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31/07/2019 O Brasil e o Universo: Um cavaleiro de triste figura: as aventuras do deputado Jean Wyllys, fidalgo de Alagoinhas, em sua cruzada contra o …

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O Brasil e o Universo
Crônicas sobre a surrealidade política e cultural brasileira.

te rça-fe ira, 31 de jane iro de 2012 Quem sou eu

Flávio Gordon
Um cavaleiro de triste figura: as aventuras do Rio de Janeiro, RJ, Brazil
deputado Jean Wyllys, fidalgo de Alagoinhas, em sua Doutor em Antropologia

cruzada contra o Cristianismo (Parte II) Social (UFRJ), baixista


amador, carioca, rubro-
negro, 38 anos, casado.
(Ler Parte I)
Visualizar meu perfil completo

O deputado Jean Wy lly s é daqueles políticos perigosos, que não assumem o poder que Arquivo do blog
têm. Quanto mais apoio, dinheiro e poder possui, mais v ítima ele se sente. Pode jurar,
entre lágrimas, estar sendo alv o de injustiça, mas comete, ele próprio, as mais notáv eis ► 2015 (3)

injustiças. Líderes políticos célebres do passado, como Alex andre Magno, Júlio César ou ► 2014 (9)

Napoleão Bonaparte, com toda sua v iolência e autoritarismo, jamais foram ► 2013 (8)

inconscientes em relação ao próprio poder e, portanto, demonstrav am ao menos algum
▼ 2012 (5)

senso de honra e responsabilidade no seu ex ercício. Por sua v ez, o Sr. Wy lly s é
irresponsáv el e inconsciente, capaz de fremir de autopiedade no momento em que ► Novembro (1)

agride, bradar contra a intolerância quando a pratica, sentir-se alv o de ódio ► Outubro (1)

injustificado no instante em que espuma de ódio contra os "homofóbicos" e "fanáticos ▼ Janeiro (3)

religiosos". A v irulência com que o Sr. Wy lly s se refere aos cristãos - que não condiz com Um cavaleiro de triste figura: as
a imagem de humanista tolerante e amoroso que ele deseja transmitir - é que tem toda a aventuras do dep...
pinta de uma fobia. Um cavaleiro de triste figura: as
aventuras do dep...
Mas quem, afinal, são os "fanáticos religiosos" do The Guardian, do deputado Jean
Haverá algo de podre no reino de
Wy lly s e da classe falante brasileira? São, simplesmente, os cristãos enquanto tais Obamalândia?
(muitos homossex uais, inclusiv e), que acreditam na Bíblia e, portanto, acreditam que o
homossex ualismo é pecado. Mesmo que não passem disso, e que façam tal afirmação das ► 2011 (14)

maneiras as mais educadas, o Sr. Wy lly s acusa-os de homofóbicos, termo técnico que
► 2010 (8)

significa "ódio doentio e potencialmente homicida a homossex uais" (escrev i mais sobre
o conceito de homofobia neste post). O Sr. Wy lly s e muitos de seus companheiros de
classe cultural dizem que o Brasil, a Bíblia e a Igreja Católica são homofóbicos. O ex -BBB Marc adores
não parece v er contradição entre afirmar que o país é homofóbico e, ao mesmo tempo,
rené girard
reconhecer que este mesmo país foi capaz de lhe dar a v itória num reality show: "I said I
was a homossex ual and I still won the programme in a country that is
hom ophobic". Como foi possív el tamanha façanha? O deputado não ex plica.
Denunciar abuso
No twitter, o Sr. Wy lly s chama o Papa de "genocida em potencial" (v er aqui). Na rev ista
Carta Capital, acusa-o de nazista (v er aqui). Qual a prov a que ele tem de que o Papa é O Brasil e o Universo
nazista? Ora, Bento XVI foi "suspeito e acusado de ser simpático ao nazismo". Acusação,
Flavio Gordon
para o Sr. Wy lly s, basta como comprov ação. Portanto, reforçando a acusação contra o
Papa, ele acredita estar fornecendo um prov a suplementar do crime.
Criar seu atalho
Se há características que o ex -BBB possui em comum com Dom Quix ote, são elas o
destempero e a mania de grandeza. Em sua destemperada egotrip - o que um BBB não
causa na alma de uma pessoa? -, nosso Dom Quix ote de Alagoinhas se arv ora a dar lições Total de visualizaç ões de página
de moral ao Papa e aos católicos. O Sumo Pontífice, escrev e o Sr. Wy lly s, não
compreende o amor. E então, o deputado dá ao Papa e demais sacerdotes da Igreja uma
aula sobre o amor, aula na qual os clichês mais surrados passam-se por
insights filosóficos e poéticos: 2 1 0 7 9 0

