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PRODUÇÃO EDITORIAL

e-book TIQ - Terapia Instrumental Quiropráxica I Setembro de 2015 I Número 01

Textos:
Márcio Tosi e Diego Galace

Revisão:
Renata Toni Gonçalves

Organização Editorial:
Karina Francis

Projeto Gráfico e Editorial:


Essenz Design e Branding
www.essenzdesign.com.br 11 2283-4250 l 4759-5463

Editoração e Arte-Final:
Fernando Corvisier de Abreu

Contato Livta: 11 3889-9852


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SUMÁRIO
• Introdução 04 • Indicações de calçados e vestimentas 28
• Definição 06 • Posicionamento do paciente
e inspeção visual 28
• Histórico 07
• Testes Básicos 1 e 2 – TB1 e TB2 29
• Primeiras evidências 09
• As 3 possibilidades 30
• Dados estatísticos 09
• Regra geral 30
• Neurofisiologia e Biomecânica 10
• Aplicação da técnica 30
• Mau Funcionamento Biomecânico 17
• Princípios da Técnica Instrumental 18
• Leg Checking – Análise do
comprimento das pernas 21
• Ajuste Manual x Ajuste Instrumental 24

03
INTRODUÇÃO
O que você realmente Tosi é sócio-diretor do Instituto LIVTA, atua
há mais de uma década com Quiropraxia
sabe, ou gostaria de Instrumental. É o primeiro Fisioterapeuta do
saber, sobre a Quiropraxia Brasil com Certificação e Proficiência Básica em
Instrumental? Chiropractic Adjusting Instrument pelo Activator
Methods USA. Credenciado e Representante
Muito além de sua definição, Oficial no Brasil do Chiropractic Adjusting Tool
entender cientificamente como a TIQ pela Jtech Medical USA e ECIS - European
funciona é um princípio básico para Chiropractic international School. Estágios Clínicos
todos que se interessam pelo tema. em Activator Intermediate Level, Activator
Neste material, você vai conhecer Advanced Level, Impulse Spinal-Extremities em
o contexto histórico, as primeiras Hixon-TN, Atlanta-GE e New York-NY. Possui pós-
evidências, os dados estatísticos e graduação em Quiropraxia pela Universidade de
os princípios e funcionamento da Ribeirão Preto/SP e em Técnicas Osteopáticas e
técnica. Este e-book foi idealizado Terapia Manual pela Universidade de Maringá /PR.
pelos profissionais Márcio Tosi e Também é Especialista Master em Quiropraxia
Diego Galace. pela Associação Nacional de Fisioterapia em

04
INTRODUÇÃO
Quiropraxia - ANAFIQ e COFFITO. Idealizador Neuromechanical USA e com o Instrument-
do sistema de rechecagem, do ajuste Assisted Soft Tissue Mobilization Technique
sequencial, dos testes/ajustes cranianos, (Graston Technique). Também é Especialista
viscerais, Atlas Orthogonal pela Prono Master em Quiropraxia pela Associação
Leg Checking e introdutor do método para Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia -
fisioterapeutas no Brasil. ANAFIQ e COFFITO. Dedica-se ao estudo
da terapia manual, tendo realizado cursos
Galace é Educador Físico e Fisioterapeuta e formações sobre diversos métodos e
pela PUC (MG), Doutor em Ciências da Saúde técnicas. Representante em São Paulo da
Associação Nacional de Fisioterapia em
pela Santa Casa de São Paulo e Quiropraxista
Quiropraxia - ANAFIQ.
Especialista pela Universidade de Ribeirão
Preto/SP. Sócio-diretor do Instituto LIVTA,
Ambos possuem ampla experiência com a
possui certificação e proficiência básica
prática da TIQ e sabem que conhecimento só
em Chiropractic Adjusting Instrument pelo
vale a pena quando é compartilhado.
Activator Methods USA. Treinamento com o
Chiropractic Adjusting Tool da Jtech Medical
USA, com o Impulse Adjusting Instrument da Boa leitura!

