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MADEIRA A DENSIDADE APARENTE COMO ESTIMADOR


DE PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA E
arquitetura RIGIDEZ DA MADEIRA
e engenharia

Fabricio Moura Dias, fmdias@sc.usp.br


nº 8 artigo 5 Francisco Antonio Rocco Lahr, frocco@sc.usp.br

RESUMO

A madeira é um material que tem aplicações já difundidas em diversos setores, no entanto, muitas vezes
é utilizada sem o conhecimento de suas propriedades. A caracterização de espécies de madeira consiste
em determinar suas propriedades físicas, de resistência e rigidez através de ensaios normalizados. O
inconveniente de grande parte desses ensaios é a utilização de equipamentos de alto custo e grandes
portes, disponíveis apenas em centros de pesquisa. Porém, o ensaio de densidade aparente é de fácil
determinação por utilizar equipamentos simples na sua execução. Sendo assim, neste trabalho são
determinadas as correlações entre a densidade aparente e as propriedades físicas, de resistência e de
rigidez da madeira, de quarenta espécies nativas brasileiras, do grupo dicotiledôneas. Através de análise
estatística, foram obtidas expressões matemáticas que permitem estimar, a partir da densidade
aparente, grande parte das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Tais expressões são
apresentadas como proposta para a utilização na caracterização de espécies menos conhecidas, o que
viabiliza o adequado emprego de espécies nativas nas mais variadas aplicações para as quais a madeira
é indicada. Apresentam-se também aferições das expressões propostas pela norma brasileira NBR
7190, que permitem a caracterização simplificada das resistências da madeira de espécies usuais a
partir dos ensaios de resistência à compressão paralela às fibras.

Palavras-chave: madeira; densidade aparente; resistência; rigidez.

ABSTRACT

The wood is a material that already has applications diffused in several sections, however, a lot of times it
is used without the knowledge of its properties. The characterization of wood species consists of
determining its physical, strength and stiffness properties, through normalized tests. The inconvenience of
many of those tesyts is the use of equipments of high cost and great load, available just in research
centers. Even so, the test of specific gravity is of easy determination for using simple equipments in its
execution. Being like this, in this study the correlations between the specific gravity, physical, strength
and stiffness properties of wood from forty Brazilian native species of hardwoods are determined. The
mathematical expressions obtained through this study, permit estimate most wood properties of strength
and stiffness, based on their specific gravity. Such expressions are proposed as means of characterizing
less-known species, what makes possible the appropriate employment of native species in most varied
applications for which wood is the indicated material. Furthermore, it is presented the calibration of the
expressions proposed by the Brazilian code NBR 7190, being these a simplified method of characterizing
mechanical properties of common species of wood by means of tests of strength in compression parallel
to the grain.

Keywords: wood; specific gravity; strength; stiffness.

1. INTRODUÇÃO

A madeira é um recurso natural importante, por ser renovável e estar presente no cotidiano em
diversos setores: na construção civil como esquadrias, material de revestimento de paredes, pisos,
forros, estruturas de pontes e de cobertura, formas e cimbramentos de obras em concreto armado e
protendido, na construção rural, principalmente em silos e construção de habitação; na indústria de
fabricação de papel, combustíveis e substâncias químicas orgânicas; na indústria moveleira; na
fabricação de instrumentos musicais, de artigos esportivos, de ferramentas, de lápis e embalagens
MADEIRA: arquitetura e engenharia, ano 3, n.8, quadrimestral maio/ago, 2002, ISSN 1516-2850
(caixote e engradados); na fabricação de chapas de fibras de madeira, de madeira compensada e de
madeira aglomerada, entre outras extensas aplicações.
O conhecimento das propriedades físicas e mecânicas possibilita um uso mais racional da
madeira. A atual NBR7190/1997: Projeto de estruturas de madeira, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas estabelece três alternativas para a caracterização das propriedades das madeiras para
emprego estrutural. Os valores das propriedades são referidos à condição-padrão de umidade (12%).
Para espécies não conhecidas, adota a caracterização completa, determinada pelas seguintes
propriedades:
• resistência à compressão paralela às fibras;
• resistência à tração paralela às fibras;
• resistência à compressão normal às fibras;
• resistência à tração normal às fibras (considerada nula para efeito de projeto estrutural);
• resistência ao cisalhamento paralelo às fibras;
• resistência ao embutimento paralelo e normal às fibras;
• densidade básica e densidade aparente.
Para espécies pouco conhecidas, adota a caracterização mínima, determinada pelas seguintes
propriedades:
• resistência à compressão paralela às fibras;
• resistência à tração paralela às fibras;
• resistência ao cisalhamento paralelo às fibras;
• densidade básica e densidade aparente.
O Anexo B da referida normalização especifica os ensaios das propriedades citadas e
apresenta também ensaios para:
• módulo de elasticidade longitudinal na compressão paralela às fibras;
• módulo de elasticidade longitudinal na tração paralela às fibras;
• módulo de elasticidade convencional no ensaio de flexão estática;
• tenacidade.
Esses ensaios tendem a ser realizados em laboratórios específicos pois as máquinas
requeridas são de grande porte e custos elevados. Por causa dessas dificuldades, muitas vezes a
madeira é utilizada sem o conhecimento básico de suas propriedades, levando assim ao mau uso e
desperdício desse material.
Por outro lado, uma propriedade física bem fácil de ser determinada é a densidade aparente,
definida pela razão entre a massa e o volume a 12% de umidade. Utiliza-se no processo apenas balança
e paquímetro para sua execução. É uma das propriedades que mais fornece informações sobre as
características da madeira.
Para espécies usuais, a NBR 7190/1997 adota a resistência à compressão paralela às fibras
como referência e permite a estimativa de outras propriedades a partir dela, através de equações
estabelecidas.
Sendo assim, os objetivos deste trabalho são:
• Estabelecer as correlações entre a densidade aparente e propriedades físicas, de resistência e de
rigidez da madeira, imprescindível para, através de um ensaio simples (densidade aparente), estimar
convenientemente as demais propriedades.
• Aferir as expressões propostas pela NBR 7190/1997, que permitem a caracterização simplificada das
resistências da madeira a partir dos ensaios de resistência à compressão paralela às fibras.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. DENSIDADE DA MADEIRA

Hellmeister (1) afirmou ser a densidade a propriedade física mais significativa para caracterizar
madeiras destinadas à construção civil, à fabricação de chapas ou à utilização na indústria de móveis.
Apresenta, como conceito físico, o da quantidade de massa contida na unidade de volume. Besley (2);
Souza et al. (3) e Shimoyama; Barrichelo (4) apresentaram a densidade como um dos mais importantes
parâmetros para avaliação da qualidade da madeira, por ser de fácil determinação e estar relacionada às
demais características do material.
Shimoyama; Barrichelo (4) e Humphreys; Chimelo(5) afirmaram que todas as demais
propriedades da madeira estão relacionadas à sua densidade, sendo portanto este índice o principal
ponto de partida no estudo da madeira, para as mais diversas formas de utilização.
“Dependendo da condição de umidade da amostra, a densidade pode ser descrita de várias
formas. As duas formas mais usuais de determinação são a densidade básica e a densidade aparente. A
primeira forma, densidade básica, relaciona a massa da madeira completamente seca em estufa, com o
seu respectivo volume saturado, ou seja, acima do ponto de saturação das fibras (PSF). A segunda, que
do ponto de vista prático, é maior o interesse na sua determinação, devido ao fato desta ter influência da
porosidade da madeira, é feita com determinação de massa e volume a um mesmo valor de teor de
umidade, para as condições internacionais é de 12%” Oliveira (6).
Segundo Logsdon (7), apesar da densidade da madeira poder ser determinada a qualquer
porcentagem de umidade, os resultados obtidos são tão variáveis que a padronização é necessária para
fins de comparação. A nova versão da norma brasileira, NBR 7190 - Projeto de Estruturas de Madeira,
da ABNT (1997)(8), adota a umidade de referência de 12%.

2.2. DENSIDADE BÁSICA

Trugilho et al. (9), através de estudo comparativo entre os vários métodos utilizados para a
determinação da densidade básica (ρ bas ) , consideraram tal parâmetro um indicador da qualidade da
madeira. Observaram a tendência de os métodos estimarem a densidade básica com médias
semelhantes e nível compatível de confiabilidade.
A NBR 7190/1997, define a “densidade básica” como o quociente da massa seca pelo volume
saturado da amostra considerada, eq. (1).

m
ρbas = s (1)
V
sat
onde:
ms é a massa seca da amostra, em quilograma (kg);
V sat é o volume da amostra saturada, em metro cúbico (m3).
o
A massa seca é determinada mantendo-se os corpos-de-prova em estufa a 103 C até que a
massa do corpo-de-prova permaneça constante.
O volume saturado é determinado pelas dimensões finais do corpo-de-prova submerso em
água até que atinja massa constante ou com no máximo uma variação de 0,5% em relação à medida
anterior. Cisternas (10), entre outros, registra que V sat é obtido nas condições onde as paredes celulares
estão saturadas de água e que, para a maioria das espécies, isto corresponde à umidade em torno de
30%. A NBR 7190/1997 adota o valor de 25% para o ponto de saturação das fibras.

2.3. DENSIDADE APARENTE

A densidade aparente ( ρ ap ) , corresponde à densidade medida a um certo conteúdo de umidade.


o
Nas condições de uma atmosfera com 20 C de temperatura e uma umidade relativa de 65%, a umidade
de equilíbrio para a madeira é 12% (Cisternas(10)). Este é também o valor de referência adotado pela
NBR 7190/1997, conforme eq. (2), seguindo tendência internacional.

m
ρ ap = 12 (2)
V
12
onde:
m12 é a massa da madeira a 12% de umidade, em kg;
V12 é o volume da madeira a 12% de umidade, em metro cúbico m3.

Hellmeister (11) afirmou que o volume do corpo-de-prova pode ser obtido a partir de medidas
com paquímetro, por deslocamento de água ou por deslocamento de mercúrio, sendo que o mais prático
e o que apresenta resultados menos discutíveis é o método da medida do corpo-de-prova com
paquímetro.
Logsdon (12) apresentou estudo sobre a maneira de corrigir a densidade aparente para o teor de
umidade de 12% e concluiu que pode-se adotar os seguintes critérios:

a) Traçar o diagrama ρ x U a partir de resultados experimentais e deste diagrama obter ρ12 ;


b) A partir de um instante do ensaio, na proximidade de U = 12%, obter o valor da densidade aparente
com o auxílio do Diagrama de Kollmann ( Figura 1);

Figura 1 - Diagrama de Kollmann: representa a variação da densidade aparente com o teor de umidade.
Fonte: Kollmann; Côté (13).

c) A partir de dois instantes do ensaio, ambos na proximidade de U = 12%, obter ρ12 por interpolação
linear;

d) A partir de um instante do ensaio, no intervalo higroscópico, aplicar a seguinte expressão:


ρ12 = ρU% + ρU%.(1−δV ).
(12−U%)
 100  (3)

Na qual,

∆V
δV = (4)
U%
e,
VU % − Vsec a
∆V = .100 % (5)
Vsec a

Onde:
ρ12 = densidade aparente, em g/cm3, ao teor de umidade 12%;
ρu % = densidade aparente, em g/cm3, ao teor de umidade U%;
U% = teor de umidade, em %;
δV % = coeficiente de retratibilidade volumétrica;
∆V = retração volumétrica, para a variação de umidade entre U% e 0%, em %;
VU% = volume, do corpo-de-prova, ao teor de umidade U%, e
Vseca = volume, do corpo-de-prova, para a madeira seca, U=0%.

Logsdon (7) em continuidade aos estudos citados anteriormente, analisou os vários métodos
apresentados para efetuar a correção da densidade para densidade aparente e, confirmou como sendo o
método d, descrito na página 12, o que apresentou resultados mais satisfatórios, além de ser o de mais
fácil utilização.

2.4. RETRATIBILIDADE E SUA RELAÇÃO COM A DENSIDADE

Segundo TRADA (14), a variação do teor de umidade ocasiona alterações nas dimensões da
madeira, denominadas de retração e inchamento higroscópico, como conseqüência de variações no teor
de água higroscópica. De acordo com Galvão; Jankowsky (15) e TRADA (14), quando as células das
camadas superficiais de uma peça de madeira são secas abaixo do PSF, contraem-se os elementos que
constituem a parede celular e posicionam-se nos lugares anteriormente ocupados pela água, o que
causa a diminuição do volume da parede celular. Do mesmo modo, quando a madeira absorve umidade
da atmosfera, a água que entra nas paredes celulares faz com que estas aumentem de volume e,
conseqüentemente, há inchamento da madeira.
Oliveira (6) afirmou que, dentre as propriedades físicas da madeira, as mais importantes são a
densidade, o teor de umidade e a retratibilidade. A instabilidade dimensional está diretamente associada
ao fenômeno de sorção de água pela madeira. Este fato é confirmado por Kolin; Janezic (16), que
completaram ainda que as madeiras mais densas tendem a absorver mais água por unidade de volume,
conseqüentemente tendem a expandir ou contrair mais do que aquelas de menor densidade. Segundo
Oliveira (6) existe uma relação entre a densidade e a retratibilidade, quanto maior a densidade maior a
retratibilidade.
Melo; Siqueira (17) estudaram 152 espécies de madeira da Amazônia, coletadas e
caracterizadas pelo Laboratório de Produtos Florestais – LPF, apresentaram análise de regressão entre
a densidade e retração. Os coeficientes de correlação obtidos estão apresentados na tabela 1,
considerados satisfatórios pelos autores.

Tabela 1 - Coeficientes de correlação


Densidade verde Densidade básica
Retração tangencial 0,41 0,44
Retração radial 0,49 0,50
Fonte: Melo; Siqueira (17).

