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Apostila de Quiropraxia para Impressão MCR
Apostila de Quiropraxia para Impressão MCR
FORMAÇÃO EM
QUIROPRAXIA
CURSO DE FORMAÇÃO EM QUIROPRAXIA
HISTÓRIA DA QUIROPRAXIA
• Daniel David Palmer fundador da moderna quiropraxia nasceu no Canadá em 07 de março de
1845. Em 1865 migrou para os EUA
• Foi um autodidata, interessando-se por naturopatia, medicina, homeopatia e magnetoterapia;
buscava uma medicina livre de medicamentos.
1897, Palmer fundou sua primeira escola para ensinar quiropraxia.
HISTÓRIA DA QUIROPRAXIA NO BRASIL
• 1922, chegada do Dr. Willian Fipps D.C., trabalhando e divulgando durante 26 anos a quiropraxia
em São Paulo.
• Em 1958, início do curso de quiropraxia em Curitiba – PR.
• Em 1986, início das aulas de quiropraxia no curso de especialização em Homeopatia da
Associação Médica Paranaense de Homeopatia em Curitiba – PR
• Em 1994, o Ministério do Trabalho inclui a descrição da profissão no Código Brasileiro de
Ocupações – CBO94
QUIROPRAXIA: DEFINIÇÕES
Quiropraxia – “profissão na área da saúde, que se dedica ao diagnóstico, tratamento e prevenção de
alterações mecânicas do sistema musculo-esquelético, e seus efeitos sobre a função no sistema nervoso.
Há uma ênfase em terapias manuais, incluindo a manipulação ou ajustamento vertebral.”
Quiropraxia – é a disciplina, dentro das artes naturais ligadas à saúde, que se preocupa com etiologia,
patogênese, terapêutica e profilaxia dos distúrbios funcionais, estados patomecânicos, síndrome de dor, e
outros efeitos neurofisiológicos relacionados com a estática e a dinâmica do sistema neuro-musculo-
equelético, relacionados à todas as articulações axiais, apendiculares e crânio-faciais.
QUIROPRAXIA: RECURSOS DIAGNÓSTICOS
Clássicos: Anamnese; Radiológicos e Laboratoriais
Próprios: Avaliações Estática e Dinâmica
QUIROPRAXIA: CONCEITOS BÁSICOS
• Ajuste Quiropráxico – manobra manual passiva, a qual o complexo articular é repentinamente
levado para além da faixa fisiológica normal de movimento, sem ultrapassar as fronteiras da
integridade anatômica (Sandoz, 1971)
• Ajuste Quiropráxico – movimento passivo de alta velocidade e pequeno arco de indução, de uma
superfície articular sobre outra. (Swezey, 1983)
• Ajuste Quiropráxico – caracteríza-se pela aplicação manual de uma força, visando o
restabelecimento da fisiologia articular de uma estrutura. (M. Matheus, 2002)
• Técnica Quiropráxica – é a utilização do ajuste das articulações do corpo humano manual ou
mecanicamente, ativa ou passivamente, com o objetivo de restaurar a relação e função articulares
normais, restabelecendo a integridade neurológica e influênciando os processos fisiológicos.
• Sub Luxação – caracteriza-se por uma interferência ou bloqueio produzido pelo deslocamento
incompleto ou parcial de duas superfícies articulares, ocasionando irritação das raízes nervosas
que emergem da coluna vertebral, afetando sistema músculo-esquelético, ocasionando distúrbios
viscerais devido a interferência no sistema nervoso autônomo.
• Fixação – qualquer mecanismo físico , funcional ou psicocomportamental que restrinja a
mobilidade de um segmento dentro de sua faixa fisiológica motora normal.
• Limite fisiológico – é a amplitude máxima do movimento que uma pessoa pode realizar ativamente
em uma articulação.
• Limite anatômico – é a amplitude máxima de movimento a que uma articulação pode ser
submetida sem que hajam danos a estrutura óssea, ligamentar, múscular ou nervosa. Está além do
limite fisiológico e somente é aproximado em uma manipulação.
COMPENSAÇÃO = HIPOMOBILIDADE + HIPERMOBILIDADE
A hipomobilidade caracteriza-se pela restrição de movimento em algum de seus eixo, que geralmente
pode levar a uma hipermobilidade compensatória com sintomas à distância.
