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Manual de Boas Práticas de Instalação de Cabeamento Estruturado

FURUKAWA
SISTEMA DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

1.1 Premissas
Um dos objetivos de um sistema de cabeamento estruturado é disponibilizar aos usuários
uma infra-estrutura de telecomunicações que permita a interligação entre os diferentes pontos
(estações de trabalho) de uma empresa, assim como entre estes e os serviços públicos de
transmissão de dados e de telefonia.
Estes sistemas devem ser projetados e instalados segundo padrões definidos em diversas
normas internacionais, para que suportem as aplicações desenvolvidas para estes ambientes.
Outra meta é estabelecer o desempenho e os critérios técnicos das várias configurações
de sistemas de cabeamento e seu inter-relacionamento e a conexão de seus respectivos
elementos. Deve-se observar que apenas os requisitos mínimos são identificados nas normas de
cabeamento estruturado.

1.2 Normas
A tecnologia de redes locais foi desenvolvida, em grande parte, por empresas e instituições
de pesquisa norte-americanas. Essa liderança tecnológica se manifesta tanto nos segmentos de
software e hardware, e são estas mesmas empresas e instituições que, unidas, estabeleceram os
padrões e normas vigentes nos EUA. Uma vez que estas mesmas empresas fornecem seus
produtos para a maioria dos mercados mundiais, os padrões normativos que estes produtos
seguem acabaram sendo adotados pelo restante do planeta. A exceção de algumas normas
européias, todas as normas de Cabeamento Estruturado são norte-americanas. Daí a necessidade
de sua adoção, como referência
A ABNT, através de seus comitês de estudos, tem definido a normalização brasileira e a
aplicabilidade das normas internacionais às instalações e regulamentações nacionais. A Furukawa
é membro de todos os comitês de discussão sobre Cabeamento Estruturado da ABNT. Além disso
é membro corporativo da BICSI e é o único membro da TIA/EIA na América Latina.

1.2.1 Normalização Européia / Internacional


Os grupos de normas internacionais para padrões em telecomunicações incluem a ISO -
Organização Internacional para Normalização, e a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional, que
juntas desenvolveram o padrão europeu de cabeamento em telecomunicações. No Reino Unido, o
BSI (British Standards Institute) segue uma norma adotada pelo CENELEC para o mercado do
Reino Unido, que é essencialmente o mesmo que a desenvolvida pela ISO.
As normas para cabeamento de telecomunicações adotadas na Europa incluem a norma
ISO/IEC 11801, bem como o documento EN 50173, desenvolvido pela CENELEC, e a norma BS
EN 50173 do Reino Unido. Todas essas normas tratam de um sistema de cabeamento de
telecomunicações genérico e são essencialmente as mesmas. São poucas as diferenças entre
essas normas européias e as normas TIA utilizadas nos Estados Unidos.

1.2.2 Normalização nos EUA


Existem muitas organizações no setor de conectividade que contribuem para as normas de
projeto e instalação de sistemas de cabeamento estruturado. Destas, a TIA/EIA provavelmente
seja a mais destacada neste mercado. É responsável pela geração das normas, em vigor,
relacionadas ao cabeamento de edifícios.
Estas normas são revisadas, aceitas e/ou modificadas por organizações universais, tais como
ANSI, CSA e ISO, para efeito de implementação nacional e internacional.
O IEEE é responsável principalmente por especificações de área local, como as normas Ethernet
802.3, Token Ring 802.5 e a Gigabit Ethernet 802.3z/802.3ab.
1.2.3 Normas TIA / EIA
Os documentos de cabeamento de edifícios aos quais a indústria de “cabling” reporta-se são
‘568-B, ‘569-A, ‘570, ‘606-A e ‘607. Estas normas não são obrigatórias, mas se um sistema de
cabeamento estruturado pretende ter universalidade de aplicação e enquadramento no Programa
de Garantia Estendida FCS - 25 Anos, deverá adequar-se integralmente à elas.

1.2.4 Normalização no Brasil


No Brasil , para a construção de redes de transmissão de dados, são aceitas as normas
americanas.
A ABNT/COBEI trabalhou na normalização de sistema de cabeamento estruturado, para a edição
nacional de normas para essa finalidade, a NBR 14565.
As normas NBR 5410, especificam as características construtivas e de desempenho que devem
ser aplicadas às instalações elétricas. Tem por finalidade assegurar a segurança dentro de um
edifício. As normas referentes às instalações de energia e de telecomunicações são estabelecidas
pelas respectivas Concessionárias.

1.2.5 Normas internacionais de Segurança e de Testes.


Entidades independentes, não associadas à fabricantes, realizam testes em produtos, para
comprovar aos usuários que estes se comportam, quando aplicados, conforme os dados
anunciados e as características previstas em normas. Estes testes são aplicados em duas etapas:
• Testes de segurança
• Testes de conformidade
Os testes de segurança visam atestar que os materiais terão desempenho seguro, ou seja não
causarão danos aos edifícios ou às pessoas, e os testes de conformidade verificam se os materiais
efetivamente apresentam as características dimensionais, mecânicas e elétricas exigidas pelas
respectivas normas.
Estas entidades, além dos testes em produtos, também certificam e auditam regularmente
os fabricantes quanto a uniformidade e confiabilidade dos processos de produção, assim como
coletam, aleatoriamente, amostras no mercado para confirmação dos valores obtidos nos testes
destes mesmos produtos. Os laboratórios de maior conceito nesta área de sistemas de
cabeamento estruturado são: UL, ETL e CSA.
A FURUKAWA participa há vários anos de processos de testes e de certificações da UL e
ETL. Os produtos da linha FCS são testados pela UL quanto à segurança e conformidade, assim
como a unidade industrial de Curitiba recebeu sua certificação em 1995 e vem recebendo
trimestralmente os auditores da UL. Além da UL, os produtos Furukawa também são enviados
para teste da ETL. Estes cuidados significam importantes benefícios aos usuários dos produtos
FCS:
• Efetividade das especificações
• Efetividade das aplicações
• Efetividade de desempenho
As organizações NEC e CEC apresentam normas de construção que devem ser observadas,
com a finalidade de assegurar a segurança dentro do edifício. O principal papel da FCC na
indústria de cabos são as especificações de conectores que publica na Parte 68. Esta fornece
padrões uniformes para proteção contra danos à rede telefônica, causados pela conexão de
equipamento terminal e pela fiação correspondente. A Parte 15 dita os regulamentos sobre
interferência eletromagnética (EMI) e interferência de radio freqüência (RFI) causadas por
equipamentos de computação ou de comunicação.
1.3 Constituição de um Sistema de Cabeamento Estruturado
Tanto nos cabeamentos horizontais quanto em backbones, a topologia física à ser adotada
será tipo estrela, contendo os seguintes elementos principais:

cabeamento
horizontal
Armário de
telecomunicações

área de
trabalho
backbone

entrada de
serviços

sala de
equipamentos

1.3.1 Área de Trabalho


A área de trabalho é o ponto da edificação onde o usuário utiliza os serviços de telecomunicações,
e que deve ser atendido por espelho ou tomada com no mínimo dois pontos de conexão.

Tomadas em área de trabalho

1.3.2 Cabeamento Horizontal


O cabeamento horizontal destina-se a interligação entre a área de trabalho e o armário de
telecomunicações.
A topologia da cabeamento horizontal fisicamente forma uma estrela. Isso significa que cada
tomada/conector de telecomunicações tem sua própria posição mecânica de terminação no cross-
connect horizontal no armário de telecomunicações.
1.3.3 Armário de Telecomunicações
O armário de telecomunicações é o ponto de transição entre o backbone e os caminhos
horizontais. Ele deve ser dedicado para funções de telecomunicação e facilidades de suporte.
Usualmente temos um por andar.

Armário de telecomunicações

1.3.4 Backbone
O cabeamento do backbone fornece interconexões entre armários de telecomunicações, salas de
equipamentos e instalações de entrada.
Ele inclui os cabos de backbone, cross-connects intermediários e principais, terminações de cabos
e patch cables usados para conexões entre backbones. Isto inclui, também, terminações de cabo
usadas para conectar o cabeamento de backbone no cross-connect horizontal.

