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18/05/2023, 11:10 ICMS/MG - Exposição ou feira - Tratamento tributário

ICMS/MG
Boletim ICMS n° 05 - 1ª Quinzena. Publicado em: 03/03/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

EXPOSIÇÃO OU FEIRA
Tratamento Tributário

Roteiro 

1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO
2.1. Exposição
2.2. Feira
3. SUSPENSÃO DO IMPOSTO
4. PROCEDIMENTOS PARA EXPOSIÇÃO OU FEIRA
4.1. Remessa em operações internas
4.2. Retorno em operações internas
4.3. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.4. Transmissão de propriedade em operações internas
4.5. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.6. Remessa em operações interestaduais
4.7. Retorno em operações interestaduais
4.8. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.9. Transmissão de propriedade em operações interestaduais
4.10. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
5. INTUITO DE COMERCIALIZAÇÃO DURANTE O EVENTO
6. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO DE RETORNO
7. PRAZO ESPECIAL PARA RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
8. SIMPLES NACIONAL

1. INTRODUÇÃO
Nesta matéria serão abordadas as disposições a respeito das operações de exposição ou feira, sua tributação no âmbito estadual e demais particularidades
do assunto, com base no Decreto n° 43.080/2002.

2. DEFINIÇÃO
Neste subtópico serão apresentados os conceitos relacionados à exposição e à feira, baseados no Dicionário Priberam Online.

2.1. Exposição
Pode-se classificar exposição como uma ação de apresentar, expor, explanar de forma escrita ou oralmente um produto.

2.2. Feira
Feira é o local em que poderá ser exposto e vendido determinado produto, como artesanato, alimentos entre outros.

3. SUSPENSÃO DO IMPOSTO
O item 4 do Anexo III do RICMS/MG dispõe que na saída de mercadoria destinada à feira ou exposição haverá previsão de suspensão do imposto.

Essa suspensão está condicionada ao retorno das mercadorias no prazo de 60 dias, contados da respectiva remessa. Contudo, tal prazo poderá ser
prorrogado, dependendo da autoridade fazendária que o remetente estiver circunscrito, nos termos da nota 1 do Anexo III do RICMS/MG.

Destaca-se que estabelecimento será dispensado da emissão da nota fiscal quando o transporte for acompanhado pela Guia de Trânsito Animal (GTA)
deliberada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), nas saídas internas de:

a) equinos, exceto os de raça elencados no capítulo XVIII da Parte 1 do Anexo IX do RICMS/MG, para eventos de natureza esportiva ou recreativa, tais como
provas, cavalgadas, concursos, vaquejadas, desfiles e para treinamento; e

b) bovinos com registro genealógico oficial classificados nas categorias puro de origem (PO), livro aberto de vacuns (LA) ou puro por cruzamento (PC),
destinados à feira, leilão ou exposição.
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ICMS/MG
Boletim ICMS n° 05 - 1ª Quinzena. Publicado em: 03/03/2023

 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

Frisa-se que a suspensão não será aplicada em operação interestadual com produto primário de origem animal.

4. PROCEDIMENTOS PARA EXPOSIÇÃO OU FEIRA


Para detalhar os procedimentos fiscais adotados pelos contribuintes mineiros, nos subtópicos seguintes será indicada a tratativa quanto à operação de
remessa, bem como o retorno do bem remetido para exposição ou feira.

4.1. Remessa em operações internas


Conforme expresso no artigo 1°, inciso I, do Anexo V do RICMS/MG, o contribuinte mineiro fica obrigado à emissão da NF-e sempre que promover a saída da
mercadoria. Desse modo, nas saídas internas, a nota fiscal que acompanhará a remessa de mercadoria destinada à exposição ou feira deverá conter os
seguintes requisitos:

a) Natureza da operação: remessa de mercadoria para exposição ou feira.

b) CFOP: 5.914.

c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, visto que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.

d) CST: 50 - suspensão.

e) CSOSN: 400 - não tributado.

f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Remessa de mercadoria para simples exposição (citar o local, o evento e as datas de
início e término)”.

4.2. Retorno em operações internas


Segundo o artigo 20, inciso III, do Anexo V do RICMS/MG, o contribuinte mineiro fica obrigado à emissão da NF-e de entrada. Sendo assim, a nota fiscal de
retorno será semelhante à nota fiscal de remessa, a qual será emitida em nome do próprio contribuinte nos seguintes termos:

a) Natureza da operação: retorno de mercadoria para exposição ou feira.

b) CFOP: 1.914.

c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.

d) CST: 50 - suspensão.

e) CSOSN: 400 - não tributado.

f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Retorno de mercadoria ou bem remetido para exposição ou feira (citar o evento, o
local e as datas de início e término)”.

4.3. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)


Em consonância ao artigo 46 do Anexo VII do RICMS/MG, todos os contribuintes do ICMS do regime normal estão obrigados à Escrituração Fiscal Digital
(EFD).

Tanto a nota fiscal de remessa quanto a de retorno deverão ser escrituradas na Escrituração Fiscal Digital (EFD), conforme registros abaixo:

a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem a finalidade de codificar as informações complementares dos
documentos fiscais.