"O amor, como a fé, é inex plicáv el: sente-se ou não. Não há dicionário que Minha lista de blogs
possa defini-lo; só o poeta pode dizer alguma coisa a respeito — fogo que
Amurtah
arde sem se ver, ferida que dói e não se sente — mas para entendê-lo é
Arte greco-budista XXI
preciso sentir tudo aquilo que o papa, os cardeais, os bispos e os padres, Há 2 meses
pelas regras do trabalho que escolheram desde jov ens, são proibidos de
sentir – seja por outro homem, seja por uma mulher. Talv ez por isso eles Augusto Nunes | VEJA.com
#SanatórioGeral: Neurônio abandonado
não entendem. Mas o amor nunca poderia ser uma ameaça para a Há uma hora
humanidade; antes, sim, uma salv ação para os seus piores males, um
antídoto contra os v enenos que a intox icam, uma v acina contra as doenças Bios Theoretikos
que a afligem. O papa está errado de cabo a rabo. Ele não entendeu nada "Impressão: nascer do sol", de Claude
Monet
mesmo" Há 7 anos

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O Sr. Wy lly s acredita sinceramente que, por ter ex perimentado o amor carnal, está Blog do Angueth
habilitado a ensinar sobre amor aos sacerdotes católicos, que não teriam passado pela São José, rogai por nós!
Há 4 meses
ex periência. Para o deputado LGBT, seu tesão é como uma fonte de iluminação
espiritual. Tão enclausurado está no próprio univ erso, que é incapaz daquele mínimo de Blog do Pim
empatia que faz-nos enx ergar os outros como realmente são, e não como projetam O Blog do Pim agora está na VEJA.
Acompanhe lá, todos os dias!
nossas fantasias subjetiv istas. Ora, os sacerdotes católicos são homens como outros
Há 5 anos
quaisquer - muitos deles, aliás, tendo passado por relacionamentos sex uais antes de
optar pelo sacerdócio. Não são "proibidos" de sentir "amor". Escolheram, por conta Cenas de Paris
própria, abrir mão do amor carnal apenas (ou seja, da v ida sex ual) para se dedicar com Mais sobre a exposição Jacques Tati
Há 10 anos
maior força ao amor a Deus. Ademais, todo sacerdote católico que sinta sua v ocação
fraquejar pode desistir do sacerdócio a qualquer momento. A Igreja estimula nos Cesar Gordon
pretendentes a padre uma auto-reflex ão constante sobre sua v ocação. Só permanecem A floresta por quem vê o invisível
mesmo aqueles que aguentam a barra. Mas, por julgar inconcebív el que alguém abra Há 11 anos

mão do amor carnal por motiv os elev ados, quando o Sr. Wy lly s fala em "amor" está Ciência Brasil
pensando ex clusiv amente no seu próprio desejo sex ual. Professores de matemática de
Ugandópolis (Brasil) fazem com que as
crianças odeiem contas. Resultado: é um
desastre o que o povo sabe de
Bento XVI e a Igreja Católica, diz o depuado no twitter com suscetibilidade quase matemática.
infantil, "não têm moral para falar do nosso amor!". Segundo o bizarro raciocínio, as Há 3 anos
crianças, por ex emplo, assim como os sacerdotes, não entenderiam nada de amor, pois
Construindo o pensamento
para isso é preciso ter feito sex o (de preferência, homossex ual). Amor aos pais, amor
entre irmãos, amor a Deus etc... Tudo isso está muito além da compreensão do ex -BBB, Contra Impugnantes
cujo órgão de raciocínio parece, por v ezes, ser qualquer um menos o cérebro. Compra do livro "COSMOGONIA DA
DESORDEM"
Há um ano
Ora, se há uma coisa que até o mais empedernido ateu seria capaz de reconhecer é que a
Igreja Católica é uma instituição que tem historicamente se dedicado à caridade, que Diogo Mainardi - VEJA.com
nada mais é do que o famoso "amor ao próx imo". Igrejas ao redor do mundo organizam-
se em paróquias para a ex ecução de obras de caridade. Nas maiores tragédias humanas, Diplomatizzando
Julho: mês de férias, mês de leituras:
a Igreja Católica é sempre uma das primeiras entidades a encabeçar o esforço
PRAlmeida em Academia.edu
humanitário de aux ílio e conforto às v ítimas. Qualquer pessoa desprov ida de Há 16 horas
preconceito anti-clerical seria capaz de enx ergar nas biografias de santos católicos um
manancial de lições de generosidade, desprendimento e auto-sacrifício em nome do Escrevo, sim!
O Grande Buda!
próx imo, sobretudo dos desfav orecidos. Os ex emplos da caridade católica são tantos, Há 8 anos
que seria ocioso elencá-los aqui. Só mesmo uma mente obcecada com o próprio umbigo
para ousar dizer, com tanta sem-cerimônia, que o Papa e os sacerdotes católicos "não Eu gosto de Agatha Christie
entendem nada de amor". A não ser que, como parece sugerir o deputado LGBT, para Há 6 anos

