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Sistema THYRIPOL S Portuguese
Sistema THYRIPOL S Portuguese
THYRIPOLÒ S
Conteúdo:
1. Introdução 3
2. Configuração básica 4
3. Projeto mecânico 5
4. Componentes principais 7
5. Funcionamento 13
5.5 Limitadores 14
6. Software 15
7. Aplicação 16
8. Especificações técnicas 17
9. Abreviaturas 18
1. Introdução
THYRIPOL® S é o sistema de
excitação estática da Siemens,
empregado para a excitação e
regulação da tensão, potência
reativa ou fator de potência de
máquinas síncronas dotadas de
escovas. Aplica-se igualmente a
geradores síncronos acionados por
turbina hidráulica, a vapor ou a
gás, bem como a compensadores
síncronos em subestações.
®
Fig. 1: Exemplo de um sistema de excitação estática THYRIPOL S.
O regulador de tensão possui um poderoso microprocessador para executar todas as funções do regulador
de tensão, seus limitadores, o comando, o controle e a supervisão do sistema de excitação. Contribui para
alcançar o alto nível de disponibilidade oferecido pelo sistema de excitação o uso de componentes industriais
comprovadamente eficientes.
O projeto modular resulta numa operação e manutenção extremamente simplificadas. A seguir é feita uma
descrição sucinta da configuração básica do sistema de excitação, de seus componentes fundamentais e da
sua forma de funcionamento.
2. Configuração básica
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1
7
GS 4 3
®
Fig. 2: Configuração básica do sistema de excitação estática THYRIPOL S.
3. Projeto mecânico
O THYRIPOL® S é instalado num conjunto de cubículos padronizados, especialmente projetados para alojar
componentes de controle e regulação, bem como eletrônica de potência. O projeto modular e otimizado do
sistema de excitação, assim como o fácil acesso a todos os componentes, facilitam o manuseio de todas as
funções do equipamento. As dimensões totais padronizadas de um sistema com duplo canal redundante são
2600 mm de largura, 1000 mm de profundidade e 2170 mm de altura. O projeto do sistema de excitação pode
ser sempre adaptado às condições e exigências da planta, especialmente no caso de modernizações, de
forma que as dimensões finais poderão ser diferentes daquelas informadas acima.
A unidade de ■ Quantidade
controle e configurável de I/Os
regulação ■ Módulos de I/Os
programável livremente programáveis
Simotion D435-2 ■ Disponíveis como I/Os
■ Interfaces: digitais e analógicas
8 DI, 8 DI/DO
■ 4 DRIVE-CLiQ
■ 2 Profibus
■ 2 Ethernet
■ 2 USB
■ 1 slot vago
Fig. 4: O módulo SIMOTION D435-2. Fig. 5: Módulos de interface tipo TM15 e TM30.
4. Componentes principais
Transformador de Excitação
Retificador tiristorizado
■ Tiristores de potência
■ Circuito de ventilação forçada
■ Fusíveis ultrarrápidos específicos para semicondutores
■ Circuitos de supervisão
■ Circuitos de disparo dos tiristores
No projeto do sistema de excitação é estabelecida a tensão de ativação dos diodos BOD, que deve ficar
abaixo da tensão de pico máxima repetitiva reversa (VRRM) dos tiristores da ponte retificadora (veja figura
12). Um dispositivo de monitoração sinaliza que a proteção de sobretensão atuou para proteger o gerador.
