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________________________________________________________________________LINA BO BARDI

1914-1992
 nasceu em Roma, Itália.
 formação na era do fascismo –
infância com Mussolini e na época
universitária com a guerra.
 Faculdade de Arquitetura na
Universidade de Roma.
 Em 1946, se casou e veio para o Rio
de Janeiro com seu esposo P. M. Bardi.
 MASP – convite de Assis
Chateaubriand para criarem um Museu
de Arte, que acabou sendo construído
em São Paulo.

“Lina ficou fascinada com a


arquitetura que florescia com
liberdade, com a paisagem tropical,
com o verde, com um país que não
tinha ruínas, nem as da guerra e
nem históricas”. Ferraz (2011, p.123)
_______________________________________________________________________CASA DE VIDRO
- 1951
- Construída no antigo Jardim Morumby, hoje Bairro do Morumbi, São Paulo.
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________________________________________________________________________________MASP

- O MASP foi inaugurado em 02 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand e inicialmente


instalado em quatro andares do edifício dos Diários Associados, os quais foram adaptados por Lina
Bo Bardi.
- O novo edifício do MASP projetado por Lina, foi construído de 1956 a 1968 e inaugurado em 07 de
novembro de 1968, situando-se no ponto em que a Avenida Paulista cruza com a Avenida Nove de
Julho, uma área doada ao município, romanticamente denominada Trianon e tradicional ponto de
encontro, com a condição de se manter o antigo belvedere e o salão de festas sob o belvedere para
as reuniões, em sua maioria de caráter político e literário.
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-Para preservar a visual exigida para o centro da cidade e a praça ali existente, a arquiteta idealizou
um edifício sustentado por quatro pilares permitindo, assim, aos que passam pela avenida
descortinar o centro da cidade.

- Em termos de construção civil, é único no mundo pela sua peculiaridade: o corpo principal pousado
sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 74 metros.

-o prédio é composto por cinco níveis de piso, dois abaixo do nível da av. Paulista, o nível térreo, onde
se localiza o belvedere, e dois andares superiores.
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- O edifício do MASP se situa não somente como elemento importante na paisagem urbana de São
Paulo, mas faz parte do imaginário coletivo, fazendo o prédio a vez de ‘alma’ da cidade,
permanecendo o local como importante ponto de encontro – é para aí que afluem todos os
paulistanos para confraternização e manifestações cívicas por algum acontecimento.
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“o edifício do Museu foi eleito pelos cidadãos de São Paulo como um de seus símbolos
máximos: a imagem que escolhemos para nos representar” (Ferraz, 2011, p:125).
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- Aprimoramento cultural do povo brasileiro.

- Primeiro centro cultural de excelência em nosso país, com realização de eventos e atividades:
Pintura, Escultura, Gravura, Arquitetura, Design, Mobiliário, Moda, Música, Dança, Biblioteca,
Escola, Teatro, Cinema, Workshops, Lançamento de livros e Conferências.

- Foi criado para ser um museu dinâmico, com um perfil de centro cultural. Por isso possui espaços
diferenciados para realização de exposições temporárias.
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_______________________________________________________________________________BAHIA
1958-1964

 Viagem pelo nordeste – cultura popular.


 Museu de Arte Moderna (MAMB) no foyer do Teatro Castro Alves
 Museu de Arte Popular (MAP), no Solar do Unhão.

“A relação entre estes projetos e a cidade ou a relação destes espaços com a escala do
território do Nordeste, se daria pelas atividades neles desenvolvidas e/ou planejadas”
(ROSSETI, 2003).
_______________________________________________________________________________BAHIA
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_____________________________________________________________________SOLAR DO UNHÃO
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________________________________________________________________________SESC Pompéia
O projeto engloba restauro, adaptação, reciclagem e novos edifícios. A criatividade de Lina definiu a força do conjunto,
que por si, convida ao uso e interação. Com a espontaneidade dos espaços, as relações sociais se fortalecem. A
simplicidade das formas, a clareza dos materiais, a espacialidade urbana, o carro que não entra, tudo isso define um
lugar feito para o povo, para a arte popular, para o criar . O SESC é um respiro na cidade de São Paulo, é o lugar do
movimento mais lento, do som da arte, do lazer na conturbada metrópole.

