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APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 3
QUEM SOU EU ................................................................................................................... 4
AFINAL, O QUE É HIPNOSE? ..................................................................................... 5
TIPOS DE HIPNOSE ............................................................................................................ 6
MITOS ............................................................................................................................. 6
UTILIZAÇÃO DA HIPNOSE ........................................................................................ 8
TORNANDO-SE UM HIPNOTISTA!........................................................................... 9
O PRÍNCIPE E O MAGO.....................................................................................................10
PRIMEIROS PASSOS ....................................................................................................11
RAPPORT POSTURAL ........................................................................................................12
POSTURA GLOBAL ............................................................................................................12
MOVIMENTOS DA CABEÇA ...............................................................................................12
GESTOS ............................................................................................................................13
RESPIRAÇÃO .....................................................................................................................13
COMO DOMINAR O RAPPORT POSTURAL ..........................................................................13
RAPPORT TONAL ..............................................................................................................13
SOBRE CONDUZIR.............................................................................................................14
LOOP HIPNÓTICO ......................................................................................................15
SIM! SIM! SIM! ...............................................................................................................16
TESTES DE SUSCETIBILIDADE ...............................................................................17
DEDOS MAGNÉTICOS ......................................................................................................18
MÃOS MAGNÉTICAS .........................................................................................................20
MÃOS COLADAS ...............................................................................................................21
OLHOS COLADOS .............................................................................................................23
O TRANSE HIPNÓTICO .............................................................................................25
INDUÇÕES ....................................................................................................................27
ESPIRAL ............................................................................................................................27
INDUÇÃO DE DAVE ELMAN..............................................................................................28
APERTO DE MÃO FALSO DE BANDLER..............................................................................34
HAND DROP.....................................................................................................................35
ARM PULL ........................................................................................................................36
APROFUNDAMENTOS DO TRANSE .......................................................................37
CONTAGEM ......................................................................................................................37
ESCADA ............................................................................................................................38
FRACIONAMENTO DE VOGT.............................................................................................38
APLICANDO SUGESTÕES .........................................................................................40
SIGNO-SINAL................................................................................................................40
ALGUMAS DICAS DE SUGESTÕES DE ENTRETENIMENTO .............................41
COLA ................................................................................................................................41
GAGUEJAR ........................................................................................................................41
FALAR OUTRO IDIOMA .....................................................................................................41
PESSOA AO LADO FEDE ....................................................................................................41
SAPATO CELULAR .............................................................................................................41
SUGESTÕES TERAPÊUTICAS RÁPIDAS (HYPNOTIC GIFT) ..............................42
REMOÇÃO DE DORES ................................................................................................42
AB-REAÇÃO ..................................................................................................................46
AUTO HIPNOSE ...........................................................................................................47
AUTO SUGESTÕES ............................................................................................................48
DICAS DE LEITURA ....................................................................................................49
CANAIS NO YOUTUBE ...............................................................................................50
APRESENTAÇÃO
Olá,
Bem-vindo(a) a este curso prático de hipnose, onde você aprenderá os princípios e técnicas
necessárias para dominar esta ferramenta incrível que lhe acrescentará em todas as áreas
de sua vida, tanto pessoal quanto profissionalmente. Este é o seu primeiro passo dentro
deste universo da hipnose, onde tanto existe para explorar, descobrir e desmitificar a seu
respeito. Como todo assunto estudado, o aprendizado nunca deve parar então, após
concluir este curso, sugiro que continue seus estudos independentes através de livros
(indico alguns no final desta apostila) e novos cursos, nos quais você aprofundará seus
conhecimentos e aprenderá novas técnicas.
Espero que aproveite o curso e este material, que lhe servirá para futuras consultas e como
um guia para tirar suas dúvidas.
AVISO: Após este curso, você correrá o sério risco de querer sair hipnotizando todos à
sua frente, em qualquer lugar que esteja. Faço minhas as palavras do saudoso Tio Ben:
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Quem sou eu
Sou Ton Lucas, natural de Bragança
Paulista, interior do Estado de São Paulo,
residindo em Fortaleza-CE desde 1998. Iniciei
minha carreira profissional a princípio em uma
área bem diferente da atual: trabalhava como
Instrutor de Mergulho e de Primeiros Socorros!
Ao longo da vida, o interesse e fascínio
pela psicologia sempre me acompanhou, até que
resolvi deixar de lado as profundezas dos
oceanos para me dedicar exclusivamente ao
estudo das profundezas da mente humana. Após retornar de uma temporada de trabalho
e mergulhos no Estado do RJ, ingressei na faculdade de psicologia. Logo no primeiro
período da faculdade, houve a oportunidade de um contato mais próximo com a hipnose,
área na qual já me interessava em estudar desde criança, ao ver as apresentações do mítico
Fabio Puentes nos programas de TV.
Atualmente, após vários cursos de formação e muitos livros estudados, atuo como
hipnoterapeuta e hipnotista, realizando trabalho com hipnodontia em um consultório
odontológico e em atendimentos particulares com hipnoterapia para pacientes que buscam
na Hipnose Clínica e Terapêutica uma excelência na qualidade de vida. Além disso,
apresento um vlog no YouTube chamado HIPNOTIME, onde exponho vídeos e
curiosidades sobre hipnose com uma linguagem informal, onde qualquer interessado pelo
assunto pode compreender, mesmo sem nenhum conhecimento prévio na área.
Além de acadêmico de psicologia, possuo formações em Hipnose Clínica,
Hipnoanálise, Street Hypnosis, Instant Hypnosis, Regressão Terapêutica, entre outros.
Possuo certificados internacionais pelo Atlantic Hypnosis Institute (Sean Michael Andrews)
e DEHI - Dave Elman Hypnosis Institute, um dos mais renomados institutos de hipnose
do mundo, presidido por Larry Elman – filho de Dave Elman e maior divulgador de suas
técnicas atualmente.
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AFINAL, O QUE É HIPNOSE?
“A hipnose é um modo natural de se induzir um estado de transe. E todos
nós temos a habilidade de entrar em transe.”
(Mestre Ariévlis)
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Tipos de hipnose
Hoje em dia muito se fala em vários tipos e “sobrenomes” para a hipnose que, na
verdade, é tudo a mesma coisa. O que podemos diferenciar é a forma como abordar as
induções e sugestões, então temos a Hipnose Clássica ou Direta, tendo como seu principal
representante Dave Elman (1900 – 1967), terapeuta americano que ficou famoso pelos
seus métodos de indução e por treinar diversos médicos e dentistas, e a Hipnose
Ericksoniana ou Indireta, tendo como representante Milton Hyland Erickson (1901 –
1980), psiquiatra norte americano que nunca se identificou com nenhuma abordagem
psicoterapêutica da psicologia e se utilizava de sugestões e induções indiretas durante as
sessões de terapia, pois acreditava que todo ser humano já possui dentro de si os recursos
necessários para a resolução de seus problemas, e que o terapeuta seria apenas um
catalisador deste processo.
MITOS
“O hipnotismo é uma ciência fascinante. Aos olhos da grande maioria, o
hipnotista ainda se apresenta como o homem que faz dormir e que impõe a
sua vontade à vontade dos outros. É o homem que tem força. E uma força
toda especial, universalmente ambicionada.”