entender de amor seja preciso ter feito sex o anal com outro homem. Nesse caso, o Papa Frases do Calvin
não dev e mesmo ter entendido nada. Calvin & Haroldo & Star Wars - Uma
Homenagem Estrelar!
Há 3 anos
Por falar em caridade, aliás, seria interessante perguntar onde está o mov imento gay
quando ocorrem grandes dramas e tragédias humanos. Alguém tem notícia de grupos Fusca Brasil
LGBT se organizando para ajudar os desfav orecidos e carentes? Os militantes gay zistas Golpe no Recesso
estariam assim tão ocupados em defender seus interesses particulares e incrementar seu Há 5 dias
poder político que não podem ceder um pouco do seu tempo para praticar o amor ao
Necromanteion
próx imo? E, por "amor ao próx imo", não estou me referindo a traçar o próx imo da fila. Marsilio Ficino e a natureza das virtudes
Não, Sr. Jean Wy lly s, amor não é isso. Isso é sex o, coisa que até as formigas fazem. Há uma semana

O bico do tentilhão
A irritação do deputado com Bento XVI e com a Igreja Católica surgiu de um discurso de
OliverTalk: Estudar Sócrates em 2019? Ele
ano nov o do Papa ao corpo diplomático da Santa Sé, proferido no dia 9 de janeiro de nem tem diploma!
201 2 (ler o discurso na íntegra). O discurso tratav a de temas amplos tais como a crise Há 5 dias
mundial, conflitos étnicos e educação dos jov ens. O trecho que desagradou o Sr. Jean
O GLOBO » Blogs » Blog do Noblat
Wy lly s, e que o fez trair um destempero quase histérico, foi o seguinte: Quem diz que o amor é falso, por Luiz Vaz
de Camões
Há 4 anos
"A educação é um tema crucial para todas as gerações, pois depende dela
tanto o desenv olv imento saudáv el de cada pessoa como o futuro da O GLOBO » Blogs » Lucia Hippolito
sociedade inteira. Por isso mesmo, aquela constitui uma tarefa de primária Obamatório
grandeza num tempo difícil e delicado. Para além de um objectiv o claro, E se eles não tivessem conseguido?
como é o de lev ar os jov ens a um pleno conhecimento da realidade e, Há uma semana
consequentemente, da v erdade, a educação tem necessidade
Odilon de Oliveira
de lugares. Dentre estes, conta-se em primeiro lugar a família, fundada
sobre o matrimónio entre um homem e uma mulher; não se trata dum a Olavo de Carvalho - Sapientiam
sim ples conv enção social, m as antes da célula fundam ental de Autem Non Vincit Malitia
toda a sociedade. Por conseguinte, as políticas que atentam contra
Professor Paulo Moura
a fam ília am eaçam a dignidade hum ana e o próprio futuro da
hum anidade" (grifos meus) Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com
MEU ÚLTIMO POST NA VEJA
Há 2 anos
O Papa apenas cumpria o seu papel. Como representante máx imo da Igreja Católica,
Revista Vila Nova
falav a em nome dos v alores cristãos e, dentre eles, especialmente da família tal como
concebida na Bíblia, isto é, fundada sobre o matrimônio de um homem e uma mulher The United States and the New
com v istas à reprodução da espécie. Bento XVI menciona a importância de defender o World Order
modelo cristão de família em face de um "tempo difícil e delicado", no qual abundam INDEX/ÍNDICE
"políticas que atentam contra a família". O Papa está coberto de razão. E, em seu Há 7 anos

discurso, ele nem se refere diretamente às uniões civ is entre homossex uais, mas sim às Verde: a cor nova do comunismo
pesquisas com células-tronco embrionárias humanas e à legalização do aborto em Ideólogo ‘verde’ condena homem como
v ários países. Há realmente, no mundo atual, uma série de políticas públicas v oltadas 'assassino serial' da Criação (sic!)
para a dissolução do modelo judaico-cristão de família. Quem em sã consciência negaria Há 3 dias

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31/07/2019 O Brasil e o Universo: Um cavaleiro de triste figura: as aventuras do deputado Jean Wyllys, fidalgo de Alagoinhas, em sua cruzada contra o …
uma coisa dessas? O próprio mov imento gay v iv e batendo na tecla de que o modelo Seguidores
judaico-cristão não pode ser considerado o único que ex iste e que, portanto, trata-se de
Seguidores (35) Próxima
propor nov os arranjos familiares. Estaria o Papa inv entando coisas?

Em v árias partes do mundo, políticas educacionais impostas desde fora sobre as nações
concernentes (ler Maquiavel Pédagogue, de Pascal Bernardin) estão forçando
instituições públicas de ensino a adotar, entre outras nov idades, um modelo que
fav oreça a "div ersidade sex ual" e a aceitação, por parte de crianças e adolescentes, de
famílias de composição v ariáv el (dois homens, duas mulheres, três homens, duas
mulheres e um homem, cinco transsex uais e uma mulher, e assim por diante). Mais uma
v ez, o poder do mov imento gay internacional se faz presente, porque os profissionais de
educação e pedagogia que coordenam essas políticas educacionais são, todos, sem
ex ceção, comprometidos com a causa gay e, sobretudo, com a dissolução dos v alores Seguir
judaico-cristãos tradicionais. E daí a preocupação do Papa porque, entre os "lugares de
educação" aos quais ele se refere, as instituições de ensino estão, em sua imensa maioria,
nas mãos de pessoas radicalmente contrárias à concepção cristã de família. A razão e o título deste blog

