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MANAUS - AM
2022
KETLEN REBECA DO CARMO VASCONCELOS
MANAUS - AM
2022
GONÇALVES, Carlos Alexandre. Morfologia Construcional: o que é e como se faz.
_____. Morfologia construcional: uma introdução. São Paulo: Editora Contexto,
2016, p. 11-49
RESENHA CRÍTICA
Ketlen Rebeca do Carmo Vasconcelos 1
1
Graduanda em Letras Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas-UFAM
Email: rebecavasconcelos486@gmail.com
esquemas de formação de palavras que expressassem generalizações sobre
palavras existentes, assim como usadas para representar novas formações.
A respeito dos esquemas entre composição e derivação, Booij afirma: “a diferença
entre composição e derivação está no fato de, na derivação, um dos constituintes
não ser etiqueta lexical, uma vez que não corresponde a um lexema” (BOOIJ, 2005,
p. 13).
O esquema morfológico proposto por Booij (2010, 2014) contempla um
pareamento entre forma, significado e função, informações previstas na noção de
construção, que o autor herda da Gramática das Construções, proposta por
Goldberg (1995). Essa constatação aponta para uma importante diferença em
relação ao modelo gerativista de Aronoff, que se norteava pelo conceito de regra de
formação de palavras (RFP): a explicitação de uma contraparte semântica.
Na formulação dos esquemas, Booij (2010) lista características imprescindíveis
das quais um esquema não deve abrir mão: (i) a herança total do corpo fônico das
construções; (ii) a explicitação da categoria lexical do output; (iii) as propriedades
semânticas.
Embora merecidamente avaliável como um modelo proveitoso e interessante, há
também que se dizer que a MC tem sido alvo de algumas críticas que, longe de
lançar por terra a sua funcionalidade e o seu vanguardismo, visam a um
melhoramento de suas pautas de análise e de seus esquemas de representação
construcional.
REFERÊNCIAS