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Direito Constitucional – Pedro Lenza

Estudar  Jurisprudência do STF + questões de concursos.

ADIN 5017 

Emendas 72, 73, 74, 75 e 76. Ler ambas!!!

Controle de Constitucionalidade

Recepção – fenômeno pelo qual as normas do ordenamento jurídico anterior são


recepcionadas pelo novo ordenamento jurídico. Para isso ocorrer é necessário
observar algumas premissas:

1) Ato normativo – editado no ordenamento jurídico anterior. Exemplo de


instrumento para analisar a norma é a ADPF.
2) Em vigor/deve existir. Se o ato é revogado não tem o porque recepcionar.
3) Compatibilidade material em relação ao novo ordenamento jurídico. Não
importando a compatibilidade formal.
4) Compatibilidade: a) formal e b) material em relação à constituição sob cuja
regência ela foi editada. A lei em questão deve ter total compatibilidade com a
constituição vigente da época. Não havendo está compatibilidade a lei deve ser
revogada. Ou seja, se a lei não foi aceita pelo novo ordenamento jurídico ela
deve ser REVOGADA.

ADIN somente depois da CF de 1988. Antes de 1988 é RECEPÇÃO OU NÃO DA


NORMA.

 Princípio da contemporaneidade - Um princípio que vai ajudá-los muito nos estudos


é o “Princípio da Contemporaneidade”. Onde toda lei criada em tempo anterior a
CF/88 tem a incidência da -Nova Constituição e Ordem Jurídica anterior- (Recepção,
Repristinação, Desconstitucionalização e Recepção Material de Norma Constitucional)
e toda lei criada após a atual CF sofre -Controle de Constitucionalidade.

Conclusões deste tema: 1) não existe insconstitucionalidade superveniente e sim


revogação por não recepção. 2) Não existe também constitucionalidade
superveniente. Ou seja, nasceu viciada, nasceu nula, não se admitindo correção da
norma.

Lei que surgiu após 1988 ela deve ter compatibilidade formal e material(nasceu
perfeita).

A emenda constitucional revoga a lei anterior que nasceu perfeita, e não torna está
incostitucional. Sendo assim, não cabe aqui inconstitucionalidade superveniente.
A emenda constitucional faz o que com a lei anterior que nasceu imperfeita? A EC
não pode corrigir a mesmo, pois ela já nasceu morta. O que acontece?

RE 346.084 – Neste processo a lei nasceu viciada, posteriormente venho a emenda
constitucional 20/98 e igualou/corrigiu a lei viciada. PESQUISAR ISSO.

Lei que nasce viciada é NULA/VAZIA/MORTA.

Pode acontecer a recepção parcial de determinada lei.

EXCEÇÕES DESTA REGRA:

A lei nasceu perfeita mais se tornará inconstitucional – inconstitucionalidade


superveniente através da mutação constitucional poderá ocorrer este fenômeno.

Mutação constitucional é uma mudança no sentido interpretativo da norma. Na prática


a norma não se altera. Mutação não se confunde com a reforma da lei, que é a
alteração formal/física da mesma.

A lei nasceu viciada mais se tornará constitucional - Constitucionalidade superveniente


 ADIN - 2240 e ADIN por omissão/ADO- 3682.

Quem cria município é lei estadual, que observará certos pressupostos: Lei
complementar federal + EVM + Plebiscito.

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão


por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e
publicados na forma da lei.

O que aconteceu é que não tinha lei complementar e o STF deu prazo de 2 anos
para a elaboração da lei. Porém nada foi feito. O que aconteceu posteriormente foi que
o Congresso fez o artigo 96 do ADCT. Conclusão: A lei nasceu viciada/nula e se
tornou constitucional devido o Art. 96 do ADCT: Ficam convalidados os atos de criação,
fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de
dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à
época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008).

Repristinação – A lei regovada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a
vigência.

Lei 1 é revogada pela lei 2, vem a lei 3 e revoga a lei 2. A lei 1 não volta a ter força
no ordenamento.
Porém, pode haver pedido expresso na lei 3 para que a lei 1 volte a ter sua força no
ordenamento.

Repristínação X Efeito repristinatório decorrente de declaração de


inconstitucionalidade.

Lei 1 é revogada pela lei 2, em seguida vem uma ADI afirmando que a lei 2 é
inconstitucional,  Efeito repristinatório decorrente de declação de
inconstitucionalidade.

Repristinação tem haver com revogação. Quando a lei 1 volta a ter força normativa
devido ao fato da lei 2 ter tido declarada inconstitucional pela ADI, a lei ressurge com
efeito repristinatório.

Artigo 11, § 2º da Lei 9.868/99 Efeito repristinatório.

Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar
em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte
dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à
autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o
procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.

§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com


efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.

§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso


existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

Desconstitucionalização -

Recepção material de normas constitucionais –

Aula dia 12/2/2014

Os efeitos de uma ADIN não vincula o STF.

Constituição de 1946
Na vigência da constituição 1946 que se introduziu o controle concentrado do STF,
através da EC n. 16 de 26/11/1965 – PGR: Procurador Geral da Republica – exclusivo
legitimado.

Constituição de 1967

 Sistema difuso mantido.


 Controle concentrado do STF mantido.
 Controle concentrado estadual retirado.

Controle: EC n. 1/1969

 Sistema difuso mantido.


 Controle concentrado do STF mantido.
 Controle concentrado estadual reestabelecido para fins de intervenção.

Controle da Constituição de 1988

 Sistema difuso mantido.


 O controle ADI genérica foi ampliado, sendo aumentado os legitimados para
proposição da ação. Artigo 103, da CF.
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
V - o Governador de Estado;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em
todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada
ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,
para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

 Surgiu a ação chamada ADPF. Lei 9.882/99 regulamentou a ADPF.


 Controle das omissões por meio: a) ADO b) MI: Mandado de injunção.
 Ampla previsão de controle no âmbito estadual.
 EC n. 03/1993 – Introduziu a ADC: Ação Declaratória de Constitucionalidade.
Tendo efeito vinculante.

a) Objeto: Lei federal.


b) Legitimados: 1- Presidente da republica 2- Mesa da camara, 3 – mesa do
Senado e 4 – PGR.

 EC 45/2004 – Ampliou os legitimados da ADC, passou a ser o mesmo o rol da


ADI (artigo 103, da CF).
 Deixou explícito que o julgamento da ADI também produz efeito vinculante.

Supremocracia (http://www.scielo.br/pdf/rdgv/v4n2/a05v4n2.pdf) – 2 enfoques:

a) Reconhecer o STF como o intérprete final. As decisões do STF iram substituir


decisões inferiores.
b) 1) Corte constitucional.
2) Colegiado Recursal.
3) Competência Originária.

Em 1940, entraram 2.419 processos no STF.


EM 1970, 6.376.
Em 1988, 18.564.
Em 1999, 105.000.
Em 2007, 119.324.
Em 2013, 90.004.

Ou seja, subiu rapidamente devido a supremocracia e agora em 2013 diminui devido a


súmula vinculante e a repercussão geral do recurso extraordinário.

TEXTOOscar Vilhema Vieira  Revista FGV – julgamento de 2008.

OBS: ADI 3423, ADI 3520 estão discutindo a palavra “de comum acordo” do artigo
114, § 2, da CF.

Espécies de Inconstitucionalidade

Espécies: por ação e por Omissão (ADO e Mandado de injunção).

Por ação:
 Vício formal (referente ao processo legislativo / procedimento legislativo) 
MONODINÂMICA.

 Vício material (referente ao conteúdo) MONOESTÁTICO

 Vício de decoro complementar.

Vicio formal:
 Vício formal Orgânico - relacionado ao processo legislativo, notadamente
relativo à competência federativa. Exemplo: Um ente federativo invadiu a
competência de outro ente federativo. Estado de SP quer aplicar pena de
morte no estado.

 Formal propriamente dito:

A) Subjetivo: fase de iniciativa. Não se convalida. Ou seja, se houve o vício,


nada o tornará valido. É contrária a súmula 5 STF (súmula superada).
Súmula nº 5 STF – Não foi cancela, porém já está superada já.

