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1.

Inibe o sistema imunitário


O consumo excessivo de açúcar reduz a capacidade de combate dos glóbulos brancos às
bactérias, o que irá resultar numa incapacidade do organismo na resistência a doenças
infecciosas. O sistema imunitário é a nossa primeira linha de defesa contra tudo, desde
doenças menores, como uma constipação ou gripe, para doenças potencialmente fatais
como o cancro. Não é possível ser completamente saudável, se o sistema imunitário
estiver comprometido.

2. Agrava a asma e alergias


Incluir açúcar na sua alimentação é um factor que contribui para o desenvolvimento de
asma. Crianças que consomem grandes quantidades de açúcar diariamente, têm mais
problemas nas vias respiratórias. O açúcar em excesso pode também resultar em
reacções alérgicas, tais como eczema, sinusite e asma.

3. Aumenta o risco de Alzheimer


O açúcar e outros hidratos de carbono podem perturbar a sua função cerebral. A longo
prazo, o açúcar pode contribuir para uma redução do hipocampo levando ao aparecimento
da doença de Alzheimer.

4. Aumenta a hiperactividade e causa diminuição do


desempenho e aprendizagem nas crianças
Sendo uma fonte de energia, entra na corrente sanguínea rapidamente após a sua
ingestão, provocando uma descarga de adrenalina. Esta descarga de adrenalina, pode
muitas vezes levar a um comportamento hiperactivo nas crianças, resultando numa
diminuição do desempenho e aprendizagem.

5. Afecta a visão e pode provocar miopia


O consumo excessivo de açúcar é a principal causa da miopia em crianças. As dietas
modernas ricas em açúcar e amidos refinados estimula a produção de um composto
semelhante à insulina 1 (IGF-1). Demasiado IGF-1 estimula o crescimento em excesso do
globo ocular durante o seu desenvolvimento. Isto afecta o desenvolvimento do globo
ocular, tornando-se anormalmente longo, um defeito característico da miopia.

6. Alimenta as células cancerígenas


As células cancerígenas dependem fortemente de açúcar ou glicose para a produção de
energia. Uma vez que as células cancerígenas existam no corpo, dependem do consumo
constante de glicose para o fornecimento de energia. Assim, reduzindo o consumo de
açúcar e hidratos de carbono, a proliferação de células do tumor pode abrandar, parar e
ser invertida.

7. Afecta os ossos e dentes


O açúcar promove as cáries e a osteoporose. Não é apenas a viscosidade do açúcar que
faz com que as bactérias destruam o esmalte. O seu consumo provoca variações de
açúcar no sangue influenciando os índices de cálcio e fósforo. O fósforo é um mineral que
é importante para facilitar a absorção de cálcio, logo o excesso de açúcar inibe a absorção
de cálcio.
Prolongadas alterações de açúcar no sangue irão fazer com que o organismo retire o
cálcio que necessita dos ossos e dos dentes, causando cáries dentárias e perda de massa
óssea.

8. Problemas cardíacos
O consumo de açúcar aumenta o risco de morte por doença cardíaca. Pessoas que
consumam cerca de 15% das suas calorias diárias através do açúcar, têm um risco maior
de morrer de doença cardíaca.

9. Aumenta o risco de diabetes tipo 2


A ingestão de açúcar pode ser directamente ligada à diabetes. Dados sobre a
disponibilidade de açúcar e a taxa de diabetes, reunidos ao longo de 10 anos num total de
175 países, mostra que a taxa de diabetes aumentou quando a população estava exposta
ao excesso de açúcar, e diminuiu quando o consumo de açúcar caiu.

10. Provoca envelhecimento prematuro


Além de o colocar em elevado risco de muitas doenças degenerativas e crónicas, uma
alimentação rica em açúcar também faz com que a pele envelheça. O açúcar também
desactiva as enzimas antioxidantes naturais do seu corpo, deixando-o mais vulnerável a
danos do sol - a principal causa do envelhecimento da pele.

Recentemente, a organização mundial da saúde (OMS) publicou novas diretrizes1 com


recomendações para limitar o consumo de “açúcares livres”, ou seja, carboidratos simples
que são adicionados artificialmente durante o processamento industrial dos alimentos. A
OMS, em parceria com sua divisão de agricultura e alimentos (FAO – Food and Agriculture
Organization), afirmam que o consumo de mais de 10% do total de calorias diárias na
forma destes compostos pode levar ao aumento de obesidade, doenças não
transmissíveis (diabetes, hipertensão, etc.) e cáries dentárias. Uma recomendação
opcional é feita para limitar este total a não mais de 5%.