1.3.5 Sala de Equipamentos


As salas de equipamento propiciam o espaço requerido para acomodar equipamentos de
telecomunicação de uso comum por vários andares de um prédio.

Sala de equipamentos

1.3.6 Entrada de Serviços


Ponto da edificação onde os serviços de telecomunicação fazem a transição para a parte externa
da rede. É na entrada de serviços que o cabeamento da operadora de telefonia se conecta ao
cabeamento da rede local e é também na entrada de serviços que a rede local conecta-se com o
cabeamento externo, em MANs ou WANs.
Entrada de serviços
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
Embora este manual não aborde detalhadamente as normas de projeto e instalação de
sistemas de cabeamento estruturado, ele apresenta os requisitos que são decisivos para que esse
tenha o desempenho previsto. O seu conteúdo foi planejado para que os Instaladores
familiarizem-se com os procedimentos exigidos para a correta instalação assim como para o
atendimento do Programa de Garantia Estendida FCS.
A prática adequada de instalação é parte fundamental para a longevidade e desempenho
de um sistema de cabeamento.

1 Recomendações Gerais
A Furukawa garante o desempenho do sistema e todos os materiais fornecidos, desde que
certas condições sejam observadas:
• a instalação deverá ser realizada em concordância com todas as demais recomendações
deste manual.
• atendimento das normas sobre cabeamento estruturado e infra-estrutura, à saber:
TIA/EIA 568-B.1 - General Requirements
TIA/EIA 568-B.2 - Balanced Twisted-Pair Cabling Components
TIA/EIA 568-B.2-1 – Transmission Performance Specifications for 4-pair 100 Ohms
Category 6 Cabling
TIA/EIA 568-B.3 – Optical Fiber Cabling Components Standard
TIA/EIA 569-A – Commercial Building. Standard for Telecomm Unications. Pathways and
Spaces
TIA/EIA 570 - Residential and Light Commercial
TIA/EIA 606-A – Administration Standard for Commercial Telecommunications
Infrastructure;
TIA/EIA 607 - Commercial Building Grounding for Telecommunications
Além dos padrões mencionados acima, deverão ser atendidos ou excedidos os requisitos de
Atenuação, NEXT, Pinagem e Comprimento apresentados na norma ISO/IEC 11801 - Information
Technology - Generic Cabling for Customer Premises.

2 Recomendações Específicas

2.1 Área de Trabalho


A norma 568-B exige que no mínimo duas tomadas/conectores de telecomunicações sejam
fornecidas para cada área de trabalho.

Exemplo de tomadas de dados e voz


Uma das tomadas/conectores pode ser atendida por um cabo UTP de 100 Ohms de 4 pares,
Categoria 5e ou superior. A outra tomada/conector pode ser atendida por um segundo cabo UTP
ou qualquer outro meio reconhecido (fibra óptica multimodo). Caso a opção seja UTP, requerida a
Categoria 5e.
Como o padrão 568-B, a Furukawa exige que cada cabo UTP de quatro pares seja
terminado em um conector modular de 8 posições tipo RJ-45 na tomada/conector da área de
trabalho. Esta exigência elimina especificamente a possibilidade de uso de um único cabo de 4
pares aberto e com os pares divididos entre 2 conectores na área de trabalho.
Ao optarmos por um meio físico horizontal, teremos que escolher as tomadas e os
conectores para terminá-la. Os conectores também devem ser da mesma ou superior categoria ao
do cabo selecionado.
Os conectores da Furukawa, da série de conectores modulares fêmea, atendem ou
excedem as exigências do 568-B para a Categoria 5e, bem como as exigências para a Categoria
6. A solução Furukawa Categoria 6 atende aos requisitos do Documento ANSI EIA/TIA 568B2-1 da
especificação Categoria 6.
O padrão 568-B não admite derivações em ponte. Entenda-se derivação em ponte como a
ocorrência de derivações múltiplas dos mesmos pares de cabo. Se, por exemplo, um dado ramal
telefônico requerer uma extensão em outra área de trabalho, a conexão de múltipla ocorrência
deve ser feita no bloco conector específico dentro do distribuidor geral (DG), e dois cabos de 4
pares distintos devem ser levados a cada área de trabalho atendida pelo ramal telefônico.
É aceitável a utilização de um único cabo de 4 pares para duas aplicações diferentes,
contanto que tais serviços não interfiram um no outro e que um dispositivo seja utilizado
externamente à tomada de telecomunicações para dividir os sinais.

Adaptador Y Furukawa para divisão de sinais em um mesmo cabo

Não é recomendável a instalação de uma tomada de área de trabalho em um local onde


haja a probabilidade de ser movida e consequentemente danificada pelo usuário final. Elas devem
ser firmemente montadas em locais fixos e permanentes.
A instalação de um cabo sem terminação é admitida quando cabos múltiplos forem
destinados a uma área específica do edifício, de difícil acesso para recabeamento. Quando isto é
feito, o cabo deve ser deixado atrás de um espelho cego, identificado como tomada de
telecomunicação.
As exigências adicionais quando do uso de cabos ópticos na parte horizontal do sistema de
cabeamento são:
• Capacidade para terminar no mínimo duas fibras ópticas em um adaptador SC;
• Ponto apropriado para a fixação do cabo;
• Capacidade para armazenar 1m de cabo de fibras ópticas: a tomada também deve permitir o
armazenamento de fibras. Isto é necessário para permitir folga suficiente para terminação.
• Fornecer um raio mínimo de curvatura de 30 mm

2.2 Armário de Telecomunicações

Exemplo de Armário de Telecomunicações


O armário de telecomunicações de cada piso é um ponto de transição entre o backbone e os
caminhos horizontais. Deve ser dedicado a funções de telecomunicações e suportar tais
facilidades.
Era uma prática comum localizar a aparelhagem de telecomunicações em armários que
compartilham com materiais de manutenção do edifício. Atualmente, essa prática não é mais
aceitável nos armários de telecomunicações.
Recomenda-se que cada andar tenha seu próprio armário de telecomunicações. Isso ajuda
a limitar a distância dos caminhos horizontais e permite uma boa administração dos cabos.
Contudo, se as distâncias horizontais e verticais permitirem que o cabeamento chegue até as
áreas de trabalho de um outro andar, um único armário pode atender a vários andares.

Distribuição de rack´s por andar para cabeamento horizontal


Os armários devem atender a um espaço de piso de até 1.000 m2.
A recomendação para o dimensionamento do armário de telecomunicações tem como base
a área média de uma área de trabalho, que é 10 m2 de espaço útil.
Pelo menos duas paredes devem ser revestidas com compensado. Não se deve instalar teto
falso, uma vez que este dificulta o manuseio dos cabos dentro do armário.
A porta deve ser suficientemente larga para permitir a passagem de equipamentos. As
dimensões mínimas sugeridas são de 92 x 203 cm (36”x 80”). Deve ser equipada com dobradiças
que abram para fora e fechadura para impedir o acesso de pessoas não autorizadas.
Em prédios menores que 500 m2 pode-se utilizar um armário pequeno ou gabinete como
armário de telecomunicações. Armários pequenos devem ter uma abertura de porta de 2,6 m
(8,5 pés) de largura por 0,6 m (24 pol.) de profundidade e possuir compensado na parede traseira
para a montagem do equipamento.
A iluminação deverá proporcionar boa visibilidade de todas as áreas do armário de
telecomunicações (valor mínimo sugerido: 540 lux, medido a 1 m acima do piso acabado).
O aterramento é fator importante na localização de falhas intermitentes dos sistemas. Deve
ser previsto interligação do armário com o eletrodo principal de aterramento do prédio.
O cabeamento horizontal e o backbone devem ser terminados no armário de
telecomunicações. Essas terminações não podem ser empregadas na administração de
deslocamentos, expansões e modificações do sistema de cabos. Um cross-connect ou
interconexão precisa ser utilizado para administrar o sistema. Essa medida também elimina a
prática de terminar o cabo horizontal com um conector modular macho e ligá-lo diretamente
aos equipamentos da rede.