B) Objetivo: fases posteriores. Exemplo: Quórum para lei complementar é de


maioria absoluta, porém é aprovada por maioria simples. Pronto está ai o
vício formal objetivo.

Vício formal orgânico é diferente do Vício formal subjetivo

 Por violação a pressupostos objetivos do ato –

OBS: Vale lembrar que toda ADIN é imprescritível.

Vício de material

Vício de decoro

Momentos do Controle

Controle Preventivo:

1- Poder legislativo, CCJ e plenário (voto).

2- Poder executivo – Veto jurídico.

3- Poder judicial – impetração de mandado de segurança por parlamentar. Direito


líquido e certo ao “devido processo legislativo/processo legislativo hígido”.

MS 32.033 de 2013.

1) PEC (proposta de emenda constitucional) manifestamente ofensiva a cláusula


pétrea.
2) Projeto de lei ou proposta de emenda que viole o processo administrativo
previsto na constituição.

Aula 26/02/20014

Súmula 347 STF.

Art. 49, V, CF – Conselho Nacional  sustar os atos normativos do Poder Executivo:

a) Poder regulamentar;
b) Limites da delegação legislativa

Normas Constitucionais interpostas – Gustavo Zagrebelsk Gilmar Mende cita estas


normas interpostas no MS 26.915.

Interposta entre uma norma e a própria constituição.


Controle posterior/repressivo

a) Difuso – declaração incidental. A declaração da inconstitucionalidade está


na fundamentação da sentença. A origem do controle difuso é em 1991.

b) Concreto – declaração principal. A declaração da inconstitucionalidade está


no dispositivo da sentença.

Controle repressivo difuso

O que transita em julgado é o dispositivo acobertado pela qualidade da imutabilidade


(Liebman).

469, III, CF - A apreciação da questão prejudicial decidida incidentemente no processo

Declaração inconstitucional

Não cabe ação declaratória incidental no controle difuso, pois, para julgar esta ação o
juiz tem que ser competente, sendo que o mesmo não tem competência para isso.

No tribunal existem os órgãos fracionários:


a) Turmas
b) Câmaras

Plenário
Órgão especial

O órgão fracionário tem atribuição para julgar o pedido.

O plenário (reserva de plenário – art. 97, CF) ou órgão especial tem atribuição para
julgar a questão de inconstitucionalidade.

 Súmula vinculante 10 STF.


Art. 481, parágrafo único, CPC.

RE 361.829 – Embargos declaratórios  O STF exerce, por excelência, o controle


difuso de constitucionalidade quando do julgamento do recurso extraordinário, tendo
os seus colegiados fracionários competência regimental para fazê-lo sem ofensa ao
artigo 97, CF.

A cláusula de plenário se aplica as turmas recursais de juizados especiais?

Efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle de difuso

 Somente para o individuo que entrou com ação – “inter partes”


 Em regra, efeito retroativo - “ex tunc”.

Exceção:

Aula dia 12/03/2014


Para as partes
Regra: a) inter partes e b) ex tunc.
Exceção: ex nunc ou pro futuro - razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social,
aplicando-se, por analogia, o art. 27 da Lei n. 9.868/99 (cf. Inf. 341/STF – RE n. 197.917).

  Regra: Art. 52, X


Compete, ‘privativamente’ ao SF, suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, através da resolução,
sendo está discricionária.

Exceção:
 ”ex tunc”: Destaca-se o art. 1º, § 2º, do Decreto n. 2.346/97, que, expressamente, fixa a
produção de efeitos ex tunc para a Resolução do SF em relação, exclusivamente, à
Administração Pública Federal direta e indireta.

Abstrativização

Controle Difuso

No controle difuso por regra, tem efeitos “inter partes” e “ex tunc”.
O STF admite a modulação no controle difuso fundamento do caso Estrela.
A CF prevê a possibilidade de efeitos “erga omnes” e “ex nunc” no controle difuso – art. 52, X,
CF.
Resolução do SF.
a) Na hipótese de declaração de inconstitucionalidade, na hipótese de decisão
definitiva do STF.
b) Ato discricionário.
c) Ao suspender o SF deve seguir exatamente a decisão do STF.
Abstrativização
a) Tema não resolvido ainda.
b) Está no STF por 3x2 contra abstratização
c) Súmula vinculante.

O art. 2, §1 da lei 8.072/90


Resolução original  integralmente no regime fechado.
Redação atual 11.464/2007 Inicialmente em regime fechado.
HC 111.840 e HC 113.44 nestes dois casos se admitiu o regime semi-aberto.

Ação Civil Pública

Se o objeto da ACP for declaração de inconstitucionalidade de lei  interesse em decisão é um


(...).

De acordo com o artigo 103, I, CDC – a coisa julgada quando interesse for difuso será “erga
omnes”.

Admitir o interesse “erga omnes” significa o mesmo efeito do julgamento da ADInesse caso
o juirz da ACP vai estar usurpando do STF.
Controle Concentrado

Aula dia 19/03/2014

(perdi 20 minutos de aula)

Características do Processo objetivo

Em tese abstrata, marcada de impessoalidade, generosidade e abstração.

1- Inexistência de prazo recursal em dobro ou diferenciado para contestar. Artigo 188,


CPC não se aplica ao processo objetivo.
2- Inexistência de prazo prescricional ou decadencial.
3- Não admissão da assistência jurídica a qualquer das partes nem intervenção de
terceiros, salvo a figura do “amicus curiae”.
4- É vedada a desistência da ação proposta – art. 5º, caput, da lei 9.868/99.
5- Irrecorribilidade da decisão que declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade
da lei ou ato normativo – art. 26 da lei 9.868/99.
RESSALVA: Embargos declaratórios.

5.1 Na hipótese do artigo 4 da lei 9.868/00, petição inicial inepta, não fundamentada
ou manifestamente improcedente caberá Indeferimento de liminar pelo relator. Deste
indeferimento cabe agravo do relator que indeferir a petição inicial. Tendo este agravo
o prazo de 5 dias, diferentemente do agravo de instrumento que é 10 dias.

6- Não rescindibilidade da decisão proferida. Ou seja, não cabe rescisória.


O poder legislativo pode editar uma lei com conteúdo idêntico àquela que já fora
objeto de ADI.
7- O STF não está vinculado á tese jurídica (a causa de pedir).

OBS: O professor disse para decorar esses 7 itens acima.

COMPETÊNCIA NA ADI GENÉRICA


Determina-se a competência desta a partir do Objeto e do Parâmetro.

Artigo 102, CF competência STF.


Artigo 125, CF  competência do TJ.

STFlei federal e estadualConst. Federal.

TJ lei estadual e municipalConst. Estadual.

OBS: Lei municipal que viola lei constituição Federal não cabe ADI, pois não há previsão no
artigo 102, CF. Isso foi chamado de silêncio eloquente (não está na CF mais diz algo).
Entretanto, cabe ADPF.

OBS: Em ADI genérica no STF pode ter como parâmetro Const. Estadual? NÃO.
OBS: Lei Federal pode ser objeto da ADI genérica originária no TJ? NÃO.
OBS: Constituição Federal não pode ser parâmetro para ADI no TJ.

Exceção: Normas de reprodução obrigatória da CF utilizando o Recurso Extraordinário.


Uso do RE que inerente ao Controle difuso sendo utilizado no controle concentrado.

A lei municipal não pode ser objeto de ADI originária no STF. Contudo o STF poderá declarar a
inconstitucionalidade desta lei municipal no julgamento de recurso extraordinário interposto
contra acórdão do TJ na hipótese de norma de reprodução obrigatória.

Hipóteses:

1- A ação declaratória inconstitucional (ADI) que tramita no STF é julgada procedente


consequência a lei estadual objeto da ADI é declarada inconstitucional.

Consequência ADI que corre no TJ deve ser julgada prejudicada.

2- A adi que corre no STF é julgada improcedenteconsequênciacontinua


constitucional.

ConsequênciaEsta ADI que corre no TJ poderá lá ser julgada inconstitucional em


outro fundamento que não o mesmo que o STF apreciou e julgou improcedente.

LEGITIMAÇÃO ATIVA PARA ADI

Artigo 103, CF.  é um rol taxativo, assim não pode ser ampliado. Salvo, por emenda
constitucional.

