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1º Seminário
Interfaces Linguísticas
MARCOS LUIZ WIEDEMER; ROBERTO FREITAS JUNIOR (ORGS.)
Organização
Apoio
Boa leitura!
Os organizadores
.
PROGRAMAÇÃO
A ARGUMENTAÇÃO COMPARATIVA DE CONTRASTE
ATRAVÉS DO ESQUEMA [DÊITICO + ADVÉRBIO DE
CONTRASTE]
Resumo:
Página 05
A REFERÊNCIA CORPORAL EM EXPRESSÕES
IDIOMÁTICAS DE NATUREZA INTENSIFICADORA
Resumo:
Inúmeras construções existentes no dia a dia do falante resultam, em grande medida, das
experiências corporais que ele mantém com o mundo atreladas ao pensamento e à cognição.
Dessa maneira, o sistema conceitual é predominantemente de base metafórica, uma vez que
tais construções são formadas a partir de metáforas conceituais. Baseada na Linguística
Funcional Centrada no Uso (BYBEE, 2010; 2016) e na junção da abordagem construcionalista
(TRAUGOTT e TROUSDALE, 2013) com a teoria da metáfora conceitual (LAKOFF E JOHNSON,
2003), o objetivo desta pesquisa é analisar e descrever como as expressões idiomáticas de
natureza intensificadora “armado até os dentes”, “falar pelos cotovelos” e “fazer das tripas
coração” são criadas a partir de metáforas conceituais, mais especificamente, como a referência
corporal é projetada para que a compreensão acerca do fenômeno seja captada pelo
falante/ouvinte. Como universo de investigação, utiliza-se o Corpus do Português, subamostra
Web/Dialects, organizado por Davis e Ferreira (2015-2016). Depreende-se que ao emitir a
intensidade de um dado elemento, pessoa, evento, acontecimento, o sentido passa de uma
noção mais abstrata (a intensidade) para uma mais concreta, como vemos em “falar pelos
cotovelos”, por exemplo. Nesse caso, a posição dos cotovelos, próximos à boca, remete a mais
dois membros que teriam como função parolear, quando, na verdade, apenas um é necessário;
logo, se não se faz essencial, torna-se excessivo.
Página 06
[LÁ VEM X] CONSTRUÇÃO EM SAMBAS-ENREDO
Resumo:
A presente comunicação tem por objetivo apresentar a pesquisa, em fase inicial, da investigação
dos contextos de usos da construção locativa [Lá vem X] em sambas-enredo como em “Lá vem
a Viradouro aí… (Viradouro, 1997), “Lá vem, Portela, malandro...” (Portela, 2015), a partir dos
pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva e da Gramática de Construções. Sabe-se que
construções são unidades básicas na língua e pares de forma-função (Goldberg, 1995) e estão
intimamente relacionadas ao contexto, ou seja, à experiência social e cultural do indivíduo (cf.
Fisher & Goldberg, 2004). Busca-se demonstrar que a construção [Lá vem X] nos sambas-
enredo assume significado específico e diferente de outros usos da mesma construção em
músicas populares brasileiras. A partir do princípio da não-sinonímia (Goldberg, 2005) em uma
pesquisa qualitativa/comparativa, observaremos estes dois objetos de estudo nas seguintes
etapas da pesquisa: caracterização do corpus, coleta de dados e análise focando no caráter
social e cultural da construção escolhida. Partindo da esfera carnavalesca, também
trabalharemos com Tomasello (2003) no que diz respeito à herança cultural, bem como os
estudiosos sobre carnaval, africanidades e brasilidades como Nei Lopes, Luiz Antônio Simas,
Muniz Sodré, entre outros.
Página 07
ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO [MÓX] NO PB: UM
POSSÍVEL CASO DE CONSTRUCIONALIZAÇÃO
Resumo:
Página 08
IMPERATIVO E PERÍFRASE DO FUTURO NA
PRIMEIRA PESSOA DO PLURAL EM ESPANHOL:
MUDANÇA CONSTRUCIONAL?
