUNCAB –2014)

Alternativa D: INCORRETA. Esta alternativa está incorreta, porque a fórmula de cálculo


utilizada é:

e = vãolivre/150 = 450/150 = 3,0 cm

Alternativa E: CORRETA. A resposta está correta, uma vez que a NBR 7190 considera
que a excentricidade acidental deverá ser:

e = vãolivre/300 = 450/300 = 1,5 cm


Q8 (DOCENTE – IFSC – IFSC – 2017)

O gráfico abaixo representa 5 curvas hipotéticas para expressar a relação entre resistência à
compressão das madeiras e o teor de umidade do material.

A relação entre esses dois aspectos é melhor representada peça curva:


Ⓐ2 Ⓑ1 Ⓒ3 Ⓓ4 Ⓔ5
R8 (DOCENTE – IFSC – IFSC – 2017)

Alternativa A: INCORRETA. Esta opção está incorreta, porque considera um aumento da resistência
mecânica em função do aumento do teor de umidade. A relação entre a resistência mecânica e o
teor de umidade caracteriza-se por ser inversamente proporcional e não diretamente
proporcional, conforme demonstrado pela curva 2.
Alternativa B: INCORRETA. A curva 1 apresenta um aumento exponencial da resistência mecânica
em função do teor de umidade. Conforme referido no comentário à Alternativa A, a relação entre
estas duas variáveis é inversamente proporcional, por conseguinte, o fato da curva 1 apresentar
um aumento exponencial da resistência mecânica em função do incremento do teor de umidade,
faz com que esta alternativa esteja incorreta.
Alternativa C: INCORRETA. Esta opção está incorreta uma vez que não considera a influência do
teor de umidade na resistência mecânica da madeira.
R8 (DOCENTE – IFSC – IFSC – 2017)

Alternativa D: CORRETA. Esta alternativa está correta, uma vez que considera o decréscimo da
resistência mecânica da madeira em função do aumento do teor de umidade. A taxa de
decréscimo da resistência mecânica da madeira tende, de fato, a diminuir para valores maiores
de teor de umidade até se atingir o ponto de saturação das fibras.

Alternativa E: INCORRETA. A curva 5 apresenta uma diminuição da resistência mecânica em


função do aumento do teor de umidade. No entanto, a curva 5 mostra que essa variação
decresce de forma exponencial, o que significa que o decréscimo da resistência mecânica não
tende a estagnar à medida que se alcança o ponto de saturação das fibras (vide comentário da
alternativa D). Por conseguinte, esta hipótese está incorreta.
Q9 (ANALISTA – DPE/RO – FGV – 2015)

Uma tora de madeira verde de 650 kgf de peso apresenta, no ponto de saturação, uma
umidade de 30%. Considerando a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, o seu peso
seco em estufa, em kN, é:

Ⓐ 4,55;
Ⓑ 45,5;
Ⓒ 455,00;
Ⓓ 50,00;
Ⓔ 5,0.
R9 (ANALISTA – DPE/RO – FGV – 2015)

Alternativa A: INCORRETA.

(1-30/100) × 650/100 = 4,55 kN.

Neste caso, considera-se 70% do peso conjunto da madeira e da água, o que está incorreto, uma
vez que o teor de umidade relativamente ao peso seco.

Alternativa B: INCORRETA. (1-30/100) × 650/10 = 45,50 kN. Além do comentário da Alternativa B, a


conversão de kgf para kN está incorreta.

Alternativa C: INCORRETA. (1-30/100) × 650 = 455,00 kN. Vide comentários das Alternativas B e C.
R9 (ANALISTA – DPE/RO – FGV – 2015)

.Alternativa D: INCORRETA. Recorrendo à equação 1 (vide DICA DO AUTOR), temos:


0,30=(650-ms)/ms ⇔ ms=500,00 kg⇔ pesoseco = 500,00 kgf = 50,00 kN
Neste caso, a conversão de kgf para kN está incorreta.

Alternativa E: CORRETA. Com a equação apresentada na Alternativa D, mas considerando a


conversão de kgf para kN de forma correta, temos:

ms = 500,00 kg ⇔ pesoseco = 500,00 kgf = 5,00 kN


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