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Universidade Federal do Vale do São Francisco

Campus de Ciências Agrárias


Curso de Engenharia Agronômica
Disciplina: Fruticultura II

Cultura dos Citros

Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante


Italo.cavalcante@univasf.edu.br

Petrolina-PE
2018
1 - ORIGEM E HISTÓRICO
Dentre as frutíferas, uma das mais conhecidas, cultivadas e estudadas
Como todas as plantas cítricas, a laranjeira é nativa da Ásia
1500 – Introdução das primeiras espécies cítricas no Brasil
1540 – Primeiras citações da presença de cítricos no Brasil no litoral
de São Paulo.
1567 – Citações da presença de cítricos na Bahia
1760 – Iniciaram as primeiras plantações no Rio Grande do Sul
No Brasil no início desse século iniciou-se a utilização da Laranjeira
doce (laranja ´Caipira´).
Na Europa: propagação por sementes até a metade desse século,
surgindo problemas relacionados ao ataque de Phytophthora sp., na
Ilha de Açores (Portugal), determinando o uso de porta-enxertos
tolerantes.
1920 – Substituição da Laranjeira doce ´Caipira` pela Laranjeira
´Azeda`, devido à suscetibilidade da primeira à “Gomose”
1940 – Morreram aproximadamente 10 milhões de árvores das 12
milhões existentes no Brasil acometidas pela “Tristeza”
Década de 60 – limoeiro ´Cravo` liderou com 99% das mudas
produzidas.
Década de 70 – Surge o “Declínio dos citros”, sendo o “Cravo”
susceptível.
1984-1988 – Iniciou a utilização de outros porta-enxertos mais
tolerantes ao “Declínio”.
A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas
produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%.
Começaram a surgir outros porta-enxertos, como:
Volkameriano, Trifoliata e seus híbridos e a tangerineira Sunki, que
é tolerante ao Declínio.
Situação atual: Há necessidade de diversificação de porta-enxertos
na citricultura brasileira, principalmente considerando ainda a grande
utilização do limoeiro Cravo, expondo nossa citricultura à uma
vulnerabilidade genética. Nos últimos anos a pesquisa brasileira vem
sendo testada quanto aos inúmeros problemas (Declínio, Amarelinho,
Minador, Pinta Preta e mais recentemente a Morte Súbita dos Citros).
XIX - Europa estudos melhorar variedades
XX – EUA liderança na pesquisa
Objetivos: Melhoramento do aspecto: tamanho e sabor dos
frutos, aprimoramento genético ( resistência às doenças e
variações climáticas)
Pomares mais produtivos: Regiões de clima tropical e
subtropical
Brasil, Estados Unidos, México, China e África do Sul.
Na década de 40 e 50: Américas maior produção
Principais regiões produtoras do mundo: Brasil (São
Paulo) e EUA (Flórida).
Década 80: Brasil maior produtor mundial ( +1 milhão de
ha)
Indústria: Maior produção suco (98% do suco que o Brasil
produz e 70% das laranjas originam-se de São Paulo).
1910: Exportação para Argentina
1939: A laranja tornou-se um dos dez produtos mais
importantes na exportação do país
A evolução técnica e econômica da citricultura ao longo
dos 30 anos foi interrompida pela II Guerra Mundial
1940: Corte de exportação (crise que praticamente destruiu
a citricultura brasileira).
Crise: abandono de pomares, surgimento de doenças
Tristeza: devastou cerca de 80% das árvores cítricas
existentes no Brasil, planta
1955: (I.A e ESALQ), solução para a tristeza laranja
Caipira Renascimento: As exportações de laranja se
recuperaram com o término da segunda guerra
Década de 50: Bactéria Xanthomonas citri agente do
cancro cítrico (mudas clandestinas – Japão)
1977: O setor citrícola paulista criou o Fundecitrus
(Fundo Paulista de Defesa da Citricultura) para
erradicação do Cancro Cítrico
1962: Grande geada nos EUA
1962: Indústrias brasileiras de suco para abastecer EUA
Conclusão: O Brasil, impulsionado pelo crescimento das
exportações e pelo desenvolvimento da indústria citrícola é hoje o
maior produtor mundial de laranja e o estado de São Paulo é
responsável por 70% da produção nacional, com um volume que
supera 400 milhões de caixas.
Brasil (São Paulo) maior exportador de suco de laranja concentrado e congelado
Estados Unidos: Florida > Califórnia > Texas > Arizona
Consomem mais da metade da produção e exportam o restante
Espécies mais Plantadas no Mundo
70% Laranjas
15% Tangerinas
9% Limões
5% Pomelos
1% Outros

Variedades mais Exportadas


Laranjas: Pêra, Bahia (Washington Navel) e Valência
Híbrido da tangerina com laranja: Tangor Murcote
Limas: Lima ácida Tahiti, Galêgo
Limões: Siciliano e Eureka
Tabela. 1 - Participação na Produção Nacional