Desexcitação
a
b
O equipamento para descarga de campo deve
garantir a desexcitação da máquina síncrona
independentemente da ação da eletrônica de
controle e regulação. Isto inclui a interrupção b
3
confiável do fornecimento de energia ao
enrolamento de campo. O sistema de excitação 1 Alimentação
4 trifásica
THYRIPOL® S possui um disjuntor na entrada de
2 5
C.A. do retificador, que, numa descarga de campo,
o separa totalmente do transformador de excitação
(fonte alimentadora). Como alternativa, poderá ser 1 Enrolamento de campo Sequência:
2 Resistência de desexcitação a Bloqueio dos impulsos de disparo
fornecido um disjuntor no lado de corrente 3 Proteção contra sobretensões b Abertura do disjuntor de campo e
contínua, ao invés do disjuntor na entrada de C.A. 4 Retificador tiristorizado descarga de energia através da
5 Disjuntor de campo no lado de C.A. resistência de desexcitação
De qualquer forma, o circuito de campo do gerador deve permanecer fechado para impedir o surgimento de
sobretensões. Com esta finalidade, o dispositivo SICROWBAR é ativado pelo comando de desexcitar,
introduzindo no circuito a resistência de descarga de campo. A energia acumulada no campo é, então,
dissipada seguindo a constante de tempo resultante no circuito de campo. A resistência de descarga de
campo não influencia o valor da corrente de descarga, mas determina a duração da desexcitação e a
amplitude da tensão que surgirá nos terminais do enrolamento de campo e, com isso, nos tiristores da ponte
retificadora.
Na execução padrão, a resistência de descarga de campo é do tipo linear. Em casos especiais poderá ser
do tipo não linear.
Fig. 12: Faixa de proteção contra sobretensões e desexcitação através da operação do retificador como inversor.
Para aumentar a segurança operacional, está prevista a operação do retificador como inversor (veja figura
12), durante a desexcitação. Neste caso, é aplicada no campo uma tensão negativa de -0,8 x UfD, que é
estabelecida pelo retificador controlado quando os impulsos de disparo são deslocados para a posição
limite correspondente a a = 150° elétricos. Esta tensão negativa reduz a corrente de campo a zero num
tempo extremamente curto. A duração da desexcitação, ou seja, o tempo transcorrido até que a tensão
terminal do gerador alcance o valor remanente é definido principalmente pelo valor da tensão negativa
aplicada ao campo, também conhecida como tensão de teto negativa.
No regime de inversão, o disjuntor tripolar de alimentação (disjuntor de campo) permanece fechado para
possibilitar o retorno da energia armazenada no campo para o sistema de potência através da ponte
retificadora, comandada para operar como inversor. Depois que a corrente de campo reduziu-se até
aproximadamente 0 A, o estágio de comando do circuito digital de disparo automaticamente bloqueia os
impulsos de disparo dos tiristores e o disjuntor de campo, na entrada da alimentação em C.A., é aberto
praticamente na condição a vazio, o que prolonga sua vida útil.
Quando a descarga de campo é causada pela atuação de algum relé de proteção do gerador, a
desexcitação por regime de inversão não poderá ser usada, pois o próprio retificador pode ser a causa do
desligamento pela proteção. Por esta razão, a desexcitação será assegurada pela abertura do disjuntor de
campo e introdução da resistência de descarga de campo, como descrito anteriormente.
Para a operação local do sistema de excitação, visualização de estados operacionais, medição de valores e
indicação de falhas e alarmes está prevista na porta do cubículo de controle uma IHM do tipo touch screen
da linha SIMATIC IPC477.
Na execução padrão, a troca de dados com o sistema de excitação é feita através do protocolo PROFIBUS
DP a uma taxa de transmissão de 12 Mbit/s. No caso de sistemas com redundância, a comunicação
também é redundante, isto é, o sistema possui 2 portas de comunicação independentes. Através desta
interface são transmitidos principalmente comandos de controle e sinais de retroaviso para a operação e
monitoração do sistema de excitação, bem como sinais de alarme e grandezas analógicas do gerador e
sistema de excitação. Opcionalmente, a interface com o comando e controle da planta poderá ser feita com
fiação convencional (hardwired), através de contatos livres de potencial.
I&C I&C
Interface
com a planta
Profibus DP
Profibus DP
Hardwired
(opcional)
(p.ex. TM31)
Módulos de
(p.ex. TM31)
Módulos de
SIMOTION D435-2
SIMOTION D435-2
expansão
expansão
DriveCliq DriveCliq
Canal 1
Canal 2
NTG-3000
NTG-3000
Canal 1
Canal 1
Canal 2
Canal 2
Profinet
Profibus DP Profibus DP
Profinet
SINAMICS DCM
SINAMICS DCM
retificadora)
retificadora)
(incl. ponte
(incl. ponte
Canal 1
Canal 2
Interface Homem Máquina
(PC Industrial IPC477)
Para as
escovas
do gerador
Fig. 15: Representação esquemática de um regulador de tensão tipo duplo canal automático (redundante).
