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Curso de Ciência da Computação

Disciplina:
Banco de Dados

Introdução aos
Sistemas Gerenciadores de
Bancos de Dados

Prof. Dr. Robson Ferreira


Evolução da formas de armazenar,
processar e transmitir dados
Introdução aos SGBDs
CPD
Conteúdo
IBM System /360
Década 1960 e meados de 70

Processamento em
batch
Console tipo máquina
de escrever
Impressora de
impacto (linha)
Armazenamento de
dados em cartões
perfurados
Introdução aos SGBDs
Necessidades dos Negócios

INTEGRAÇÃO DE DADOS, PROCESSOS E PESSOAS

Portal
Corporativo RDBMS

Usuários
App´s

Business Process Management


Introdução aos SGBDs CPD
Conteúdo
IBM System /370
Década 1970 e meados de 80
Processamento em
batch e online
Terminais de vídeo –
família 3270, através de
cabo coaxial
Armazenamento de
fitas magnéticas e
discos removíeis
Banco de Dados
(hierárquico – IMS/DB e
DL/1 e de rede)
IBM 3340
Redes Locais – Arquitetura Client-Server Embora a tecnologia de redes locais (LAN – Local Area
Anos 1990 Networks) remonte ao início dos anos 70, com os
desenvolvimentos da Xerox no lendário PARC – Palo Alto
Research Center, ela só começou a se firmar como uma
tecnologia central para a infraestrutura de Tecnologia da
Informação (TI) nas empresas na década de 1990. [CARVALHO,
Rodney Ferreira de. O surgimento das redes locais no Brasil.
2010]

Primeiro SOR NOVELL, depois Windows NT.

Inicio da automação bancária (automação de rede de agências –


interligando caixas e depois os primeiros terminais de
autoatendimento – soluções proprietárias).

As empresas começam a investir em cabeamento estruturado


(padrão Ethernet) e em backbones colapsados (Wellfleet,
SynOptics e 3Com).

Inicio dos ano 1990 movimento de downsizing – especialmente


no mercado financeiro – bancos de investimentos – ganham
força com o emprego das arquiteturas cliente-server.

Os DBMS Oracle e Sybase eram os mais utilizados em servidores


RISC-UNIX da HP/UX e SUN Microsystems/Solaris.
Em 1995 a Internet chega comercialmente no Brasil. Data Center
Arquiteturas e Modelos atuais
O Comitê Gestor Internet do Brasil, criado pela Portaria
Interministerial MC/MCT 147/95, publicada no D.O.U de 31 de
maio de 1995.

Interconectividade:
o inicialmente militar
o estendido ao meio acadêmico
o ganhou uso comercial (impulsionado pela WWW)
o inicialmente criou um “espaço global para hipertexto”
o rápido desenvolvimento
o rápida difusão http://cloudonmove.com/iaas-paas-saas-what-do-they-mean/

A realidade:
o informações compartilhadas
o entretenimento
o uso comercial
o transações financeiras
o redes sociais
o criptomoedas
o internet das coisas – IoT

Cloud Computing e SaaS (Software as a Service) oportunidade de


redução do TCO (Total Cost of OwnerShip) das empresas.
Por que os Dados são tão importantes para Dados e informações
as empresas, instituições e governos ? sustentam os processos de
negócios.
Dados e informações
permitem acompanhar o
desempenho das campanhas de
marketing/vendas e a satisfação
dos clientes.

Informação é matéria prima


(insumo) para geração de
conhecimento.

Sem dados e informação não há


tomada de decisão qualificada.

...
Introdução aos SGBDs
Dados x Informação x Conhecimento
Aprendizagem

Sabedoria

Conhecimento

Eficácia
(inteligência)

Tácito
Decisão e Ação

Conhecimento
Legitimação
(Cognição, emoção e empirismo)

Semântica, Significado
Conhecimento
Informação

Eficiência
Explícito

Processamento Fatos e eventos

Dados
Fonte: baseado em Nonaka e Takeuchi
Introdução aos SGBDs
Dados x Informação x Conhecimento

Referem-se a elementos descritivos de um evento e são desprovidos de


Dados qualquer tratamento lógico ou de contextualização. Eles comunicam um
estado da realidade pura e tem base factual.