2.5. RELAÇÕES ENTRE A DENSIDADE E CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E QUÍMICAS DA


MADEIRA

Browning (18), Kollmann; Côté (19), Bodig; Jayne (20) e Tsoumis (21), disseram que a densidade e o
peso específico da madeira são influenciados pela umidade, estrutura anatômica, extrativos e
composição química. Segundo Tsoumis (21) estes fatores, e com eles a própria densidade, variam dentro
da árvore, entre árvores da mesma espécie e entre árvores de espécies diferentes. Dentro da árvore,
existem variações no sentido longitudinal ou vertical (base para o topo) e no sentido transversal ou
horizontal (medula para casca). Kollmann; Côté (19) disseram que as variações na densidade da madeira
ocorrem devido às diferenças na sua estrutura anatômica e à presença de extrativos.
Tsoumis (21) afirmou também que a relação entre a estrutura anatômica e a densidade da
madeira deve ser examinada com base em fatores que podem ser facilmente medidos, como a largura
dos anéis de crescimento e a proporção de lenho tardio. Barrichelo et al. (22) apresentaram, além desses
fatores, a proporção de parede celular e posição no tronco como parâmetro para essa relação.
Haygreen; Bowyer1 apud Bortoletto Jr. (23), citaram as variações de densidade da madeira
devidas às diferenças das espessuras da parede celular, das dimensões das células, das inter-relações
entre esses dois fatores e da quantidade de componentes extratáveis presentes por unidade de volume.
Variações na densidade da madeira de mesma espécie, ocasionadas pela idade da árvore, genótipo,
índice de sítio, clima, localização geográfica e tratos silviculturais, são decorrentes de alterações nos
fatores citados inicialmente. Os efeitos em geral são interativos e difíceis de serem avaliados
isoladamente.
Segundo Tsoumis (21), a densidade como um índice de qualidade, refere-se à madeira livre de
defeitos. Diferenças na composição celular ou no conteúdo de extrativos contribuem de tal modo que
madeiras com a mesma densidade podem exibir diferenças em suas propriedades.
Tsoumis (21) afirmou que a composição química dos extrativos é variável, com baixos pesos
moleculares (gomas, gorduras, resinas, açucares, óleos, taninos, alcalóides, etc.). Os extrativos são
depositados dentro da parede celular e em suas cavidades. Algumas madeiras apresentam teores que
excedem a 30% do peso total da madeira. Isso aumenta a coloração, a densidade e a durabilidade da
madeira, sua remoção não modifica a estrutura celular da madeira, mas reduz a densidade. Barrichelo;
Brito (24) verificaram haver correlação positiva entre os extrativos e a densidade, entretanto, Dias; Silva
Jr. (1985) não encontraram correlação entre as duas características.
Segundo Kollmann; Côté (19), a densidade é um parâmetro de qualidade da madeira muito
utilizado nos diversos setores. De acordo com Shimoyama (25), é resultante do conjunto de
características anatômicas e químicas da madeira, entretanto não está quantificada a influência
individual dessas características sobre a densidade. Afirmou que, normalmente, as propriedades
anatômicas e químicas da madeira variam acentuadamente entre e dentro dos diversos gêneros,
espécies e materiais genéticos, resultando em consideráveis variações na densidade.
Visando difundir melhores informações sobre o assunto, Shimoyama (25) apresentou trabalho
onde verificou as variações da densidade básica, dos elementos anatômicos, e da composição química
da madeira, e as influências destas propriedades sobre a densidade da madeira entre e dentre as
espécies Eucalyptus grandis, E. saligna e E. urophylla, todas de sete anos de idade. Afirma que as
características anatômicas exerceram maior influência na densidade do que as químicas. Dentre as
características estudadas, a espessura da parede celular e o diâmetro do lúmen das fibras foram as que
exerceram maiores influências sobre a densidade básica das espécies mencionadas, quando analisadas
por meio de regressão linear simples e múltipla.
Browning (18) apresentou a densidade como uma propriedade altamente complexa, por ser o
resultado da combinação dos elementos anatômicos e dos compostos químicos da madeira. Deste
modo, as relações destas características com a densidade podem ser bastante discrepantes. Ainda
assim Shimoyama; Barrichelo (4) apresentam estas relações como auxiliares na interpretação das
variações da densidade ou parte destas que ocorrem na madeira, facilitando o desenvolvimento de
técnicas para obtenção de uma matéria-prima mais homogênea e com características desejáveis para
sua utilização.
Barrichelo et al.(22) afirmaram que, com o aumento no comprimento e na espessura da parede
das fibras, há um correspondente aumento na densidade da madeira, por os carboidratos que são
depositados na parede da fibra possuírem alto grau de polimerização e alto peso molecular, o que torna
a madeira mais densa. Relações positivas entre densidade e comprimento, densidade e espessura da
parede das fibras são verificadas por Davidson2 apud Shimoyama(25), Barrichelo; Brito (24) e Dias; Silva Jr.
(26)
.
Dias; Silva Jr. (26) verificaram, para a espécie de Eucalyptus grandis, que quanto maior a largura
das fibras, menor é a densidade básica. Este aspecto já havia sido apresentado por Davidson apud
Shimoyama (25) ao afirmar que o diâmetro do lúmen depende da largura e da espessura da parede das
fibras. Quanto maior o seu valor, mais espaços vazios serão encontrados na madeira e,
conseqüentemente, esta apresentará menor densidade.
Quanto à relação entre a densidade e os vasos na madeira, Tomazello Filho (27) afirmou que,
quanto maior o diâmetro e o número de vasos, maior volume de espaços vazios será encontrada na
madeira. Dessa forma, geralmente suas correlações com a densidade básica, quando encontradas,
mostram-se negativas.

1
HAIGREEN, J.G.; BOWYER, J.L. Forest products and wood science: an introduction. Ames, Iowa State
University Press. 1989. 500p.
2
DAVIDSON, J. (1972). Variation, association and inheritance of morphological and characteres in a improvment
programe for Eucalyptus deglupta. Australian. 1972. 263p. Thesis (PhD) - Australian University.
Barrichelo; Brito (24) afirmaram que, independente dos teores relativos, a celulose, hemicelulose
e lignina, colaboram para aumentos na densidade, devido a seus altos pesos moleculares.
De acordo com Tomazello Filho (27), nas relações entre os compostos químicos e a densidade
da madeira, existem evidências de que estas são bem menos importantes que as relações encontradas
para densidade e elementos anatômicos. O autor afirma que a composição química da madeira pouco
influencia sua densidade.

2 . 6 . R E L A Ç Õ E S D A S P R O P R I E D A D E S D E R E S I S T Ê N C I A E R IG I D E Z D A M A D E I R A
COM A DENSIDADE

Bodig; Jayne (20) afirmaram que muitas das propriedades mecânicas da madeira estão
correlacionadas com a densidade. Através da eq. (6), adotaram uma transformação logarítma para
converter essa equação em linear, ver eq. (7). Aplicaram a equação para todas as propriedades de
resistência e obtiveram resultados, bastante satisfatórios.

Y = aρ b (6)

Sendo:
Y: resistência do material;
ρ : densidade;
a e b: parâmetros determinados para a propriedade mecânica em particular.

log Y = log a + b log ρ (7)

Fielding (28) e De Paula et. al. (29) afirmaram que a resistência da madeira varia com a
densidade e que esta é um fator importante na determinação de propriedades físicas e mecânicas que
caracterizam diferentes espécies de madeira. Segundo Pigozzo (30), algumas propriedades mecânicas
podem ser explicadas mais claramente pela densidade do que outras. Fielding (28) considerou a
densidade como um bom indicador das propriedades de resistência da madeira, sendo os espaços
vazios que impõem limites à quantidade de água que essa peça pode absorver e que determinam a
relação líqüido–madeira. Afirmou também ser a densidade que controla as mudanças dimensionais, que
ocorrem com a variação da umidade, abaixo do ponto de saturação das fibras.
De Paula et al.(29) ensaiaram no Laboratório de Engenharia de Madeira do Centro de Pesquisa
de Produtos Florestais – CPPF do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, várias espécies
de madeiras do Amazonas e procuraram relacionar as propriedades mecânicas com a densidade e
outras propriedades. Afirmaram que, conhecendo-se a relação entre as diversas propriedades
mecânicas, pode-se ter uma idéia aproximada do valor de uma propriedade mecânica através de outra.
Concluíram ser viável a utilização da densidade como uma estimativa das propriedades mecânicas.
Melo; Siqueira (17) e Cordovil; Almeida (31) apresentaram estudo sobre a influência da densidade
nas características mecânicas da madeira. Através de análise de regressão constataram existir alta
correlação linear entre as propriedades mecânicas com a densidade. Pigozzo (30), demonstrou que há
uma relação quase linear entre a resistência à compressão, resistência convencional à flexão, dureza e
densidade. Já Ferreira (32), apresentou estudos realizados em muitas espécies de madeira, com amplos
intervalos de densidade, mostrando que a relação matemática existente entre a densidade e a
resistência pode ser expressa pela equação de um polinômio de enésimo grau.
Zhang3 apud Oliveira (6) fez um estudo detalhado das relações entre a densidade básica com
propriedades mecânicas, para 342 espécies de madeiras chinesas, 74 coníferas e 268 folhosas,
baseado tanto na classificação taxonômica a que pertencem, quanto em grupos distintos de constituição
anatômica. Segundo Zhang apud Oliveira (6), os resultados indicam que as relações densidade-
propriedades mecânicas variam acentuadamente com a classe taxonômica, a categoria da madeira, bem
como a própria propriedade em questão. O autor concluiu também que "as equações curvilíneas
aparecem como sendo melhor do que as lineares, na predição da maioria das propriedades mecânicas".
O autor encontrou dificuldades para explicar a relação mais íntima entre a densidade e propriedades
mecânicas para madeira de folhosas, em razão de sua estrutura anatômica mais complexa.

3
ZHANG, S.Y. Mechanical properties in relation to specific gravity in 342 chinese woods.
Wood and Fiber Science. v.26, n.4, 1994. p.512-26.
2.6.1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS

Hellmeister (1) relacionou a umidade e densidade com a resistência de algumas espécies,


envolvendo também o estudo da elasticidade da madeira. Os dados obtidos foram submetidos à análise
estatística, chegando-se a resultados plenamente satisfatórios. Para a espécie Pinho do Paraná, por
exemplo, a relação linear entre a resistência à compressão paralela e a densidade a vários teores de
umidade está apresentada na figura 2. Em continuidade a seus estudos, Hellmeister (11) através de
dados obtidos para inúmeras madeiras já estudadas no IPT, observou a relação existente entre
densidade e resistência à compressão paralela às fibras para uma mesma umidade 15%. As espécies
mais densas apresentaram valores mais altos de resistência e podem ser representados por uma
equação linear.

Figura 2 - Relação entre a resistência à compressão paralela, a densidade e a umidade para o Pinho do
Paraná. Fonte: Hellmeister (1).

Armstrong et al. (33), investigaram o efeito da densidade básica sobre a máxima resistência à
compressão paralela às fibras, para importantes madeiras comerciais do mundo. Apresentam modelo
logarítmico ajustado pelo método dos mínimos quadrados, significativo ao nível de confiança de 95%,
determinado por análise de correlação. Obtiveram coeficiente de correlação 0,80 para a relação entre a
densidade aparente e a resistência à compressão.
Segundo Pigozzo (30), a densidade afeta significativamente a resistência à compressão
paralela às fibras da madeira. Concluiu que para umidades acima do ponto de saturação das fibras
admite-se a resistência constante, não sofrendo mais influência da umidade. Obteve curvas dependentes
da densidade e da umidade como apresentado na figura 3. Findaly4 apud Pigozzo (30) já afirmava existir
correlação entre a densidade e a resistência à compressão. Em seus estudos obteve um coeficiente de
correlação de 0,815 para a média de várias espécies.

4
FINDLAY, W.P.K. Timber: properties and uses. Londres, Crosby Lockwood Staples. 1975. 224p.
Figura 3 - Influência da umidade e da densidade sobre a resistência à compressão paralela às fibras.
Fonte: Pigozzo (30).

Cordovil; Almeida (31) estudaram a influência da densidade nas características mecânicas da


madeira e obtiveram o diagrama apresentado na figura 4.
100
Resistência (MPa)

80

60

40

20

0
300 400 500 600 700 800 900 1000

Densidade (Kg/m3)

Figura 4- Diagrama da relação da densidade com a resistência à compressão paralela às fibras. Fonte:
Cordovil; Almeida (31).

A equação do primeiro grau, eq. (8), descreve adequadamente o fenômeno observado.

f c ,0 k = 0 ,07 ρ − 9 ,6 (8)

sendo:
f c,0 k = resistência característica à compressão paralela às fibras, em MPa;
ρ = densidade, em Kg/m3.

2.6.2. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO PARALELA ÀS FIBRAS

Segundo Giordano (34) a resistência à tração paralela às fibras cresce com a densidade
dependente da espécie. Para a maior parte das madeiras existe uma relação linear, mas outras seguem
curva côncova. Lewis5 apud Chahud (35) em estudos das espécies Douglas-fir e de White-oak no Forest
Products Laboratory (FPL), apresentaram uma curva de polinômio de grau 3 como representativa para

5
LEWIS, W.(s.d.). Strength-specific gravity relationships in tension parallel to the grain for Douglas-fir and White
oak. Madison, Dept. Agriculture, 12p.
essa relação, conforme figura 5. Já Kollmann; Côté (13) e Hellmeister (11)
apresentam uma relação linear
entre a resistência à tração paralela às fibras e a densidade básica.

Figura 5 - Diagrama representativo da relação da densidade básica com a resistência à tração paralela
às fibras. Fonte: Lewis apud Chahud (35).

2.6.3. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NORMAL ÀS FIBRAS

Tanaami (36a) analisou a relação entre a densidade aparente com a resistência média à tração
normal às fibras de 31 espécies de madeira de emprego estrutural, através da adequação de modelos
matemáticos simples, com o objetivo de se inferir a resistência à tração normal às fibras de uma espécie
conhecida sua densidade. Através dos resultados obtidos nas regressões, apresentou a eq. (9) e o
coeficiente de correlação de 0,92.

f t ,90 = 5 ,46 + 4 ,59 ρ ap (9)

Onde:
f t ,90 = resistência à tração normal, em MPa;
ρ ap = densidade aparente, em g/cm3.

Sendo o modelo de regressão utilizado por Tanaami (1993) do tipo linear múltipla, afirmou ser
satisfatória a análise de regressão pelos parâmetros analisados, no qual obteve o gráfico monolog da
figura 6, representativo do ajuste de linha.
Figura 6 - Variação da resistência da madeira à tração normal às fibras em função da densidade
aparente. Fonte: Tanaami (36a).

2.6.4. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO PARALELO ÀS FIBRAS

Mendes (37), com a finalidade de estimar a variação da resistência ao cisalhamento em função


da densidade aparente, realizou análise de regressão e concluiu que o modelo linear apresenta
resultados mais satisfatórios. Obteve a eq. (10) e considerou-a representativa para estimar a resistência
ao cisalhamento em função da densidade.

f v0 = −1,75 + 17 ,3 ρ ap (10)

Onde:
f v0 = resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, em MPa;
ρ ap = densidade aparente, em g/cm3.

2.6.5. RESISTÊNCIA CONVENCIONAL NO ENSAIO DE FLEXÃO ESTÁTICA

Cordovil; Almeida (31) afirmaram que o conhecimento das propriedades de resistência


convencional à flexão da madeira e sua variação com a densidade, permite a verificação mais exata do
comportamento deste material quando em uso. Este fato já havia sido observado por Tanaami (36b), que
estudou a influência da umidade e da densidade em propriedades de resistência e elasticidade da
madeira, e apresentou gráficos para todas espécies estudadas. Relacionou a umidade e a resistência
convencional à flexão, para diversos níveis de densidade, conforme exemplo da figura 7, e a densidade
e a resistência convencional à flexão, para diversos níveis de umidade (ver figura 8). Tanto Tanaami (36b)
quanto Cordovil; Almeida (31) adotaram regressão linear múltipla simples, respectivamente, por
considerarem esses modelos estatísticos mais favoráveis.
Figura 7- Influência da umidade sobre a resistência à flexão, para diversos níveis de densidade da
espécie jatobá. Fonte: Tanaami (36b).

