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DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA

Considera-se devolução, o retorno de mercadoria ao estabelecimento de origem, nas hipóteses


abaixo discriminadas:

I - a decorrente de qualquer das seguintes eventualidades:

a) avaria;

b) vício, defeitos e diferença na qualidade ou na quantidade das mercadorias;

c) divergências nos prazos e nos preços ajustados;

d) saída de mercadorias cuja entrega seja sustada anteriormente à sua entrada no


estabelecimento do destinatário, por motivos supervenientes;

e) quando a mercadoria houver saído para simples demonstração.

II - a efetuada dentro do prazo de garantia decorrente da obrigação assumida pelo remetente ou


fabricante, de substituir ou reparar a mercadoria, se esta apresentar defeito.

Em se tratando de venda a não contribuinte e na impossibilidade de substituição ou reparo,


poderá se processar a devolução de mercadorias, através da anulação da venda, emitindo-se
nota fiscal de entrada para reincorporação no seu estoque e recuperação do imposto pago, na
qual deve conter o modelo, número, data e valor do documento fiscal original.

A nota fiscal, servirá para acompanhar a mercadoria em seu retorno ao estabelecimento de


origem.

Na operação interestaduais de devolução, total ou parcial, de mercadoria ou bem, inclusive


recebido em transferência, aplicar-se-á a mesma base de cálculo e a mesma alíquota constante
do documento que acobertar a operação anterior de recebimento da mercadoria ou bem.

Sendo a devolução efetuado por contribuinte optante pelo Simples Nacional, deverá ser
observada o disposto na Resolução CGSN 094/2011, Art. 57, o qual transcrevo infra:

Art. 57. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional utilizará, conforme as operações e
prestações que realizar, os documentos fiscais, inclusive os emitidos por meio eletrônico,
autorizados pelos entes federados onde possuir estabelecimento. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 1º Relativamente à prestação de serviços sujeita ao ISS, a ME ou EPP optante pelo Simples


Nacional utilizará a Nota Fiscal de Serviços, conforme modelo aprovado e autorizado pelo
Município, ou Distrito Federal, ou outro documento fiscal autorizado conjuntamente pelo Estado
e pelo Município da sua circunscrição fiscal. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I
e § 4º)

§ 2º A utilização dos documentos fiscais fica condicionada: (Lei Complementar nº 123, de 2006,
art. 26, inciso I e § 4º)
I - à inutilização dos campos destinados à base de cálculo e ao imposto destacado, de obrigação
própria, sem prejuízo do disposto no art. 56; e

II - à indicação, no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo


do documento, por qualquer meio gráfico indelével, das expressões:

a) "DOCUMENTO EMITIDO POR ME OU EPP OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL"; e

b) "NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI".

§ 3º Na hipótese de o estabelecimento da ME ou EPP estar impedido de recolher o ICMS e o


ISS pelo Simples Nacional, em decorrência de haver extrapolado o sublimite estabelecido, em
face do disposto no art. 12: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

I - não se aplica a inutilização dos campos prevista no inciso I do § 2º;

II - o contribuinte deverá consignar, no campo destinado às informações complementares ou, em


sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico indelével, as expressões:

a) "ESTABELECIMENTO IMPEDIDO DE RECOLHER O ICMS/ISS PELO SIMPLES NACIONAL,


NOS TERMOS DO § 1ºDO ART. 20 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006";

b) "NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO FISCAL DE IPI".

§ 4º Quando a ME ou EPP revestir-se da condição de responsável, inclusive de substituto


tributário, fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto retido no campo próprio ou,
em sua falta, no corpo do documento fiscal utilizado na operação ou prestação. (Lei
Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 5º Na hipótese de devolução de mercadoria a contribuinte não optante pelo Simples


Nacional, a ME ou EPP fará a indicação no campo "Informações Complementares", ou no
corpo da Nota Fiscal Modelo 1, 1-A, ou Avulsa, da base de cálculo, do imposto destacado,
e do número da nota fiscal de compra da mercadoria devolvida, observado o disposto no
art. 63. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 6º Ressalvado o disposto no § 4º, na hipótese de emissão de documento fiscal de entrada


relativo à operação ou prestação prevista no inciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar
nº 123, de 2006, a ME ou a EPP fará a indicação da base de cálculo e do ICMS porventura
devido no campo "Informações Complementares" ou, em sua falta, no corpo do documento,
observado o disposto no art. 63. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 7º Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NFe), modelo 55, não se aplicará o
disposto nos §§ 5º e 6º, devendo a base de cálculo e o ICMS porventura devido ser
indicados nos campos próprios, conforme estabelecido em manual de especificações e
critérios técnicos da NF-e, baixado nos termos do Ajuste SINIEF que instituiu o referido
documento eletrônico. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 8º Na prestação de serviço sujeito ao ISS, cujo imposto for de responsabilidade do tomador, o


emitente fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao imposto devido no campo próprio ou,
em sua falta, no corpo do documento fiscal utilizado na prestação, observado o art. 27, no que
couber. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 9º Relativamente ao equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), deverão ser observadas


as normas estabelecidas nas legislações dos entes federados. (Lei Complementar nº 123, de
2006, art. 26, inciso I e § 4º)

§ 10. Os documentos fiscais autorizados anteriormente à opção poderão ser utilizados até o
limite do prazo previsto para o seu uso, desde que observadas as condições desta Resolução.
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 26, inciso I e § 4º)
5. CFOP de Devolução

5.1. Relações dos CFOPS nas operações de entrada

Devolução de venda de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros
Classificam-se neste código as devoluções de vendas de
1.202 2.202 3.202 mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não
tenham sido objeto de industrialização no estabelecimento, cujas
saídas tenham sido classificadas como "Venda de mercadoria
adquirida ou recebida de terceiros".

5.2. Relações dos CFOPS nas operações de saída

Devolução de compra para comercialização


Classificam-se neste código as devoluções de mercadorias
5.202 6.202 7.202
adquiridas para serem comercializado, cujas entradas tenham
sido classificadas como "Compra para comercialização".

Fonte: Fiscal
Káiros Contabilidade
(96) 9 9970-1415 / e-mail: kairoscontabil.fiscal@gmail.com

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