(Karl Weissmann)
A hipnose ainda é vista pelo senso comum com um certo preconceito, devido a ideias
erradas a respeito deste fenômeno. Como hipnotista, você também terá como dever
desmitificar e tirar as dúvidas das pessoas que lhe procurarem.
A seguir, alguns dos principais mitos1:
1. Hipnose é sono?
Não. Apesar de a maioria dos hipnotistas usar a palavra “durma” e “sono”
durante o processo, isto são apenas metáforas para que o sujeito entenda que
deve relaxar profundamente, COMO SE FOSSE dormir. A atividade cerebral
de uma pessoa hipnotizada é tão alta quanto alguém que se encontra em vigília.
1
Em meu vlog HIPNOTIME, tenho um vídeo em que falo sobre alguns mitos. Procure no YouTube
por “HipnoTime #V – 5 Mitos sobre Hipnose”
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2. Na hipnose, eu perco a consciência?
Não. Durante a hipnose as pessoas estão conscientes do que está acontecendo
no meio ambiente em torno, e com a atenção concentrada no hipnotista e na sua
voz.
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UTILIZAÇÃO DA HIPNOSE
A hipnose é uma ferramenta que pode ser empregada em infinitas áreas da vida
cotidiana, até mesmo para quem não tem interesse em se profissionalizar no assunto. Por
se tratar de uma comunicação aprimorada, ela pode ser usada em vendas, apresentação de
seminários, palestras, etc.
Para quem se interessa na parte de entretenimento, ela é bastante utilizada por
mágicos em suas apresentações para incorporar um elemento a mais ao show, em que a
plateia participa de forma ativa e pode ter a chance de experienciar um fenômeno mental
totalmente real e ainda se beneficiar disso, caso o hipnotista dê um “presente hipnótico”
ao final da apresentação. Alberto Dell’Isola fala sobre as apresentações de palco em seu
livro “Mentes Fantásticas”, de 2014: “A grande mídia televisiva jamais teria interesse em
abordar o tema hipnose caso os shows não existissem. Após o show, o hipnotista terá a
oportunidade de apresentar as outras aplicações da hipnose, como por exemplo na inibição
da dor ou como ferramenta psicoterápica.”
Há também quem goste de fazer demonstrações de hipnose nas ruas, na modalidade
conhecida como Street Hypnosis, em que pessoas desconhecidas são abordadas
aleatoriamente e, com o devido consentimento, são hipnotizadas e surpreendem-se com o
próprio poder de suas mentes.
Para aprender técnicas de rapport rápido, induções rápidas e instantâneas e rotinas
aplicadas para hipnose de rua, sugiro que procure um curso específico.
Agora, sem dúvida alguma, as áreas em que a hipnose é aplicada com resultados
incríveis e surpreendentes, são nas abordagens clínica, médica e terapêutica. Os conselhos
de Psicologia, Medicina, Odontologia e Fisioterapia reconhecem a hipnose como
ferramenta de auxílio em procedimentos. Vale ressaltar que hipnose em si não é uma
terapia! Na psicologia, ela é usada em qualquer abordagem psicoterápica como uma
catalisadora de processos, os quais sem ela demorariam bem mais tempo para se
resolverem.
Para saber mais sobre hipnose clínica e hipnoterapia, procure um curso de
formação na área.
Na medicina, odontologia e fisioterapia, ela pode ser utilizada para diversos fins, tais
como:
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a) Alívio de dores, produzindo analgesia ou anestesia;
b) Nos diferentes setores da clínica e cirurgia, notadamente em obstetrícia;
c) Como tranquilização para o alívio dos estados de ansiedade a apreensão,
qualquer que seja a sua causa;
d) Em qualquer condição na qual a psicoterapia possa ser útil;
e) No controle de alguns hábitos (ex.: tabagismo e alcoolismo);
f) Auxílio no emagrecimento;
g) Experimentalmente em qualquer pesquisa, no campo psicológico e/ou
neurofisiológico, e outros.
TORNANDO-SE UM HIPNOTISTA!
“Conheci um homem que não acreditava em magia até descobrir que ele
próprio era um mago.”
(Augusto Branco)
Para que você se torne um bom hipnotista, seja atuando em qualquer área, tenha
sempre algo em mente: hipnose não é infalível!
Por se tratar de um fenômeno psíquico, é de extrema importância que o sujeito se
envolva ativamente no processo e o hipnotista esteja seguro do que vai fazer, caso contrário
se tornará mais difícil que algo aconteça. Seja numa apresentação de palco, demonstração
na rua ou na clínica, é importante que o hipnotista saiba contornar uma situação que não
saiu como o esperado e reverter para que se obtenha sucesso. Vários fatores podem
contribuir para a “falha”: fatores ambientais, falta de concentração do sujeito, falta de
confiança no hipnotista, estado emocional do sujeito naquele momento, dentre outros.
Para isso, é necessário que se conheça e domine várias técnicas, pois a indução que é eficaz
para uma pessoa pode não surtir nenhum efeito em outra, e vice-versa. Quando se tem
apenas um martelo na mão, todo problema em sua frente será visto como prego, e as coisas
não são bem assim. Tenha sempre um conjunto de ferramentas à sua disposição!
Em minha experiência nos caminhos da hipnose, houve algo que aprendi e que fez
toda a diferença em minhas apresentações e atendimentos: vestir sempre a roupa do mago!
Esta metáfora reproduzida no livro “A Estrutura da Magia – Um Livro sobre Linguagem e
Terapia”, de Richard Bandler e John Grinder, extraído originalmente de “The Magus”, de
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John Fowles, me foi apresentada por Alberto Dell’Isola e desde então a utilizo para
aumentar a auto confiança e fazer com que a magia da hipnose aconteça:
O Príncipe e o Mago
Era uma vez um jovem príncipe, que acreditava em tudo, exceto em três coisas. Não
acreditava em princesas, não acreditava em ilhas, não acreditava em Deus. Seu pai, o rei,
disse-lhe que tais coisas não existiam. Como não havia princesas ou ilhas nos domínios de
seu pai, e nenhum sinal de Deus, o príncipe acreditou no pai.
Um dia, porém, o príncipe fugiu do palácio e dirigiu-se ao país vizinho. Lá, para seu
espanto, viu ilhas por toda a costa, e nessas ilhas viu criaturas estranhas e perturbadoras, às
quais não se atreveu a dar nome. Quando estava procurando um barco, um homem vestido
de noite dele se aproximou na beira da praia.
- Estas ilhas são de verdade? – perguntou o jovem príncipe.
- Claro que são ilhas verdadeiras – disse o homem vestido de noite.
- E aquelas estranhas e perturbadoras criaturas?
- São todas autênticas e genuínas princesas.
- Então, também Deus deve existir! – bradou o príncipe.
- Eu sou Deus – replicou o homem vestido de noite, com uma reverência. O jovem
príncipe retornou a casa tão depressa quanto pôde.
- Então, estais de volta – disse o pai, o rei.
- Vi ilhas, vi princesas, vi Deus – disse o príncipe num tom reprovador.
O rei não se abalou.
- Não existem ilhas de verdade, nem princesas de verdade, nem um Deus de verdade.
- Eu os vi!
- Diga-me como Deus estava vestido.
- Deus estava todo vestido de noite.
