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Para realizar o Projecto de um Movimento de Terra devem invariavelmente cumprir-se com os

passos seguintes, para cumprir assim com as distintas fases de ciclo de vida destas obras:

I. Na fase do Concepção :

1. Realização de Investigações Prévias:


• Topográficas.
• Engenheiro - Geológicas (principais fenómenos geológicos de interesse e estudo das
propriedades físico mecânicas dos solos).
• Hidrológicas
• Hidráulicas.
• Climatológicas.
• De Impacto Ambiental.
• Outras (Legais, Sociológicas, etc.)

2. Análise das possíveis alternativas de projecto e selecção da idónea.

3. Identificar os recursos humanos, materiais e financeiros requeridos para a execução da


variante idónea.

4. Definir a viabilidade técnica, ambiental e económica do projecto.

II. Na fase do Definição:


1. Realização do Projecto Geométrico da obra de movimento de terras.
• Definição do traçado na planta, desenho do perfil e secções transversais, assegurando mínimo
impacto ambiental e a maior durabilidade e economia possível.
• Desenho dos dispositivos do sistema de drenagem superficial e/ou soterrado.
2. Desenho e/ou Revisão Geotécnica do desenho realizado.
Seguro da devida estabilidade e resistência ante as acções exteriores da estrutura, quer dizer:
• Desenho e/ou revisão da estabilidade dos taludes e das possíveis medidas para seu amparo ante
a erosão, desprendimentos, deslizamentos, etc.
• Determinação dos assentamentos nas secções críticas e em caso necessário definição das
medidas para sua correcção.

3. Desenho do controle da qualidade da compactação dos solos da estrutura de terra.


III. Na fase do implementação:
1. Preparação Técnica e Organização dos trabalhos.
•- Projecto Executivo de Organização dos trabalhos
•- Pressuposto dos trabalhos.
2. Construção da Obra.
•- Execução dos aplainamentos e do sistema de drenagem das mesmas.
•- Controle da qualidade de realização dos trabalhos.
•- Minimizar os impactos ambientais durante a construção
•- Controle e supervisão do avanço físico e do pressuposto aprovado
IV. Na fase do desactivação:
•Fechamento ao trânsito se for necessário
•Demolições
•Restauração dos impactos ambientais.
• Extracção das experiências positivas e negativas da obra.

Condições básicas a cumprir pelas Estruturas de Terra e/ou Rocha


1. Ser resistentes e estáveis ante as acções exteriores, em toda época do ano.
2. Possuir aceitável deformabilidade ante as cargas predominantes durante o período de desenho.
3. Ser factíveis e económicas de construir, quer dizer, que sejam executáveis.
4. Sejam duradouras
Na fase construtiva estas condições se conseguem cumprindo com as exigências especificadas no
projecto executivo atendendo fundamentalmente a:
A qualidade e devida colocação dos materiais empregados em sua construção.
Requeridas compactação dos solos ou materiais de cheio na obra.
A óptima selecção das maquinarias de construção a utilizar.
O emprego das técnicas construtivas idóneas para atacar cada trabalho.

Conseguira-se alcançar então:


- A maior economia possível.
- A redução do prazo de construção da obra ao mínimo possível.
- A máxima durabilidade.
Problemas principais e mais frequentes nas obras de terra
1. Excessivos assentamentos que possam fazer perigarem sua estabilidade.
2. Instabilidade ou insuficiente resistência ante as cargas ou acções exteriores.
3. Excessiva erosão devido aos agentes do intemperado, fundamentalmente ante as chuvas.
4. Deficiências originadas durante sua construção.
Por tal razão na hora de desenhar e as construir terá que assegurar-se que:
 Realize-se um correcto traçado ou localização em planta do aterro ou a terraço ou esplanada,
tendo muito presente o solo onde se assentará a mesma (solo de cimentação).
 Disponham-se correctamente os solos seleccionados.
 Se efectue uma correcta compactação das capas de solo na construção de os cheios.
 Desenhe-se e se construa um eficiente Sistema de Drenagem (superficial e soterrado) que
minimize os efeitos erosivos da água pluvial.

