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";'0+"

>:A potência que não é utilizada se converte em calor

s interruptores são
componentes eletro-
, mecânicos e o seu
,:estudo deve, ser realizado
\1desde o ponto de vista mecâ-
"nico e desde o ponto de vista
:elétrico, São elementos muito
importantes dentro de um cir-
cuito, já que uma falha nos
mesmos origina normalmente
um falha grave no funciona-
mento do equipamento. No
entanto, quando apresentam
problemas, em muitos casos ':f"

se deve a uma má escolha


dos mesmos, devido a um
insuficiente estudo das suas
caraterísticas, que acabam Comutador de alavanca miniatura e os seus'ele~entos.
sendo inadequados para essa
, aplicação, tivamente caros, especial- .componente áser útillzado. ,É '
mente quando se exige quali- evidente ~ue l:JÍn'~Gomutádor "-
"Ciclo
~ ,
de trabalho "
dade e fiabilidade. É muito de mudança de tensão não
LJm interruptor, ou um comu- importante conhecer o núme- vai ser acionada" o rnesrno
tador, são componentes for- ro aproximado de atuações número de vezes, que o.inter-.
mados por várias peças que o interruptor vai suportar ruptor 'de um' equipamento.,
ensambladas, o que origina e durante quanto tempo, para Se buscamos ria nossa
que sejam componentes rela- poder determinar o tipo de memória lembraremos de
algum equipamento ,o que
depois de muitos, anos'de uso'
o interruptor .de acendimei1to
falhava, defeito típico de mui-
tos .televisores dos anos 60;
Estes icomponentes sofrem
desgasteS com o uso, não só
nos contatos, mas também
J 'em todas as peças que os
compõem, tais C0l)10 eixos ou
alavancas. '

Resistor de contato
Oc,ontáto perfeito é muito difí-
cil, para não dizer impossível,
sempre aparecerá uma resis-
tência entre os contatos,
ainda que seja muito peque-
na. Esta resistência depende
de vários fatores: do material
dos contatos, do acabamento
superficial dos mesmos e da
pressão exercjda para manter
Comutadores deslizantes de pequeno tamanho . unidosos contatos. O acaba-

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,-"_,, iJL ~ __ ~~ ~~_, ~ __ ~~~~,
TEORIA
ITmlU@[J[JM~U@[J@® @ ©@mru M~(illcQJ@[1'@®

Comutador de alavanca de 2
circuitos e 2 posições.

mento superficial além de Comutador de 4 circuitos e 2 posições.


garantir uma boa condutibili-
dade deve endurecer o mate- mente e sofrem um grande mos pensar em um resistor de
rial para evitar que se desgas- número de atuações. O valor 0,1 O para um contato metáli-
-te com o uso, isto é muito da resistência de contato co clássico, que se utiliza nor-
importante, especialmente em depende da aplicação. Para malmente para alimentação.
componentes que estão que tenhamos uma idéia dos No entanto, outros circuitos
sendo utilizados constante- valores que se usam, devé- admitem resistores de 10 O ou
mais. Em alguns tecla-
dos de silicone o
resistor de contato
pode chegar a 100 O,
que pode ser perfeita-
mente aceitável para
algum tipo de circuito
de muito baixo consu-
mo, como por exem-
plo, um CONTROLE
remoto.

Superfície de
contato
Se ampliamos com
um microscópio as
superfícies de contato
entre dois metais
observaremos certas
rugas que impedem
que ambas superfícies
tenham um contato
perfeito já que entram
Interruptor de alimentação. em contato tão só em
alguns pontos. O

17 TEORIA: INTERRUPTORES E COMUTADORES


resistor será menor quanto
menos enrugada seja a super-
fície. Outro problema é a
sujeira, principalmente quan-
do se trata de partículas de
'material isolante que se inter-
. põem entre os contatos.

Tensão máxima
Quando a tensão aplicada a
um contato é muito elevada,
este deve suportar arcos que
.podem chegar a queimar os
contatos se estes não foram
desenhados para suportá-Ios.

Corrente máxima
A corrente máxima depende
também de todos os elemen- Comutador giratório de 1 circuito e 10 posições.
tos do interruptor pelos quais
circula a corrente, além da da temperatura, que é muito interruptor de alavanca obser-
resistência que apresenta o possível que origine a destrui- varemos que _chega um
material com que está feito o ção do componente. momento que o interruptor
contato, e do resistor de con- muda de posição rapidamente.
tato. Se a resistência de con- Ressalto Um bom interruptor deve ter um
tato é elevada e circula muita O contato deve ser estabeleci- dispositivo para evitar que fique
corrente se gerará uma gran- do de forma rápida e segura uti- em posições intermediárias, do
de quantidade de calor que lizando algum tipo de mola. Se contrário pode causar proble-
causará um grande aumento tentamos fechar lentamente um mas no funcionamento do cir-
cuito, especialmente se é utili-
- zado em circuitos digitais. Um
contato inseguro produz muitas
ligações e desligações segui-
das e quase imperceptíveis.