Exemplos de Cross Connect

2.3 Cabeamento Horizontal


Existem dois tipos principais de meios para utilização em sistemas de cabeamento horizontal:
• Cabo de par trançado sem blindagem (UTP) de 100 Ohms de 4 pares (ANSI/TIA/EIA-568B2),

• Cabo de fibra óptica 62,5/125 µm ou 50/125 µm de 2 ou mais fibras (ANSI/TIA/EIA-568B3),


Em uma instalação garantida, a mídia instalada deverá consistir de cabo UTP de Categoria 5e
ou superior, além de um outro UTP da mesma Categoria ou fibra multimodo.
A Furukawa fabrica cabos que atendem todos os critérios acima, e utiliza a UL e a ETL para
ratificar suas avaliações, de modo a assegurar uma instalação com garantia.
O cabo óptico horizontal deve ser de fibras ópticas multimodo 62,5/125 µm e 50/125 µm, com no
mínimo duas fibras, envolvidas por um revestimento de proteção. A Seção 12.2 no ‘568-A trata das
exigências específicas que devem ser atendidas. O uso de um cabo de fibras ópticas Furukawa
atende essas exigências.
Os cabos UTP multipares (incluindo o Multi-Lan 25 Pares) são aceitos no cabeamento
vertical, desde que os limites de distâncias estabelecidos na seção Backbone (Cabeamento
Vertical) sejam respeitados.
Não é permitido uso de cabos UTP de 25 pares para interligação entre o armário de
telecomunicações e um MUTO (Multi User Telecommunications Outlet) ou um ponto de
consolidação (normalmente Bloco 110-IDC).
O cabo horizontal é limitado a um máximo de 90 metros. Os patch cables não devem
ultrapassar 6 metros. Três metros adicionais foram deixados para os cordões que ligam
equipamentos na área de trabalho. O comprimento total de patch cord ou jumpers de cross-
connect não deve ultrapassar 10 metros .
Recomenda-se adotar os valores de 6 e 3 metros para não ter que verificar se um lance
ultrapassou o limite de 10 metros ao se executar remanejamentos, ampliações ou modificações.
A limitação para distância horizontal de cabos de fibras ópticas também é de 90 metros.
A norma TIA/EIA 569-A, alterou as especificações para instalações conjuntas dos cabo de
telecomunicações e de energia. O Artigo 800-52 da ANSI/NFPA 70 (Ref D.3) aplica-se, entre
outros, aos itens a seguir:
• Separação entre cabos de energia e telecomunicações;
• Separação e divisores dentro de esteiras;
• Separação dentro de caixas ou compartimentos de tomadas.

2.4 Backbone (Cabeamento Vertical)


O cabeamento do backbone fornece interconexões entre armários de telecomunicações,
salas de equipamentos e entrada de serviços.
Inclui os cabos de backbone, cross-connects intermediários e principais, terminações
mecânicas (blocos 110, patch panels e distribuidores ópticos) e patch ou adapter cables usados
para conexões entre backbones. Isto inclui terminações mecânicas usadas para conectar o
cabeamento de backbone no cross-connect horizontal.
O cabeamento entre edifícios também faz parte do cabeamento de backbone.
Como no cabeamento horizontal, a topologia física deve ser em estrela. Na arquitetura de
backbone são permitidos no máximo dois níveis de cross-connects. Isto significa que a partir de
um cross-connect horizontal, pode-se passar por somente um cross-connect (intermediário)
para alcançar o cross-connect principal. A restrição a dois níveis de cross-connect é imposta
para limitar a degradação do sinal em sistemas passivos e simplificar movimentos, acréscimos e
alterações.
Exemplo de utilização de fibras ópticas para interligações de armários

O cross-connect principal também pode ser o único cross-connect de backbone necessário


para alcançar o cross-connect horizontal.
Não devem ser usados poços de elevador como
caminhos do backbone. Os poços de elevador nem sempre são IC: intermediate cross-connect
facilmente acessíveis e podem possuir fontes de elevadas EMI - MC: main cross-connect
Interferências Eletromagnéticas. HC: horizontal cross-connect
Os caminhos de backbone mais comuns são sleeves ou
conduítes de um piso para outro. Estes sleeves devem apresentar sistemas corta-fogo apropriados
por razões de segurança e responsabilidade. Não é recomendável manter um caminho de
backbone aberto se não houver um técnico junto do mesmo efetuando passagem de cabos ou
outra operação.
Os cabos de backbone admitidos são cabos UTP de 100 Ohms, fibra óptica multimodo de
62,5/125 µm ou 50/125 µm e a fibra óptica monomodo.
Os cabos metálicos para backbone podem ser: cabo UTP de 100 Ohms 25 pares
Categoria 5, 4 pares Categoria 5e ou Categoria 6.
A fibra multimodo deve ser de índice gradual, com diâmetro nominal do
núcleo/revestimento de 62,5/125 µm ou 50/125 µm. Qualquer cabo de fibra óptica Furukawa
atende esses requisitos.
As limitações de distância para um backbone são as seguintes:

HC HC

A B

MC
IC
C

Segmento da
Fibra Multimodo Fibra Monomodo Par Metálico
Rede
HC para MC (A) 2000 m 3000 m 800 m
HC para IC (B) 300 m 300 m 300 m
IC para MC (C) 1700 m 2700 m 500 m
A distância de backbone do IC ao MC (C) pode ser aumentada se a distância de HC a IC
(B) for menor que a máxima, mas o total das duas não deve exceder o limite de distância do HC ao
MC (A). Dessa forma:
• Em um backbone com fibras multimodo, a distância de backbone do IC ao MC (C) pode-se
aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas não deve
exceder 2000 m.
• Em um backbone com fibras monomodo, a distância de backbone do IC ao MC (C) pode-se
aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas não deve
exceder 3000 m.
• Em um backbone com cabo de pares metálicos, a distância de backbone do IC ao MC (C)
pode-se aumentar se a distância de HC a IC (B) for menor que 500 m, mas o total das duas
não deve exceder 800 m.
As distâncias especificadas para os cabos de pares metálicos estão baseadas no cabeamento
de voz. Para aplicações cuja largura de banda for maior que 5 MHz (transmissão de dados, por
exemplo), o cabeamento UTP deve estar limitado a um total de 90 metros (A ou B e C).
No mínimo, deve-se escolher a Categoria necessária para suportar a aplicação.
Para aplicações de voz:
Os patch cables e adapter cables de MC e IC deverão ser < 20 m (considere
aproximadamente 10 m em cada extremidade)
Para aplicações de dados:
Os patch cables e adapter cables de MC e IC deverão ser < 10 m (considere
aproximadamente 5 m em cada extremidade)

2.5 Cabeamento Óptico Centralizado (FTTD)


Quando a topologia adotada for do tipo cabeamento óptico centralizado, descrita no boletim
TSB-72 - Centralized Optical Fiber Cabling Guidelines, deverá ser adotado o método
interconectado.
No método interconectado, os cabos horizontais e de backbone são conectados numa
relação 1 para 1 em um gabinete ou painel de ligações no armário de telecomunicações. Os cabos
de backbone conectam-se na parte interna ou lado “tronco” do painel de ligações ou gabinete e os
cabos horizontais na parte frontal ou lado do “usuário”.

Parte interna de um distribuidor interno óptico

Neste método a porção horizontal do caminho está limitada a 90 m, enquanto que a


distância total da área de trabalho à sala de equipamentos pode ser de até 300 m.
Deve-se deixar espaço suficiente nos cabeamentos de backbone e horizontal para permitir
que o sistema seja convertido para uma topologia em estrela convencional. Lembre-se que a
distância de backbone máxima para uma fibra multimodo em uma topologia em estrela
convencional é de 2.000 m

2.6 Sala de Equipamentos


Deve-se considerar a sala de equipamentos distinta dos armários de telecomunicações, pois
geralmente contém equipamentos que exigem mais sistemas de apoio avançados. Assim como os
armários de telecomunicações, a sala deve ser dedicada exclusivamente às funções de
telecomunicações e facilidades de suporte.

Sala de equipamentos

As salas de equipamentos devem ficar longe de fontes de interferência eletromagnética, a


uma distância que reduzirá a interferência a 3,0 V/m em todo o espectro de freqüências.
Deve-se ter atenção especial a transformadores, motores e geradores de energia elétrica,
equipamento de raio X ou transmissores de radar e dispositivos de vedação por indução. Máquinas
fotocopiadoras também devem ser consideradas como uma fonte potencial de interferência
eletromagnética.
As salas de equipamentos também devem atender a todos os requisitos solicitados para os
armários de telecomunicações.