Figura 8 - Influência da densidade sobre a resistência à flexão, para diversos níveis de umidade da
espécie jatobá. Fonte: Tanaami (36b).

2.6.6. MÓDULO DE ELASTICIDADE

Bodig; Jayne (20), Kollmann; Côté (13) e Szücs (38) propõem relacionar o módulo de elasticidade
da madeira com a densidade a um teor de umidade constante, pois trata-se de parâmetro que mede a
quantidade de matéria lenhosa dentro de um volume considerado, determinante na caracterização
mecânica do material.
Szücs apresentou análise comparativa da variação do módulo de elasticidade da madeira, em
função da variação da sua massa volumétrica. Estudou uma espécie conífera, de nome "Picéa", com um
teor de umidade constante de 12%. Comparou as expressões lineares propostas por Bodig; Jayne6,
Kollmann; Côté7 e Guitard8, que relacionam a densidade da madeira com o módulo de elasticidade
através de regressão linear, apresentou gráfico comparativo entre as três expressões (ver figura 9) e
observou que as equações das retas são bastante parecidas, e concluiu que a expressão de Bodig;
Jayne fornece resultados mais compatíveis com a variação do módulo de elasticidade em função da
variação da massa volumétrica.

Figura 9 - Representação gráfica da variação do módulo de elasticidade em função da variação da


densidade da madeira. Fonte: Szücs (38).

Armstrong et al. (33) investigaram o efeito da densidade básica sobre o módulo de elasticidade à
flexão estática, para diversas madeiras comerciais do mundo. Ajustaram modelo logaritmo pelo método
dos mínimos quadrados, significativo ao nível de confiança de 95%, determinado por análise de
correlação. Apresentaram um coeficiente de determinação, para a relação entre densidade aparente e o
módulo de elasticidade de 0,79. Já Pigozzo (30) estudou o efeito da densidade sobre o módulo de
elasticidade na resistência à compressão paralela às fibras para a espécie Peroba rosa. Afirma não ser
significativo o efeito analisado.

2.6.7. DUREZA

Kollmann; Côté (19), afirmaram existir correlação entre a densidade e a dureza da madeira.
Apresentaram o gráfico da figura 10, com as respectivas equações, obedecendo a um modelo linear.

6
BODIG, J.; JAYNE, B.A. Mechanics of wood and wood composites. New York, Van Reinhold Company. 1982.
7
KOLLMANN, F.E.P.; CÔTÉ, W.A. Principles of wood science and technology. v.1. Solid Wood. Reprint. Berlin,
Heidelberg, New York, Tokyo. Springer-Verlag: 1984.

8
GUITARD, D. Mécanique du matériau bois et composites. Toulouse (France), Editions CEPADUES. 1987.
Figura 10 – Efeito da densidade sobre a dureza. Fonte: Mörath9 apud Kollmann; Côté (19).

Já Bodig; Jayne ((20), utilizaram um modelo exponencial, eq. 6, para determinar a relação entre
a densidade aparente e a dureza da madeira. Apresentaram a eq. (11) para dureza paralela às fibras e a
eq. (12) para dureza normal às fibras, como significativas para a relação proposta.

2 ,25
f H 0 = 4800 ρ ap (11)

2 ,25
f H 90 = 3770 ρ ap (12)

Onde:
fH0 e fH90 : dureza paralela e normal às fibras, em psi;
ρ ap : densidade aparente, em g/cm3.

2.6.8. TENACIDADE

Segundo Bodig; Jayne (20) e Siqueira (39), a tenacidade é um parâmetro utilizado mundialmente
para descrever características da madeira e a relação da densidade com essa propriedade apresenta um
crescimento proporcional, porém a densidade não é um critério confiável na determinação da
tenacidade. O FPL(40) apresenta o estudo da tenacidade na madeira como valioso, por a tenacidade ser
a combinação das propriedades de tração e compressão da madeira. Kollmann; Côté (19) apresentaram a
relação da tenacidade na madeira com a densidade como uma função parabólica (ver figura 11).

9
MÖRATH, E. Studien über die hygroskopischen eigenschaften und die härte der hölzer. Darmstadt. 1932.
Figura 11 - Efeito da densidade aparente sobre a tenacidade na madeira. Fonte: Kollmann; Côté (19).

Os valores utilizados por Kollmann; Côté (19) são resultantes de 1550 testes de corpos-de-prova
sujeitos à flexão dinâmica na madeira ashwood. Afirmam que a curva para descrever a relação da
tenacidade com densidade pode ser ajustada para uma parábola cúbica, representada pela eq. (13).
Ghelmeziu10 apud Kollmann; Côté, apresentou os resultados mostrados na figura 12, obtido pela eq.
(14).

3
T = 2 ,33 ρ ap (13)

Onde:

T = tenacidade, em kgf.cm/cm2;
ρ ap = densidade aparente, em g/cm3.

10
GHELMEZIU, U.N. Untersuchungen über die schlagfestigkeit von bauhölzern. Holz als Ron-und Werkstoff 1:
585-601. 1937/38.
Figura 12 - Efeito da densidade sobre a tenacidade para as madeiras pine, spruce, beech e oak. Fonte:
Ghelmeziu apud Kollmann; Côté (19).

n
T = C .ρ U (14)

Onde:
T= tenacidade em kgf.cm/cm2;
C = constante em função da umidade, igual a 1,8 para madeiras com 12% de umidade;
ρ u = densidade a umidade u%;
n = expoente variando entre 2 e 3.

2.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVISÃO DA LITERATURA

A revisão apresentada aborda aspectos sobre as características da madeira e sua estrutura,


direcionados ao conhecimento das relações e influências entre essas características e a densidade da
madeira. Os estudos apresentados nesta revisão bibliográfica, de modo geral, apontam para dois tópicos
fundamentais:

• A variabilidade das propriedades da madeira, resultantes das condições de crescimento das árvores,
tais como, distribuição geográfica, potencialidade genética, idade da árvore, local do caule onde é tirada
a amostra, condições climáticas, efeito da nutrição mineral, efeito da água no solo e efeito da posição no
tronco. Tal variabilidade também é decorrente de um conjunto de características anatômicas e químicas,
que variam acentuadamente entre e dentro dos diversos gêneros, espécies, procedências e materiais
genéticos.

• Existência de relações entre a densidade aparente e propriedades de resistência e rigidez da


madeira. Alguns autores se referem ao modelo linear como significativo, outros afirmam ser expressa
essa relação pelo modelo exponencial. Nenhum autor nacional estabeleceu um modelo suficientemente
abrangente para as mencionadas relações, a partir das propriedades de madeiras tropicais, o qual se
constitui em objetivo geral da presente dissertação.
Estes aspectos se constituem em fortes argumentos para demonstrar a relevância do trabalho,
particularmente se considerado o contexto normativo no qual o mesmo foi realizado, já referido
anteriormente.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Nos últimos anos têm-se caracterizado diversas espécies de madeiras no Laboratório de


Madeiras e Estruturas de Madeira –LaMEM- SET - USP. Essa caracterização foi realizada de acordo
com os métodos de ensaio especificados na NBR 7190/1997. As propriedades determinadas foram as
seguintes:
a) densidade;
b) retração radial total;
c) retração tangencial total;
d) resistência à compressão paralela às fibras;
e) resistência à tração paralela às fibras;
f) resistência à tração normal às fibras;
g) resistência ao cisalhamento paralelo às fibras;
h) resistência ao fendilhamento;
i) resistência convencional no ensaio de flexão estática;
j) módulo de elasticidade longitudinal na compressão paralela às fibras;
k) módulo de elasticidade longitudinal na tração paralela às fibras;
l) módulo de elasticidade convencional no ensaio de flexão estática;
m) dureza paralela às fibras;
n) dureza normal às fibras;
o) tenacidade
Os resultados das propriedades de resistência e de rigidez foram corrigidos para a umidade
padrão de referência, 12%, como estabelecido pela NBR 7190/1997. Foram utilizadas as eq. (15) e (16).

 3(U % − 12 ) 
f 12 = f U % 1 +  (15)
 100
Onde:
f12: resistência corrigida para a umidade de 12%;
fU%: resistência para a umidade U%;
U%: teor de umidade.

 2(U % − 12 ) 
E12 = EU % 1 +  (16)
 100
Onde:
E12: módulo de elasticidade (rigidez) corrigido para umidade de 12%;
EU%: módulo de elasticidade para a umidade U%;
U%: teor de umidade.

Os respectivos valores foram tabelados e utilizados neste trabalho, sendo um total de 40


espécies das dicotiledôneas (madeiras duras). Algumas dessas espécies foram ensaiadas pelo autor em
paralelo a essa pesquisa. Sendo essas, as espécies de nome comum: angelim-saia, angico-preto,
cupiúba, goiabão e parinari. Uma breve descrição de todas as espécies utilizadas é apresentada no
Anexo A e as tabelas com os valores de resistência e rigidez para as cinco espécies ensaiadas pelo
autor são apresentadas no Anexo B. As demais tabelas contendo os valores de resistência e rigidez são
apresentadas por Dias (41).

3.1. PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE ESTATÍSTICA

Estudou-se a relação da densidade aparente com as outras propriedades da madeira utilizando


o agrupamento total e agrupamento médio das espécies. Para garantir uma base experimental
adequada, estudou-se espécies de madeira correspondentes às quatro classes de resistência, adotadas
para dicotiledôneas pela NBR 7190/1997. As espécies foram enquadradas nas classes de resistência
através da resistência característica à compressão paralela às fibras. As resistências características
foram calculadas pela eq.(17), e as classes de resistência obtidas constam da tabela 2.
 f 1 + f 2 + f 3 + ... + f n 
 −1 
f w ,k = 2 2
− f n .1.1 (17)
 n 2 
 −1 
 2 
Onde:
fw,k: resistência característica;
n: número de corpos-de-prova ensaiados.
Os resultados foram colocados em ordem crescente, f 1 ≤ f 2 ≤ ... ≤ f n , desprezando-se o
valor mais alto para número de corpos-de-prova ímpar, não se tomou para fw,k valor inferior a f1, nem a
0,70 do valor médio, conforme prescrição da NBR 7190/1997.

Tabela 2 – Classes de resistência das dicotiledôneas.


DICOTILEDÔNEAS
(valores na condição padrão de referência, U = 12%)
fc0,k fvk Ec0,m ρ bas, m ρ apa
Classes MPa MPa MPa
kg/m3 kg/m3
C20 20 4 9500 500 650

C30 30 5 14500 650 800

C40 40 6 19500 750 950

C60 60 8 24500 800 1000


Fonte: NBR 7190/1997.

Onde:fc0,k - resistência característica à compressão paralela às fibras;


fvk - resistência característica ao cisalhamento;
Ec0,m - módulo de elasticidade médio na compressão paralela às fibras;
ρ bas, m e ρ apa - densidade básica e densidade aparente, respectivamente.

A atual norma NBR 7190/1997 apresenta expressões para a caracterização simplificada das
resistências da madeira de espécies usuais através da utilização do ensaio de compressão paralela às
fibras. Apresentam-se as utilizadas nesta pesquisa como verificação dos resultados analisados e
aferição dessas respectivas expressões, (ver eq. 18 a 20). Admite-se um coeficiente de variação de 18%
para as resistências a esforços normais e para as resistências a esforços tangenciais um coeficiente de
variação de 28%.

f c0 ,K / f t 0 ,k = 0 ,77 (18)

f tM ,k / f t 0 ,k = 1,0 (19)

Para dicotiledôneas: f V 0 ,k / f c0 ,k = 0 ,12 (20)


Nas quais:
f c0, k = resistência característica da madeira à compressão paralela às fibras;
f t 0,k = resistência característica da madeira `a tração paralela às fibras;
f tM ,k = resistência característica convencional no ensaio de flexão estática;
f V 0,k = resistência característica ao cisalhamento.

3.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para se estudar as relações entre as características especificadas, utilizou-se como


procedimento estatístico a análise de regressão linear simples; a análise de resíduos ou desvios; o
coeficiente de determinação R2, para avaliar a qualidade da regressão e um teste de significância,
conhecido como distribuição t de Student.
Segundo Akanime; Yamamoto (1998), a regressão consiste em determinar uma função que
melhor se ajusta aos pontos do diagrama de dispersão. A regressão linear simples trata do ajuste de
uma reta, como apresentado na eq. (21), aos pontos do diagrama de dispersão, na realização de
previsões de resultados. Consiste em determinar os valores dos coeficientes linear a e angular b da
equação de uma reta, a partir dos dados experimentais. As expressões matemáticas utilizadas para
determinar os valores de a e b são obtidas pelo Método dos Mínimos Quadrados, detalhado pelos
autores mencionados.

Y = a + bX (21)

Para efetuar a análise estatística , utilizou-se o Microsoft Excel. As relações apresentaram


modelo matemático diferente do linear, necessitou-se assim a linearização de função, antes da análise
de regressão. De acordo com Chatterjee; Price (42), pode-se aplicar as propriedades dos logarítimos para
essa linearização, como apresentado na tabela 3.

Tabela 3 - Linearização de funções com transformações correspondentes


FUNÇÃO TRANSFORMAÇÃO FORMA LINEAR

Y = aX b Y ' = log Y e X ' = log X Y ' = log a + bX '


Y' = ln a + bX
Y = ae bX Y ' = ln Y
Y = a + b log X X ' = log X Y = a + bX '
Fonte : Chatterjee; Price (1977)

Foram utilizados o teste dos desvios ou resíduos e o coeficiente de determinação R2 para


avaliar a qualidade das regressões. Os referidos testes são apresentados com desenvolvimento
matemático completo em Chatterjee; Price (42) e Akanime; Yamamoto (43).
Segundo Chatterjee; Price, a análise de resíduos permite verificar a existência, ou não, de
tendenciosidade na distribuição dos desvios, ou resíduos. O teste consiste em verificar se os resíduos,
valor observado menos o valor estimado, pela regressão, possuem média nula e distribuição
homogênea, ao longo do domínio, no diagrama dos resíduos, ou seja se os pontos oscilam em torno do
eixo X do referido diagrama. As figuras 13, 14 e 15, exemplificam os diagramas típicos de resíduos.

Figura 13 – Diagrama de resíduos sem tendenciosidade (resíduos oscilam em torno da média zero).
Fonte: Chatterjee; Price(42).
Figura 14 – Diagrama de resíduos com tendenciosidade (resíduos apresentam variação funcional).
Fonte: Chatterjee; Price (42).

Figura 15 – Diagrama de resíduos com tendenciosidade (resíduos apresentam hetereogeneidade de


variâncias). Fonte: Chatterjee; Price (42).