Corresponde a uma representação mental do mundo empírico. Está inserida


Informação

em uma rede de relações que lhe confere sentido e, portanto, utilidade. Em


outras palavras, a informação pode ser entendida como um conjunto de
dados selecionados e agrupados segundo um critério lógico para a
consecução de um determinado objetivo.

Traz em si um conjunto de informações pertinentes a um sistema de relações


Conhecimento

críticas e valorativamente elaborado. Conhecimento não é sinônimo de


acúmulo de informações, mas um agrupamento articulado delas por meio da
legitimação empírica, cognitiva e emocional. O termo conhecimento significa
compreender todas as dimensões da realidade, captando e expressando essa
totalidade de forma cada vez mais ampla e integral.
Fonte: baseado em Nonaka e Takeuchi
Introdução aos SGBDs
Dados x Informação x Conhecimento

Elaborado por Prof. Robson Ferreira – utilizando o software XMind


Introdução aos SGBDs
Dados x Informação x Conhecimento
DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO
São simples observações sobre o estado São dados dotados de relevâncias e
É informação valiosa na mente humana
do mundo propósito
Facilmente estruturado Requer unidade de análise Inclui reflexões, síntese e contexto
Facilmente obtido por intermédio de
Exige consenso sobre o significado De difícil estruturação
sistemas
Exige necessariamente uma medição
Frequentemente quantificado De difícil captura em máquina
humana
Facilmente transferível com uma certa Facilmente transferível com uma certa dose
De difícil transferência
dose de esforço de esforço
Exige uma camada de apresentação que
De difícil apresentação e
Claro, apresentável formate-o em gráficos ou indicadores de
compartilhamento
desempenho
Conhecimento é o que orienta as
Dados são os componentes básicos, a pessoas no uso da informação para que
Informações são dados com possam trabalhar. Exemplo: as causas
partir do qual a informação é criada.
significado, inseridos num contexto. mais expressivas de atrasos nas entregas
Exemplo: nota fiscal no 1.040 emitida devem ser evitadas a todo custo, e a
Exemplo: relação de notas fiscais
em 23.09.2003; foi cancelada em organização deve aprender com tais
canceladas em setembro de 2003,
30.09.2003; motivo: pedido entregue erros, trabalhando para evitar
agrupadas pelos respectivos motivos.
com atraso. cancelamentos e descontentamentos por
parte dos Clientes.
Fonte: Trajano Leme Filho – Business Intelligence no Microsoft Excel. Axcel Books, 2004
Introdução aos SGBDs
Tipos de Dados

Dados Estruturados
Dados não
EXs.: Banco de dados e Estruturados
planilhas eletrônicas

Estrutura rígida EXs.: Textos, arquivos,


Projetado previamente documentos, imagens, e-
Representação homogênea mails, vídeos, áudios,
redes sociais, etc
▪ Cada campo de dados tem
um formato bem definido.
Dados semiestruturados Sem estrutura
▪ Dados de um mesmo registro
possuem relação entre eles. (ou com estrutura mínima
▪ Registros possuem valores EXs.: XML (Extensible Markup Language) e de arquivo)
diferentes, mas os mesmos JSON (JavaScript Object Notation)
atributos.
Neste tipo de dados existe uma estrutura Estrutura de dados que
▪ Atributos ou campos são mais cresce
representada, porém ela não é fixa, podendo
definidos por um esquema.
ser alterada com a inclusão de mais dados já
▪ Bom para sistemas
nesta nova configuração
transacionais.
Qual a importância e o
valor dos “dados” para
as empresas?
Sustentação dos processos
de negócios (nível operacional)