2.7 Cabeamento para Escritórios Abertos (Zone Cabling)


Para conseguir-se flexibilidade adicional ao instalar cabeamento em escritórios abertos, as
comissões TIA redigiram o TSB-75 Additional Horizontal Cabling Practices for Open Offices –
(Práticas Adicionais de Cabeamento Horizontal para Escritórios Abertos). Também denominado
“zone cabling”.
O documento tem por propósito propiciar flexibilidade em cabeamento horizontal, através da
especificação de procedimentos opcionais no cabeamento de escritórios abertos. Há duas
maneiras de conseguir essa flexibilidade: a tomada de telecomunicações multi-usuário (Multi User
Telecommunications Outlet) e o ponto de consolidação (Consolidation Point).
A tomada de telecomunicações multi-usuário provê a terminação dos cabos horizontais em
uma única posição. Áreas de trabalho individuais são ligadas à tomada por patch/adapter Cables
(tais como passagens em móveis modulares), conectando diretamente os equipamentos da área.
Estes cabos podem ter 20 m no máximo.
A tomada de telecomunicações multi-usuário deve ser dimensionada para atender entre seis
e doze áreas de trabalho. Deve ser fixada de modo permanente e posicionada de tal forma que
remanejamentos das áreas de trabalho não venham a requerer seu deslocamento.
Os adapter cables devem ser identificados com o número da área de trabalho na
extremidade junto ao conjunto e com o identificador do conjunto e o número da porta no lado da
área de trabalho. Os adapters na área de trabalho devem conter a identificação da conexão na
sala de equipamentos e dentro da sala de equipamento deve haver a identificação da área de
trabalho onde estes estão conectados.
O comprimento dos adapter cables para tomadas multi-usuário é limitado pela distância
entre a tomada multi-usuários e o armário de telecomunicações. Deve-se utilizar as fórmulas
abaixo para determinar o comprimento máximo do adapter cable:

Comprimento Máximo Comprimento Máximo Total de


Comprimento do Cabo
Adapter Cable Patch+Adapter Cables”
H
W C
[m]
[m] [m]
90 3 10
85 7 14
80 11 18
75 15 22
70 20m max 27

C = (102 - H)/1,2
W= C - 7< 20m

A tabela acima relaciona valores calculados por intermédio dessas fórmulas. Em nenhum caso o
comprimento do adapter cable poderá ultrapassar 20m. Deve-se observar que o comprimento total
do Canal (C+H) não excede o limite de 100 m.
Outra solução para flexibilizar cabeamentos horizontais é o ponto de consolidação. O
ponto de consolidação aplica-se em locais que tenham a necessidade de remanejamentos das
áreas de trabalho. Caso esses remanejamentos sejam freqüentes, a solução é o uso de tomadas
de telecomunicação multi-usuário.
O ponto de consolidação deve ser fixo em uma posição que evite realocação quando as áreas de
trabalho estiverem sendo remanejadas.
Pode-se combinar o uso de um ponto de consolidação com uma tomada de
telecomunicações multi-usuários na mesma ligação horizontal.
Cabeamento Horizontal
90 m (295 ft.)

Telefone
Armário de Ponto de
Consolidação
Telecomunicações

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 1 8 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 2 9 30 31 32 33 34 35 36 3 7 3 8 3 9 4 0 41 42 43 44 4 5 46 4 7 48

Estação de Trabalho
(110 block)

Áreas de
Trabalho

Não deve-se usar mais de um ponto de consolidação no mesmo lance horizontal.


As limitações de distância de um ponto de consolidação são as mesmas de cabeamento
horizontal regular, um total de 90 m. Recomenda-se que o ponto de consolidação fique pelo menos
15 m distante do armário de telecomunicações, para ajudar a evitar o fenômeno de NEXT em
enlace curto.
As posições de terminação no ponto de consolidação devem ser rotulados com as
identificações de cada cabo horizontal terminado nele.
O documento TSB-75 Additional Horizontal Cabling Practices for Open Offices não cobre o
uso de cabos de 25 pares ou conectores de 25 pares com um tomada de telecomunicações multi-
usuários. O fato do documento não prescrever especificamente cabo UTP de 25 pares para
cabeamento horizontal significa que ele não é permitido nesse contexto.
3 Recomendações para Instalação

3.1 Métodos de Distribuição para Cabeamento Horizontal

• Duto sob o piso e piso celular


• Piso elevado
• Conduíte
• Calha
• Teto
• Percurso em Móveis e Divisórias
Os requisitos da Furukawa giram em torno do impacto que cada método pode causar no
desempenho de transmissão do cabeamento de comunicações, uma vez que a infra-estrutura
empregada para as distribuições de cabos não é parte integrante de um sistema de cabeamento
estruturado. Apesar dos serviços de implantação e adequação desta infra-estrutura serem
geralmente realizados pelo mesmo instalador, a Furukawa não assume nenhum tipo de
responsabilidade por estes serviços ou materiais.
A Norma EIA/TIA-569-A apresenta recomendações detalhadas sobre cada um desses
métodos de distribuição. O Instalador Credenciado FCS deverá consultar a seção
correspondente a essa norma durante o projeto e instalação de um sistema com garantia
estendida.

3.1.1 Distribuição por dutos sob piso e piso celular


Ao utilizarem um mesmo duto sob o piso ou um sistema de piso celular, os cabeamentos
de alimentação elétrica e de comunicações deverão ser instalados em dutos ou células separadas.
Além disso, quando os dois tipos de cabeamento entrarem num mesmo dispositivo, estes devem
ser separados, de modo a assegurar o isolamento das extremidades expostas da fiação elétrica.

Exemplo de tomada em malha sob piso

3.1.2 Distribuição em piso elevado


Quando houver piso elevado que permita instalar a distribuição, devem ser implementadas
rotas exclusivas para a passagem do cabeamento do armário de telecomunicações até cada uma
das áreas de trabalho. Uma configuração em “teia de aranha” não é recomendável.
TC

A utilização de rotas dedicadas permite uma manutenção mais fácil do cabo de comunicação e sua
administração fica mais simplificada.
Cabos de energia deverão cruzar cabos de comunicação em ângulos retos, minimizando-se a
interferência destes.

Cabos em eletrocalha sob o piso elevado

3.1.3 Distribuição por conduíte


Conduítes com muitas curvas de 90° ou com comprimento maior que 30 m podem criar
dificuldades na instalação de cabos e causar danos ao puxar o cabo.
Não deve ser ultrapassado o raio mínimo de curvatura dos cabos dentro do conduíte; desta forma,
o raio interno de qualquer curva de um conduíte deve ter pelo menos 6 vezes seu diâmetro interno.
Se um conduíte tiver diâmetro de 5 cm, o raio interno de qualquer curvatura deve ser de
30,5 cm. Quando o diâmetro do conduíte ultrapassar 50 mm, o raio interno deve ter pelo menos 10
vezes o diâmetro interno do conduíte.
No caso de fibra óptica, o raio interno de uma curvatura sempre deve ter pelo menos 10
vezes o diâmetro interno do conduíte. O raio mínimo de curvatura de cabo de fibra óptica deve ser
de 10 vezes seu diâmetro externo.
Um trecho de conduíte proveniente de um armário de telecomunicações pode atender até
três tomadas. Isso tem o propósito de fazer com que a manutenção de um cabo em um único
conduíte afete o mínimo de usuários.
A taxa de ocupação de conduítes utilizados para distribuir cabeamento de comunicação
deve ser de 40% no máximo. O NEC não limita a taxa de ocupação para cabos de energia em
baixa tensão - mas muitos profissionais adotam essa mesma taxa de ocupação.
Não se recomenda o uso de conduítes metálicos, mesmo os flexíveis, devido a problemas
de desgaste de cabo.

Exemplo de ponto por conduíte terminado em condulete

3.1.4 Distribuição por calha


Os circuitos de alimentação elétrica (120/240 VCA) e cabos de comunicação podem passar
pela mesma esteira multicanal desde que separados por uma barreira física.