OBS: É possível a ampliação deste rol através de Emenda Constitucional.

Legitimados interessados ou especiais incisos IV, V, IX.

Legitimados VIII e XI tem que contratar advogado e outorgar procuração com poderes
específicos para propor a ADI e indicar o objeto.

Aula dia 26/03/2014

ADI 2130
ADI 1663 – 24/04/2013

Governador X Estado

Partido político com representação no congresso nacional  o partido tem que ter pelo
menos um deputado ou um senador.
O momento de aferir a representação é no momento da propositura da ação. Assim, não
modificará se o partido perder a representação posteriormente.

Confederação Sindical – Constituída no mínimo por 3 federações sindicais.


Sindicato, federação ou Central sindical não tem legitimidade para propor ADI.
Entidade de classe de âmbito nacional – aquela entidade organizada em pelo menos em 9
(1/3) Estados da federação.

Associação de Associação tem legitimidade – Informativo 356.

ABERAL - Associação brasileira dos extratores e refinadores de sal. Relevância nacional


da atividade dos associados – ADI 2866.

Tem que ser entidade de classe profissional, sendo assim, entidade estudantil não tem
legitimidade.

A entidade de classe deve preencher o requisito da homogeneidade (ADI 386). “A


heterogeneidade da composição da autora descaracteriza a condição de representatividade
classe de âmbito nacional”.

PROCEDIMENTO DA ADI

Art. 103, §3, CF – O advogado geral da União será citado.

Papel da AGU no procedimento da ADI.


1) ADI 72- 1990  A defesa da lei era obrigatória.
2) ADI 1616 – 2001  O AGU não era obrigado a defender se já houvesse
jurisprudência (procedente) anterior (....)....
3) ADI 3916 (2009)  Direito de manifestação do AGU.
4) ADI 3413 (2011)  O AGU tem o dever de defender.

AGU  É dispensada a manifestação:

1) Se existir posicionamento anterior do STF sobre o tema.


2) Sobreposição de competência normativa.
3) Interpretação da lei conforme a Constituição sem redução de texto.

O Procurador Geral do Estado será ouvido em todas as ADIs.

“Amicus Curiae” – Sociedade aberta dos Intérpretes da Constituição – Peter Hiberte


Art. 7, §2 da Lei 9.868/99 – manifestação de outros órgãos ou entidades.

O “amicus curiae” poderá interpor agravo regimental no prazo de 5 dias do despacho do


indeferimento.  Esta jurisprudência está mudando para não caber agravo ADI 3396.

Aula dia 02/04/2014

(10 minutos atrasado)

“Amicus curiae” – art. 7, §2 da lei 9868/99.

Amicus curiae  O STF admitiu a manifestação de um Senador da República. Importante


ressaltar que o Senador não está como pessoa física e sim como uma entidade (caráter
coletividade).  MS 32.033.
 No caráter coletivo e institucional do mandado do Senador, e em sua atribuição de
exercer o mandado em defesa da constituição e do Estado de direito.
 Gilmar Mendes destacou o RMS 25.841 -  “ultrapassar os limites e meros interesses
das partes a justificar a ampliação do debate”.

Art. 9 da lei 9868/99.

1 audiência pública realizada em 20/04/2007  ADI 3510 – células tronco de embriões


humanos em pesquisas e terapias.

Audiências públicas importantes para concursos, em segunda ou terceira fase.

ADI 3510  realizada em 20/04/2007  Células tronco de embriões humanos em pesquisas e


terapias.

ADPF 101  realizada em 27/06/2008  Importação de pneus usados.

ADPF 50  realizada em Setembro de 2008  interrupção de grávidas com feto anencefálico.

STA 3355 realizada em Maio de 2009  Judicialização da saúde pública.

ADPF 186  realizada em Março de 2010  Ações afirmativas no ensino superior.

ADI 4103  realizada em Maio de 2012  Lei seca (venda de bebidas alcoólicas nas
proximidades das rodovias).

ADI 3937  realizada em Agosto 2012  Proibição do uso do amianto

ADI 4679  realizada em Fevereiro 2013  TV por assinatura.

RE 627.189  realizada em Março de 2013  Campo eletromagnético de linhas de


transmissão de energia.

RE 586.224  realizada em Abril de 2013  Queimadas de canaviais.

RE 641.320  realizada em Maio de 2013  Regime prisional.

ADI 4650  realizada em Junho de 2013  Financiamento de campanhas eleitorais.

ADI 4815  Não foi julgada ainda Biografias não autorizadas.

ADI 5037  Novembro 2013  Programa “mais médico”.

Julgamento da ADI
Competência: Plenário.
Quorum:

8 ministros.

6 ministro no mínimo para nulificar - art. 97 – maioria absoluta.

ADIN? PL?
O efeito vinculante não atinge a função típica de legislar do poder legislativo, que
poderá editar uma lei com conteúdo idêntico àquela que fora objeto da ADIN.

Modulação de efeitos – art. 27 da lei 9.868/99


“Ex nunc”, “pro futuro” e momento pretérito.

Reclamação  art. 102, I, “L”.


Natureza de jurídica: de direito de petição  art. 5, XXXIV, “a”.
Legitimado: qualquer interessado. Não mais confinando à legitimação apenas aos
legitimados do artigo 103, CF.

OBS: Trânsito julgado  ação rescisória  2 anos  não cabe rescisória.

O STF permitiu uma rescisória de questão transitada julgada a mais de 10 anos 


FUNDAMENTO: ponderação de valores.  Exame de Paternidade – RE 363.889.

Aula dia 07/04/2014

COFINS

A lei ordinária revogou a isenção da COFINS.

“A LC é formalmente complementar, mas materialmente é ordinária”.

“Não existe lei formalmente ordinária e materialmente complementar”.

OBS: Não há hierarquia entre as leis (federal, estadual, municipal, ordinária, complementar).

MEDIDA CAUTELAR EM ADI

Quem decide é a maioria absoluta (11 ministros no total, ou seja, 6 deles) do plenário. De
acordo com o artigo 22, CF é necessário pelo menos 8 ministros presentes. Em RECESSO, o
ministro presidente resolverá.

Efeito da cautelar: “erga omnes” e “ex nunc”. Salvo se o tribunal decidir que a decisão deva
ser retroativa.

ADI

Principal Cautelar da ADI


Erga omnes Erga omnes
Ex tunc Ex nunca
Exceção: “ex nunc”, “pro futuro” e Exceção: ex tunc e modulação/modulante.
modulação/modulante.

OBS: IMPORTANTE QUE TANTO NA PRINCIPAL QUANTO NA CAUTELAR PODERÁ TER A


MODULAÇÃO DOS EFEITOS PELO STF.

Negada a medida cautelar gerará algum efeito?


Na pratica ela não tem legislação no ordenamento jurídico. Entretanto, quando a
mesma for negada, a lei objeto da ADI continua em vigor e com a sua presunção de
constitucionalidade intacta.

Efeito prático
Pergunta - O juiz é obrigado a aplicar a lei no caso concreto ou o juiz pode de modo acidental
no controle difuso pode declarar a inconstitucionalidade da lei?
Resposta - O juiz não está preso a nenhum resultado de negativa da cautelar, assim poderá
declarar inconstitucionalidade da lei de modo acidental no controle difuso.

Art. 12 da lei 9868/99  Relevância da matéria e especial significado para a ordem social e a
segurança jurídica.

AÇÃO DECLARATÓRIA POR OMISSÃO – ADO – artigo 103, §2, CF.

Objeto da ADO: é uma omissão de medida de caráter normativo de um dos poderes ou de um


órgão administrativo, que gera uma inefetividade de 1 norma da constituição de eficácia
limitada.

Quais omissões podem existir?


Total ou parcial.

Omissão total – Exemplo: Artigo 37, VII, CF.


Omissão parcial – Exemplo: Exemplo: Artigo 7, IV, CF.

Lei 12.063/09 – artigos 12-A até 12-H da lei 9868/99.

Legitimados: um dos poderes requeridos ou um órgão administrativo.

Artigo 12-E, §2 da lei 9868/00  O relator PODERÁ solicitar a manifestação do AGU em 15


dias.