Suporte à tomada de decisão


(nível estratégico)
Processamento de
Transações Online

Processamento
Analítico Online

https://www.linkedin.com/pulse/olap-e-oltp-jose-r-f-
junior/?originalSubdomain=pt
Introdução aos SGBDs
Dados transacionais e gerenciais

Banco de Dados Data warehouse


Transacionais Data mart
Big data

https://www.ibm.com/cloud/blog/olap-vs-oltp
Fonte: https://www.imaginarycloud.com/blog/oltp-vs-olap/
Medição em 25/01/2020:
https://betfy.co.uk/internet-realtime/
Introdução aos SGBDs
A importância dos Dados para as empresas

Macro visão da arquitetura


de um data warehouse
Data Mining é um conjunto
estruturado de processos de
exploração e análise de grandes
▪ EIS / MIS Ferramentas de visualização Indicadores de
▪ Consultas ad hoc desempenho volumes de dados, por meio de
▪ Dashboards
métodos automáticos e semi-
automáticos, com o intuito de
Data
Warehouse descobrir e determinar padrões,
(Um grande armazém
de dados) tendências, relacionamento e
regras, que permitam converter
Sistema de Extração, Transformação tais dados em conhecimento de
e carga de dados
alto valor estratégico.

Dados Aplicativos
ODS

ODS
Sistemas
de Internos e
Pacotes
Terceiros Legados
Introdução aos SGBDs Padrões de Exemplos do uso
A importância dos Dados para as empresas estratégico de dados
comportamento
Supermercado fazendo data
Sequência mining para aumentar as
vendas
Correlação
Associação
Pareto do
Conteúdo
Ausência e Receita Federal fazendo data
presença mining para descobrir sonegação
de impostos
Ciclos
Curvas de
distribuição
Introdução aos SGBDs
A importância dos Dados para as empresas

Big Data:
▪ O termo Big Data nasceu no início da
década de 1990, na NASA para descrever
grandes conjuntos de dados complexos
▪ Os 5 Vs que caracterizam o Big Data:
o Velocidade
o Volume
o Variedade
o Veracidade
o Valor
Introdução aos SGBDs
Processamento de Transações Online
Introdução aos SGBDs
Banco de Dados ou Base de Dados

Por que precisamos de Banco de Dados?


Tecnologia de Informação é implementada
gradativamente
Exemplo:
– Empresa hipotética implementa gradativamente
sistemas para:
o Vendas
o Produção
o Compras
o ...
– Onde ficam os dados de produtos?
Baseado em HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1.
Problema: redundância de dados
Onde ficam os Dados de Produtos
Tipos de redundância de dados:
Em Sistemas isolados – redundância controlada de
Dados não compartilhado dados:
o software gerencia redundância
Produção Vendas Compras – redundância não controlada de
dados:
Arquivos produção Arquivos vendas Arquivos compras o usuário gerencia redundância
Produtos … Produtos … Produtos …
Consequências da redundância
não controlada de dados

Entrada repetida da mesma informação


Inconsistência de dados
Baseado em HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1.
Conceito de
Banco de Dados
Onde ficam os Dados de Produtos 1. “...Conjunto de dados integrados que tem
por objetivo atender a uma determinada
Em Banco de Dados comunidade de usuários” (HEUSER, C. A. -
Projeto de Banco de Dados, 2009)
2. “...é uma coleção de dados persistentes,
usada pelos sistemas de aplicação de uma
Produção Vendas Compras
determinada empresa...” (DATE, C. J. –
Introdução a Sistemas de Banco de Dados,
2004)
Banco de dados
Produtos … 3. “...é uma coleção de dados relacionados.
Com dados, queremos dizer fatos
conhecidos que podem ser registrados e
possuem significado implícito...” (ELMASRI,
R.; NAVATHE, Sistemas de Bancos de
Dados, 2011)
Baseado em HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre:
Bookman, 2009 – Cap. 1.
Introdução aos SGBDs
Empresas orientadas por Dados

A maior empresa de
Taxi do mundo, não
possui nenhum
veículo.