Akanime; Yamamoto (1998) afirmam que, o coeficiente de determinação R2, além de avaliar a
qualidade de regressão, também pode ser utilizado para escolher a regressão mais indicada entre os
modelos estudados, aplicação utilizada no desenvolvimento desse trabalho. Akanime; Yamamoto (43)
apresentam que quanto mais próximo da unidade estiver R2, melhor a regressão.
O teste t, distribuição t de Student, segundo Chatterjee; Price (42), é um método de encontrar
um intervalo de confiança para as variáveis (coeficientes a e b) das expressões obtidas pelas
regressões. Para o cálculo dos intervalos de confiança, utiliza-se tabela de valores de t correspondentes
aos vários graus de liberdade e várias probabilidades. Para o caso considerado aqui, o número de graus
de liberdade corresponde à diferença entre o número de amostras e a unidade.
Outro parâmetro analisado, a estimativa de p, indica a probabilidade de t exceder
numericamente o valor de t escrito na tabela. Os valores de p descritos na tabela correspondem aos
níveis estatísticos usuais para resolução de problemas dessa natureza. Chatterjee; Price (42) apresentam
os níveis usuais como sendo:
• 0,50 para probabilidade de 50%;
• 0,25 para probabilidade de 75%;
• 0,10 para probabilidade de 90%;
• 0,05 para probabilidade de 95%;
• 0,025 para probabilidade de 97,5%;
• 0,01 para probabilidade de 99%;
• 0,005 para probabilidade de 99,5%.
Valores de p abaixo dos níveis usuais representam alta significância para o intervalo de
confiança encontrado. A tabela utilizada para os cálculos é apresentada por Chatterjee; Price, assim
como exemplos detalhados, equações e definições necessárias ao entendimento desse teste.
O teste de “pairing”, utilizado por Lahr (44), permite a comparação de pares emparelhados
através da verificação se a média dos desvios pode ser admitida como nula. Por exemplo, para
comparar se os dados experimentais se ajustam a um modelo previamente definido.
Esse teste será utilizado para verificar se as expressões para a caracterização simplificada da
madeira, proposta pela NBR 7190/1997, fornecem resultados equivalentes aos obtidos através dos
ensaios experimentais. A aplicação do teste “pairing” é simples, embora necessite a consulta a uma
tabela estatística.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. REGRESSÕES PARA OBTENÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE A DENSIDADE APARENTE E AS


PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA E RIGIDEZ DA MADEIRA

Neste item são apresentados os resultados da análise estatística efetuada com o objetivo de
estabelecer as expressões que relacionam a densidade aparente a 12% com outras propriedades de
resistência e de rigidez da madeira. Foram utilizadas duas alternativas: agrupamento total (valores
individuais) e agrupamento de valores médios por espécies, a partir dos resultados apresentados nas
tabelas no Anexo B e por Dias (41).
Na definição das expressões mais convenientes para relacionar as variáveis envolvidas, foram
analisados diversos modelos: linear, logarítmico, polinomial, potência e exponencial. O modelo mais
conveniente, em todos os casos, foi o de potência, apresentado na eq. (22), que coincide com o
apresentado na literatura por Bodig; Jayne (20), para correlacionar muitas das propriedades mecânicas da
madeira com a densidade. Sendo assim, realizou-se a regressão linear através da linearização da
função, segundo a eq. (23).

b
f = aρ apa (22)

log f = log a + b log ρ apa (23)

Sendo, f: resistência ou rigidez da madeira;


a e b: constantes de determinação;
ρ apa : densidade aparente.

As tabelas 4 a 7 apresentam os resultados de regressões que relacionam a densidade


aparente com as propriedades de resistência e rigidez da madeira. Nessas tabelas, tem-se:

• Relação 1: relação entre a densidade aparente e a resistência à compressão paralela às fibras (fc0);
• Relação 2: relação entre a densidade aparente e a resistência à tração paralela às fibras (ft0);
• Relação 3: relação entre a densidade aparente e a resistência ao cisalhamento (fS0);
• Relação 4: relação entre a densidade aparente e a resistência convencional no ensaio de flexão
estática (fM);
• Relação 5: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na compressão paralela às
fibras (Ec0);
• Relação 6: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na tração paralela às fibras
(Et0);
• Relação 7: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na flexão estática (EM0);
• Relação 8: relação entre a densidade aparente e a dureza paralela às fibras (fH0);
• Relação 9: relação entre a densidade aparente e a dureza normal às fibras (fH90);
• Relação 10: relação entre a densidade aparente e a tenacidade (T);
• R2 : coeficiente de determinação, avalia a qualidade da regressão, é utilizado para escolher a
regressão mais indicada entre os modelos estudados. Quanto mais próximo da unidade, melhor a
regressão;
• Função : função obtida pela regressão para estimar os valores de resistência e de rigidez da madeira;
• Coeficientes: correspondem aos valores obtidos para as variáveis a e b, das referidas expressões;
• Intervalo de confiança: limites entre os quais a média da população está contida, com 95% de
probabilidade;
• N: Número de amostras;
• SE: erro padrão de estimativa das variáveis;
• S: erro padrão de estimativa para a regressão;
• t: variável t de Student, valor estatístico calculado;
• Valor p: probabilidade de t exceder numericamente o valor tabelado.
As tabelas 4 e 5 apresentam os resultados de regressões que relacionam a densidade
aparente com as propriedades de resistência e rigidez da madeira, para o agrupamento dos valores
individuais de todas espécies.

Tabela 4 – Resultados da estatística de regressão para o agrupamento dos


valores individuais de todas espécies.
RESULTADOS DA ESTATÍSTICA DE REGRESSÃO
Relações N R2 Função
0,9835
Relação 1 480 0,60532 f c 0 = 0,0825ρ apa
0,9465
Relação 2 480 0,33610 f t 0 = 0,1515ρ apa
0,9752
Relação 3 480 0,45430 f V 0 = 0,0227ρ apa
0,9912
Relação 4 480 0,50363 f M = 0,1253ρ apa
0,9599
Relação 5 480 0,48180 E c0 = 24,003ρ apa
0,8504
Relação 6 480 0,50305 E t 0 = 49,706ρ apa
0,9247
Relação 7 480 0,55189 E M 0 = 29,411ρ apa
1, 2655
Relação 8 456 0,68623 f H 0 = 0,0201ρ apa
1,8123
Relação 9 456 0,80063 f H 90 = 4E − 4ρ apa
1,9646
Relação 10 432 0,50226 T = 2E − 6ρ apa

Tabela 5 – Coeficientes obtidos para a regressão efetuada pelo agrupamento dos


valores individuais de todas espécies.
COEFICIENTES DA REGRESSÃO
Erro padrão
Relações Coeficientes
SE S
Interseção-log a -1,08349 0,10610
Relação 1 0,08049
Variável X- 0,98347 0,03632
Interseção-log a -0,81947 0,17774
Relação 2 0,13484
Variável X 0,94655 0,06085
Interseção-log a -1,64313 0,14279
Relação 3 0,10833
Variável X 0,97518 0,04888
Interseção-log a -0,90216 0,13147
Relação 4 0,09974
Variável X 0,99118 0,04501
Interseção-log a 1,38026 0,13300
Relação 5 0,10090
Variável X 0,95987 0,04553
Interseção-log a 1,69641 0,11293
Relação 6 0,08568
Variável X 0,85043 0,03866
Interseção-log a 1,46851 0,11132
Relação 7 0,08445
Variável X 0,92466 0,03811
Interseção-log a -1,69620 0,11725
Relação 8 0,08841
Variável X 1,26551 0,04016
Interseção-log a -3,42813 0,12391
Relação 9 0,09344
Variável X 1,81229 0,04244
Interseção-log a -5,74120 0,27476
Relação 10 0,20049
Variável X 1,96460 0,09432
Tabela 5 - Coeficientes obtidos para a regressão efetuada pelo agrupamento dos
valores individuais de todas espécies – continuação.
COEFICIENTES DA REGRESSÃO
Intervalo de confiança para
Teste t
os coeficientes
Relações
Inferior Superior
t Valor p
a 95% a 95%
Interseção-log a -10,2121 * -1,29197 -0,87502
Relação 1
Variável X 27,0760 * 0,91210 1,05484
Interseção-log a -4,61052 * -1,16872 -0,47022
Relação 2
Variável X 15,5560 * 0,82699 1,06611
Interseção-log a -11,5070 * -1,92371 -1,36255
Relação 3
Variável X 19,9485 * 0,87912 1,07123
Interseção-log a -6,86214 * -1,16049 -0,64383
Relação 4
Variável X 22,0226 * 0,90274 1,07962
Interseção-log a 10,3779 * 1,11892 1,64159
Relação 5
Variável X 21,0815 * 0,87041 1,04934
Interseção-log a 15,0215 * 1,47450 1,91831
Relação 6
Variável X 21,9968 * 0,77446 0,92640
Interseção-log a 13,1918 * 1,24977 1,68725
Relação 7
Variável X 24,2631 * 0,84978 0,99955
Interseção-log a -14,4671 * -1,92661 -1,46579
Relação 8
Variável X 31,5108 * 1,18658 1,34443
Interseção-log a -27,6663 * -3,67164 -3,18462
Relação 9
Variável X 42,6985 * 1,72888 1,89570
Relação Interseção-log a -20,8956 * -6,28123 -5,20116
10 Variável X 20,8303 * 1,77923 2,14998
Nota: *Menor que o nível usual.

Tanto o valor t como o p apresentados na tabela, foram comparados com valores de tabela
encontrada em livros de estatística. O valor t é determinante nos cálculos dos intervalos de confiança.
Como os valores p calculados para todas as regressões efetuadas apresentaram resultados menores
que os dos níveis usuais, ou seja, menor que 0,005, significa que a estimativa da amostra p não vá
diferir do valor de p tabelado.
As figuras 16 a 25 apresentam gráficos de análise de resíduos para as relações descritas, no
caso do agrupamento dos valores individuais de todas espécies. Para todos os gráficos apresentados
observou-se a inexistência de tendenciosidade na distribuição dos desvios, ou resíduos (valor observado
menos o valor estimado). Os desvios oscilam em torno da média zero ( em torno do eixo X ).
Apresentam-se como exemplo no Anexo C, gráficos correspondentes aos ajustes de linha para
a relação entre a densidade aparente e a resistência à compressão paralela às fibras obtidos através da
análise de regressões. Os gráficos de ajustes de linha para as demais variáveis em estudo são
apresentadas por Dias (41).

0,3
0,2
0,1
Resíduos

0
-0,1
-0,2
-0,3

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 16 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência à compressão paralela às fibras – agrupamento dos valores
individuais.
0,4

0,2

Resíduos
0

-0,2

-0,4

-0,6

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 17 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência à tração paralela às fibras – agrupamento dos valores individuais.

0,3
0,2
0,1
Resíduo

0
-0,1
-0,2
-0,3
-0,4

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 18 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras – agrupamento dos valores
individuais.

0,3
0,2
0,1
Resíduos

0
-0,1
-0,2
-0,3
-0,4

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 19 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência convencional no ensaio de flexão estática – agrupamento dos
valores individuais.

0,3
0,2
0,1
Resíduos

0
-0,1
-0,2
-0,3

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 20 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras – agrupamento dos
valores individuais.
0,2

0,1

Resíduos
0

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 21 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na tração paralela às fibras – agrupamento dos valores
individuais.

0,3
0,2
0,1
Resíduos

0
-0,1
-0,2
-0,3

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 22 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na flexão estática – agrupamento dos valores
individuais.

0,3
0,2
Resíduos

0,1
0
-0,1
-0,2
-0,3

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 23 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a dureza paralela às fibras – agrupamento dos valores individuais.

0,4

0,2
Resíduos

-0,2

-0,4

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 24 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a dureza normal às fibras – agrupamento dos valores individuais.
0,6
0,4
0,2

Resíduos
0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 25 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a tenacidade – agrupamento dos valores individuais.

As tabelas 6 e 7 apresentam os resultados de regressões que relacionam a densidade


aparente com as propriedades de resistência e rigidez da madeira. Esses resultados correspondem ao
agrupamento dos valores médios para todas as espécies.

Tabela 6 – Resultados da estatística de regressão para o agrupamento dos


valores médios para todas espécies.
RESULTADOS DA ESTATÍSTICA DE REGRESSÃO
Relações N R2 Função
1, 006
Relação 1 40 0,77104 f c 0 = 0,0714ρ apa
0,9472
Relação 2 40 0,62773 f t 0 = 0,1561ρ apa
0,9691
Relação 3 40 0,78433 f V 0c = 0,0237ρ apa
1, 0344
Relação 4 40 0,75747 f M = 0,0953ρ apa
0,9761
Relação 5 40 0,64911 E c0 = 21,86ρ apa
0,8407
Relação 6 40 0,68672 E t 0 = 53,77ρ apa
0,9374
Relação 7 40 0,71312 E M 0 = 27,30ρ apa
1, 2775
Relação 8 38 0,84768 f H 0 = 0,0188ρ apa
1,8707
Relação 9 38 0,92249 f H90 = 3E − 4ρ apa
1,9720
Relação 10 36 0,71262 T = 2E − 6ρ apa
Tabela 7 – Coeficientes obtidos para a regressão efetuada pelo agrupamento dos
valores médios para todas espécies.
COEFICIENTES DA REGRESSÃO
Erro padrão
Relações Coeficientes
SE S
Interseção-log a -1,1464 0,2598
Relação 1 0,05395
Variável X- 1,0062 0,0889
Interseção-log a -0,8068 0,3456
Relação 2 0,07176
Variável X 0,9472 0,1183
Interseção-log a -1,6250 0,2474
Relação 3 0,05648
Variável X 0,9691 0,0847
Interseção-log a -1,0208 0,2773
Relação 4 0,05759
Variável X 1,0344 0,0950
Interseção-log a 1,3397 0,3400
Relação 5 0,07061
Variável X 0,9761 0,1164
Interseção-log a 1,7306 0,2691
Relação 6 0,05587
Variável X 0,8407 0,0921
Interseção-log a 1,4363 0,2817
Relação 7 0,05850
Variável X 0,9374 0,0965
Interseção-log a -1,7253 0,2635
Relação 8 0,05450
Variável X 1,2775 0,0903
Interseção-log a -3,5914 0,2638
Relação 9 0,05457
Variável X 1,8707 0,0904
Interseção-log a -5,73646 0,62560
Relação 10 0,12489
Variável X 1,97204 0,21477

Tabela 7 – Coeficientes obtidos para a regressão efetuada pelo agrupamento dos


valores médios para todas espécies – continuação.
COEFICIENTES DA REGRESSÃO
Intervalo de confiança
Teste t
para os coeficientes
Relações
Inferior Superior
t Valor - P
a 95% a 95%
Interseção-log a -4,41246 * -1,6723 -0,6204
Relação 1
Variável X 11,31237 * 0,82615 1,1863
Interseção-log a -2,33408 * -1,5063 -0,1070
Relação 2
Variável X 8,00480 * 0,7076 1,1867
Interseção-log a -6,56811 * -2,1268 -1,1233
Relação 3
Variável X 11,44213 * 0,7973 1,1409
Interseção-log a -3,68074 * -1,5822 -0,4594
Relação 4
Variável X 10,89425 * 0,8422 1,2266
Interseção-log a 3,93964 * 0,6513 2,0280
Relação 5
Variável X 8,38419 * 0,7404 1,2118
Interseção-log a 6,43201 * 1,1859 2,2752
Relação 6
Variável X 9,12662 * 0,6542 1,0272
Interseção-log a 5,09816 * 0,8659 2,0066
Relação 7
Variável X 9,71902 * 0,7422 1,1327
Interseção-log a -6,54851 * -2,2596 -1,1910
Relação 8
Variável X 14,15439 * 1,0944 1,4605
Interseção-log a -13,61401 * -4,12640 -3,05637
Relação 9
Variável X 20,69994 * 1,68738 2,05394
Interseção-log a -9,16957 * -7,00783 -4,46509
Relação 10
Variável X 9,18207 * 1,53557 2,40851
Nota: *Menor que o nível usual.