Artigo 12-E, §3 – O PGR nas ações que não for autor, terá vista do processo, por 15 dias, após o
decurso do prazo para informações.

1– Poder: será dada mera ciência (salvo na hipótese de desarrazoada inertia deliberanti e
previsão de prazo na constituição)  preservação do principio da separação dos poderes.
2 – Órgão administrativo: o provimento tem caráter mandamental.

CUIDADO: fiquem atendo


ADO 24
Artigo 27, da EC 19/98 – o CN tem o prazo de 120 dias para estabelecer a lei de defesa
do usuário de serviços públicos.
Projeto de lei complementar nº 6953/02, é um substitutivo de um projeto de lei nº 674/99 
INATIVIDADE LEGISLATIVA – “inertia deliberandi” 

Aula dia 08/04/2014

(12 minutos de atraso)

1 – (...)
2 - Suspender os processos judiciais ou de procedimentos administrativos;
3 - Outra providência do tribunal.

ADO X Mandado de Injunção

ADO  analisa de forma...

Mandado de Injunção – art. 5, LXXI, CF  analisa de forma abstrata a omissão.


É admitido o mandado de injunção coletiva, mesmo não sendo expresso na CF.

Efeitos do deferimento do mandado de injunção:


a. Posição concretista (Posição adotada atualmente) – Geral ou Individual (adota
atualmente): direta e intermediária.
OBS: Hoje em dia a posição adotada é a posição concretista individual direta.

OBS: Houve situações em que o STF concedeu a posição concretista geral, sendo
uma exceção. Casos: MI 712, 708 e 670.

Direito de greve artigo 37, VII, CF.


Lei 7.783/89.

*Policiais civis (delegados, agente civil etc) não têm direito de greve.
*Militares (Força Armada Brasileira, bombeiros, PM) estão proibidos de fazerem
greve e sindicatos – art. 142, CF.

b. Posição não concretista

Fungibilidade entre ADI e ADO


 ADI 875
 ADI 1.987
 ADI 2.727

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF – art. 102, §1º.


O STF julga na forma da lei  Eficácia LIMITADA.

O que é um preceito fundamental: normas qualificadas (...).


Exemplos de ADPF:
1. ADPF 130 lei de imprensa 5.250/67
2. ADI 4277 e ADPF 132 – União Homossexual
3. ADPF 101 – Importação de pneus usados ou remoldados. (Informativo 552 STF)
4. ADPF 187 - Marcha da Maconha
5. ADPF 54 – Aborto eugenésico (interrupção da gravidez)

Alguns preceitos fundamentais:

Artigo 1 – fundamento da republica


Artigo 3 – Objetivos fundamentais
Artigo 5, CF.
Artigo 34, VII – Princípios sensíveis
Artigo 170 – Ordem econômica
Artigo 196 – Saúde
Artigo 206 – Educação
Artigo 225 – Meio Ambiente

Arguição Autônoma tem por objetivo EVITAR ou REPARAR lesão.

Arguição Incidental  controversa constitucional.

Aula dia 16/04/2014

Dispositivo da Função Órgão que exerce


Constituição
Art. 44, CF Função legislativa Congresso Nacional
Art. 76, CF Função executiva Presidente da
República
Art. 92 Função Jurisdicional Órgãos indicados no
artigo 92, CF.

Se um órgão invade a esfera de outro estará cometendo anomalia no sistema. Por isso surgiu a
estrutura da função típica e a função atípica.

“Checks and balances”

Legislativo:
 Função Típica: legislar e fiscalizar
 Função atípica: Exemplo: O presidente da república sendo julgado pelo crime
de responsabilidade pelo Senado. Exemplo 2: Quando o legislativo pratica atos
de burocracia como: dar férias para seus servidos, concede licença médica aos
seus servidos etc.

Congresso Nacional  Art. 44


Assembleia legislativa Estados
Câmara legislativa do DF DF
Câmara municipal dos vereadores  Municípios
(...)Territórios federais
Poder Legislativo Estadual  Assembleia Legislativa formada por deputados estaduais.

O número de deputados estaduais é embaso na relação de deputados federais.


Deputado Federal – número máximo 513 deputados no total. Tendo no mínimo 8 até 70
deputados por Estado conforme consagra o artigo 45, CF. Importante ressaltar que o número
entre 8 e 70 é proporcional ao Estado.

Art. 27, CF – Deputados da Assembléia legislativa corresponderá ao triplo da representação do


na Câmara dos deputados.

X Deputados Federais Y Deputados Estados


8 24
9 27
10 30
11 33
12 36
13 36+1 37
14 36+2 38

Atingindo 36, deverá ser acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de
doze.

Regra 1
X= Número de deputados federais
y- Número de deputados estaduais

y= 3.x

Regra 2
X= Número de deputados federais
Y= Número de deputados estaduais

y=36+ (x-12) ou y=x+24

Deputado Estadual - Remuneração: Art. 27, §2º, CF  Recebem subsídio fixado por iniciativa
da própria (...) com parâmetro em até 75% do Deputado Federal.

Deputado Federal – Remuneração: Artigo 49, VII, CF.  Recebem também através de subsídio
com parâmetro no teto do funcionalismo, fixado por meio de decreto legislativo (805/2010).
Esse teto é de R$ 26,723,13.

Ministro do Supremo Tribunal Federal – Remuneração  De acordo com a lei 12.771 de


28/12/2012 a partir de 1 de janeiro de 2013 ganhará 28.059,29.
1 – R$ 28.059,29 em 01/01/2013
2 - R$ 29.462,25 em 01/01/2014
3 – R$ 30.935,36 em 01/01/2015

Mandato dos deputados Estaduais: 4 anos que corresponde a uma legislatura.


É permitida a reeleição sucessivamente por período indeterminado. Ou seja, por quantas vezes
conseguirem ganhar as eleições.

Poder Legislativo Municipal

Número de Vereadores – É proporcional à população do município, entre 9 até 55 vereadores,


conforme preceitua o artigo 29, IV, “a” ate “x” CF.

Remuneração dos Vereadores: Recebem na forma de subsídio de acordo com o artigo 29, VI,
CF.

1) Município com até 10.000 – 20% do salário do deputado Estadual


2) Município com até 50.000 – 30% do salário do deputado Estadual
3) Município com até 100.000 – 40% do salário do deputado Estadual
4) Município com de 100.001 até 300.000 – 50% do salário do deputado Estadual
5) Município com de 300.001 até 500.00 – 60% do salário do deputado Estadual
6) Município com mais de 500.001 – 75% do salário do deputado Estadual

Mandato dos vereadores: 4 anos, que corresponde a uma legislatura.

Poder Legislativo do DF – artigo 32, §3, CF.

É um órgão.
Tem a denominação de Câmara Legislativa do Distrito Federal

Número de Deputado Distrital


Art. 27, §2º, CF  Recebem subsídio fixado por iniciativa da própria (...) com parâmetro em
até 75% do Deputado Federal.
Remuneração
(faltando...)
Mandado
(faltando...)
IMPORTANTE: O DISTRITO FEDERAL NÃO PODE SER DIVIDO EM MUNICÍPIO. E não existe
cidade e sim regiões administrativas.

OBS: A república federativa do Brasil é composta por União, Estados, DF, Municípios.

Território federal não é ente federativo, sendo considerada uma autarquia “longa manus da
União (uma extensão da União)”.

Artigo 33, §3, CF – permitiu a divisão do Território Federal em municípios.


Território Federal

Tem pessoas que moram em território federal e necessitam ser representadas por alguém.

A) No âmbito do Congresso Nacional – Art. 45, §2 – Cada território federal elegerá o


número fixo de 4 deputados federais, não importando o tamanho da população que lá
vivem.

B) No âmbito da Câmara Territorial – Art. 33, §3, CF  Essa lei não existe.

Artigo 33, §1, CF – Estabelece que os territórios poderão ser divididos em municípios, aos quais
se aplicará, no que couber, o disposto no capitulo 4 deste título.

Câmara dos deputadosRepresenta o povo mandado de 4 anos (igual a 1 legislatura) 8 a


70 deputados. total de 513 deputados Sistema de votação PROPORCIONAL (se um Estado
tem 70 vagas, essas vagas serão distribuídas pelos partidos mais votados – Exemplo: votação
do deputado Eneias).