É muito importante utilizar o


comutador apropriado para cada
Limitador de posições do comutador. tensão e corrente.

TEORIA: INTERRUPTORES E COMUTADORES 18


Encaixe
O interruptor, além de dispor
dos mecanismos para abrir o
fechar o circuito, deve man-
ter os contatos nessa posi-
ção com algum tipo de
encaixe.

Acionamento
As formas ·de acionamento
mais comuns com dois, por
deslizamento e por básculo.
O primeiro deles, tal como o
seu nome indica, se conse-
gue deslizando uma peça até
que realize a conexão. Este
tipo de acionamento tem a
vantagem de limpar automa-
ticamente os contatos pelo
esfregação que o próprio
deslizamento origina. O acio- Há modelos de interruptores ou comutadores que incorporam uma luz de
namento por básculo se con- indicação para confirmar a ligação do circuito.
segue fazendo mover uma
peça que realiza o contato, o pode acionar sobre peças de que se tenha essa informa-
contato logicamente se des- contatos diferentes para ção você pode usar o equi-
.gastará menos, mas são poder ligar vários circuitos de pamento dentro dos seus
mais' sensíveis à sujeira, o maneira independente. parâmetros nominais. É pre-
que obriga a fechar o máxi- ciso pensar que um equipa-
mo possível este tipo de Temperatura mento ao sol pode superar
componentes. Isto é devido a A temperatura de trabalho é os 60°C, e em alta montanha
que ao carecer de desliza- muito importante e em caso é fácil chegar a -20°C ou
mento não são auto-limpan- de dúvida deve ser consulta- inclusive os -30°C. É neces-
teso Um mesmo acionador do com o fabricante; uma vez sário levar em conta que um
simples eixo de um comuta-
dor giratório pode ser blo-
queado se empregamos um
lubrificante inadequado que - -----
se congele.

Umidade
Quando as condições de
umidade são muito severas é
necessário utilizar comutado-
res herméticos, principal-
mente se são equipamentos
embarcados, donde a contri-
buição do sal ajuda a estra-
gar o interruptor. Não só os
contatos devem ser protegi-
dos, mas também todo o
material do interruptor ou
comutador deve estar sub-
metido a tratamentos anti-
Os contatos podem se deteriorar se não se utiliza o interruptor adequado. corrosivos.
A eletrônica óptica ou optoeletrônica é a parte da eletrônica
que se dedica ao estudo dos dispositivos optoeletrônicos, ou
seja, dispositivos que têm algum parâmetro que se modifica
com a luz, ou que produzem luz quando recebem uma
excitação elétrica.

O
diSPositivo eletrolu-
miniscente mais co-
nhecido, ou seja, que
emite luz não incandes-
cente, é o diodo LED. Esta
denominação corresponde
a Light Emittting Diode.
Estes dispositivos têm o
aspecto de pequenas lâm-
padas e emitem luz ao ser
atravessados por uma
pequena corrente em sen-
tido direto.

o fotodiodo
O fotodiodo é igual a
qualquer diodo semicon-
dutor: é uma união PN, com
uma cápsula transparente
para receber luz. O fóton da
radiação luminosa varia as Fotodiodo BPW34.
condições de condutibi-
lidade desta união, principal- A célula fotovoltaica recebe uma radiação luminosa
mente quando está pola- Em uma união PN, neste caso aparece uma tensão nos seus
rizada em inverso. um fotodiodo, quando se terminais, e se estes são
fechados através de uma
resistência, pode-se medir a
passagem de uma corrente de
uma intensidade relativamente
grande. Mas para que' isto
"aconteça, este tipo de células
deve ter uma grande superfície
para captação de luz. Normal-
mente várias células são conec-
tadas em série e em paralelo até
conseguir a tensão e corrente
desejadas. A corrente que pró-
duzem é corrente contínua e
para utilizar esta energia e levá-
Ia à rede elétrica é necessário
utilizar inversores, no entanto, a
carga de baterias pode ser feita
com uma certa facilidade, A
energia que se obtém com este
tipo de dlsposltivos, se
denomina energia fotovoltaica e
se obtém normalmente do sol.
Fototransistor NPN. É muito útil em lugares com
... )