Exemplo de eletrocalha com cabos de dados e elétrica separados por septo

3.1.5 Distribuição pelo teto


O cabo ou haste que suporta o forro pode ser utilizado para suportar cabos, desde que
autorizados pelo Responsável Técnico das obras civis do edifício.
Os cabos de comunicação não devem ser instalados diretamente sobre o forro. Os cabos
devem ser montados, em calhas ou canaletas, com um afastamento mínimo de 7,62 cm entre
estas e o forro.
Quando grandes quantidades de cabos forem agrupados no teto, tal como nas
proximidades do armário de telecomunicações, suportes especiais deverão ser projetados e
instalados para atender o peso adicional.
Assim como no piso elevado, também deve-se implementar rotas especiais para
distribuição de cabeamento de comunicação. O uso de rotas dedicadas propicia uma manutenção
mais fácil e simplifica a administração.

3.1.6 Percurso nos móveis e divisórias


A maior parte dos fabricantes de móveis modulares incluem compartimentos para cabos
em seus interiores.
Uma vez que o desempenho do sistema de cabeamento é afetado pelo método de
terminação e a distribuição do excesso de cabo, deve-se tomar cuidado para assegurar os raios de
curvatura mínimos atrás da tomada/conector de telecomunicações.

Exemplo de pontos instalados diretamente no móvel

3.2 Sistema UTP


Um sistema é tão confiável quanto sua conexão mais frágil. Dessa forma, utilize material de
conexão, cabos para elementos de conexão e jumpers que satisfaçam ou excedam a Categoria do
cabo a ser instalado.
Planeje as rotas de seus cabos de forma que a extensão total dos mesmos seja de 90 m ou
menos.
Ao rotear os cabos, procure evitar sempre as fontes de interferência eletromagnética, tais
como motores e transformadores utilizados em elevadores ou copiadoras, por exemplo.
Luminárias fluorescentes podem induzir tensões em cabos de telecomunicações sempre que
são ligadas ou desligadas. Mantenha uma distância de pelo menos 120 mm em relação a
lâmpadas fluorescentes.
Cabos de telecomunicações e energia nunca devem ser instalados no mesmo conduíte ou
na mesma caixa sem uma separação física.
Evite fontes de calor, como dutos de aquecimento e tubulações de água quente, pois podem
afetar as características de atenuação do cabo. Os cabos isolados com PVC podem exibir
mudanças significativas de atenuação com a variação da temperatura.
Um suporte adequado significa evitar que os cabos sejam esmagados e que a isolação seja
cortada ou rompida, além da eliminação do excesso de tensão mecânica sobre os mesmos.
A utilização de bandejas ou calhas para cabos é um bom método para se atingir esses
objetivos. Outra alternativa é o uso de ganchos em forma de “J”, largos e com pontas chanfradas.
Os cabos são fabricados segundo rigorosas especificações de projeto. A quantidade de
trançamento por metro e par e a disposição dos pares entre si são alguns exemplos. As
orientações a seguir envolvem fatores que podem comprometer a geometria dos pares, resultando
em degradação do desempenho de transmissão. É muito importante que sejam respeitadas,
especialmente em instalações de Categoria 5e ou superior.
Mantenha um raio mínimo de curvatura equivalente a quatro vezes o diâmetro do cabo.
Dessa forma, se um cabo possuir um diâmetro externo de 6 mm, por exemplo, o raio mínimo de
curvatura deverá ser de 24 mm.
O vinco do revestimento do cabo, pela dobragem ou aperto excessivo das fitas de cabos,
altera o formato do seu núcleo, desloca os pares e distorce a simetria. Esse tipo de dano tende a
ser permanente, apesar dos esforços para removê-lo.
As torções feitas no cabo podem provocar vincos e até mesmo romper seu revestimento.
Uma tensão excessiva de puxamento pode também provocar distorções no revestimento
do cabo, que por sua vez altera a geometria dos condutores no interior desse revestimento. Isto
pode ter um efeito adverso sobre o desempenho do cabo. O limite de puxamento para cabos UTP
de 4 pares é de 11 kgf.
Não utilizar grampeadores para instalações do cabeamento, pois podem esmagar o
revestimento do cabo. São recomendáveis:
• Braçadeiras ajustáveis (tipo Hellerman)
• Tiras de velcro removíveis
Observar, como parâmetros mínimos, os requisitos da 568-B mencionados como: O
material de conexão utilizado no cabeamento UTP de 100 Ohms deverá ser instalado de modo que
haja o mínimo de prejuízo para o sinal, mediante a preservação do trançamento dos pares de fios
tão próximo quanto possível do ponto de terminação mecânica. A quantidade de destrançamento
de um par, como resultado de uma terminação em uma peça de conexão, não deverá ser superior
a 13 mm. Permanece inalterada esta prática de seguir o requisito mais severo, um destrançamento
de no máximo 13 mm, para as Categorias 5e e 6.
Ao fazer uma terminação em cabo UTP, remova apenas o revestimento de cabo
necessário para efetuar a terminação. Mantenha o revestimento tão próximo quanto possível do
ponto de terminação, de forma a não comprometer a geometria do cabo.
Mantenha o trançamento dos pares individuais até 13mm do ponto de terminação.
Caso um dos pares perca o trançado, corte esse pedaço do cabo e comece novamente. As
tentativas de ajustar o trançado do cabo ou trançar novamente um dos pares poderão alterar a
geometria do cabo e provocar uma degradação no desempenho da transmissão.
Procure sempre seguir as instruções da Furukawa quando for instalar os produtos.
Deixe uma folga mínima de 300 mm por trás da placa frontal (espelho) ou painel.
Remova o revestimento do cabo somente até o ponto necessário para efetuar a
terminação. CUIDADO: não danifique os condutores. Segure o cabo firmemente no ponto em que
os pares saem do revestimento, enquanto os posiciona na ordem azul, laranja, verde e marrom, da
esquerda para a direita.
Introduza os condutores individuais utilizando uma ferramenta de inserção 110 de uma só
posição. A extensão de destrançamento em cada par, como resultado da terminação, não deverá
ser superior a 13 mm.
Os cabos devem ser roteados e terminados começando-se pelas extremidades do painel e
prosseguindo em direção ao centro do mesmo. Os cabos devem ser roteados por ambos os lados
do patch panel e não apenas por um dos lados, a fim de facilitar o gerenciamento dos cabos. O
raio mínimo de curvatura do cabo, conforme definição das normas TIA/EIA 568-B, deve equivaler a
4 vezes o diâmetro do cabo.
É preciso seguir as precauções de gerenciamento dos cabos, incluindo a eliminação do
esforço causado pela tensão mecânica sobre os mesmos. Deve-se utilizar dispositivos adequados
de condução e identificação de cabos, para viabilizar a organização e o gerenciamento dos
diferentes tipos de cabos nos armários de telecomunicações.
Os conectores RJ45 podem ser instalados na configuração T568A ou, opcionalmente, na
configuração T568B. A Furukawa recomenda a configuração T568A para novas instalações, por
tratar-se da codificação de pinagem mais usual no mercado brasileiro e por ser compatível com
todos os aplicativos de rede em uso atualmente.
Todos os conectores modulares de 8 posições, instalados no mesmo sistema,
devem ter a mesma configuração de pino/par.
A utilização de patch/adapter cable montados em fábrica ajudará a assegurar a
consistência na terminação e a minimizar variações no desempenho. Para garantir um canal em
Categoria 5e, é exigida a utilização desses produtos fabricados pela Furukawa.
Os patch/adapter cable Furukawa são importantes para um seguro sistema da Categoria
5e ou 6 com Garantia Estendida.
O desempenho de transmissão de patch/adapter cable UTP deve ser maior ou da mesma
Categoria que o sistema em que será instalado.

