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Higiene Laboral /

Segurança e Qualidade
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Introdução

O Risco Sanitário é a probabilidade que os produtos e serviços possuem de gerar danos à saúde da população.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é uma instituição ligada ao Ministério da Saúde, estável administrativa-
mente e com independência financeira, seu objetivo é proteger e promover a saúde, a fim de garantir a segurança sanitária e
qualidade dos produtos e serviços, através da clareza, do conhecimento como base para a execução e colaboração.

A ANVISA atua nas seguintes áreas:

Alimentos;
Toxicologia;
Produtos fumíngeos;
Medicamentos genéricos;
Cosméticos;
Saneantes;
Sangue;
Tecidos e outros órgãos;
Serviços e produtos para saúde;
Laboratório de saúde pública;
Inspeção e controle de medicamentos e produtos;
Portos, Aeroportos e Fronteiras;
Regulação econômica;
Monitoramento de mercado;
Vigilância sanitária de produtos de saúde após a comercialização (realizando a revalidação, alteração ou suspensão).

 
A qualidade dos serviços de saúde abrange:

A infra-estrutura do estabelecimento (conformidade e manutenção);


A gestão dos insumos (procedimentos e sistemas informatizados);
A gestão de tecnologia (manutenção preventiva e corretiva);
A capacitação de equipes para a utilização de tecnologias.

 
As fontes de informação da Anvisa efetuadas através do recebimento de notificações voluntárias e também de busca ativa
de ocorrências adversas.

Existem quatro áreas que são priorizadas quando se trata de gerenciamento de risco sanitário hospitalar:

Tecnovigilância;
Farmacovigilância;
Hemovigilância; e
Controle de infecção hospitalar/saneantes.

 
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Sistema de Vigilância

A vigilância é realizada através de:

Coleta;
Análise;
Interpretação constante e sistemática de informações de saúde que são fundamentais para a realização do
planejamento;
Implementação e execução de práticas de saúde integradas à divulgação dessas informações para as pessoas que
precisam ter conhecimento delas em tempo hábil.

Consiste em um estudo de casos associado a um estudo de incidência.

O objetivo do sistema de vigilância consiste em avaliar uma certa situação, além de estabelecer as prioridades, fiscalizar e
avaliar as ações e programas realizados, a fim de detectar problemas e produzir pesquisas.

A vigilância realizada de forma adequada e efetiva poderá diminuir a possibilidade de que sejam tomadas decisões erradas.

O sistema de vigilância é formado por:

Sistema de notificação;
Investigação de eventos e reações adversas realizada de forma espontânea ou através dos hospitais sentinelas e de
um banco de dados das reações adversas.

E através disso são realizados relatórios periodicamente.

A vigilância deverá ser realizada através de um planejamento, para que dessa forma possa cumprir todas as demandas dos
usuários, as necessidades da saúde e conseguir informações para atividades e/ou tomada de decisões.

Existem algumas limitações nos sistemas de vigilância que podem dificultar o processo, como a subnotificação, notificações
incompletas (por medo de que se tenha alguma punição, desconhecimento em relação à importância ou da definição de
caso, falta de recursos, etc) e informações sem representação.

É muito importante que se tenha a participação no planejamento da vigilância dos usuários e outros profissionais de diferen-
tes áreas, como:

Clínicos;
Engenheiros de materiais;
Pessoal de comissões de controle de infecção hospitalar;
Farmácia hospitalar;
Banco de Sangue;
Administradores hospitalares;
Entre outros.

Para que desta forma seja possível ampliar as chances de se conseguir dados confiáveis, e assim obter mais respostas para
as demandas do usuário, uma melhor comunicação e também uma concordância maior.

Existem três tipos de vigilância:

Passiva – quando se iniciam pelos profissionais de saúde;


Ativa – quando são iniciadas pelo departamento/instância pertinente;
Sistema sentinela – utilizada para eventos específicos.

 
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Importância da Tecnologia/Tecnovigilância em Saúde No Risco Sanitário Hospitalar

A missão da tecnovigilância é promover e proteger a saúde, através da garantia de que os produtos da saúde comercializa-
dos apresentem segurança e eficácia.