LARANJAS (ha) TANGERINA (ha) LIMÕES (ha)

SP - 355.487.819 SP - 293.483 SP - 576.301

SE - 17.702.935 RS - 131.626 RJ - 27.503

BA - 13.642.803 PR - 125.787 RS - 18.446

MG - 11.431.515 MG - 35.107 BA - 19.174

RS - 8.071.820 RJ - 28.282 MG - 8.217

BR - ? BR - 665.998 BR - 708.787

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 2 - Exportação de Suco Concentrado de Laranja
(Balanço Mundial, Toneladas)

BRASIL 1.185.000

EUA 95.000

MÉXICO 33.000

ITÁLIA 30.000

ESPANHA 21.000

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 3 - Importação de Suco Concentrado de Laranja
(Balanço Mundial, Toneladas)

EUA 195.000

ESPANHA 40.000

AUSTRÁLIA 27.356

ITÁLIA 23.000

ÁFRICA DO SUL 126

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 4 - Produção de Suco Concentrado de Laranja (Balanço
Mundial, Toneladas)

BRASIL 1.085.00

EUA 987.993

MÉXICO 37.000

ITÁLIA 32.000

ESPANHA 2.300

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 5- Consumo de Suco Concentrado de Laranja (Balanço
Mundial, Toneladas)

EUA 1.147.818

AUSTRÁLIA 44.942

ITÁLIA 30.000

ESPANHA 21.300

BRASIL 16.000

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 6 - Exportação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
toneladas)

ESPANHA 1.000.000

EUA 625.000

ÁFRICA DO SUL 600.000

BRASIL 82.000

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 7 - Importação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)

ESPANHA 150.000

JAPÃO 140.000

ITÁLIA 60.000

EUA 50.000

CHINA 48.000

AGRIANUAL, 2002
Tabela. 8 - Produção de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)

BRASIL 14.484.000
EUA 11.216.000
MÉXICO 3.500.000
CHINA 2.907.000
ESPANHA 1.850.000
ÁFRICA DO SUL 1.160.000
JAPÃO 21.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 9 - Consumo de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)

BRASIL 3.713.000
MÉXICO 3.142.000
CHINA 2.893.000
EUA 1.719.000
ESPANHA 650.000
ÁFRICA DO SUL 280.000

AGRIANUAL, 2002
2 - BOTÂNICA
Citrus: Família  Rutaceae, Nome científico: Citrus sinensis L.
Osbeck
Gêneros  Fortunella (kinkan)
 Poncirus (Trifoliata)
 Citrus (laranjas, tangerinas, limas, mexericas,
pomelos, limões, toranjas, cidras e
híbridos)
 Eremocitrus
 Microcitrus
 Clymenia
VARIEDADES
Dentro do gênero citrus:
1) Laranjeiras: Hamlin, Baia, Baianinha, Barão, Westin, Pêra,
Natal, Lima, Valência......
2) Tangerineiras: Cravo, Ponkan, Dancy e Satsuma
3) Limas ácidas: Lima ácida Tahiti, Galego
Limas doces: Lima da Pérsia
4) Limões Verdadeiros: Siciliano, Eureka, Lisbon, Feminello,
Gênova, Fino, Verna
5) Pomelos: Marsh Seedless, Star Ruby e Redblush
Tabela. 11 - Variedade, Maturação e destino da produção
LARANJAS MATURAÇÃO MERCADO
I= Indústria
PERA M/T I+MI+E MI= Mercado interno
VALÊNCIA T I+MI+E E= exportação
NATAL T I+MI+E
HAMLIN P I+E
BAHIA P MI+E
LIMA P MI
LIMA VERDE P MI
TANGERINAS
CRAVO P/M MI
PONCÃ M MI

LIMÕES E LIMA
SICILIANO P I+E
TAHITI ANO TODO MI+E+I
Variedade e Época de maturação dos Frutos em São Paulo
 Lima  fevereiro a junho
 Cravo  março a maio
 Mexerica  abril a junho
 Hamlin  abril a julho
 Ponkan  abril a junho
 Barão  abril a agosto
 Westin  abril a agosto
 Murcote  julho a agosto
 Pêra  julho a setembro (Safra)
 dezembro a março (Temporã)
 Valência  julho a novembro
 Natal  agosto a janeiro
3 - CLIMA E SOLO
3.1 Clima

HEMISFÉRIO FLORADA COLHEITA

NORTE MARÇO/ABRIL/MAIO OUTUBRO/JUNHO

SUL JULHO/AGOSTO/SETEMBRO MARÇO/NOVEMBRO

3.1.1 Temperatura
 ótima: 23 a 32ºC
 menor que 12ºC  paralisação do crescimento
 maior que 39ºC  paralisação do crescimento
 morte por frio  -2ºC (geada)
 morte por calor  52ºC
3.1.2 Balanço Hídrico
 900 a 1500mm/ano
 Mínimo de 50mm/mês
 Florada: não pode faltar água