A combinação de um elemento
foto emissor e outro fotorreceptor é
freqüente nos controles remotos.

várias horas de sol ao dia o em


lugares inacessíveis ou dis-
tantes das redes elétricas; nor-
malmente se utilizam em com-
binação com baterias para
armazenar energia quando o sol Diodo emissor de luz infravermelha.
se esconde. Este tipo de ali-
mentação se emprega como e de utilizar uma energia reno- transistor normal, com a única
fonte principal de energia, se vável e que não contamina. peculiaridade de que está
excetuamos a propulsão, para desenhado para que a luz
estações espaciais e satélites. Fototransistor ilumine facilmente a sua base,
Eles têm a vantagem de que a Um fototransistor tem a produzindo-se o mesmo efeito
sua manutenção é muito baixa mesma constituição que um que se fosse aplicada uma
corrente à sua base,
de maneira que o tran-
sistor conduz segundo
a quantidade de luz
que incida sobre a sua
base. Alguns modelos
dispõem também de
terminal de conexão
de base, para facilitar o
controle do dispo-
sitivo. Portanto há
fototransistores de
dois e de três ter-
minais.

LED
infravermelhos
Este tipo de LED se
carateriza por emitir luz
infravermelha, que não
é visível a olho nu. São
utilizados em todos os
controles remotos por
radiação infraver-
É fácil encontrar o diodo emissor de infravermelhos quando se abre o controle remoto melha, de uso habitual
de um televisor. em equipamentos de

TEORIA:ELETRÔNICA ÓPTICA
o cristal permanece transpa-
rente, mas quando se introduz
certa tensão, normalmente
muito pequena e de corrente
muito baixa, se produzem
variações na reflexão e
refração da luz que o tornam
opaco. Este tipo de tela tem a
importante propriedade de
que trabalha com a luz, a
utiliza, mas não a gera, quanto
mais se ilumina mais se vê, ao
contrário do que acontece

c com um LED que se é ilu-


minado em excesso é muito
difícil saber quando
aceso ou apagado. Estas telas
está

necessitam luz, quer de frente


quer desde a sua parte 'pos-
terior. 'Este tipo de dispositivo
tem a grande vantagem de
Módulo receptor de luz infravermelha, normalmente inclui um desmodulador. ver-se muito bem em zonas de
forte llurnlnação, além do seu
som ,televisores, vídeos, etc. citor plano formado por uma baixo consumo. '
Também podem ser denomi- capa metálica tão fina que
nados IRED (lnfrared Emitting parece transparente, entre as Optoacoplador
Diode). Polarizam-se igual a quais se introduz um dielétrico Um acoplador óptico consta
um diodo LED convencional, que é um cristal líquido em de dois circuitos isolados, a
mas se costuma aplicar fase nemática. Quando não se informação passa de um a
correntes elevadas durante aplica tensão entre as placas outro através .da luz, sem que
períodos curtos de
tempo para me-
lhorar o alcance,
também costumam
ter espelhos ou
refletores para
aproveitar e con-
centrar o facho que
emitem, motivo
pelo qual IRED são
fabricados com
diferentes ângulos
de abertura.

LCD
Estas siglas corres-
pondem às telas de
cristal líquido
usadas em quase
todas as, calcula-
doras modernas.
Consiste basica-
mente em um capa- Tela de cristal líquido LCD.

TEORIA:ElEIRÔNICA ÓPTICA
A c

Um optoacoplador consta de dois


circuitos isolados, a informação
passa de um a outro através da luz. Amostras de optoacopladores.

exista entre ambos' circuitos parece a um circuito inte- vários optoacopladores em


conexão elétrica alguma, grado, os modelos mais uma mesma cápsula.
Permite um bom isolamento comuns costumam ter cáp-
elétrico entre circuitos, O cir- sulas com seis terminais de Resistores LDR
cuito emissor de luz ilumina o ligação, dos quais costumam Os LDR o fotorresistores têm a
receptor e está dentro de uma ser utilizados só 4 ou 5. particularidade de que o seu
cápsula' que normalmente se Também existem grupos de resistor diminui ao aumentar a
quantidade de luz que incide
sobre eles. Estão fabricados
com súlfur de Cádmio, mas
este material resulta altamente
cancerígeno e os encapsula-
mentos devem ser muito resis-
tentes para impedir que se
abram, além do que, no caso de
serem retirados ou substituídas
devem ser reciclados, evitando
jogá-Ios fora no lixo para pre-
servar o meio ambiente. É um
componente relativamente
caro, mas tem uma variação
bastante gradual com a luz, o
que faz com que, de maneira
geral, seja fácil de utilizar. No
entanto, com a aparição dos
fotodiodos e fototransistores,
de custo inferior, se usam' cada
vez menos.