3.3 Sistema Óptico


Os dutos e conduítes devem ser preenchidos somente até no máximo de 50% de suas áreas
transversais.
Esta taxa de preenchimento determina a necessidade de instalar inicialmente cabos com
maior número de fibras, prevendo-se futuras ampliações.
Recomenda-se o uso de um único cabo com maior densidade de fibras em menos espaço
do que múltiplos cabos de poucas fibras. Normalmente é mais eficaz, em termos de custo, instalar
um cabo com um número de fibras além do necessário, que puxar cabos adicionais mais tarde.
Com o cabo testado antes de sua instalação, evitar a necessidade de manuseio em caso de
rupturas do cabo em algum ponto intermediário.
Os elementos de tração do cabo devem ser fixados diretamente na camisa de puxamento.
Para cabos que possuem um elemento de tração rígido, o revestimento exterior, material de
preenchimento, fibras e todos os outros componentes devem ser decapados e dobrados para trás
para permitir a fixação do elemento de tração. No caso do elemento de tração ser um fio de
aramida (Kevlar, etc.), este pode ser preso diretamente à camisa de puxamento.
Para cabos cujos elementos de tração estejam incorporados, ou simplesmente abaixo do
invólucro (capa) do cabo, deve ser usado uma camisa de puxamento para puxar o cabo.
O valor nominal de tração é a capacidade de um material resistir ao ser puxado. A fibra
óptica é feita de vidro e apresenta um valor nominal de tração muito baixo. A camada aplicada na
parte externa do revestimento fornece a maior parte da resistência à tração de uma fibra óptica.
A carga de tração é a quantidade da força de puxamento aplicada ao cabo. A maioria dos
cabos de fibra óptica internos suportam uma força de puxamento máxima de 68 kgf ou menos.
As regras, a seguir, devem ser observadas a fim de evitar carga de tração superior ao valor
máximo admissível durante e após a instalação:
• Não se deve aplicar força bruta durante o puxamento do cabo de fibra óptica. Não dê
trancos no cabo, pois pode exceder seu valor nominal de tração. Bater o cabo contra a
lateral da via produz uma carga de compressão ou esmagamento no cabo.
• Um puxamento simples nunca deve ter mais que duas alterações de direção de 90°. Use
caixas de passagem após duas curvas de 90°.
• A tração deve ser monitorada, durante a instalação, quando for usada uma catraca. Em
geral, puxamentos manuais não requerem monitoração.
Para lançamento de cabos em locais que possuem arestas (cantos), a Furukawa
recomenda que o raio de curvatura no lançamento seja maior.
O raio de curvatura recomendado durante o puxamento de um cabo de fibra óptica é de
20x o diâmetro do cabo. O raio de curvatura recomendado quando da acomodação do cabo após o
puxamento é de 10x o diâmetro do cabo.
Cabos puxados através de curvas fechadas na entrada ou saída de um conduite, ou
quando saem de uma bandeja de cabos, podem ser danificados. Deve-se tomar cuidado com esse
procedimento. É indispensável o uso de polias e guias para manter o raio de curvatura mínimo.
Finalmente, ao instalar a fibra óptica na tomada da área de trabalho, certifique-se em deixar pelo
menos 1 m de folga na caixa de saída e armazenar o cabo de tal forma que o raio de curvatura
mínimo seja mantido.
A carga de tração, devido ao peso do cabo, é um problema maior para o cabo de backbone
do que para o cabo horizontal. O peso de um cabo de backbone típico de 12 fibras criará uma
carga de tração de aproximadamente 2,3 kgf/m. Ao instalar um backbone de fibra óptica vertical, a
carga de tração pode ser reduzida iniciando-se o lançamento no topo e passando o cabo para os
andares inferiores. A carga de tração deve ser considerada ao determinar o raio de curvatura
mínimo no topo da via vertical.
Para backbone vertical recomenda-se que o cabo seja ancorado ou estabilizado a cada
andar em suportes adequados para prover somente a sustentação e não o esmagamento do cabo.
Quando o cabo tiver que ser emendado, as emendas da fibra óptica não deverão exceder
uma atenuação óptica máxima de 0,3 dB.
Por exemplo, se estiver sendo usada uma arquitetura de backbone centralizado com o
cabo horizontal emendado ao cabo de backbone, a emenda não poderá introduzir mais que 0,3 dB
de atenuação.
Para a fibra óptica, utilizam-se os conectores ST ou SC (simplex ou duplex) com atenuação
máxima de 0,75 dB para cada emenda. Esses conectores devem manter um mínimo de 500
inserções sem degradação do sinal.
Os conectores ópticos da Furukawa atendem todas as especificações citadas acima.

3.4 Adaptadores

Em cada tomada de fibra óptica deve-se utilizar um adaptador que promove o alinhamento
e a junção de dois conectores semelhantes.
Caso seja necessário emendar fibras com conectores diferentes, o adaptador híbrido
poderá ser utilizado.
O adaptador da Furukawa utiliza alinhadores de bronze fosforoso e é compatível com fibra
óptica monomodo e multimodo. Estão disponíveis para conectores ST e SC duplex e estão em
conformidade com a EIA/TIA 568-B3
Alinhadores de bronze fosforoso são tão bons quanto os alinhadores de cerâmica. A
Furukawa disponibiliza esses dois tipos de adaptadores.
A atenuação máxima não deve ultrapassar 0,75 dB para processo de emenda por fusão.
3.5 Identificação
Todos os componentes devem ser identificados. Para o TC,MC,WA, etc recomenda-se uma
identificação única e para os cabos a recomendação é que ambas as extremidades possuam um
identificador.

A Furukawa recomenda que os caminhos e espaços sejam ambos identificados pois isso
facilita os registros sobre capacidade e preenchimento.

3.6 Identificadores de Elementos


Identificador é uma designação atribuída a cada elemento da infra-estrutura de
telecomunicações. Cada elemento deve ter um identificador único.
Os identificadores codificados não representam apenas a designação do elemento, mas
também fornecem informações sobre ele.

3.7 Registros e Ligações


Os registros são a coleção de informações sobre um elemento.
Por exemplo: um registro de cabo contém informações sobre o cabo (comprimento, tipo,
etc.) e também da posição do terminal em cada extremidade.
A ligação ocorre quando um identificador de um registro está associado as informações de
outro registro.
Exemplo: Um identificador de cabo também está associado a um registro de posição de terminal
para um painel de ligação.

3.8 Diretrizes para Etiquetagem


Um identificador deve ser aplicado em cada unidade de hardware do terminal.
Os espelhos e tomadas das áreas de trabalho podem ser etiquetados tanto no corpo dos
espelhos como no próprio conector.
As etiquetas podem ser adesivas ou de inserção. As etiquetas devem atender aos
requisitos de legibilidade, deterioração e adesão especificadas na UL969 (D16).
3.8.1 Código de Cores para Identificação
Deverão ser empregadas as recomendações da norma TIA/EIA-606:

Cor Código Pantone Descrição da Aplicação


Laranja 150C Identifica o ponto de demarcação (Telco)
Verde 353C Identifica as conexões de rede no lado do cliente
Roxo 264C Identifica cabos que se originam de equipamentos
comuns (PBX, hubs, computadores, modems, etc.)
Branco Identifica o primeiro nível do backbone (de/para cross-
connect principal)
Cinza 422C Identifica segundo nível do backbone (de/para cross-
connect intermediário)
Azul 291C Identifica terminais de cabeamento horizontal
(apenas extremidade do gabinete)
Marrom 465C Identifica terminais de backbone entre edifícios
Amarelo 101C Identifica terminais de circuitos auxiliares (alarmes,
manutenção, segurança, etc.)
Vermelho 184C Reservado para circuitos de alarme contra incêndio

4 Testes

4.1 Sistema Metálico


Medições de sistemas UTP deverão ser realizadas de acordo com disposto em norma,
especificamente na ANSI/EIA/TIA 568B. Deverá ser empregado equipamento de medição
compatível com o meio a ser testado.
• Level IIe para Categoria 5e
• Level III para Categoria 6
Os resultados de todas as medições deverão ser registrados pelo equipamento de teste,
armazenados em meio magnético (disquetes de 3 ½”) e impressos em papel timbrado.

Os equipamentos de medição deverão estar calibrados, de acordo com as recomendações do


fabricante, e uma cópia do certificado de calibração deverá ser armazenada junto com os
relatórios de testes. O software empregado no equipamento de medição deverá contemplar os
parâmetros e valores de testes da edição vigente das especificações aplicáveis ao meio físico
objeto da avaliação.