O proprietário da mídia
mais popular do mundo,
não cria nenhum
conteúdo.

O varejista mais
valioso do mundo, não
tem estoque.

O maior provedor de
hospedagem do mundo,
não possui imóveis.
Arquitetura Cliente/Servidor

Clientes:
o São as diversas aplicações executadas em Usuários finais
cima de um SGBD.
o Aplicações escritas por usuário.
Clientes
o Aplicações e utilitários fornecidos pelo Aplicações
fabricante do SGBD.
o Aplicações e utilitários fornecidos por SGDB Servidor

empresas de software terceiras.

Servidor:
Banco de dados
o É o próprio SGBD.
Introdução aos SGBDs
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados

SGBD
Usuários
ad hoc
Ferramentas
Sistema de
De geração de Gerenciamento de
Relatórios e
Consultas
Banco de Dados

Base de
Requisições Dados
Usuários Resultado
Aplicações
Dicionário
de Dados

LOGs e
Backup

Usuários Usuários
Suporte DevOps

Elaborado por Prof. Robson Ferreira


Introdução aos SGBDs
SQL x NoSQL

Dados Não-estruturados
Dados
Oracle Estruturados Redis
MySQL MongoDB
MariaDB Neo4j
SQL Server Cassandra
DB2 Amazon
PostgreSQL DynamoDB
SQLLite Hbase

https://phoenixnap.com/kb/sql-vs-nosql
Introdução aos SGBDs
SQL x NoSQL x NewSQL
NoSQL
Escalabilidade e Performance
(Dados não estruturados)

NewSQL
DBaaS

SQL

Elaborado por Prof. Robson Ferreira


Funcionalidade (Dados Estruturados)
Introdução aos SGBDs
SQL x NoSQL x NewSQL

https://medium.com/rabiprasadpadhy/google-spanner-a-newsql-journey-or-
beginning-of-the-end-of-the-nosql-era-3785be8e5c38
Introdução aos SGBDs
SQL x NoSQL x NewSQL https://db-engines.com/en/ranking
Introdução aos SGBDs
SQL x NoSQL x NewSQL

Característica RDBMS NoSQL NewSQL


Cumprimento ACID (dados, integridade de transações) Sim Não Sim

OLAP / OLTP Sim Não Sim


A análise dos dados (agregados, transformar, etc.) Sim Não Sim

Rigidez do esquema (mapeamento rigoroso da modelo) Sim Não Talvez

Flexibilidade formato de dados Não Sim Talvez


A computação distribuída Sim Sim Sim

Escala para cima (vertical) / Dimensionar (horizontal) Sim Sim Sim

Desempenho com crescimento de dados Rápido Rápido Muito Rápido

Sobrecarga de desempenho Enorme Moderado Mínimo


Crescendo
Popularidade / Suporte comunidade Enorme Crescente
lentamente

https://blog.geekhunter.com.br/sql-nosql-newsql-qual-banco-de-dados-usar/#NewSQL_o_melhor_dos_dois_mundos
Introdução aos SGBDs
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacionais

Nossa disciplina trata de Banco de Dados Relacionais.


Portanto, indispensáveis para os sistemas transacionais que sustentam os
processos de negócios corporativos.
Trabalharemos primordialmente com dados estruturados e linguagem SQL.
SGBD Definições Propriedades das Transações
1. “software que incorpora as funções de definição, ACID