3.2 Solo
 Textura média e profundos: sistema radicular pode chegar a 5m
 Evitar solos compactados e mal drenados
 Citros são muito exigentes em cálcio e magnésio e sensíveis à
acidez
4- PROPAGAÇÃO
 Sexuada ou reprodutiva  1500 a 1900 Sementes – “pés-
francos” problemas
- Sementes: frutos maduros, plantas sadias e produtivas
 Vegetativa ou Assexuada  Enxertia
- Borbulhia: (T normal ou invertido) – comercialmente
- Borbulhas (gemas)  borbulheiras certificadas
- Diâmetros compatíveis  cavalo = porta-enxerto (1 lápis = 8mm)
- Época: setembro/outubro/ porta-enxerto 90dias / enxertia 15 a
20 dias
- Tempo de produção da muda: 12 a 20 meses
5- REGRAS PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS (SÃO
PAULO)
Portaria nº3 de 02/09/1999
 Artigo 1 – 01/07/2000 – sementeira para porta-enxerto (telado)
Artigo 2 – 01/01/2001 – só serão registrados viveiros telados
 Artigo 3- 01/01/2003 – proibido o comércio e transporte de porta-
enxertos e mudas produzidas em viveiros não telados
SEMENTEIRAS
Sementes  tratamento térmico 52ºC/10minutos + hipoclorito de
sódio
Borbulhas  registradas
Viveiros
 Tela de 1 mm2/ Hoje antiafídica devido a MSC
 Cobertas com plástico (150 micras)
 Bancadas para apoio de mudas em chão de cimento ou pedra britada a 50 cm
de altura

Exigências
 Projeto técnico  ( Agrº / CREA)
 Local  (200m de pomares cítricos)
 Antecâmara com pé-dilúvio  (Quatermon + cobre)
Irrigação  por gotejamento sacola/sacola, água tratada com hipoclorito de
sódio
 Altura de enxertia  10cm a partir do colo
Muda fiscalizada = R$ 1,00
Muda certificada = R$ 2,00
6- PORTA-ENXERTO
6.1 Histórico dos Porta-Enxertos no Brasil
1540  Introdução dos citros no Brasil
1540 a 1900  pés-francos
1900 a 1920  Laranja Caipira (Gomose)
1920 a 1940  Laranja Azeda (+10 milhões de plantas) (Tristeza)
1950 a 1977  Limão Cravo (Declínio)
1978 a 2002  Limão Cravo e outros
2001 a 2002  Limão Cravo (Morte Súbita)
2003  41% Cravo, 24% Citrumelo, outros
6.2 Porta-Enxerto mais Utilizados no Brasil
1) Limão Cravo  90%, hoje aproximadamente 41%
2) Laranja Caipira
3) Tangerina Sunki
4) Tangerina Cleópatra*
5) Tangelo Orlando
6) Poncirus Trifoliata*
7) Citrumelo Swingle*
8) Limão Volkameriano
9) Laranja Azeda
Tangerina 'Sunki
Tangerina 'Cleópatra'
Triofoliata
Limão-cravo
Tangelo orlando, Poncirus trifoliata
e Citrumelo Swingle
6.3.1 Porta-Enxertos Nanicantes

Trifoliata
Trifoliata “Flying Dragon” Ananicante

Híbridos de Trifoliata Citranges


Citrangequat
ENXERTO APTIDÃO PORTA-ENXERTO

Pêra Sim Limão Cravo


Tangerina Cleópatra
Tangerina Sunki
Natal, Valência Sim Limão Cravo
e Hamlin Tangerina Cleópatra
Tangerina Sunki
Poncirus Trifoliata
Citromelo Swingle
Limão Volkameriano

Murcote e Sim Limão Cravo


Ponkan
Murcote Restrições Citromelo e Cleópatra

Pêra Restrições Poncirus Trifoliata


Citromelo Limão
Volkameriano
6.4 - INSTALAÇÃO DO POMAR
 Variedade
 Solo/adubos
 Clima
 Disponibilidade de água
 Topografia
 Acesso a (estradas)
 Destinos das frutas
 A escolha das mudas é o ponto vital na formação do pomar
 Evitar o plantio de mudas portadoras de moléstias
 A seleção da copa e do porta-enxerto (importante)
Plantio de Adubos Verdes

Na reforma de pomares
Semeadura de espécies que propiciem boa cobertura do solo, produção de
fitomassa e com sistema radicular agressivo.
Pomar implantado
Considerar o porte e o hábito de crescimento, evitando que esta provoque
sombreamento e competição com as plantas de citros.
Pode-se optar por plantio rua sim, rua não; intercalando uma rua com espécie de
porte alto e outra de porte baixo (guandu ou crotalaria e lab-lab ou feijão-de-
porco); plantio somente na metade de cada rua.
7. PRINCIPAIS DOENÇAS E PRAGAS QUE AFETAM A
CITRICULTURA