Os efeitos negativos da água (principal inimizade das obras de terra) atribuem-se


geralmente a:
As mudanças físicas e geotécnicos que se experimentam nas ladeiras dos lances em corte e os
taludes dos aplainamentos em cheio, que as fazem instáveis.
A redução da resistência a cortante do solo devido à diminuição da pressão de poros.
Incremento do peso do solos nos taludes dos lances em corte e em cheio, o qual provoca um
aumento do esforço cortante na possível superfície de enguiço dos mesmos.
Ao aumento dos esforços cortantes devido ao incremento das forças de filtração das águas.

Por tais razões deve emprestar-se sempre a máxima prioridade e importância ao desenho e
a oportuna construção do Sistema de Drenagem dos Obras de Terra.

Impactos Directos das Tecnologias de Construção de Obras de Terra no


Meio Ambiente.
O movimento de terras impacta negativamente e em grande
magnitude o meio ambiente natural, por isso tanto na fase de desenho como de sua construção
devem conhecer-se:
•que factores se afeitam,
•quais são as principais ações impactares,
•assim como alguns dos efeitos fundamentais de ditos impactos
Principais medidas para minimizar o Impacto Medeio - ambiental na Fase de
Construção dos movimentos de terras:
Estas estarão encaminhadas a reduzir na maior medida possível o impacto em cada um dos
factores afectados antes expressos:
1-Solo:
Realizar o descascado da base dos aplainamentos segundo o projecto, para evitar a eliminação
desnecessária da capa vegetal e minimizar os volumes de terra a descascar.
Distribuir racionalmente as massas dos solos a mover, quer dizer, assegurando o máximo de
compensação possível, localizando-se convenientemente o material restante de lances ou zonas
em corte ou escavação, minimizar os movimentos de terra e as afectações ao meio ambiente com
o material restante ou indesejável extraído.
Empregar unicamente a área da zona de convocação estabelecida no projecto para a construção
dos aplainamentos.
2- Vegetação:
•Realizar o desmonte ou corte de árvores e capine da vegetação imprescindível solo dentro dos
limites da bandagem ou área de convocação estabelecida no projecto do aplainamento.

•Minimizar a abertura de atalhos ou caminhos de acesso provisórios até a obra e para o


empréstimos.

•Recobrir sempre que forem factíveis os taludes dos aplainamentos com capa vegetal.
•Possibilitar com um racional transporte e disposição o uso de árvores madeirenses destruídas.

3- Água:
•Evitar a contaminação das águas superficiais e subterrâneas ao explorar as maquinarias de
construção.
•Construir correctamente o sistema de drenagem projectada e melhorá-lo se for possível durante
sua construção.
•Evitar destruição e desvios dos aquíferos na construção dos aplainamentos.
4- Paisagem:

•Localizar-se correctamente os empréstimos laterais, não tão próximos que afectem o entorno
de maneira evidente e de uma vez não tão distante da obra para não elevar os custos de
transportação.

•Explorar correctamente os empréstimos laterais, usando a área imprescindível que assegura os


volumes de terra necessários.

•Adoptar quanta medida contribui ao cuidado da paisagem durante a fase construtiva.

5- Atmosfera:

•Usar as técnicas de britagem de terra e/ou rocha só em casos estritamente necessários.


•Manter um bom estado técnico de funcionamento o parque de máquinas disponível para
executar os diferentes trabalhos, para reduzir assim na maior medida possível o escarpamento
de gases, derrame de combustíveis e lubrificantes, assim como a geração de ruídos
desnecessários.
•Evitar ou diminuir o mínimo de criação de nuvens de pó (poeiradas) ao construir
aplainamentos, mediante rega de água, regas asfálticos ou outras medidas.

Princípios do Movimento de Terra


1- Máxima compensação de volumes de terra com materiais locais.
2- Óptima distribuição das massas de solo a mover (mínima quantidade de movimentos às
mínimas distâncias de percurso).
3- Selecção idónea e emprego racional da maquinaria em sua execução, de maneira tal que se
obtenham máximos rendimentos e mínimos custos.
4- Correcta organização dos trabalhos que propicie a conclusão em tempo ou no menor prazo
possível destes trabalhos.
5- Seguro da qualidade pactuada nos trabalhos de aplainamento, acorde com a importância da
obra, cumprindo com as quatro condições básicas
6- Assegurar o mínimo impacto ambiental da obra.

O cumprir com os anteriores princípios asseguraria que os prazos de duração e os custos de


construção seriam os menores possíveis, assim como a qualidade de construção destas obras de
terra seja a correcta, todo o qual contribui a alcançar a máxima eficiência e eficácia construtiva.