05
DEFINIÇÃO
Consiste em gerar o equilíbrio do corpo através de
manipulações precisas e unidirecionais de baixa
potência no sentido da correção da disfunção
neuroarticular.
Eliminar bloqueios estruturais,
alterações posturais, dores
Sistema de diagnóstico agudas e crônicas, com
e tratamento centrado ajuda de um instrumento
na ideia da análise mecânico que produz uma
vibração simples, suave e
do comprimento dos eficaz, sem estresse para o
membros inferiores, paciente (Soulier, 2009).
determinando o Forma de exame à procura de
subluxações articulares (disfunção somática), onde
momento de ajustar as a manipulação é realizada por um instrumento de
articulações (Fuhr, 1997). baixa intensidade e velocidade (Fuhr, 2009).

06
HISTÓRICO

07
HISTÓRICO
Em 1901, Thomas Storey Lee e Fuhr iniciaram os estudos para
desenvolverem os primeiros instrumentos
desenvolveu um instrumento após a orientação de um dentista, que
de cicatrização magnética e, sugeriu um impactador dental. Sem obter
resultados satisfatórios, pois o mesmo não
posteriormente, adicionou um gerava força suficiente, outros dispositivos
martelo e cinzel. foram testados; porém nenhum serviu
para o propósito (Fuhr, 2009).
Em 1907, foi desenvolvido um sistema
Posteriormente, outro dentista ofereceu
pneumático de martelo. E em 1928, foi
um martelo de impacto cirúrgico com
utilizado o primeiro martelo de borracha um dispositivo de borracha, testado com
(Fuhr, 2009). As técnicas instrumentais sucesso, sendo o primeiro instrumento
foram desenvolvidas pelos quiropraxistas funcional a ser utilizado (Fuhr, 2009).
Warren C. Lee e Alan W. Fuhr, em Phoenix,
no estado do Arizona, no ano de 1967. Foram
baseadas inicialmente na técnica básica
Logan (Fuhr, 2009).

08
HISTÓRICO
Primeiras evidências Dados estatísticos
Na década de 1970, após uma avaliação de rotina, Segundo o Activator Methods
um paciente realizou espontaneamente uma International, até 2004, foram 40 anos
rotação cervical e imediatamente uma perna baseados no empirismo, 15 anos de
ficou mais curta que a outra, surgindo investigações científicas com 134 artigos
assim os primeiros indícios do sistema revisados, mais de 35 mil profissionais
de avaliação. A partir daí, o primeiro certificados e 45 mil que fazem uso
grupo de quiropraxistas começou da técnica. É a segunda técnica de
a utilizar os procedimentos quiropraxia mais aplicada, sendo que
para detectar subluxações 70% dos quiropraxistas no mundo a
através do monitoramento utilizam. As técnicas mais utilizadas são,
do comprimento da perna. respectivamente: Diversified Technique,
Mais de 70% dos pacientes Chiropractic Adjusting Tool, Gonstead
com lombalgias apresentavam Technique, Cox Flexion-Distraction,
pernas mais curtas (Fuhr, 1997). Em 1986, Thompson Technique, Sacro Occipital
os fisioterapeutas iniciaram a formação e Technique, Applied Kinesiology e Palmer
aperfeiçoamento nesta técnica. Upper Cervical.

09
NEUROFISIOLOGIA
E BIOMECÂNICA

10
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
O sistema nervoso O SNC busca sempre o equilíbrio para realizar suas
funções. O corpo tem algumas estruturas como os
central (SNC) gera mecanorreceptores, que detectam as alterações
a estabilidade e articulares enviadas ao próprio sistema para que
mobilidade necessárias tenhamos um movimento harmônico e funcional.
para as articulações Chamamos isto de resposta mecanopostural que tem
grande influência dos sistemas passivo e ativo, que
permanecerem geram a estabilidade e mobilidade articular.
saudáveis, pois as Quando há uma alteração no sistema do equilíbrio
alterações neste corporal, ocorrerá uma alteração no sistema de simetria
corporal dos músculos, com isto, há diminuição da
sistema geram amplitude de movimento articular, que na coluna
disfunções e problemas vertebral leva a uma restrição de movimento e
na integridade da saúde sobrecarga a outras regiões articulares. Isto leva
o paciente a adotar uma postura assimétrica, com
destas estruturas rotação do tronco. Este comportamento gera um
(Hodgar, 2011). gasto energético maior e alongamento anormal de