Observa-se na tabela 6, que os coeficientes de determinação obtidos são altos e aproximam-se


da unidade, o que representa alta correlação entre as variáveis analisadas. Os valores t e p
apresentados na tabela, comparados com valores t encontrados em tabela nos livros de estatística, são
determinantes nos cálculos dos intervalos de confiança. Como os valores p calculados para todas as
regressões efetuadas apresentaram resultados menores que os dos níveis usuais, ou seja, menor que
0,005, significa que a estimativa da amostra p não vá diferir do valor de p tabelado. Por isso pode-se
afirmar uma alta significância para os coeficientes obtidos.
As figuras 26 a 35 apresentam gráficos de análise de resíduos para as relações entre as
propriedades descritas. Esses resultados foram obtidos através do agrupamento dos valores médios
para todas espécies. Observa-se a não existência de tendenciosidade na distribuição dos resíduos. Há
distribuições homogêneas ao longo dos domínios, ou seja, os pontos oscilam em torno do eixo X nos
diagramas de resíduos.

0,2

Resíduos 0,1

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 26 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência à compressão paralela às fibras – agrupamento dos valores médios
para todas espécies.

0,2

0,1
Resíduos

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 27 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência à tração paralela às fibras – agrupamento dos valores médios para
todas espécies.
0,2

0,1
Resíduos

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)

Figura 28 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras – agrupamento dos valores
médios para todas espécies.
0,2

0,1

Resíduos
0

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 29 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a resistência convencional no ensaio de flexão estática – agrupamento dos
valores médios para todas espécies.

0,2

0,1
Resíduos

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m 3 )


Figura 30 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras – agrupamento dos
valores médios para todas espécies.

0,2

0,1
Resíduos

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 31 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na tração paralela às fibras – agrupamento dos valores
médios para todas espécies.

0,2

0,1
Resíduos

-0,1

-0,2

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 32 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e o módulo de elasticidade na flexão estática – agrupamento dos valores médios
para todas espécies.
0,1

Resíduos
0

-0,1

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 33 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a dureza paralela às fibras – agrupamento dos valores médios para todas
espécies.

0,1
Resíduos

-0,1

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 34 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a dureza normal às fibras – agrupamento dos valores médios para todas
espécies.

0,4

0,2
Resíduos

-0,2

-0,4

Densidade aparente (kg/m3)


Figura 35 – Gráfico de resíduos em função da densidade aparente para a regressão entre a densidade
aparente e a tenacidade – agrupamento dos valores médios para todas espécies.

4.1.1. RELAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE COM DEMAIS PROPRIEDADES

O mesmo procedimento utilizado para as relações entre as propriedades já descritas foi


adotado para as relações entre a densidade aparente e retratibilidade radial total; retratibilidade
tangencial total; resistência à tração normal às fibras e resistência ao fendilhamento.
Os coeficientes de determinação para cada modelo analisado são apresentados na tabela 8,
para relações que utilizaram o agrupamento total dos valores individuais e tabela 9, no caso do
agrupamento dos valores médios para todas as espécies. Os coeficientes obtidos para as relações
descritas são baixos, o que evidencia uma baixa relação entre a densidade aparente e essas
propriedades. Portanto, torna-se irrelevante a apresentação das análises de regressões para essas
variáveis.
Tabela 8 – Valores de coeficientes de determinação para as propriedades analisadas –
agrupamento total dos resultados.
COEFICIENTES DE DETERMINAÇÃO
Relações da
densidade aparente Modelo matemático
versus Polinômio de
Linear Logaritmo Potência Exponencial
grau 2
Retratibilidade
0,101 0,106 0,108 0,114 0,109
radial total
Retratibilidade
0,045 0,061 0,115 0,094 0,071
tangencial total
Resistência à tração
0,053 0,059 0,071 * *
normal às fibras
Resistência ao fendilhamento 0,153 0,169 0,187 0,210 0,191
*Corresponde a coeficientes de determinação não encontrados por não existir essa relação.

Tabela 9 – Valores de coeficientes de determinação para as propriedades analisadas –


agrupamento médio dos resultados.
COEFICIENTES DE DETERMINAÇÃO
Relações da
densidade aparente Modelo matemático
versus Polinômio de
Linear Logaritmo Potência Exponencial
grau 2
Retratibilidade
0,135 0,139 0,141 0,151 0,148
radial total
Retratibilidade
0,049 0,066 0,139 0,106 0,081
tangencial total
Resistência à tração
0,053 0,059 0,140 0,135 0,123
normal às fibras
Resistência ao fendilhamento 0,153 0,169 0,187 0,210 0,191

4.2. APRESENTAÇÃO DAS CLASSES DE RESISTÊNCIA

Apresenta-se na tabela 10 os resultados correspondentes à classificação das espécies


estudadas quanto à sua classe de resistência.
Tabela 10 – Apresentação das classes de resistência e resistências características
para as espécies estudadas.
RESISTÊNCIA CLASSES DE
ESPÉCIES CARACTERÍSTICA À RESISTÊNCIA
(NOMES CIENTÍFICOS) COMPRESSÃO PARALELAS ÀS
FIBRAS - fc0,k (MPa)
Votairea fusca 47,7 C40
Vataireopsis araroba 45,3 C40
Hymenolobium sp 71,0 C60
Dinizia excelsa 72,7 C60
Hymenolobium petraeum 44,5 C40
Votairea sp 51,1 C40
Piptadenia macrocarpa 55,6 C40
Sebastiania commersoniana 45,6 C40
Andira stipulacea 42,4 C40
Cassia ferruginea 36,4 C30
Ocotea odorifera 44,5 C40
Calycophyllum multiflorum 54,5 C40
Calophyllum sp 51,0 C40
Cedrela odorata 30,4 C30
Cedrella sp 27,9 C30
Cedrelinga catenaeformis 28,9 C20
Dipteryx odorata 96,2 C60
Copaifera cf. ret 44,1 C40
Goupia glabra 39,9 C30
Goupia paraensis 55,3 C40
Apuleia leiocarpa 65,4 C60
Planchonella pachycarpa 43,1 C40
Luetzelburgia sp 58,9 C40
Peltophorum vogelianum 61,1 C60
Tabebuia serratifolia 62,9 C60
Mezilaurus itauba 68,4 C60
Hymenaea sp 78,7 C60
Ocotea sp 42,1 C40
Manilkara huberi 79,5 C60
Qualea paraensis 59,2 C40
Clarisia racemosa 73,5 C60
Pradosia sp 72,3 C60
Parinari excelsa 56,2 C40
Tapirira sp 43,7 C40
Erisma uncinatum 27,2 C20
Vochysia haenkeana 48,7 C40
Diplotropis incexis 90,5 C60
Tachigali myrmecophila 75,8 C60
Bagassa guianensis 55,0 C40
Qualea retusa 52,1 C40
4.3. AFERIÇÃO DAS EXPRESSÕES UTILIZADAS PARA CARACTERIZAÇÃO SIMPLIFICADA DAS
RESISTÊNCIAS DA MADEIRA

Na tabela 11 constam os valores das resistências características de todas espécies estudadas.


Esses valores foram utilizados para calcular as relações expressas na tabela 12. As respectivas relações
são para aferições das expressões apresentadas pela NBR 7190/1997, eq. 24 a 26. Essas expressões
são utilizadas para a caracterização simplificada das resistências das madeiras de espécies usuais,
através da utilização do ensaio de compressão paralela às fibras. Apresentam-se aqui apenas as que
foram utilizadas nesta pesquisa.

f c0 ,K / f t 0 ,k = 0 ,77 (24)

f tM ,k / f t 0 ,k = 1,0 (25)

Para dicotiledôneas: f V 0 ,k / f c0 ,k = 0 ,12 (26)

Nas quais:
f c0, k = resistência característica da madeira à compressão paralela às fibras;
f t 0,k = resistência característica da madeira à tração paralela às fibras;
f tM ,k = resistência característica convencional no ensaio de flexão estática;
f V 0,k = resistência característica ao cisalhamento.

Tabela 11 – Apresentação dos resultados das resistências características das espécies.


ESPÉCIES RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
(NOMES CIENTÍFICOS) fc0,k (MPa) ft0,k (MPa) ftM,k (MPa) fV0,k (MPa)
Vatairea fusca 47,7 51,0 78,4 13,2
Vataireopsis araroba 45,3 49,1 78,4 8,4
Hymenolobium sp 71,0 81,0 107,0 13,6
Dinizia excelsa 72,7 77,0 90,2 13,4
Hymenolobium petraeum 44,5 56,5 72,5 9,3
Vatairea sp 51,1 70,4 76,7 12,1
Piptadenia macrocarpa 55,6 77,3 84,2 18,0
Sebastiania 45,6 67,2 64,1 13,8
commersoniana
Andira stipulacea 42,4 59,0 66,4 7,2
Cassia ferruginea 36,4 59,4 79,4 13,0
Ocotea odorifera 44,5 92,5 87,5 9,4
Calycophyllum multiflorum 54,5 86,4 99,9 15,6
Calophyllum sp 51,0 47,4 58,2 12,3
Cedrela odorata 30,4 41,6 49,5 11,0
Cedrella sp 27,9 48,8 44,4 6,6
Cedrelinga catenaeformis 28,9 45,7 46,0 8,3
Dipteryx odorata 96,2 90,6 128,7 13,5
Copaifera cf. ret 44,1 52,7 67,2 10,3
Goupia glabra 39,9 54,1 55,6 12,0
Goupia paraensis 55,3 75,2 88,8 12,6
Apuleia leiocarpa 65,4 81,3 83,2 17,4
Planchonella pachycarpa 43,1 83,5 95,2 12,1
Luetzelburgia sp 58,9 80,8 99,4 18,5
Tabela 11 – Apresentação dos resultados das resistências características das espécies – continuação.
ESPÉCIES RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
(NOMES CIENTÍFICOS) fc0,k (MPa) ft0,k (MPa) ftM,k (MPa) fV0,k (MPa)
Peltophorum vogelianum 61,1 64,0 80,3 17,5
Tabebuia serratifolia 62,9 75,9 99,4 14,9
Mezilaurus itauba 68,4 72,6 95,3 16,3
Hymenaea sp 78,7 114,0 120,6 21,0
Ocotea sp 42,1 53,5 60,0 10,4
Manilkara huberi 79,5 109,4 125,8 20,8
Qualea paraensis 59,2 65,1 80,2 13,9
Clarisia racemosa 73,5 74,2 90,5 15,2
Pradosia sp 72,3 91,0 89,2 14,6
Parinari excelsa 56,2 78,5 82,0 12,0
Tapirira sp 43,7 51,1 53,1 12,4
Erisma uncinatum 27,2 40,5 59,1 6,7
Vochysia haenkeana 48,7 51,0 64,9 9,4
Diplotropis incexis 90,5 83,4 118,8 17,1
Tachigali myrmecophila 75,8 77,6 98,5 14,6
Bagassa guianensis 55,0 66,1 85,4 19,1
Qualea retusa 52,1 37,7 51,2 11,3
Média 55,0 68,4 81,4 13,2

Tabela 12 – Resultados das aferições das expressões utilizadas pela NBR 7190/1997 para
caracterização simplificada da resistência da madeira.
ESPÉCIES RELAÇÕES
(NOMES CIENTÍFICOS) fc0,k/ft0,k ftM,k/ft0,k fV0,k/fc0,k
Vatairea fusca 0,94 1,54 0,26
Vataireopsis araroba 0,92 1,60 0,17
Hymenolobium sp 0,88 1,32 0,17
Dinizia excelsa 0,94 1,17 0,17
Hymenolobium petraeum 0,79 1,28 0,16
Vatairea sp 0,73 1,09 0,17
Piptadenia macrocarpa 0,72 1,09 0,23
Sebastiania commersoniana 0,68 0,95 0,20
Andira stipulacea 0,72 1,12 0,12
Cassia ferruginea 0,61 1,34 0,22
Ocotea odorifera 0,48 0,95 0,10
Calycophyllum multiflorum 0,63 1,16 0,18
Calophyllum sp 1,08 1,23 0,26
Cedrela odorata 0,73 1,19 0,26
Cedrella sp 0,57 0,91 0,14
Cedrelinga catenaeformis 0,63 1,00 0,18
Dipteryx odorata 1,06 1,42 0,15
Copaifera cf. ret 0,84 1,28 0,19
Goupia glabra 0,74 1,03 0,22
Goupia paraensis 0,73 1,18 0,17
Tabela 12 – Resultados das aferições das expressões utilizadas pela NBR 7190/1997 para
caracterização simplificada da resistência da madeira – continuação.
ESPÉCIES RELAÇÕES
(NOMES CIENTÍFICOS) fc0,k/ft0,k ftM,k/ft0,k fV0,k/fc0,k
Apuleia leiocarpa 0,80 1,02 0,21
Planchonella pachycarpa 0,52 1,14 0,14
Luetzelburgia sp 0,73 1,23 0,23
Peltophorum vogelianum 0,96 1,25 0,27
Tabebuia serratifolia 0,83 1,31 0,20
Mezilaurus itauba 0,94 1,31 0,22
Hymenaea sp 0,69 1,06 0,18
Ocotea sp 0,79 1,12 0,19
Manilkara huberi 0,73 1,15 0,19
Qualea paraensis 0,91 1,23 0,21
Clarisia racemosa 0,99 1,22 0,20
Pradosia sp 0,79 0,98 0,16
Parinari excelsa 0,72 1,04 0,15
Tapirira sp 0,86 1,04 0,24
Erisma uncinatum 0,67 1,45 0,16
Vochysia haenkeana 0,96 1,27 0,18
Diplotropis incexis 1,08 1,42 0,20
Tachigali myrmecophila 0,98 1,27 0,19
Bagassa guianensis 0,83 1,29 0,29
Qualea retusa 1,38 1,36 0,30
Média 0,80 1,19 0,20