Classificação das obras de movimentos de terra


Para muitos autores o movimento de terra compreende todos aqueles trabalhos que envolvam ou
interesse a remodelação do terreno, assim o classificam da forma seguinte
1. Trabalhos principais:
 Executam-se escavações e aterros para se obter o balanço requerido
 Aterros
• Corte
• Transporte
• Espalhamento
• Humidificação
• Compactação
 Escavação profunda
2. Trabalhos auxiliares
 Desmatação
 Decapagem
 Limpeza geral
 Marcação da obra
 Drenagem de águas
 Cortinas

Classificação das obras de movimentos de terra


Podem classificar-se em três grandes grupos ou tipos.

As Conformações:
Nestas não se produz uma modificação substancial da topografia, geralmente se evitam
mudanças bruscas no relevo da zona, quer dizer, que não existam vazios, penhascos, ravinas, etc.
que podem suportar à realização de pequenos volumes de escavações e cheios que dificultem ou
ponham em perigo a vida das pessoas e equipes e que façam possível a mobilidade entre as
distintas zonas, embora possam executar-se escavações e cheios de pouca magnitude.
Os Aplainamentos:
Em este segundo tipo sim se atacam grandes modificações da topografia, o qual geralmente
suporta ao movimento de grandes volumes de terras (escavações, compensações e cheios)
Os Mistos:
Denominam-se assim aos movimentos de terra que reúnem de uma vez características
dos dois anteriores, quer dizer: onde em algumas áreas faz uma conformação do relevo natural da
zona e em outras se constroem aterros e/ou aplainadas que requerem mover volumes de terra
consideráveis para sua construção.
Entre os trabalhos de movimento de terra que devem enfrentar com frequência os
Engenheiros Civis, os Aplainamentos são as mais usuais, por isso devem ser
estudadas com atenção

B. Por sua forma e dimensões:

Terraços (também denominadas: Explanadas ou plataformas).


Nestas E. T. a área prepondera com respeito à altura.
Aterros ou Terrapleno
Nestas outras E.T. prepondera a longitude com respeito ao largo e a altura; exemplos mais
comuns som: aterros de estradas, via férreas, auto-estradas, pistas de aterragem de aeroportos ou
aeropistas e outras vias de comunicação terrestres.

Disposição correcta dos solos nas estruturas das Esplanadas e dos Aterros

“Colocar o de menor qualidade sobre o solo de cimentação, quer dizer mas profundo, dispor os
melhores no núcleo ou mas próximo à superfície ou sob rasante da E.T., concluindo com o
melhor de todos os disponíveis na capa de coroação”.

Disposição correcta dos solos na estrutura dos aterros


Em geral se recomendam os solos granular para a construção da zona ou ninhada de coroação e
também para as capas superiores do núcleo do aterro e os restantes solos os A-4 e os A – 5
(Limos) e os A-6 e A-7 (Argilas), para realizar os cheios das capas inferiores ou mais profundas
do núcleo da estrutura dos aterros.

Exigências a cumprir pelos solos e sua correcta disposição na estrutura dos


aplainamentos.
Os aplainamentos se constroem geralmente a partir da utilização de solos locais, os que se
seleccionam a partir de suas principais propriedades físico-mecânicas, como mínimo procedendo
a sua classificação pelo Método da AASHTO (H.R.B.) conhecendo os Limites do Attemberg
ou índices de plasticidade e seu granulometría, recomendando-os solos granular (A-1, A-2 e A-
3), os que garantem a necessária resistência e estabilidade do aplainamento por formar uma
estrutura de “esqueleto resistente”, quer dizer: possuir uma granulometría distribuída que permita
às partículas ou grãos grossos que formam o solo de cheio (cascalhos e areias) resistir as cargas
ou esforços a que se vêem submetidos.

Não obstante seguidamente se estabelecem uma série de exigências mínimas a cumprir pelos
solos para ser usados para construir a Zona do Núcleo ou Levante são as seguintes:

Classificação das obras de movimentos de terra


Capacidade lhe suportem (CBR) não menor de 3% (significa que podem empregar-se dos
solos A-1 até os A-7), agora bem enquanto major seja o CBR melhor será.
Peso específico superior a 1,45 t/m3, enquanto major seja melhor.
Limite Líquido preferivelmente <40 %
Índice de Grupo menor de 20
Embora possam ser solos finos, não devem ter mais de 25% do volume total formado por
pedras ou partículas minerais ou reutilizares com tamanho máximo de 0,30 metros.
Não se estabelecem limitações no % do material que passa o peneiro # 200.