Controle de concorrência e de transações


recuperação e alteração de dados em um banco de ATOMICIDADE:
dados.” (HEUSER, C. A. - Projeto de Banco de Uma transação pode conter vários comandos.
Dados, 2009) Propriedade do tudo-ou-nada. Ou a transação é
2. “...é basicamente um sistema computadorizado executada inteira (todos os seus comandos com sucesso
ou nenhuma de suas ações é executada).
de manutenção de registros; em outras palavras, é
um sistema computadorizado cuja finalidade geral CONSISTÊNCIA:
é armazenar informações e permitir que os A transação cria um novo estado válido dos dados ou
usuários busquem e atualizem essas informações em caso de falha retorna todos os dados ao seu estado
antes que a transação foi iniciada.
quando as solicitar...” (DATE, C. J. – Introdução a
Sistemas de Banco de Dados, 2004) ISOLAMENTO:
3. “...é uma coleção de programas que permite aos Uma transação em andamento mas ainda não validada
deve permanecer isolada de qualquer outra operação,
usuários criar e manter um banco de dados. O ou seja, garantimos que a transação não será
SGDB é um sistema de software de uso geral que interferida por nenhuma outra transação concorrente.
facilita o processo de definição, construção,
manipulação e compartilhamento de bancos de DURABILIDADE OU PERSISTÊNCIA:
Uma vez que a transação completa seu trabalho, seus
dados entre diversos usuários e aplicações...”
efeitos têm garantia de serem refletidos no BD,
(ELMASRI, R.; NAVATHE, Sistemas de Bancos de independente do que possa ocorrer com o mesmo a
Dados, 2011) seguir.
Introdução aos SGBDs
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
Controle de concorrência e de transação
Unidade Lógica de Trabalho ou
Logical Unit of Work (LUW)

Transação de transferência de saldo bancário


Consulta e atualizações do Banco de Dados
Comandos de SELECT, INSERT, DELETE E UPDATE
Início da Fim da
LUW LUW

1 2 3
estado de Consulta saldo da conta Debita R$ 500,00 da conta Credita R$ 500,00 na conta estado de
consistência R$ 1.200,00 pagadora que fica com saldo recebedora consistência
de R$ 700,00

Commit Work
Rollback work = Reversão do trabalho
Caso ocorra alguma falha numa das fases de atualização (Efetivação do
Trabalho)

Uma transação leva o DB de um estado de consistência a outro estado de consistências


Elaborado por Prof. Robson Ferreira
Introdução aos SGBDs
Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados
Controle de concorrência e de transação
Unidade Lógica de Trabalho ou
Logical Unit of Work (LUW)
Estado de
consistência
final
Transação teve
sucesso

Início da COMMIT
LUW WORK

Transação
falhou
Estado de ROLLBACK
consistência
inicial
WORK

Elaborado por Prof. Robson Ferreira


Introdução aos SGBDs
Linguagem SQL – Structured Query Language
Introdução aos SGBDs
Modelo Relacional de Dados

Paper publicado por Codd com os fundamentos do modelo


relacional de dados
Os modelos hierárquicos e de redes não
davam conta das necessidades dos
negócios.
As empresas necessitavam de um novo
model capaz de gerir e relacionar dados
com eficiência e sem redundância.
Introdução aos SGBDs
Banco de Dados Relacionais

Introduzido por Codd em 1970 (IBM)

Modelo com uma sólida base formal:


o Teoria dos conjuntos
o Linguagens formais (álgebra e cálculo relacional)

Conceitos Simples:
o Relações (Tabelas), Tuplas, Atributos, Domínios e Chaves

Não considera aspectos físicos de armazenamento,


acesso e desempenho.