A associação entre ganho de peso


e obesidade é já bem reconhecida, mas o papel do açúcar, consumido em quantidades
cada vez maiores desde os anos 1970, como gerador de obesidade e diabetes ainda é
assunto de grande controvérsia. Como o diabetes é popularmente conhecido como o
aumento do “açúcar no sangue”,  é bem frequente o raciocínio dos pacientes de que um
maior consumo de açúcar é o principal fator gerador da doença.

A confusão aumenta com o fato de que, na maioria dos estudos com grupos menores de
pacientes, o papel do ganho de peso, seja este associado ao consumo excessivo de
açúcar ou não, é o fator dominante para aparecimento de diabetes. Maior ainda, se
associado ao sedentarismo. Fatores adicionais como história da doença na família,
estresse, medicamentos e muitos outros podem modificar o risco individual. Assim, é
corriqueiro que os médicos desmintam essa associação entre açúcar e diabetes, e passem
a dar mais ênfase ao controle de peso e pratica de atividades físicas regulares.

Então, como conciliar essa visão com as preocupações da OMS? Uma possibilidade
bastante plausível é a seguinte: do ponto de vista individual, muitos fatores altamente
variáveis competem para o aparecimento do diabetes, sendo o ganho de peso aquele com
maior preponderância. Por outro lado, várias pesquisas feitas com dados populacionais
encontraram associação significativa entre maior consumo de açúcar e doenças crônicas,
inclusive o diabetes. Um interessante estudo2 feito por pesquisadores da Califórnia avaliou
dados de 173 países, provenientes de dados oficiais (urbanização, PIB per capita,
industrialização, envelhecimento, incidência de diabetes) e da FAO (consumo alimentar de
fibras, proteínas, álcool, açúcar refinado e outros), bem como sua evolução durante
período de 2000 a 2010.

Após uma análise estatística cuidadosa e bastante repetitiva, o consumo de açúcar foi
relacionado a maior incidência de diabetes, de forma independente da obesidade,
sedentarismo e consumo de álcool. Tempo mais longo de exposição ao maior consumo de
açúcar teve resultados semelhantes. Os autores tiveram ainda o cuidado de separar
países onde o consumo de açúcar diminuiu durante o período, verificando que nestes a
incidência de diabetes também caiu.

Ou seja, do ponto de vista mais coletivo, onde os fatores individuais são menos
importantes, o consumo excessivo de açúcar pode aumentar o número de novos casos de
diabetes. Diversos mecanismos metabólicos têm sido estudados nos últimos anos
implicando o consumo de açúcar (principalmente aqueles ricos em frutose) com maior
chance de ganho de peso, diabetes, esteato-hepatite não alcoólica, hipertrigliceridemia,
aumento do ácido úrico e hipertensão. Enfim, todos os componentes da chamada
síndrome metabólica.

Ou seja, como conclusão desta polêmica, pelo menos até o momento, podemos dizer que
do ponto de vista individual de cada paciente, dentro do consultório, devemos continuar a
atacar os fatores já consagrados: obesidade e sedentarismo. Porém, para uma estratégia
preventiva eficaz, do ponto de vista coletivo e de saúde pública, talvez deveríamos dar
maior atenção ao crescente aumento na adição de açúcares simples durante o
processamento industrial dos alimentos, bem como ampliar os esforços em educação
alimentar, visando uma escolha mais consciente daquilo que levamos do supermercado
para dentro de casa.

Contra uma doença que se alastra rapidamente e em grande número, apenas com uma
abordagem coletiva e maciça é que poderemos ter esperança de um futuro mais doce,
mas no bom sentido.

Fonte:http://www.diabetes.org.br/diabetes-em-debate/consumo-excessivo-de-acucar-e-
diabetes-a-polemica-revisitada-pela-oms
Em tempos passados, as doenças infecciosas lideravam as causas de mortes. Com os avanços
tecnológicos e controle das infecções, essas causas foram substituídas pela alta incidência das
doenças crônicas não transmissíveis, tais como: obesidade, hipertensão arterial, doenças
coronarianas, diabetes e suas implicações, grande parte delas relacionadas aos hábitos
alimentares, especialmente ao excesso de açúcar e gorduras (LESSA, 1998). Uma das doenças
crônicas, segundo Sartorelli & Franco (2003), é a prevalência do diabetes mellitus tipo 2,
especialmente em jovens. O índice dessa doença crônica tem se elevado devido ao aumento
das taxas de obesidade associada à vida sedentária e as modificações no consumo alimentar.

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