Complexo de sub luxação – são vários componentes envolvendo o fenômeno da sub luxação, tais como:
1) Cinesiopatológicos
2) Neuropatofisiológicos
3) Miopatológicos
4) Bioquímicos Histopatológicos
1 - Cinesiopatológicos:
• Hipomobilidade
• Hipermobilidade
• Compensação
2 – Neuropatofisiologicos
a) Neuropatofisiológicos: Devido a hipermobilidade:
Irritação e sofrimento das raízes nervosas
Alterações simpáticas
Sensibilidade
b) Neuropatofisiológicos: Devido a hipomobilidade:
Pressão
Atrofia
Atonia
Anestesia
3 – Miopatológicos:
Na hipermobilidade: irritação; facilitação; espasmo;
Na hipomobilidade: pressão; degeneração
O componente miopático manifesta-se na hipertonicidade ou no espasmo (como resultado de
compensação ou facilitação) ou atonia e fraqueza (como resultado de pressão ou degeneração). Os
fatores cinesiopatológicos e miopatológicos serão os responsáveis pela disfunção biomecânica.
4 – Bioquímicos Histopatlógicos
• LAS (síndrome de adaptação local)
• GAS (síndrome de adaptação geral)
• LAS + GAS = Síndrome do stress – produzem fluxo de histamina prostaglandina e bradicinina
• As alterações bioquímicas são desencadeadas durante e após a síndrome de adaptação.
• Hipermobilidade = irritação = inflamação = dor, calor, edema
• Hipomobilidade (sem estímulo fisiológico) = degeneração = dormência, frio, estase circulatória e
atrofia.
• Exemplo: hipermobilidade – osteofitose
hipomobilidade – osteofitose
• Os fatores bioquímicos e histopatológicos serão os responsáveis pela disfunção fisiológica do
organismo.
Baseado nestes conceitos podemos dizer:
A correção de uma subluxação (ação terapêutica que elimina a fixação ou componente cinesiológico
sempre presente) restaura os processos fisiológicos normais e as inversões patológicas possíveis.
Movimentos anormais das articulações:
Ocorrem na presença de uma fixação, caracterizando-se por um dos componentes do complexo de sub
luxação.
Fixação Muscular:
• Caracteriza-se pelo espasmo muscular que fixam as vértebras e impedem o seu movimento
normal, estes espasmos geralmente não são notados pelo paciente.
• Podem ser observados através de palpação ou de teste de movimentos, como geralmente são
secundários à outra área de fixação, voltarão a ocorrer se a fixação primária não for eliminada.
Fixação Ligamentares:
• Apresenta alteração fisiológica das articulações fixadas através do encurtamento dos ligamentos
envolvidos.
• Tendem sempre a se adaptar a faixa de movimento utilizada.
• O encurtamento ou a tensão encontrada em certas fáscias e tendões podem também ser
responsáveis por restrição de movimento em algumas articulações, tanto por si mesmas quanto
pela obstrução da ação dos músculos associados.
Fixação Articulares:
• As fixações articulares totais que ocorrem na coluna vertebral, independente da etiologia podem
ser o resultado da adesão intrarticular semelhante a observada na capsulite adesiva e em
encurtamentos de ligamentos múltiplos.
• Apresentam as seguintes características:
• imobilidade na palpação do movimento
• dor em movimentos forçados
• progridem para ancilose
Restrições Ósseas:
• Pode se observar protuberâncias ósseas em algumas articulações através do bloqueio repentino
do movimento.
• Podem ser de várias etiologias:
• osteófitos
• fraturas mal cicatrizadas
• Nestes casos é importante o diagnóstico radiológico
• Na anquilose óssea real como um tipo de fixação total
QUIROPRAXIA: DIAGNÓSTICO QUIROPRAXICO
Anamnese – a necessidade de uma avaliação extremamente completa e verdadeira, pois qualquer tópico
que seja esquecido de perguntar, poderá modificar a sessão e a escolha das manobras.
Avaliação Estática – trata-se da observação física em relação a postura do indivíduo
Avaliação Dinâmica:
Observe a restrição de movimento primeiro em regiões amplas com o teste geral. Identificando uma área
restrita, teste cada plano do movimento normal em cada segmento. Os seus dedos de palpação devem
estar no segmento ativo. Nunca force o movimento além do suportável e mantenha sempre aberta a
comunicação com o paciente durante o processo de exame.
