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09/07/2020 Valter Pomar: Tarso Genro e a “salvação nacional”

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Valter Pomar
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Valter Pomar
Tarso Genro e a “salvação nacional”

Primeiro foi o pedido de renúncia. Arquivo do blog

▼ 2020 (37)
► Julho (4)
Depois veio o comentário de Flávio Dino, sobre ► Junho (8)
Mourão assumir e ficar até 2022. ► Maio (4)
▼ Abril (9)
E agora, finalmente, apareceu a fórmula completa: Subsídio para o estudo
“praticamente” uma frente de “salvação nacional”. da Cultura, Identidade
e Po...
Moro: qual a diferença
A ideia está na entrevista concedida hoje, 16 de abril, entre um rato e um
rato?
pelo companheiro Tarso Genro ao jornal Folha de
Gleisi Hoffmann e as
S.Paulo. Forças Armadas
Tarso Genro e a
A entrevista pode ser lida aqui: “salvação nacional”

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/04/uma-tentativa-de-impeachment- Diretório Nacional: a


frustrada-fortalecera-bolsonaro-diz-tarso-genro.shtml sessão da tarde,
continuação!
Diretório Nacional do PT:
O raciocínio de Tarso, ao menos sua versão publicada, a sessão da tarde
é o seguinte: Diretório Nacional do PT:
uma reunião exemplar
Marilena Chauí: e os
“Nossa frente hoje é praticamente de salvação soldados armados?
nacional. E estão incluídas todas as forças que Mercadante: é capitalismo
entendem que não haverá política, democracia e agora e capitalismo
depois?
Estado se a pandemia vencer. O elemento agregador
► Março (6)
hoje da estratégia política é a favor de uma disciplina
► Fevereiro (6)
social de isolamento e apoio irrestrito a todos os
governadores e prefeitos, seja do partido que forem, ► 2019 (39)

que estejam a favor da estratégia de enfrentamento ► 2018 (98)

do flagelo sanitário. Esta é a questão chave”. ► 2017 (93)


► 2016 (136)

Talvez em nome desta “questão chave”, Tarso elogia ► 2015 (152)

Dória, um governador que estaria "atuando bem em ► 2014 (185)

relação a questão da pandemia”; embora faça ► 2013 (172)

ressalvas acerca de sua postura frente a democracia. ► 2012 (89)


► 2011 (143)

Mas o que seria “atuar bem” em relação a pandemia?


Tema CAMARADAS
Vários dos setores que estão a favor da quarentena Espetacular
Ltda..
social, também estão a favor de tirar direitos do povo, Tecnologia do
Blogger.
como aconteceu recentemente, na votação da MP
905, verdadeira reforma trabalhista plus. E como
também aconteceu na autorização para que o BC

https://archive.vn/ehaLo#selection-425.1-425.36 1/4
09/07/2020 Valter Pomar: Tarso Genro e a “salvação nacional”

compre títulos podres de instituições financeiras em Followers


(513) Next
dificuldades.

Se o “elemento agregador da estratégia” da esquerda


é ser a favor de uma “disciplina social de isolamento”;
se devemos dar apoio “irrestrito” a todos, “seja do
partido que forem”, desde que defendam a “estratégia
de enfrentamento do flagelo sanitário”; resta a Tarso
explicar como devemos lidar com o detalhe de que
parte desses “sanitaristas de última hora” também
está a favor de aprovar, no meio do flagelo, medidas
que aprofundam a desigualdade social e que, por
tabela, reduzem a capacidade dos trabalhadores de
enfrentar a pandemia.

Dória, por exemplo, aplica uma política de combate à


pandemia que está muito longe de ser eficaz,
essencialmente porque ele apoia (e, no que está ao
Follow
seu alcance, também implementa) medidas de política
econômica e social que ajudam, objetivamente, no
espalhamento do vírus.

A impressão que tenho é que o efeito “bode na sala”


faz com que certas pessoas estejam dispostas a
aceitar qualquer coisa, desde que não Bolsonaro,
mesmo que para isso tenham que abandonar até
mesmo a lógica.

Acontece que “qualquer coisa” não vai aumentar o


tamanho da sala, ou melhor, não vai aumentar nosso
êxito, nem no combate a pandemia, muito menos no
combate a cada vez mais catastrófica situação social e
econômica.

Além da “salvação nacional”, Tarso apresenta na


entrevista à Folha outra ideia muito importante: a de
que o mecanismo do impeachment só deve ser
utilizado no momento em que tivermos certeza de que
temos maioria.

Na prática, o que significaria isto?

Que a esquerda só deve dar andamento a um pedido


de impeachment depois que a direita – que é maioria
no Congresso – estiver apoiando o impeachment??

Mas se for assim, não há dúvida nenhuma de que o


impeachment resultante será um instrumento útil
apenas para o lado de lá.

A “certeza de ganhar” se converte, na prática, em


passividade; o que favorece os setores de direita que,
eventualmente, poderiam votar contra Bolsonaro.

https://archive.vn/ehaLo#selection-425.1-425.36 2/4
09/07/2020 Valter Pomar: Tarso Genro e a “salvação nacional”

Mas se nossa postura for de passividade, o que é


mesmo que levaria estes setores de direita a arriscar
afastar o cavernícola?

Talvez eles se arriscassem devido a nossa própria


passividade, pois ela deixaria claro, para a direita, que
não vamos nem mesmo tentar aproveitar a situação
criada por um impeachment, para quem sabe devolver
o governo federal ao povo.

Concorre para esta minha interpretação a resposta


que Tarso dá para outra questão feita pela Folha,
sobre se um impeachment depois do outro não seria
problemático.

Tarso obviamente descarta a questão, mas agrega


que se tem impeachment, então é porque teria “uma
maioria social e política suficientemente articulada
para manter a estabilidade democrática do país
depois”.

Obviamente isto não é verdade em relação ao


impeachment da Dilma. Não houve manutenção da
estabilidade democrática do país depois do golpe.
Pelo contrário.

Mas o que Tarso diz foi relativamente verdadeiro em


relação ao impeachment do Collor. E, pelo visto, é um
cenário parecido aquele, o que Tarso está
desenhando para um hipotético impeachment de
Bolsonaro.

A saber: uma “maioria social e política” que garantiria


a "estabilidade democrática do país".

Na época de Itamar, concedeu-se aos neoliberais a


tranquilidade para gestar o plano Real e a candidatura
FHC. Agora, no contexto de um hipotético governo de
"salvação nacional" pós-Bolsonaro, tenho até medo de
pensar o que, ou quem, se gestaria.
Lógico que quem pensa assim, pode ter o apreço que
quiser pelo cidadão, mas não vai defender a
centralidade de “uma eventual candidatura do Lula”.

Pois, a preços de hoje, falar de Lula candidato é dar


um sinal claro de que não cogitamos embarcar num
pacto de "salvação nacional" com golpistas e
ultraliberais.

Há outros aspectos interessantes na entrevista


concedida por Tarso, por exemplo sua "resposta",
quando a Folha o lembra que ele defendeu o Fora
FHC em janeiro de 1999.

https://archive.vn/ehaLo#selection-425.1-425.36 3/4
09/07/2020 Valter Pomar: Tarso Genro e a “salvação nacional”

Mas a melhor passagem é quando ele diz que é um


“quadro da esquerda”, mas tem "acordo com o que
diz o Financial Times. É muito estranho.”

Na verdade, Tarso está sendo modesto. Pois há coisas


muito mais estranhas entre o Céu e a Terra.

Postado por Orientação Militante às 12:55

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