11
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
ligamentos, que comprimem as facetas se inserem nas vértebras serão estirados,
articulares, levando-as à degeneração e isso vai estimular os fusos neuromusculares
fazendo com que uma das pernas e os órgãos tendíneos de Golgi.
permaneça mais curta. A cápsula articular das subluxações
Um corpo equilibrado, irá apresentar de um lado uma
que não apresente pequena folga, enquanto
alterações na que do lado contralateral
um estiramento. Essa
comunicação entre
diferença de tensão
o SNC e os demais
será captada pelos
sistemas, apresenta o
mecanorreceptores
comprimento das pernas
das cápsulas.
igual e postura muscular
O disco intervertebral
simétrica. receberá forças
Quando uma vértebra está de rotação e
desalinhada, diversas reações poderão os receptores
ocorrer, entre elas, os músculos que proprioceptivos

12
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
locais serão estimulados. O trato sensitivo primário.
espinocerebelar recebe estas Os córtex motor e sensitivo responderão,
informações pelas fibras do desencadeando diversas adaptações, como o
tipo A, levanto até o cerebelo reposicionamento dos segmentos corporais e
e, posteriormente, chega ao a reorganização da musculatura postural.
centro de integração, o Por meio do trato vestibuloespinal,
tálamo, que vai transmitir
os núcleos vestibulares coordenarão
as informações para o
as respostas dos músculos posturais
córtex motor e sensitivo.
e a contração assimétrica das cadeias
Neste mesmo processo, os
musculares (em especial os músculos da
estímulos conceptivos serão
pelve e dos membros inferiores). Com
enviados diretamente ao tálamo
base nestas informações, a consequência
pelas fibras do tipo C pelo trato
espinotalâmico
da subluxação será o aparecimento de
lateral, sendo uma perna curta.
direcionado Conclui-se que a razão pela qual as pernas
para o córtex apresentam diferença de comprimento seria a

13
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
contração assimétrica das cadeias musculares,
principalmente da pelve e membros inferiores, Alongamento
anormal de ligamentos,
em decorrência das informações proprioceptivas comprimindo facetas Falta de
e favorecendo a Equilíbrio
ao complexo de subluxação vertebral. degeneração
articular

Estas reações são confirmadas como a


explicação da origem e consequência
da subluxação após o ajuste, onde as
pernas se equilibram.
As respostas são rápidas após o ajuste, Assimetria
muscular
pois são realizadas pelas fibras do tipo Rotação do
tronco de forma das cadeias
1A. No entanto, a dor é amenizada, mas compensatória musculares

costuma persistir por algum tempo, pois


apesar da disfunção neuroarticular ter
normalizado, o organismo necessita de um Diminui ADM
da coluna e
período maior para eliminar os mediadores gera bloqueios
vertebrais em
químicos e a inflamação. várias regiões

14
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
A relação da disfunção neuroarticular e a homeostase. Porém, muitas vezes, essa
reatividade do comprimento da perna ocorre reorganização é inadequada, sobrecarregando
pelo SNC que está em constante busca de os subsistemas, promovendo uma cronicidade
equilíbrio e feedback dos mecanorreceptores, da disfunção-instabilidade vertebral.
que têm a finalidade de manter o alinhamento
das superfícies articulares (Busquet, 2009). Erro de ativação
Mau Alteração muscular
funcionamento da cadeia observado no
Os sistemas interligados que influenciam biomecânico neurológica comprimento
da perna
na estabilidade articular são: Passivos
(vértebras, disco intervertebral, Observar
articulações facetárias e ligamentos), novamente a
função
Estímulo para
correção
Ativos (músculos e tendões) e o Controle neuromuscular

Neural que é o principal direcionador


dos mecanismos anteriores, dando a Reavaliação do Reavaliação do
comprimento comprimento
estabilidade dinâmica (Pamjabi, 1992). da perna da perna

