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Origem – Em torno de 1930 a música hawaiana ganhava popularidade nos Estados Unidos,
sendo tocada para audiências cada vez maiores. O principal solista era o violão, tocado no colo
do instrumentista com o bocal apontado para cima. Esse tipo de disposição funcionava bem no
contexto tradicional, onde a música era executada em pequenos ambientes. Mas quando foi
ganhando notoriedade e espaço, a música hawaiana foi ocupando salas cada vez maiores e com
isso a necessidade de amplificar o som do violão era inevitável.
Site da Rickenbacker
Mas foi somente entre 1950-60 que a guitarra começou a ganhar o aspecto do qual estamos
acostumados: corpo sólido em madeira e designs elaborados por empresas como Gibson (Les
Paul) e Fender (Leo Fender), que buscavam um instrumento que pudesse atender as
necessidades dos solistas das Big Bands de Jazz.
Dica: Assita o video “Imagine: The Story of the Guitar”, produzido pela BBC de Londres. É
um documentário em 3 partes sobre a origem do violão e da guitarra elétrica.
Possui inúmeros formatos e tamanhos que entregam, além do aspecto visual, a identidade
sonora. Observe abaixo os designs mais comuns:
1 – O corpo da guitarra: geralmente feito em madeira solida (mogno, cedro, alder, maple,
basswood, marupá) pode estar em um bloco único (melhor), 2, 3 ou mais partes. Também é
comum ter uma tampa em lâmina de madeira ornamental pra beleza estética. Pode ser pintado
em diferentes cores ou ainda estampado com desenhos. É protegido com verniz brilhante ou
fosco. O formato do corpo depende do modelo e do fabricante, alguns podem ser maiores e
pesados, outros pequenos e leves.
2 – Ponte: é um sistema complexo com muitos variantes, pode ser fixa ou móvel. Dentro dos
modelos móveis pode ainda ser do tipo Floyd Rose (permite uma flutuação maior na tensão das
cordas).
4 – Captador do meio: fica posicionado entre o captador da ponte e do braço, em uma região de
frequências média-agudas. É o que oferece um leque amplo de possibilidades, podendo ser
usado para sons limpos, distorções leves para blues e rock, e solos lentos.
6 – Roldana (Strap button): onde fixamos a correia da guitarra. Existem sistemas chamados de
“Strap Lock”, que se fixam na correia e são mais práticos para encaixar.
7 – Trastes: são os filamentos metálicos que dividem a escala (braço) da guitarra, onde as
cordas ao serem pressionadas, irão encostar gerando a nota. Podem ser finos ou grossos, altos
ou baixos, dependendo do tipo de performance e conforto que o guitarista almeja.
9 – Braço: é onde pressionamos os dedos para tocar. Fica dividido em 2 partes: a primeira parte
é chamada de madeira do braço que fica na parte de trás do instrumento, onde posicionamos o
polegar da mão esquerda. É feito em madeira e as mais comuns usadas são o marfim, maple e
mogno. A segunda parte é a tábua de madeira que fica na frente do instrumento, chamada de
escala, recebe os trastes e as marcações de casas. É feito de madeira dura e resistente para
suportar o atrito dos dedos e das cordas, normalmente jacarandá, rosewood, ébano e maple.
10 – Parafuso para regulagem do tensor: serve para apertar ou afrouxar o tensor (barra
metálica que fica dentro do braço da guitarra) para fazer a regulagem do empenamento e/ou
torção do braço. Um instrumento bem regulado é aquele que possui um bom alinhamento da
escala.
11 – Tarraxas: são as peças metálicas onde as cordas são enroladas. Alguns tipos de tarraxa
possuem um sistema de trava que evitam que a corda deslize criando uma afinação mais estável.
12 – Mão: região final do braço da guitarra, pode ser feita da mesma peça de madeira do braço
ou ser uma peça separada. É onde as tarraxas e as cordas são fixas.
13 – Abaixador de corda: serve para alinhar a altura das cordas com a altura das tarraxas
promovendo um rebobinamento de cordas uniforme.
14 – Capotraste ou NUT: é o ponto de fixação das cordas oposto a ponte, pode ser feito de
plástico ou mesmo osso (mais comum nos violões). Quando a ponte é flutuante estilo Floyd Rose
é comum a presença de travas no capotraste, para segurar a afinação do instrumento.
15 – Marcação de casas: servem como referência para indicar a posição em que estamos no
braço. Ficam nas casas ímpares, com excessão das casas 12 e 24.
Casas: 3 | 5 | 7 | 9 | 12 | 15 | 17 | 19 | 21 | 24
16 – Cordas: são feitas em aço com diâmetros variados. O encordoamento leva o nome do
diâmetro em polegadas da primeira corda (0.009 ou 0.010 são as mais comuns). Podem ir de
leves (light) a pesadas (heavy), serem reboninadas por um espiral de corda fina (roundwound) ou
serem lisas (plain steel).
17 – Escudo: feito de plástico, proteje a parte elétrica interna da guitarra e funciona como suporte
para os captadores. Existem guitarras sem escudo com os captadores presos a pequenas
molduras de plástico ou parafusados diretamente na madeira.
18 – Alavanca: é uma peça de metal que permite a manipulação da ponte da guitarra fazendo as
cordas afrouxarem (a afinação desce) ou apertarem (a afinação sobe). Seu uso pode ser variado,
permitindo efeitos singulares no instrumento e interpretações como o uso de vibratos.
19 – Chave Seletora: tem geralmente 3 ou 5 posições e funciona como interruptor para ligar e
desligar os captadores. A configuração mais comum é a de 5 posições com a seguinte sequência:
Palheta – serve para “pincelar” as cordas com a mão direita e fazer as cordas vibrarem.
Chamamos esse movimento de “palhetar” as cordas. As palhetas existem em vários tamanhos,
espessuras e formatos e cabe ao guitarrista escolher qual delas ele se adapta melhor. As mais
finas entregam um som mais estalado e agudo enquanto as mais grossas um som aveludado e
fechado.
Pedais de efeitos – são responsáveis por moldar e modificar o som da guitarra adicionando as
características próprias do pedal: distorção, ambiência, eco, entre outras.
Amplificador – é o que amplifica e transforma o impulso elétrico da guitarra em som. Pode ser
valvulado (melhor) ou transistorizado, ter potência de 1w até 150w (as vezes mais), ter alto
falante acoplado (combo) ou separado (cabeçote e caixa). Cada amplificador é único e a sua
escolha dependerá do gosto pessoal e estilo do guitarrista.
Por hoje é isso, fiquem com um vídeo onde toco uma música do meu CD e até a proxima!