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Unidade 4 | Actividade 1

Pratica!

1. Forma os campos lexicais das seguintes palavras:

Festa ______________________________________________________
______________________________________________________

Família ______________________________________________________
______________________________________________________

Montanha ______________________________________________________
______________________________________________________

2. Constrói o campo semântico das seguintes palavras:

Canto Cabeça

Expressões ou frases

3. Forma famílias de palavras de


Pedra Papel

Boletim I nformativo

É preciso não esqueceres as noções que aprendeste:


Campo lexical: conjunto de palavras que fazem parte de uma mesma realidade.
Campo semântico: conjunto de sentidos que pode ter uma mesma palavra.
Família de palavras: conjunto de palavras formadas a partir da palavra primitiva.

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Actividade 2

4
Tipo de texto: narrativo – património literário oral – o conto popular
Morfologia: a interjeição
Unidade Linguagem e comunicação: níveis de língua
Sintaxe: frase simples
funções sintácticas

Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto... Era precisamente esse o desafio que a Filipa e
a Ana tinham entre mãos: fazer a recolha de contos populares e, se possível, descobrirem diferentes ver-
sões do mesmo.
Foi num recanto beirão que descobriram uma daquelas pessoas que têm tanto de idade como de
sabedoria popular, que lhes contou este conto.

Promessa à Senhora da Lapa

Um homem muito, muito rico tinha um filho único que, um dia, se abeirou dele
e lhe disse:
– Meu pai, quero ir para o Brasil. Ou mais rico ou mais pobre, voltarei ao cabo
de seis anos.
A partida do filho custou-lhe muito, porque não passavam necessidades, mas lá
o deixou ir. No Brasil, enriqueceu tanto que nem sabia o que era dele e, ao termi-
narem os seis anos, regressou, conforme prometera.
Vinha ele no alto mar quando se levantou uma tempestade. O navio não resis-
tia à força das ondas e começou a afundar-se.
– Ai! Nossa Senhora da Lapa nos valha! Dar-lhe-ei um manto riquíssimo se nos
salvarmos… – prometeu ele.
Mas o navio cada vez mais se afundava, embora o rapaz prometesse à Senho-
ra da Lapa quanto de valor tinha. Por fim, desesperado de todo, prometeu:
– Milagrosa Senhora da Lapa! Caso com a mulher mais pobrezinha que houver
no mundo se nos salvarmos! – e o navio logo começou a vir à tona da água.
Quando regressou a casa, ia muito combalido com tudo o que lhe acontecera.
Os pais estranhavam vê-lo naquele estado, porque, antes de partir para aquelas
terras, o filho sempre fora amigo de se divertir. A mãe chamou-o ao jardim e
pediu-lhe:
– Conta-me, filho, a razão desse teu desgosto. Mataste alguém? Roubaste?...
– Não, minha mãe… – e lá relatou o que passara. A mãe ouviu-o com muita
atenção e animou-o:
– Não te aflijas, filho. Vive, numa mina, uma rapariga chamada Aurora Deser-
ta. É a maior miséria que pode haver. A avó é quem anda a pedir por ela. Pega
numa espingarda, faz-te caçador e vai lá ver.
O rapaz foi. Realmente, maior miséria não podia haver! Convencido que cum-

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Unidade 4 | Actividade 2

priria a promessa, mandou que a levassem para sua casa.


Casaram na Igreja da Senhora da Lapa, onde prometeram ir todas as noites
rezar. Mesmo que um deles morresse, o outro continuaria a cumprir a promessa.
Numa noite em que, depois de rezarem, se preparavam para voltar a casa, apa-
receu ali uma quadrilha de malfeitores que atacou o marido. Os ladrões ataram-
-no com cordas a uma árvore e o “capitão” dos ladrões espetou-lhe o punhal, qua-
se o matando.
O malfeitor, que já os guardava há muitas noites, tinha-se apaixonado por Auro-
ra Deserta. Foi ter com ela e disse-lhe que o marido estava morto, o que podia pro-
var com aquele punhal. Aurora Deserta acreditou no bandido, que era bem pare-
cido, e seguiu-o, sem lamentar muito a sua morte.
O desgraçado ficou ali durante algum tempo preso àquela árvore, até que pas-
sou um homem que o desprendeu das cordas e lhe tratou das feridas. Quando se
sentiu curado, o rapaz disse ao amigo:
– Hei-de descobrir o paradeiro da minha mulher. Hei-de vingar-me daquela
ingrata!...
Resolveram partir ambos. Compraram espingardas e puseram-se a correr quan-
tos lugares havia à procura de Aurora Deserta.
Um dia, chegou a uma aldeia, onde viu o retrato da mulher e do “capitão” dos
ladrões, pregado na porta de um sapateiro. Perguntou a uma pessoa que por ali
passava:
– Sabeis-me dizer onde foram vistos este homem e esta mulher?
– Foram vistos aqui há pouco tempo e fugiram para a montanha…
Mal ouviu isto, o rapaz logo se pôs a caminho. Foi encontrá-los numa encruzilha-
da. Ali mesmo matou o “capitão” dos ladrões.
A mulher ficou tolhida de medo e pedia que não lhe fizesse mal. Levou-a com
ele. Ordenou que a enterrassem até ao pescoço e cada pessoa, ao passar, era obri-
gada a limpar as botas na cabeça dela. Aurora Deserta não resistiu muito tempo e
morreu, mirradinha de todo.
Texto do Património Literário Oral

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Interpreta!

01. Identifica as personagens que intervêm no conto.


_________________________________________________ NOTAS

_________________________________________________ Conto
_________________________________________________ O conto é uma narrativa breve, com uma
só acção e poucas personagens. Estas
02. Classifica-as quanto ao papel que desempenham na acção. caracterizam-se, geralmente, pela ma-
nha,astúcia,esperteza,uso de diferentes
_________________________________________________ ardis para conseguirem os seus fins.
Tanto o tempo como o espaço são, nor-
_________________________________________________ malmente,indeterminados.
_________________________________________________ Os temas variam entre o engano, a
superstição,a feitiçaria,a magia e a cren-
_________________________________________________ ça no destino.

_________________________________________________

03. Caracteriza a personagem principal.


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

04. Qual é a resolução que toma, inesperadamente?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

05. A viagem teve êxito? Resume, em poucas linhas, o que aconteceu ao protagonista, até ao seu
regresso.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

06. Na hora de aflição, ele fez várias promessas à Senhora da Lapa. A qual delas a santa foi sensível?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

07. Conseguiu cumpri-la?


___________________________________________________________________________

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Unidade 4 | Actividade 2

08. Logo que casou com Aurora Deserta, voltou a fazer uma promessa à Nossa Senhora. Refere-a.
___________________________________________________________________________

09. Será que Aurora Deserta o amava verdadeiramente? Justifica a tua opinião.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

10. Ao sentir-se traído e abandonado, como reagiu o marido de Aurora Deserta?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

11. Que desenlace teve esta história?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

12. A que achas que se deveu este desfecho?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

13. “Ai! Nossa Senhora da Lapa nos valha!”


Classifica morfologicamente a palavra sublinhada.
___________________________________________________________________________

Conhece a Língua!
Morfologia: interjeição
NOTAS

Interjeição
* Interjeições e locuções interjectivas
A interjeição é uma palavra invariável que
Alegria Espanto Animação Aplauso expressa sentimentos, emoções fortes, de
forma espontânea. Na escrita, faz-se,
Ah! Oh! Ah! Eh! Eia! Ena! Bis! Bravo! geralmente, acompanhar de pontos de
Chiça! Avante! Muito bem! exclamação, dependendo o seu significa-
Dor Terror Cólera Desejo do directamente do contexto em que é
empregue.
Ai! Ui! Ai! Ui! Irra! Oxalá! As locuções interjectivas têm exactamen-
Ai de mim! Credo! Apre! Deus queira! te o mesmo valor e significado que as
interjeições;no entanto,são formadas por
Nota: para conheceres outras interjeições, deverás consultar uma gra-
várias palavras.
mática, uma vez que a lista é muito extensa.

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Pratica!

1. Classifica os sentimentos expressos pelas interjeições:


1. Ai! Que eu morro no mar!
_______________________________________________________________________
2. Oxalá Nossa Senhora da Lapa me salve!
_______________________________________________________________________
3. Credo! Esta tempestade mata-nos!
_______________________________________________________________________
4. Meu Deus, parece que as preces foram ouvidas!
_______________________________________________________________________
5. Pst!
_______________________________________________________________________
6. Chiu!
_______________________________________________________________________
7. Uf!
_______________________________________________________________________

2. Identifica os sentimentos ou emoções que expressam as interjeições presentes nos excertos da


obra O Principezinho, de Saint- Exupéry*.
“Ah, principezinho! Assim, aos poucos, fui ficando a conhecer a tua melancólica vidinha!” [cap. VI]
__________________________________________________________________________
“– Para que servem os espinhos? (...)
– Não servem para nada. São uma pura manifestação de maldade!
– Oh!” [cap. VI]
__________________________________________________________________________

“Ah! Ah! Cá temos um admirador! – exclamou o vaidoso, mal avistou o principezinho”. [cap. XI]
__________________________________________________________________________

Nota: Saint-Exupéry é um escritor francês, nascido em Lyon, a 29 de Junho de 1900. Entre as suas obras, desta-
ca-se O Principezinho, publicado em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Esta obra oferece ao leitor a bele-
za do sonho, dá a conhecer o valor das coisas e das pessoas e mostra a simplicidade das verdadeiras relações
afectivas.

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Unidade 4 | Actividade 2

Conhece a Língua!
Linguagem e comunicação: níveis de língua

No conto, apercebeste-te, certamente, da presença de expressões que apontavam para um


registo popular.
Ex.: “Voltarei ao cabo de seis anos...”.

1. Indica o significado da expressão a negro e reescreve a frase, usando um sinónimo adequado.


__________________________________________________________________________

2. “Aurora Deserta morreu mirradinha de todo.” Explica o significado desta expressão.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Níveis de língua
NOTAS
Os níveis de língua resultam da adequação da língua às diferen-
tes situações comunicativas e dependem de vários factores: Níveis de língua
– nível cultural; Embora não exista uma demarcação
rígida, reconhecem-se três níveis de
– meio social; língua: cuidado, corrente e familiar.
A língua cuidada é mais utilizada na
– situação;
expressão escrita,já que é mais elabora-
– receptores a quem se dirige. da, tem um vocabulário rebuscado e
uma construção gramatical complexa.
Na oralidade, surge, sobretudo, em oca-
siões solenes.
A língua corrente é a que corresponde à
norma linguística, usada pela maioria
dos membros da comunidade.Caracteri-
za-se pelo uso de palavras, expressões e
construções gramaticais simples.
A língua familiar é usada em situações
informais, entre amigos e/ou familiares.
Caracteriza-se pelo emprego de vocabu-
lário simples, diminutivos; pressupõe
um grande grau de proximidade entre o
emissor e o(s) receptor(es).
Há ainda que destacar outros registos de
língua, considerados especiais, nomea-
damente a língua popular, que se
caracteriza pela espontaneidade,simpli-
cidade e presença de expressões prover-
biais.Este registo é usado pelas camadas
menos alfabetizadas da população.

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Pratica!

1. Lê, atentamente, os excertos que se apresentam e identifica o nível de língua que cada um ilustra.

A.

Adão, Pai dos Homens, foi criado no dia 28 de Outubro, às 2 horas da tarde...
Assim o afirma, com majestade, nos seus Annales Veteris et Novi Testamenti,
o muito douto e muito ilustre Usserius, bispo de Meath, arcebispo de Armagh,
e chanceler-mor da Sé de S. Patrício.
Eça de Queirós, Adão e Eva no Paraíso

Nível de língua: ____________________________________________________________

B.
Alpinismo – Desafie a Natureza

Só a partir do século XVIII é que o Homem começou a enfrentar as monta-


nhas por puro prazer. A palavra alpinismo deriva do nome daquela que é con-
siderada o berço do montanhismo: a cordilheira dos Alpes. Sendo assim, alpi-
nismo significa a arte de atingir o topo das montanhas (...).
Revista Boa Forma, nº. 82, Dezembro de 2001

Nível de língua: ____________________________________________________________

C.
Vila Nova da Serra, 12 de Outubro de 2004
Meu amorzinho:
Os dias, sem ti, parecem demasiado longos e aborrecidos. Olho, vezes sem
fim, a foto que tirámos junto ao farol, com a tia Floripes, e tenho saudades das
férias.
Manda-me notícias e miminhos, numa carta, pela volta do correio.
Um beijo da tua Quicas
Inédito (das autoras)

Nível de língua: ____________________________________________________________

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Unidade 4 | Actividade 2

D.

– Que diz, minha mãe: mando-lhe pôr uma vareta no guarda-sol?


– Manda.
Enxugou as mãos a uma rodilha, foi ao quarto, deu um jeito ao cabelo,
mudou de avental, pegou no chuço e desceu as escadas.
– Oiça lá, tio Homem, componha-me aqui isto.
– De mil amores! (...)
Miguel Torga, A Revelação

Nível de língua: ____________________________________________________________

E.

Renato estava lívido. “Eh, pá… eh, pá…“. Deu alguns passos em silêncio e
depois berrou com toda a força: “Mas onde é que está esse tipo? Querem ver
que o sacana se deixou apanhar…” (…)
“Então, não tem nada que saber: o Silvino pisgou-se com as jóias.” (…)
“Eu sei o que vou fazer”, informou Arnaldo.
Abriu a porta da furgoneta, levantou o banco e tirou a pistola. “Vou dar
dois tiros nos cornos do gajo!”
Mário Zambujal, Crónica dos Bons Malandros

Nível de língua: ____________________________________________________________

Boletim I nformativo

Os enunciados orais ou escritos dependem das diferentes situações de comunicação. Os níveis


de língua podem (como viste) ser reunidos em três grandes grupos: cuidado, corrente e fami-
liar. No entanto, consideram-se ainda outros níveis, que são utilizados por um grupo específi-
co de pessoas: a língua popular, o calão e a gíria. O calão abrange um conjunto de palavras
e expressões comuns entre os marginais ou características dos jovens; a gíria compreende um
conjunto de palavras e expressões adoptadas em certas profissões ou actividades.

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Conhece a Língua!
Sintaxe: frase simples e funções sintácticas

Quando o aldeão concluiu o conto, a Filipa e a Ana Raquel olhavam-no com interesse.

A frase transcrita apresenta duas orações: dois sujeitos (o aldeão; a Filipa e a Ana Raquel), duas
formas verbais (concluiu; olhavam-no). É, por isso, uma frase complexa. Esta pode, no entanto, ser
dividida em duas frases simples ou mono-oracionais:

A. O aldeão concluiu o conto.

B. A Filipa e a Ana Raquel olhavam-no com interesse.

1. Divide e classifica sintacticamente as duas frases:


NOTAS
A. Frase simples
______________________________________________ A frase simples tem uma só oração e uma
______________________________________________ só forma verbal conjugada.A oração pode
estar reduzida aos seus elementos princi-
______________________________________________ pais (sujeito e predicado), ou ter elemen-
tos acessórios (complementos), que enri-
quecem o sentido da frase.
B.
Funções sintácticas
______________________________________________
Sujeito – quem realiza a acção; pode ser
______________________________________________ simples ou composto (constituído por
dois ou mais elementos nominais);
______________________________________________
Predicado – corresponde ao verbo e indi-
ca a acção praticada pelo sujeito;

2. Lê as frases e assinala com uma cruz X apenas as frases sim- Complemento directo – elemento que é
ples: solicitado pelos verbos transitivos ou con-
jugados transitivamente, para lhes com-
A. Os contos nem sempre têm um final feliz. pletar o sentido;
Complemento indirecto – elemento
B. Em regra, os bons são recompensados e os maus punidos. nominal sobre o qual recai a acção; é,
regularmente, introduzido pela preposi-
C. Estas histórias perdem-se no tempo. ção a (ou pela contracção da preposição a
+ artigo definido o,a,os,as).

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Unidade 4 | Actividade 2

Pratica!

1. Identifica as funções sintácticas das expressões que se destacam nas frases:

– Os textos do património são muito ricos.


NOTAS
____________________________________________
Funções sintácticas
– Os contadores de histórias dão-lhes vida.
Complementos circunstanciais de:
____________________________________________ – tempo
– lugar
– As histórias encantam jovens e velhos. – modo
– causa
____________________________________________ – fim
– companhia
– As duas amigas levaram o conto à professora. – (...)
____________________________________________

– Agora, conhecem melhor a nossa tradição.


________________________________________________________________________

– Na escola, relataram a sua pesquisa.


________________________________________________________________________

– Todos as ouviram, atentamente.


________________________________________________________________________

– Por causa desse trabalho, melhoraram a sua nota.


________________________________________________________________________

– Fotocopiaram o conto para o darem aos colegas.


________________________________________________________________________

– A Ana Raquel viveu, com a Filipa, uma experiência interessante.


________________________________________________________________________

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Diverte-te!

O labirinto das funções sintácticas

Se conseguires identificar, pela ordem das palavras destacadas, as respectivas funções sintácticas,
dentro da frase em que se inserem, chegarás à saída do labirinto.

Antigamente, as histórias preenchiam os serões da família, pois não existiam


as alternativas que possuímos hoje. À volta da lareira, os mais velhos falavam dos
monstros, dos duendes, das feiticeiras, aos mais novos, acrescentando sempre um
ponto a cada história que contavam pacientemente.

Abreviaturas: Sujeito – Suj.; Predicado – Pred.; Complemento Directo – CD; Complemento Indirecto – CI; Com-
plemento Circunstancial de modo – CCM; Complemento Circunstancial de Lugar – CCL; Complemento Circunstan-
cial de Tempo – CCT.

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Actividade 3

4
Tipo de texto: produções diversas – em prosa e em verso – do património literário oral
Léxico: formação de palavras
Unidade Expressão Literária: noções básicas de versificação

Quer a Ana Raquel quer a Filipa sentiam que o novo rumo da sua viagem através da Língua Portu-
guesa ainda tinha muito para lhes revelar. Por isso, continuaram a aventura. Ficaram particularmente
interessadas nos pequenos textos do património, cheios de ritmo e musicalidade: trava-línguas, len-
galengas, adivinhas, quadras populares, provérbios...

Trava-línguas NOTAS

Trava-línguas
Um copo, girocopo
Gargalhopo, copo cá O trava-línguas é um texto que apresenta
um conjunto de expressões constituídas
Por um copo, girocopo
por sequências de palavras cuja pronúncia
Gargalhopo, copo cá! se torna difícil.
Quem não for capaz de dizer
Um copo, girocopo
Gargalhopo, copo cá
Por um copo girocopo
Gargalhopo, copo cá
Não beberá.

Interpreta!

1. Concordas que a palavra trava-línguas é adequada para designar este tipo de texto? Justifica.
____________________________________________________________________________
2. Ao longo do texto, repete-se, insistentemente, um som. Identifica-o.
____________________________________________________________________________
3. Dá a tua opinião sobre a finalidade do seu uso repetido.
____________________________________________________________________________
4. Atenta na palavra “girocopo”. Que palavras te parecem estar na sua formação?
____________________________________________________________________________
5. Relembra o processo de formação de palavras e diz como a classificas quanto à sua formação.
____________________________________________________________________________
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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Pratica!

1. Identifica o processo de formação das palavras que se seguem:


NOTAS
1.1. trava-línguas
Formação de palavras
___________________________________________
Composição
1.2. planalto
As palavras compostas são aquelas que
___________________________________________ resultaram da junção de duas ou mais
1.3. pernalta palavras.Estas podem ser compostas por:

___________________________________________ Justaposição – quando as palavras se


unem, mantendo a sua acentuação e
1.4. fidalgo ortografia e, geralmente, se apresentam
___________________________________________ separadas por um hífen (exs.: porta-cha-
ves; malmequer);
1.5. couve-flor
Aglutinação – quando as palavras resul-
___________________________________________ tam da união de duas ou mais palavras,
1.6. amor-perfeito tendo-se verificado pequenas alterações
ortográficas (ex.:boquiaberto).
___________________________________________
1.7. girassol
______________________________________________________________________

Diverte-te!

Para jogares o Jogo do trava-línguas, só precisas de um velho tabuleiro dividido em casas


numeradas. As regras, poderás, tu próprio, defini-las, sugerindo penalizações para quem se enganar a
dizer o trava-línguas que escolheres. Ganha quem primeiro cortar a meta.

O rato roeu a rolha da garrafa de


rum do rei da Rússia

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Unidade 4 | Actividade 3

Lengalenga
NOTAS
A criada lá de cima
É feita de papelão, Lengalenga
Quando vai fazer a cama A lengalenga é um texto narrativo, por
Diz assim para o patrão: vezes extenso, de origem popular, que
Sete e sete são catorze, apresenta um jogo verbal, dirigido à
Com mais sete, vinte e um, memorização.
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.

Interpreta!

1. Esta lengalenga apresenta-nos uma criada que se gaba dos muitos namorados que tem. Que adjec-
tivo utilizarias para caracterizar essa sua faceta?
____________________________________________________________________________

2. Consideras ou não intencional a escolha do determinante numeral cardinal sete? Justifica a tua opi-
nião.
____________________________________________________________________________

3. Como classificas a palavra papelão quanto ao processo de formação?


__________________________________________________
__________________________________________________ NOTAS

Formação de palavras
4. Como pudeste constatar, a palavra papelão rima com patrão.
Achas ou não que a rima é importante neste tipo de texto? Justi- Derivação
fica. As palavras derivadas são aquelas que
__________________________________________________ resultaram da junção de um afixo (prefixo
e/ou sufixo) à palavra primitiva. Estas
__________________________________________________ podem ser derivadas por:
Prefixação – quando à palavra primitiva
5. Fazendo uso da tua imaginação, tenta criar uma lengalenga que, se junta um prefixo (ex.:incorrecto);
graças à rima, seja fácil de memorizar.
Sufixação – quando à palavra primitiva
__________________________________________________ se junta um sufixo (ex.: correctamente);
__________________________________________________ Prefixação e sufixação – quando à pala-
vra primitiva se juntam um prefixo e um
__________________________________________________ sufixo (ex.:incorrectamente).

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Língua Portuguesa – 7º. Ano

Pratica!

1. Assinala com uma cruz, no quadrado correspondente, o processo de formação das palavras cons-
tantes na grelha, demarcando a palavra primitiva.

Derivadas por:
Palavras Primitivas
prefixação sufixação prefixação e sufixação

bisneto

infelizmente

folhagem

empobrecer

uniforme

desgraçada

2. Sabendo que desleal é o que não é leal e injusto é o que não é justo, explica o significado dos pre-
fixos des- e in-.
__________________________________________________________________________

3. Regista outras palavras que tenham estes prefixos na sua formação.

des- in-

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Unidade 4 | Actividade 3

Diverte-te!

O baile de máscaras

Para participarem num baile de máscaras, as palavras resolveram disfarçar-se com os “adereços”
(prefixos) umas das outras. Cabe-te, a ti, desfazer a confusão, reescrevendo-as correctamente.

inilusão _______________________________________

repreocupação _______________________________________

destolerância _______________________________________

despor _______________________________________

extraver _______________________________________

reordinário _______________________________________

Quadras populares NOTAS

1. Quadra popular
Tenho um livrinho onde escrevo A quadra é constituída por um conjunto
Quando me esqueço de ti. de quatro versos.A quadra popular,como
É um livro de capa negra o próprio nome indica, é uma força de
expressão do povo, que fala de ideias ou
Onde inda nada escrevi. sentimentos, submetendo-se ao esque-
ma da rima cruzada [a) b) c) b)].
2.
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta.
Se é mentira, escreve leve.
Se é verdade, não tem tinta.
Fernando Pessoa, in Quadras ao Gosto Popular

81
Língua Portuguesa – 7º. Ano

Interpreta!

1. Qual é a mensagem que retiras da primeira quadra?


NOTAS
__________________________________________________
__________________________________________________ Noções básicas de versificação
Verso – corresponde a cada linha do
2. A quem te parece que é dirigida? poema;
Estrofe – corresponde a um conjunto
__________________________________________________
variável de versos. Assim, toma um
__________________________________________________ nome diferente em função do número
de versos:
– monóstico: estrofe de um só verso;
3. A palavra “inda” é característica da expressão popular. Reescreve- – dístico: estrofe com dois versos;
-a com a grafia correcta. – terceto: estrofe com três versos;
__________________________________________________ – quadra: estrofe com quatro versos;
– quintilha: estrofe com cinco versos;
4. Exercita a tua capacidade de rimar e propõe outros versos em subs- – sextilha: estrofe com seis versos (...).
tituição do segundo e do quarto.
Rima – presença de sons semelhantes
Tenho um livrinho onde escrevo no final dos versos. Essa combinação de
sons pode ser diversa, daí existirem
__________________________________________________ diferentes tipos de rima:
É um livro de capa negra – cruzada – quando o 1º. verso rima
com o 3º. e/ou o 2º. com o 4º.;
__________________________________________________ – emparelhada – rimam versos segui-
dos, em regra dois a dois;
5. Centra a tua atenção na segunda quadra. Diz de que subterfúgios – interpolada – quando dois versos
se serve o poeta para mentir. que rimam são separados por dois ou
__________________________________________________ mais versos que não rimam;
– encadeada – quando a palavra final
__________________________________________________ de um verso rima com o meio do ver-
so seguinte;
6. A palavra pena aparece aqui para designar um instrumento de – versos soltos ou brancos – sem rima.
escrita. Que outros significados pode ter?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

7. Como designas essas palavras quanto à relação que estabelecem entre si?
____________________________________________________________________________

8. Que combinação de rima encontras nesta quadra?


____________________________________________________________________________

82
Unidade 4 | Actividade 3

Pratica!

1. Lê, expressivamente, as seguintes quadras:

A B
Vai-te embora, passarinho, Aqui estou à tua porta,
Deixa a vaga do loureiro, Como o feixinho de lenha,
Deixa dormir o menino, À espera da resposta
Que está no sono primeiro. Que de teus olhos me venha.

2. Identifica o tema que cada uma desenvolve:


A
_________________________________________________________________
B
_________________________________________________________________

3. Destaca, de cada quadra, os seguintes aspectos:

• versos que rimam: ________________________ _________________________


________________________ _________________________

• tipo de rima: ________________________ _________________________


________________________ _________________________

4. Resumidamente, enumera as características que fazem com que os textos A e B sejam classifica-
dos como quadras populares.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

83
Língua Portuguesa – 7º. Ano

Conhece a Língua!
Escrita para apropriação de técnicas e modelos

A quadra popular é, talvez, pela sua estrutura simples, a produção em verso mais fácil de cons-
truir, por isso...

Mãos à obra
Prova que és poeta
Constrói uma quadra.
Usa bem a rima
Que a todos agrada.

Para te auxiliar nesta construção poética, aqui ficam outras quadras populares que poderão
servir-te de inspiração.

________________________
Em Coimbra aconteceu
________________________ Um caso muito interessante:
________________________ Uma andorinha fez o ninho
________________________ Na barba de um estudante.

________________________
A vida é má de entender,
________________________ Quem não entende sou eu:
________________________ Uns morrem com falta de ar
________________________ Outros é um ar que lhes deu.

Organiza um caderninho especial onde registes as quadras que conheceste durante a tua pes-
quisa, as quadras da tua própria autoria e da autoria dos teus amigos.

Para te facilitar a organização, poderás agrupá-las por temas (assuntos a que se referem).
Este trabalho poderá ser enriquecido com ilustrações.
84
Unidade 4 | Actividade 3

Adivinhas
1. NOTAS
Bota e meia em cada pé,
quantas botas são? Adivinha e anedota

R: __________________________________ Adivinha
Texto que propõe um enigma,em geral,
com graça, convidando à procura da
2.
solução.
Qual é a coisa que se cria sem comer?
Anedota
R: __________________________________ A anedota é uma pequena composição
que, servindo-se de factos curiosos ou
3. caricatos do quotidiano, pretende obter
Passo a vida nas carteiras um efeito humorístico.
E muito bem dobradinho,
Refresco o rosto das damas,
Quando estou esticadinho.
R. __________________________________

Anedotas
Um indivíduo circulava, de noite, na rua, quando depara com um outro que
olha, insistentemente, o chão.
– O que é que o senhor procura?
– Procuro as chaves do carro que me caíram no passeio, do outro lado.
– E porque é que não as procura lá?
– Porque aqui tenho a luz do candeeiro e vejo melhor.

Um polícia persegue um senhor que conduz, embriagado, em sentido contrá-


rio, numa rua de sentido único, até que consegue fazê-lo encostar à berma. Per-
gunta-lhe, então:
– Então o senhor não viu as setas?
– Setas... que setas? Eu nem sequer vi os índios.

Um cão vai até ao Algarve, onde encontra um gato que cumprimenta:


– Ão! Ão!
– Ão, ão – responde o gato.
– Não era suposto tu dizeres miau?
– Sabes, é que aqui, no Algarve, quem não souber duas línguas está tramado.

85
Língua Portuguesa – 7º. Ano

Diverte-te!

Jogo das adivinhas e anedotas

Material necessário:
Uma ampliação do tabuleiro, um dado, um pino para cada jogador, cartões com adivinhas.

Como jogar:
Os jogadores colocam os pinos na casa “Prémio”, que serve de ponto de partida e de chegada.
Podem deslocar-se em todas as direcções, mas nunca retrocederem. Cada símbolo representa uma
actividade ou impõe uma regra. O ponto de interrogação (?) obriga a que se responda a uma adivi-
nha; se acertar, o jogador pode lançar, novamente, o dado e continuar; caso contrário, espera pela sua
vez. Se parar numa casa com o símbolo (), terá que contar uma anedota, sempre diferente; se con-
seguir, tem mais uma jogada; caso contrário, aguarda pela sua vez. Se um rapaz parar na casa com o
símbolo (F), ou uma menina parar na casa com o símbolo (D), fica sem jogar uma vez. A casa com
a seta (<) obriga a retroceder uma casa. As casas pretas impõem que só se recomece a jogar quan-
do sair o número 6, ao lançar o dado. Ganha o jogador que, depois de ter passado 5 vezes pela casa
“Prémio”, aí regresse com número exacto de pontos.

86
Unidade 4 | Actividade 3

Provérbios
NOTAS
A.
A caminhada de mil léguas começa com o primeiro passo. Provérbio
O provérbio é um enunciado que traduz
Provérbio chinês
uma reflexão ligada a situações do quoti-
B. diano, verdades universais ou lições
Os velhos provérbios morais. Como as anteriores produções,
De noite – sentenciava um velho provérbio – todos os gatos transmite-se, preferencialmente, pela via
são pardos. oral e vai sendo perpetuado de geração
– Mas eu sou negro – disse um gato negro, atravessando a rua. em geração.
– É impossível: os velhos provérbios têm sempre razão. Por vezes,usa a rima.
Gianni Rodari, excerto de Histórias ao Telefone

Interpreta!

1. Tenta explicar a mensagem presente no provérbio chinês.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Consideras que essa mensagem é igualmente válida num país com uma cultura e uma tradição tão
diferentes como o nosso? Justifica.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3. Qual te parece ser a intenção do autor do texto “Os velhos provérbios”?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Dá a conhecer a tua própria interpretação do provérbio: “De noite todos os gatos são pardos”.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

87
Língua Portuguesa – 7º. Ano

Pratica!

Lê e interpreta os provérbios, assinalando com um X a hipótese mais correcta.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

• Com o tempo e a erosão, a água acaba por corroer a pedra.


• A água das chuvas ácidas causa danos nas rochas.
• Com persistência, tudo se consegue.

Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

• Dá-me uma pista e identificar-te-ei.


• Conhecendo aqueles a quem te associas, saberei que tipo de pessoa és.
• Reconhecer-te-ei entre os membros do teu grupo.

Mais vale ser pardal na rua que rouxinol na prisão.

• É preferível ser-se uma pessoa vulgar do que alguém importante.


• Não devemos impedir as aves de voarem livremente.
• É mais importante ser pobre e honesto do que rico e desonesto.

Aquele que não evita o vício fará dele seu suplício.

• O vício leva a bom caminho.


• O que não abandona o vício destruir-se-á.
• Quem é viciado será recompensado.

88
A utoteste
Agora, vais testar os teus conhecimentos para verificares o que
aprendeste nesta unidade.

V F
01. A lenda baseia-se somente em dados verídicos. v f
02. A preposição é uma palavra variável. v f
03. O campo lexical é formado por palavras que fazem parte de uma v f
determinada área.

04. A mesma palavra pode ter vários significados, formando, assim, o v f


campo semântico.

05. A noção de família de palavras não remete para o conjunto de pala- v f


vras da mesma família.

06. No conto, o tempo e o espaço são indeterminados. v f


07. A interjeição serve para expressar sentimentos, de uma forma espon- v f
tânea.

08. Os níveis de língua resultam da adequação da língua às diferentes v f


situações de comunicação.

09. A frase simples tem mais do que uma oração e mais do que uma for-
ma verbal.
v f

10. Quando as palavras se unem, mantendo a sua acentuação e ortogra- v f


fia, são formadas por justaposição.

11. A palavra infeliz é formada por sufixação. v f


12. A estrofe é constituída por um conjunto variável de versos. v f
Nota: se erraste mais do que quatro questões, volta a estudar. Caso contrário,
parabéns, continua a viagem!

89
Actividade 1

5
Tipo de texto: narrativo – o conto O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello
Breyner Andresen
Unidade Expressão literária: categorias da narrativa
recursos estilísticos

O conto tem sempre o poder de nos levar para outras paragens. Quando a Filipa e a Ana Raquel se
aperceberam, já estavam demasiado envolvidas na história do Cavaleiro e, com ele, prosseguiram a via-
gem. Eis, aqui, a ficha que utilizaram no seu trabalho de pesquisa sobre a vida e a obra de Sophia de
Mello Breyner Andresen, autora deste conto.
Faz também uma cuidadosa investigação e regista os dados.

Ficha biobibliográfica
AUTOR
Nome: _________________________________________________________
Data de nascimento: ______________________________________________
Formação académica: _____________________________________________
Actividade profissional: ____________________________________________
Dados relevantes sobre a vida pessoal: ________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

OBRA
Livros publicados: ______________________________________________
____________________________________________________________
Prémios obtidos: ______________________________________________
____________________________________________________________
Outras referências _____________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

90
Unidade 5 | Actividade 1

Observa!

Viaja com O Cavaleiro da Dinamarca,


de Sophia de Mello Breyner Andresen

Os aspectos paratextuais da obra

1. Atenta na parte exterior do livro, antes de iniciares a sua leitura. NOTAS


1.1. Destaca os elementos que encontras na capa. Elementos paratextuais
______________________________________________ O aspecto exterior de um livro é muito
______________________________________________ importante e,por vezes,dá informações
relevantes em relação à obra.
1.2. Após a observação, o que podes concluir relativamente à
“decoração” da capa? Exteriormente, destacam-se os seguin-
tes elementos:
______________________________________________ – capa;
______________________________________________ – contracapa;
– lombada: parte da encadernação do
2. Destaca os elementos presentes na contracapa. livro sobreposta ao topo, em que os
_________________________________________________ cadernos estão cosidos uns aos outros;
– orelhas ou abas;
_________________________________________________
– guardas: páginas em branco que
protegem o livro;
3. Atenta na lombada e regista os dados aí presentes.
– anteportada: 1ª. folha impressa do
_________________________________________________ livro, onde surge o título;
_________________________________________________ – portada: folha onde se repete o títu-
lo, onde surge o nome do autor e da
4. Verifica se o livro tem abas e indica a sua função. editora;
– contraportada ou verso da página
_________________________________________________ de rosto: local destinado às notas
_________________________________________________ editoriais;
– prefácio: espaço destinado às indica-
5. Retira as informações que encontras na portada ou página de ções sobre o objectivo da publicação;
rosto. – dedicatória: indicação da pessoa ou
_________________________________________________ pessoas a quem se dirige a obra ou a
quem é oferecida, em especial.
_________________________________________________

6. Observa as ilustrações da obra e diz se as consideras importantes ou não para a compreensão da


mensagem.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

91
Língua Portuguesa – 7º. Ano

Interpreta!

O texto

A. Atenta no 1º. parágrafo da obra.

1. Localiza a acção no espaço.


____________________________________________________________________________

2. Como são os invernos na Dinamarca?


____________________________________________________________________________

3. Qual é o elemento da natureza que parece escapar ao frio do Inverno?


____________________________________________________________________________

4. Que característica possui para se defender?


____________________________________________________________________________

5. Refere o recurso expressivo utilizado na caracterização do pinheiro.


____________________________________________________________________________

B. Atenta no 2º. parágrafo da obra.

1. Retira, do mesmo, os elementos que te permitem fazer a localiza-


ção espácio-temporal. NOTAS
_________________________________________________ Figuras de estilo
_________________________________________________
As figuras de estilo são recursos que enri-
quecem e dão beleza ao texto literário.
2. Que figura de estilo foi usada para te dar a conhecer, progressiva-
mente, o espaço onde se inicia a acção? Gradação – encadeamento de palavras
ou ideias numa ordem progressiva ou
_________________________________________________ regressiva.

3. Identifica a personagem apresentada neste mesmo parágrafo.


____________________________________________________________________________

4. Caracteriza o local onde habita.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

92
Unidade 5 | Actividade 1

C. “Na Primavera as bétulas cobriam-se...”

1. Faz a descrição das diferentes estações do ano, baseando-te no texto.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Relembra e indica os modos de expressão da narrativa.


_________________________________________________ NOTAS
_________________________________________________
Modos de expressão da narrativa
3. Qual é o modo utilizado para nos dar a conhecer as diferentes Narração – modo de expressão da acção;
estações do ano? sucessão de acontecimentos que fazem a
acção avançar; predomínio dos nomes e
_________________________________________________ de verbos de movimento, no pretérito
perfeito.
4. Identifica a festa mais bonita do ano, celebrada no Inverno.
Descrição – modo de expressão de que o
_________________________________________________ narrador se serve para caracterizar objec-
tos, animais, pessoas, paisagens, etc. Cor-
5. Dá-nos a conhecer a festa celebrada no Inverno, completando as responde a momentos de pausa na narra-
frases que traduzem as principais acções praticadas pela família. ção; uso preferencial do adjectivo,
advérbio e verbos no pretérito imperfeito.
“Vinham _________________________________________”
Diálogo – transcrição do discurso das
“... o cozinheiro _____________________________________
personagens.
________________________________________________”
“... os criados _______________________________________
_________________________________________________”
“As crianças _______________________________________________________________
__________________________________________________________________________”.

D. “Lá fora havia gelo, vento...”

1. Caracteriza, por palavras tuas, os ambientes interior e exterior, na noite de Natal.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Que figura de estilo podemos destacar neste passo?


____________________________________________________________________________

93
Língua Portuguesa – 7º. Ano

3. De que modo contribui esta para dar expressividade a este excerto?


_________________________________________________ NOTAS

_________________________________________________ Figura de estilo


Antítese ou contraste – confronto de
duas palavras ou ideias opostas.
E. “Até que certo Natal aconteceu...”

1. Naquele Natal, o Cavaleiro toma uma decisão. Refere-a.


_________________________________________________ NOTAS

2. Qual é o motivo que ele apresenta para justificar essa decisão? Categorias da narrativa
_________________________________________________ Espaço – físico (cenário da acção);
_________________________________________________ social (características culturais, econó-
micas, políticas e morais do cenário da
_________________________________________________ acção).
_________________________________________________ Tempo – localização da acção num
determinado período temporal, época
3. Qual é a promessa que faz à família? do ano, etc.
_________________________________________________ Personagens – relevo:
_________________________________________________ – principal – aquela que desempenha
o papel de maior relevo;
_________________________________________________
– secundária – aquela cujo papel tem
_________________________________________________ um menor relevo;
– figurante – aquela que serve de ade-
4. Como o designas, no conjunto de personagens da obra, por ter um reço ao cenário da acção.
grande relevo? Narrador – aquele que produz o discur-
_________________________________________________ so narrativo; ser fictício criado pelo
_________________________________________________ autor, que pode participar na história
(participante) ou limitar-se a ser
_________________________________________________ observador (não participante).
_________________________________________________ Acção – desenvolvimento da própria
intriga.
5. A decisão que toma revela alguns traços da sua personalidade.
Regista-os, escolhendo adjectivos expressivos.

Adjectivos
O Cavaleiro é

6. Destaca todos os informantes temporais que te permitem reconstituir o tempo que durou a sua via-
gem até Jerusalém.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

94
Unidade 5 | Actividade 1

7. Enumera todas as acções praticadas pelo Cavaleiro, mal chegou a Jerusalém.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

8. Jerusalém é o primeiro lugar visitado. Recolhe informações sobre esta cidade da Judeia, actualmente
capital do estado de Israel, e regista-as.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

9. No dia de Natal, o que pede o Cavaleiro a Deus nas suas preces?


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

10. A viagem de ida é apresentada de forma abreviada. Em contra-


partida, a narração da viagem de regresso ocupa muitas páginas,
NOTAS
apesar de se referir a um mesmo período temporal: cerca de um
ano. Como se chama este processo usado pelo narrador? Tempo do discurso
_________________________________________________
O narrador goza da possibilidade de tratar
_________________________________________________ o tempo cronológico (aquele que é mar-
_________________________________________________ cado pelos ponteiros do relógio) de forma
diversa:
11. Porque é que o narrador abrevia o discurso da viagem de ida do – alargando-o;
– resumindo-o;
Cavaleiro?
– alterando-o;
_________________________________________________ – submetendo-o a cortes mais ou menos
_________________________________________________ profundos.
_________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

95
Língua Portuguesa – 7º. Ano

F. O início da viagem de regresso....

1. Apresenta, de forma esquemática, os dados relativos ao início da viagem de regresso:

Razão da sua
Data da saída de Quem o acompanha
Para onde se dirige permanência nesse
Jerusalém na viagem
local

2. Descreve, por palavras tuas, a tempestade que os surpreendeu no mar.


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3. Identifica o recurso estilístico presente na expressão:


“Os mastros e os cabos estalavam e gemiam”. NOTAS
_______________________________________________
_______________________________________________ Figura de estilo
_______________________________________________ Animismo – atribuição de caracterís-
_______________________________________________ ticas de seres animados a seres inani-
mados.
4. Relembra a noção de campo lexical e organiza, com os vocábulos
presentes na descrição da tempestade, o campo lexical de Navio.

NAVIO

96

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