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Resumo: Nesta oportunidade comentaremos o tratamento fiscal aplicável nas operações com mercadorias remetidas
para guarda em depósito fechado, com fundamento nos arts 1º ao 5º do RICMSSP, aprovado pelo Decreto
nº 45.490/00.
Origem: SP
Qualificações: Tributário
Número: 42/2017
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Depósito Fechado
4.3. Esquema
5.3. Esquema
6. Saída de Mercadoria para Entrega a Depósito Fechado por Conta e Ordem do Adquirente
6.4. Esquema
1. INTRODUÇÃO
Nesta oportunidade comentaremos o tratamento fiscal aplicável nas operações com mercadorias remetidas para guarda em depósito
fechado, com fundamento nos arts 1º ao 5º do Anexo VII do RICMSSP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.
2. DEPÓSITO FECHADO
Para efeitos da legislação estadual, considerase depósito fechado o estabelecimento filial que tem por finalidade exclusiva a guarda de
mercadorias do próprio contribuinte, vedada a prática de atividade mercantil (art. 17, I, do RICMSSP).
O depósito fechado será entendido como extensão do estabelecimento matriz cuja personalidade jurídica guarda as características de
estabelecimento filial.
"Artigo 19 Desde que pretendam praticar com habitualidade operações relativas à circulação de mercadoria ou
prestações de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação, deverão inscreverse no Cadastro de
Contribuintes do ICMS, antes do início de suas atividades (Lei 6.374/89, art. 16, na redação da Lei 12.294/06, art. 1º, IV):
()
§ 2º Qualquer pessoa mencionada neste artigo que mantiver mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência,
depósito, fábrica ou outro, inclusive escritório meramente administrativo, fará a inscrição em relação a cada um deles".
Diante do citado dispositivo, verificase que o depósito fechado de um estabelecimento de contribuinte deve ser inscrito no Cadastro de
Contribuintes do ICMS, e, portanto, se sujeitará ao cumprimento de obrigações acessórias, tais como emissão de nota fiscal, escrituração, etc.,
assim, a exigência da Inscrição Estadual do depósito fechado independe da ausência de prática de atividade mercantil.
A remessa de mercadorias com destino a depósito fechado localizado neste Estado, bem como o seu retorno ao estabelecimento de
origem está amparada pela não incidência do ICMS, conforme previsto no art. 7º, II e III, do RICMSSP.
Na saída de mercadoria do estabelecimento depositante com destino a depósito fechado, ambos pertencentes ao mesmo titular e
localizados neste Estado, será emitida nota fiscal que conterá, além dos demais requisitos (art. 1º do Anexo VII do RICMSSP):
a) o valor da mercadoria;
c) CFOP: 5.905;
d) no campo "Informações Complementares", a indicação: "Não incidência do ICMS, conforme art. 7º, inciso II, do
RICMSSP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00".
Na saída de mercadoria em retorno ao estabelecimento depositante, o depósito fechado emitirá nota fiscal que conterá, além dos demais
requisitos (art. 2º do Anexo VII do RICMSSP):
a) o valor da mercadoria;
c) CFOP: 5.906;
d) no campo "Informações Complementares", a indicação: "Não incidência do ICMS, conforme art. 7º, III, do RICMSSP,
aprovado pelo Decreto nº 45.490/00";
4.3. Esquema
Para melhor entendimento, no esquema a seguir demonstraremos os procedimentos descritos nos subtópicos 4.1 e 4.2:
Na saída de mercadoria armazenada em depósito fechado, com destino a outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa, serão
adotados os procedimentos indicados nos subtópicos a seguir (art. 3º do Anexo VII do RICMSSP).
O estabelecimento depositante emitirá nota fiscal em nome do destinatário que conterá, além dos requisitos normalmente exigidos:
a) o valor da operação;
b) a natureza da operação;
e) no campo "Informações Complementares", a indicação de que a mercadoria será retirada de depósito fechado, o
endereço deste e seus números de inscrição, estadual e no CNPJ.
O depósito fechado, no ato da saída efetiva da mercadoria, emitirá nota fiscal em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do
valor do imposto que, além dos requisitos normalmente exigidos, conterá:
a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de sua entrada no depósito fechado;
c) CFOP: 5.907;
d) o número, a série, quando adotada, e a data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante;
e) o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimento a que se destinar a
mercadoria.
O depósito fechado indicará, no verso das vias da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, destinadas a acompanhar a
mercadoria, a data da sua efetiva saída, o número, a série, quando adotada, e a data da emissão da nota fiscal prevista no subtópico 5.2.
A nota fiscal emitida na forma do subtópico 5.2 será enviada ao estabelecimento depositante, que deverá registrála no livro Registro de
Entradas, dentro de dez dias contados da saída efetiva da mercadoria do depósito fechado.
A mercadoria será acompanhada em seu transporte da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante.