Dessa forma, caso no documento fiscal, mencionado no tópico anterior, seja preenchida o campo de informações complementares, essas informações
deverão ser informadas no registro 0450.

b) Registro C100 (Nota Fiscal): todas entradas e saídas de produtos deverão ser lançadas nesse registro.

c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá englobar a informação cadastrada no Registro 0450.

d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal.

Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.

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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro representa a totalidade dos documentos fiscais por CST, CFOP e alíquota de ICMS.

4.4. Transmissão de propriedade em operações internas


Considerando que a mercadoria em remessa para exposição ou feira seja adquirida pelo destinatário, ou seja, não ocorra o retorno ao estabelecimento de
origem, deve-se realizar o procedimento de transmissão de propriedade, previsto na nota 3 do Anexo III do RICMS/MG.

Caso a transmissão ocorra antes do prazo de expiração para o devido retorno, deve-se observar as seguintes determinações:

a) O estabelecimento remetente deve emitir nota fiscal em nome do destinatário, destacando o imposto, mencionando o número, a série, a data e o valor do
documento fiscal emitido no ato da saída originária e indicando em informações complementares que a emissão se destina a regularizar a transmissão da
propriedade.

b) O estabelecimento detentor da mercadoria deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou solicitar a emissão de Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), se
for o caso.

4.5. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)


Conforme mencionado anteriormente, o artigo 46 do Anexo VII do RICMS/MG dispõe que os contribuintes do regime normal de apuração do ICMS serão
obrigados à Escrituração Fiscal Digital (EFD). Sendo assim, a NF-e referente à transmissão de propriedade também deverá ser escriturada.

Os documentos fiscais deverão ser lançados nos seguintes registros:

a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem a finalidade de codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais.

b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal de entrada ou saída de produtos.

c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): no registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.

d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal.

Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.

e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.

4.6. Remessa em operações interestaduais


Conforme mencionado anteriormente, nos termos do artigo 1°, inciso I, do Anexo V do RICMS/MG, o contribuinte mineiro fica obrigado à emissão de
documentos fiscais sempre que promover a saída de mercadorias.

Nas operações interestaduais, a nota fiscal de remessa de mercadoria destinada para exposição em feira de amostra ou evento deverá ser emitida contendo
os seguintes requisitos:

a) Natureza da operação: remessa de mercadoria para exposição ou feira.

b) CFOP: 6.914.

c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão, conforme item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.

d) CST: 50 - suspensão.

e) CSOSN: 400 - não tributado.

f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Remessa de mercadoria para simples exposição (citar o evento, o local e as datas de
início e término)”.

4.7. Retorno em operações interestaduais


Segundo o artigo 20, inciso III, do Anexo V do RICMS/MG, o contribuinte mineiro fica obrigado à emissão da NF-e de entrada. Sendo assim, a nota fiscal de
retorno será semelhante à nota fiscal de remessa, a qual será emitida em nome do próprio contribuinte nos seguintes termos:

a) Natureza da operação: retorno de mercadoria para exposição ou feira.

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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

b) CFOP: 2.914.

c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.

d) CST: 50 - suspensão.

e) CSOSN: 400 - não tributado.

f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Retorno de mercadoria ou bem remetido para exposição ou feira (citar o evento, o
local e as datas de início e término)”.

4.8. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)


O artigo 46 do Anexo VII do RICMS/MG prescreve que todos os contribuintes optantes pelo regime normal de apuração do ICMS são obrigados à
Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Conforme mencionado no tópico 4.2.3, tanto a nota fiscal de remessa quanto a de retorno deverão ser escrituradas na EFD, nos seguintes registros:

a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem como objetivo codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais exigidas pela legislação fiscal.

b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal, registrando a entrada ou a saída de produtos.

c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.

d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal (mercadorias e/ou serviços constantes em notas
conjugadas), inclusive em operações de entrada de mercadorias acompanhadas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão de terceiros.

Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.

e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.

4.9. Transmissão de propriedade em operações interestaduais


Em consonância ao subtópico 4.2.4, na hipótese de a mercadoria em remessa para exposição ou feira ser adquirida pelo destinatário e não retornar para o
estabelecimento de origem, deve-se realizar o procedimento de transmissão de propriedade, observado o disposto na nota 3 do Anexo III do RICMS/MG.

Caso a transmissão ocorra antes de vencido o prazo para o devido retorno, deve-se observar as seguintes determinações:

a) O estabelecimento remetente emitirá nota fiscal em nome do destinatário, destacando o imposto, mencionando o número, a série, a data e o valor do
documento fiscal emitido por ocasião da saída originária, e a observação de que a emissão se destina a regularizar a transmissão da propriedade.

b) O estabelecimento detentor da mercadoria deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou solicitar a emissão de Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), se
for o caso.

4.10. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)


O artigo 46 do Anexo VII do RICMS/MG prescreve que todos os contribuintes optantes pelo regime normal de apuração do ICMS são obrigados à
Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Sendo assim, a NF-e referente à transmissão de propriedade também deverá ser escriturada.

