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ICMS/MG
Boletim ICMS n° 05 - 1ª Quinzena. Publicado em: 03/03/2023
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
EXPOSIÇÃO OU FEIRA
Tratamento Tributário
Roteiro
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO
2.1. Exposição
2.2. Feira
3. SUSPENSÃO DO IMPOSTO
4. PROCEDIMENTOS PARA EXPOSIÇÃO OU FEIRA
4.1. Remessa em operações internas
4.2. Retorno em operações internas
4.3. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.4. Transmissão de propriedade em operações internas
4.5. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.6. Remessa em operações interestaduais
4.7. Retorno em operações interestaduais
4.8. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
4.9. Transmissão de propriedade em operações interestaduais
4.10. Lançamento na Escrituração Fiscal Digital (EFD)
5. INTUITO DE COMERCIALIZAÇÃO DURANTE O EVENTO
6. INOBSERVÂNCIA DO PRAZO DE RETORNO
7. PRAZO ESPECIAL PARA RECOLHIMENTO DO IMPOSTO
8. SIMPLES NACIONAL
1. INTRODUÇÃO
Nesta matéria serão abordadas as disposições a respeito das operações de exposição ou feira, sua tributação no âmbito estadual e demais particularidades
do assunto, com base no Decreto n° 43.080/2002.
2. DEFINIÇÃO
Neste subtópico serão apresentados os conceitos relacionados à exposição e à feira, baseados no Dicionário Priberam Online.
2.1. Exposição
Pode-se classificar exposição como uma ação de apresentar, expor, explanar de forma escrita ou oralmente um produto.
2.2. Feira
Feira é o local em que poderá ser exposto e vendido determinado produto, como artesanato, alimentos entre outros.
3. SUSPENSÃO DO IMPOSTO
O item 4 do Anexo III do RICMS/MG dispõe que na saída de mercadoria destinada à feira ou exposição haverá previsão de suspensão do imposto.
Essa suspensão está condicionada ao retorno das mercadorias no prazo de 60 dias, contados da respectiva remessa. Contudo, tal prazo poderá ser
prorrogado, dependendo da autoridade fazendária que o remetente estiver circunscrito, nos termos da nota 1 do Anexo III do RICMS/MG.
Destaca-se que estabelecimento será dispensado da emissão da nota fiscal quando o transporte for acompanhado pela Guia de Trânsito Animal (GTA)
deliberada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), nas saídas internas de:
a) equinos, exceto os de raça elencados no capítulo XVIII da Parte 1 do Anexo IX do RICMS/MG, para eventos de natureza esportiva ou recreativa, tais como
provas, cavalgadas, concursos, vaquejadas, desfiles e para treinamento; e
b) bovinos com registro genealógico oficial classificados nas categorias puro de origem (PO), livro aberto de vacuns (LA) ou puro por cruzamento (PC),
destinados à feira, leilão ou exposição.
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18/05/2023, 11:10 ICMS/MG - Exposição ou feira - Tratamento tributário
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Frisa-se que a suspensão não será aplicada em operação interestadual com produto primário de origem animal.
b) CFOP: 5.914.
c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, visto que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.
d) CST: 50 - suspensão.
f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Remessa de mercadoria para simples exposição (citar o local, o evento e as datas de
início e término)”.
b) CFOP: 1.914.
c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.
d) CST: 50 - suspensão.
f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Retorno de mercadoria ou bem remetido para exposição ou feira (citar o evento, o
local e as datas de início e término)”.
Tanto a nota fiscal de remessa quanto a de retorno deverão ser escrituradas na Escrituração Fiscal Digital (EFD), conforme registros abaixo:
a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem a finalidade de codificar as informações complementares dos
documentos fiscais.
Dessa forma, caso no documento fiscal, mencionado no tópico anterior, seja preenchida o campo de informações complementares, essas informações
deverão ser informadas no registro 0450.
b) Registro C100 (Nota Fiscal): todas entradas e saídas de produtos deverão ser lançadas nesse registro.
c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá englobar a informação cadastrada no Registro 0450.
d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal.
Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro representa a totalidade dos documentos fiscais por CST, CFOP e alíquota de ICMS.
Caso a transmissão ocorra antes do prazo de expiração para o devido retorno, deve-se observar as seguintes determinações:
a) O estabelecimento remetente deve emitir nota fiscal em nome do destinatário, destacando o imposto, mencionando o número, a série, a data e o valor do
documento fiscal emitido no ato da saída originária e indicando em informações complementares que a emissão se destina a regularizar a transmissão da
propriedade.
b) O estabelecimento detentor da mercadoria deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou solicitar a emissão de Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), se
for o caso.
a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem a finalidade de codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais.
b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal de entrada ou saída de produtos.
c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): no registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.
d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal.
Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.
e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.
Nas operações interestaduais, a nota fiscal de remessa de mercadoria destinada para exposição em feira de amostra ou evento deverá ser emitida contendo
os seguintes requisitos:
b) CFOP: 6.914.
c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão, conforme item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.
d) CST: 50 - suspensão.
f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Remessa de mercadoria para simples exposição (citar o evento, o local e as datas de
início e término)”.
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Boletim ICMS n° 05 - 1ª Quinzena. Publicado em: 03/03/2023
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
b) CFOP: 2.914.
c) Base de cálculo do ICMS e valor do ICMS: não serão preenchidos, uma vez que a operação é abrangida pela suspensão prevista no item 4 do Anexo III do
RICMS/MG.
d) CST: 50 - suspensão.
f) No campo Informações Complementares: deve ser indicada a frase “Retorno de mercadoria ou bem remetido para exposição ou feira (citar o evento, o
local e as datas de início e término)”.
Conforme mencionado no tópico 4.2.3, tanto a nota fiscal de remessa quanto a de retorno deverão ser escrituradas na EFD, nos seguintes registros:
a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem como objetivo codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais exigidas pela legislação fiscal.
b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal, registrando a entrada ou a saída de produtos.
c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.
d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal (mercadorias e/ou serviços constantes em notas
conjugadas), inclusive em operações de entrada de mercadorias acompanhadas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão de terceiros.
Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.
e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.
Caso a transmissão ocorra antes de vencido o prazo para o devido retorno, deve-se observar as seguintes determinações:
a) O estabelecimento remetente emitirá nota fiscal em nome do destinatário, destacando o imposto, mencionando o número, a série, a data e o valor do
documento fiscal emitido por ocasião da saída originária, e a observação de que a emissão se destina a regularizar a transmissão da propriedade.
b) O estabelecimento detentor da mercadoria deverá emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou solicitar a emissão de Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), se
for o caso.
Sendo assim, a NF-e referente à transmissão de propriedade também deverá ser escriturada.
a) Registro 0450 (Tabela de informação complementar do documento fiscal): este registro tem como objetivo codificar todas as informações
complementares dos documentos fiscais exigidas pela legislação fiscal.
b) Registro C100 (Nota Fiscal): este registro deve ser gerado para cada documento fiscal, registrando a entrada ou a saída de produtos.
c) Registro C110 (Informação complementar da nota fiscal): o registro deverá conter a indicação do código da informação complementar do documento
fiscal, cadastrado no Registro 0450.
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18/05/2023, 11:10 ICMS/MG - Exposição ou feira - Tratamento tributário
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
d) Registro C170 (Itens do documento): registro obrigatório para discriminar os itens da nota fiscal (mercadorias e/ou serviços constantes em notas
conjugadas), inclusive em operações de entrada de mercadorias acompanhadas de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão de terceiros.
Ressalta-se que, segundo a exceção 2 do Registro C100 constante no mencionado guia, esse registro não deverá ser preenchido quando se tratar de
lançamento referente à emissão própria de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55.
e) Registro C190 (Registro analítico do documento fiscal): este registro tem como objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por
CST, CFOP e alíquota de ICMS.