Quando um desses sistemas falha, os outros Ajustar a alteração


neurobiomecânica
se reorganizam para dar a continuidade à

15
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
A estabilidade da cintura pélvica
e da coluna lombar tem grande
importância no equilíbrio do FUNÇÃO
corpo como um todo.
A pelve é o centro de gravidade
e todo o peso dos membros SUBSISTEMA NEURAL
superiores, tronco e cabeça é
transmitido para os segmentos MOTOR SENSORIAL
inferiores por meio desta região.
E junto a ela, a coluna lombar,
que é a principal região do corpo
responsável pela sustentação das
cargas ascendentes. Sendo assim, SUBSISTEMA SUBSISTEMA
podemos pensar que as sobrecargas PASSIVO ATIVO
impostas nesta região propiciam
microbloqueios, evoluindo para CAILLIET (2001) | PANJABI (1992) | MACINTOSH e BOGDUK (1991)

desgastes articulares.

16
NEUROFISIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Mau Funcionamento córtex uma informação para correção, onde o
corpo responderá de maneira diferente com
Biomecânico o equilíbrio dos membros inferiores. Após
Fatores como estresse físico e emocional, este procedimento, utiliza-se o ajuste com o
sobrecarga, peso, esforço repetitivo, TIQ e, com isso, realiza-se a reavaliação do
alterações posturais, trauma direto, comprimento da perna e observa-se se a
trauma indireto, aspectos biopsicossociais alteração foi efetiva e, desta forma, corrige-se
e intoxicação medicamentosa ou o mau funcionamento biomecânico.
alimentar podem gerar uma alteração do A avaliação é baseada na falha do
funcionamento do sistema biomecânico. comportamento biomecânico das articulações.
Com o mau funcionamento biomecânico, Durante a realização
ocorrerá uma alteração na cadeia neurológica. das estratégias de
Esta cadeia é responsável pelo equilíbrio tornozelo e quadril,
do corpo. Quando alterada, leva à ativação vão ocorrer as
do comprimento da perna. Após a avaliação possíveis mudanças
desta disfunção, é possível utilizar o teste no comprimento da
de pressão para correção, que irá gerar no perna (Fuhr, 2009).

17 ESTRESSE: os músculos se contraem = Não CORREÇÃO: os músculos se relaxam = Sim


PRINCÍPIOS DA
TÉCNICA INSTRUMENTAL

18
TÉCNICA INSTRUMENTAL
Baseada na síntese de • Estresse
vários sistemas analíticos e Estimula a perna a encurtar, vai em direção
à subluxação, movimento de um segmento,
de baixo impacto de ajustes: e a perna poderá sofrer uma alteração de
Logan Basic, Derifield-Thompson, encurtamento.
VanRumpt, Técnica de No-Force,
DeJarnette e Sweat-Grostic, a Técnica • Correção
Estimula a perna a ficar equilibrada, vai contra
Instrumental Quiropráxica tem como
a subluxação. Para as pernas que apresentam
objetivo identificar subluxações pelo Leg
alteração de comprimento, fazer uma pressão
Checking através de testes neurológicos manual na direção da correção com o objetivo
de pressão e movimento, que são de nivelar a diferença da perna.
utilizados para analisar as funções e os
micromovimentos das articulações. • Isolado
Os testes devem ser realizados no pré- Movimentos ativos ou passivos específicos para
ajuste e pós-ajuste. Entre os testes testar uma determinada articulação ou vértebra,
utilizados estão: poderá sofrer uma alteração de encurtamento.

19
TÉCNICA INSTRUMENTAL
Após a realização dos testes, verifica-se o comprimento
das pernas e utiliza-se o instrumento de percussão
mecânica para o ajuste das subluxações.
Para confirmar o ajuste, é necessária a
análise novamente do comprimento da
perna (Cooperstein, 1997).
O instrumento TIQ é um dispositivo de
alta velocidade e impacto dinâmico com
potência regulável, utilizado na direção
precisa e específica, promove a ativação
dos micromovimentos, desbloqueando O Instrumento é constituído por um conjunto
as articulações. Baseado no protocolo de de molas e esferas compactadas, alguns
avaliação estruturado, o ajuste é obtido por dispositivos cilíndricos e quatro graduações de
uma série de testes que determinarão a força de baixa frequência.
localização exata e o sentido do bloqueio.

