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CURSO DE ORGANOTERAPIA

Coordenação:
ISABEL DE OLIVEIRA HORTA – CRM: 7224

Colaboradores:
ALICE ANTUNES - CRM:
SABRINA MEIRELLES - CRM:

Revisão : Camila de Carvalho


E-BOOK: CAPÍTULO 5
BASES CONCEITUAIS DA ORGANOTERAPIA

Sumário

Introdução 2

Caso Clínico : 3

Motivos frequentes de piora dos sintomas com a LM, FC ou a CH (6). 4

Diagnóstico do medicamento constitucional 5

Protocolo de Tratamento de Doenças Graves com a Associação MC/OT 6

Prescrição da Associação MC/OT na CH (Detalhes vídeo aula) 7

Prescrição da Associação MC/OT na LM 8

De 50 a 90 primeiros dias: 8

Uso de OT nos órgãos não cérebro e não ossos/articulações 9

Considerações finais sobre o protocolo MC/OT na LM 9

Bibliografia 9

1
1. Introdução
A necessidade de associação do Organoterápico ao Medicamento constitucional é
ressaltada por Hahnemman em seu livro Organon (1). O tratamento isolado e localizado
pode levar a graves supressões. Por isto não dissociamos o protocolo da Organoterapia
da Medicina Homeopática Constitucional e condensamos com bastante resolutividade
(2) o Método de Repertorização baseado em 6 Sintomas Indispensáveis, mais rápido e
seguro (resumido logo abaixo).
Antes da criação do aplicativo Veredas, a ficha evolutiva era distribuída aos pacientes,
em cópias impressas da versão no Excel.

Tabela 1 - Versão de ficha evolutiva anterior à criação do aplicativo.

2
A capacitação do preenchimento desta ficha evolutiva para o diagnóstico tanto no
Medicamento Constitucional (MC) quanto no Organoterápico (OT) era tão importante,
quanto para a capacitação no uso do aplicativo Veredas.
Neste aplicativo foi criada a mesma ficha evolutiva já exibida no Excel através da
avaliação numérica de sintomas, baseada na Unified Parkinson Desease Rate Scale -
UPDRS (4) e no Questionário McGill (5), ambos utilizando scores de avaliação com a
escala de zero a 4. A ficha permite também o diagnóstico evolutivo da totalidade
sintomática e, além disto, o registro sim ou não para diagnóstico de 25 situações
frequentes de noxas, capazes de antidotar o tratamento (ver mais abaixo). A memória e
a capacidade de observação dos pacientes melhora sensivelmente com o uso destas
fichas de auto avaliação.
Elas foram colocadas no aplicativo Veredas (6). Ele está disponível por enquanto
apenas como demonstração,em 2 aplicativos, para médicos e pacientes, no endereço
app.clinicaveredas.com na interface/pacientes e app.clinicaveredas.com/admin -
interface/médicos.
Com o aplicativo, podemos diagnosticar e acompanhar a evolução dos pacientes,
com registros numéricos de 7 em 7 dias. Os pacientes escolhem seus sintomas em um
cardápio de mais de 500 sintomas indispensáveis ao diagnóstico tanto do MC quanto do
OT. Há um recurso de adição de novos sintomas que podem ser programados pelos
próprios médicos.
A desconsideração das frequentes infrações às proibições de antídotos ao
tratamento pelos médicos, pacientes, farmacêuticos e secretárias, pode impedir a
eficácia do Método dos 6 Sintomas Indispensáveis (2) e do Método para prescrição de
Organoterápicos, descrito neste capítulo(3). O diagnóstico do MC/OT é feito pelo
paradigma do diagnóstico pela identidade e não apenas da semelhança, como também
pelas bases conceituais do Método do OT presente neste capítulo. Uma apresentação de
caso clínico será feita para demonstrar alguns resultados iniciais já obtidos com a
associação MC/OT e como eles são apresentados nos laudos finais do aplicativo
Veredas.