Resistor LDR.
Um relé eletromagnético é, basicamente, um ou vários
comutadores acionados por um eletroímã.

O
relé eletromagnético
. é um componente
muito utilizado, mas
costuma passar desaper-
cebido; ele tem muitos cam-
pos de aplicação, embora já
não se use nas centrais tele-
fônicas, as quais continham
centenas de milhares de re-
lés, sendo o seu principal
componente.

o relé
A denominação é uma abre-
viatura de "relevador eletro-
magnético"utilizado no meio
dos técnicos. Se utiliza em
eletrônica, mas realmente é
um componente eletromecâ-
nico, o que como é lógico
supõe que para o seu de- Amostras de re/és de uso comum.
senho e fabricação são ne-
cessários conhecimentos de namento é muito simples. Tem interruptor ou comutador, po-
eletricidade e de mecânica. uma parte que são os con- de ter inclusive um grande nú-
O seu princípio de funcio- tatos, similares aos de um mero de..circuitos comutado-
res. A outra parte é o disposi-
tivo que ativa o interruptor, o
jogo de comutadores, que em
lugar de ser acionado manual-
mente se faz por meio de um
eletroímã.
/
Os contatos
Os contatos do relé têm que
garantir uma boa conexão Ejlé-
trica, por isso são fabricados
com materiais que são bons
condutores da eletricidade.
Além disso, o ponto de conta-
to deve estar especialmente
desenhado para as correntes
que conduzirá e a tensão que
suportará. Quando não se uti-
liza o relé adequado os pontos
de contato se queimam, por
exemplo, é necessário ter cui-
dado quando a carga que se
Re/é comutador. comuta é indutiva, como no

TEORIA: RELÉS ELETROMAGNÉTICOS 21


TEORIA
ffi?® @@ @ @ [f@mm~~[fí)@m©@@

caso de um motor, pois cos-


tumam saltar arcos que obri-
gam a utilizar contatos muito
reforçados. as partes dos con-
tatos que são flexíveis cos-
tumam ser denominadas lâmi-
nas, pois consistem em lâmi-
nas metálicas.

A pressão
O eletroímã que aciona os
contatos deve ter um sistema
de peças isolantes e alavan-
cas que apertem os contatos
com a força suficiente para
que o contato fique bem pre-
so. É muito importante aplicar
à bobina a tensão recomen-
dada pelo fabricante, já que Relé reed.
pode acontecer que aparente-
mente funcione com tensões já que todos estes sistemas aplicação, e pode ser alterna
inferiores, mas o contato é para assegurar um bom conta- ou contínua, segundo o mode-
ruim com certeza e acabará to devem ser reforçados para lo, e para mencionar alguns
quebrando ou dando proble- garantir o contato apesar dos exemplos: 5, 12, 24 e 48 V em
mas. Os relés comutadores golpes e das vibrações. contínua e 12, 24, 48 e 220 V
têm um. dispositivo baseado em alterna, são alguns dos
em um mola que assegura o A bobina valores mais comuns. Quanto
contato quando o relé está em A bobina do relé é um bobina à corrente que consomem de-
repouso, ou seja, quando não de fio enrolado sobre um nú- pendem da energia que ne-
se aplica tensão à bobina. cleo cujo principal componen- cessitem para mover os con-
Tudo isto se complica quando te é o ferro. Realmente é um tatos. As dimensões e pesos
se trata de relés instalados em eletroímã, a tensão que se são muito diversos dada a
máquinas ou em automóveis, aplica à bobina depende da grande variedade de aplica-
ções, pode pesar me-
nos de um grama até
vários quilos.

As armaduras
As armaduras são o
resto das peças que
fecham o circuito mag-
nético, que como míni-
mo tem duas peças, a
armadura fixa, que es-
tá unida à bobina, e a
armadura móvel que é
a peça de ferro que
atrai o eletroímã; esta
peça por sua vez faz
alavanca nos suportes
isolantes dos contatos
e os desloca para rea-
lizar a comutação do
Detalhe da ampola com contatos de um relé reed.
relé. Por ser de ferro