As exigências mínimas a cumprir pelos solos para ser empregados na


Zona de Coroação do aterro são as seguintes:
Capacidades lhe suportem (C.B.R.) mínimo: 10%, preferivelmente superior aos 30 % e
enquanto major é melhor.
Peso específico superior a 1,75 t/m3, quanto mais alto melhor.
Limite líquido <40 %
Índice de Grupo seja menor ou igual a 4
Não deve conter partículas ou pedras com tamanho máximo> 0,15 metros.
O material que passe o peneiro # 200 deve ser <35% em peso do total da amostra.
Estas exigências são propostas, considerando o estabelecido na N.T.E. “Desenho, Construção e
Controle de Aplainamentos”, Espanha, 1977.

Volumes de Movimento de Terra.


Estados do solo. Transformação de um estado a outro
Estado natural: (também denominado “sobre desmonte”) é aquele em que o solo se acha em
seu estado primitivo ou tal como se encontra na natureza, quer dizer: antes de ser escavado,
desagregado ou removido. Geralmente se expressa em: m3 naturais
Estado esponjoso: é aquele solo que por efeito da escavação foi desagregado, experimentando
um aumento de volume do mesmo ao aumentar seu volume de ocos, quer dizer: as distâncias ou
separação entre as partículas constituintes. O volume assim determinado se denomina: Volume
Esponjoso ou solto e se expressa em m3 espontados.
Estado compactado: é aquele sobre o qual se exerceu uma compressão tal sobre o
mesmo, que se obtém um incremento em seu peso específico seco (natural), de maneira tal que o
solo este mais compacto que em seu estado original ou natural. Ao material nesse estado se
denomina solo compactado e sua unidade de medida é o m3 compactado.
Em geral se cumpre que: “o volume compactado é menor que o natural e muito menor
que o esponjoso”.

Termos de ampla utilização nos movimentos de terra que devem ser de


domínio de engenheiros civis
Material “a cavalheiro:” quando a quantidade de material a escavar é superior a de preencher,
é necessário dispor do material em excesso nas áreas vizinhas a obra (em forma de pilha, de
cordão lateral) e se expressa em m3 espontados.
Material compensado: é aquele solo cujo volume escavado em um aplainamento servirá para
preencher outra zona da própria obra de terra, sendo compactado a máxima densidade, se
expressa em: m3 compactados.
Material de cheio ou empréstimo: quando não pode produzir uma compensação de volumes,
por não alcançar o material natural ou não cumprir com as exigências estabelecidas, surge a
necessidade de obter um material ou solo em uma zona distante da área da obra; ao mesmo lhe
denomina material de empréstimo ou de cheio e à zona onde se toma: empréstimo lateral,
pedreira de empréstimo ou simplesmente empréstimo (em outros países da área é conhecida
também por banco de materiais).

Material de melhoramento ou rochoso: sua definição é similar a anterior solo difere em que
este material tem um alto peso específico e possui de boas a excelentes características para seu
emprego como cheio, por isso preferivelmente se utiliza nas capas de coroação dos
aplainamentos para as fazer mais resistentes. Extrai-se dos empréstimos e lances em corte das
vias. Lhe denomina também solos seleccionados.

A Distribuição de Massas de Solos definição, objectivos e princípios a


cumprir.
Se definirá ou entenderá por: Distribuição de Massa de Solo: “a aquela distribuição de terras
que garanta a construção do aplainamento no mínimo número de movimentos, às mínimas
distâncias possíveis.” Em caso de obtê-lo anterior se obteve a óptima distribuição das massas de
solo.
Os Princípios para realizar a Distribuição de Massas de Solo (D.M.S) óptima são:
1. Máxima compensação possível dos volumes de terra a mover.
2. Realizar o movimento de terra efectuando o mínimo de número ou quantidade de movimentos
possíveis.
3. Efectuar ditos movimentos com as mínimas distâncias de transporte ou traslado de terra
possível e a favor da pendente.

Para assim:
 Obter a máxima economia possível.
 O mínimo prazo de duração dos trabalhos.

Tecnologia de construção.