Para medições em enlaces faz-se necessária a utilização de “cords” aferidos pelo fabricante
do equipamento de medição. Deverão ser seguidas as recomendações do fabricante do
equipamento de teste para o manuseio e substituição dos referidos “cords”.
4.2 Sistema Óptico
Os parâmetros de teste para fibra óptica são continuidade e atenuação.
A continuidade é um teste rápido que assegura que a luz passará de uma extremidade do
enlace para outra. Ela não indica nenhum dano ou anomalias na terminação da fibra que possam
ter ocorrido durante a instalação.
A atenuação é medida em decibéis (dB). A perda em dB de um enlace é determinada
medindo a potência óptica inserida em uma extremidade Pentrada, e a potência óptica na outra
extremidade Psaída do enlace. Este teste indica quanta luz passará de uma extremidade do enlace
para outra. Os testes de atenuação identificarão quaisquer danos na fibra ou problemas de
terminação.
Para fazer os testes de continuidade utiliza-se uma lanterna comum ou outra fonte de luz
visível. A primeira etapa é cortar a extremidade da fibra de modo que uma superfície plana e
uniforme seja obtida. Passando a luz em uma extremidade, verificar se a mesma está visível na
outra extremidade. Este teste mostra se a fibra não está muito danificada em um ponto
intermediário.
Cuidado: Nunca olhe diretamente para a extremidade de um cabo de fibra que esteja conectado
em um dispositivo ativo. As fontes de luz por LED e laser, geralmente são luzes invisíveis e
prejudicam os olhos.
Os métodos usados para medição da atenuação do enlace de fibra óptica são referidos
como métodos de perda de inserção. Os métodos estão descritos para fibra multimodo na TIA/EIA-
526-14, método B, e para monomodo na TIA/EIA-526-7, método A.1.
Os níveis de potência óptica são medidos em dBm. 0 dBm é uma medida de potência com
relação a um miliWatt. Em outras palavras:
0dBm = 1mW da potência
Os níveis de potência dBm de aplicações locais (LANs) são sempre negativos (por
exemplo -1,5 dBm) pois seus níveis de potência são mais baixos que 1mW.
No método de teste de perda de inserção, um jumper de boa qualidade é inserido entre a
fonte de luz e o medidor de potência, depois a leitura de referência (Pref) é anotada. Normalmente
este jumper é fornecido com o medidor de teste. Neste exemplo, Pref = -5,0 dBm.

Jumper de
Referência Nº 1

C o n e c to r Conector

- Pref = -5,0 dBm

F o n te d e L u z Me d i d o r d e
Potência
OBSERVAÇÃO: certifique-se de que o jumper de teste seja do mesmo tipo da fibra usada no
enlace. (isto é, monomodo ou multimodo)
Os conectores do jumper devem ser examinados no início dos testes usando uma lente de
aumento. As extremidades da fibra devem estar limpas e em boas condições, não arranhadas,
nem lascadas ou trincadas.
A seguir, o jumper N° 1 é desconectado do medidor de potência (nunca o desconecte da
fonte de luz durante o teste) e um segundo jumper é inserido entre o medidor de potência e o
primeiro jumper usando um adaptador.

Jumper de Adaptador Jumper de


T e s te 1 Teste 2

Conector
Conector
Pcontrole = -5,5 dBm
-5.5

Fonte de Luz Medidor de


Potência

A perda é medida novamente e a leitura Pcontrole é registrada. A leitura Pcontrole deve estar
dentro de 0,50 dBm da leitura de referência, se não estiver, todos os conectores e adaptadores
(exceto aquele ligado à fonte de luz) devem ser limpos e a leitura Pcontrole efetuada novamente.
Novamente, os conectores do jumper sempre devem ser examinados no início dos testes
usando uma lente de aumento. As extremidades da fibra devem estar limpas e em boas condições,
não arranhadas, nem lascadas ou trincadas.
Finalmente, os jumpers de referência são desconectados do adaptador e conectados ao
enlace no cross-connect horizontal e cross-connect principal ou tomada da área de trabalho.
(Nunca desconecte os jumpers da fonte de luz e dos medidores de potência após as leituras de Pref
e Pcontrole terem sido efetuadas.) A leitura Presultado é então registrada. Neste caso,
Presultado = -7,5dBm.
Cabo
instalado

Jumper de Jumper de
Teste 1 Teste 2

Painel de
C onex ão Saída da Área
de Trabalho
Presultado = -7,5 dBm

-7.5

Fonte de Luz Medidor de


Potência

Perda do Enlace = Pref - Presultado


= -5,5 dBm - (-7,5 dBm)
= 2,0 dB

A perda do segmento é calculada subtraindo Presultado de Pref.


-5,0 dBm - (-7,5 dBm) = 2,5 dB
Repita esta etapa para cada fibra existente no segmento do cabo.
Este procedimento de teste inclui a perda do conector no hardware de conexão associado
ao patch/adapter cable. Ele não inclui a perda de conexão na interface do equipamento de
transmissão, que normalmente é considerada estar dentro da previsão de perdas aceitáveis do
equipamento de transmissão.
Cada enlace de fibra óptica de 62,5/125 µm e monomodo instalado, deve ser testado
usando o método de perda de inserção que foi descrito.
Quando uma fibra óptica horizontal estiver instalada em uma topologia estrela padrão, o
método de teste descrito no Anexo H de 568-A requer que cada enlace seja testado a 850 nm ou
1300 nm em uma direção.
Recomenda-se que os enlaces sejam testados na direção da transmissão prevista. Isto
significa que para cada par de fibra em um enlace, o conector esquerdo/superior deve ser testado
com a fonte de luz na extremidade local e o medidor de potência ligado no conector direito/inferior
na extremidade remota. A fonte de luz deve então ser inserida no conector esquerdo/superior na
extremidade remota, com o medidor de potência ligado no conector direito/inferior na extremidade
próxima.
Os mesmos métodos devem ser usados para testar o sistema de cabeamento de fibra
óptica centralizado, com exceção de que cada fibra no enlace deve ser testada em ambos os
comprimentos de onda. Quanto mais longo o enlace, maior a variação que será obtida para leituras
em diferentes comprimentos de onda.
De acordo com o padrão TIA/EIA 568-B3, um enlace de 90 m deve ter menos que 2,0 dB
de atenuação em 850 ou 1300 nm.
Para enlaces entre 90 m e 300 m, a atenuação resultante a 850 nm deve ser menor que
3,6 dB e a 1300 nm, deve ser menor que 3,0 dB. Esses números incluem a perda do cabo, o efeito
dos adaptadores em cada extremidade do enlace, mais o par conectado adicional (método
interconexão) ou a perda da emenda (método emenda) no armário de telecomunicações. Para o
método pull-through descrito no TSB72, a atenuação máxima está limitada a 2,8 dB @ 850 nm e
2,3 dB @ 1300 nm.
Os enlaces do backbone devem ser testados em ambos os comprimentos de onda de
operação apropriados para o tipo de fibra óptica instalado.
• 850 e 1300 nm para multimodo
• 1310 e 1550 nm para monomodo
Ao contrário dos enlaces horizontais, onde o comprimento está limitado a 90 m ou 300 m, o
comprimento do backbone e o número potencial de emendas varia dependendo das condições de
instalação. Os valores de aceitação, portanto, devem ser calculados usando uma equação de
atenuação do enlace.
Os valores de aceitação calculados usando esta fórmula são dependentes do
comprimento. A atenuação máxima do enlace é a soma das atenuações do conector, cabo e
emenda.
A atenuação do conector é igual ao número de pares de conectores vezes a perda do
conector. Sabemos que a perda proveniente de um par de conectores (uma conexão) individual
não pode exceder 0,75 dB. No caso de uma medição do enlace isto seria 2 X 0,75 dB ou1,5 dB
uma vez que existe um total de dois pares de conectores (duas conexões) em um enlace de
backbone.
A atenuação do cabo é o produto do coeficiente de atenuação pelo comprimento do cabo.
O coeficiente de atenuação varia dependendo do comprimento de onda e do tipo de cabo.
• 3,5 dB/km @ 850 nm para 62,5/125 µm
• 1,5 dB/km @ 1300 nm para 62,5/125 µm
• 1,0 dB/km @1310 nm para monomodo
• 1,0 dB/km @1550 nm para monomodo
O comprimento do cabo pode ser calculado usando as marcações existentes na capa do cabo.
(Não precisa usar um OTDR)
A atenuação da emenda é o produto do número de emendas (S) pela perda da emenda. Uma
vez que a perda máxima permitida para uma emenda é de 0,3 dB, a atenuação máxima da
emenda em um enlace é de 0,3 x (S).
A atenuação máxima do enlace pode ser representada pela equação:
Atenuação Máxima do Enlace = (α)(L) + 0,75 + 0,3(S)
onde α = coeficiente de atenuação
L = comprimento do cabo
S = número de emendas
Esta fórmula pode ser usada em uma planilha de cálculos para ajudar a determinar os
valores de aceitação para certificação do backbone de fibra óptica.
O comprimento do cabo deve ser registrado durante a instalação, para que os valores de
aceitação da atenuação do enlace possam ser calculados e impressos para os técnicos antes dos
testes começarem. Isto permitirá aos técnicos solucionarem problemas nos enlaces de
cabeamento do backbone durante os testes. Sem o conhecimento dos valores de aceitação dos
enlaces de backbone, os técnicos não serão capazes de determinar quais as leituras boas e as
ruins.
A Furukawa exige que seja utilizado um medidor de potência que tenha uma precisão de
+0,5 dB ou superior.
A fonte de luz deve ser capaz de gerar luz em todos os comprimentos de onda
apropriados: 850 e 1300 nm para fibra multimodo e 1310 e 1550 nm para fibra monomodo.
A maioria dos equipamentos de teste comerciais vem com um kit completo incluindo um
cordão de lançamento fabricado e testado em fábrica.
Os dados de teste para uma instalação garantida devem incluir as medições de atenuação
de cada enlace horizontal (em uma direção) em 850 ou 1300nm.
Para instalações com backbone de fibra óptica devem ser incluídas as medições de
atenuação de cada enlace de backbone em ambos os comprimentos de onda de operação (850 e
1300 nm ou 1310 e 1550 nm). Além disso, os valores de aceitação calculados referentes a cada
enlace devem ser listados próximos dos valores medidos.

