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Graduado em Letras Libras pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA e Pós-Graduado lato sensu
em Docência no Ensino Superior pela Faculdade de São Vicente – FSV.
Sumário
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 3
2 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 3
3 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................................. 4
4 OBJETIVOS .............................................................................................................................. 4
6 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 8
7 CRONOGRAMA ....................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO
Quando olhamos para os estudos linguísticos sobre a língua de sinais brasileira
– LSB é percebível a existência de uma enorme variedade de estudos, entretanto deixa a
amostra que os estudos sobre o ensino da língua de sinais possuem uma enorme lacuna,
mesmo com o Decreto 5.626 de dezembro de 2005 onde a língua passa a ser componente
obrigatório em alguns casos e opcional em outros com avanços e incentivos em alguns
casos. Historicamente a língua já sofre por ainda possuir marcas na sociedade que a LSB
está ligada somente aos “deficientes”, e, que não existe a necessidade de se fazer o
aprendizado de uma língua minoritária, deixando de lado toda a cultura de um grupo que
ao longo dos anos vem emergindo das brechas socias e educacionais.
O objetivo deste trabalho e devido a enorme crescente quanto ao uso das
tecnologias na educação e não podemos privar que o material didático-pedagógico que
serve como suporte no ensino da língua de sinais fique de fora dessa evolução,
observamos que o uso da tecnologia e das ferramentas tecnológicas passaram a ser
bastante importante por se trata de uma língua visuoespacial. Isso é devido a enorme
crescente do uso de smartphones, tablets e computadores que cada vez mais estão
conectados à internet, e principalmente contendo inúmeras plataforma e apps que
passaram a fazer parte do nosso dia a dia na comunicação e informação.
Assim procuramos neste trabalho uma forma de conciliar as estratégias e
metodologias para o ensino de uma língua carregada de especificidades ao uso da
tecnologia que nos rodeiam diariamente e de fácil acesso.
2 JUSTIFICATIVA
Poucas pesquisas hoje em dia se preocupam em debater como elaborar e
organizar os sinais que se apresentam no material didático “apostila” e tão pouco os
parâmetros que constituem o sinal. A língua por ser visuoespacial se apresentando de
forma peculiar e diferente das línguas orais - LO, devemos levar em consideração a sua
cultura, seus artefatos e principalmente as pessoas que não possuem saberes sobre os
surdos e sua língua e procuram aprender a língua
Quanto a produção das “apostilas” para o ensino da língua encontraremos
diversos modelos que são organizados e desenvolvidos pelos Centros de Assistência as
Pessoas com Surdez, Associações de Surdos e Instituições de Ensino Público e Privado e
grande parte encontrados na rede de internet, e o que me exprime inquietude são como as
imagens dos sinais são expostas e apresentadas no material.
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As imagens ao longo dos anos não sofrem uma atualização ou até mesmo uma
reformulação, assim vem sendo repassado ao longo dos anos de forma adaptadas em que
as imagens com os sinais são coladas ou desenhadas e logo em seguida são xerocadas, e
em muitos casos deixando as imagens incompreensiva para que vai fazer o uso do
material por serem copias e muitas vezes copias de copias onde a o desgaste do desenho.
Sendo assim relevante que o sinal nesses materiais se apresente de novas formas e que
passe a transmitir o sinal sua descrição de forma clara e compreensível para que o
interpretante consiga entender e aprender mediado pela tecnologia.
3 PROBLEMATIZAÇÃO
Os sinais que fazem parte da organização desse material ao longo dos anos não
sofrem uma atualização ou até mesmo uma reformulação e sendo repassado ao longo dos
anos via xerox em adaptações em que as imagens são coladas e logo em seguida xerocada,
essa por sua vez em muitos casos não deixando as imagens clara, por já ser copias de
copias, sem uma compreensão clara do sinal que está posto em questão. Assim é de suma
importância que o sinal nos materiais didáticos possua a descrição do sinal, pois
possibilitara que o interpretante consiga ter uma maior compreensão de como o sinal se
constitui.
Para contemplar o que viemos aqui propor podemos usar uma ferramenta
bastante popular na rede de informação que é o YouTube, sendo auxiliado por um app
que gera informação e possibilita sua leitura de forma simples e imediata, essa ferramenta
é conhecida como código QR que é basicamente um código barrametrico sendo
bidimensional que está associado a comunicação e que na sua leitura pode carregar
inúmeras informações com diversos temas circulante no meio informativo.
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Analisar as imagens da apostila e através da análise organizar e desenvolver
vídeos com a descrição dos parâmetros podendo ser acessado via leitura de código QR
ou link para que a pessoa que busca aprender a língua de sinais brasileira possa acessar o
conteúdo digitalmente.