Etapas na construção do movimento de terras. Operações básicas


Consiste em uma série de processos produtivos que se cumprem continuamente tendo em conta
as condições naturais do lugar, a magnitude dos trabalhos, as datas de construção e as técnicas e
máquinas disponíveis.
Estes processos produtivos ou actividades se classificam em função de seu propósito
em:

Trabalhos preliminares, preparatórios ou simples


As actividades preliminares de construção de aplainamentos são aquelas que preparam as
condições para as actividades mais complexas, são simples ou de pouca complexidade na
execução porque geralmente se realizam com uma só operação de construção mecanizada.

Trabalhos preliminares: as atividades mais comuns som as seguintes:


Implantações topográficas preliminares
Capine

 Desmonte ou corte de árvores e seu transporte


 Extracção de tocos
 Capine de arbustos e vegetação
 Demolição

Implantações topográficas definitivas


Descascado, transporte e protecção da capa vegetal para sua posterior utilização
Abertura de caminhos de acesso e de transporte de materiais
Preparação dos empréstimos necessários
Obras de drenagem provisórias (sarjetas interceptoras, sarjetinhas ao pé dos taludes, etc.) para
garantir a continuidade e qualidade dos trabalhos

Na conformação do aplainamento quando está constituído por escavações e


terraplenagens em geral se realizam as seguintes actividades:
a. Trabalhos preliminares
b. Conformação do aplainamento:
c. Escavação e transporte ou escavação, carga, transporte horizontal e descarrega
d. Extensão ou rega das capas de solo
e. Nivelamento das capas para a compactação
f. Rega de água ou aração do solo para alcançar a humidade de compactação
g. Compactação da capa de solo até a densidade de desenho
h. Controle de qualidade da compactação
i. Escarificação da capa compactada para garantir o agarre com a nova capa solta.
Se o movimento de terra é compensado, este ciclo se repete até alcançar a cota de
aplainamento tanto na zona de escavação como na de terraplenagem.
Quando existe material restante de escavação se seguiria realizando a actividade a)
mas à distância a que se encontra o lugar para depositar a cavalheiro.
Se se esgotar o material de escavação e ainda falta um volume de terraplenagem por
construir se realizam todas as operações, da a) até a g) mas neste caso a distância para
a actividade a) é a distância a que se encontre o empréstimo e as operações vinculadas com a
compactação se ajustarão aos requisitos de compactação do solo do empréstimo.

Trabalhos de terminação ou acabamento


Os trabalhos de terminação como seu nome o indicam são os que garantem que a esplanada se
construa com a forma e dimensões previstas no desenho geométrico mais menos os valores
estabelecidos nas especificações ou regulações vigentes.
Perfilado de taludes e esplanadas
Escavação em obras de drenagem, abertura de sarjetas
Revestimentos de taludes com capa vegetal
Revestimentos dos empréstimos com capa vegetal
Eliminação dos caminhos provisórios

A sequência construtiva de uma esplanada dependerá:


dos trabalhos preparatórios que se precisem executar,
da distribuição das massas de terra realizada durante o desenho: movimento de terra
compensado,
da necessidade de escavação em empréstimo para conformar a terraplenagem ou
da necessidade de escavar e depositar a cavalheiro o restante de escavação.

Máquinas mais utilizadas nas operações do movimento de terra

Aspectos fundamentais no processo de selecção de equipamento que são:


1. Ter um conhecimento claro das máquinas disponíveis no mercado, suas principais
características, suas possibilidades e limitações.
2. Tomar em consideração que cada equipamento está desenhada para realizar certo tipo de
actividades em especial e estão dotados de uma determinada capacidade, a qual por nenhum
motivo se deve superar para obter seu óptimo rendimento, e na medida do possível usá-lo
principalmente para a actividade para a qual foi desenhado.
3. Na actualidade se conta com vários tipos de máquinas que podem realizar o mesmo trabalho.
Portanto antes de decidir qual é o mais conveniente para nossos fins, teremos que realizar uma
avaliação e uma comparação de seus rendimentos e certamente dos custos relacionados.

Controle da qualidade dos trabalhos executados


Para poder efectuar o controle da qualidade dos trabalhos executados o engenheiro primeiro
deve:
•Interpretar o desenho e a projecção da execução da obra de terra
•Avaliar as condições e as afectações ao meio ambiente em que se realiza a mesma
Logo estabelecerá as medidas que lhe permitirão controlar:
a. A correspondência da execução com o desenho e a projecção
b. A qualidade da execução
c. As magnitudes executadas
d. Os prazos de execução
e. O cumprimento das normas e regulações da construção, assim como das medidas de protecção
e segurança dos trabalhos e as de protecção do meio ambiente.
f. O emprego dos meios, dos métodos e das técnicas na execução do movimento de terras nas
condições concretas da obra e avaliá-los com critérios de qualidade.