- As mangas de sua túnica estavam arregaçadas?
- O príncipe lembrou-se que estavam. O rei sorriu.
- Isso é o uniforme de um mago. Você foi enganado.
Com isso, o príncipe retornou ao país vizinho e foi para a mesma praia, onde mais
uma vez encontrou o homem todo vestido de noite.
- Meu pai, o rei, contou-me quem és – disse o príncipe indignado. – Tu me enganaste
da última vez, mas não o farás novamente. Agora sei que estas não são ilhas de verdade,
nem aquelas criaturas são princesas de verdade, porque tu és um mago.
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O homem da praia sorriu.
- És tu que estás enganado, meu rapaz. No reino de teu pai existem muitas ilhas e
muitas princesas. Mas tu estás sob o encanto de teu pai, logo não podes vê-las.
O príncipe, cabisbaixo, voltou para casa. Quando viu o pai, fitou-o nos olhos.
- Pai, é verdade que tu não és um rei de verdade, mas apenas um mago?
O rei sorriu e arregaçou as mangas.
- Sim, meu filho, sou apenas um mago.
- Então o homem da praia era Deus.
- O homem da outra praia era outro mago.
- Tenho de saber a verdade, a verdade além da magia.
- Não há verdade além da magia – disse o rei.
O príncipe ficou profundamente triste.
- Eu me matarei – disse ele.
O rei, pela magia, fez a morte aparecer. A morte ficou junto à porta e acenou para o
príncipe. O príncipe estremeceu. Lembrou-se das ilhas belas mas irreais e das princesas
belas mas irreais.
- Muito bem – disse ele – eu aguento com isto.
- Vê, meu filho – disse o rei – tu, também, agora começas a ser um mago.
PRIMEIROS PASSOS
Rapport
Com quem você se sente mais confortável ao conversar, com alguém completamente
diferente de você ou com alguém que parece lhe compreender, movimenta-se de forma
parecida, usa o mesmo tom de voz, vocabulário e parece sentir exatamente o que você está
sentindo naquele momento? Acredito que seja a segunda opção!
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Estabelecer rapport é justamente esse ato de fazer com que a outra pessoa se sinta
segura com o hipnotista pois, sem isso, dificilmente ela se entregará ao processo de forma
eficaz. Para isso acontecer, nos dispomos de algumas técnicas valiosas:
Rapport postural
* Retirado do livro “Os Segredos da Hipnose Conversacional”, de Luiz Souza.
Postura global
De pé ou sentado;
Peito aberto ou ombros caídos;
Encolhido ou “espaçoso”.
Tome cuidado para não parecer uma caricatura. Se você fizer os movimentos de
forma brusca, a outra pessoa pode perceber e achar que você a está desrespeitando.
Quando a outra pessoa mudar a posição, você pode esperar por um tempo antes de
sincronizar. Uma boa forma de observar os movimentos das outras pessoas é usar a sua
visão periférica.
Movimentos da cabeça
Agora que você está habituado a movimentar a postura global, você fará o mesmo
com os movimentos da cabeça. Se a pessoa tende a ficar com a cabeça inclinada, sincronize.
Se ela costuma fazer movimentos para o lado enquanto fala, faça o mesmo. Se ela fica com
a cabeça parada meio de lado, copie. Acompanhe!
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Gestos
Respiração
Observe a respiração do seu interlocutor, ela é alta (no peito) ou profunda (na
barriga)?
Depois de cumprir cada item da lista, você poderá combinar dois itens de cada vez
para treinar, por exemplo: Postura Global e Movimentos da Cabeça. Exercite isso até
dominar todos os itens da lista.
Depois que você se tornar um especialista em Rapport postural, poderá passar para
o Rapport Tonal...
Rapport tonal
Outra coisa que você deverá espelhar é a voz do seu interlocutor. São quatro itens
para observar e espelhar durante a conversa. São estes os aspectos da voz:
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Sobre conduzir
Depois de estabelecer rapport, você poderá mudar seus movimentos e vai perceber
que o seu interlocutor irá segui-lo. Isso mesmo, num nível inconsciente, você estará
conduzindo a outra pessoa e ela vai espelhar você. Não é incrível?
“Não é novidade alguma dizer que utilizamos de nossos cinco sentidos para
compreender o mundo a nossa volta. No entanto, frequentemente usamos apenas dois
desses sentidos: a visão e a audição. O tato, olfação e gustação são frequentemente
esquecidos – apesar de também serem importantes em nosso dia-a-dia.
O que poucos percebem é que a importância do tato vai bem além da mera
identificação de pessoas e objetos. Pesquisas indicam que até mesmo o mais leve toque no
braço de outra pessoa pode ser lucrativo, tornar as pessoas mais solícitas ou até mesmo
tornar as pessoas mais propensas a responder a um chato questionário de uma pesquisa.
[...]” (DELL’ISOLA, 2014)
Para utilizarmos este conhecimento a nosso favor e melhorar o estabelecimento do
rapport, é recomendado que, ao iniciar a conversa com o sujeito ou abordar um
desconhecido na rua, se aplique um leve toque com dois dedos em seu pulso, cotovelo ou
ombro. Isto faz com que o sujeito, inconscientemente, se abra melhor às suas ideias e
colabore melhor com o processo hipnótico.
Pré-Talk
Pré-talk ou Conversa Prévia é o momento em que você irá preparar seu sujeito para
o processo hipnótico, fazendo com que ele crie um contexto mental adequado e gere a
expectativa de que ele será hipnotizado. Neste ponto, é importante que você explique
rapidamente sobre o que é a hipnose e fale sobre alguns dos mitos mais comuns que possa
causar algum receio. Falar que ele não perderá o controle, não fará nada que seja contra
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sua vontade (apesar de sabermos que isso é possível em algum nível, JAMAIS REVELE
isso aos seus sujeitos, pois você quer hipnotiza-lo, e não ensinar sobre hipnose!), não
revelará segredos e nem ficará hipnotizado para sempre geralmente são o suficiente para
tranquilizar e aumentar a receptividade do sujeito. Durante o pré-talk é o momento em
que você deve mostrar que realmente entende do assunto, domina todas as técnicas
necessárias e que vai hipnotizá-lo com segurança, pois isso já faz parte de seu cotidiano.
Também deixe explícito que a experiência a qual ele passará será inesquecível e trará
benefícios a ele. Igor Ledochowski ensina que é importante termos sempre um
pensamento em mente: “queremos proporcionar algo PARA o sujeito, e não queremos
algo DELE.”
Se mesmo depois de ter tudo esclarecido, o sujeito demonstrar que realmente não
deseja passar pela experiência, não insista. Lembre-se que você está usando sua roupa do
mago!
LOOP HIPNÓTICO
James Tripp, em seu artigo “Hypnosis Beyond the Trance Myth”, fala sobre o loop
hipnótico, um mecanismo fundamental no fenômeno hipnótico. Ele se trata de um loop
perpétuo que ocorre naturalmente no processo cognitivo, e como hipnotista você deve
aproveitar isso e usar para levar o sujeito até a realidade alterada que deseja que ele entre,
seja em um contexto de entretenimento ou na clínica.
O loop é composto por 4 elementos: CRENÇA, IMAGINAÇÃO, FISIOLOGIA
(na verdade, é neurofisiologia) e EXPERIÊNCIA. E ainda existe um outro elemento
fundamental para alimentar o loop: EXPECTATIVA. Quando se gera a expectativa de
CRENÇA
EXPERIÊNCIA IMAGINAÇÃO
FISIOLOGIA
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que algo diferente vai acontecer, conseguimos catalisar os processos e torna-los mais fortes
no momento em que os fenômenos acontecerem.
Levando em consideração que hipnose não se trata de CONTROLE mental, e sim
de INFLUÊNCIA mental, podemos inserir o sujeito nesse loop em qualquer um dos 4
pontos. Por exemplo, quando fazemos a rotina da mão colada e damos a sugestão de que
estamos passando uma cola muito forte entre seus dedos, estimulamos sua imaginação e
nos utilizamos do fator fisiológico que naturalmente mantém as mãos presas devido à
posição em que se encontram. Consequentemente, o sujeito vive uma experiência de que
as mãos estão realmente coladas e aumenta sua crença de aquilo que está acontecendo é
real. Esse ciclo se repete durante todo o processo e devemos manter o sujeito sempre
dentro deste loop para que as experiências sejam ainda melhores.
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TESTES DE SUSCETIBILIDADE
Depois de você estar de posse de sua roupa do mago, ter estabelecido um rapport
com seu sujeito e feito um pré-talk adequado, está na hora de começar o processo hipnótico
propriamente dito. O primeiro passo é aconselhável que se teste a suscetibilidade de seu
sujeito, e existem algumas técnicas para isso, que detalharei em seguida. Tenha em mente
que caso seu sujeito não passe no primeiro teste ou em nenhum consecutivo, isso não
significa que ele não pode ou não tem capacidade de ser hipnotizado, talvez o contexto em
que vocês se encontram não seja o mais adequado naquele momento, pois existem pessoas
que não se sentem à vontade na frente de outras ou em determinados tipos de locais. Deixe
isso esclarecido para que ele não saia com uma falsa crença limitante.
IMPORTANTE: Jamais fale ao seu sujeito que irá fazer um “teste” com ele, pois
existem pessoas que não se dão bem com esta palavra e se colocam de modo como se
corressem o risco de serem reprovadas. Já outras pessoas se sentem desafiadas ao
perceberem que estão sendo testadas, e isso não é bom. Um termo que gosto muito de
utilizar é exercício (ou brincadeira) de imaginação e concentração, pois isso já o coloca
dentro do loop.
DICA: Quando estiver executando qualquer rotina que envolva a perda de controle
de alguma parte do corpo (colar as mãos, colar os olhos, braço rígido, etc.), se refira ao
membro de forma distanciada e dissociada, de modo que o sujeito assimile que não tem
mais o controle sobre ele. Por exemplo: invés de dizer “SUAS mãos estão ficando coladas”,
diga “ESTAS mãos estão ficando coladas”, pois quando se diz que as mãos são dele,
significa que ele tem o controle sobre elas, e isso pode levar à falha da rotina.
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Dedos Magnéticos
em seguida, peça que junte as mãos e entrelace os dedos bem firmes [é importante
que os dedos fiquem bem juntos e firmes] ...
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Dobre os braços...
Agora, peça que o sujeito estique os dois dedos indicadores formando um espaço de
aproximadamente 2cm e se concentre neste espaço, enquanto dispara a sugestão de que,
em algum momento, esses dedos irão se tocar, como se possuíssem 2 ímãs se atraindo. Dê
a sugestão sincronizada e no tempo correto, pois o elemento fisiológico fará com que os
dedos se toquem rapidamente, e a rotina pode perder a efetividade caso isso aconteça antes
de você falar o que vai acontecer.
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OBS: esta rotina também pode ser utilizada com a sugestão de que existe um
parafuso entre os dedos e, quanto mais você aperta, mais os dedos se juntam. Para fechar,
a fisiologia sempre ajuda, mas se você sugerir que agora vai abrir o parafuso e os dedos se
abrirem, o sujeito já está respondendo a comandos puramente hipnóticos e provavelmente
já se encontra em transe.
Mãos magnéticas
Peça ao sujeito que estique os braços com as palmas das mãos viradas para dentro,
como a imagem abaixo:
Diga que imagine dois ímãs em suas mãos, um positivo de um lado e um negativo
em outro, e dispare sugestões de que esses ímãs vão ganhando cada vez mais força e as
mãos vão se aproximando involuntariamente cada vez mais e, em algum momento, elas se
tocarão. Estimule a imaginação sempre.
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Mãos Coladas
Peça ao sujeito para entrelaçar os dedos das duas mãos, manter os braços esticados,
e fixar o olhar em um ponto determinado, conforme a foto abaixo:
Diga que irá passar entre os dedos uma cola bem forte de secagem instantânea, como
uma Super Bonder e irá fazer uma contagem de 1 a 10 e, somente no 10, ele irá tentar
soltar as mãos e não vai conseguir. Utilize o script abaixo como guia:
“Muito bem, agora farei uma contagem de 1 a 10 e, somente no 10, você irá tentar
soltar as mãos e não vai conseguir, pois a cola estará completamente seca e esses dedos
completamente colados. 1... eu vou passando a cola... 2... ainda mais cola... 3... quanto
mais eu conto, mais colado fica... 4... completamente colados... 5 e a cola vai secando cada
vez mais e esses dedos já estão cada vez mais colados... 6... 7... a cola já está completamente
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seca e os dedos já estão colados... 8... completamente colados... 9... se imagine tentando
soltar e não conseguindo, e quanto mais força faz, mais colado fica... 10! TENTA
SOLTAR E NÃO CONSEGUE! TENTA SOLTAR E NÃO CONSEGUE! QUANTO
MAIS FORÇA FAZ, MAIS COLADO FICA!”
Quando o sujeito afirmar que as mãos estão mesmo coladas, solte-as hora que quiser,
dizendo que vai fazer uma contagem de 1 a 3 e, no 3, elas se soltam.
DICA: Se perceber que o sujeito está soltando as mãos, mande-o parar e pergunte
se está difícil (provavelmente ele dirá que sim), então reafirme que essa dificuldade é devido
a cola e faça a contagem de 1 a 3 para soltar. Isso o faz crer que realmente colou e só soltou
devido a seu comando, realimentando o loop hipnótico.
Existe uma outra forma de colar as mãos em que a fisiologia atua bem menos na
sugestão, portanto se as mãos colarem nesta posição, certamente o sujeito já se encontra
em transe. Segue o roteiro:
Peça ao sujeito que estique as mãos, entrelace os dedos e fixe o olhar num ponto
determinado, como na foto abaixo:
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Diga que irá passar entre os dedos uma cola bem forte de secagem instantânea, como
uma Super Bonder e irá fazer uma contagem de 1 a 10 e, somente no 10, ele irá tentar
soltar as mãos e não vai conseguir. Utilize o script abaixo como guia:
“Muito bem, agora farei uma contagem de 1 a 10 e, somente no 10, você irá tentar
soltar as mãos e não vai conseguir, pois a cola estará completamente seca e esses dedos
completamente colados. 1... eu vou passando a cola... 2... ainda mais cola... 3... quanto
mais eu conto, mais colado fica... 4... completamente colados... 5 e a cola vai secando cada
vez mais e esses dedos já estão cada vez mais colados... 6... 7... a cola já está completamente
seca e os dedos já estão colados... 8... completamente colados... 9... se imagine tentando
soltar e não conseguindo, e quanto mais força faz, mais colado fica... 10! TENTA
SOLTAR E NÃO CONSEGUE! TENTA SOLTAR E NÃO CONSEGUE! QUANTO
MAIS FORÇA FAZ, MAIS COLADO FICA!”
Quando o sujeito afirmar que as mãos estão mesmo coladas, solte-as hora que quiser,
dizendo que vai fazer uma contagem de 1 a 3 e, no 3, elas se soltam.
Olhos colados
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No momento em que sentir os dedos quentes, peça para que feche os olhos, esfregue
os dedos sobre as pálpebras e mantenha-os fechados. Neste momento, diga “esqueci de
lhe dizer, mas em seus dedos havia uma cola muito poderosa e você acabou de passar em
seus olhos, e agora eles estão completamente colados” (se já tiver feito a rotina da mão
colada anteriormente, pode dizer que é a mesma cola que estava nas mãos). Enquanto diz
a frase, levante as sobrancelhas do sujeito com seus dedos, como na figura:
Quando você perceber que o sujeito está fazendo uma força além do comum para
abrir os olhos e não consegue, faça uma contagem de 1 a 3 e, no 3, diga que pode abrir.
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O TRANSE HIPNÓTICO
Você já esteve assistindo a um filme e se desligou de tudo que acontecia ao seu redor?
E, enquanto assistia a esse filme, sentiu mudanças fisiológicas ocorrendo, como suar frio,
taquicardia ou se emocionar com a estória? Se suas respostas a essas perguntas foram
positivas, você já vivenciou um estado natural de transe!
Quando fazemos uma indução formal, nosso objetivo é levar o sujeito a este estado
de consciência para que possamos aplicar as sugestões sem a interferência do fator crítico,
fazendo com que a aceitação das mesmas seja mais intensa pela mente inconsciente do
hipnotizado. Seja para fins de entretenimento ou terapêutico, é importante que o hipnotista
ou hipnoterapeuta saiba reconhecer quando o sujeito se encontra realmente em transe e
não está assumindo algum comportamento apenas para “agradar”.
A escala Lecron – Bordeaux, classifica os níveis de transe em Hipnoidal, Leve,
Médio e Profundo ou Sonambúlico. Abaixo, segue uma tabela com estes diferentes
estágios e suas respectivas mudanças fisiológicas:
HIPNOIDAL
•Relaxamento Físico
•Aparente sonolência
•Tremor das pálpebras
•Fechamento dos olhos
•Relaxamento mental e letargia mental parcial
•Membros pesados
LEVE
•Catalepsia ocular
•Catalepsia parcial dos membros
•Inibição de pequenos grupos musculares
•Respiração mais lenta e mais profunda
•Lassidão acentuada (pouca inclinação a se mover, pensar, agir)
•Contrações espasmódicas da boca e do maxilar durante a indução
•Rapport entre o sujeito e o operador
•Simples sugestões pós-hipnóticas
•Contrações oculares ao despertar
•Mudanças de personalidade
•Sensação de peso no corpo inteiro
•Sensação de alheamento parcial
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MÉDIO
•O paciente reconhece estar no transe, e sente, embora não o descreva
•Inibição muscular completa
•Amnésia parcial
•Anestesia de luva (da mão)
•Ilusões cinestéticas
•Ilusões do gosto
•Alucinações olfativas
•Hiperacuidade das condições atmosféricas
•Catalepsia geral dos membros e do corpo inteiro
PROFUNDO OU SONAMBÚLICO
•O paciente pode abrir os olhos sem afetar o transe
•Olhar fixo, esgaseado e pupilas dilatadas
•Sonambulismo
•Amnésia completa
•Amnésia pós-hipnótica sistematizada
•Anestesia completa
•Anestesia pós-hipnótica
•Sugestões pós-hipnóticas bizarras
•Movimentos descontrolados do globo ocular, movimentos descoordenados
•Sensações de leveza, estar flutuando, inchando e alheamento
•Rigidez e inibição nos movimentos
•O desaparecimento e a aproximação da voz do operador.
•Controle das funções orgânicas, pulsação do coração, pressão sanguínea, digestão,
etc.
•Hipermnésia (lembrar coisas esquecidas)
•Regressão de idade
•Alucinações visuais positivas pós-hipnóticas
•Alucinações visuais negativas pós-hipnóticas
•Alucinações auditivas positivas pós-hipnóticas
•Alucinações auditivas negativas pós-hipnóticas
•Estimulação de sonhos (em transe ou pós hipnoticamente no sono normal)
•Hiperestesias
•Sensações cromáticas (cores)
•Condição de estupor inibindo todas as atividades espontâneas. Pode sugerir-se o
sonambulismo para esse efeito.
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INDUÇÕES
“Qualquer estado singular de atenção altamente focalizada é de fato um
transe.”
(Stephen Paul Adler)
Aqui, vamos ver como fazer a aplicação de algumas das induções que eu
particularmente gosto de utilizar e tem se mostrado bastante eficazes. Lembre-se que antes
de qualquer indução é de extrema importância que você já tenha estabelecido rapport
adequadamente com o sujeito a ser hipnotizado.
Espiral
Esta indução é bastante conhecida no Brasil devido a seu uso por Fabio Puentes nos
programas de TV. Se trata de uma fixação ocular e pode ser seguida de uma quebra de
padrão.
Se coloque diante do sujeito, estique a ponta de seu dedo indicador a uma distância
de aproximadamente 50cm e peça para que se concentre apenas nela...
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“Apenas com o olhar, sem mover a cabeça, observe o dedo girando em forma de
espiral... Enquanto ele se aproxima, seus olhos vão ficando cansados... pesados... cada vez
mais pesados... A vontade de piscar vai aumentando e o sono é bem profundo...”
Muito bem. Agora, descanse seus braços e suas mãos sobre suas coxas.
[Oriente o sujeito para ficar na posição indicada na foto abaixo. Essa rotina envolverá
alguns toques no pulso, ombro e testa do sujeito. Lembre-se de alertá-lo quanto a isso]
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Inspire profundamente e segure o ar...
Isso... Enquanto solta o ar, feche os olhos e relaxe. Eu quero que você relaxe todos
os pequenos músculos e nervos e em torno de seus olhos. Eu quero que você relaxe-os a
ponto de que, enquanto o relaxamento continuar, eles simplesmente mantenham-se
fechados... Quando achar que seu relaxamento já chegou a esse ponto, faça um pequeno
teste e verifique que seus olhos realmente não abrem devido a todo esse relaxamento...
[Aguarde a testagem. Se o sujeito abrir os olhos, não se preocupe. Basta que você
reaja normalmente e diga]
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[Alguns sujeitos abrirão os olhos ainda mais uma vez. Nesse caso, você pode
simplesmente encaixar outra rotina de indução completamente diferente. Após verificar
uma tentativa frustrada de abrir os olhos (geralmente ela é caracterizada pelo levantar das
sobrancelhas ou vibração das pálpebras), faça uma pausa de cerca de dois segundos e
continue]
Muito bom. Não precisa mais testar... e relaxe-os novamente... E permita que todo o
relaxamento que seus olhos estão sentindo vá em direção a pontas dos seus pés... Como
uma onda bem quente de relaxamento... Muito bom... Em instantes, vou pedir para você
abrir seus olhos... e fechá-los novamente... Quando fechá-los novamente, você entrará em
um relaxamento dez vezes maior do que o que você está sentindo agora...
[Antes de dar o comando para o sujeito abrir os olhos, coloque sua mão com a palma
aberta e os dedos cerrados, tapando o olhar do sujeito. Ao tapar o olhar do sujeito, você
dificulta o sujeito a ajustar o foco do olhar, favorecendo o relaxamento. Além disso, você
evita que o sujeito se distraia com algo da sala. Enquanto o sujeito mantiver os olhos
abertos, continue tapando sua visão com a palma da sua mão. Veja na figura abaixo]
Abra os olhos...
[Antes de dar o comando para o sujeito abrir os olhos tape novamente o olhar do
sujeito.]
Abra os olhos...
Feche os olhos novamente... ainda mais profundo, ainda mais relaxado... Isso...
Escute apenas o som da minha voz... E o som da minha voz permite que você
aprofunde ainda mais... Ainda mais profundo e mais relaxado... Talvez, você esteja
escutando algum outro som, pessoas conversando, carros passando ou até mesmo uma
sirene de polícia ou ambulância... Não importa... Nenhum desses barulhos vai lhe
incomodar ou atrapalhar... Na verdade, qualquer outro barulho que você ouvir vai apenas
lhe auxiliar a relaxar ainda mais... Cada vez mais profundo, cada vez mais relaxado... Muito
bom... Daqui a pouco, pegarei esse braço pelo pulso.
Se você tiver seguido corretamente todas as instruções, esse braço vai estar muito
mole e relaxado... Pegarei esse braço pelo pulso e o levantarei alguns centímetros e o
soltarei... e quando eu fizer isso, você entrará em um estado de relaxamento dez vezes
ainda maior do que esse.
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[Sempre avise ao sujeito quando você estiver prestes a tocá-lo. Além de elevar a
expectativa gerada, você evita que o sujeito se assuste e perca o foco na indução. Levante o
pulso do sujeito, conforme a figura abaixo]
Isso.
[Após verificar que o pulso está realmente mole, aguarde cerca de dois segundos e
solte-o. É importante que você tenha controle sobre o local onde a mão cairá. O ideal é
que a mão do sujeito caia sobre o braço da poltrona ou sobre suas coxas. O impacto da
queda é um importante recurso fisiológico dessa rotina. Logo após o impacto da mão sobre
o braço da poltrona ou sua coxa, diga]
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Dez vezes mais relaxado... Muito bom... Você está indo muito bem... Agora que seu
corpo já está completamente relaxado, é hora de relaxarmos sua mente também. Em
instantes, lhe pedirei para realizar, em voz alta, uma contagem de 100 até 1, de trás para
frente... Permita que à cada número dito, você aprofunde ainda mais no seu relaxamento
mental... Quando eu disser o número “98”, ou até mesmo antes, permita que esses
números simplesmente desapareçam da sua mente... Comece a imaginar como isso
acontecerá... e você conseguirá fazer isso... Agora, comece a contagem de trás para frente,
bem lentamente, iniciando pelo número 100.
[Aguarde que o sujeito diga o número 100 em voz alta. Após ouvir o número 100,
diga]
Muito bem... Como você seguiu corretamente todas as instruções, elas estão
entrando diretamente em seu inconsciente.
[faça o aprofundamento, se necessário. Nos tempos de Elman, essa rotina era muito
utilizada para induzir anestesias, já que os sujeitos entravam em transe muito
profundamente].
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Aperto de mão falso de Bandler
Esta é uma indução por quebra de padrão, em que o hipnotista simula um aperto de
mão, porém interrompe o ritual e inicia a indução.
Diga: “olhe para esta mão, olhe para as linhas e fixe num ponto” (isto serve para
afunilar a atenção do sujeito).
Dê um leve empurrão na mão do sujeito em direção ao próprio rosto e diga “quanto
mais esta mão vai se aproximando de seu rosto, a vista vai mudando o foco e você vai
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relaxando cada vez mais... no momento em que essa mão tocar seu rosto, durma
profundamente”. No momento em que a mão tocar rosto, dê o comando “DURMA!”.
Hand Drop
Esta é uma das mais utilizadas induções de choque, por conseguir levar o sujeito a
um transe profundo de forma muito rápida. Esta rotina é recomendada que se faça com o
sujeito sentado!
Primeiro, se coloque à frente do sujeito e peça-o que coloque uma das mãos sobre a
sua, como mostra a figura abaixo:
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Peça-o que olhe fixamente para seus olhos e pressione sua mão para baixo com
bastante força. Estimule-o a colocar mais força ainda. No momento em que perceber que
os olhos do sujeito estão vidrados, ele estiver fazendo muita força e concentrado, retire sua
mão de forma brusca e diga “DURMA!”.
Dica: caso o sujeito tenha mais força que você, invés de pedi-lo para colocar a mão
sobre a sua, peça que coloque apenas dois ou três dedos.
Arm Pull
Arm Pull é a indução instantânea de choque mais famosa, e uma das mais utilizadas
por Sean Michael Andrews, conhecido como o hipnotista mais rápido do mundo.
Segure a mão do sujeito como um aperto de mão normal e, com a outra, apoie em
sua nuca, como mostra a figura:
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Peça para que o sujeito junte os pés e mantenha-os bem firmes ao chão (este
comando é importantíssimo, pois facilita na perda do equilíbrio, proporcionando o choque
e faz com que ele não caia no chão e se machuque), olhe fixamente para seus olhos e que
relaxe o braço (você pode dar algumas balançadas leves para ajudar no relaxamento). No
momento que perceber os olhos vidrados e a atenção focada, dê um LEVE puxão no braço
e diga “DURMA!”. Ampare a cabeça do sujeito em um de seus ombros.
Nota: Esta indução, vista de fora, aparenta ser bastante agressiva devido ao puxão no
braço e a forma que os sujeitos costumam cair para frente, mas isto não passa de impressão,
pois o puxão no braço deve ser feito de forma leve, e a mão na nuca serve apenas para
amparar a cabeça durante a vinda para frente, e não para puxá-la, como parece.
APROFUNDAMENTOS DO TRANSE
Contagem
Logo após a indução, diga que fará uma contagem de 1 a 5 e, no 5, o sono será 10
vezes mais profundo:
“1... relaxando cada vez mais... 2... descendo e aprofundando.... 3... afundando ainda
mais... 4... 10 vezes mais profundo e relaxado... 5... relaxe 10 vezes mais!
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Escada
“1... desça o primeiro degrau e comece a relaxar mais... 2... indo cada vez mais
fundo... 3... mais um degrau... 4... completamente relaxado... 5... quanto mais desce, mais
profundo vai... 6... ainda mais profundo... 7... descendo mais um degrau... 8... você está
chegando em nível profundo... 9... quando descer este último degrau, relaxe 20 vezes
mais... 10!”
Uma variação deste aprofundamento envolve uma escada rolante, em que você
sugestiona que o sujeito se encontra no topo de uma escada rolante muito longa e que
quanto mais os degraus vão descendo, mais ele vai se aprofundando nesse estado de
relaxamento. Uma contagem de 1 a 10 também pode ser feita.
Fracionamento de Vogt
Este método foi criado pelo hipnotista alemão Oskar Vogt, no final do século XIX.
Ele consiste em fazer uma contagem de aprofundamento, porém, quando estiver chegando
ao final, retorna a números menores e recomeça a contagem. Isto faz com que o sujeito
retorne a estados menos profundos e depois acesse um estado mais profundo do que estava
quando a contagem volta ao ponto em que parou. Por exemplo:
“1... seu corpo está completamente relaxado... todos os músculos estão soltos e
moles... 2... mais e mais profundo... a cada número, você vai aprofundando em dez vez o
estado anterior... 3... aprofundando ainda mais... Cada vez mais longe do estado anterior,
mais e mais relaxado... 4... indo cada vez mais fundo... 4... a cada contagem, o sono é ainda
mais profundo... 2... ainda mais profundo... Você continua indo cada vez mais fundo... 3...
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completamente profundo e relaxando ainda mais... 4... Dez vezes mais profundo... e cada
vez mais relaxado... 5... A cada inspiração, você aprofunda mais e mais nesse estado...
Inspire... expire... 6... dez vezes mais profundo... 3... cada vez mais profundo... 4... dez
vezes mais profundo...”
Estas são apenas algumas das infinitas formas de se gerar um estado mais profundo
de transe, use sua imaginação e crie metáforas que auxiliem no processo. Mas e se você fez
rapport, um bom pré-talk, induziu ao transe e, na hora de aprofundar, não lhe vem nada
complexo em mente? Calma, não se desespere! Aqui, as coisas mais simples tendem a
funcionar perfeitamente. Você pode dizer apenas “quanto mais relaxa, mais se sente bem...
e quanto mais se sente bem, mais relaxa... quanto mais relaxa, mais se sente bem...” e assim
sucessivamente, criando um loop de feedback e aprofundando da mesma forma.
MAIS SE
SENTE BEM
MAIS RELAXA
MAIS
PROFUNDO
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APLICANDO SUGESTÕES
Quando o sujeito se encontrar em transe, pode-se dizer que ele está pronto para
receber as sugestões do hipnotista, sejam elas terapêuticas ou não-terapêuticas (de
entretenimento). Dependendo do contexto, você poderá utilizar de formas diretas ou
indiretas de aplicar as sugestões. As formas indiretas, derivadas de Milton Erickson,
normalmente são mais utilizadas clinicamente durante sessões de terapia que tem a hipnose
como ferramenta. As sugestões diretas, ao estilo Dave Elman, são as mais usadas por
hipnotistas de palco e rua, e também bastante usadas terapeuticamente. Vale ressaltar que
uma não concorre com a outra, e ambas podem ser utilizadas concomitantemente, seja em
apresentações ou em terapia.
Para que o sujeito aceite melhor uma determinada sugestão, é importante que se crie
um contexto dentro do transe antes de aplicar a sugestão. Por exemplo: se você quer sugerir
que existe uma nuvem de mosquitos em volta da cabeça da pessoa, primeiro diga que ele
está andando em meio a uma floresta, onde é normal a ocorrência de mosquitos. Este tipo
de contextualização serve para qualquer tipo de sugestão.
SIGNO-SINAL
Quando um sujeito já está em transe, você pode tirá-lo e, facilmente, fazê-lo retornar
ao estado instalando um signo-sinal, através de uma sugestão pós-hipnótica. Para fazer isso
é muito simples, bastando você criar um sinal, gesto ou toque que o fará acessar o estado
de transe imediatamente, e dizer isso em forma de sugestão durante o transe. Por exemplo:
“quando eu, apenas eu, puxar a sua orelha direita, você entrará em transe imediatamente.”
e, no momento em que o sujeito estiver acordado, basta que você dê uma puxada na orelha
direita e pronto, ele entrará em transe novamente.
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ALGUMAS DICAS DE SUGESTÕES DE ENTRETENIMENTO
Cola
É sempre divertido usar a sugestão de existe uma cola muito poderosa para deixar o
sujeito colado em qualquer lugar: no chão, na cadeira, a mão colada na parede, etc. Use
sua criatividade.
Gaguejar
O sujeito só consegue falar gaguejando, e quanto mais ele tenta falar normal, mais
gagueja. Pode usar esta mesma ideia para o sujeito falar apenas cantando.
Diga que a partir deste momento, ele não consegue mais falar português, apenas em
outro idioma (japonês, chinês, alemão, marciano, etc.). Se tiver outro sujeito participando,
coloque-o para ser o intérprete ou para eles conversarem nesse outro idioma.
Diga que a pessoa que está ao seu lado está fedendo muito e é insuportável ficar
próximo. Peça para essa pessoa se aproximar do sujeito e tentar abraça-lo e se divirta com
as reações.
Sapato celular
Contextualize que o sujeito está aguardando a ligação de alguém que ele gostaria
muito de conversar naquele momento e que, quando você disser a palavra “hipnose” (ou
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qualquer outra), ele irá atender o próprio sapato, como se fosse um celular e irá conversar
com essa pessoa.
REMOÇÃO DE DORES
A dor é uma sensação fisiológica que, apesar de incômoda, é extremamente
necessária e de alto valor adaptativo, pois é ela que nos indica quando algo está errado em
nosso organismo e, sem ela, qualquer lesão ou inflamação nos passaria despercebida
fazendo com que não procurássemos solução para a ameaça iminente e a situação se
agravasse. Diante disso, a partir do momento que se sabe o agente etiológico da dor e se
tem a solução para o problema, ela passa a ser um desconforto desnecessário e a fim de
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interrompê-la a hipnose vem como uma alternativa completamente natural para que essa
sensação desapareça sem a necessidade de qualquer substância química. Então, antes de
utilizar a técnica descrita abaixo, analise se esta atitude não trará prejuízos futuros à pessoa.
[Ao contrário dos procedimentos anteriores, esse roteiro se inicia antes mesmo da indução
propriamente dita. Antes da indução ao transe, peça para o sujeito classificar sua dor por
meio de três variáveis: forma, cor e intensidade. No exemplo a seguir, suponha que o
sujeito tenha uma queixa em relação a uma forte dor de cabeça]
Onde dói?
Dentre as formas geométricas que você conhece, qual delas mais se assemelha ao formato
dessa dor?
[Alguns sujeitos podem ser um pouco relutantes a dar esse tipo de informação. No entanto,
ainda que ele conheça poucas figuras geométricas, é essencial que ele indique alguma figura
geométrica. Suponha que ele responda que sua dor se assemelha a um quadrado]
Imagine que você possui uma escala de cores que mostrem todas as diversas dores que
você já sentiu na vida. Qual seria a cor referente à dor máxima e qual cor indicaria ausência
de dor?
[Frequentemente, a cor mais utilizada para indicar o máximo e o mínimo de dor são as
cores vermelha e branca, respectivamente. No entanto, isso não importa tanto assim. O
importante é identificarmos a escala de cores a ser utilizada pelo sujeito. Suponha que ele
indique a cor vermelha como o valor máximo e a branca como mínimo]
Ótimo! Agora, em uma escala de um a dez, onde o um se refere a um leve incomodo e o
dez a maior dor que você já experimentou, qual o valor da dor que você sente nesse
momento?