20
TÉCNICA INSTRUMENTAL
Leg Checking – Análise do extremidades (Osteobauer, 1992).
A posição de decúbito ventral foi
comprimento das pernas estatisticamente significante e
Um dos testes mais utilizados dentro da clinicamente confiável para avaliação do
Quiropraxia e é o que apresenta o menor comprimento da perna. Demonstra que a
índice de discordância entre avaliadores. reatividade do comprimento da perna é um
achado fidedigno, que pode contribuir para
Segundo o Activator Methods, o Leg Checking o diagnóstico de dor lombar, quadril, ciática
apresenta 78% de confiabilidade, a Palpação e degenerativa (Slosberg, 1988).
Dinâmica e a Motion Palpation apresentam 28%
e 47%, respectivamente (Fuhr, 2013). É utilizado
como base juntamente com o protocolo de
estrutura de varredura no diagnóstico das
subluxações. Determina onde ajustar, quando
ajustar e quando não ajustar.
Diferenças aparentes no comprimento dos
membros inferiores são sugestivas de disfunção
segmentar da coluna vertebral, pélvis e

21
TÉCNICA INSTRUMENTAL
Foram avaliados 34 pacientes entre dois aplicadores experientes na técnica
instrumental, o resultado demonstra que houve 85% de concordância entre os
examinadores. Conclui-se que quanto maior a experiência, menor a chance de erros
na avaliação (Nguyen, 1999).Temos que padronizar um mecanismo de avaliação
pessoal, minimizando erros ou leituras ambíguas de interpretação de resultados.
Existem três tipos de perna curta que podem ser diagnosticadas:

• Perna Curta Anatômica (PCA): perna curta verdadeira


• Perna Curta Funcional (PCF): alterações biomecânicas
• Perna Curta Reativa (PCR): deficiência pélvica

A definição de Perna Curta Funcional é: A diferença no alinhamento das


estruturas de suporte entre o chão e a cabeça do fêmur (Giles, 1983; Liebenson,
1997; Powers, 2008).

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TÉCNICA INSTRUMENTAL
Vantagens Desvantagens
Considerada a segunda técnica • Efeito psicológico da cavitação
mais utilizada no mundo, tem • Posicionamento em decúbito ventral
como diferencial: • Quadro de algias agudas
• Convicção no diagnóstico • Restrição de amplitude de movimento
da disfunção ou subluxação • Pacientes neurológicos
• Praticidade na • Amputados
avaliação e ajuste
• Precisão e controle na
manipulação articular
• Segurança (idosos)
Contraindicações
• Fraturas recentes
• Conforto • Patologias ósseas
(paciente e profissional) (tumores e doenças osteometabólicas)
• Resistência ao • Alterações tissulares
tratamento manual
• Boca, olhos, testículos, glândulas
• Pacientes obesos mamárias e canal auditivo

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AJUSTE MANUAL X
AJUSTE INSTRUMENTAL

24
MANUAL X INSTRUMENTAL
Segundo Yates (1988), os riscos das duas técnicas
são iguais, porém o ajuste instrumental não desgasta
o profissional, proporciona controle de força,
velocidade, direção e os resultados são equivalentes
ou superiores ao manual.
O instrumento também tem boa precisão
e resposta aos pacientes atletas que
têm músculos desenvolvidos e que
apresentam dificuldade na utilização
no ajuste manual (Fuhr, 2010).
Segundo Kawchuk (2006), o
instrumento produz energia
suficiente para movimentar uma
vértebra através do impacto
controlado.

