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A ansiedade pode ser conceituada como uma resposta normal e adaptativa que tem
qualidades salva-vidas e adverte sobre ameaças de dano corporal, dor, impotência, possível
punição ou frustração de necessidades sociais ou corporais; separação de entes queridos;
ameaça ao sucesso ou à posição individual; e, por fim, sobre ameaças à unidade ou
integridade. Ela impele o indivíduo a tomar as medidas necessárias para evitar a ameaça ou
reduzir suas consequências (BENJAMIN, et al. 2017).
EPIDEMIOLOGIA
TAG - é um dos transtornos mentais mais comuns tanto na comunidade quanto na clínica. Está
associada ao aumento do uso de serviços de saúde.
Risco de TAG de início tardio - TAG é provavelmente o transtorno de ansiedade mais comum
entre a população idosa. O TAG de início tardio geralmente está associado a certos fatores de
risco demográficos, clínicos e ambientais.
Sexo feminino; pobreza; recentes eventos adversos na vida; doença física crônica (respiratória,
cardiovascular, metabólica, cognitiva); transtorno mental crônico (depressão, fobia e passado
de GAD); perda ou separação dos pais; baixo suporte afetivo durante a infância; história de
problemas mentais nos pais (BALDWIN, et al. 2021).
Transtorno da Ansiedade
TP - A prevalência de transtorno de ao longo da vida pânico está na variação de 1 a 4%, com a
prevalência em 6 meses de aproximadamente 0,5 a 1,0%, e de 3 a 5,6% para ataques de
pânico. As mulheres têm três vezes mais probabilidade de serem afetadas do que os homens,
ainda que o subdiagnóstico de transtorno de pânico em homens possa contribuir para a
distribuição distorcida. São poucas as diferenças entre hispânicos, brancos e negros. O único
fator social identificado como contribuindo para o desenvolvimento desse transtorno é
história recente de divórcio ou separação. O transtorno costuma surgir na idade adulta jovem
– a idade média de apresentação é em torno dos 25 anos –, mas tanto transtorno de pânico
como agora fobia podem se desenvolver em qualquer idade. O transtorno de pânico tem sido
relatado em crianças e adolescentes, embora seja provavelmente subdiagnosticado nesses
grupos.
FISIOPATOLOGIA
A estimulação do sistema nervoso autônomo causa certos sintomas – cardiovasculares (p. ex.,
taquicardia), musculares (p. ex., cefaleia), gastrintestinais (p. ex., diarreia) e respiratórios (p.
ex., taquipneia). Os sistemas nervosos autônomos de alguns pacientes com transtorno de
ansiedade, sobretudo aqueles com transtorno de pânico, exibem tônus simpático aumentado,
se adaptam lentamente a estímulos repetidos e respondem de maneira excessiva a estímulos
moderados.
Neurotransmissores
GABA - O papel do GABA nos transtornos de ansiedade é apoiado com mais força pela eficácia
incontestável dos benzodiazepínicos, que aumentam sua atividade no receptor tipo A de
GABA, no tratamento de alguns tipos de transtornos de ansiedade. Embora os
benzodiazepínicos de baixa potência sejam mais eficazes para os sintomas de transtorno de
ansiedade generalizada, os de alta potência, como alprazolam e clonazepam, são eficazes no
tratamento do transtorno de pânico. Estudos com primatas verificaram que os sintomas no
sistema nervoso autônomo dos transtornos de ansiedade são induzidos quando se administra
um agonista inverso dos benzodiazepínicos, o ácido-carbolino-3-carboxílico (BCCE). Este
também causa ansiedade em voluntários sadios. Um antagonista dos benzodiazepínicos, o
flumazenil, causa ataques de pânico frequentes e graves em pacientes com o transtorno. Esses
dados levaram pesquisadores a cogitar a hipótese de que alguns pacientes com transtornos de
ansiedade apresentam funcionamento anormal de seus receptores GABA A, embora essa
conexão não tenha sido demonstrada diretamente.
EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO-ADRENAL
Os níveis hipotalâmicos de CRH são aumentados pelo estresse, resultando em ativação do eixo
HHS e aumento da liberação de cortisol e desidroepiandrosterona (DHEA). O CRH também
inibe uma variedade de funções neurovegetativas, como ingestão de alimento, atividade
sexual, e programas endócrinos para crescimento e reprodução.
Considerações neuroanatômicas
SISTEMA LÍMBICO
CÓRTEX CEREBRAL
Estudos genéticos
Há evidência sólida de que pelo menos algum componente genético contribui para o
desenvolvimento dos transtornos de ansiedade. A hereditariedade tem sido reconhecida como
um fator predisponente no desenvolvimento desses transtornos. Quase metade dos pacientes
com transtorno de pânico tem, no mínimo, um parente afetado. As taxas para outros
transtornos de ansiedade, embora não tão elevadas, também indicam uma frequência mais
alta da doença em parentes em primeiro grau de pacientes afetados em comparação com
parentes de pessoas não afetadas. Um relato atribuiu 4% da variabilidade intrínseca da
ansiedade na população em geral a um variante polimórfico do gene para o transportador de
serotonina, que é o sítio de ação de muitos medicamentos serotonérgicos. Pessoas com essa
variante produzem menos transportador e têm níveis mais altos de ansiedade.
Transtorno da Ansiedade
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
TAG
Associado a:
Ataques de pânico
Síndrome do pânico
Agorafobia
Transporte público
Espaços abertos demais
Locais fechados
Ficar em fila no meio da multidão
Fobia específica
Medo é desproporcional
TRATAMENTO
Exercício físico
Boa alimentação (evitar bebidas estimulantes e fumo)
Terapias alternativas (Yoga, Mindfulness, Acupuntura)
Higiene do sono
Terapia psicológica
Farmacoterapia
Venlafaxina
Transtorno da Ansiedade
Antidepressivos tricíclicos
Uso de Benzodiazepínicos
Podem ser usados como coadjuvante no início do tratamento ---> em média 4 semanas
Outras medicações: