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Dermofarmácia e Cosmética

2019/2020

Celulite e Estrias
Celulite e Estrias

 Celulite (hidrolipodistrofia ginóide ou lipodistrofia


ginóide)
◦ Alteração patológica do tecido adiposo com presença
de edema e função venolinfática alterada

 Disfunção caracterizada por alterações dos vários


elementos do tecido conjuntivo
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

Insuficiência circulatória, vasodilatação com estase venosa e linfática

Diminuição das trocas entre o sangue, as células e fibras


conjuntivas

Formação de nódulos celulíticos devido à sobrecarga dos adipócitos


com triglicerídeos e detritos de metabolização, toxinas e água
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Origem

• Alterações da microcirculação
• Retenção de líquidos
Origem • Aumento da permeabilidade basal
hormonal • Mau funcionamento da célula
adiposa
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Diagnóstico e evolução
◦ Termografia cutânea
 Método obtido por meio de contacto com cristais
líquidos micro – encapsulados
 Pode verificar-se através de cores, a irrigação sanguínea
da pele e tecido subcutâneo, determinando áreas
celulíticas
 Económico
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Diagnóstico e evolução (cont.)


◦ Termometria cutânea
 Realiza-se através da medição da temperatura em várias
zonas do corpo, determinando pontos frios e quentes
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Diagnóstico e evolução (cont.)


 Evolução
◦ Estadio 1
 Aumento do volume das células do tecido adiposo na
zona afetada
 Não se verifica alteração circulatória
 Sem sinais visíveis na pele
 Indolor
 Aspeto na termografia: Moucheté
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Evolução (cont.)
◦ Estadio 2
 Alteração circulatória por compressão dos capilares e
vasos linfáticos, devido ao aumento do volume das
células adiposas
 Edema intracelular
 Certo grau de fibrose – separação dos adipócitos e
ilhéus
 Observam-se irregularidades na pele
 Indolor
 Aspeto Moucheté mais característico
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Celulite (cont.)

 Evolução (cont.)
◦ Estadio 3
 Desordenação do tecido
 Aparecimento de micronódulos
 Fibrose compromete ainda mais a circulação
 Podem aparecer microvarizes, edema nas pernas,
sensação de cansaço e peso
 A pele começa a ficar com aspeto “casca de laranja”
 Dor localizada à palpação profunda
 Aspeto na termografia – Pelle di Leopardo
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Evolução (cont.)
◦ Estadio 4
 Endurecimento das fibras – formação de macronódulos
 Circulação bastante comprometida

Pele com aspeto acolchoado e inúmeras depressões

 Pernas ficam inchadas e pesadas


 Sente-se dor
 Aspeto na termografia – Black holes
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

Uniforme Moucheté Pelle di Black holes


Leopardo
Diferentes estadios de celulite
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Fatores que favorecem Fatores


hormonais
 o seu aparecimento
Hábitos de vida
Hereditariedade
e alimentares

Celulite
Fatores
Género
psicossomáticos

Problemas
Idade
circulatórios
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Fatores que favorecem o seu aparecimento (cont.)


◦ Género
 A celulite aparece essencialmente em indivíduos do sexo
feminino
 Organização da camada subcutânea de gordura difere
entre homens e mulheres

Organização da camada adiposa subcutânea no homem e na mulher


Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Fatores que favorecem o seu aparecimento (cont.)


◦ Hereditariedade
 Podem ser herdados fatores que favorecem o
aparecimento da celulite
 Fatores podem ser contrariados, atenuados, através da
manutenção de uma vida saudável

◦ Fatores hormonais
 Principais causadores da celulite

◦ Hábitos de vida
 Podem contribuir para o desenvolvimento ou atenuação
da celulite
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Fatores que favorecem o seu aparecimento (cont.)


◦ Hábitos alimentares
 Dietas hipercalóricas levam a um aumento de síntese e
armazenamento de gorduras
 Deve beber-se bastante água e consumir sal em
moderação

◦ Idade
 Celulite mais visível e mais flácida com o avançar da
idade
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento

• Alimentação rica em fibras, fruta e


legumes
• Consumo abundante de água
• Exercício físico regular
Medidas • Evitar roupas muito apertadas
preventivas
• Evitar muito tempo na mesma
posição
• Controlar o stress
• Não fumar
Estimular a irrigação
Tratar a Inflamação
sanguínea

Alterar perfil de
Estimular apoptose
maturação do
do adipócito
adipócito
ESTRATÉGIAS DE
TRATAMENTO
Limitar ingestão
Ação
calórica (restrição de
lipolítica/termogénica
hidratos de carbono)

Dieta anti-inflamatória Atividade física


Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento
 Tratamento
Restabelecimento
Aumento da da
lipólise microcirculação
local

Diminuição da
formação de Diminuição do
triglicerídeos - edema
lipogénese
Celulite
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento (cont.)


 Tratamento

Adelgaçantes

Protectores

Reestruturantes

Rubefacientes
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Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento (cont.)