Base para a maioria dos SGBDs que domina o mercado


para processamento transactional.
Introdução aos SGBDs
As doze regras de Codd
# Regra Descrição
Todas as regras baseiam-se na noção de que para que um
Banco de Dados seja considerado Relacional, ele deve utilizar
0 Regra Zero
os recursos relacionais exclusivamente para seu
gerenciamento.
Todas as informações de um BDR devem ser representadas
Informação em
1 logicamente como valores de coluna em linhas dentro das
tabelas
tabelas.
Deve-se garantir que todos os valores de uma tabela possam
Garantia de
2 ser acessados por meio de uma combinação de nome de
Acesso
tabela, valor de chave primária e nome de coluna.
Tratamento
Os nulos devem ser representados e tratados de modo
3 Sistemático de
sistemático, independente do tipo de dados.
valores nulos
Catálogo On-Line Os metadados devem ser armazenados e gerenciados como
Dinâmico com dados comuns, ou seja, em tabelas no interior do BD. Esses
4
Base no Modelo dados devem estar disponíveis aos usuários autorizados,
Relacional utilizando a linguagem relacional padrão do BD.
Introdução aos SGBDs
As doze regras de Codd
# Regra Descrição
O BDR pode suportar várias linguagens. No entanto deve
suportar uma linguagem declarativa bem definida com
Sublinguagem suporte para definição de dados, definição de visualização,
5
ampla de Dados manipulação de dados (interativa ou por programa),
restrições de integridade, autorização e gerenciamento de
transações (iniciar, comprometer e desfazer).
Atualização de Qualquer visualização que teoricamente possa ser atualizada
6
Visualização deve ser por meio do sistema.
O BD deve dar suporte à configuração do nível de inserções,
Inserção,
atualizações e exclusões. Ou seja, a capacidade de manipular
atualização e
7 um conjunto de dados através de um comando, deve-se
exclusão de alto
estender às operações de Linguagem de Manipulação de
nível
Dados (DML) como insert, update e delete.
Aplicativos e recursos ad hoc não são afetados logicamente
Independência
8 quando os métodos de acesso ou as estruturas de
Física de Dados
armazenamento físico são alterados.
Introdução aos SGBDs
As doze regras de Codd
# Regra Descrição
Aplicativos e recursos ad hoc não são afetados logicamente
quando de alterações de estruturas de tabela que preservem
Independência
9 os valores originais da tabela (alteração da ordem ou inserção
Lógica de Dados
de colunas). Alterações nas relações e nas views causam
pouco ou nenhum impacto nas aplicações.
Deve ser possível que todas as restrições de integridade
relacional sejam definidas na linguagem relacional e
Independência de
10 armazenadas no catálogo de sistema, não no nível da
Integridade
aplicação. As aplicações não devem ser afetadas quando
ocorrer mudanças nas restrições de integridade.
Os usuários finais e aplicativos não conhecem nem são
Independência de
11 afetados pela localização dos dados (BD Distribuídos VS. BD
Distribuição Locais).
Se o sistema dá suporte a acesso de baixo nível aos dados,
Não transposição
12 não deve haver um modo de negligenciar as regras de
das Regras integridade do BD.
Um modelo
de dados é
uma
descrição dos
tipos de
informações
que estão
armazenadas
em banco de
dados
Fonte: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de
banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: https://www.devmedia.com.br/modelagem-de-dados-conceitual-
Bookman, 2009 – Cap. 1, p. 24. construindo-pontes-entre-dados-e-negocios/30597
Introdução aos SGBDs
Modelos de Banco de Dados

Modelo Conceitual: é uma descrição do banco de dados de forma independente de


implementação em um SGBD, o modelo conceitual registra que dados podem
aparecer no banco de dados, mas não registra como estes dados estão armazenados
no nível do SGBD.

preço
n 1 Tipo de
Produto
produto
descrição descrição
código código

Técnica mais difundida de modelagem conceitual – Abordagem entidade-relacionamento (ER)

Modelo conceitual é representado através de um: Modelo entidade-relacionamento (MER)

Foi criado por Peter Chen em 1976.


Fonte: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1, p. 25.
Introdução aos SGBDs
Modelos de Banco de Dados

Modelo Lógica: é uma descrição de um banco de dados no nível de abstração visto


pelo usuário do SGBD. Assim, o modelo lógico é dependente do tipo de SGBD que está
sendo usado.