Os documentos fiscais deverão ser lançados nos seguintes registros:

a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem como objetivo codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais exigidas pela legislação fiscal.

b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal, registrando a entrada ou a saída de produtos.

c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.

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d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal (mercadorias e/ou serviços constantes em notas
conjugadas), inclusive em operações de entrada de mercadorias acompanhadas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão de terceiros.

Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.

e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.

5. INTUITO DE COMERCIALIZAÇÃO DURANTE O EVENTO


Considerando que na operação de exposição ou feira haverá o intuito de venda, deve-se observar as disposições previstas nos artigos 78 a 80 da Parte 1 do
Anexo IX do RICMS/MG, nessa hipótese será realizada uma venda fora do estabelecimento.

Quanto a esse procedimento, sugere-se a leitura da matéria:

VENDA AMBULANTE
Boletim N° 04/2016
Operações Realizadas Fora do Estabelecimento

Na emissão do documento fiscal referente à remessa das mercadorias por contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais, bem como os
contribuintes de outras Unidades Federadas, com o intuito de comercialização no evento, será destacado o ICMS, quando devido, sendo que o documento
fiscal de remessa deverá ser mantido no local, durante o evento, à disposição do fisco, conforme disposto no Convênio s/n° de 1970.

6. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO DE RETORNO


Na hipótese de a mercadoria retornar após os prazos estipulados pela legislação, automaticamente, a suspensão será descaracterizada.

Diante disso, deve-se observar o seguinte:

a) No dia em que vencer o prazo para o retorno, será responsabilidade do remetente emitir nota fiscal com destaque do imposto. No campo ‘’destinatário’’,
deve-se informar o detentor da mercadoria, o número, a série, a data e o valor da nota fiscal que acobertou a saída efetiva da mercadoria.

b) O imposto que será devido na operação deverá ser recolhido em documento de arrecadação distinto. Ressalta-se que deverão constar os acréscimos
legais.

Para fins de recolhimento do imposto com os acréscimos legais, a Econet disponibiliza a ferramenta ICMS/MG - Acréscimos Legais no Recolhimento em
Atraso.

Frisa-se que, no tocante a estabelecimento optante pelo Simples Nacional, não há legislação expressa de forma clara quanto ao recolhimento do imposto,
desse modo, recomenda-se uma consulta junto ao fisco mineiro.

7. PRAZO ESPECIAL PARA RECOLHIMENTO DO IMPOSTO


O Decreto n° 44.277/2006 estipula um prazo especial para o recolhimento do ICMS relativo às saídas de mercadorias que foram vendidas em operações que
iniciaram em feiras e exposições.

Conforme disposto no artigo 2° do referido Decreto, o prazo especial para o respectivo recolhimento só será aplicado referente ao ICMS das operações entre
contribuintes, desde que sejam promovidas até o mês subsequente ao que se encerra o evento.

O artigo 3° do Decreto n° 44.277/2006 estipula os seguintes prazos para o recolhimento do imposto devido, devendo ser observadas as seguintes
indicações:

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ICMS/MG
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 Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.

a) ao ICMS relativo às operações próprias do contribuinte que apura o imposto pelo sistema normal de débito e crédito;

b) ao ICMS retido por substituição tributária, por ocasião da saída da mercadoria.

Para fruir do recolhimento especial, o contribuinte remetente da mercadoria deverá:

a) no período em que ocorrer a saída da mercadoria:

1- escriturar a nota fiscal no livro Registro de Saídas indicando na coluna "Observações" a expressão "Operação nos termos do Decreto n° 44.277,
de 2006";

2- lançar no livro Registro de Apuração do ICMS, no campo do item 008 - Estorno de Débitos do quadro Crédito do Imposto, o valor do imposto
relativo às operações, devendo constar no campo "Observações" a expressão "Estorno de débito nos termos do Decreto n° 44.277, de 2006"
acompanhada do devido valor; e

b) no período subsequente àquele em que ocorreu o estorno, lançar no livro Registro de Apuração do ICMS, no item 002 - Outros Débitos do
quadro Débito do Imposto, o valor do imposto estornado, devendo constar no campo "Observações" a expressão "Débito nos termos do Decreto n°
44.277, de 2006" acompanhada do devido valor.

8. SIMPLES NACIONAL
As saídas para exposição, feira ou eventos, não serão tributadas na hipótese de ser promovida pelo optante do Simples Nacional, ainda que seja destinada à
comercialização, visto que a mera saída não gera receita para o contribuinte.

Sendo assim, a tributação ocorrerá somente sobre as efetivas vendas que forem realizadas no evento, conforme expresso no artigo 18, § 3°, da Lei
Complementar n° 123/2006.

Destaca-se que os procedimentos constantes nessa matéria se aplicam normalmente aos estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional.

Autor: Equipe Técnica Econet Editora

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

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apostilas com base nesta obra, por qualquer forma, meio eletrônico ou mecânico, inclusive por meio de processos reprográficos, fotocópias ou gravações
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que trata o artigo 184 do Código Penal.

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