4.2 Objetivo especifico
1. Analisar os desenhos dos sinais que são apresentados no material didático-pedagógico
“apostila”;
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2. Organizar os sinais digitalmente para ser acessado com a leitura do código QR e link
no qual seja direcionado a uma plataforma de vídeo;
4. Reorganizar um material didático-pedagógico “apostila” no qual os desenhos sejam
substituídos pelos códigos QR e links de acesso a plataforma de vídeo.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A resiliência da Língua de Sinais – LS em diversos momentos nos registros nos
apresenta o quanto ainda temos que debates sobre o material didático-pedagógico, esse,
como mediador no Ensino da LSB sendo organizado por diversas Instituições a exemplos:
Ministério da Educação; Centro Ensino e Apoio a Pessoa com Surdez; Instituições de
Ensino Superior - IES entre outro.
É basicamente assim: a língua de sinais por se manifestar pelas construções que
o surdo faz diante do conhecimento que tem sobre algo se repetindo pela mesma
circunstância que a língua oral procurando mecanismo que venha possibilitar as
articulações no qual faça construções de símbolos, sua linguagem se torna um fator
“superorgânico” ou de cultura aplicando permanentemente os parâmetros concatenados
para comunicar.
Para Sánchez (2011, p.17):
“[...], a comunicação humana é essencialmente diferente e superior a toda outra
forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos nascem com os
mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem
normalmente, independentes de qualquer fator racial, social ou cultural”.
Quando voltamos nossos olhos para o ensino da LSB, basicamente o que mais
se repete é como ensina Língua Portuguesa - LP ao sujeito surdo, como o surdo faz suas
construções linguísticas, ou seja, basicamente olhando sempre para a necessidade do
sujeito surdo no meio social e educacional, e poucas pesquisas se desenvolvendo sobre
como esse material se faz presente no dia a dia dos docentes e discentes, é de suma
importância que o docente tenha um material claro, que leve em consideração as
diferenças linguísticas que não veja o ensino da língua apenas como conjunto simples de
gestos que passa a possuir uma estrutura própria. Os materiais de ensino para a LSB
basicamente são compostos por apostilas, pouco temos produções de Livro Didático –
LD, assim, essa estrutura cristalizada se apresenta por setores, entretanto o mais relevante
é o sentido, a negação da individualidade e o controle ideológico exercido pela conduta e
direção do professor.
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6 METODOLOGIA
O corpus a ser pesquisado serve para o ensino da LSB como primeira língua L1
ou segunda língua L2, pois não podemos restringir as pessoas da possibilidade de
aprender uma língua adicional. As fontes, a escolha do objeto, as questões a ser levantada,
a delimitação do espaço, a narrativa adequada que tenha o compromisso de explicar, e
não de julgar os seus elementos fundamentais para a construção de um bom trabalho.
Basicamente o conceito de fonte seria todos os materiais e vestígios produzidos
pela ação humana em determinado tempo e espaço, as fontes servem como pistas, indícios
ou vestígios na investigação que iremos busca. Para esse projeto optamos inicialmente
em fazer uma pesquisa que mescla as abordagens qualitativa-descritiva-explicativa 2.
Desta forma, seguiremos os passos teóricos e metodológicos para o
desenvolvimento desta pesquisa que tem como objetivo: desenvolver um código QR
carregando informações em vídeo de como o sinal é feito e na descrição dos vídeos os
parâmetros de cada sinal.
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De acordo com José D’ Assunção Barros (2004) a responsabilidade do pesquisador que trabalha com essa
abordagem é oferecer ao leitor uma análise, descrição e interpretação densa do contexto estudado, bem
como as características dos sujeitos.
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7 CRONOGRAMA
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Utilizaremos como base da pesquisa o material didático-pedagógico usado para o ensino da língua na
escola pública estadual e na instituição de ensino superior e os repositórios da Capes, Anais, revistas Qualis
A1 e A2 sobre o ensino da LSB e outras plataforma se necessário.
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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BARROS, José D' Assunção. Cidade e história. Petrópolis: vozes, 2007. 128p.
BRITO, Lucinda Ferreira. Por uma gramática de línguas de sinais. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1995.
Decreto nº 5.626, de dezembro de 2005. Decreto nº 5626 planalto.gov.br.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
28. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
Instituto Nacional de Educação de Surdos, INES. Disponível em: ines.gov.br. acessado
em 23/07/2021.
LIMA, F. O. A sociedade digital: impacto da tecnologia na sociedade, na cultura, na
educação e nas organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.
MACHADO, J. L. de A. Celular na sala de aula: O que fazer? 2010. Disponível em:
<http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1621>.Acesso em:
18/07/2021.
QUADROS, R. M; KARNOPP. L.B. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos.
Porto Alegre: Artmed. 2004.
SANCHÉZ, 1990. In: ALVES, Marlene Rodrigues. Inclusão do Aluno Surdo Num
Mesmo Espaço Escolar, Com Alunos Ouvintes do Ensino Regular da Rede
Particular. Maringá/PR: Revista Eficaz, 2011.