Senado FederalRepresenta os Estados e o DF mandato de 8 anos (2 legislaturas). a cada


4 anos 1/3 e depois de mais 4 anos mais 2/3 total de 78 (Estados) + 3 DF  Sistema de
votação MAJORITARIO.

Deputados Senadores
Representa Povo Estados e o DF
Mandado 4 anos (1 legislatura) 8 anos (2 legislatura)
Número de eleitos 8 a 70
Total

Sistema de votação Proporcional Majoritário


Idade mínima para ser 21 anos 35 anos
candidato

OBS: Para assumir a presidência da republica o deputado terá que ter no mínimo 35 anos.

Aula dia 23/04/2014

REUNIÕES PARLAMENTARES – Art. 57, caput, CF.

17/07 (julho) até 01/08 (agosto) Recesso Parlamentar.


22/12 (dezembro) até 02/02 (fevereiro) Recesso Parlamentar.

Durante o recesso poderá ocorrer reuniões extraordinárias. A convocação extraordinária do


Congresso Nacional far-se-á: (art. 57, §6, CF).
1. Pelo Presidente do Senado Federal (que cumula o cargo de presidente do
Congresso Nacional) em casos de: (Art. 57 §6, I, CF)

a. Decretação de estado de defesa;


b. Intervenção Federal;
c. Pedido de autorização para a decretação do estado de sítio;
d. Para o compromisso e a posse do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República. (a posse em si será dia 01 de janeiro de tal ano).

2. Casos de urgência ou de interesse público relevante (mediante aprovação absoluta


de ambas as casas). (Art. 57 §6, II, CF)

a. Presidente da República
b. Presidente da Câmara dos Deputados
c. Presidente do Senado Federal
d. Requerimento da maioria dos membros de ambas as casas.

Características da Sessão Extraordinária

1) Vedação do pagamento de parcela indenizatória em relação a convocação.


(Antigamente os políticos recebiam $ para irem às sessões extraordinárias, mesmo não
havendo votação na mesma).

2) O Congresso Nacional somente pode deliberar sobre a matéria para a qual for
convocado. Ressalvada a apreciação de medidas provisórias em vigor na data da
convocação extraordinária.

OBS: Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do


Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.

Tipos de Sessão:

Sessão Conjunta – Ambas as casas se reúnem – Art. 57, §3, CF.

Inciso I – Inaugurar a sessão legislativa;


Inciso II – Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas casas.
Inciso III – Receber o compromisso do Presidente e do Vice-presidente da República;
Inciso IV - conhecer o veto e sobre ele deliberar. Ou seja, voto aberto. (PEC do voto aberto).

Sessão Preparatória – Art. 57, §4, CF.

Ela visa anteceder a sessão ordinária e dar posse das respectivas mesas (a mesas são
chamadas de órgãos administrativos das casas).

 Representação proporcional do partido ou dos blocos parlamentares.

 Mandato de 2 anos.

 A vedação (reeleição) que consta neste artigo não é norma de reprodução obrigatória
pelos Estados e DF.
Comissão Permanentes/Temática ou em Razão da Matéria - Art. 58, §2, CF.

Pode discutir e votar (portanto, aprovar) projeto de lei que dispensa, na forma do regimento, a
competência do plenário.

Comissão Temporária/Especial
É uma comissão específica com uma finalidade específica.

Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI


É função típica do Poder Legislativo, pois é este poder deve fiscalizar.

 Artigo 58, § 3, CF. (a que mais cai em provas)


 Lei n. 1.579/52.
 Lei n. 10.001/2000
 Lei Complementar 105 de 10.1.01
 Regimentos internos das Casas

Art. 58, § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de
um terço (1/3) de seus membros, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Criação: em conjunto (CPMI) ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 dos


deputados ou senadores.

OBS: Se for em conjunto deverá ter 1/3 de cada casa.

Jurisprudência: direito público subjetivo das minorias - MS 26.441

Objetivo: apurar fato determinado, não se pode criar CPI para criar fato genérico, exemplo:
criação de CPI para apuração de ocorrência de desvio de dinheiro no Estado.

Prazo: Prazo certo, determinado com limite de prorrogação deste prazo nos limites da
legislatura vigente (mandato de 4 anos). Ou seja, a CPI pode se estender até o final da
legislatura vigente.

Poderes: Poder de investigação próprio das autoridades Judiciais.

 A CPI não julga ninguém, apenas apura como se fosse um delegado na esfera policial,
deixando para o juiz julgar.

 A CPI faz um relatório com motivação e encaminha o mesmo para os responsáveis.

Jurisprudência
Cláusula de reserva constitucional de jurisdição/Postulado de reserva constitucional de
jurisdição

Só o juiz pode decretar:

 Busca e apreensão – art.5, XI, CF  determinação somente do JUIZ (determinação do


Juiz). A CPI não pode decretar busca e apreensão.

 Escuta telefônica – art. 5, XII, CF  autorização do JUIZ.


A CPI pode requisitar o dados telefônicos, ou seja, informações de dados. Exemplo:
dados para saber que o número X ligou para o número y. Sendo vedada a escuta ou a
interceptação telefônica pela CPI.

IMPORTANTE: As comissões parlamentares de inquérito, embora possam determinar


a quebra do sigilo telefônico (= registros telefônicos), não detêm competência para a
realização de interceptações telefônicas, modalidade sujeita à reserva de jurisdição. O mesmo
se diga quanto às escutas e gravações telefônicas, também adstritas à ordem judicial.

 Ordem de prisão, salvo flagrante delito – art. 5, LXI, CF.


Se não for em flagrante (exemplo: desacato), somente o juiz poderá decretar a ordem
de prisão.

Casos de transgressão competente.


Decretação estado de defesa e prisão 136, §3, I, CF.

Quebra do Sigilo Bancário Dados bancários


A CPI tem poder para decretar quebra do sigilo bancário.

(RE 389.808, julgado em 15.12.2010 – art. 5, X versus art. 145, §1, CF – A quebra do
sigilo bancário não pode ser feita pela autoridade tributária, dependendo de autorização pelo
juiz. Ou seja, o auditor tem que solicitar ao juiz).

Essa decisão reflete como?

O entendimento é que o juiz não tem reserva de jurisdição, assim a CPI tem
legitimidade para decretar o sigilo bancário.

IMPORTANTE: A CPI Federal/Estadual/Distrital podem quebrar sigilo bancário.

IMPORTANTE: A CPI Municipal não pode quebrar sigilo bancário, nem administração
tributária, nem MP, polícia judiciária. Ficando a legitimidade da quebra do sigilo bancário para
o juiz, CPI Federal/Estadual/Distrital.

Aula dia 07/05/2014

Suplentes parlamentares não têm prerrogativas.


Parlamentar não pode renunciar prerrogativas.

Art. 27 §1, da CF
Art. 32, §3 – aos deputados distritais aplica-se o disposto do artigo 27, CF.
Art. 29, VIII – somente a inviolabilidade material.

Perda do mandato do parlamentar (deputado ou senador)

 Cassação do mandato
 Extinção do mandato

Artigo 55, §2, CF: A perda do mandato será DECIDIDA pela câmara dos deputados ou câmara
dos senadores, por maioria absoluta, sendo votação aberta. Aqui a decisão parlamentar tem
natureza constitutiva.

Artigo 55, §3, CF: A perda do mandato será DECLARADA. Declarar significa reconhecer algo que
já existe. Sendo assim, tem natureza declaratória.

A condenação penal transitado em julgado significa a perda automática do mandato?

Art. 55, VI, CF: condenação penal em sentença transitado em julgado  art. 55, §2, CF –
Decidida.

OU

Art. 55, IV, CF: perda do mandato na hipótese de ter direito políticos suspensos – art. 15, III, CF
 art. 55, §3, CF – Declarada.

Momento 1 – AP 470 – 17.12.2012

Aplica-se o artigo 15, III, c/c 55, IV, CF


Artigo 55, §3, CF  a perda do mandato é automática.

Momento 2 – AP 565 - 08.08.2013 – Senador Ivo Cassol – cassado

Aplica-se o artigo 55, VI, CF


Artigo 55, §2, CF  a perda será decidida pela Casa.
Este é o atual entendimento do STF.