TipoDeProduto: CodTipoProd DescrTipoProd


1 Computador
2 Impressora

Produto: CodProd DescrProd PrecoProd CodTipoProd


1 PC desktop modelo X 2.500 1
2 PC notebook ABC 3.500 1
3 Impressora jato de
600 2
tinta
4 Impressora laser 800 2

Fonte: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1, p. 26.
Introdução aos SGBDs
Modelos de Banco de Dados

Modelo Lógica: é uma descrição de um banco de dados no nível de abstração visto


pelo usuário do SGBD. Assim, o modelo lógico é dependente do tipo de SGBD que está
sendo usado.
Modelo Lógico Textual
TipoDeProduto (CodTipoProd,DescrTipoProd)
Produto (CodProd,DescrProd,PrecoProd,CodTipoProd)
CodTipoProd referencia TipoDeProduto

A nossa Disciplina trata dos modelos lógicos referentes


aos SGBDs do tipo Relacionais
Foi criado por Edgar F. Codd em 1970.

Fonte: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1, p. 27.
Introdução aos SGBDs
Modelos de Banco de Dados

Modelo Físico: é o que se relaciona diretamente com o SGBD, demonstrando


detalhadamente como serão arquivadas as informações dentro do banco de dados,
com nome dos campos, tipos, valores utilizados, regras de integridade, visões, índices,
etc.
Contém detalhes de armazenamento interno de informações.
Detalhes que:
▪ não têm influência sobre a programação de aplicações no
SGBD,
▪ mas, influenciam a performance da aplicações.
Usados por profissionais que fazem sintonia (ajuste de
desempenho – “tuning”) de banco de dados.
O Projeto Físico é contínuo, pois ocorre mesmo depois de o
banco de dados já estar implementado e em funcionamento.

Fonte: HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados – 6. ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009 – Cap. 1, p. 27 e
MARTELLI, Richard, et al. Modelagem e banco de dados – 2. ed. – São Paulo: Senac, 2018 – Cap. 4, p. 99
Introdução aos SGBDs
Usuários (utilizadores) do Banco de Dados

Usuários

Usuários de
Banco de Administradores
Dados

Usuário Administrador
Administrador
Desenvolvedores de Banco de
final de Dados
Dados

Desenvolvedor Usuário Usuário


Desenvolvedor Usuário
de Banco de
de Aplicação Ad Hoc avançado especializado
Dados

Elaborado por Prof. Robson Ferreira


Introdução aos SGBDs
Usuários (utilizadores) do Banco de Dados

Usuários de Banco de Dados


Desenvolvedores de Aplicações: Desenvolvedores de Banco de Dados:
o Definição e implementação de o Interage diretamente com o SGBD.
programas que usam as bases de dados, o Parte de uma aplicação pode ser
o Portanto, interagem indiretamente com desenvolvida utilizando a linguagem de
o SGBD escrevendo aplicações que programação transacional do próprio
submetem comandos de manipulação SGBD, denominadas Store Procedures,
de dados (SQL). Triggers e Functions.
o Trabalham sobre a definição lógica ou o Motivos: desempenho, gerenciamento
sobre uma visão externa específica. do código, padronização, segurança, etc.
o Essa parte do código fica armazenada no
banco de dados e é executada no
servidor do SGBD.
Podem ser a mesma pessoa
Introdução aos SGBDs
Usuários (utilizadores) do Banco de Dados

Administradores
Administrador de Dados – DA: Administrador de Banco de Dados – DBA:
o Cuida mais dos aspectos lógicos dos dados. o Cuida dos aspectos físicos dos dados.
o Cria as regras de taxonomia dos dados o Participa da elaboração do projeto lógico
(dicionário de dados). juntamente com os analistas de projetos.
o Conhece a semântica dos dados e como eles o Executa o projeto físico dos bancos de dados.
estão relacionados.
o Coordena atividades de manutenção dos bancos
o Zela pela consistência das informações. de dados.
o Determina o modo com que as aplicações o Define as backup, políticas de segurança e planos
compartilham suas informações. de contingências para os bancos de dados.
o Importante possuir bons conhecimentos em
sistemas operacionais e redes.

Podem ser a mesma pessoa (não deve)


Disciplina
Banco de Dados

Introdução dos
Sistemas Gerenciadores de
Banco de Dados

Obrigado

Prof. Dr. Robson Ferreira

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