2. Caso Clínico :
Doença de Parkinson

3
Evolução da Doença de Parkinson (ver vídeo).
D.R, sexo masculino, 66 anos, residente em Belo Horizonte (MG).
Início da doença: 6 anos.
Sentença numérica da 1a consulta = 26 06 2011= 22/6/28
Evolução da Doença de Parkinson
(ver vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=BAN3f8znRts).

No gráfico 1, a evolução dos scores de 3 das 4 categorias de sintomas (Parkinson,


Outros Órgãos, Emocionais), (o paciente não tinha Dores crônicas). O paciente
apresentou uma melhora quase total de todas as categorias de sintomas que apresentava
no início do tratamento.

Gráfico 1 - Evolução da média dos sintomas

3. Motivos frequentes de piora dos sintomas com a LM, FC ou a CH


(6).

I. Passar da melhor potência necessária ao equilíbrio de cada categoria de


sintomas.
II. O paciente subestima ou superestima numericamente as melhoras e pioras e
geram condutas equivocadas. Toda doença incurável ou difícil de ser curada,
gera o processo da negação. O paciente tende a colocar zero ou scores muito
mais baixos, como defesa emocional para sobreviver com o diagnóstico. Uma
conversa mostrando que a doença é tratável, (a experiência bem sucedida com
200 parkinsonianos, por exemplo, que tiveram alta com scores de 1 a zero nos
sintomas da doença, geram imediatamente, avaliações mais verdadeiras).

4
III. Erro da farmácia (LM envolve uso de muitas matrizes no mesmo vidro e
demanda atenção para colocar todas as matrizes da receita e para registrar todas
na etiqueta do vidro).
IV. O paciente toma as LM ou CH anteriores e as últimas prescritas ao mesmo
tempo, por guardá-las no mesmo lugar.
V. Vidro mal conservado (raramente ocorre).
VI. Falta de preenchimento da ficha e impossibilidade de verificar correlações entre
as evoluções de cada prescrição.
VII. Tomadas de medicamentos por conta própria.
VIII. Impressões subjetivas dos pacientes sobre pioras e melhoras.
IX. Uso de produtos canforados.
X. Supressão de tratamento localizado de micoses com alopáticos.
XI. Ressonância magnética; uso de marca passo ou válvulas de derivação, eletrodos
nas articulações, acupuntura com choques, uso constante de celular. Não há
dúvidas sobre influência negativa do uso do microondas.
XII. Efeitos de anti-dotagem, efeitos colaterais e demais interações com
medicamentos homeopáticos e alopáticos, vacinação.
XIII. Perdas, separações, tendências depressivas, conflitos. Estudo anterior de 129
pacientes com osteoartrose, mostrou que a maioria dos abandonos de tratamento,
coincidiram com as piores avaliações de sintomas emocionais na primeira
consulta..
XIV. Demência em Parkinson: Intoxicações por organofosforados ou
clorados,presença de cloro, endotoxinas, detergentes e sabões na água potável ou
alimentos, .
XV. Alteração equivocada dos medicamentos ou de suas doses alopáticas.
XVI. Alteração das frequências de qualquer terapia do movimento ou equilíbrio
(fisioterapias, hidroterapias, acupuntura, caminhadas, etc).

Vamos passar agora a uma rápida revisão da anatomo-fisiologia do cérebro para


fundamentar nela os princípios que regem a prescrição dos organoterápicos.

4. Diagnóstico do medicamento constitucional


Os itens abaixo são minuciosamente discutidos no Capítulo 4 do E-book.

I. Pressupostos de identidade.
II. Elementos de semelhanças e diferenças no aplicativo do médico.
III. A árvore dos sintomas caracterológicos: Introversão e Extroversão.
IV. A árvore dos sintomas característicos INDISPENSÁVEIS de semelhança e
diferença.
V. Síndromes mínimas de valor máximo e sintomas indispensáveis: (Eugenio
Candegabe/ Voisin).