 Cancro Cítrico (4º)  Larva minadoura


 CVC (5º)  Cigarrinhas
 Pinta Preta  Gomose (1º)
 Leprose  Rubelose
 Bicho Furão  Ácaro da ferrugem
 Podridão Floral  Declínio (3º)
 Moscas-das-frutas  Ortézia
 Morte Súbita dos Citros (penúltima)  Tristeza (2º)
1. CANCRO CÍTRICO
 Cancro Cítrico: Agente causal  bactéria Xanthomonas
axonopodis pv. Citri.
 Disseminação: Homem, material de colheita, veículo, chuvas,
ventos fortes e mudas contaminadas
 Ocorrência anatômica: Folhas, ramos e frutos jovens são
preferidos pela bactéria
Tecidos mais velhos há necessidade de
ferimento para penetração da bactéria

Queda dos frutos e folhas e da produção


 Sintomas: Lesões salientes
1ºs sintomas aparecem nas folhas, sendo nos dois
lados as lesões são salientes de cor marrom, e
ao seu redor surge um anel amarelado
Nos ramos os sintomas são crostas de cor parda,
também salientes
 Nos frutos as lesões rompem a casca, quando em
estágio avançado
OBS: A Larva Minadora dos Citros, facilita a entrada do Cancro
no tecido
A Fundecitrus foi contratada para proteger o maior parque
nacional citrícola contra o Cancro e vem buscando até hoje
soluções para novos e antigos patógenos
 Controle: Erradicação do material contaminado e queima
Todo material como: enxadas, máquinas e implementos
(trator e grade) usados na eliminação das plantas devem
ser pulverizados com bactericida
 A solução está na prevenção:
1. Mudas 7. Quebra vento
2. Material de colheita 8. Fiscalização
3. Veículos 9. Vistoria no pomar
4. Pessoal 10. Peça ajuda(Fundecitrus)
5. Bins
6. Larva minadoura
2. CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS (CVC)
 CVC: Agente causal  bactéria Xylella fastidiosa.
 Também conhecida como amarelinho
 Disseminação: Vetores (11 tipos de cigarrinhas)
Acrogonia sp, Dilobopterus costalimai, Oncometopia facialis.....
 Ocorrência anatômica: Toda planta
Primeiro ataca as folhas: (lado superior
cor amarela, inferior cor palha
frutos miúdos e endurecidos
As cigarrinhas ao se alimentarem do xilema de árvores contaminadas,
adquirem a bactéria e passam a transmiti-la para outras plantas sadias
 Sintomas:  folhas: (lado superior cor amarela, inferior cor
palha
 frutos queimados pelo sol, tamanho reduzido e
endurecidos
 Estágio avançado, os ramos secam, desfolham e
apresentam conjunto de frutos miúdos
CVC sintomas parecidos com deficiência de zinco
CIGARRINHAS
 Controle/ Medidas de Convivência:
1. Utilização de mudas sadias
2. Poda de ramos com sintomas iniciais
e em plantas com mais de 2 anos
3. Erradicação de plantas com menos de 2 anos
4. Controle do vetor (cigarrinhas)
 armadilha adesiva amarela
 rede entomológica, (puçá)
3. DECLÍNIO
• Não tem causa (etiologia) conhecida.
• A estimativa é que a doença afete 5% das plantas do
parque citrícola por ano.
• Sintomas: murcha parcial ou total das folhas que
apresentam coloração verde opaca, sem brilho e com
uma leve torção; brotação de primavera retardada;
florada atrasada com produção reduzida; queda de
folhas em estágio mais avançado; brotação interna na
copa; frutos miúdos e sem brilho, impróprios para o
comércio; a evolução da doença provoca a morte de
radicelas
Diagnóstico: teste da seringa, a
velocidade de absorção de
água pelo tronco injetando-se
água por pressão. Nas plantas
sadias normalmente se
consegue injetar 10 mL de
água em 30 segundos num furo
de 1/8 de polegada de diâmetro
Erradicação e uso de porta-
no tronco com uma seringa
plástica sem a agulha. Nas enxerto mais tolerante
plantas doentes, esta absorção (sunki, Cleópatra, limões
é muito reduzida ou nula. verdadeiros etc.) e que
atenda às condições de
clima e solo da
propriedade.
4. GOMOSE
• Agentes causais: Phytophthora nicotianae e Phytophthora
citrophthora.