Observa-se na tabela 12, que os valores médios obtidos pelos quocientes entre resistências
características, diferem bastante dos apresentados pela NBR 7190/1997, exceto para fc0,k/ft0,k. Devido a
essa diferença, resolveu-se calcular as resistências características utilizando as expressões fornecidas
na referida normalização. Os valores obtidos são apresentados na tabela 13.
Tabela 13 – Resultados obtidos para as resistências características utilizando
as expressões da NBR 7190/1997.
ESPÉCIES RESISTÊNCIAS CARACTERÍSTICAS
(NOMES CIENTÍFICOS) ft0,k (MPa) ftM,k (MPa) fV0,k (MPa)
Vatairea fusca 61,9 50,9 5,7
Vataireopsis araroba 58,8 49,1 5,4
Hymenolobium sp 92,1 81,0 8,5
Dinizia excelsa 94,5 77,0 8,7
Hymenolobium petraeum 57,8 56,5 5,3
Vatairea sp 66,3 70,4 6,1
Piptadenia macrocarpa 72,1 77,3 6,7
Sebastiania commersoniana 59,2 67,2 5,5
Andira stipulacea 55,1 59,0 5,1
Cassia ferruginea 47,3 59,4 4,4
Ocotea odorifera 57,8 92,5 5,3
Calycophyllum multiflorum 70,8 86,4 6,5
Calophyllum sp 66,2 47,4 6,1
Cedrela odorata 39,5 41,6 3,6
Cedrella sp 36,3 48,8 3,4
Cedrelinga catenaeformis 37,5 45,7 3,5
Dipteryx odorata 124,9 90,6 11,5
Copaifera cf. ret 57,3 52,7 5,3
Goupia glabra 51,8 54,1 4,8
Goupia paraensis 71,8 75,2 6,6
Apuleia leiocarpa 84,9 81,3 7,8
Planchonella pachycarpa 56,0 83,5 5,2
Luetzelburgia sp 76,5 80,8 7,1
Peltophorum vogelianum 79,4 64,0 7,3
Tabebuia serratifolia 81,7 75,9 7,5
Mezilaurus itauba 88,9 72,6 8,2
Hymenaea sp 102,2 114,0 9,4
Ocotea sp 54,7 53,5 5,1
Manilkara huberi 103,2 109,4 9,5
Qualea paraensis 76,9 65,1 7,1
Clarisia racemosa 95,5 74,2 8,8
Pradosia sp 93,9 91,0 8,7
Parinari excelsa 73,0 78,5 6,7
Tapirira sp 56,8 51,1 5,2
Erisma uncinatum 35,3 40,6 3,3
Vochysia haenkeana 63,2 51,0 5,8
Diplotropis incexis 117,5 83,4 10,9
Tachigali myrmecophila 98,4 77,6 9,1
Bagassa guianensis 71,4 66,1 6,6
Qualea retusa 67,6 37,7 6,2
Média 71,4 68,4 6,6

Ao comparar os resultados da tabela 12 com os da tabela 13, observa-se semelhança apenas


entre os resultados obtidos para a resistência característica à tração paralela às fibras. Os resultados de
resistência característica convencional no ensaio de flexão estática, um obtido utilizando a expressão
fornecida pela NBR 7190/1997 e outro pelos resultados do ensaio, apresentaram diferença. O mesmo
aconteceu para a resistência ao cisalhamento.
Devido a essa diferença, aplicou-se o teste “pairing” para verificar se esses conjuntos de
resultados são estatisticamente equivalentes, a um dado nível de segurança. Nesse caso, adotou-se o
nível de 95%.
O teste parte da hipótese nula (H0=0), então os dois conjuntos de dados são equivalentes, uma
nova variável formada pelos desvios, ou seja, pelas diferenças entre dois valores correspondentes, um
de cada conjunto, possuirá média nula. Sendo assim , obtem-se o intervalo da média, se esse conter o
zero, aceita-se a hipótese de que as médias sejam iguais. O intervalo da média é obtido pela eq. (27).

Sd Sd
d − tφ ,95% . ≤ µ d ≤ d + tφ ,95% . (27)
n n

Onde:
d = fk,NBR - fk
d :desvios (variável estudada);
n : número de elementos da amostra;
d : estimativa da média dos desvios;
Sd : desvio padrão da amostra;
Sd
: erro padrão de estimativa;
n
φ = n − 1 : número de graus de liberdade;
t φ,95% : valor tabelado, para φ graus de liberdade e 95% de probabilidade;
µd : média dos desvios.

Os intervalos de confiança da média obtidos foram:


− 7 ,74524 ≤ µ d ≤ 1,64524 - para a resistência à tração paralela às fibras;
9 ,73049 ≤ µ d ≤ 16 ,28951 - para a resistência ao ensaio convencional de flexão estática;
5 ,75678 ≤ µ d ≤ 7 ,463222 - para a resistência ao cisalhamento.

Considerando para a resistência à tração paralela às fibras, que o intervalo de confiança da


média contém o zero, portanto a média pode ser nula. Sendo assim, os dois conjuntos de dados são
estatisticamente equivalentes. No entanto, para a resistência convencional no ensaio de flexão estática e
resistência ao cisalhamento, o intervalo de confiança não contém a média. O que evidencia a não
equivalência entre o conjunto de dados.
5. CONCLUSÕES

Um resumo dos resultados obtidos para correlacionar a densidade aparente com as


propriedades de resistência e rigidez da madeira é apresentado na tabela 14.

Tabela 14 – Resumo dos resultados da estatística de regressão para as relações estabelecidas.


RESUMO DOS RESULTADOS DA ESTATÍSTICA DE REGRESSÃO
Agrupamento dos valores médios de
Agrupamento total das espécies
Relações todas espécies
R2 Funções R2 Funções
0,9835 1, 006
Relação 1 0,60532 f c 0 = 0,0825ρ apa 0,77104 f c 0 = 0,0714ρ apa
0,9465 0,9472
Relação 2 0,33610 f t 0 = 0,1515ρ apa 0,62773 f t 0 = 0,1561ρ apa
0,9752 0,9691
Relação 3 0,45430 f V 0 = 0,0227ρ apa 0,78433 f V 0c = 0,0237ρ apa
0,9912 1, 0344
Relação 4 0,50363 f M = 0,1253ρ apa 0,75747 f M = 0,0953ρ apa
0,9599 0,9761
Relação 5 0,48180 E c0 = 24,003ρ apa 0,64911 E c0 = 21,86ρ apa
0,8504 0,8407
Relação 6 0,50305 E t 0 = 49,706ρ apa 0,68672 E t 0 = 53,77ρ apa
0,9247 0,9374
Relação 7 0,55189 E M 0 = 29,411ρ apa 0,71312 E M 0 = 27,30ρ apa
1, 2655 1, 2775
Relação 8 0,68623 f H 0 = 0,0201ρ apa 0,84768 f H 0 = 0,0188ρ apa
1,8123 1,8707
Relação 9 0,80063 f H 90 = 4E − 4ρ apa 0,92249 f H90 = 3E − 4ρ apa
1,9646 1,9720
Relação 10 0,50226 T = 2E − 6ρ apa 0,71262 T = 2E − 6ρ apa

Na tabela tem-se:
• Densidade aparente (ρ apa ) ;
• Relação 1: relação entre a densidade aparente e a resistência à compressão paralela às fibras (fc0);
• Relação 2: relação entre a densidade aparente e a resistência à tração paralela às fibras (ft0);
• Relação 3: relação entre a densidade aparente e a resistência ao cisalhamento (fS0);
• Relação 4: relação entre a densidade aparente e a resistência convencional no ensaio de flexão
estática (fM);
• Relação 5: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na compressão paralela às
fibras (Ec0);
• Relação 6: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na tração paralela às fibras
(Et0);
• Relação 7: relação entre a densidade aparente e o módulo de elasticidade na flexão estática (EM0);
• Relação 8: relação entre a densidade aparente e a dureza paralela às fibras (fH0);
• Relação 9: relação entre a densidade aparente e a dureza normal às fibras (fH90);
• Relação 10: relação entre a densidade aparente e a tenacidade (T);
• R2: coeficiente da determinação;
• Funções: expressões obtidas pelas regressões.

O modelo matemático que apresentou resultados mais satisfatórios, em todos os casos, foi o
de potência. Isto coincide com o modelo obtido por Bodig; Jayne (1982), para correlacionar muitas das
propriedades mecânicas da madeira com a densidade.
Observa-se que os coeficientes de determinação R2, obtidos por regressão linear, para o
agrupamento dos valores médios das espécies, apresentaram valores altos. A literatura específica diz
que, quanto mais próximo da unidade estiver o valor de R2, melhor qualidade apresenta a regressão.
Sendo assim, através da análise desses coeficientes, conclui-se existir uma alta correlação entre as
propriedades relacionadas.
Ao comparar os resultados de R2 obtidos com o agrupamento dos valores médios, com os
obtidos pelo agrupamento total das espécies, constata-se que os coeficientes adquiridos utilizando o
agrupamento dos valores médios de todas espécies apresentaram valores mais altos.
Porém, a análise dos desvios, ou resíduos, dispostas no capítulo “resultados e discussões”,
apresentaram-se sem tendenciosidade para ambos os casos, ou seja, os desvios oscilaram em torno da
média zero. Isto evidencia uma boa qualidade das regressões realizadas.
Outra observação, decorre do fato das expressões que relacionam a densidade aparente com
as propriedades de resistência e rigidez, serem bastante semelhantes, tanto para as constantes
(coeficientes de regressão) quanto para as potências.
Por esses itens analisados, concluiu-se que as expressões obtidas são eficientes para estimar
através da densidade aparente as propriedades de:
• resistência à compressão e à tração paralela às fibras;
• resistência ao cisalhamento;
• resistência convencional no ensaio de flexão estática;
• módulo de elasticidade na compressão e na tração paralela às fibras, assim como na flexão estática;
• dureza paralela e normal às fibras;
• tenacidade.
As expressões obtidas pelo agrupamento médio para todas espécies são mais significativas
para estimar valores médios de resistência e rigidez. Oferecem viabilidade e um subsídio a mais para se
trabalhar com o conhecimento básico das propriedades de madeira.
Para a relação da densidade aparente e retratibilidade radial total; retratibilidade tangencial
total; resistência à tração normal às fibras e fendilhamento, em todos os modelos matemáticos
analisados, os coeficientes de determinação R2 apresentaram valores baixos. Valores esses
compreendidos entre 0,045 a 0,210, tanto para o agrupamento total dos resultados como para o
agrupamento de valores médios para todas espécies.
Isso evidencia uma baixa correlação entre a densidade aparente e essas propriedades.
Portanto, a densidade aparente não é um eficaz estimador para essas propriedades.
Na aferição das expressões adotadas pela NBR 7190/1997, para caracterização simplificada
das resistências da madeira, obteve-se através do teste “pairing”, os seguintes intervalos de confiança:

− 7 ,74524 ≤ µ d ≤ 1,64524 - para a resistência à tração paralela às fibras;


9 ,73049 ≤ µ d ≤ 16 ,28951 - para a resistência ao ensaio convencional de flexão estática;
5 ,75678 ≤ µ d ≤ 7 ,463222 - para a resistência ao cisalhamento.

Esses intervalos foram obtidos por emparelhamento de dados. Comparou-se dois resultados: o
obtido pela expressão fornecida pela norma com o calculado com os resultados do ensaio.
Para a tração paralela às fibras, o intervalo de confiança da média contém o zero, sendo assim,
os dois conjuntos de dados são estatisticamente equivalentes. No entanto, para a resistência ao ensaio
convencional de flexão estática e para resistência ao cisalhamento, o intervalo de confiança não contém
o zero. Isto demonstra uma não equivalência entre o conjunto de dados.
A partir destas constatações, sugere-se a realização de um estudo específico para a definição
de relações mais consistentes entre as propriedades mencionadas, para oportuna revisão da NBR
7190/1997. É importante dizer que esse trabalho foi o primeiro a ser desenvolvido com base na nova
metodologia experimental recomendada pela ABNT.
Recomenda-se também o estudo das relações da densidade aparente com as propriedades de
resistência e rigidez da madeira, para espécies de reflorestamento, do grupo coníferas e dicotiledôneas e
para as espécies de reflorestamento do grupo dicotiledôneas.
ANEXO A

BREVE DESCRIÇÃO DAS ESPÉCIES UTILIZADAS

1. ANGELIM-AMARGOSO

Vatairea fusca Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Santos (45) é árvore alta, de caule reto, até 30m ou mais, com 3m de diâmetro.
Segundo Lorenzi (46), ocorre na Bahia e Minas Gerais até o Paraná, principalmente na floresta latifoliada
semidecídua. Santos afirma que a madeira dessa árvore é pesada, dura e com alta resistência
mecânica.

2. ANGELIM-ARAROBA

Vataireopsis araroba (Aguiar) D. Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Lorenzi (46), é arvore com altura de 20-35m, tronco ereto e cilíndrico de 60-90cm de
diâmetro. De ocorrência no Sul da Bahia, Espírito Santo, Norte do Rio de Janeiro e Vale do Rio Doce em
Minas Gerais, na floresta pluvial Atlântica. Sua madeira é moderadamente pesada, dura e resistente.

3. ANGELIM-FERRO

Hymenolobium sp Família Leguminosae-Mimosoideae

Segundo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA (47) e IPT (48), é árvore bastante
alta que atinge 12-30m, com tronco reto e cilíndrico, com 46-55cm de diâmetro. Ocorre na região
Amazônica, principalmente nos Estados do Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima. Ocorre
comumente em solos silico-argilosos ou argilosos. Sua madeira é muito pesada, dura e apresenta alta
resistência mecânica.

4. ANGELIM-PEDRA-VERDADEIRO

Dinizia excelsa Ducke Família Leguminosae-Mimosoideae

Segundo Lorenzi (46), a altura da árvore dessa espécie pode atingir de 50 a 60m, com diâmetro
de 100 a 180cm. Sua ocorrência é na região amazônica, principalmente nos Estados do Acre, Rondônia,
Amazonas, Pará e Roraima. É uma das maiores árvores da floresta amazônica. Sua madeira é muito
pesada e dura.

5. ANGELIM-PEDRA

Hymenolobium petraeum Ducke Família Leguminosae-Mimosoideae

Segundo Santos (45), é árvore de grande altura, alcança às vezes 50m. Tem grosso tronco,
encontrando-se até, com 340cm de diâmetro. Sua ocorrência é nas terras firmes da Amazônia, Belém e
Manaus. Sua madeira é pesada, dura e de alta resistência mecânica.

6. ANGELIM-SAIA

Vatairea sp Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Santos (45) é árvore alta, de caule reto, até 30m ou mais, com 3m de diâmetro.
Segundo IPT (48), abrange desde o sul da Bahia até o Estado de São Paulo, em matas pluviais costeiras.
Sua madeira é pesada, dura ao corte e com médias propriedades mecânicas.