5
5. Protocolo de Tratamento de Doenças Graves com a Associação
MC/OT

Diagnóstico do OT na CH ou na LM:
Anatomo-fisiopatologia do cérebro e Métodos de tratamento

Figura 1 - Lobos Cerebrais

Modelo do Cérebro Doente e sadio:


Substância Negra é uma porção heterogênea domesencéfalo responsável pela produção
de dopamina nocérebro.
Porção compacta= Melanina-Dopamina: Conexões com N. Caudado e Putamen.
Porção reticulada ventral= Gaba-(efeito inibidor do SNC e da rigidez muscular, como a
dopamina) Conexões com tálamo e globo pálido.

Tabela 2- Indicações de preparados organoterápicos utilizados no estudo.

6
Exemplo de prescrição da Associação MC + OT na CH
July, 25, 2016

Uso Oral

Vidro 01=Staphysagria + Cérebro + Artérias + Artérias Cerebrais 14CH ou LM2(14


gr. glóbulos).
Tomar 2 glóbulos dose única de cada vidro só hoje ou ver prescrições na LM exibidas
logo abaixo.

Vidro 02=OT de Tecido Ósseo + Tendões + Ligamentos + Cartilagem+ Tecido sinovial


e cápsula + Fibras Musculares +Disco Intervertebral + Articulação Coxo Femoral +
Articulação dos joelhos + Articulação do ombro +Plexo Lombar + Plexo Sacral +
Plexo Braquial 14CH ou LM2.
Tomar 2 glóbulos dose única de cada vidro,só hoje ou ver prescrições na LM exibidas
logo abaixo.

Vidro 3-1ª dose de Hammamelis + Aesculus Hipocastannus + OT de Veias +


Colesterol+ S. Officinalis 9CH (25 07 2016)
Tomar 2 1x por semana ou ver prescrições na LM exibidas logo abaixo.

6. Prescrição da Associação MC/OT na CH (Detalhes vídeo aula)

Os melhores resultados da Associação MC/OT, na maioria dos casos apresentou


resolutividade semelhante ao gráfico 1, já exibido.

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As prescrições na CH foram feitas em doses únicas, tanto para o MC quanto para o OT.
As potências entre as prescrições foram aumentadas lenta e gradativamente de 2CH em
2CH, da 6CH a 36CH. A maioria das altas do tratamento pela associação MC/OT, se
deu na experiência dos últimos 6 anos, a partir de 2013, no intervalo destas CHs.
Alguns hipersensíveis exigiram iniciar com a 6CH ou 9CH, ou mesmo com decimais.
A procura dos melhores espaçamentos entre as doses foi feita de forma individual
(informação dada pela Ficha evolutiva no excel ou pelo aplicativo Veredas):
As potências entre as doses não foram aumentadas antes dos retornos de sintomas já
melhorados (informação dada pela Ficha evolutiva no excel ou pelo aplicativo
Veredas). Na maioria dos casos, o intervalo de duração da dose única entre o aumento
ou mesmo repetição das doses variou entre 30 a 180 dias após a última dose única.
Houve casos de durações da 6CH de 30 dias!!!11 (casos de Parkinson, pois o Cérebro é
lento para adoecer ou para se curar).

7. Prescrição da Associação MC/OT na LM

Até 50 dias-Individualizacao da potência inicial LM e de seu melhor espaçamento


inicial (T2 ou T3).
1º dia -No mesmo vidro= Medicamento constitucional + OT de substância cinzenta +
Diencéfalo + Lobo frontal + Lobo Parietal + Artérias LM2- ãã 20 ml a 30%-1 vd =1
dia sim e 2 dias não (T2).

8º dia= Mesmo medicamento -Medicamento constitucional + OT de Substância branca


+ substância cinzenta (negra)+ Diencéfalo + Lobo frontal + Lobo Parietal + Artérias
LM2- 1 dia sim e 3 dias não (T3).