25
MANUAL X INSTRUMENTAL
Torna-se útil no tratamento de crianças do instrumento (Kawchuk, 2006).
e idosos com osteoporose ou qualquer Não existem estudos que comprovem a
condição que contraindique o ajuste manual. influência na mudança de resultados do manual
em relação ao instrumental. Este estudo
A magnitude da força e a velocidade acaba concluindo que a angulação colocada
do ajuste manual são maiores que as no instrumento reduz ou aumenta a força de
geradas pelo instrumento, devido à grande magnitude e duração (Kawchuk, 2006).
variação dos aplicadores. No instrumento,
a força gerada é pré-definida e será similar
entre os aplicadores (Kawchuk, 2006).
Sobre a área de contato, existe a diferença,
mas segundo Kawchuk (2006), não é citado
qual oferece uma melhor aproximação.
Sobre a força do instrumento, a mudança na
duração ocorre devido à variação na aplicação
e não no mecanismo do instrumento. Outra
variável existente é a angulação na aplicação

26
AVALIAÇÃO

27
AVALIAÇÃO
Indicações Posicionamento do
de calçados e paciente e inspeção visual
vestimentas Informar ao paciente o procedimento,
pedindo para não se mover. Posicionar os
Para uma boa avaliação, é braços ao longo do corpo com o dorso da
necessário que o paciente mão sobre a maca.
esteja utilizando calçado
De preferência, utilizar maca com orifício
específico e justo, para
e rolo de posicionamento para as pernas.
não ocorrer folgas.
Evitar posições assimétricas, que podem
Calçados gastos e largos diagnosticar um falso positivo, evitando
dificultam a análise. Não compensações e distorções. O paciente
utilizar calçados abertos, é colocado na maca confortavelmente
sandálias e botas. Não e cuidadosamente em decúbito ventral.
utilizar roupas pesadas e Observar a posição paralela dos pés,
muito apertadas. Sempre deixando-os para fora da maca. Realizar uma
retirar todos os acessórios. inspeção visual antes de tocar no paciente.

28
AVALIAÇÃO
Testes Básicos 1 e 2 – TB1 e TB2
São testes de análise do comprimento da perna, o Teste Básico 1 é
utilizado para constatar se tem ou não subluxação e o Teste Básico 2
identifica a região, o nível exato e o lado da subluxação.
O TB1 é realizado com as pernas estendidas, as O TB2 é realizado com as pernas fletidas
mãos são posicionadas em volta dos tornozelos, a 90 graus, os tornozelos são mantidos em
os polegares na sola do pé, os indicadores posição neutra, sem realizar dorsiflexão.
permanecem na região posterior dos maléolos Este teste é utilizado para constatarmos o
laterais, os dedos estarão na região anterior dos lado e o nível em que está a subluxação.
pés, faz-se uma leve rotação externa da tíbia junto Primeiramente, colocam-se os dedos na
com uma eversão do tornozelo em ambos os lados. região anterior das articulações metatarso-
Os pés ficam levemente afastados em posição falangeanas e, posteriormente, inicia-se
neutra, identifica-se, então, a perna mais curta. flexão passiva dos joelhos.

No processo de transição entre o TB1 e TB2, são estimulados aspectos do controle


neural. Cria-se um sistema de avaliação da reatividade do comprimento da perna.

29
AVALIAÇÃO
As 3 possibilidades
Regra geral
Depois de os dois Testes Básicos Se a perna estiver curta no TB1 e ficar longa no
serem realizados, existem 3 TB2, teremos uma alteração articular ipsilateral.
possibilidades na análise do Se a perna ficar curta no TB1 e curta também no
comprimento das pernas: TB2, a alteração estará contralateral.

Perna curta no TB1 e perna longa no


TB2 indicam alteração inicial no joelho
e tornozelo. Perna curta no TB1 e a
Aplicação da técnica
Realizar análise do comprimento
perna curta no TB2 indicam alteração da perna com TB1 e TB2
inicial na lombar (L4). Pernas iguais
em TB1 e TB2 indicam a necessidade Utilizar regra geral e as 3 possibilidades
de iniciarmos a avaliação na sínfise Isolar o nível da subluxação
púbica. Segundo Andrews (1987), 90% Confirmar a direção para força de ajuste
das pessoas têm a perna mais curta Realizar o ajuste
na posição TB1 e TB2. Esta diferença é
comum e não grave. Testar novamente a articulação após o ajuste

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REFERÊNCIAS
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