21 TEORIA: RELÉS ELETROMAGNÉTICOS


TEORIA
ffi?@~@® @IT@li~@[]íJj)tID~[ffi®li~©@®

trabalhando em montanhas ou
em zonas polares que têm que
suportar temperaturas de uns
30° C abaixo de zero ou me-
nos, e por citar outros exem-
plos, os relés situados no
compartimento do motor de
um automóvel suportam tem-
peraturas que podem superar
os 60° C. Os relés de uso
comum costumam funcionar
desde os 0° C até os 50° C,
mas para temperaturasextre-
mas é necessário utilizar relés
especificamente projetados
para isso. O calor exige utilizar
isolantes que não se defor-
mem, mas o frio costuma. ser
Bobina de um relé, que é o eletroimã que move os contatos do relé. mais problemático porque os
relés podem se endurecem e
deve-se ter certeza com go é o sal, e a sua típica corro- se bloqueiam, é necessário
relação ao isolamento dos são que se produz nas embar- levar em consideração/as dila-
contatos. cações e zonas costeiras, tações dos metais e ter muito
além de uma boa cobertura é cuidado se são utilizados lu-
Os inimigos necessário utilizar coberturas brificantes para as partes mó-
O principal inimigo de um relé anticorrosivasem todas as veis pois podem se congelar.
é o pó, normalmente estão fe- peças, que são normalmente O desgaste das peças me-
chados por uma cobertura, acabamentos, superficiais de cânicas é outro fator que afeta
que às vezes é transparente, tipo eletrolítico. negativamente o funcionamen-
os relés abertos só são utili- A temperatura é um grande to dos relés; os fabricantes
zados em zonas protegidas inimigo do relé..é importante tentaram encontrar soluções
do pó. Outro importante inimi- pensar que há equipamentos para este 'problema e reco-

Um relé pode comutar simultaneamente muitos Modelo de relé de uso comum em automóveis.
circuitos.

TEORIA: RELÉS ELETROMAGNÉTICOS 22


TEORIA
wa ®~®'-[J@mru®~ffil®1ro©@~

~I

mendam um ciclo de vida para


cada tipo de relé, transcorrido
o qual deve ser trocado, em-
bora continue funcionando. //
Também costuma acontecer
que, devido a algum problema e

no' circuito, um relé que está


projetado para um deter-
minado número de operações
tem o seu funcionamento au-
mentado de forma anormal.

Relés reed
São 'relés eletromagnéticos,
, /mas a.sua-torma é muito dife-
..crenté.' Os contatos estão si-
tuadosnointerior de uma am-
pola de vidro,' com o qual se
consegue uma proteção muito
a --
eficaz contra qualquer tipo de Peças de um re/é.
sujeira e-contra a umidade, as
lâminas são basicamente- de
.uma liga de ferro e esta arnpo- o isolamento 'componentes. Isto se vê clara-, '-'
Ia vai situada em lugar do nú- O mais importante de um relé mente com um exemplo clás-
cleo da bobina, quando esta é o isolamento entre o circuito sico. O motor de arranque de
bobina recebe excitação, o que controla a bobina e os cir- um automóvel consome mais,
campo magnético provoca o cuitos dos contatos. Em mui- de 100 A durante a operação ~
deslocamento da lâminas esta- tas aplicações não há conexão de arranque, a sua conexão
belecendo o contato. Para pro- elétrica entre ambos circuitos. exigiria um comutador muito
var o funcionamento pode-se robusto, além de ter que levar
aplicar um imã desde o exterior o Controle até o local dci motorista=dois-'
da ampola e observar como os Os relés também se utilizam fios de grosso calibre. Se ob-
contatos se deslocam. para economizar fios e outros servamos a bateria do .auto- -
:1
móvel vemos que o negativo
se conecta diretamente à carro- Y< .;.;
-r
". ri
ceria e ao motor, enquanto que
do positivo saem dôfs cabos;'.
um deles, o mais grosso, vai
diretamente até o motor ,de,
arranque, em cima deste está··
o relé de arranque, que se
aciona com um interruptor que
se ativa com a mesma chave
que alimenta o sistema elétrjco
de acesso do motor, e pelá ~...
que circula somente a corrente
que alimenta a bobina deste
relé, cujos contatos conectam
diretamente a bateria ao motor
de arranque. Também desloca
um pinhão q·ue,s.e engrena na ô.·
coroa do motor principal Ôe·
Re/é com distribuição de terminais que permite a sua utilização nos frisos explosão e o faz girar e arrancar.
dos circuitos integrados.