Este blog nasceu da constatação de


No Brasil, a promoção da "div ersidade sex ual" nas escolas beira o proselitismo gay puro que o Brasil, alinhado com outros países da
e simples. A SECADI (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Div ersidade e América Latina, vem numa escalada vigorosa
Inclusão) - que antes chamav a-se apenas SECAD, mas que ganhou uma nov a letra ("I" de rumo ao totalitarismo. É possível perceber,
inclusão), pois o nosso gov erno confunde siglas ex tensas com eficiência -, ligada ao nas mais diferentes esferas, indícios de que
Ministério da Educação, e formada quase que ex clusiv amente por militantes de estamos próximos – se é que já não
chegamos lá – de viver em pleno 1984, de
mov imentos sociais (mov imento gay , feminista, negro etc.), v em tentando
George Orwell. Orwell, aliás, foi um dos
reiteradamente emplacar o chamado "kit anti-homofobia" nas escolas de ensino
primeiros a perceber que toda revolução
fundamental. O kit é composto por apostilas, cartilhas e v ídeos. Seu pretenso objetiv o é totalitária é precedida por uma revolução
eliminar a "homofobia internalizada" desde a origem. Mas, na prática, a coisa é bem semântica, e esse é um dos temas centrais
diferente. do presente blog.

Creio que o Brasil está passando por


um processo de deturpação da linguagem
Um do v ídeos, por ex emplo, idealizado teoricamente para o estudo da matemática,
pública, especialmente política. Tal
ensina às crianças que, se elas forem bissex uais, terão maiores chances de ficar com deturpação cria uma camada semântica
alguém (v er aqui). Trata-se de pura doutrinação sex ual porque, de fato, para o ensino de protetora, bloqueando o acesso à realidade,
matemática, o v ídeo de nada serv e. Seus idealizadores, eles próprios, não sabem nada e impossibilitando sua correta expressão. É
de m atem ática. Alertando as crianças para as marav ilhosas v antagens do como se tivéssemos passado ao largo das
bissex ualismo, o narrador do v ídeo comenta que, gostando-se de ambos os sex os, a bases fundamentais do pensamento
probabilidade de encontrar alguém para amar seria quase 50% m aior. Mas não é ocidental, ignorando a criação da filosofia e
ciência política por Sócrates, Platão e
preciso ser nenhum gênio para saber que se alguém que, por ex emplo, só gostasse de
Aristóteles. Como se estes pensadores
mulheres, passasse também a gostar de homens, sua probabilidade de encontrar alguém
nunca tivessem existido para além de
passaria a ser, naturalmente, 100% m aior, e não 50%. Em v ez de buscar parceiros num pequenos círculos de estudiosos, o Brasil
único conjunto de pessoas (as mulheres), passaria a buscá-los em dois conjuntos (as parece ter adotado o paradigma sofista,
mulheres e os homens). Logo, suas chances seriam duas v ezes (ou seja, 1 00%) maiores. onde a retórica e o consenso público -
Os autores do v ídeo podem ser ex celentes professores de "homoafetiv idade", jamais de reforçado hoje pela "rebelião das massas",
probabilidade. no sentido de Ortega y Gasset - eram mais
importantes do que a verdade. Como dizia
outro autor que admiro muito, o filósofo
O alerta do Papa v oltav a-se não contra o homossex ual em si, e muito menos contra "o
político Eric Voegelin, o totalitarismo é
amor", mas contra aquele tipo de doutrinação sex ual. Mas o Sr. Wy lly s, absolutamente
menos um fenômeno político e mais um
conv icto de que a defesa de seu grupo de interesse é algo muito mais nobre e v aloroso fenômeno pneumopatológico, ou seja, uma
do que a defesa que o Papa faz de uma instituição com mais de dois mil anos de doença do espírito. Ele começa na mente
ex istência, enfureceu-se. Pretendendo retratar o Papa como um v ilão de cinema - um doentia de alguns guias espirituais e líderes
misto de Darth Vader com Lex Luthor - o deputado sentenciou: "O amor e a felicidade políticos e, daí, quando não encontra uma
reação firme e pronta, se espalha para toda
como ameaças contra a humanidade: foi o que afirmou Bento XVI".
a sociedade. Como mostrou Voegelin no
magistral “Hitler e os Alemães”, isso foi o
Deparando-me com as palav ras do Sr. Jean Wy lly s, senti-me por um instante como o que aconteceu na Alemanha, por exemplo,
Padre Donissan - personagem de George Bernanos em Sob o Sol de Satã -, depois de ter permitindo a ascensão do nazismo. A
recebido sua perturbadora dádiv a e, ao mesmo tempo, sina: a capacidade de v islumbrar sociedade alemã, na época, não teve a
a alma das pessoas em toda sua nudez. Ferido mortalmente em seu orgulho (e, como já coragem de perceber a extensão do
dizia Shakespeare, o orgulho dev ora a si mesmo), nosso ex -BBB transbordou de mágoa e problema, nem tampouco possuía meios de
descrevê-lo corretamente. Mutatis
ex pôs aos olhos de todos os piores defeitos de sua pobre alma:
Mutandis, creio que algo semelhante ocorre
no Brasil. Os grandes responsáveis por isso
são, a meu ver, os formadores de opinião:
"Dentre todos os desatinos do papa, este foi o que mais me chocou. Talv ez
imprensa, comentaristas políticos, artistas,
porque sua afirmação estapafúrdia e anacrônica tenha v iolado diretamente intelectuais.
a m inha dignidade hum ana de hom ossexual assumido e orgulhoso
O fato é que a sociedade brasileira
de m inha orientação sexual e de m inha form ação científica (sim, está cada vez mais suscetível a todo tipo de
porque a afirmação de Bento XVI parte da crença absurda de que o totalitarismo, e o domínio que o atual
casamento civ il igualitário v ai transformar todos os homens e mulheres em governo exerce sobre diversos domínios
sociais - chegando mesmo a impor um
homossex uais e v ai impedir que todas as mulheres da Terra recorram às quadro de referências e linguagem permitido
técnicas de reprodução artificial)" - é um claro sinal. Este blog pretende reunir
amostras que nos ajudem a compreender
como o Brasil e o Universo puderam se
distanciar tanto...
Há aí uma mistura de tudo o que há de pior na alma humana: orgulho, v aidade, egoísmo
(e é sintomático que o pronome "minha" tenha aparecido três v ezes em seqüência).
V ídeos interessantes
Todas as pessoas, é claro, trazem em si estes defeitos. Umas mais, outras menos. Mas, de
todo modo, não é tão comum v ê-los assim ostentados de maneira tão irrefletida, quase Como a URSS contribuiu para a ascensão
inocente, como se v irtudes fossem. do Nazismo