QUIROPRAXIA: AÇÃO TERAPÊUTICA
Ajustes específicos ou técnicas avançadas:
• São impulsos dinâmicos (impulso, ricochete, queda de corpo), cujo o objetivo é produzir
movimento interarticular bem definido para alterar o componente cinésiológicos de uma sub
luxação (diretamente) e outros componentes (indiretamente).
Divide-se em 6 tempos:
1. Localize a fixação através de testes gerais e específicos, determinando assim o local que deve ser
trabalhado. Nesse primeiro momento teremos definido o plano ou direção que o ajuste deve ser
feito.
2. Escolha a melhor posição (paciente – terapeuta) para fazer os contatos.
3. Acomode seus pontos de contato de maneira confortável, porém firmes e precisos, de maneira que
a direção do impulso possa ser projetada com segurança
4. Conduza a articulação até o ponto em que a restrição de movimento seja sentida (alongamento
passivo até que o reflexo neuro muscular ocorra).
5. Aguarde o reflexo neuro tendinoso
6. Desencadeie a ação de ajuste através de um espasmo muscular rápido. Assim o segmento será
conduzido através da faixa para-fisiológica até o limite anatômico, ou próximo dele.
1) QUIROPRAXIA: DEFINIÇÕES CLÁSSICAS
Queda de Corpo
Tradução da expressão “body drop”. Uma vez feito o contato com as mãos na área a ser
manipulada e após comprido o tempo, no momento adequado, todo o corpo participa da ação através de
um rápido espasmo muscular geral.
Recuo
Tradução da palavra “recoil”. Uma vez feito os contatos com as mãos na área a ser manipuladas e
após o tempo necessário, a ação é desencadeada pela contração dos músculos tríceps e peitoral do
terapeuta.
Impulso
A mais comum das ações de manipulação. Será executada após o tempo próprios de espera,
através da contração do diafragma à semelhança de um sopro rápido e imitando uma tosse provocada.
Qualquer um desses procedimentos será adequado, efetivo e indolor, desde que se tenha definido
com clareza a intenção da ação, assim ela ocorrerá de forma espontânea, natural e reflexa.
QUIROPRAXIA: CONTRA INDICAÇÕES
Absolutas: Neoformações malignas; Tuberculose óssea; Osteomielite; Fraturas; Osteoporose; Rupturas
ligamentosas; Artrite aguda; Alterações neurológicas por compressão de raiz nervosa
Relativas: Prolapsos discais (com ou sem sinais anormais do SNC); Hérnias discais (com ou sem sinais
anormais do SNC); Osteoartrose; Escoliose; Hipermobilidade.
QUIROPRAXIA: CUIDADOS GERAIS
• Evitar manipulação quando está alterado o estado geral do paciente
• Quando a manipulação provoca resistência excessiva por dor ou temor do paciente
• Com dúvida deve se utilizar de outras técnicas manuais, não se utilizando da manipulação.
• Até 12 anos não se faz manobras cervicais
• Grávida não se faz manipulação lombar
• Pacientes idosos – observar bem patologias ósseas graves
AVALIAÇÃO REALIZADA PELA QUIROPRAXIA
AVALIAÇÃO DINÂMICA (avaliação funcional)
Avaliação da coluna cervical
Com o paciente sentado, deve-se pedir para que realize todo os movimentos avaliando a amplitude
de movimento e se este movimento causa dor,
Sequência de movimento:
- Flexão e extensão / Rotação lateral direita e esquerda / Flexão lateral direita e esquerda
Paciente deitado em DD, o terapeuta posicionado em pé atrás da cabeça. A terapeuta segura a cabeça
colocando a mão de manipulação (2º metacarpo) na vértebra a ser manipulada, e a outra espalmada na
região temporo occipital. Realizando uma flexão com extensão passiva até o limite articular. Na expiração
aplica-se o impulso.
Coluna cervical - C2/C7 - Mobilização com limitação de rotação
Paciente sentado, o terapeuta ao lado fixando o tronco com a coxa. O terapeuta deve colocar o 2º
metacarpo sobre a vértebra a ser mobilizada, enquanto a outra mão apoia o 5º metacarpo na vértebra
acima. Realiza-se passivamente rotação lateral até o limite articular. Na expiração, o paciente realiza o
retorno do movimento, não deixando o terapeuta retornar ao centro. Realizar alongamento após a
manipulação.