22 TEORIA:RELÉSELETROMAGNÉTICOS
TEORIA
ze@[(j)U~@@[J@~ ~

São circuitos cuja saída é um número em binário que avança


com os impulsos que se aplicam ao sinal do relógio. .1

j
,

O
contador é um circuito .
integrado muito utiliza-
do na maioria dos equi-
pamentos digitais desde cal-
culadoras até computadores,
realizam uma função primor-
dial que é a conta ou conta-
gem. As suas saídas mudam
de valor cada vez que introdu-
zimos um impulso na sua
entrada de relógio, mudando o .;. .. ""

código binário formado de um -:


valor ao seguinte. Desta forma,
podemos contar o n° de pes-
soas que entram em um esta-
belecimento, o n° de parafusos'
que· passam por uma esteira
de transporte, o n° de quilôme-
tros transcorridos ou simples-
mente os segundos que pas-
saram. Enfim, tudo que é con- Os contadores mecânicos estão formados por engrenagens que quando são .
tável necessita de um circuito acionadas por um dispositivo elétrico, vão trocando os números. . .
contador.
uns e zeros. O sinal que enten- devemos passá-loa impulsos .. rÓ:
o problema de como entrada para avançar para que.: o contador possa .
O problema que temos é que o relógio são impulsos. contá-Io. Assim; por exemplo:
por ser um circuito de tipo digi- Portanto, toda grandeza ou se queremos contar o tempo
tal, ele só trabalha ou entende evento que quisermos medir, que passou é muito fácil, -por-
que diretamente se constrói um
.oscilador que envia impulsos de
. 1 Hz que é conectado à entrada
do contador e os segundos que
transcorrem serão contados.
Mas, e se quisermos contar o n°
de pessoas que entram em um
estabelecimento, como faze-
mos isso? A resposta é muito
fácil, e basta prestar atenção
nos dispositivos que há na
entrada de muitas das grandes .
.'1
lojas de departamentos .
. Tratam-se de barreiras com fei- '.. ····1
xes de luz infravermelha que ao
serem ultrapassados pela pas-
·1
sagem de uma pessoa geram
.urn.impulso que se utilizará para
que o contador avance. Da:,
Os contadores digitais são utilizados para uma grande variedade de aplicações mesma forma que neste caso,

TEORIA: CONTADORES I 23
TEORIA
@[fl) ~@@~@~

() o () o

FLlP-FLOP FLlP-FLOP FLIP-FLOP FLlP-FLOP


o-- CLK Q -'-- CLK Q -- CLK Q f--'-- CLK Q -

As saídas de um contador mudam com cada impulso de relógio, normalmente aumentando a conta.

qualquer evento que quisermos cada um dos bits que forma a memorização de informação
contabilizar é necessário con- saída do contador, que é onde binária, mantendo a última
vertê-to a impulsos utilizando se leva o cálculo, tem uma fun- informação enviada, ainda que
um dos muitos circuitos eletrô- ção memória para que o seu a entrada que envia esta infor-
nicos que enviam impulsos. valor fique armazenado até que mação desapareça.
entre um novo impulso e o novo Como o seu próprio nome
o cálculo valor volte a ser armazenado. indica, têm dois estados está-
É possível que nós não tenha- Num contador mecânico este veis: a saída pode ser encon-
mos percebido um pequeno problema não existe, pois cada trada de forma estável em O
detalhe que pode passar desa- vez que pára, fica parado em um ou em 1, dependendo de
percebido, mas que é muito número, que automaticamente é como tenha sido excitada a
importante. Na saída sempre há memorizado. entrada. São a base de alguns
um número binário presente, ou circuitos digitais, principal-
seja, o último número da conta Elementos de memória: mente dos contadores e regis-
permanecerá na saída até que biastáveis tros de deslocamento.
apareça um novo impulso do Os biastáveis, também conhe- A sua caraterística de reter
relógio. Para que o número cidos como flip-flops ou báscu- a informação é o que faz com
possa permanecer na saída é Ias, são circuitos básicos que se possa considerá-Ios como
necessário memoriza-Io, ou seja, exercem funções básicas de funções elementares de
memória. Permitem a memori-
zação da unidade mínima de
DISPLAV

o número máximo de passos que


ele pode contar é diretamente
Diagrama de blocos de um contador com apresentação de saída em proporcional ao número de bits do
números naturais e sistema decimal. contador

23 TEORIA: CONTADORES I
Basicamente funciona igual à
báscula R-S, que é a unidade de
memória mais simples que exis-
te e que já vimos no experimen-
to «digital 7», mas sem existir
nenhumaindeterminação.
~ A saída sempre muda quan-
do as entradas J = K = 1, o que
se conhece como báscula (tog-
~
gle). Se a entrada J = 1 quando
se recebe um impulso na entra-
da de relógio, a saída passa a 1
Báscula o e a sua tabela da verdade (Q = 1); e pelo contrário, se K =
1 e se recebe um impulso, a
saída passa a zero (Q = O).Este
FLlP-FLOP T funcionamento é idêntico ao
das funções SEr e RESET,para
colocar a 1 e a zero respectiva-
mente e que neste caso eqüiva-
leriam às entradas J e K, com a
~ diferença que estas últimas não
atuam se não entra um impulso
~ do relógio.