Resumo:
Página 09
CONSTRUÇÃO HIPOTÉTICA COMPARATIVA “COMO
SE”: AS FACETAS DO CONSTRUAL
Resumo:
Este trabalho objetiva investigar a construção hipotética comparativa “como se” a partir do
arcabouço teórico-metodológico da Gramática Cognitiva (Langacker, 1987, 1991, 2005, 2013).
Conforme Langacker (2013), o construal apresenta quatro amplas facetas: especificidade, foco,
proeminência e perspectiva. Nesta pesquisa, são aplicadas as noções de figura/fundo e escopo
(ambas da faceta foco), perfilamento e alinhamento trajetor(tr)/marco(lm) (ambas da faceta
proeminência), e arranjo de visualização padrão, arranjo de visualização especial e ponto de
vantagem (VP) (da faceta perspectiva). O corpus, de língua escrita em instância pública de
linguagem (Britto, 2003), foi compilado de pesquisa anterior (Prestes, 2012). Dessa maneira,
foram encontradas 22 ocorrências de “como se”, agrupadas de acordo com seus construals.
Foram identificados dois padrões: construal 1 e contrual 2. No construal 1, o ponto de
vantagem (VP1) apresenta (tr) e (lm) em contraste com o alinhamento (tr)-(lm) de outro
visualizador/conceptualizador, em uma relação de figura/fundo entre o arranjo de visualização
padrão e o arranjo de visualização especial. O construal 1 foi encontrado em trechos
argumentativos de variados gêneros do discurso (Bakhtin, 2004). No construal 2, a relação
comparativa representada pelos alinhamentos (tr)-(lm) no arranjo padrão e no arranjo especial
mantém-se, mas não em contraste. Nesse grupo, o alinhamento é desenhado sob a perspectiva
de um mesmo e único conceptualizador, que, com o uso de “como se”, põe em foco não o
arranjo padrão, como no grupo 1, mas, sim, o arranjo especial, o da fantasia, do imaginário.
Nesse padrão. quanto à tipologia, “como se” foi encontrado em trechos narrativos e descritivos
em diferentes gêneros do discurso.
Página 10
PADRÕES DE USO DA CONSTRUÇÃO [BATER (X)] NO
PORTUGUÊS BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO
Resumo:
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O ESQUEMA [ESP N] DO PB EM PRODUÇÕES
ESCRITAS DE APRENDIZES NÃO NATIVOS: UMA
ABORDAGEM CONSTRUCIONAL DIASSISTÊMICA
Resumo:
Página 12
A SUBJETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO [Vind] X
[Vsubj] NA MODALIDADE EPISTÊMICA
Resumo:
A subjetividade, nos termos de Traugott (2003), pode ser compreendida como um processo
semasiológico por meio do qual os usuários da língua, desenvolvem significados novos para
formas já existentes, passando a codificar perspectivas e atitudes baseadas nas características
do evento comunicativo. De acordo, ainda, com a autora (Traugott, 1989), a modalidade
epistêmica define-se pelo fato de o falante se colocar em maior ou menor grau como fonte da
informação, compreendendo o posicionamento do falante diante de determinado conteúdo, o
que pode ser observado em ocorrências em que o verbo cognitivo aparece nas construções,
uma vez que o falante apresenta uma afirmação e, em seguida, uma ressalva, no sentido de que
o conteúdo não é um fato, mas um pressuposto. Considerando que o verbo cognitivo tem
também natureza epistêmica (TRAUGOTT; DASHER, 2001; BYBEE, 2016), observamos a relação
entre o eixo da cognição e o da modalidade epistêmica, sob a hipótese de que quanto menos
representativo de um processo mais específico, há maior possibilidade de o verbo ser usado no
âmbito da modalidade epistêmica. Temos como objetivo: investigar os processos de
subjetivação em usos de alguns verbos cognitivos; analisar os graus de produtividade de
algumas construções com verbos cognitivos e identificar a frequência token e type e suas
implicaturas semântico-pragmáticas. Como metodologia, será composto um corpus de artigos
de opinião extraídos da revista Veja, versão digital. As ocorrências de construções subjetivas
epistêmica serão classificadas a partir dos lexemas selecionados pelo slot epistémico. Além
disso, as ocorrências serão submetidas à análise qualitativa. Os resultados parciais apontam
que o tempo verbal indicativo vem ganhando novas funcionalidades, nuances semânticas em
confluência com o subjuntivo que já exercia essas funções. Além disso, os verbos cognitivos são
caracterizados por apresentarem processos mentais que envolvem o conhecimento, crença e
julgamento do falante. São verbos que, prototipicamente, encaixam orações na condição de
argumento interno. Com isso, percebemos algumas manifestações como, por exemplo, o uso
de verbos cognitivos que possam sustentar seu argumento diante do tema em discussão.