Para que uma máquina de movimento de terra possa realizar um trabalho


deve cumprir:
A condição de aderência: que a força motriz seja menor que a força de aderência, do contrário
a máquina patina e não pode realizar trabalho.
A condição de resistência: que a força motriz seja maior que a resistência total ao movimento
mais as resistências complementares, do contrário não existe força no gancho para realizar
trabalho.

Rendimento das máquinas de movimento de terra.


A máquina principal de uma brigada é a máquina que menor produtividade tenha no
grupo; geralmente coincide com a máquina de escavação.

A determinação do número de cada tipo de máquina para conformar a brigada se realiza com
uma análise técnica económica onde intervém:
a utilização produtiva da brigada,
o custo por conceito da maquinaria para 100 m3 de aplainamento e
o consumo de combustível da brigada de máquinas para 100m3 de aplainamento

Organização dos trabalhos de movimento de terras.

Objectivos específicos a obter na etapa de organização.


1. Estabelecer a sequência construtiva das actividades a realizar segundo o Projecto Geométrico
Executivo do aplainamento.
2. Calcular os correspondentes volumes de trabalho a cada uma das actividades a realizar.
3. Seleccionar a maquinaria de movimento de terra idónea a empregar para fazer cada trabalho,
assim como organizar racionalmente seu trabalho.
4. Calcular o rendimento das máquinas e conjuntos de máquinas idóneos que foram
seleccionados para executar cada actividade.
5. Garantir a qualidade de realização dos trabalhos segundo as normativas
6. Tratar de realizar as actividades com o mínimo custo e no menor tempo possível.

Como organizar o uso do recurso fundamental: as máquinas de construção, para executar


os trabalhos dos aplainamentos?
Para isso deve escolher o método organizativo mais adequado aos trabalhos a realizar, as
condições topográficas existentes e o parque de máquinas disponível. Existem duas situações
básicas:
Obras repetitivas (em zonas plainas, em zonas lamacentas, etc.).
Obras atípicas ou não repetitivas (zonas onduladas e montanhosas).

Métodos de Organização da Execução Mecanizada.


a) Método Tradicional: Obras atípicas ou não repetitivas
Designam-se as máquinas acorde com as características dos trabalhos a realizar seleccionando as
idóneas para sua execução, mas sem obter a especialização nos trabalhos que realizam.
É a maneira tradicional ou mais comum de designar e organizar as maquinarias para construir, a
mais conveniente a usar em obras de terra atípicas ou não repetitivas
Requer-se a realização de um racional balanço deste recurso, sendo difícil a direcção e
controle do trabalho na obra, não obstante é a mais usualmente utilizada.

b) Método em Cadeia: Obras repetitivas


É o método mais adequado a utilizar em obras lineares repetitivas (zonas plainas e
favoráveis, condições topográficas e geológicas) onde é possível uma estabilidade e repetição na
sequência construtiva.
Neste método a maquinaria se organiza ou agrupa em equipas que se especializam
nos trabalhos ou grupos de trabalhos a executar
É usual criar os grupos de equipamentos seguintes:
A. Equipe para desmonte e capine de vegetação.
B. Equipe para descascado e escavação do sistema de drenagem.
C. Equipe para escavações e compensações longitudinais na bandagem da via.
D. Equipe para trabalhos de construção de terraplenagens desde empréstimos laterais.
E. Equipe para trabalhos de terminação.
Cada equipe a conformam máquinas ou conjuntos de máquinas justificados tecnicamente
partir dos disponíveis na brigada ou empresa construtora

Vantagens:
1. Incremento do rendimento das máquinas devido à especialização.
2. Incremento da qualidade dos trabalhos devido à especialização.
3. Faz-se mas fácil a direcção e controle da exploração da maquinaria a pé da obra (estão
agrupadas e melhor organizadas).
4. Facilita-se a manutenção das equipes e a devida atenção aos operadores.
5. Obtém-se um maior avanço físico da obra (km. terminados) ao obter-se maior
produtividade nos trabalhos.

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