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Resumo da Live

Por Daiany Dezembro

Aposto que você


acha quase
impossível transpor
o tom da música
enquanto toca!
O que é uma transposição
na música?

Cuidado! Transpor é
diferente de
transcrever uma
música!

Transcrever uma melodia consiste em


grafá-la na mesma altura, usando um
sistema diferente, por exemplo, uma
outra clave. Transpor uma melodia
consiste em grafar, ler, tocar ou
cantá-la em outra altura ou num
outro tom.

Um exemplo: imagine que você tenha


em mãos uma canção escrita na clave
de sol e você gostaria que um amigo
a tocasse na viola clássica. Neste
caso, você terá que reescrever a
melodia para a clave deste
instrumento (clave de dó). Essa ação
de “passar” a mesma melodia da
clave de sol para a clave de dó,
mantendo a altura exata das notas, é
um exemplo de transcrição e não de
transposição.

A transposição acontece quando há a


ação de “passar” uma melodia de
uma tonalidade para outra
(modificando as alturas notas).
Ainda que transpor e modular são dois
conceitos relacionados com a mudança de tonalidade, não são a mesma
coisa! A modulação ocorre no decorrer da música e atende à
proposições estéticas com finalidades específicas como por exemplo,
utilizar uma melhor região de tessitura de um instrumento, ou ainda,
trazer uma quebra no paradigma de sonoridade e sensação musical do
ouvinte em sua escuta. Ela é um movimento preparado pelo compositor, e
para o qual ocorre uma curva harmônica evidenciando o uso desse
recurso de forma intencional e proposital. Já a transposição não possui
este caráter de ocorrer no meio do discurso musical; na transposição não
há uma mudança de centro tonal ao longo do discurso. Ele simplesmente
muda para uma altura diferente da altura original da peça.

Qual a relação da transposição com os


instrumentos transpositores?
Um instrumento transpositor é aquele cuja escrita musical diverge de
alguma maneira do som realmente emitido. Instrumentos como o
violino, o cavaquinho, o piano, a viola erudita, o violoncelo, possuem
sincronia entre o som emitido e o que está na partitura. Essa escrita
traduz o que chamamos de som real.

Veja, por exemplo, o violão. É um instrumento transpositor de oitava,


assim como a guitarra elétrica. Ambos utilizam a clave de sol, mas se o
violonista ou guitarrista tocar em uma partitura de guitarra, a nota lá
do segundo espaço da pauta (onde se grafa habitualmente o lá 440
hertz), vai soar o lá 220 hertz, porque para o violão e a guitarra, todo
som escrito representa outro som uma oitava abaixo. Isso significa que
se um violonista vai ler uma partitura para piano, para tocar em
uníssono, ele precisará ler a partitura uma oitava acima.
Mas há mais casos de instrumentos transpositores.
Veja nas tabelas abaixo, extraídas do livro "Arranjo,
método prático (Ian Guest)"
Qual o segredo da
transposição lida?
E quais as vantagens?
to
Praticando o pensamen
transpositor

Na escrita:
faça na próxima página, a transposição da
canção “Berimbau (Baden Powel)”.

3 pontos a cuidar: nova armadura de clave, distância


intervalar de cada nota/acorde, efeito dos acidentes
ocorrentes.
HOR
A DE
PRA
TICA
R
Na leitura - observe os padrões
intervalares, a tonalidade, os acidentes
ocorrentes na canção “Canto de
Ossanha (Baden Powel)”.

2 pontos a cuidar: posicionamento


funcional das notas e acordes na
tonalidade original e transposta, leitura
relativa (movimento de deslocamento
das notas na pauta),

No dia-a-dia instrumental
- faça exercícios práticos
como estes por exemplo:
Sou muito iniciante
na música. Isso
realmente serve
pra mim?

ESSAS FALAS TE REPRESENTAM?

Para o meu
instrumento não é
necessário
praticar
transposição!

Não dá pra ficar


somando notas na
hora de transpor

Tem que ir por ouvido então, Daiany?


Um pouco por ouvido, um pouco por mapeamento


tátil do instrumento, e um pouco por relatividade
intervalar.

É nesta somatória de princípios que você sai da ideia


(quase impossível), de ficar contando tantas notas
pra cima ou para baixo - porque isso te faz perder o
ritmo musical... simplesmente não dá tempo de
pensar e tocar sem errar o ritmo.

Observe qual o primeiro grau daquela melodia,


posicione ele na escala (tonalidade) à qual pertence
aquela melodia, leia então o movimento que ela faz
na pauta (o sentido mais agudo ou mais grave), os
saltos (perceba os intervalos formados visualmente),
e converta isso em reflexos motores para o seu
instrumento.

Deixa o ouvido guiar se a sua forma de conduzir a


leitura desta forma está indo corretamente ou não.
Coloque a
prática da
transposição na
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@possotocar_dd

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