Página 13
ENCAPSULAMENTO POR APONTAMENTO:
ESQUEMAS CONSTRUCIONAIS FORMADOS POR
PREPOSIÇÃO COMPLEXA E ENCAPSULADOR
ANAFÓRICO
Resumo:
Página 14
O DISCURSO HOMOFÓBICO SOB A ÓTICA DA
GRAMÁTICA DAS CONSTRUÇÕES: UMA ANÁLISE
DAS CONSTRUÇÕES ACIONADAS PARA MARCAÇÃO
DE VIOLÊNCIA À COMUNIDADE LGBTQ+
Resumo:
Página 15
CONSTRUÇÕES DE CONCERNÊNCIA FORMADAS
PELO ESQUEMA [NO QUE [X] A…]: PADRÕES DE USO,
GRADIÊNCIA E O PROCESSO DE CHUNKING
Resumo:
Página 16
CONSTRUCTICON BI(MULTI)LÍNGUE-
BI(MULTI)MODAL: DESCREVENDO TRADUÇÕES DA
LIBRAS PARA O PORTUGUÊS ESCRITO COM BASE
NA(S) GRAMÁTICA(S) DE CONSTRUÇÕES
Resumo:
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ASPECTOS COGNITIVOS E CULTURAIS SUBJACENTES
ÀS METÁFORAS: EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS
PRESENTES NA EDIÇÃO DE LUXO DE: REINAÇÕES DE
NARIZINHO
Resumo:
Este trabalho se insere no campo dos estudos cognitivos, no contexto da Linguística Cognitiva
(LC) e da Gramática de Construções. A Teoria Cognitiva da Metáfora (TCM), que encontra
subsídios na Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 1980) e na proposta de
metáforas primárias formulada por Grady (1997), alega ser a metáfora um alicerce fundamental
da linguagem humana.Objetiva-se, com este estudo, (i) analisar as expressões idiomáticas (a)
ENGOLIR SAPO, tendo como metáfora base: o corpo é recipiente, e (b) PERDER TEMPO COM
BOBAGEM, com a metáfora de que tempo é dinheiro. Essas expressões estão contidas na
edição de luxo de “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, organizada por Marisa Lajolo.
A análise proposta tem como finalidade evidenciar como acontece o processamento cognitivo
do discurso no momento em que se constrói a compreensão. Além disso, procura-se (ii) aplicar
a Teoria da Metáfora Conceitual, a fim de esclarecer a relação entre significados literais e
metafóricos. E, por último, busca-se (iii) evidenciar como se dão os mapeamentos de elementos
do domínio-fonte para o domínio-alvo nas metáforas conceptuais encontradas. A escolha pelo
tema justifica-se pelo fato de que as metáforas não são meros recursos estilísticos, mas uma
forma de compor a própria experiência humana. Assim, é importante pensar no pressuposto de
que as experiências humanas, considerando os sujeitos inseridos em contextos socioculturais
específicos, servem de base para a organização cognitiva e que tal organização é, de certa
forma, evidenciada pela estrutura linguística. O aporte teórico é utilizado para compreender os
diferentes domínios cognitivos, de modo a assegurar as construções metafóricas, é de base
interacionista, articulando, assim, a tríade linguagem, cultura e cognição.
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