Se o estabelecimento depositante emitir a nota fiscal prevista no subtópico 5.1 com uma via adicional para ser retida e arquivada pelo
depósito fechado, poderá este, na hipótese de emissão de nota fiscal de retorno simbólico, emitir uma única nota fiscal que contenha o resumo
diário dessas saídas, dispensada a indicação do nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do
estabelecimento a que se destinar a mercadoria.
5.3. Esquema
Para melhor entendimento, no esquema a seguir demonstraremos os procedimentos descritos nos subtópicos 5.1 e 5.2:
Na operação interestadual de saída de mercadorias armazenadas em depósito fechado com destino a outro estabelecimento ainda que da
mesma empresa devem ser observados, além das normas internas dos Estados envolvidos, as disposições do Convênio SINIEF s/nº de
15/12/1970.
Dessa maneira, a saída de mercadorias armazenadas em depósito fechado, com destino a outro estabelecimento ainda que da mesma
empresa não está restrita às operações internas, podendo ser realizadas, inclusive, nas operações interestaduais, com fundamento no art. 24,
do Convênio SINIEF s/nº de 15/12/1970.
O Convênio SINIEF s/nº de 15/12/1970, ajusta procedimentos a serem observados pelos contribuintes de todas as unidades federadas,
especialmente, no tocante à emissão de documentos fiscais.
6. SAÍDA DE MERCADORIA PARA ENTREGA A DEPÓSITO FECHADO POR CONTA E ORDEM DO ADQUIRENTE
Na hipótese em que o contribuinte adquirir mercadoria e solicitar a entrega em depósito fechado, ambos os estabelecimentos localizados
no território paulista e pertencentes ao mesmo titular, o estabelecimento destinatário será considerado depositante, devendo ser adotados os
procedimentos indicados nos subtópicos a seguir (art. 4º do Anexo VII do RICMSSP).
O remetente (fornecedor) emitirá nota fiscal que, além dos requisitos normalmente exigidos, conterá:
Após a entrega da mercadoria no depósito fechado pelo fornecedor, o estabelecimento depositante deverá:
a) registrar a nota fiscal no livro Registro de Entradas, dentro de dez dias, contados da data da entrada efetiva da
mercadoria no depósito fechado;
b) emitir nota fiscal relativa à saída simbólica, dentro de dez dias, contados da data da entrada efetiva da mercadoria no
depósito fechado, mencionando, ainda, o número e a data do documento fiscal emitido pelo remetente/fornecedor, que
conterá:
c) remeter a nota fiscal de que trata a letra "b" ao depósito fechado, dentro de cinco dias, contados da respectiva
emissão.
Todo e qualquer crédito do imposto, quando cabível, será conferido ao estabelecimento depositante (art. 4º, § 4º, do Anexo VII do RICMS
SP).
a) registrar a nota fiscal que tiver acompanhado a mercadoria no livro Registro de Entradas;
b) mencionar a data da entrada efetiva da mercadoria na nota Fiscal referida na letra "a", remetendoa ao
estabelecimento depositante.
O depósito fechado deverá acrescentar na coluna "Observações" do livro Registro de Entradas, relativamente ao lançamento previsto na
letra "a", o número, a série, quando adotada, e a data da nota fiscal relativa à "Remessa simbólica Depósito fechado".
6.4. Esquema
Para melhor entendimento, no esquema a seguir demonstraremos os procedimentos descritos nos subtópicos 6.1 e 6.2:
Na operação interestadual, para entrega da mercadoria em depósito fechado localizado no mesmo Estado do estabelecimento
adquirente/depositante devem ser observados, além das normas internas dos Estados envolvidos, as disposições do Convênio SINIEF s/nº de
15/12/1970.
O que significa dizer que a operação de venda com entrega da mercadoria em depósito fechado não está restrita às operações internas,
podendo ser realizadas, inclusive, nas operações interestaduais, desde que o adquirente e o depósito fechado estejam localizados na mesma
Unidade da Federação, com fundamento no art. 25, do Convênio SINIEF s/nº de 15/12/1970.
O Convênio SINIEF s/nº de 15/12/1970, ajusta procedimentos a serem observados pelos contribuintes de todas as unidades federadas,
especialmente, no tocante à emissão de documentos fiscais.
a) armazenar, separadamente, as mercadorias de cada estabelecimento depositante, para permitir a verificação das
respectivas quantidades;
A legislação do ICMS não contempla com a "Não Incidência do ICMS" a remessa de mercadorias para depósito fechado localizado em
outra Unidade da Federação, de forma que essas operações serão normalmente tributadas, como qualquer outra operação interestadual
sujeitandose a uma das alíquotas previstas no art. 52, incisos I e II, do RICMSSP.
A não incidência do ICMS, prevista no art. 7º, incisos II e III, do RICMSSP, aplicase exclusivamente nas operações de remessa e de
retorno de mercadorias para depósito fechado localizado neste Estado.