[Suponha que o sujeito responda que sua dor tem valor igual a seis]
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Na sua escala de cores, qual seria a cor referente a dor que você sente agora?
[Suponha que o sujeito responda que a cor é alaranjada. Geralmente, os sujeitos irão
escolher alguma cor intermediária da escala criada anteriormente. No entanto, isso não
importa tanto assim: alguns sujeitos escolhem cores completamente aleatórias e isso não
compromete em nada o processo de dissociação. O importante é criar uma representação
visual para a dor do sujeito. Em nosso exemplo, trata-se de uma dor no formato de um
quadrado, de cor alaranjada e intensidade igual a seis.]
Esse quadrado alaranjado possui um número seis estampado em seu exterior. Imagine esse
quadrado sofrendo uma lenta metamorfose, até transformar-se em um triângulo amarelo.
Esse triângulo é menor que o quadrado e possui o número cinco estampado em seu
exterior.
[Se o sujeito escolher uma figura geométrica com muitos lados, como por exemplo um
hexágono, você pode transformar a figura inicial em alguma figura com menos lados. No
entanto, muitas vezes, isso não irá acontecer, bastando que o sujeito visualize outras figuras
geométricas em tamanho menor]
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Veja esse triângulo amarelo. Em determinado momento, ele começa a sofrer uma lenta
metamorfose e transforma-se em um círculo da cor bege, bem menor que o triângulo. Esse
círculo possui o número três estampado em seu exterior.
Veja esse círculo bege. Em determinado momento, ele começa a sofrer mais uma
transformação. Aos poucos, ele transforma-se em um quadrado cinza e de tamanho bem
menor que o círculo anterior. Esse quadrado cinza é realmente muito pequeno e possui o
número dois impresso em seu exterior.
[Observe que não existe problema algum se alguma figura geométrica repetir-se. Além
disso, é importante ressaltar que não existe realmente muito problema em termos
escolhido a cor cinza para representar o quadrado. Ainda que a cor cinza não tenha muita
relação com a cor bege anteriormente apresentada, ela é parecida com a cor que representa
a dor de menor intensidade: a cor branca. Ainda que essa proximidade não seja essencial,
é bom quando conseguimos atingi-la.]
Veja esse quadrado cinza. Em determinado momento, ele começa a sofrer mais uma
transformação. Aos poucos, ele transforma-se em um triângulo branco e de tamanho ainda
menor, quase imperceptível. Esse triângulo branco é minúsculo e possui o número um
impresso em seu exterior. Observe atentamente esse triângulo branco. Aos poucos, ele
começa a ficar transparente... Cada vez mais transparente... e começa a sumir... e vai
sumindo... até que desaparece.
[Se você quiser, pode estalar os dedos quando disser a palavra “desaparece”. Finalize
o transe de uma forma compatível com a indução inicial. Após o despertar do sujeito, peça
que ele avalie a dor em uma escala de um até dez. Devido aos elementos de distração e
dissociação da dor, provavelmente, ele a avaliará com um valor bem menor. É importante
ressaltar que o mesmo roteiro também poderá ser utilizado em uma sessão de auto
hipnose, seja ela verdadeira ou falsa, bastando que, previamente, você já identifique todas
as figuras geométricas, cores e números a serem utilizados]
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AB-REAÇÃO
Para algumas pessoas a hipnose é uma experiência que pode facilitar a associação a
experiências traumáticas do passado, com revivescência dos traumas passados. Algumas
vezes pode ocorrer “ab-reação”, que é a expressão de emoções reprimidas. Durante a
hipnose uma sugestão verbal, extra verbal, tátil, ou uma determinada imagem visualizada
pode fazer uma associação a algum acontecimento da vida passada do sujeito, brotando
emoções de medo, dor, temor, raiva, mágoa, etc.
Este quadro é bem raro de se acontecer, principalmente em apresentações públicas.
Até mesmo na clínica, onde mais acontece, ainda assim é raro uma ocorrência de ab-reação
espontânea (existem técnicas em que o próprio terapeuta as provoca a fim do paciente
vivencia-las durante a terapia).
Mesmo sendo um evento raro, é uma boa ideia saber o que fazer caso ocorra quando
você estiver hipnotizando alguém.
2) Não toque no sujeito: em hipótese alguma toque o sujeito ou permita que alguém
o faça, pois ele estará super sensível a estímulos, e qualquer toque pode ancorar
este estado.
4) “Sinta sua respiração e sinta-se seguro”: dando esta sugestão, você criará um loop
de feedback baseado na respiração, fazendo com que ele associe a própria
respiração à sensação de segurança. Também pode ser substituído por “sinta seus
pés no chão” ou qualquer outro estímulo físico que ele já esteja vivenciando.
5) Amnésia: é comum que o sujeito após uma ab-reação não se lembre direito ou
não se lembre de nada que ocorreu durante o transe, e não será você quem vai
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lembra-lo! Após a retirada do transe, apenas pergunte afirmativamente se o
sujeito está bem, como por exemplo: “está tudo bem, né? Você parece estar
ótimo, não é mesmo?”.
6) Encerre: após certificar de que o sujeito está bem e tranquilo, apenas agradeça-o
pela participação e não o hipnotize mais neste dia. Procure não tocar no assunto
sobre o que aconteceu para não gerar um trauma desnecessário de hipnose.
AUTO HIPNOSE
“Se formos livres por dentro, nada nos aprisionará por fora”
(Augusto Cury)
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relaxamento e sonolência. O método para a autoindução escolhido por você se torna mais
eficaz quanto mais você pratica.
O próximo passo é usar a auto sugestão para aprofundar o estado de relaxamento.
Fale repetidamente a você mesmo frases do tipo: “estou me sentindo cada vez mais
relaxado e confortável”, “enquanto respiro, aprofundo mais e mais neste estado”.
Uma vez que você se sinta completamente relaxado, se encontrará num estado ideal
de auto hipnose. Você poderá aproveitar este estado particular e sugestivo para se instalar
um signo sinal, lhe permitindo acessar este estado no momento em que desejar.
Auto Sugestões
Antes de se conduzir ao processo de auto hipnose, é útil que você pense nas sugestões
que deseja determinar a si mesmo. As sugestões podem ser afirmações simples com o
propósito de desfazer os danos feitos pelo semeio constante em nossas vidas de
pensamentos negativos, ou pode ser usado para fazer ajustes psicológicos elevando a auto
confiança e motivação para ajudá-lo a alcançar as metas que estabeleceu.
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DICAS DE LEITURA
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MANUAL DE HIPNOTERAPIA HIPNOSE NÃO EXISTE?
ERICKSONIANA AUTORES: STEVEN HELLER E TERRY
AUTORA: SOFIA BAUER LEE STEELE
CANAIS NO YOUTUBE
HIPNOTIME – www.youtube.com/tonlucas
Demonstra como a hipnose pode ser usada em diversos contextos, tanto clínicos quanto
em entretenimento de forma divertida e interessante, através de vídeos muito bem
produzidos.
SUPERMEMÓRIA – www.youtube.com/supermemoria
Atualmente o maior canal do Brasil de vídeos didáticos sobre hipnose, com tutoriais e
rotinas ensinados por Alberto Dell’Isola.
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