5 Administração do Sistema

5.1 Registros
Os registros do cabo deverão identificar o material de terminação e a posição de cada cabo
em cada extremidade. Além destes:
• espaço no qual cada posição de terminação está localizada;
• tipo do cabo e comprimento;
• tipo de material de terminação e o número de peças.
• data de instalação deverá estar incluída nos registros do cabo.
Todos os registros do cabo devem ser mantidos em arquivo durante a vigência da garantia.
Os registros do cabo devem ser atualizados para mostrarem todo o trabalho de movimento,
acréscimo, alteração efetuado após a instalação inicial.
As plantas baixas deverão ser armazenadas, mostrando as localizações de todos os
espaços e saídas de telecomunicações.
Os desenhos do backbone deverão ser armazenados, mostrando vistas de elevação de todo
o cabeamento de backbone instalado.
Recomenda-se que sejam mantidos desenhos de registro dos elementos da infra-estrutura
de caminhos e espaços.
Deverão ser mantidas Ordens de Serviço mostrando alterações em qualquer parte de um
sistema garantido. Entenda-se como Ordem de Serviço um documento genérico interno do
Instalador Credenciado FCS que descreva os serviços realizados na Instalação Garantida.
Sem uma ordem de serviço para documentar estas alterações, qualquer enlace de
cabeamento que seja alterado, após a instalação inicial estar registrada, será excluído da
garantia.
O Formulário de Registro no Sistema de Garantia Estendida FCS nos fornece detalhes
sobre o cliente, localização da instalação e sobre o Instalador Credenciado FCS que realizou a
instalação.
Uma parte importante deste formulário é a identificação dos números de peças e
quantidades dos produtos da Linha FCS-Furukawa Cabling System e de terceiros, usados na
instalação. Esta parte dos formulários de registro é fundamental para o estabelecimento da
Garantia Estendida. O sistema não será registrado sem esta seção do formulário estar
adequadamente preenchida.
Glossário

Gerente de Conta: profissional da Furukawa responsável pelo


Account Manager atendimento de clientes, negociações comerciais e prospecção de
mercado
cabo conectorizado para interligação da tomada na área de trabalho
Adapter Cable com o equipamento de telecomunicações (computadores, telefones,
fax, equipamentos de automação, etc.
dispositivo para interligação de cabos metálicos de cobre, mediante
Bloco 110 IDC
crimpagem dos condutores e conexão de conectores específicos
Cabling cabeamento e elementos associados
Código PANTONE código internacional de cores
ponto de interligação de cabos metálicos de par trançado, empregado
Consolidation Point
em sistemas do tipo Escritório Abertop (zone cabling)
ponto de uma rede onde é feito a administração da distribuição de
Cross Connect
serviços, mediante a interligação entre duas portas de patch panels
versão preliminar de uma norma, emitida para fins de discussão e
Draft de Norma
orientação de fabricantes sobre novas tecnologias.
método de acesso em redes locais, definido pela norma IEEE 802.3,
que trabalha, normalmente, com o compartilhamento de banda.
Todas as estações compartilham a largura de banda total, que pode
Ethernet
ser de 10 Mbps (Ethernet), 100 Mbps (Fast Ethernet) ou 1000 Mbps
(ver Gigabit Ethernet). No switched Ethernet, cada estação teria
largura de banda total.L
programa de treinamento da Furukawa, para instaladores de
sistemas de cabeamento estruturado. Provê conhecimentos
FCP
fundamentais sobre os aspectos envolvidos no projeto e instalação
de sistemas de cabeamento estruturado
programa de treinamento/aperfeiçoamento da Furukawa, voltado para
coordenadores de equipes de instalação e projetistas de sistemas de
FCP Master
cabeamento estruturado. Provê conhecimentos avançados sobre
projeto e instalação de sistemas de cabeamento estruturado
tecnologia Ethernet cuja taxa de transmissão atinge até 1 Gbps. É
empregada principalmente em backbones. O primeiro padrão IEEE
(802.3z) para Gigabit Ethernet definiu seu uso através de cabos de
Gigabit Ethernet fibras ópticas multimodo e opera em regime full-duplex à partir do
switch à estação ou outro switch e half-duplex usando CSMA/CD num
ambiente compartilhado. A norma IEEE 802.3ab (1000BaseTX) prevê
Gigabit Ethernet sobre cabos de cobre.
página Web com informações e endereços para outras páginas
Home page contendo informações sobre uma organização ou sobre um certo
assunto.
método de ligação de serviços, em que o gerenciamento é feito entre
Interconexão
dois dispositivos passivos.
Metropolitan Area Network: rede de dados dentro de uma certa área
MAN
geográfica, como uma cidade ou bairro.
Outlet espelho ou tomada para instalação de conectores junto do usuário, e
disponibilização de serviços
disponibilização de serviços
cabo conectorizado empregado na administração de serviços no
Patch Cable pontos de interligação (armários de telecomunicações ou salas de
equipamentos)
dispositivo de administração de serviços, composto de um conjunto
Patch Panel de sockets, que permite a interligação entre cabos de distribuição e
transmissão
tipo de rede local desenvolvido pela IBM (IEEE 802.5). Utiliza método
de acesso em anel e permite conectar até 255 nós numa topologia
em estrela, com velociodade de 4 ou 16 Mbps. Todas as estações se
conectam á um nó central denominado MAU (Multistation Access
Token Ring Unit), usando um cabo de pares trançados.
Redes Token Ring são mais determinísticas do que redes Ethernet.
Isto assegura que todos os usuários tenham acesso regular ao meio
de transmissão, ao passo que em redes Ethernet, cada usuário
“compete” pelo meio para realizar sua transmissão.
Unshielded Twisted Pair: tipo de cabo empregado em redes de
telecomunicações. Constituído de pares de fios de cobre isolado, sem
UTP
blindagem contra ingresso de ruído eletromagnético. É o tipo de cabo
mais empregado.
Wide Area Network: rede de dados dentro de uma área geográfica
WAN
ampla, como um estado ou país
filosofia de distribuição de cabos para o segmento horizontal de uma
rede local. Baseia-se no uso de dispositivos centralizadores dos
Zone Cabling
cabos horizontais próximo do usuário. tem como objetivo conferir
maior mobilidade e flexibilidade no lay-out de escritórios.

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