Desta forma, busca assegurar a segurança, preservando e favorecendo a qualidade dos produtos utilizados, através da sis-
tematização dos eventos adversos conhecidos e desconhecidos nas variadas áreas do sistema de saúde.

Seus objetivos são:

Equipamentos médicos-hospitalares;
Produtos para diagnóstico in vitro;
Artigos e materiais de utilização médica.

A preservação da qualidade busca cumprir aquilo que foi prometido, mantendo os princípios preventivos, corretivos e de
avaliação.

 
Princípios preventivos:

Manutenção adequada;
Frequência indicada;
Condição de uso indicada.

 
Princípios corretivos:

Documentação;
Investigação das consequências atuais ou potenciais;
Corrigindo ou intervindo.

 
Princípios de avaliação:

Comparação com o registro;


Testes;
Documentação para melhorias.

 
A tecnologia em saúde é formada pelos equipamentos que são usados nas atividades dos serviços de saúde e por técnicas
que englobam a infraestrutura e organização dos serviços de saúde.

A cada dia são utilizadas novas tecnologias na prestação de serviços de saúde, abrangendo vários processos e procedi-
mento, como na identificação do paciente, na investigação da hipótese diagnóstica e até mesmo no exame físico, entre
outros.

A integração constante da tecnologia em serviços de saúde requer o uso de intenso de produtos de saúde. E a gestão de
tais produtos, na seleção, compra, utilização, manutenção e descarte, é um fator de extrema importância para a qualidade e
segurança dos pacientes e serviços de saúde.

 
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Situações Práticas

Dentre as situações práticas, para maior fixação da matéria, estaremos trabalhando tópicos voltados para a prática e fixação
do conteúdo.

 
Situação Prática 1:

Em uma inspeção da vigilância sanitária foram identificados na Unidade de Terapia Intensiva no expurgo um dreno com
aproximadamente 100ml de secreção sanguinolenta no chão

Quais os impactos apresentados?

 
Situação Prática 2:

Na cozinha industrial de uma rede hoteleira foi identificado que para se chegar ao ponto de descarte de resíduos alimentares
antes de serem processados era necessário atravessar a área dos alimentos prontos para serem servidos? Quais os impac-
tos envolvidos?

 
Situação Prática 3:

Ao descartar o resíduo proveniente de uma sessão de quimioterapia o técnico novo no setor, depositou os resíduos no cole-
tor de resíduos comuns. Cite os riscos e aspectos envolvidos?

 
Situação Prática 4:

Ao finalizar o plantão a técnica de enfermagem do Centro Cirúrgico abraçou a caixa de pérfuro- cortante sem estar lacrada,
ultrapassando a linha mercatória de segurança. Aconteceu o acidente acometendo seu abdome. Qual os impactos
apresentados?

 
 
 
 
 
 
Atividade Extra

Leia o artigo: PACHECO, Roberto Carlos dos Santos et al . A Revista Engenharia Sanitária e Ambiental no Sistema
Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação. Eng. Sanit. Ambient.,  Rio de Janeiro ,  v.Próxima
20, n. 1, p. 1-16,  marzo  2015 .  
Disponible en <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522015000100001&lng=es&nrm=iso>. acce-
dido en  11  oct.  2020.  https://doi.org/10.1590/S1413-41522015020000132891.

 
Consulte: Legislação básica em vigilância sanitária 1998 Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Departamento de
Vigilância da Saúde. Divisão de Vigilância Sanitária Manual financiado através do Convênio 401 (para a Descentralização
das Ações de Vigilância Sanitária) - SVS/MS – SESAB. 1ª edição É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde
que citada a fonte. http://www.ccs.saude.gov.br/visa/publicacoes/arquivos/Legisla%C3%A7%C3%A3o%201%20-
%20Leis%20%20e%20Decretos.pdf

 
 
 
Referência Bibliográfica
Estranhou essa explicação?
HINRICHSEN, S. L. Biossegurança e Controle de Infecções: Risco Sanitário Hospitalar. Rio de Janeiro, 2004.

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