 Tratamento (cont.)
◦ Tratamento tópico (cont.)
 Adelgaçantes
 Aumentam o AMPcíclico – aumentam a lipólise e a
proteólise
 Inibidores da fosfodiesterase cAMP: xantinas, escina,
extrato de noz cola, guaraná
⚫Ativadores do sistema adenilatocilase – contribuem
para o aumento de cAMP – adrenalina e glucagon
⚫L – carnitina e coenzima A
⚫Bromelaína
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Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento (cont.)


 Tratamento (cont.)
◦ Tratamento tópico (cont.)
 Protetores
⚫Ação anti – edema
⚫Extratos de castanheiro da Índia, centelha asiática,
Gingko biloba, Panax ginseng, hera, salva, bétula, chá
verde

Propiciam efeitos como melhoramento da circulação sanguínea local,


redução da formação de fluidos, estimulação do metabolismo de
gordura, redução da gordura localizada e protecção dos tecidos
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento (cont.)


 Tratamento (cont.)
◦ Tratamento tópico (cont.)
 Reestruturantes
⚫Fibrinolíticos – despolimerizam as fibras nas micro e
macromoléculas, facilitando assim a eliminação dos lípidos
⚫Despolimerizadores de mucopolissacarídeos – promovem
a fluidez do tecido conjuntivo
⚫Tocoferol – protege o organismo da atividade hormonal,
favorecendo, também a tonicidade e a elasticidade dos
tecidos
⚫Retinol – promove o aumento da espessura do estracto
córneo, tornando menos salientes os glóbulos de gordura
Celulite e Estrias
Celulite (cont.)

 Prevenção e tratamento (cont.)


 Tratamento (cont.)
◦ Tratamento tópico (cont.)
 Reestruturantes (cont.)
⚫Derivados do silício – estabilizam o tecido
conjuntivo

 Rubefacientes
⚫Provocam um aumento da circulação sanguínea no
local de ação
Celulite e Estrias
Estrias

 Lesões lineares e paralelas


 Podem variar de comprimento e largura
 Surgem principalmente nas mamas, coxas, nádegas e abdómen
 Inicialmente apresentam-se com avermelhadas ou rosadas,
evoluindo para uma cor esbranquiçada
 Podem apresentar uma textura diferente da pele normal

Representação esquemática do
estiramento da pele e rompimento
de fibras elásticas
Celulite e Estrias
Estrias (cont.)

 Formação

Distensão contínua da pele – ultrapassagem


dos limites de retracção – rompimento
dérmico

Rearranjo das fibras de colagénio e elastina


da derme em volta do ponto de
rompimento - lesão

Processo de recuperação da pele – cicatriz


- ESTRIA
Celulite e Estrias
Estrias (cont.)

Esquema do arranjo vertical


das fibras elásticas da derme
reticular de uma pele
normal e com estrias

 Etiologia
◦ Causas comuns
 Mudanças súbitas de peso
 Envelhecimento natural da pele
 Gravidez
Celulite e Estrias
Estrias (cont.)

 Etiologia (cont.)
◦ Causas comuns (cont.)
 Descontrolo hormonal
 Fatores genéticos
 Formação anómala de colagénio, em resultado do uso de
substâncias que interferem com o mesmo
 Obesidade
 Celulite
 Exercício físico excessivo
 Hábitos de vida sedentários
 Doenças
Celulite e Estrias
Estrias (cont.)

 Etiologia (cont.)
◦ Causas comuns (cont.)
Envelhecimento
Fatores externos Problemas endógenos
natural da pele

Baixa atividade dos fibroblastos + deterioração da rede de fibras

Privação do suporte Má resistência do


elástico da pele Estrias tecido à tração
normal da pele

Dilatação normal
da pele
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Estrias (cont.)

 Classificação clínica
◦ Rosadas
 Lesões iniciais
 Pele apresenta-se rosa/púrpura sem significante
depressão
 Aspeto inflamatório

◦ Atrófica
 Tipo cicatricial
 Apresenta-se na forma de uma linha flácida hipocrómica
– ausência de melanina
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Estrias (cont.)

 Classificação clínica (cont.)


◦ Nacaradas
 Estrias branco-acinzentadas ou amareladas
 2 a 4 mm de espessura
 Região com flacidez central e pregueamento transversal
da epiderme
Celulite e Estrias
Estrias (cont.)

 Prevenção

• Manter o corpo bem hidratado


• Aplicar protetor solar aquando
da exposição às radiações solares
• Evitar oscilações bruscas de peso
Medidas • Ativar a circulação sanguínea
preventivas
• Evitar o uso de roupas apertadas
e fumar
• Ingestão de alimentos ricos em
ácido ascórbico
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Estrias (cont.)

 Prevenção e tratamento
 Tratamento
◦ Apenas visa melhorar o aspeto estético, estimulando a
formulação de colagénio nas lesões

◦ Extrato de centelha asiática, hidrolisados de proteínas,


extrato de cavalinha, óleo de gérmen de trigo, retinol e
derivados, elastina, extratos placentários

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