A perda de mandato federal na hipótese de sentença penal transitado em julgado não é


automática.

De acordo com o artigo 55, VI, CF c/c artigo 55, §2, CF a perda do mandato será decidida pela
casa.

A partir da aprovação da emenda constitucional de 2013 – a apreciação será pelo voto aberto,
pela maioria absoluta dos parlamentares.

IMPORTANTE: A art. 55, VI, CF é regra especial que prevalece sobre a regra geral do artigo 15,
III, CF c/c artigo 55, IV, CF.
Art. 56, I, CF  Parlamentar que se torna Ministro do Estado não perde o cargo, porém a
peculiaridades estão suspensas, em vista que o mesmo não esta exercendo tal cargo.

Art. 55, §4, CF – condição suspensiva

Processo de elaboração de Lei Ordinária e Lei Complementar

Iniciativa geral – art. 61, caput, CF.

Iniciativa concorrente – art. 60, I, II, III, CF  PEC. (1/3 no mínimo dos membros da Câmara dos
deputados ou da Câmara dos Senadores).

Art. 61, §2, CF – iniciativa privada (reservada ou exclusiva)


Estados-membros, DF e município – simetria com o modelo federal (chefes do Executivo).

Art. 61, §1, II “d”, CF -

Lei 75/93 organização

O MP do DF quem administra é a União  Presidente da Republica com PGE.


O MP dos Estados quem administra é a União  Governador juntamente com PGJ. (confirmar
se é o PGJ mesmo).

Aula dia 14/05/2014

Art. 93  Estatuto da Magistratura

Artigo 51, IV e 52, XIII, ambos da CF.

1- Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços  através de RESOLUÇÃO.

2- Cuidado: A fixação da remuneração dos cargos empregos e funções de seus serviços se


estabelecem por meio de lei, de iniciativa da câmara (quando forem os cargos da
Câmara) ou do Senado (quando forem os cargos do Senado).

Aula dia 21/05/2014

Artigo 66, CF

Apresentado o projeto o presidente tem 15 dias para tomar uma decisão sobre o projeto o
mesmo. Se vetar tem 48 horas para comunicar os motivos do veto para o presidente do
Senado (também é o presidente do Congresso Nacional).

Características do veto:
I. Sempre expresso. Não existe veto tácito. O silêncio do presidente importará (...).
II. Sempre motivado. Não existe veto sem motivação. Por isso é exigido o prazo de 48
para apresentação da fundamentação ao presidente do Senado (também
presidente do Congresso Nacional).
a. Veto político: O projeto de lei é contrário ao interesse público.
b. Veto jurídico: O projeto de lei é inconstitucional. Controle prévio/preventivo.

III. Supressivo – Ou seja, não existe a hipótese de adicionar texto por parte do chefe
do poder executivo.
IV. Total ou Parcial – Texto integral. Ou seja, não existe veto de palavras.
Do império até EC 1/26 o veto era somente (...).
“Riders” – “Caudas orçamentárias”
“Pingentes” – “Disposições parasitárias”.
V. Superável ou Relativo – Não existe hipótese de veto absoluto. Necessariamente
deverá ser analisado pelo Congresso Nacional. Salvo, no conselho de segurança da
ONU.
Durante a ditadura vislumbra se uma hipótese de veto absoluto que foi
denominada de “pocket veto” (veto embolsado). Que era quando o congresso
estava em recesso, assim não sendo analisado o veto.

O veto será analisado pelo CN – Congresso Nacional:


I. Sessão conjunta;
II. Prazo de 30 dias a contar do seu recebimento;
III. Poderá o veto ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos deputados e
senadores;
IV. Votação será ABERTA (também chamada de votação ostensiva) (EC 76/2013).
V. Não apreciado no prazo de 30 dias, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobre todas as demais preposições até sua votação final.

 MS 31816

Promulgação: É um ato formal que atesta a existência valida da lei e sua executoriedade.
Conforme artigo 66, §7, CF:
 Promulgação em 48 pelo presidente da república
 Não fazendo o presidente deverá o presidente do Senado Federal promulgar em 48
horas
 Não fazendo o presidente do Senado Federal deverá o vice – Presidente do Senado
Federal no prazo de 48 horas promulgar.

Artigo 66, §5, CF – Se o veto não for mantido é igual a sanção, será o projeto enviado para
promulgação .
Artigo 66, ª6, CF - Se a lei não for promulgada.

Publicação: Modo que se da conhecimento do ato normativo.


Em 45 dias, salvo sentido contrário.
Em estados estrangeiros o prazo é de 3 meses.

Até aqui o projeto de Lei Ordinária e Lei Complementar é tudo.

A única diferença é no momento de apreciação das mesmas.


Lei Ordinária Lei complementar
Quorum de instalação da Maioria absoluta - Art. 47 Maioria absoluta - Art. 69
sessão de votação
Quorum de aprovação Maioria simples ou absoluta Maioria absoluta

IMPORTANTE: Não existe hierarquia entre lei ordinária e lei complementar.

EMENDAS A CONSTITUIÇÃO
São frutos do poder constituinte derivado reformador, também chamado de poder de 2 grau,
poder constituído, poder instituído e poder secundário. Todos esses nomes dão a entender
que esse poder é subordinado e limitado juridicamente.

Não existe sanção ou veto na elaboração das ECs.

Iniciativa – art. 60, I, II, III, CF


Quorum de aprovação – art. 60 aprovado em 2 turnos, por 3/5. Lembrando que deverá haver
um espaço de tempo entre um turno e outro de acordo com o regimento interno do
parlamento. O STF já admite os 2 turnos no mesmo dia devido a emergência.
Promulgação – art. 60, §3, CF
Proposta de emenda rejeitada ou Havida por prejudica – art. 60, §5º - ver artigo 67, CF  Na
sessão legislativa seguinte, sem qualquer exceção.

Aula dia 04/06/2014

Limitação temporal: período que a CF não pode ser modificada, ou seja, ela se torna
imutável/granítica/intocável.

Teoria da Dupla Revisão

1º. Faz a revisão retirando a limitação.


2º. Faz a revisão daquilo que se queria mesmo, agora permitido devido a 1ª revisão.

Não se admite aplicar a teoria da dupla revisão.

Tratados internacionais
Todo tratado deve ser aprovado pelo Congresso Nacional

Tratado internacional comum


Equivale-se a uma lei ordinária Decreto legislativo por maioria simples.

Tratado internacional de direitos humanos


a. Aprovado por 3/5 em dois turnos = Equivale-se a uma emenda constitucional.
b. Não aprovado = Estão acima da lei e abaixo das emendas constitucionais (e tratado
internacional de direito humano aprovado pelo congresso).
IMPORTANTE: A prisão civil do depositário infiel é constitucional, porém, depende de
lei ordinária. E as lei ordinárias que relacionadas a prisão civil estão paralisadas devido
ao “Pacto de San José Costa” está acima das lei ordinária (é supralegal).  Súmula
vinculante 25  É ilícita porque não tem lei.

Concluindo: é ilícita mais é constitucional.

LEI DELEGADA

Quem solicita é o Presidente da República e quem delega é o Congresso Nacional.

Existem 2 forma de delegação:


a. Típica – é quando o CN ao delegar atribuição ao presidente da repúlica dispensa o
controle posterior sobre a lei delegada.
b. Atípica – é quando determina a elaboração da lei determina, mas estabelece a
apreciação sobre a mesma aceitando ou não.

Artigo 68º §2 e §3 – A delegação terá a forma de resolução.

É esta resolução que determina ou não a apreciação da lei delegada, elaborada pelo
Presidente da República pelo CN.

Na hipótese de delegação atípica o Congresso Nacional o fará em votação única e é


vedada qualquer emenda.

Na delegação atípica há uma inversão no processo legislativo porque “o CN é quem


sancionará a lei delegada”

Lei ordinária Quem sanciona ou veta é o Presidente da República  CN

Lei delegada – delegação atípica – CN  Presidente da república.

*O presidente da república não é obrigado a elaborar a lei delegada.

Limitações materiais – art. 68, §1 CF, eles são:

 Atos de Competência exclusividade do CN – artigo 49, CF.