7. ANGICO-PRETO

Piptadenia macrocarpa Benth. Família Leguminosae-Mimosoideae

É árvore com altura de 13-20m, com tronco de 40-60cm de diâmetro, conforme apresentado
por Jankowsky et al. (49) e Lorenzi (46). Sua ocorrência é no Maranhão e Nordeste do país até São Paulo,
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, principalmente na floresta latifoliada semidecídua, pode ser
encontrada na caatinga, cerrado e matas secas. Sua madeira é muito pesada, compacta, dura e
apresenta alta resistência mecânica.

8. BRANQUILHO

Sebastiania commersoniana (Baill.) S. & D. Família Euphorbiaceae

Lorenzi (46) apresenta essa árvore como uma planta, de 5-12m de altura, com tronco de 30-
50cm de diâmetro. Sua ocorrência é no Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul, nas matas ciliares de várias formações florestais. Sua madeira é moderadamente
pesada, compacta, pouco elástica e macia.

9. CAFEARANA

Andira stipulacea Benth. Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Lorenzi (46), essa árvore tem a altura de 4-7m, com tronco tortuoso, de 30-40cm de
diâmetro. Sua ocorrência é nos Estados da Bahia, Espírito Santo, sul de Roraima e Rio de Janeiro, na
mata pluvial úmida da costa Atlântica. Sua madeira é pesada, macia e de média resistência mecânica.

10. CANAFÍSTULA

Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. Família Leguminosae-Mimosoideae

Segundo Lorenzi (46), é árvore com altura de 8-15m, com tronco de 50-70cm de diâmetro. Sua
ocorrência é no Ceará até Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná, principalmente na floresta
latifoliada semidecídua. Existe uma variedade dessa espécie com inflorescências maiores e mais
florífera. Sua madeira é moderadamente pesada, porosa e mole.

11. CASCA-GROSSA

Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer Família Lauraceae

Segundo Rizzini (50), essa árvore atinge uma altura de 15-25m, com tronco de 50-70cm de
diâmetro. Sua ocorrência é no sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, na floresta pluvial atlântica. Ocorre
ainda com relativa freqüência nos campos de altitude da serra da Mantiqueira em Minas Gerais e São
Paulo e, nas matas de pinhais do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua madeira é
moderadamente pesada.

12. CASTELO

Calycophyllum multiflorum Griseb. Família Rubiaceae

Lorenzi (51) apresenta essa árvore com características, tais como, altura de 10-25m, tronco
ereto e cilíndrico, de 50-70cm de diâmetro. Ocorre no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nas matas
chaquenhas calcárias do Pantanal. Também na Bolívia, Paraguai e Argentina. Sua madeira é pesada,
dura e muito resistente à flexão.

13. CATANUDO

Calophyllum sp Família Clusiaceae

Segundo Jankowsky et al. (49), essa árvore atinge de 5 a 20m de altura por 30 a 50cm de
diâmetro. Segundo IPT (47), sua ocorrência é em toda mata litorânea baixa, desde o sul do Estado da
Bahia até o de Santa Catarina, na zona da mata, Estado de Minas Gerais e sul do Estado do Mato
Grosso do Sul. Ocorre também na Amazônia. Sua madeira é moderadamente pesada. Suas
propriedades mecânicas se classificam entre média e baixa.
14. CEDRO-AMARGO

Cedrela odorata Lin. Família Meliaceae

Segundo Santos (45) e Lorenzi (51), essa árvore, também conhecida como cedro-aromático ou
cedro-cheiroso, atinge uma altura de 25 a 35m, com tronco fissurado de 90 a 150cm de diâmetro. Sua
ocorrência é em todo o Brasil tropical, em todas formações vegetais, à exceção do cerrado. É
particularmente freqüente na mata Atlântica e na floresta pluvial Amazônica. Também é comum nas
matas ciliares do interior do país e nos demais países da América do sul. Sua madeira é leve, macia,
fácil de trabalhar e de boa resistência mecânica.

15. CEDRO-DOCE

Cedrella sp Família Meliaceae

Rizzini (50) apresenta como árvore que pode atingir 10m de altura, com tronco de 40-50cm de
diâmetro. Ocorre comumente na floresta Amazônica, em terra firme em várzeas altas, estendendo-se até
o norte do Estado do Espírito Santo, e de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Sua madeira é leve e
apresenta baixa resistência mecânica.

16. CEDRORANA

Cedrelinga catenaeformis Ducke Família Leguminosae-Papilionoideae

Jankowsky et al. (49) apresenta essa árvore, como sendo de grande porte, de 30 a 48m de
altura e com tronco de até 2m de diâmetro. Ocorre no Amazonas, Acre e no Pará, onde é mais
freqüente. Também está presente no Peru e na Colômbia. Sua madeira é mole e apresenta baixa
resistência mecânica.

17. CHAMPAGNE

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Lorenzi (51), é árvore com altura variando de 20 a 30m e tronco ereto e cilíndrico,
variando de 50 a 70cm de diâmetro. Sua ocorrência é na região Amazônica, desde o Estado do Acre até
o Maranhão, na floresta pluvial de terra firme e de várzea. De madeira muito pesada, é dura ao corte e
apresenta elevada resistência mecânica.

18. COPAÍBA

Copaifera cf. reticulata Família Leguminosae-Caesalpinoideae

Segundo IPT (48) e INPA (47), é árvore que atinge uma altura de 25m, com tronco pouco
volumoso de 50-80cm de diâmetro. É encontrado em quase todas as matas do Brasil, em Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Também ocorre na Bahia, Ceará e Maranhão. Habita a
mata de terra firme e a várzea alta, de preferência em solos argilosos, raramente em solos arenosos.
Sua madeira é moderadamente pesada, macia e medianamente resistente mecanicamente.

19. CUPIÚBA

Goupia glabra Aubl. Família Goupiaceae

Essa árvore tem grande porte, atinge normalmente de 25 a 30m de altura, com tronco de 80 a
120cm de diâmetro, como apresentado por Jankowsky et al. (49). Sua região de ocorrência é em matas
de terra firme em toda região Amazônica, tanto em terrenos arenosos como argilosos. Sua madeira é
pesada e apresenta média resistência mecânica. É de fácil trabalhabilidade com ferramentas manuais ou
com máquinas.
20. CUTIÚBA

Goupia paraensis Hub. Família Celastraceae

Segundo Lorenzi (51), é árvore com altura de 10-35m, com tronco ereto e cilíndrico, de 50-80cm
de diâmetro. Sua ocorrência é na região Amazônica, principalmente no Estado do Amazonas, na mata
pluvial de terra firme. Sua madeira é pesada, dura e de média resistência mecânica.

21. GARAPA

Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr. Família Leguminosae-Caesalpinoideae

Segundo Lorenzi (46), é árvore com altura de 25-35m, com tronco de 60-90cm de diâmetro. Sua
ocorrência é no Pará até o Rio Grande do Sul na floresta latifoliada semidecídua e, no sul da Bahia e
Espírito Santo na floresta pluvial Atlântica. Na região norte do país ocorre a espécie Apuleia mollaris
Spreng. de características muito semelhantes a essa espécie. Sua madeira é moderadamente pesada e
dura, mas fácil de trabalhar.

22. GOIABÃO

Planchonella pachycarpa Pires Família Sapotaceae

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA (52 e 53),
apresenta essa espécie como uma árvore com altura de até 35m. Ocorre em toda Amazônia (Brasil) e
Bolívia. Habita a mata da terra firme. Sua madeira é pesada, mole e apresenta média resistência
mecânica.

23. GUAIÇARA

Luetzelburgia sp Família Leguminosae-Papilionoideae

Segundo Rizzini (50), é árvore com altura de 10-22m, com tronco de 50-70cm de diâmetro.
Estende-se desde o sul da Bahia, Minas Gerais, até São Paulo, na floresta pluvial. Ocorre também na
Argentina, Paraguai e Bolívia. Sua madeira é muito pesada, dura e apresenta alta resistência mecânica.

24. GUARUCAIA

Peltophorum vogelianum Benth. Família Leguminosae-Caesalpinoideae

Essa árvore, apresentada por Lorenzi (46), atinge uma altura de 15-25m, com tronco de 50-
70cm de diâmetro. Sua ocorrência é na Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do
Sul até o Paraná, principalmente na floresta latifoliada semidecídua. Sua madeira é moderadamente
pesada

25. IPÊ

Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. Família Bignoniaceae

Segundo Lorenzi (46), é árvore com altura de 8-20m, com tronco de 60-80cm de diâmetro. Tem
ocorrência freqüente na região Amazônica e esparso desde o Ceará até São Paulo na floresta pluvial
atlântica; na região sul da Bahia e norte do Espírito Santo é um pouco mais freqüente que no resto da
costa. Sua madeira é pesada. Jankowsky et al. (48), afirma ser uma madeira dura, moderadamente difícil
de trabalhar e que apresenta alta resistência mecânica.

26. ITAÚBA

Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. Família Lauraceae

Essa árvore, segundo Jankowsky et al. (49) e Lorenzi (51), pode atingir a altura de 20 a 40m. Seu
tronco é ereto e mais ou menos cilíndrico, de 60-80cm de diâmetro. Sua ocorrência é na região
Amazônica, principalmente no Estado do Pará, na mata pluvial de terra firme e no estado de Mato
Grosso. Muito freqüente no vale do Tapajós e também nas Guianas e Venezuela. Sua madeira, é
pesada, dura e de alta resistência mecânica.
27. JATOBÁ

Hymenaea sp (Hayne) L. et Lang. Família Leguminosae-Caesalpinoideae

Segundo Jankowsky et al. (49), essa árvore chega a atingir até 40m de altura. Seu tronco é
cilíndrico com até 2m de diâmetro. Ocorre desde o sul do México até a Bahia, nas matas de terra firme
de solo argiloso e várzeas altas. Sua madeira é pesada e apresenta alta resistência mecânica.

28. LOURO PRETO

Ocotea sp Família Lauraceae

Jankowsky et al.(49) apresenta essa árvore como perinifolia, de 25 a 30m de altura e tronco um
tanto curvo, levemente guinado ou achatado com 0,60 a 1,00m de diâmetro. Sua região de ocorrência é
desde as Guianas até o Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná. Sua madeira é macia ao corte e
apresenta média resistência mecânica.

29. MAÇARANDUBA

Manilkara huberi (Ducke) Standl. Família Sapotaceae

Segundo Rizzini (50), Jankowsky et al. (49) e Lorenzi (51), dentre as árvores da região Amazônica,
é das que atingem maior porte, de 30 a 40m de altura, com tronco ereto e cilíndrico, com diâmetro entre
60 e 20cm. Sua ocorrência é na Costa Atlântica, desde o Pará e nordeste do Maranhão até Espírito
Santo e Rio de Janeiro na mata pluvial. Sua madeira, é muito pesada e apresenta alta resistência
mecânica.

30. MANDIOQUEIRA

Qualea paraensis Ducke Família Vochysiaceae

Segundo INPA (47) e Lorenzi (51), é árvore com altura de 10-35m, com tronco ereto e cilíndrico
de 50-90cm de diâmetro. Sua ocorrência é na região Amazônica, na floresta pluvial de terra firme, sendo
mais freqüente no estado do Amazonas. Sua madeira é pesada, dura e apresenta média resistência
mecânica.

31. OITICICA-AMARELA

Clarisia racemosa R.& Pav. Família Moraceae

Rizzini (50) apresenta essa árvore como dióica, com altura de 25-30m e diâmetro de 60-100cm.
Segundo Rizzini e IPT (48) essa árvore tem ocorrência muito freqüente em toda a Amazônia, em matas de
terra firme, argilosa, assim como no sul do Estado da Bahia e norte do Estado do Espírito Santo. Ocorre
ainda no Vale do Rio Doce e Zona da Mata no Estado de Minas Gerais. Sua madeira é moderadamente
pesada e apresenta resistência mecânica entre média e baixa.

32. OIUCHU

Pradosia glycyphloea Liais Família Sapotacea

Segundo Santos (45), essa árvore alcança até 25m de altura, de caule reto e de pequeno
diâmetro. Ocorre de Alagoas até São Paulo e Minas Gerais. Sua madeira é bem compacta, dura,
revessa, entretanto elástica.

33. PARINARI

Parinari excelsa Sabine Família Chrysobalanaceae

Segundo IBAMA (52) e INPA (47), é árvore com altura próxima a 40m. Sua ocorrência é no
Estado do Pará, território do Amapá e Guianas. Sua madeira é pesada, dura e resistente
mecanicamente.
34. PIOLHO

Tapirira guianesis Aubl. Família Anacardiaceae

Segundo Jankowsky et al. (49), é árvore regular com 13m de altura. Segundo IPT (48), essa
árvore ocorre desde a Amazônia até os Estados do sul, Pernambuco, sul do Estado da Bahia até Santa
Catarina. Também ocorre na Colômbia, Venezuela e Guianas. Sua madeira é leve e macia ao corte, com
baixas propriedades mecânicas.

35. QUARUBARANA

Erisma uncinatum Warm. Família Vochysiaceae

Segundo Lorenzi (51), essa árvore atinge a altura de 7-18m, com tronco ereto e muito ramificado
desde a base, de 40-70cm de diâmetro. É de ocorrência na região Amazônica, na floresta pluvial de terra
firme. É particularmente freqüente no Estado do Amazonas. Segundo Jankowsky et al. (49), ocorre ainda
desde o Mato Grosso até o Maranhão, atinge também as Guianas. Sua madeira, é moderadamente
pesada e apresenta baixa resistência mecânica.

36. RABO-DE-ARRAIA

Vochysia haenkeana (Spreng.) Mart. Família Vochysiaceae

Segundo Lorenzi (51) é árvore com altura de 8-20m, com tronco ereto e cilíndrico, de 40-60cm
de diâmetro. Sua ocorrência é nos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso, na mata
latifoliada semidecídua. Sua madeira é moderadamente pesada, macia e pouco resistente.

37. SUCUPIRA

Diplotropis incexis Rizz. & Matt. Família Fabaceae

Segundo Rizzini (50), é árvore grande, com altura de 30m, com diâmetro de 70 cm. Rizzini e IPT
(48)
afirmam que a área de dispersão da espécie abrange o norte do Estado do Espírito Santo e sul do
Estado da Bahia. Também ocorrem na Amazônia, nas Guianas e no nordeste do Brasil (Pernambuco).
Sua madeira é pesada, dura e apresenta propriedades físico-mecânicas entre médias e altas.

38. TACHI

Tachigali myrmecophila Ducke Família Leguminosae-Caesalpinioideae

Segundo Lorenzi (51), essa árvore atinge a altura de 10m, com tronco geralmente tortuoso e
mais ou menos cilíndrico, de 30-50cm de diâmetro. Sua ocorrência é na região Amazônica até o oeste
da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, em cerrados e cerradões. Sua
madeira é muito pesada, dura e muito resistente.