15º dia = ver na ficha evolutiva do Excel ou no aplicativo Veredas, em qual período se
obteve a menor média final para os sintomas de Quadro Parkinsoniano: observação de 3
dias na LM2 e de 3 dias na LM3. A seguir, desprezar o espaçamento que provocou
média maior dos sintomas de Parkinson eescolher a LM que obteve a menor média dos
sintomas, no melhor espaçamento obtido (T2 -1 dia sim e 2 dias não ou T3- 1 dia sim e
3 dias não) para tomar nos próximos 15 dias.

50º dia-Aumentar a mesma fórmula para LM4- no melhor espaçamento já "sugerido“ na


primeira quinzena (LM2 ou LM3 (T2 ou T3). Manter este espaçamento se as melhoras
sucessivas continuarem. Se houver estabilização ou piora, tentar T4, T5 etc. Ou voltar
para o T abandonado na primeira quinzena por ter sido considerado pior.

8. De 50 a 90 primeiros dias:

Só aumentar LM, se a cada espaçamento de 50 dias, o paciente ainda tiver sintomas


acima do 2 (avaliação de zero a 4).

8
9. Uso de OT nos órgãos não cérebro e não ossos/articulações

MC + OT + NOME DO ÓRGÃO:
Ex: MC + OT de esôfago, estômago, ceco, cólon, Pulmões , brônquios,Traquéia, cordas
vocais, Rins, Útero, Ovários, Artérias (Hipertensão), Artérias e Veias Coronarianas
(Circulação arteriovenosa cardíaca), Veias etc. Isódio de Sacharum Officinalis
(Diabetes), Não anti-/]psórico: Hammamelis + Aesculus Hipocastannus (Tendência a
varizes, tromboses, embolias, AVC).

10.Considerações finais sobre o protocolo MC/OT na LM


Após os 3 primeiros meses de tratamento, com aumentos sucessivos de LM, deve-se
então pensar mais na adição ou subtração de matrizes ainda não introduzidas (Ponte e
Bulbo, Lobo Frontal e parietal, etc., caso a observação de sintomas remanescentes,
levante a suspeita de disfunção cerebral destas partes anatômicas). A seguir, observar o
melhor espaçamento dos aumentos de potência pelo resultado das médias verificado em
cada um dos testados.
Apresentamos aqui apenas uma fórmula geral de prescrição do Medicamento
Constitucional (MC). O Método supõe o Método dos Sintomas Indispensáveis (2) e por
isto abarcará a discussão dos 35 policrestos e 2 minicrestos utilizados nos 41 pacientes
de Parkinson estudados em sua totalidade sintomática e apresentados em 6 vídeos, que
fazem parte do curso (7).

11.Bibliografia

1. Hahnemann S. Organon of medicine. 6th edn.(Translated by William Boericke).


New Delhi: B Jain Publishers; 1991.

2. Bases Conceituais do Método de tratamento: Medicamento


Constitucional/Organoterápico. Método dos Sintomas Indispensáveis. E-book.
Capítulo 4.

3. 5) E EBOOK Capitulo 5 - Bases Conceituais da Organoterapia2a Revisao

4. Goetz CG, Tilley BC, Shaftman SR, Stebbins GT, Fahn S, Martinez-Martin P, et
al. Movement disorder society-sponsored revision of the Unified Parkinson’s
Disease Rating Scale (MDS-UPDRS): Scale presentation and clinimetric testing
results. Mov Disord. 2008;23(15):2129-70.

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5. Santos CC, Pereira LSM, Resende MA, Magno F, Aguiar V. Aplicação da
versão brasileira do questionário de dor Mcgill em idosos com dor crônica. Acta
fisiátrica. 2006;13(2):75-82.

6. Aplicativo Clinica Veredas. Login. Disponivel em:


http://app.clinicaveredas.com/.

7. Ementa do Curso de Organoterapia -

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