Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Petrolina-PE
2018
1 - ORIGEM E HISTÓRICO
Dentre as frutíferas, uma das mais conhecidas, cultivadas e estudadas
Como todas as plantas cítricas, a laranjeira é nativa da Ásia
1500 – Introdução das primeiras espécies cítricas no Brasil
1540 – Primeiras citações da presença de cítricos no Brasil no litoral
de São Paulo.
1567 – Citações da presença de cítricos na Bahia
1760 – Iniciaram as primeiras plantações no Rio Grande do Sul
No Brasil no início desse século iniciou-se a utilização da Laranjeira
doce (laranja ´Caipira´).
Na Europa: propagação por sementes até a metade desse século,
surgindo problemas relacionados ao ataque de Phytophthora sp., na
Ilha de Açores (Portugal), determinando o uso de porta-enxertos
tolerantes.
1920 – Substituição da Laranjeira doce ´Caipira` pela Laranjeira
´Azeda`, devido à suscetibilidade da primeira à “Gomose”
1940 – Morreram aproximadamente 10 milhões de árvores das 12
milhões existentes no Brasil acometidas pela “Tristeza”
Década de 60 – limoeiro ´Cravo` liderou com 99% das mudas
produzidas.
Década de 70 – Surge o “Declínio dos citros”, sendo o “Cravo”
susceptível.
1984-1988 – Iniciou a utilização de outros porta-enxertos mais
tolerantes ao “Declínio”.
A tangerineira Cleópatra chegou a ocupar 24% das mudas
produzidas, enquanto Cravo caiu de 99% para 77%.
Começaram a surgir outros porta-enxertos, como:
Volkameriano, Trifoliata e seus híbridos e a tangerineira Sunki, que
é tolerante ao Declínio.
Situação atual: Há necessidade de diversificação de porta-enxertos
na citricultura brasileira, principalmente considerando ainda a grande
utilização do limoeiro Cravo, expondo nossa citricultura à uma
vulnerabilidade genética. Nos últimos anos a pesquisa brasileira vem
sendo testada quanto aos inúmeros problemas (Declínio, Amarelinho,
Minador, Pinta Preta e mais recentemente a Morte Súbita dos Citros).
XIX - Europa estudos melhorar variedades
XX – EUA liderança na pesquisa
Objetivos: Melhoramento do aspecto: tamanho e sabor dos
frutos, aprimoramento genético ( resistência às doenças e
variações climáticas)
Pomares mais produtivos: Regiões de clima tropical e
subtropical
Brasil, Estados Unidos, México, China e África do Sul.
Na década de 40 e 50: Américas maior produção
Principais regiões produtoras do mundo: Brasil (São
Paulo) e EUA (Flórida).
Década 80: Brasil maior produtor mundial ( +1 milhão de
ha)
Indústria: Maior produção suco (98% do suco que o Brasil
produz e 70% das laranjas originam-se de São Paulo).
1910: Exportação para Argentina
1939: A laranja tornou-se um dos dez produtos mais
importantes na exportação do país
A evolução técnica e econômica da citricultura ao longo
dos 30 anos foi interrompida pela II Guerra Mundial
1940: Corte de exportação (crise que praticamente destruiu
a citricultura brasileira).
Crise: abandono de pomares, surgimento de doenças
Tristeza: devastou cerca de 80% das árvores cítricas
existentes no Brasil, planta
1955: (I.A e ESALQ), solução para a tristeza laranja
Caipira Renascimento: As exportações de laranja se
recuperaram com o término da segunda guerra
Década de 50: Bactéria Xanthomonas citri agente do
cancro cítrico (mudas clandestinas – Japão)
1977: O setor citrícola paulista criou o Fundecitrus
(Fundo Paulista de Defesa da Citricultura) para
erradicação do Cancro Cítrico
1962: Grande geada nos EUA
1962: Indústrias brasileiras de suco para abastecer EUA
Conclusão: O Brasil, impulsionado pelo crescimento das
exportações e pelo desenvolvimento da indústria citrícola é hoje o
maior produtor mundial de laranja e o estado de São Paulo é
responsável por 70% da produção nacional, com um volume que
supera 400 milhões de caixas.