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31/07/2019 O Brasil e o Universo: Um cavaleiro de triste figura: as aventuras do deputado Jean Wyllys, fidalgo de Alagoinhas, em sua cruzada contra o …
Vídeo-propaganda do 3º Congresso
Nacional do PT: "Socialismo Petista"
O Sr. Wy lly s comporta-se como o señorito satisfecho de Ortega y Gasset. Fala em
"técnicas de reprodução artificial" como se elas sempre houv essem ex istido. Não pára
Página inicial Pesquisar este blog
um segundo para realizar o procedimento moral número um de qualquer homem
maduro, qual seja, o de perguntar-se sobre as ev entuais conseqüências da Pesquisar
univ ersalização de seu comportamento indiv idual. O que teria acontecido se todos os
homens, ao longo da história, fossem homossex uais como ele? A espécie humana já teria
sido ex tinta há tempos. E, sendo assim, as técnicas de reprodução artificial sequer
teriam sido inv entadas. Em seu pronunciamento, o Papa apenas insistia numa
obv iedade: que o heterossex ualismo gera hum anidade e que, portanto, ele
transcende o simples desejo sex ual. Já o homossex ualismo não gera nada além de
satisfação sex ual para aqueles env olv idos no ato sex ual. Por mais legítima que seja essa
satisfação, ela é de interesse particular. É estranho ter que lembrar ao deputado que
homossex uais nascem de pais heterossex uais. Se os pais do Sr. Wy lly s tiv essem sido
gay s como ele, simplesmente não hav eria Jean Wy lly s para contar história.

É esta característica do heterossex ualismo - o fato de poder gerar uma nov a v ida - que
está na base do conceito judaico-cristão de família. E a figura jurídica do "casamento
civ il" deriv a historicamente daquele conceito. Portanto, a ex tensão do "casamento civ il"
a outras formas de família é uma inov ação, um ex perimento social. Cabe logicamente
aos seus propositores o ônus de demonstrar a sua necessidade e importância histórica.
Mas a Igreja Católica não tem nenhum compromisso com tal inov ação, e sim com a
defesa da família tradicional - a "célula fundamental de toda a sociedade", nas palav ras de
Bento XVI -, que os cristãos acreditam ter sido criada por Deus para a geração e
educação da prole. O Papa nem chega a mencionar o "casamento civ il" entre
homossex uais em seu discurso, mas teria todo o direito e a legitimidade de criticá-lo,
assim como o Sr. Wy lly s tem o direito de defendê-lo. Querer satanizar o Sumo Pontífice
por sua defesa dos v alores tradicionais da religião com maior número de fiéis em todo o
planeta é de uma prepotência atroz, uma atitude típica de mentalidades totalitárias e
ególatras.