39. TATAJUBA

Bagassa guianensis Aubl. Família Moraceae

Segundo Lorenzi (51), é árvore de 15-30m de altura, com tronco ereto e cilíndrico de 40-80cm de
diâmetro. Sua ocorrência é na região Amazônica (Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Maranhão) em
matas de terras firme. Também nas Guianas. É particularmente freqüente na região do Baixo Amazonas
até o estuário, onde ocorre na mata alta de terra firme. Sua madeira é pesada, dura e resistente
mecanicamente.

40. UMIRANA

Qualea retusa Família Vochysiaceae

Segundo Rede Ferroviária Federal S.A. (sd.)(54), é árvore com altura de mediana a grande. Sua
ocorrência é principalmente no Estado do Amazonas e Belém do Pará. Sua madeira é pesada.
ANEXO B

Nesse anexo são apresentadas as tabelas 15 a 19, correspondentes aos valores das
propriedades de resistência e rigidez da madeira, das espécies ensaiadas pelo autor.
Nessas tabelas encontram-se os seguintes símbolos:

• ρ ap = Densidade aparente, em Kg/m3;


• ε r , 2 = Retratibilidade radial total, em %;
• ε r ,3 = Retratibilidade tangencial total, em %;
• fc0 = Resistência à compressão paralela às fibras, em MPa;
• ft0 = Resistência à tração paralela às fibras, em MPa;
• ft90 = Resistência à tração normal às fibras, em MPa;
• fV0c = Resistência ao cisalhamento, em MPa;
• fS0 = Resistência ao fendilhamento, em MPa;
• fM = Resistência convencional no ensaio de flexão estática, em MPa;
• Ec0 = Módulo de elasticidade na compressão paralela às fibras, em MPa;
• Et0 = Módulo de elasticidade na tração paralela às fibras, em MPa;
• EM0 = Módulo de elasticidade na flexão estática, em MPa;
• fH0 = Dureza paralela às fibras, em MPa;
• fH90 = Dureza normal às fibras, em MPa;
• T = Tenacidade, em daN.m;
• N = Número de amostras;
• DP = Desvio padrão.
Tabela 15 - Valores das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Espécie: Votairea sp.

Amostras ρ ap εr,2 ε r ,3 fc0 ft0 ft90 fV0 fS0 fM Ec0 Et0 EM0 fH0 fH90 T
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (daN.m)
(Kg/m3) (%) (%)
10 734 3,12 7,80 63,3 124,9 3,24 12,1 0,72 137 30064 21543 19679 88,6 61,4 0,52
11 683 3,54 6,04 47,3 104,1 * 13,2 0,62 90,0 13274 16037 14357 68 49,9 0,36
12 749 3,85 7,92 67,6 110,9 * 14,0 0,92 135,9 29450 20747 18025 81,3 62,8 0,49
13 826 5,16 8,55 68,0 83,8 2,67 15,6 0,99 126,5 25713 23970 21527 96,3 75,5 0,53
15 815 4,91 8,50 58,0 77,9 4,25 15,3 0,92 76,2 22229 24555 19418 99,9 71,4 0,50
16 800 4,38 8,28 73,4 94,6 2,55 17,4 0,97 101,7 23593 18568 17777 84,3 72,6 0,34
18 677 3,49 6,74 48,4 92,5 3,86 12,4 0,81 114,7 15317 19326 17203 73,8 51,8 0,46
19 723 4,06 8,78 60,0 152,0 3,27 16,6 1,02 129,6 20483 22829 17827 81,9 58,6 0,48
21 721 3,19 7,65 60,6 71,8 1,81 15,9 0,72 79,2 19889 11814 11993 78,7 48,5 0,40
22 763 4,14 7,63 67,3 33,3 2,51 15,4 0,66 124,9 37302 19220 18787 78,6 57,8 0,50
23 800 5,50 8,98 67,4 108,9 * 12,1 0,89 107,4 21496 18742 14938 87,3 69,1 0,45
24 878 6,30 8,70 76,0 151,4 2,56 15,6 0,90 91,8 30163 32506 19200 92,9 64,5 0,43

N 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
Média 764 4,30 7,96 63,1 100,5 2,2 14,6 0,9 109,6 24081 20821 17561 84,3 62,0 0,45
DP 60,92 0,99 0,87 8,8 33,4 0,8 1,8 0,1 21,7 6832,7 5073,7 2636,4 9,3 9,1 0,06
Nota: * Valor não calculado por o corpo-de-prova apresentar defeito.

MADEIRA: arquitetura e engenharia, ano 3, n.8, quadrimestral maio/ago, 2002, ISSN 1516-2850
Tabela 16 - Valores das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Espécie: Piptadenia macrocarpa Benth.

Amostras ρ ap εr,2 ε r ,3 fc0 ft0 ft90 fV0 fS0 fM Ec0 Et0 EM0 fH0 fH90 T
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (daN.m)
(Kg/m3) (%) (%)
ANGP 01 920 4,62 8,27 90,3 125,9 4,2 23,0 0,7 90,3 24566 16716 18609 161,0 139,2 2,793
ANGP 02 870 5,05 7,52 69,1 51,0 7,5 26,7 1,2 128,0 10030 14231 16243 149,5 143,7 1,056
ANGP 03 900 3,87 7,79 56,8 93,5 4,3 20,0 1,0 99,2 10438 16702 15625 156,0 122,5 1,231
ANGP 04 800 4,44 10,65 54,3 85,5 2,5 19,8 0,6 110,1 10564 13513 17171 141,0 140,7 1,127
ANGP 05 930 4,13 7,70 75,2 128,9 3,6 29,3 0,7 159,5 11600 15781 16779 162,5 144,0 2,962
ANGP 06 890 3,42 7,09 56,8 120,2 5,0 22,7 1,3 177,2 16272 21712 19399 126,0 120,7 1,384
ANGP 07 830 3,52 6,34 75,6 161,3 6,5 31,6 1,3 120,4 20140 19505 16958 135,0 133,2 2,723
ANGP 08 850 4,87 6,84 79,5 91,9 5,5 30,2 0,7 122,2 14702 14367 13887 171,0 149,0 0,847
ANGP 09 940 3,46 7,89 66,4 127,3 5,3 28,2 0,9 109,2 15107 16249 15559 101,0 80,7 0,692
ANGP 10 880 3,59 7,30 79,0 139,6 3,4 26,2 1,1 161,6 14408 14199 15670 164,0 142,2 1,082
ANGP 11 820 5,27 7,34 64,7 65,4 4,7 16,7 1,2 73,2 11434 11484 13030 199,0 205,5 0,641
ANGP 12 1030 5,54 7,91 102,5 134,2 7,0 19,1 1,3 92,1 25240 18019 19043 222,5 214,0 0,991

N 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
Média 888 4,32 7,72 72,5 110,4 5,0 24,5 1,0 120,3 15375 16040 16497,7 157,4 144,6 1,461
DP 62,79 0,76 1,06 14,3 32,7 1,5 4,9 0,3 31,8 5331,1 2791,2 1938,5 32,0 35,5 0,851
Tabela 17 – Valores das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Espécie: Goupia glabra Aubl.

Amostras ρ ap εr,2 ε r ,3 fc0 ft0 ft90 fV0 fS0 fM Ec0 Et0 EM0 fH0 fH90 T
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (daN.m)
(Kg/m3) (%) (%)
11 C 01 860 3,86 6,56 46,9 57,3 3,2 16,9 0,7 81,5 16833 14979 12680 95,9 63,0 1,091
11 C 04 840 3,26 7,17 74,0 88,5 2,4 19,3 0,6 114,1 17246 15710 16031 100,7 69,5 0,921
11 C 07 880 4,49 7,36 52,0 57,2 1,1 16,2 0,4 75,9 14803 14850 14175 76,5 57,1 1,109
11 C 09 850 4,69 6,19 59,2 102,6 3,6 15,6 0,8 109,6 16054 15383 14774 85,1 60,1 0,847
11 C 12 820 4,87 7,93 51,5 83,0 4,8 20,3 1,0 84,4 13371 17752 14108 109,9 66,8 0,957
11 C 13 850 4,41 7,71 74,0 70,2 3,2 17,1 0,8 101,4 19036 19487 16679 113,6 71,9 0,679
11 C 15 770 4,13 7,55 60,2 75,3 1,2 14,3 0,4 81,4 15364 15430 14228 94,3 72,2 0,622
13 C 12 840 4,56 7,44 61,8 116,7 3,8 22,4 0,6 71,4 14339 16585 14675 114,2 76,5 0,820
19 D 08 850 4,43 6,32 42,5 77,7 4,7 20,7 1,1 63,1 10785 10238 10273 94,9 72,4 0,546
19 D 09 860 5,18 7,92 42,8 69,1 3,8 20,0 1,1 69,6 9559 11082 9773 139,0 69,8 0,312
27 F 02 780 3,63 6,76 42,0 89,7 2,3 6,5 0,7 54,9 10694 12713 10598 67,4 49,0 0,820
27 F 06 870 3,82 7,38 39,9 39,4 2,8 16,4 0,4 45,4 11419 9052 9785 74,3 53,3 0,613

N 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
Média 839 4,28 7,19 53,9 77,2 3,1 17,1 0,7 79,4 14125 14439 13148 97,2 65,1 0,778
DP 33,70 0,55 0,60 12,0 21,0 1,2 4,1 0,3 20,9 2994,1 3103,3 2460,4 20,2 8,6 0,234
Tabela 18 – Valores das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Espécie: Planchonella pachycarpa Pires.

Amostras ρ ap εr,2 ε r ,3 fc0 ft0 ft90 fV0 fS0 fM Ec0 Et0 EM0 fH0 fH90 T
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (daN.m)
(Kg/m3) (%) (%)
G 01 860 9,4 19,2 40,9 74,4 7,4 13,6 0,9 105,4 15038 15687 14361 * * *
G 02 910 8,1 15,6 40,9 94,2 8,7 14,2 1,0 126,4 13501 17950 15278 * * *
G 03 800 10,6 18,9 50,8 65,7 6,2 17,4 1,4 84,3 19748 11468 16509 * * *
G 04 1030 7,3 17,8 48,4 178,6 5,2 11,2 1,9 98,6 18464 20311 18587 * * *
G 05 980 10,8 20,3 43,4 166,2 9,9 13,6 1,0 88,0 19198 16522 20184 * * *
G 06 1040 9,7 19,1 53,3 162,4 11,2 14,9 1,3 124,0 20358 22685 18481 * * *
G 07 980 7,9 17,2 60,8 131,4 11,2 18,6 1,5 116,6 22752 21138 26237 * * *
G 08 960 8,5 18,0 47,1 117,8 7,4 13,2 1,0 101,7 18200 15278 17847 * * *
G 09 980 8,9 19,8 54,6 107,9 8,7 12,4 0,9 114,1 22581 18311 18778 * * *
G 10 900 10,4 22,0 43,4 99,2 9,9 12,4 1,0 107,9 16516 19773 17749 * * *
G 11 930 8,3 19,3 50,8 112,8 8,7 12,4 1,1 98,0 18655 19511 17508 * * *
G 12 890 6,9 18,9 47,1 121,5 9,9 14,9 1,0 112,8 19591 20576 18886 * * *

N 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 * * *
Média 938 8,90 18,84 48,5 119,3 8,7 14,1 1,2 106,5 18717 18267 18367 * * *
DP 70,30 1,29 1,61 6,0 35,4 1,9 2,1 0,3 13,1 2728,3 3105,0 2956,8 * * *
Nota: *Corpos-de-prova não foram ensaiados para essas propriedades.
Tabela 19 – Valores das propriedades de resistência e rigidez da madeira. Espécie: Parinari excelsa Sabine.

Amostras ρ ap εr,2 ε r ,3 fc0 ft0 ft90 fV0 fS0 fM Ec0 Et0 EM0 fH0 fH90 T
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (daN.m)
(Kg/m3) (%) (%)
1 828 5,15 8,86 65,2 169,1 0,0 15,1 0,7 144,3 23392 22752 18110 98,5 82,5 0,465
2 741 5,06 8,28 47,3 73,9 0,0 14,3 0,8 95,0 20086 15613 14757 64,6 48,8 0,285
3 818 5,42 9,00 64,2 158,1 0,0 12,6 0,7 134,4 28731 22467 15276 95,5 81,0 0,438
4 715 4,60 7,36 60,0 80,2 0,0 11,6 0,5 85,1 21881 16614 15190 68,3 48,3 0,308
5 788 5,17 9,20 56,9 92,0 0,0 13,0 1,4 75,7 18682 18725 15314 84,6 64,3 0,341
6 790 5,74 7,86 58,5 124,5 0,0 12,1 1,1 112,5 21674 18537 16784 92,9 67,8 0,454
7 803 5,60 8,79 63,5 53,8 0,0 12,6 0,9 116,0 23276 17101 17510 95,3 73,7 0,356
8 791 5,32 8,90 63,0 152,2 0,0 11,1 0,8 112,2 21115 19395 17947 91,4 82,3 0,412
9 791 5,58 9,18 57,8 96,6 0,0 15,6 1,2 113,5 18472 18099 15888 83,2 62,2 0,307
14 798 5,64 8,06 65,3 131,6 0,0 11,4 0,8 133,1 24467 19732 19148 96,0 75,1 0,391
17 827 5,44 8,77 63,0 105,9 0,0 15,7 1,2 120,9 21219 19837 15614 93,6 66,8 0,425
20 808 5,72 8,56 58,2 107,1 0,0 15,6 1,2 99,4 19580 17287 15941 87,5 59,0 0,317

N 12 12 12 12 12 12 12 11 12 12 12 12 12 12 12
Média 792 5,37 8,57 60,2 112,1 0,0 13,4 1,0 111,8 21881 18847 16457 87,6 67,7 0,375
DP 33,25 0,33 0,57 5,1 35,8 0,0 1,8 0,3 20,4 2848,9 2174,7 1411,3 11,0 11,9 0,064
ANEXO C

Nesse anexo constam exemplos dos gráficos obtidos pelas regressões, figuras 36 e 37,
correspondentes ao ajuste de linha pela expressão obtida para representar a relação entre a densidade
aparente e a resistência à compressão paralela às fibras. Os gráficos de ajustes de linha obtidos para as
outras relações em estudo são apresentadas por Dias (2000).

150
Resistência à compressão
paralela às fibras (MPa)
125

100

75

50

25

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
3
Densidade aparente (kg/m )

Figura 36 - Gráfico de ajuste de linha para a relação entre a densidade aparente e a resistência à
compressão paralela às fibras - agrupamento dos valores individuais.

100
Resistência à compressão
paralela às fibras (MPa)

75

50

25

0
0 250 500 750 1000 1250
3
Densidade aparente (kg/m )
Figura 37 - Gráfico de ajuste de linha para a relação entre a densidade aparente e a resistência à
compressão paralela às fibras - agrupamento dos valores médios para todas espécies

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AGRADECIMENTOS

Ao CNPq pela bolsa de estudos concedida.

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