Biastável T
É uma estrutura de biastável
Báscula T e a sua tabela da verdade que não tem entrada de infor-
mação, ou seja, não podemos
informação binária, o bit. Já BiastávelD colocar um 1 ou um zero para
os contadores se baseiam nos Em geral, este tipo de biastável que seja armazenado. Esta bás-
biastáveis, e existe no merca- só tem uma entrada de dados cula só tem entrada de relógiq,
do contadores integrados (D). A informação na entrada D de tal forma que a cada vez que
construídos com diversos só aparece na saída Q no aparece um extremo, a saída Q
tipos de biastáveis. Eles são momento em que se aplica o muda de estado. Este tipo de
construídos mediante biastá- extremo do relógio ativo. biastável é muito utilizado e não
veis perfeitamente conecta- Biastável JK existe como tal no mercado,
dos e, dependendo do caso, É talvez o biastável mais impor- mas pode ser feito de uma
complementados por portas tante e, em conseqüência, dos forma muito simples a partir dos
lógicas. que mais se utilizam na prática. outros (JK e D).

o :> ) )

FLlP-FLOP FLlP-FLOP FLlP-FLOP FLlP-FLOP


,...
~ CLK Q CLK Q CLK Q CLK Q ~

Para formar um contador uniremos entre si, na saída, tantos biastáveis, flíp-f1ops ou bíts que sejam necessários

TEORIA: CONTADORES I 24
---------------------------------------------------------------- ~J
r

informação, se por exemplo,


FLlP-FLOP JK um circuito conta as pessoas
que entram em um estabeleci-
~ K~oLL.::..J
O PUI!SE~"J', 0+1 mento, uma vez que só pode
o o o I- o contar até 15. Para trabalhar
li. o o 1 I- 1 com números maiores, o que se
faz é conectar em série vários
1 o o I- 1 contadores. Ao fazer isto, o
~ 1 o 1 I- 1 número de bits de saída é
o 1 o I- o aumentado de maneira que o
~ número da conta aumenta.
o 1 1 I- o Mas, normalmente, os
1 1 O I- 1 números naturais representados
~ 1 ~ il!! O em um display são utilizados,
uma vez que o binário só é utili-
Báscula JK e a sua tabela da verdade zado nos circuitos e para realizar
alguns experimentos. Mas antes
é que os contadores tenham 4 é necessário fazer uma pequena
Biastáveis-Contador
observação: é que se a informa-
Como já mencionamos antes bits para poder desta maneira
agrupar-se e formar bytes (8 ção não vai ser representada,
os contadores se formam agru~
bits), que são as unidades fun- mas sim processada por um
pando vários biastáveis, mas
damentais com as que os com- computador, trabalharemos em
quantos? Existe uma relação
putadores operam normalmen- binário puro, que com quatro
direta entre o número de bits do
te, embora atualmente de qua- bits seria desde 0000 até 1111
contador e o número máximo
tro em quatro já se trabalha mas quando queremos repre~
que queremos que conte. Esta
com 32 bits. Existem contado- sentá-Ia e passá-Ia a um display,
relação vem dada em potên-
res de 8 bits colocados direta- devemos trabalhar em código
cias de dois, 2N, sendo N= n°
mente em um integrado e são BCD (que compreende desde O
de bits do contador. Desta
de uso comum. = 0000 até 9 = 1001). Um siste-
forma, se queremos contar até
ma de representação constaria
7 devemos pôr um contador de
Sistema completo de de vários contadores conecta-
3 bits que nos contaria 23= 8
contagem dos entre si através de terminais
passos, desde O a 7. Com 4
Um contador com saída de 4 que já estão colocados para
bits poderemos contar 24= 16
bits só não nos daria muita isso e que normalmente 'se cha-
passos, desde O a 15. O normal
mam CARRY IN e CARRY OUT
(frete de entrada e frete de
saída), mas não podemos ata-
car diretamente aos displays de
sete segmentos, mais que isso;
necessitamos um circuito inter-
mediário que interprete o código
BCD e que ilumine os diodos
'3 '/C' ·029BCP
~ r '-IS 9"'1'21 que correspondem ao número
-"""- representado em BCD. Estes
circuitos realizam a função de
um driver, e excitam o conjunto
de segmentos do display que
corresponde ao número BCD
aplicado à sua entrada.
Devemos lembrar que estes dis-
plays estão formados por dio-
dos I.:.EDe necessitam intercalar
o 4029 é um exemplo de contador integrado.
os correspondentes resistores
de polarização.
TEORIA
(Q)@ U[j(ID[ft)@g@[j[M)(ID@@[j@@

o transformador está formado por dois enrolamentos


eletricamente isolados que sé acoplamentre si através de um
circuito magnético. .