O que o deputado parece não compreender é que o Papa representa uma instituição que
não lida com as coisas do tempo histórico, mas com v alores eternos. Quando o Sr.
Wy lly s diz que a afirmação do Papa é anacrônica, ele apenas rev ela não ter idéia do que
está falando, uma v ez que à Igreja pouco importa ser anacrônica ou contemporânea. Ela
não responde pelo tempo (cronos), mas pela eternidade. Ela é, de fato, supra-crônica. A
responsabilidade da Igreja é salv ar almas e env iá-las à eternidade junto a Deus. A
administração do tempo é reserv ada aos gov ernos e aos poderes "deste mundo". A Igreja
não é uma confecção de roupas; ela não tem que seguir as últimas tendências da moda.
E, muito menos, endossar ex perimentos sociais inov adores. Se o Sr. Wy lly s não fosse tão
ignorante em relação ao Cristianismo, ele jamais teria optado pelo adjetiv o "anacrônico"
para ofender a Igreja Católica. A ofensa é estéril pois se baseia num category mistake,
como diria o filósofo Gilbert Ry le, equiv alente a reclamar do Teorema de Pitágoras por
ser doce demais.

As palav ras do Sr. Wy lly s, como não podia deix ar de ser, prov ocaram pronta reação de
católicos e outros cristãos. Muita gente não v iu com bons olhos o atrev imento do
deputado, que parecia não aceitar que a Igreja Católica tiv esse suas próprias razões de
ex istência, e que não se curv asse aos imperativ os e ex igências do restrito univ erso do
gay zismo militante. Até ordens ao Papa o rapaz se meteu a dar: "Bento XVI não pode
continuar difundindo o ódio e o preconceito contra os gay s". O orgulho ferido, de fato,
não é bom conselheiro. Quando o orgulhoso põe as mãos no twitter, então, aí mesmo é
que a coisa fica feia: "A lista de crimes praticados pela Igreja Católica é do conhecimento
de todos: começa com o assassinato de mulheres e v ai até o holocausto" (v er aqui).

Não sei se o Sr. Wy lly s tem conhecimento, mas a Igreja Católica, o corpo de Cristo, é
formada por todos os seus membros. Logo, o que ele está afirmando é que os católicos
são assassinos de mulheres e promotores do holocausto. Agora v amos v er se as coisas
ficam claras: o deputado quer ter a liberdade para afirmar esse tipo de coisa, mas
pretende criminalizar quem diga, por ex emplo, que o homossex ualismo é pecado.

O Sr. Wy lly s já declarou abertamente que o termo "homofóbico" não se refere apenas a
quem comete v iolência contra homossex uais, mas a qualquer pessoa que, por qualquer
motiv o, não aprov e o homossex ualismo. "A homofobia pode ser social e cultural e,
dessa forma, é praticada pela m aioria das pessoas" (v er aqui). Sendo que o deputado é
um dos principais defensores da PL-1 22/06, projeto que criminaliza a homofobia, como
não concluir logicamente que ele quer criminalizar a maioria das pessoas?

Os cristãos, é claro, são seus alv os preferencias e, por isso, ele ficou tão irritado com o
recuo estratégico da senadora gay zista Marta Suplicy , que alterou prov isoriamente o
tex to da PL-1 22/06, determinando: "A lei não se aplica à m anifestação pacífica de
pensamento decorrente da fé e da moral fundada na liberdade de consciência, de
crença e de religião". O deputado não aceitou o recuo. Ele quer criminalizar,

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31/07/2019 O Brasil e o Universo: Um cavaleiro de triste figura: as aventuras do deputado Jean Wyllys, fidalgo de Alagoinhas, em sua cruzada contra o …
inclusiv e, manifestações pacíficas: "É difícil para a senadora compreender que, se ela é
uma aliada histórica, eu sou um hom ossexual que conhece no corpo o peso da
homofobia. O que para ela pode ser negociáv el por orientação partidária não o é para
m im , porque m inha dignidade está acima de partido e de v aidade" (grifos meus)

"Eu", "mim", "minha"... Não tem jeito. O deputado é mesmo um sujeito auto-referenciado.
Vê-se que, para ele, a sua hipersensív el dignidade - melindrada por qualquer motiv o -
está acima de qualquer coisa, inclusiv e de garantias constitucionais como a liberdade de
consciência, de crença e de religião. Seu conhecimento, por assim dizer, som ático da
realidade autorizaria-o a tudo, inclusiv e a chamar os católicos de "assassinos de
mulheres" e "nazistas". Para o Sr. Wy lly s, todo o saber parece emanar de seu corpo gay -
desde a sua filosofia do amor até o seu conhecimento sobre homofobia. Sua
homossex ualidade elev a-o acima dos mortais. O sex o anal é a sua gnose.

Diante da v igorosa reação de cristãos aos desatinos do deputado LGBT - abaix o-


assinados, twittaços, páginas no Facebook, artigos e mais artigos contra o seu
desarranjo v erbal (v er, por ex emplo, aqui, aqui e aqui) -, ele resolv eu se ex plicar,
dizendo que nada tinha contra os cristãos, mas apenas contra uma "minoria
homofóbica", um "pequeno grupo ex tremista e fundamentalista" (v er aqui e aqui). O Sr.
Wy lly s conta que foi, inclusiv e, educado no catecismo católico das comunidades
eclesiais de base, e que admira e respeita sacerdotes católicos como Frei Betto e
Leonardo Boff, membros da Teologia da Libertação e, portanto, contrários ao Papa.