Brasil (São Paulo) maior exportador de suco de laranja concentrado e congelado
Estados Unidos: Florida > Califórnia > Texas > Arizona
Consomem mais da metade da produção e exportam o restante
Espécies mais Plantadas no Mundo
70% Laranjas
15% Tangerinas
9% Limões
5% Pomelos
1% Outros
BR - ? BR - 665.998 BR - 708.787
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 2 - Exportação de Suco Concentrado de Laranja
(Balanço Mundial, Toneladas)
BRASIL 1.185.000
EUA 95.000
MÉXICO 33.000
ITÁLIA 30.000
ESPANHA 21.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 3 - Importação de Suco Concentrado de Laranja
(Balanço Mundial, Toneladas)
EUA 195.000
ESPANHA 40.000
AUSTRÁLIA 27.356
ITÁLIA 23.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 4 - Produção de Suco Concentrado de Laranja (Balanço
Mundial, Toneladas)
BRASIL 1.085.00
EUA 987.993
MÉXICO 37.000
ITÁLIA 32.000
ESPANHA 2.300
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 5- Consumo de Suco Concentrado de Laranja (Balanço
Mundial, Toneladas)
EUA 1.147.818
AUSTRÁLIA 44.942
ITÁLIA 30.000
ESPANHA 21.300
BRASIL 16.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 6 - Exportação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
toneladas)
ESPANHA 1.000.000
EUA 625.000
BRASIL 82.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 7 - Importação de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)
ESPANHA 150.000
JAPÃO 140.000
ITÁLIA 60.000
EUA 50.000
CHINA 48.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 8 - Produção de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)
BRASIL 14.484.000
EUA 11.216.000
MÉXICO 3.500.000
CHINA 2.907.000
ESPANHA 1.850.000
ÁFRICA DO SUL 1.160.000
JAPÃO 21.000
AGRIANUAL, 2002
Tabela. 9 - Consumo de Laranja Fresca (Balanço Mundial,
Toneladas)
BRASIL 3.713.000
MÉXICO 3.142.000
CHINA 2.893.000
EUA 1.719.000
ESPANHA 650.000
ÁFRICA DO SUL 280.000
AGRIANUAL, 2002
2 - BOTÂNICA
Citrus: Família Rutaceae, Nome científico: Citrus sinensis L.
Osbeck
Gêneros Fortunella (kinkan)
Poncirus (Trifoliata)
Citrus (laranjas, tangerinas, limas, mexericas,
pomelos, limões, toranjas, cidras e
híbridos)
Eremocitrus
Microcitrus
Clymenia
VARIEDADES
Dentro do gênero citrus:
1) Laranjeiras: Hamlin, Baia, Baianinha, Barão, Westin, Pêra,
Natal, Lima, Valência......
2) Tangerineiras: Cravo, Ponkan, Dancy e Satsuma
3) Limas ácidas: Lima ácida Tahiti, Galego
Limas doces: Lima da Pérsia
4) Limões Verdadeiros: Siciliano, Eureka, Lisbon, Feminello,
Gênova, Fino, Verna
5) Pomelos: Marsh Seedless, Star Ruby e Redblush
Tabela. 11 - Variedade, Maturação e destino da produção
LARANJAS MATURAÇÃO MERCADO
I= Indústria
PERA M/T I+MI+E MI= Mercado interno
VALÊNCIA T I+MI+E E= exportação
NATAL T I+MI+E
HAMLIN P I+E
BAHIA P MI+E
LIMA P MI
LIMA VERDE P MI
TANGERINAS
CRAVO P/M MI
PONCÃ M MI
LIMÕES E LIMA
SICILIANO P I+E
TAHITI ANO TODO MI+E+I
Variedade e Época de maturação dos Frutos em São Paulo
Lima fevereiro a junho
Cravo março a maio
Mexerica abril a junho
Hamlin abril a julho
Ponkan abril a junho
Barão abril a agosto
Westin abril a agosto
Murcote julho a agosto
Pêra julho a setembro (Safra)
dezembro a março (Temporã)
Valência julho a novembro
Natal agosto a janeiro
3 - CLIMA E SOLO