 Competência privativa da câmara – art. 51, CF.
 Competência do Senado Federal – art. 52, CF.
 Matéria reservada a lei complementar. Exemplo: Normas gerais de Direito
Tributário.

Inciso I –
Inciso II –
Inciso III –

MEDIDA PROVISÓRIA
Editado pelo Presidente da República. Ou seja, é o EXECUTIVO legislando.

Artigo 62, caput da CF  Presidente da república edita e posteriormente submete ao


Congresso Nacional.
O governador do Estado pode editar medida provisória, se estiver expressamente na
constituição do Estado e, se os requisitos estão assimétricos no plano estadual (se estão
preenchidos no plano estadual).

Pressupostos: relevância e urgência.

Por regra, a Medida Provisória não pode tratar sobre matéria orçamentária de acordo com o
artigo 62, §1, I, “d” CF.

Artigo 167, §3 da CF: imprevisibilidade e urgência.


Imprevisibilidade: decorrente de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Urgência:

Prazo da medida provisória: prazo de vigência é de 60 dias. Ultrapassando este prazo e o CN


não apreciar ocorrerá a prorrogação por mais 60 dias.
 Responder em provas que o prazo é de 60 dias prorrogável por mais 60 dias.

Se o CN não fazer decreto legislativo no prazo o que acontecerá?  Artigo 62, §11, CF.

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Não anotei essa aula

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Aula dia 18/06/2014

Art. 31 da CF

Art. 128 CF – existem dois MP, sendo eles:

a. O da União (MPF, MPT, MPM e MPDFT) e o Estadual.


b. O Estadual

MP Especial – artigo 130 – Tribunal de contas.

OBS: O MP e o tribunal de contas (MP especial) tem natureza jurídica de órgão jurídico
brasileiro.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O exercício do executivo no presidencialismo é monocrático.

No presidencialismo há uma mais nítida separação de poderes do que no parlamentarismo.


Isso porque no parlamentarismo a função de chefe de governo exercida pela primeiro ministro
se dá com o apoio do parlamento.

Chefe de Estado – artigo 84, VII, VIII e XIX.


Chefe de Governo – artigo

Rol do artigo 84 da CF é exemplificativo.


Algumas matérias rol do artigo 84 da CF podem ser delegadas, entre elas: Artigo 84, VI, XII,
XXV, 1ª parte. Elas são delegadas para: Ministros de Estado, PGR e AGU.

Se pode prover o cargo, também pode desprover - RR 633009/2011.

Art. 81, caput – vaga se der nos 2 primeiros anos de mandato  90 dias – eleição direta.
Art. 81, §1 – vaga se der nos 2 últimos anos de mandato  30 dias – eleição indireta.

O novo presidente terminará o mandato (mandato tampão).

MINISTRO DE ESTADO

O Ministro do Estado é um auxiliar do presidente da república.

Requisitos para ser ministros de Estado – artigo 87, CF:


a. Brasileiro
b. Maiores de 21 anos
c. Exercício dos direitos políticos

IMPORTANTE: O ministro de Estado da defesa deve ser brasileiro NATO – artigo 12,
§3, VII, CF.

Crimes de comum e de responsabilidade – artigo 102, I, “c” do STF.

Salvo se o crime de responsabilidade for conexo com aquele praticado pelo presidente da
república – O senado Federal julgará - conforme artigo 52, I, CF.

O Ministro de Estado não se submete a lei de improbidade administrativa, responde somente


pela lei de responsabilidade.

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2º SEMESTRE – DIREITO CONSTITUCIONAL – PEDRO LENZA

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Crime Comum e Crime de Responsabilidade

Crime Comum Crime de Responsabilidade


É aquele crime que não seja de Artigo 85 da CF – atos do presidente da
responsabilidade política administrativa república que atentem contra a constituição
e especialmente... do inciso I ao inciso VII.
Art. 85, § único Lei 1079/1950 – Lei de
Responsabilidade.

AD 2220
Súmula 722 STF – são da competência
legislativa da União a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das
respectivas normas de processo e
julgamento.

A competência para julgar crime comum é do A competência para julgar crime de


STF conforme artigo 102, I, “g”, CF. responsabilidade é do SENADO FEDERAL,
fato atípico de natureza jurisdicional pelo
legislativo.

Quórum de 2/3 dos Senadores.

A condenação será por meio de resolução.

O presidente do STF irá presidir o julgamento


no Senado Federal.

Artigo 51, I, CF - Competência da câmara dos deputados para autorizar por 2/3: Crimes do:
Presidente da República, Vice Presidente da República e Ministros de Estados. Se não for
autorizado o processo termina (arquiva-se).

Aqui há procedimento bifásico – momento de pronúncia e momento de julgamento.

Artigo 86, §2, CF – O presidente da republica ficará afastado de suas atribuições pelo prazo de
180 dias. Terminado este prazo e o processo ainda não concluído, cessará o afastamento.

- Aqui é uma exceção da regra do artigo 81, CF, pois tem a possibilidade do afastamento
acima de 30 e 90 dias.

 Regra especial vigora sobre regra geral.

Pena – aplica o código penal. Penas – artigo 52, paragrafo único.

A perda do cargo é efeito da sentença penal  Perda do cargo,


condenatória transitado em julgado.
 Inabilitação por 8 anos para o
exercício de função pública, sem
prejuízo das sanções administrativas.

- Ambas penas autônomas.

- Artigo 15 da lei 1079/50 – “A denúncia


(impeachment) só poderá ser recebida
enquanto o denunciado não tiver por
qualquer motivo deixado definitivamente o
cargo”.

Na vigência do mandato o presidente só poderá ser responsabilizado por fato que tenham
relação com o exercício das suas funções.

“In officio/propter officin”

Prisão do presidente da república – art. 86, §3 – enquanto não tiver sentença condenatória.
Assim não se aplica prisão preventiva ou prisão cautelar ao mesmo.

Se o senado federal condenou o presidente, nada pode ser feito pelo poder judiciário para
modificar o mérito da questão. Assim, não cabendo qualquer recurso contra eventual
condenação. Se ocorrer alguma ilegalidade processual caberá um mandado de segurança, por
exemplo.

PODER JUDICIÁRIO

O CNJ não exerce jurisdição. O CNJ faz um controle administrativo.

Aula 13/08/2014

A sentença produzida em outro país não vale no Brasil devido a soberania do Brasil.
Entretanto, para que a sentença de fora seja valida aqui é preciso de homologação de
sentença estrangeira e concessão de ezequatro para o seu cumprimento.

Qual o procedimento para essa homologação?


(pesquisar isso)

O Brasil se submete à jurisdição de tribunal penal internacional cuja criação tenha manifestado
adesão conforme artigo 5, §4 da CF.  O Brasil não precisa homologar esta, pois o Brasil se
submete a ela.

Crimes que são julgados pelo Tribunal Penal Internacional estão previsto no “Estatuto de Roma
– Decreto 4388/02”:

a. Genocídio
b. Crimes contra humanidade
c. Crimes de guerra
d. Crimes de agressão
Princípio da complementaridade – conforme art. 1 do Estatuto de Roma: O TPI só atua no
caso de incapacidade ou omissão da justiça do país.

Princípio da cooperação – conforme art. 86 do Estatuto de Roma.

O cumprimento de pena do TPI pode ser submetido em qualquer país.

Petição 4625 – Problemáticas:

1. O artigo 77, 1, “G” que trata da possibilidade de prisão perpétua.


X
Artigo 5, XLVII, “G”, da CF que veda a possibilidade da prisão perpétua.

2. O artigo 2 do Estatuto de Roma permite o reexame de questões já decididas.


X
Transitado em julgado do ordenamento brasileiro.

3. O artigo 27 do Estatuto de Roma informa sobre a irrelevância da qualidade oficial.


X
Prerrogativa de foro.

4. No artigo 89, 1, do Estatuto de Roma que fala em entrega de nacional ao TPI.


X
Artigo 5, LI e LII – extradição.

Federalização dos crimes contra Direitos Humanos

Procurador Geral da República  tratados de direitos humano  perante o STJ suscitar


em qualquer fase do inquérito ou processo  Incidente de Deslocamento de Competência
para a justiça Federal.