VENDA AMBULANTE
Boletim N° 04/2016
Operações Realizadas Fora do Estabelecimento
Na emissão do documento fiscal referente à remessa das mercadorias por contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais, bem como os
contribuintes de outras Unidades Federadas, com o intuito de comercialização no evento, será destacado o ICMS, quando devido, sendo que o documento
fiscal de remessa deverá ser mantido no local, durante o evento, à disposição do fisco, conforme disposto no Convênio s/n° de 1970.
a) No dia em que vencer o prazo para o retorno, será responsabilidade do remetente emitir nota fiscal com destaque do imposto. No campo ‘’destinatário’’,
deve-se informar o detentor da mercadoria, o número, a série, a data e o valor da nota fiscal que acobertou a saída efetiva da mercadoria.
b) O imposto que será devido na operação deverá ser recolhido em documento de arrecadação distinto. Ressalta-se que deverão constar os acréscimos
legais.
Para fins de recolhimento do imposto com os acréscimos legais, a Econet disponibiliza a ferramenta ICMS/MG - Acréscimos Legais no Recolhimento em
Atraso.
Frisa-se que, no tocante a estabelecimento optante pelo Simples Nacional, não há legislação expressa de forma clara quanto ao recolhimento do imposto,
desse modo, recomenda-se uma consulta junto ao fisco mineiro.
Conforme disposto no artigo 2° do referido Decreto, o prazo especial para o respectivo recolhimento só será aplicado referente ao ICMS das operações entre
contribuintes, desde que sejam promovidas até o mês subsequente ao que se encerra o evento.
O artigo 3° do Decreto n° 44.277/2006 estipula os seguintes prazos para o recolhimento do imposto devido, devendo ser observadas as seguintes
indicações:
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18/05/2023, 11:10 ICMS/MG - Exposição ou feira - Tratamento tributário
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
a) ao ICMS relativo às operações próprias do contribuinte que apura o imposto pelo sistema normal de débito e crédito;
1- escriturar a nota fiscal no livro Registro de Saídas indicando na coluna "Observações" a expressão "Operação nos termos do Decreto n° 44.277,
de 2006";
2- lançar no livro Registro de Apuração do ICMS, no campo do item 008 - Estorno de Débitos do quadro Crédito do Imposto, o valor do imposto
relativo às operações, devendo constar no campo "Observações" a expressão "Estorno de débito nos termos do Decreto n° 44.277, de 2006"
acompanhada do devido valor; e
b) no período subsequente àquele em que ocorreu o estorno, lançar no livro Registro de Apuração do ICMS, no item 002 - Outros Débitos do
quadro Débito do Imposto, o valor do imposto estornado, devendo constar no campo "Observações" a expressão "Débito nos termos do Decreto n°
44.277, de 2006" acompanhada do devido valor.
8. SIMPLES NACIONAL
As saídas para exposição, feira ou eventos, não serão tributadas na hipótese de ser promovida pelo optante do Simples Nacional, ainda que seja destinada à
comercialização, visto que a mera saída não gera receita para o contribuinte.
Sendo assim, a tributação ocorrerá somente sobre as efetivas vendas que forem realizadas no evento, conforme expresso no artigo 18, § 3°, da Lei
Complementar n° 123/2006.
Destaca-se que os procedimentos constantes nessa matéria se aplicam normalmente aos estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional.
Nos termos da Lei n° 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regula os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem como a produção de
apostilas com base nesta obra, por qualquer forma, meio eletrônico ou mecânico, inclusive por meio de processos reprográficos, fotocópias ou gravações
sem a permissão por escrito dos autores. A reprodução não autorizada, além das sanções civis (apreensão e indenização), está sujeita às penalidades de
que trata o artigo 184 do Código Penal.
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