Este é o Cristianismo que o deputado aprov a e considera modelar, porque simpático à


sua causa. Trata-se, para ele, do "v erdadeiro" Cristianismo. O Cristianismo do Papa, ao
contrário, representaria apenas um pequeno grupo de - olha os adjetiv os nov amente -
"ex tremistas" e "fundamentalistas". Eis aí, em estado puro, o fenômeno ao qual eu me
referi anteriormente: a inv ersão da realidade por meio da transmutação retórica
miraculosa da maioria em minoria e da minoria em maioria; da regra em ex ceção e da
ex ceção em regra.

A Teologia da Libertação, como todo mundo sabe, é sumariamente condenada pela


Igreja Católica. Trata-se de um milenarismo político, e o milenarismo - um conjunto de
"fábulas ridículas", nas palav ras de Santo Agostinho - fora condenado como heresia já
no Concílio de Éfeso, no ano de 431 d.C. A Teologia da Libertação é que consiste,
portanto, numa seita minoritária e ex cêntrica (ex tremista, poder-se-ia dizer). Sua igreja
não é a de Jesus Cristo, mas a de Marx , Engels, Lênin e companhia, estes sim mentores
de regimes v erdadeiramente genocidas e homofóbicos.

Mas me corrijo. Não é que Frei Betto, Leonardo Boff e outros padres rev olucionários do
tipo - que, para o Sr. Wy lly s, são os "v erdadeiros" cristãos - representem um grupo
ex ótico e minoritário no interior da Igreja. A coisa é pior: eles nem m esm o fazem
parte da Igreja. Como esclarece o Decretum contra Communismum - lançado pelo
Papa Pio XII em 1 949, e depois referendado pelo Código de Direito Canônico de 1 983,
publicado por João Paulo II -, todo católico que, em nome da Igreja e da religião cristã,
obstine-se em defender o comunismo ou colabore com organizações comunistas,
incorre em pecado grav íssimo, sujeito a excom unhão autom ática (latae
sententiae). Ou seja, os "v erdadeiros cristãos" do deputado, mesmo que não saibam, são
apóstatas da fé católica e, portanto, quando pregam, o fazem em nome de outra igreja.
Se, ao fazê-lo, alegam-se sacerdotes católicos, incorrem em crime de falsidade
ideológica e estelionato. Enquanto isso, aqueles que o Sr. Wy lly s rotula de "pequeno
grupo de ex tremistas" reúnem-se aos milhões para assistir às missas do Papa, a quem
v êem como líder máx imo e legítimo de sua igreja.

Mas o nosso Dom Quix ote de Alagoinhas é mesmo um sujeito curioso. Já confessou ser
admirador de Che Guv era (v er aqui), que, ao lado de Fidel Castro, deu início a um regime
que lev ou centenas de homossex uais ao paredão. É membro do PSOL, um partido
socialista, ideologia responsáv el pelo assassinato de milhares de homossex uais na
Rússia, na China, na Alemanha, na África, na América Latina. E, no entanto, acusa logo a
Igreja Católica de ser homofóbica.

Ora, o homossex ualismo é, de fato, descrito em certas passagens da Bíblia como pecado
(Rm, 1 : 24-27 ; I Cor, 6: 1 0; I Tm, 1 : 1 0). Mas não há ali nenhuma incitação ao ódio
contra gay s. Muito pelo contrário, o parágrafo 2358 do Catecismo da Igreja Católica
diz claramente que os homossex uais "dev em ser acolhidos com respeito, compaix ão e
delicadeza". Nenhum cristão é ensinado a odiar ou discriminar homossex uais, porque
todo cristão sabe que Jesus Cristo amav a os pecadores. E, para o Cristianismo, os
pecadores são sim plesm ente todos os seres hum anos. Alguns são
homossex uais, outros são inv ejosos, outros mentem, outros matam, outros cobiçam os
bens do próx imo, outros traem, outros são gananciosos, outros orgulhosos e assim por
diante. Do ponto de v ista da doutrina católica, não faria sentido um cristão discriminar o
homossex ual, porque o homossex ual é um pecador com o outro qualquer. O
homossex ualismo, aliás, está longe de ser considerado um dos pecados mais grav es.
Para o Cristianismo, ele é apenas uma característica secundária da pessoa, que não
esgota a riqueza de sua alma. Não cabe a um cristão ficar apontando o dedo para os

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pecados alheios, quando ele próprio é um pecador. De fato, o pecado da acusação é, nos
Ev angelhos, um dos mais grav es, condenado por Jesus com palav ras duras: "Por que
v ocê repara no cisco que está no olho do teu irmão e não se dá conta da trav e em seu
próprio olho? Como podes dizer ao teu irmão: 'Irmão, deix a-me tirar o cisco do teu
olho', tu que não v ês a trav e que está no teu? Hipócrita, tira primeiro do teu olho a trav e,
e então começarás a enx ergar bem, para tirares o cisco do olho do teu irmão" (Lucas, 6:
41 -42).