• Sintomas: exsudação de goma em lesões de tronco e colo


em porta-enxertos suscetíveis e na região do tronco acima
do ponto de enxertia, quando a copa é de variedade
suscetível; nas folhas: descoloração de nervuras e
amarelecimento do limbo, levando a murcha, seca e queda.
Os florescimentos e frutificações tornam-se freqüentes e
fora da época normal. Os frutos produzidos ficam pequenos,
de casca fina e maturação precoce. Também há seca e morte
progressiva de ramos ponteiros ("die-back").
Controle

Medidas preventivas: porta-enxertos resistentes


Suscetibilidade muito alta: limões verdadeiros
Alta: laranjas doces, limas ácidas, limões
rugosos e pomelos
Moderada: tangerinas Sunki e Cleópatra; limão
Cravo; tangelo Orlando; limão Volkameriano,
citranges Troyer e Carrizo
Baixa: Macrophylla e laranja azeda
Muito baixa: Citrumelo Swingle e trifoliata
Controle
• Evitar solos rasos, mal drenados e áreas sujeitas a encharcamento ou
com problemas sérios de erosão;

• Adoção de práticas de conservação de solo em terrenos em declive,


para evitar o arraste de propágulos do patógeno;

• Utilização de mudas livres de Phytophthora e enxertadas a 15 ou mais


centímetros acima do nível do solo; Plantio alto, de modo que as
raízes principais fiquem no nível do solo;

• Evitar ferimentos de tronco e raízes principais;

• Evitar a utilização de grades, sulcadores, subsoladores e outros


equipamentos pesados no pomar adulto;

• Em pomares irrigados por microaspersores, evitar que o jato d'água


atinja a base do tronco das plantas.
Medidas curativas
• Descalçar a planta, retirando toda a terra
próxima ao tronco, para expor as raízes;
Remover as plantas severamente afetadas
do pomar e preparar as covas para o plantio;
Uso de controle químico com produtos
sistêmicos que apresentem comprovada
eficácia no controle preventivo e curativo
da doença.
5. GREENING
• Também chamado de huanglongbing (HBL), o greening, é uma
doença de difícil controle. Provavelmente é originário da China, e
hoje afeta seriamente a produção de citros na Ásia e na África. O
agente causal é uma bactéria com crescimento limitado ao floema,
chamada provisoriamente Candidatus spp.
• Sintomas: ramo ou galho, de cor amarela em contraste com a
coloração verde das folhas dos ramos não afetados. Com a evolução
da doença, há intensa desfolha dos ramos afetados e os sintomas
começam a aparecer em outros ramos da planta, tomando toda a copa,
inclusive com o surgimento de seca e morte de ponteiros.
• O fruto fica deformado e assimétrico, filetes alaranjados que partem
da região de inserção com o pedúnculo (haste que segura o fruto).
6. LEPROSE

• É uma das principais doenças da citricultura e atinge,


principalmente, laranjeiras doces. Provocada por um
vírus transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis, a
leprose pode causar perdas de produção e redução da
vida útil da árvore debilitada.
Sintomas: nas folhas apresentam lesões arredondadas
e lisas, tanto na face superior como na face inferior. A
coloração varia de verde-pálida a marrom no centro e
em volta há um halo amarelo. Em ramos novos e
frutos, as lesões são amareladas. Com o tempo
assumem a cor marrom avermelhada, se tornam
escamadas e adquirem uma casca grossa, podendo ser
confundida com lesões de cancro cítrico.
Controle
• Aquisição de mudas sadias livres de ácaros e de vírus;
• Retirada de frutos temporões, caídos e com sintomas;
• No inverno, deve ser feita a poda de limpeza dos ramos
afetados;
• Utilização de quebra-ventos para reduzir a disseminação do
ácaro;
• Colheita antecipada e retirada de todos os frutos da planta, não
deixando frutos remanescentes.
• Controle da verrugose e do ataque dominador dos citrus, uma
vez que as lesões servem de abrigo ao ácaro;
• Controle de plantas daninhas hospedeiras do ácaro;
• A inspeção do ácaro no pomar deve ser feita a cada 7 ou 15
dias, em pelo menos 1% das plantas de cada talhão;
• Pulverização do pomar com acaricida. O uso de acaricidas é
indicado quando 5% a 10% dos frutos ou ramos examinados
apresentam um ou mais ácaros.
7. MANCHA DA ALTERNÁRIA
• A mancha de alternária é uma nova doença que
afeta algumas tangerinas e seus híbridos:
tangores e tangelos.
É causada pelo fungo Alternaria alternata f. sp.
citri, que produz uma toxina específica para
algumas tangerinas e seus híbridos, não afetando
laranjas doces, limões e limas ácidas. A doença
pode causar desfolha, seca de ramos e queda de
frutos.
Controle

• Uso de fungicidas.