A parte de regulação e controle do sistema de excitação pode ser executada em um canal automático (1 x
AVR) e um manual (1 x ECR), sem redundância, ou em dois canais automáticos (2 x AVR) e dois manuais
(2 x ECR), completamente redundantes. Neste último caso, a detecção de valores reais é também
redundante. A alimentação dos circuitos de regulação e controle é sempre redundante, ou seja, tanto na
versão monocanal como naquela de duplo canal, utilizam-se duas fontes de alimentação de 24 V DC
redundantes: uma delas é alimentada pelo transformador de excitação e a outra, pelas baterias da planta.
5. Funcionamento
A grandeza principal de regulação é a tensão nos terminais do gerador. Seu valor de referência ou setpoint
pode ser ajustado tipicamente na faixa de ±10%. Adicionalmente, a tensão terminal pode ser influenciada
pela corrente reativa da máquina, de forma a alcançar uma repartição uniforme da potência reativa. Para
tanto, o sistema dispõe do ajuste do estatismo de corrente reativa, que também pode ser usado para a
compensação da queda de tensão no transformador elevador. O regulador de tensão regula, então, o valor
de referência assim formado com uma precisão melhor que ±0,5% em toda a faixa de potência estabelecida
para o gerador. Acima desta faixa, a máquina síncrona pode operar apenas temporariamente. Após um
tempo ajustável, atuará então um limitador, cuja função é trazer a corrente de campo de volta para a faixa
de valores permitidos.
■ Partida suave (função Softstart): permite elevação suave da tensão do gerador durante a partida;
■ Seguidor de comando (follow-up) entre os dois canais automáticos, em sistemas redundantes;
■ Seguidor de comando entre o regulador automático de tensão e o regulador da corrente de
excitação (follow-up bidirecional), para comutação suave de canais a qualquer instante e em
qualquer sentido;
■ Regulação da potência reativa (MVAr) ou do fator de potência (cos φ);
■ Função de gravação e oscilografia digital (função TRACE) para o registro de sinais analógicos e
digitais, acessível diretamente através da IHM;
■ Estabilizador do sistema de potência (PSS), modelo PSS2B conforme IEEE Std 421.5;
■ Limitadores de sobreexcitação (ação temporizada), da corrente de teto (ação instantânea),
subexcitação, relação tensão/frequência (V/Hz) e corrente estatórica.
O regulador automático de tensão corresponde ao modelo ST6B segundo IEEE Std 421.5.
Ao invés da regulação de MVAr ou do cos φ do gerador, poderá ser feita a regulação destas grandezas no
®
ponto de conexão com a rede. O THYRIPOL S já possui entradas analógicas preparadas para receber o
valor real da potência reativa ou do cos φ do ponto de conexão com a rede, que serão enviados ao sistema
de excitação através de transdutores com saída de 4 ... 20 mA.
5.5 Limitadores
Limitador de subexcitação
Este limitador evita perda de sincronismo, que pode ocorrer quando o gerador opera fortemente
subexcitado. Esta situação pode ocorrer, por exemplo, com cargas altamente capacitivas, que elevam a
tensão da rede. Para compensar este efeito, o regulador de tensão reduz a corrente de campo,
subexcitando a máquina. O limitador de subexcitação detecta o ponto de operação do gerador em seu
diagrama de capabilidade e, se a curva limite ajustada for ultrapassada, provoca a elevação da corrente de
campo, impedindo o desligamento por perda da estabilidade. O ajuste deste limitador deve estar, portanto,
coordenado com o relé de proteção ANSI 40 (perda de excitação) do gerador.