Legitimados para esta ação: Procurador Geral da República


Competência: STJ
Hipóteses: Grave violação de direitos humanos
Finalidade: Assegurar o cumprimento das obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos.
Deslocamento da competência: Da justiça Estadual para a justiça Federal.

Exemplo de deslocamento: Assassinato de Dorothy Stang – A justiça Estadual do Pará não


estava sendo omissa ou inerte.

Exemplo 2: Assassinato do vereador Manoel Bezerra de Mattos Neto – O STJ determinou o


deslocamento devido a inércia do Estado X.  Foi montado o júri na justiça Federal.

ADI 3486 e ADI 3493 questionam o IDC - Incidente de Deslocamento de Competência para a
justiça Federal.
NOVIDADES DA EC – 45/2004

1- SÚMULA VINCULANTE

A súmula vinculante foi introduzida no ordenamento jurídico Brasileiro pela EC 45/04.

A súmula (não vinculante) 1 de 370 foram feita todas no ano de 1963  chamadas de Súmulas
da jurisprudência predominante do STF  Ministro Victor Nunes Leal.

Esta súmula mesma não sendo vinculante ela é impeditiva, pois impede recursos de sentenças
que estão em conformidade com estas súmulas. Sendo assim é apenas um efeito processual.

Outro efeito processual é que o juiz pode decidir monocraticamente apelação no tribunal se já
tiver súmula em conformidade com o caso. Assim, não se sujeito a decisão colegiada.

Art. 103 – A da CF

Só o STF pode editar Súmula Vinculante


A edição se dá de oficio ou provocação

Legitimados para provocar a edição, revisão ou cancelamento:


1. Os mesmos que podem propor ADIN conforme artigo 103 do CF;
2. Os que vierem indicados na lei 11.276/2006:
a. Defensor Público Geral da União – PGR,
b. Os Tribunais de forma geral – TJ, TJDF, TRF, TRT, TER e tribunais militares.
c. Os municípios, incidentalmente ao curso do processo em que seja parte.

Aula 14/08/2014

Objeto da proposta de edição, revisão ou cancelamento de súmula vinculante são:


 Validade;
 Intepretação e;
 Eficácia de normas determinadas, buscando afastar grave insegurança jurídica e
relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

Requisito formal:
 Matéria constitucional;
 Reiteradas decisões sobre questão contravertida e;
 Quórum de 2/3.

- Súmula vinculante 11 STF.

Controle de constitucionalidade – ADI = art. 97 – maioria absoluta (pelo menos 6 votos).


Súmula Vinculante = 2/3 = pelo menos 8 votos.

Efeito vinculante
Em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à Administração Pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal.

- 103-A, § 3, CF – reclamação.
Súmula Vinculante 33 – Trata da aposentadoria especial do servidor público.

Reclamação contra omissão ou ato da administração pública – art. 7, §1 da lei 1147/06 - Só


será admitida após o esgotamento das vias administrativas.

Descumprimento da súmula vinculante pelo administrador


De acordo com o artigo 64-B da lei 9784/99 o administrador responde pessoalmente nas
esferas cível, administrativa e penal.

Acolhida a reclamação, o STF dá ciência à autoridade e manda adequar as futuras decisões


administrativas.

Descumprimento da súmula vinculante pelo juiz


Não previsão em lei.

- HC 90451 – definiu a competência justiça federal.

IMPORTANTE: A súmula vinculante em matéria penal não precisa respeitar a retroatividade


que se aplica na lei penal.

- O artigo 35 da LC 35/79 – “Loman” - dever do magistrado de cumprir, com exatidão as


disposições legais.

- Artigo 2º do Código de Ética da Magistratura.

Parâmetros para o juiz responder:


 Ato infundado
 Ato reiterado
 Ato doloso
 Ato desproporcional

OBS: O executo quando cria uma medida provisória não está vinculado as súmulas.

2 - MILITARES

Justiça castrense = justiça militar

Plano da União: Marinha, exercito e aeronáutica.


Plano dos Estados: Corpo de bombeiros e polícia militar.

Quem julga o militares da União é a Justiça da União – 1º instância  STM  STF


Quem julga o militares dos Estados é a Justiça do Estado – 1º instância  TJM ou TJ  STJ

O TJM existirá nos Estados acima de 20 mil integrantes.

A justiça militar da União conforme artigo 124, caput, da CF, julgará:


 Os crimes militares definidos em lei (código militar);

- Art. 9, III, do Código Militar.


- Art. 9, parágrafo único – REGRA – Crime doloso contra a vida - Competência da justiça
comum  Júri.

Exceção a regra do júri: Conforme artigo 303 da lei 7.565/86 (código brasileiro de aeronáutica)
– Mesmo na hipótese de Crime doloso contra a vida praticado por militar da União contra
civil – competência da Justiça Militar.

Aplica-se essa exceção quando aeronave é classifica como hostil  seu último recurso é o
abatimento/destruição da aeronave – Lei do abate - 9.614/98.

- A justiça militar da União só tem competência criminal.

A justiça militar dos Estados conforme artigo 125, §4, julgará:


 Os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais
contra atos disciplinares militares;

IMPORTANTE: Conclusão, a justiça militar da União pode julgar cívil (pessoa comum).
Entretanto, a justiça militar dos Estados não julga cívil (pessoa comum).

A justiça militar Estadual julga também ação de natureza cível.

Crime doloso contra a vida praticado por militar estadual – a competência depende da vítima:
se a vítima for militar, competência militar. Se a vítima for cívil é o tribunal do júri.

Art. 125, §5 – Compete ao juiz de direito do juízo militar processar e julgar crimes militares
praticados por militar estadual cometido contra civil. Salvo, a competência do júri quando o
militar praticar crime contra a vida contra vítima cívil.

O juiz de direito do juízo militar também tem competência para Ações contra atos
disciplinares.

Quando o julgamento for pelo Conselho de Justiça (órgão de julgamento da justiça militar) –
presidido pelo juiz de direito togado  competência  julga demais crimes militares.

- Nesse conselho de justiça tem os juízes não togados (militares leigos).


- Nesse modelo de julgamento tem a possibilidade do julgamento ser por escabinato (o valor
do voto do juiz togado tem o melhor valor do juiz leigo).

Aula 20/08/2014

3 - JUSTIÇA DO TRABALHO

É uma justiça especializada.

Art. 111, CF – De acordo com este artigo a justiça do trabalho é composta pelos órgãos listados
abaixo:

 TST
 TRT
 JUÍZES DO TRABALHO
Composição do TST: 27 ministros (era 17 e virou 27 porque faltava 10 juízes togados, sendo
que antes existia a figura do juiz classista).

Desses 27 ministros:

 1/5 de advogados e membros do Ministério Público do Trabalho.


 4/5 de juízes dos TRTs, oriundos da magistratura do TRT – pela carreira da
magistratura - concursados.

 Mais de 35 anos e menos de 65 anos de idades


 Aprovados perante sabatina, maioria absoluta no Senado Federal.

Art. 114, CF – competência da justiça do trabalho.

Jurisprudência em relação a competência:

- Servidor público X Administração Pública = Justiça Comum

- Indenização por dano moral e material decorrente de acidente de trabalho = justiça do


trabalho

De acordo com a súmula vinculante 22 STF - No advento da emenda 45 que mudou a


competência de indenização para a justiça do trabalho os processos que já tinham sentença de
mérito continuavam na justiça comum, os pendentes transferiram-se para a justiça do
trabalho.

- Competência da justiça do trabalho em situação que o empregado morreu e ficou o direito de


ação para familiares.

- Competência criminal na justiça do trabalho jamais ocorrerá.


O MPT não pode apurar qualquer crime. O que o MPT deve fazer é oficializar/comunicar ao
MP para eventual averiguação.

Súmula 363 do STJ – Competência da justiça Estadual - ação de cobrança por profissional
liberal contra cliente.

 A justiça do trabalho julga HC, MS.

- A justiça de trabalho julga ações que envolvam direito de greve da iniciativa privada –
piquetes – AÇÃO POSSESSÓRIA - conforme súmula vinculante 23 STF. Sendo servidor público é
Justiça Estadual.

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