• Prevenção: evitar adubação nitrogenada


pesada e excesso de irrigação, fazer podas
no inverno, para retirar tecidos doentes e
melhorar a aeração da planta.
8. MORTE SÚBITA DOS
CITRUS - MSC
• Sem causa ainda confirmada, a MSC, ataca a região de
enxertia
• afeta todas as variedades comerciais de laranja doce e
tangerinas Cravo e Ponkan enxertadas sobre o limão Cravo
(cerca de 85% dos pomares paulistas e mineiros estão em
cima de cavalos de limão Cravo). Combinações de laranja
doce sobre limão Volkameriano, apresentaram sintomas de
MSC na copa, nas raízes e na parte interna da copa.
• sintoma: perda generalizada do brilho das folhas, desfolha
total, raízes e radicelas apodrecem; cor amarela, tendendo
para o alaranjado, na parte interna da casca do porta-
enxerto, abaixo da zona de enxertia. Outros sintomas
podem ou não ocorrer, como seca de ponteiros, falta de
brotações e morte repentina da planta com os frutos ainda
aderidos.
Controle
• A medida mais importante, é não transportar mudas,
borbulhas e cavalinhos das regiões contaminadas para
aquelas onde a doença ainda não foi constatada. Este é um
esforço para retardar a disseminação e já é lei no Estado de
São Paulo;
• Nas áreas afetadas, recomenda-se a subenxertia com porta-
enxertos tolerantes - de tangerina Cleópatra, Sunki ou
citrumelo Swingle - em árvores sobre limão Cravo. O
subenxerto deve ser feito o mais cedo possível;
• Notificar a Fundecitrus sobre qualquer sintoma suspeito
dentro da propriedade e ficar atento às inspeções do pomar.
Sub-enxertia

Passos: limpeza da área sob a copa da árvore,


● O cavalinho deve ter idade entre 5 e 8 meses, e já estar com
altura em torno de 45cm,
● Retirar a casca da parte do cavalinho que vai ser introduzida no
tronco para a enxertia,
● O cavalinho de ser introduzido cuidadosamente no tronco,
● Coloque fita plástica para enxertia, para proteger o local da água
● A proteção fica por volta de 30 dias, até o pegamento.
● Em plantas com menos de 2 anos, a sub-enxertia será feita com 1
cavalinho.
9. TRISTEZA
• 100 milhões de árvores foram mortas ou tornaram-se
improdutivas pela tristeza.
• No Brasil, praticamente dizimou os pomares paulistas na
década de 40, quando 9 milhões de plantas cítricas sobre
porta-enxerto de laranja Azeda foram perdidas. Na época,
existiam 11 milhões de pés de laranja.
• Agente causal gênero Closterovirus, infecta praticamente
todas as espécies, cultivares, híbridos e muitos afins de
citros.
• O pulgão preto dos citros, Toxoptera citricida, é o vetor
mais eficiente do vírus da tristeza, mas outros pulgões
também podem transmitir o agente causal da doença.

• Controle: igual a MSC e controle do pulgão


Sintoma
• Em pé franco, os sintomas de tristeza só se
manifestam quando ele é suscetível e intolerante,
como o limão Galego e alguns pomelos. Em
plantas enxertadas, os sintomas são expressos
quando o porta-enxerto for intolerante e a copa
suscetível, como laranjas doces e tangerinas
enxertadas sobre laranja Azeda, ou quando a copa
for suscetível e intolerante, como a laranja Pêra e
certos pomelos.
PRAGAS
• O ácaro da ferrugem ataca todas as variedades cítricas
(laranjeiras, limoeiros, tangerineiras etc.) e é encontrado
em todas as regiões citrícolas do mundo. Biologia
Ácaro da Ferrugem O ácaro mede cerca de 0,15 mm de
comprimento e apresenta o corpo em fórmula de vírgula ou
cunha, com dois pares de pernas na parte anterior do corpo
e um par de falsas pernas na extremidade posterior do
corpo, que serve para fixação. Machos e fêmeas adultos
tem coloração amarela, tendendo a pardo ou marrom à
medida que envelhecem. A fêmea coloca ovos,
aproximadamente por 20 ou 30 dias, que são esféricos,
lisos, branco-hialinos ou amarelo-pálido. Após a fase de
ovo, seguem-se dois estágios ninfais e adulto.
Sintomas
• O ácaro ataca ramos, folhas e frutos. Os
frutos verdes oferecem boas condições para
o desenvolvimento populacional da praga.
Frutos - os sintomas mais acentuados são
lesões escuras, que podem tomar todo o
fruto. O fruto danificado é comumente
chamado de "mulata". Folhas - apresentam
manchas escuras, principalmente na parte
inferior (adaxial).
• Quando se deve usar medidas de controle
O controle com inseticidas recomendados para o bicho
furão deve ser feito somente se forem coletados, em cada
armadilha, seis ou mais machos por semana. Após a
contagem, os machos devem ser retirados (com um
graveto, por exemplo) para evitar confusões nas contagens
seguintes. O modelo de tabela apresentado abaixo deve ser
usado para se registrar o número de machos adultos
coletados nas armadilhas a cada semana. Lembre-se: uma
armadilha é eficiente por quatro semanas.
• Inspeção Deve ser feita, semanalmente ou
quinzenalmente, em talhões de 2 mil plantas, onde o
pragueiro inspeciona 1% das plantas.
Inspeção Para efeito de amostragem dos ácaros, ela deve
ser feita de forma espiralada ou em zigue-zague,
percorrendo de 40 a 50 passos entre um ponto e outro. Em
cada planta inspeciona-se 3 frutos verdes. Se o pomar é
novo ou está sem frutos, verifica-se as folhas. A inspeção é
realizada na lateral dos frutos com o auxílio de uma lupa
de bolso (10 vezes), evitando-se o local que o sol incide
diretamente e o lado oposto. Na folha, a preferência é para
a pagina inferior. É preciso anotar o número de ácaros de 1
cm2 do campo da lupa.
controle