A fábrica antes da reforma de Lina Bo Bardi


Fonte: FERRAZ, 2008.
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-Antiga fábrica de tambores dos Irmães Mauser.
- Obra SESC Pompéia: 1977-1986 (durou nove anos).
- Revolução no modo de construir: o escritório foi montado no próprio canteiro, o programa e o projeto iam se definindo
em conjunto e associados à realidade da obra.
- Antes mesmo do início das obras, o local já recebia algumas atividades do SESC. Encontravam-se ali futebol de salão,
teatro amador, baile dos idosos, crianças por todos os lados, etc.
- A área contava com galpões em concreto distribuídos de forma racional aos moldes dos projetos ingleses do início do
período industrial.
- Lina manteve os velhos galpões, adaptando-os para serem áreas de convívio. Somente o galpão destinado ao teatro
recebeu maior intervenção: um grande hall coberto introduz o galpão-teatro, com duas platéias frontais e balcões nas
laterais externas, em forma de cubos alongados de concreto em balanço. A rua interna foi mantida e recebeu a função de
ser a espinha dorsal de todo o complexo.

Logotipo da chaminé soltando flores e conjunto SESC Pompéia


Fonte: FERRAZ, 1996, p. 02 e 32.
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1 Conjunto esportivo com piscina, ginásio e quadras [5 pavimentos duplos]
2 Lanchonete, vestiários, salas de ginástica, lutas e danças [11 pavimentos]
3 Torre da caixa d’água
4 Grande deck/solarium com espelho d’água e cachoeira
5 Almoxarifado e oficinas de manutenção
6 Ateliers de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria, gravura e tipografia
7 Laboratório fotográfico, estúdio musical, sala de danças e vestiários [3 pavimentos]
8 Teatro com 1200 lugares
9 Vestíbulo coberto do teatro para espetáculos
10 Restaurante self-service para 2000 refeições e choperia [noite]
11 Cozinha industrial
12 Vestiários e refeitórios dos funcionários [2 pavimentos]
13 Grande espaço de estar, jogos de salão, espetáculos e mostras expositivas, com
a grande lareira e o espelho d’água
14 Biblioteca de lazer, lajes abertas de leitura e videoteca
15 Pavilhão das grandes exposições temporárias
16 Administração geral do centro [2 pavimentos]

Implantação do SESC Pompéia


Fonte: FERRAZ, 1996, p. 07.
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______________________________________________________________________TEATRO OFICINA
- 1984 . “Rua Cultural”
______________________________________________________________________TEATRO OFICINA
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A Arte Popular coletada por LIna Bo Bardi revive em exposição na Bahia
http://jeffcelophane.wordpress.com/2012/01/30/a-arte-popular-coletada-por-lina-bobardi-revive-em-
exposicao-na-bahia/
_________________________________________________________________________EXPOGRAFIA

Planta do térreo e conjunto da exposição


'Nordeste' realizada no 'Museu de Arte Popular do
Unhão' em Salvador, 1963 - acervo Instituto Lina
Bo Bardi
_________________________________________________________________________EXPOGRAFIA

Planta do primeiro pavimento e conjunto da


exposição - acervo Instituto Lina Bo Bardi
_________________________________________________________________________EXPOGRAFIA

Planta expográfica e conjunto da exposição 'A mão do povo


brasileiro' realizada no 'Museu de Arte de São Paulo', 1969-
acervo Instituto Lina Bo Bardi
_________________________________________________________________________EXPOGRAFIA

Exposição 'Design no Brasil: história e realidade'


SESC Pompéia de 1982
_________________________________________________________________________EXPOGRAFIA

Exposição 'Mil brinquedos para a criança brasileira' SESC


Pompéia de 1982-3 - acervo Instituto Lina Bo Bardi
___________________________________________IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO DO CERRADO
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• Obra: 1976/1982.
• Construída “pela mão do povo do cerrado”(LAURENTIZ,1993), através de mutirões e com uso de
materiais característicos da região, angariados por doações.
___________________________________________IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO DO CERRADO
A igreja foi construída por crianças, mulheres, pais de
família, em pleno cerrado. Construída com materiais
muito pobres, coisas recebidas de presente, em
esmolas. É tudo dado. Mas não no sentido
paternalista, mas com astúcia, de como pode se
chegar a coisas com meios muito simples.