3.1 Clima
3.1.1 Temperatura
ótima: 23 a 32ºC
menor que 12ºC paralisação do crescimento
maior que 39ºC paralisação do crescimento
morte por frio -2ºC (geada)
morte por calor 52ºC
3.1.2 Balanço Hídrico
900 a 1500mm/ano
Mínimo de 50mm/mês
Florada: não pode faltar água
3.2 Solo
Textura média e profundos: sistema radicular pode chegar a 5m
Evitar solos compactados e mal drenados
Citros são muito exigentes em cálcio e magnésio e sensíveis à
acidez
4- PROPAGAÇÃO
Sexuada ou reprodutiva 1500 a 1900 Sementes – “pés-
francos” problemas
- Sementes: frutos maduros, plantas sadias e produtivas
Vegetativa ou Assexuada Enxertia
- Borbulhia: (T normal ou invertido) – comercialmente
- Borbulhas (gemas) borbulheiras certificadas
- Diâmetros compatíveis cavalo = porta-enxerto (1 lápis = 8mm)
- Época: setembro/outubro/ porta-enxerto 90dias / enxertia 15 a
20 dias
- Tempo de produção da muda: 12 a 20 meses
5- REGRAS PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS (SÃO
PAULO)
Portaria nº3 de 02/09/1999
Artigo 1 – 01/07/2000 – sementeira para porta-enxerto (telado)
Artigo 2 – 01/01/2001 – só serão registrados viveiros telados
Artigo 3- 01/01/2003 – proibido o comércio e transporte de porta-
enxertos e mudas produzidas em viveiros não telados
SEMENTEIRAS
Sementes tratamento térmico 52ºC/10minutos + hipoclorito de
sódio
Borbulhas registradas
Viveiros
Tela de 1 mm2/ Hoje antiafídica devido a MSC
Cobertas com plástico (150 micras)
Bancadas para apoio de mudas em chão de cimento ou pedra britada a 50 cm
de altura
Exigências
Projeto técnico ( Agrº / CREA)
Local (200m de pomares cítricos)
Antecâmara com pé-dilúvio (Quatermon + cobre)
Irrigação por gotejamento sacola/sacola, água tratada com hipoclorito de
sódio
Altura de enxertia 10cm a partir do colo
Muda fiscalizada = R$ 1,00
Muda certificada = R$ 2,00
6- PORTA-ENXERTO
6.1 Histórico dos Porta-Enxertos no Brasil
1540 Introdução dos citros no Brasil
1540 a 1900 pés-francos
1900 a 1920 Laranja Caipira (Gomose)
1920 a 1940 Laranja Azeda (+10 milhões de plantas) (Tristeza)
1950 a 1977 Limão Cravo (Declínio)
1978 a 2002 Limão Cravo e outros
2001 a 2002 Limão Cravo (Morte Súbita)
2003 41% Cravo, 24% Citrumelo, outros
6.2 Porta-Enxerto mais Utilizados no Brasil
1) Limão Cravo 90%, hoje aproximadamente 41%
2) Laranja Caipira
3) Tangerina Sunki
4) Tangerina Cleópatra*
5) Tangelo Orlando
6) Poncirus Trifoliata*
7) Citrumelo Swingle*
8) Limão Volkameriano
9) Laranja Azeda
Tangerina 'Sunki
Tangerina 'Cleópatra'
Triofoliata
Limão-cravo
Tangelo orlando, Poncirus trifoliata
e Citrumelo Swingle
6.3.1 Porta-Enxertos Nanicantes
Trifoliata
Trifoliata “Flying Dragon” Ananicante
Na reforma de pomares
Semeadura de espécies que propiciem boa cobertura do solo, produção de
fitomassa e com sistema radicular agressivo.
Pomar implantado
Considerar o porte e o hábito de crescimento, evitando que esta provoque
sombreamento e competição com as plantas de citros.
Pode-se optar por plantio rua sim, rua não; intercalando uma rua com espécie de
porte alto e outra de porte baixo (guandu ou crotalaria e lab-lab ou feijão-de-
porco); plantio somente na metade de cada rua.
7. PRINCIPAIS DOENÇAS E PRAGAS QUE AFETAM A
CITRICULTURA
• Uso de fungicidas.