• Os danos ocorrem quando há uma densidade de


70-80 ácaros/cm2 de fruto. Entretanto, o controle
deve ser iniciado quando frutos/folhas atacados
apresentam:
• Indústria de suco10% ou 20 ácaros/cm2
• Consumo in natura30% ou 5 ácaros/cm2
• A pulverização pode ser feita com acaricidas.
Deve-se evitar a aplicação demasiada de enxofre e
fungicidas, pois podem causar a morte do fungo
Hirsutella thompsonii, importante inimigo natural
do ácaro da ferrugem.
Bicho furão
• O Bicho furão - Ecdytolopha aurantiana - é uma
mariposa que deposita ovos em frutos, provando o
seu apodrecimento e queda.
Fruto atacado pelo bicho furão Quando a
infestação é precoce, os frutos verdes também
podem ser atacados. A praga ganhou o nome de
bicho furão porque na sua fase de lagarta fura o
fruto, penetra e ali se desenvolve, só saindo para
se transformar em pupa, na qual emerge o adulto,
a pequena mariposa de coloração negra.
Sintomas
• Os frutos atacados pelo bicho furão tornam-se mais
amarelos que os demais e, na sua maioria, caem.
O orifício de penetração da lagarta fica evidente. Muitos
citricultores confundem as lesões provocadas pelo bicho
furão com aquelas decorrentes da ação da mosca da fruta.
Saber qual a diferença entre eles ajudará no combate aos
dois insetos. Frutos atacados - a principal diferença entre
o ataque do bicho furão é que, após penetrar no fruto, ele
lança excrementos e restos de alimentos para fora da casca.
Esse excremento endurece e fica bem visível, grudado à
abertura da casca. Além disso, o bicho furão consegue se
desenvolver em frutos verdes, ao contrário da mosca da
fruta.
• Monitoramento Antes, o monitoramento do bicho furão
era baseado em frutos atacados. A decisão de controle
considerava uma porcentagem de frutos atacados ou, em
casos extremos, que estavam caídos no solo. Entretanto, é
melhor monitorar a população de adultos, antes de
causarem danos aos frutos. É característica dessa praga ter
aumentos populacionais muito rápidos, que impedem o
sucesso do controle quando baseado em número de frutos
atacados. Para maior eficiência, foi desenvolvido um
método de monitoramento de mariposas do bicho furão por
meio de feromônio sexual sintetizado, em pastilhas. O
feromônio - uma substância química produzida pelas
fêmeas - atrai os machos para acasalamento.
Controle
• Controle biológico - A pulverização deve ser por cobertura, na planta toda. Deve-se
espalhar de sete a deoito dias após a contagem da armadilha atingir o nível de controle.
O objetivo é esperar a postura e fazer o controle antes que a lagarta penetre no fruto. Os
inseticidas biológicos, à base de Bacillus thuringiensis, são eficientes no controle do
bicho furão por até 60 dias. A primeira aplicação deve ser feita logo que constatada a
existência de mais de seis machos por armadilha. A segunda aplicação é feita 20 a 30
dias mais tarde. Esses inseticidas agem por mais tempo quando misturados com óleo
vegetal ou mineral. Controle fisiológico - Os produtos fisiológicos interferem na troca
e formação quitina ("pele") dos insetos, inibindo ou acelerando seu crescimento. A
aceleração faz com que haja mal formação da "pele" do inseto, o que mata a lagarta. Os
inseticidas fisiológicos têm efeito por até 30 dias. A vantagem destes produtos é que eles
são mais seletivos em relação aos inimigos naturais do bicho furão, preservando
aranhas, formigas, ácaros e outros predadores. Controle químico - Inseticidas
químicos de largo espectro de ação, podem ser usados nos focos iniciais da praga.
Durante dois a três dias após a pulverização, as lagartas podem se contaminar ao contato
com o defensivo. catação e destruição dos frutos atacados, realizar a colheita o mais
rápido possível
Larva Minadora
• O minador dos citros, Phyllocnistis citrella, ataca
brotações novas de todas as variedades cítricas. Os ovos
são depositados nas folhas novas, de onde emerge a larva,
que se alimenta da folha, formando galerias.
Minador e galerias formadas pelo mesmo e contaminadas
pelo cancro Normalmente ataca folhas, no entanto, em alta
população, pode ser observada nos ramos das vegetações
novas e em frutos. No final da sua fase de lagarta, o
minador migra para a borda das folhas onde constrói um
casulo que a abrigará durante a fase de pupa, até se tornar
adulta. A sua presença nos pomares favorece a
contaminação pela bactéria do cancro cítrico.
Sintoma
• As lagartas provocam a formação de
galerias nos tecidos das folhas.