Limitador de sobreexcitação
O limitador de sobreexcitação atua com retardo de tempo nos casos de sobrecarga, possibilitando ao
gerador sustentar temporariamente a rede. Este regulador atua com um retardo mínimo de 10 segundos,
que é, em geral, a duração máxima permitida para a corrente de teto. O limitador de sobreexcitação
intervém quando a tensão na rede continua abaixo do valor de referência ajustado, tendo transcorrido o
tempo máximo permitido para a sobrecarga presente. Este tempo é inversamente proporcional à
intensidade da sobrecarga, ou seja, o tempo que leva para tal limitador atuar é tanto menor quanto maior for
a sobrecarga do gerador (característica de tempo inverso).
Na faixa de alta potência ativa e baixa tensão, a corrente estatórica poderá ultrapassar seu valor nominal
mesmo existindo o limitador de sobreexcitação. A função do limitador da corrente estatórica é evitar tais
estados operacionais, atuando na excitação do gerador. Tal limitador, da mesma forma que o de
sobreexcitação, possui uma característica de atuação do tipo tempo-inverso.
O PSS do THYRIPOL® S é do tipo PSS2B (Dual Input PSS) conforme IEEE Std 421.5. Opcionalmente,
poderá ser do tipo PSS3B. Os sinais de entrada são a potência ativa e a frequência compensada, que são
calculadas por algoritmo a partir dos sinais trifásicos da tensão e corrente do gerador. Na faixa natural de
frequência da máquina e do sistema de potência, o PSS exerce uma influência de amortecimento através do
regulador de tensão. O PSS torna-se necessário especialmente no caso de longas linhas de transmissão,
onde há prejuízo da estabilidade estática, e a capacidade natural de amortecimento do gerador não é
suficiente.
Cada estado operacional do sistema de excitação é supervisionado e indicado. Além da indicação local na
IHM, os seguintes sinais são disponibilizados na régua de terminais do equipamento:
Da mesma forma, os estados operacionais são também disponibilizados para indicação remota:
6. Software
O THYRIPOL® S possui memória de TRACE. Esta é uma ferramenta importante não só para o
comissionamento, mas também para a pesquisa de falhas e diagnósticos. Com a função TRACE, podem
ser registrados até 128 sinais analógicos de qualquer tipo (canais de medição), similarmente a um
osciloscópio de memória, com exibição simultânea de até 8 destes sinais. Cada canal de medição pode ser
usado alternativamente para registrar 16 sinais binários. Pode-se definir um trigger adequado para iniciar o
registro. Quando for ajustado o pré-trigger, são registrados também os momentos antes e depois do evento
de trigger, obtendo-se, assim, um histórico completo da ocorrência.
7. Aplicação
Na faixa mais alta de potência (correntes de campo superiores a 2000 A), os sistemas de excitação estática
são projetados com blocos de tiristor. Na faixa inferior de potência, onde as correntes de campo são
tipicamente inferiores a 2000 A, empregam-se os retificadores compactos da linha SINAMICS DCM.
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Fig. 18: Sistema de excitação estática THYRIPOL® S com retificadores em redundância 1 + 1 e duplo canal automático.
8. Especificações técnicas
O sistema de excitação THYRIPOL® S é projetado de acordo com as normas e padrões IEC, VDE, DIN e
IEEE. Adicionalmente, segue as prescrições do ONS (submódulo 3.6 dos Procedimentos de Rede). As
especificações técnicas dos clientes são também atendidas.
O projeto é baseado nas seguintes definições das diretrizes alemãs VDI/VDE 3680, folha 2:
Caso não seja definido nas especificações do cliente, adota-se como valor mínimo para a tensão de teto o
valor de 1,6 x UfN. A tensão de teto é decisiva para a rapidez do sistema de excitação no restabelecimento
da tensão terminal, quando de aplicações e rejeições de carga. Desta forma, exerce grande influência na
estabilidade do sistema de geração.
A tensão de teto, juntamente com a corrente de excitação máxima contínua do gerador são as grandezas
fundamentais para o dimensionamento do sistema de excitação e, basicamente, definem a maior parte do
custo do sistema.
9. Abreviaturas
Siemens Ltda.
PS CD
Controls & Digitalization
Avenida Mutinga, 3800
05110-901 São Paulo, SP - Brasil
Tel.: +55 (11) 3908-1888 / 3908-1876
www.siemens.com.br/excitacao