[BARDI, L. B apud FERRAZ, M. C. (coord.), 1999)]


___________________________________________IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO DO CERRADO

O conjunto original, entregue no


início da década de 1980.

O conjunto na atualidade.
___________________________________________IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO DO CERRADO

"[...] não poderíamos deixar de


reparar no entusiasmo com que o
pessoal se refere à sua igreja, dos
<< miúdos >> aos adultos, todos
se referem com carinho à Da. Lina,
<<que fez tudo isso pra gente>>.
<< Nós adoramos a nossa Igreja e
para mim é a mais bonita de todas.
Todo mundo que vem aqui, no
começo acha meio estranha, assim
redondinha, mas, depois que se
acostuma, não tem coisa mais
linda. Ai eles começam a achar
feias as Igrejas quadradas. >> A
constatação é de Da. Lindalva."
(Jornal Primeira Hora, 24/12/1981)
___________________________________________IGREJA DIVINO ESPÍRITO SANTO DO CERRADO

• O conjunto está fora do perímetro central e de seu entorno próximo, onde o moderno foi mais
fortemente realizado.
• Não utilizou de recursos financeiros da burguesia local ou do poder público.
• Uso destinado a uma população carente.
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(preservação)
• 27 de fevereiro de 1991: proteção como patrimônio municipal pela lei n°. 5207.
• Maio de 1997: patrimônio histórico estadual pelo IEPHA/MG.
• Apesar de tombado, o conjunto continua freqüentemente sofrendo descaracterizações, muito
ocasionadas pela falta de adequada manutenção.
• Projeto de restauro: arquitetos Marcelo Ferraz e André Vainer. (Lento em virtude da falta de
recursos financeiros e tem supervisão do IEPHA)
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_______________________________________________________________Referências Bibliográficas

BARDI, Lina Bo; ALMEIDA, Edmar de; FERRAZ, Marcelo Carvalho [coord.]. Igreja Espírito Santo do Cerrado. Portugal:
Editorial Blau, 1999.
BARDI, Lina Bo; FERRAZ, Marcelo Carvalho [coord.]. Lina Bo Bardi. 3. ed. São Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi,
São Paulo: Imprensa Oficial, 2008.
BARDI, Lina Bo. 1914-1992. Tempos de grossura: o design no impasse. São Paulo: Instituto Lina Bo Bardi e P. M.
Bardi, 1994.
FERRAZ, Marcelo Carvalho. Numa velha fábrica de tambores. SESC-Pompéia comemora 25 anos. Abril de 2008.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc212/mc212.asp>. Acesso em: 02 mai. 2008.
______ [org.]; SANTOS, Cecília Rodrigues dos [tex.]. SESC Fábrica do Pompéia. Lisboa: Editorial Blau, 1996.
______. Uma idéia de museu. p. 123-126. In: GROSSMANN, M.; MARIOTTI, G. (org.). Museu arte hoje. São Paulo:
Hedra, 2011.
MELENDEZ, Adilson. SESC Pompéia completa vinte anos e é modelo para obras de reciclagem. Projeto Design,
São Paulo, n. 270, p. 98, ago. 2002.
PEREIRA, Juliano Aparecido. A ação cultural de Lina Bo Bardi na Bahia e no Nordeste [1958-1964]. Uberlândia:
EDUFU, 2007. 320 p.
RISÉRIO, Antonio. Lina Bo Bardi: a arquitetura e o artesanato popular. Extraído de Avant-Garde na Bahia, Instituto
Lina Bo e P. M. Bardi, 1995. Disponível em: <http://tropicalia.com.br/leituras-complementares/lina-bo-bardi>. Acesso em:
30 abr. 2012.
ROSSETTI, Eduardo Pierrotti. Tensão moderno/popular em Lina Bo Bardi: nexos de arquitetura. Janeiro de 2003.
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp165.asp>. Acesso em: 10 jun. 2008.

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