Detalhe da lagarta e galeria Essas galerias
aparecem inicialmente como um pequeno
risco de coloração branca e posteriormente
formam um zigue-zague mais largo. Elas
atacam as duas faces da folha e pode-se
observar a presença de mais de uma larva
em cada folha.
Controle
• Devido à sua preferência por vegetações novas, o controle deve ser iniciado na primavera, quando é
observado o estágio inicial das brotações, período de desenvolvimento da lagarta. O controle da
praga é importante pois diminui as chances do pomar ser contaminado pelo cancro cítrico e
evita que as plantas fiquem debilitadas pela ação do próprio minador. No entanto, antes de se
iniciar o controle é preciso conhecer a incidência da praga nos talhões: Divida a propriedade em
talhões de aproximadamente 2 mil plantas. Em cada talhão escolha aleatoriamente 1% delas (20
árvores) para fazer o levantamento das
plantas em formação ou em produção que estejam na fase de vegetação. Examine em cada
planta alguns ponteiros de ramos recém brotados e anote se há ou não a
presença da praga. A presença é positiva quando há na folha pelo menos uma lagarta que esteja
no primeiro ou segundo estágio. - 1o estágio: lagarta cuja cabeça é maior que o corpo (ver
imagem acima);
- 2o estágio: lagarta que se encontra em galerias ainda pouco desenvolvidas, ainda
estão distantes da lateral da folha (ver imagem acima). O controle deve ser adotado em
pomares novos quando o talhão apresentar 10% de ramos com lagarta vivas no primeiro e segundo
estágio e no caso de pomares adultos, quando 30% de ramos apresentarem lagarta no primeiro e
segundo estágio. No entanto, se a propriedade estiver em uma área crítica com relação ao cancro
cítrico ou se o pomar teve registro de contaminação pela doença, o controle deve ser feito mesmo que
haja apenas uma única lagarta no talhão.
• Pesquisadores do Fundecitrus, Embrapa, ESALQ/USP e
Gravena Manejo Ecológico trouxeram da Flórida (EUA),
em agosto de 1998, a microvespa Ageniaspis citricola,
inimigo natural do minador dos citros. O inseto parasita o
ovo e o primeiro estágio da larva. A presença deste inseto
nos pomares baixa a população do minador dos citros, o
que leva à queda das contaminações pela bactéria do
cancro cítrico. Na fase de desenvolvimento em que quando
a larva já fez todo o caminho, a vespa não consegue
parasitá-la. Os ovos depositados pela vespa se multiplicam
dentro do minador e vão dar origem a várias vespas.
Ortézia
• A praga ataca as variedades de citros e outras plantas,
como café, ervas daninhas e cerca de 30 espécies de
plantas ornamentais.
Colônias com fêmeas adultas de
Ortézia e fruto coberto por fumagina Ocorrência Esta
espécie de cochonilha está presente em todos os estados
brasileiros. O nome científico é Orthezia praelonga e o
primeiro registro no Brasil foi em 1938, em Pernambuco.
Em 1947, sua presença foi constatada no Rio de Janeiro,
chegando ao Estado de São Paulo somente em 1978, no
município de Severínia.
Controle
• ortézia, como outras espécies de cochonilhas, tem uma característica que
dificulta tanto o controle químico quanto o biológico. Ela possui o ovissaco,
câmara onde os ovos são depositados, que não é atingido pelos inseticidas e
nem atacado pelo seu inimigo natural, preservando os ovos. Para um controle
eficiente recomenda-se as seguintes medidas: Encontrar todos os focos de
ortézia no talhão e/ou propriedade; Controlar as plantas invasoras nos focos
de ocorrência da praga e num raio de pelo menos 20 m de distância. Essa
medida serve também para localização dos focos e checagem da eficiência do
controle; Aplicar inseticida de contato para eliminar as ninfas e adultos e/ou
aplicar inseticida sistêmico para controle das ninfas que estão protegidas no
ovissaco e que irão emergir após o término do resíduo do inseticida de contato.
Deve-se adicionar óleo mineral ou vegetal para melhorar a eficiência do
controle; Reaplicar inseticida após 20 dias para eliminar as reinfestações,
no caso da não utilização de inseticidas sistêmicos; Caso a incidência seja
muito grande, fazer uma terceira aplicação. Mesmo após este controle, é
necessário continuar o monitoramento do inseto.
Colheita
Ponto de colheita

Índice tecnológico (IT), equivalente à quantidade de sólidos solúveis totais no suco


(kg), em uma caixa de colheita de frutos de 40,8 kg, obtido pela seguinte fórmula:
IT = (RS.SS.40,8)/104

RS (%) = rendimento do suco

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