Já para Jean Wy lly s e para os militantes gay zistas, partidários do v elho hedonismo
materialista de Marquês de Sade, o homossex ualismo define a pessoa por inteiro. Ele
passa a ser uma identidade total, uma razão de v iv er, uma causa, um motiv o de orgulho.
Nessas condições, como não poderia deix ar de ser, o espírito torna-se hipersensív el,
melindrado e ressentido e, na primeira oportunidade, ele buscará v ingança contra um
"bode ex piatório" de ocasião.

Não há nenhum cristão no Brasil propondo algo como a criminalização do


homossex ualismo ou pregando o ódio aos gay s. Isso simplesmente só ex iste na cabeça
dos militantes gay zistas. Em compensação, Wy lly s e sua turma querem criminalizar os
cristãos por causa de sua fé. Se isto não é discurso de ódio, eu já não sei mais o que é. A
Wy lly s não basta prender autores de agressões contra gay s. Segundo ele, é preciso
criminalizar toda a pessoa que sofrer daquilo que os gay zistas chamam de homofobia
"internalizada" ou "introjetada" (v er esta entrev ista do deputado à Folha de São Paulo). E,
claro, são os próprios gay zistas que fornecerão o diagnóstico.

Na maioria das democracias ocidentais, especialmente na Europa, os cristãos estão


completamente na defensiv a. Já foram praticamente ex terminados socialmente,
banidos da opinião pública, mantidos acuados dentro de suas igrejas, de onde os
formadores de opinião não admitem que saiam. São ridicularizados por intelectuais,
chamados de ex tremistas e reacionários pela grande imprensa, praticamente proibidos
de se manifestar no espaço público, radicalmente laicizado. No Brasil, diante da ameaça
da PL-1 22/06, eles apenas protegem o seu direito a liberdade de consciência e de
crença; o direito de não ser presos ou processados por defender abertamente os v alores
nos quais acreditam, sem precisar esconder-se pelos cantos como criminosos. Alv os
contantes de deboches e prov ocações - como essa aqui, por ex emplo - têm, no geral,
reagido de maneira firme, mas racional, deix ando claro que seus adv ersários não são os
homossex uais, mas o mov imento gay e sua intolerância religiosa.

Nos países islâmicos e socialistas, por sua v ez, os cristãos estão sendo ex terminados não
apenas social, mas fisicamente. A v iolência e a perseguição a cristãos aumenta a cada dia
na Nigéria, na Índia, no Egito, na Costa do Marfim, na China, na Coréia do Norte, na Síria,
no Irã, e em muitos outros países. Os cristãos são hoje, indubitav elmente, um dos
grupos humanos mais ameaçados e perseguidos do mundo. E, no entanto, a imprensa
brasileira sequer noticia...

No panfleto do The Guardian, o Sr. Wy lly s acusa os pastores ev angélicos de ter "as mãos
sujas de sangue dos homossex uais que morrem no Brasil v ítimas de homofobia". Como já
mostrei em outro post, baseando-me em dados fornecidos pelo próprio mov imento gay ,
o número de crimes comprov adamente motiv ados por homofobia é quase insignificante
no Brasil. Dentre esses crimes, não há nenhum que tenha sido cometido em nome da fé
cristã ou da Bíblia. Os cristãos brasileiros - católicos, ev angélicos ou ortodox os - são
unânimes em condená-los. Na realidade, portanto, seria muito mais fácil prov ar que, nas
atuais circunstâncias, são as mãos do Sr. Wy lly s - e de boa parte da classe falante
brasileira, sobretudo da imprensa - que se tingem de sangue cristão. Mas há um nome
técnico para a desproporção entre a hipersensibilidade da elite cultural brasileira diante
da homofobia e a sua total ausência de sensibilidade em relação ao sofrimento de
cristãos pelo mundo. Chama-se histeria.

E assim segue nosso cav aleiro de triste figura, imerso em sua jornada pessoal contra si
mesmo, debatendo-se contra os próprios sentimentos de inadequação e buscando um
alv o para descarregar as frustrações geradas por uma v ida auto-esv aziada, reduzida às
condições materiais de um corpo gay que se faz passar por altar. Nas mãos de pessoas
assim tão auto-centradas, o poder é sempre uma arma de alta periculosidade. Quem
gostaria de v iv er num mundo em que Dom Quix ote, com sua total ausência de senso de
realidade e empatia, adquirisse poder sobre a v ida dos outros?

às janeiro 31, 2012

Um comentário:

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André B. 11 de fevereiro de 2012 01:35


"[O] órgão de raciocínio [de Jean Wyllys] parece, por vezes, ser qualquer um menos o
cérebro." Hahaha, perfeito!
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