transformador consta
na mínima de dois
enralamentas de fia
condutor sobre um núcleo,
um das enralamentas cria um
fluxo. magnética que circula
pela núcleo. e atravessa a
outro enralamenta induzindo.
uma corrente elétrica. Para
que a transformador seja de
boa qualidade é necessária
que quase todo a fluxo. mag-
nética produzido pela enrola-
mente que recebe a energia
elétrica, denominadoprimá-
ria, chegue ao. outro enrola-
mente, denaminadasecundá-
ria. Para que se produza fluxo.
. magnética é necessária que
haja variações de corrente na
primária, senda que se a cor- Transformador de alimentação com secundário de .15 V.
rente for contínua não. se pro-
duzirá um fluxo. magnética Enrolamentos fluxo. magnética tem que atra- .
adequada. É necessária, par- Os enrolamentas São. bobina- vessar ambos bobinadospara
tanta, que a corrente seja das de fia condutor sobre um que a transformador funcione ..
alterna. núcleo. de material férrica. O cama tal. O número de espiras
determina a quantidade de
fluxo. magnética gerada. O diâ-
metro dofio depende da cor-o
rente que deve circular, que'
vem determinada pela potên-
cia que se deseja transmitir da
primária ao. secundária ..

Relação de ..
transformação
A relação. de transformação é
igual ao. quaciente entre o
número. de espiras da primária
.e a número de espiras da
secundária. Par sua vez a
númerode espiras é proporcio-
nal à tensão. de cada boblnado.
Pcrtanto.arelação de transfar-
mação. pade ser definida tarn-:
bém cama a relação. entre as
tensões da entrada eda saída.
a núcleo dos transformadores de alimentação está formado por chapas. Ouando sefecha a circuito. apli-

,.
TEORIA: OS TRANSFORMADORES 25
TEORIA
@@ ~~M[f":'tID~-::O[íí)~-®r;1f@[fMtIDOO[f@@

acréscimo de pequenas quan-


tidades de silício, e normal-
mente têm uma grossura
mínima de 0,35 mm. Devem
ser cobertas por um verniz iso-
lante para limitar a circulação
de correntes internas chama-
das correntes de Foucault.
Também se utilizam núcleos
de ferrita e núcleos toroidais.
O tipo de núcleo depende tam-
bém da freqüência com a que
vai trabalhar.

Rendimento
Uma parte da potência que é
entregue ao transformador
não chega à carga, se perde
geralmente em forma de
calor. O rendimento é o quo-
ciente entre a potência entre-
gada pelo secundário dividida
pela potência aplicada ao pri-
mário. O rendimento máximo
Transformador com obtenção intermediária no secundário para obter 12, 0, é a unidade. (~~
12 volts.

cando uma carga ao secundá- material ferromagnético, para Tipos de


rio, circulará uma corrente. A evitar a circulação de corren- transformadores
relação entre a corrente que cir- tes internas pelo núcleo que Existe uma grande variedade
cula pelo primário e a que cir- produziriam um aquecimento de transformadores e depende
cula pelo secundário é inversa desnecessário do mesmo. principalmente da aplicação.
à relação de transformação. Costumam ser de ferro, com Os transformadores mais popu-

A potência
A potência de um transforma-
dor é calculada em VA (voltam- i". i".
peres) e se obtém multiplicando .
a corrente máxima pela tensão
nominal. Este dado é especial-
mente importante em transfor- 4~
madores de alimentação, já que - 4
4~
o transformador neste caso tem ~
duas funções. A primera é iso-
lar eletricamente a rede, já que
VI) N14 ~ ~~
N2
as bobinas primária e secundá- - -,
ria têm que estar isoladas, e a
segunda se utiliza para elevar
ou reduzir a tensão, com perdas
relativamente baixas.
-.
o núcleo
O núcleo dos transformadores o transformador está formado por um núcleo de material ferromagnético e
está formado por chapas de como mínimo por dois enrolamentos.

25 TEORIA: OS TRANSFORMADORES
TEORIA
@@ '~[J~éID=-[fü-®U@[JmruéID
o@[J@@

\
O
A relação de transformação é igual
à relação entre as espiras e entre
as tensões.

lares são os de alimentação,


cujas características já foram
mencionadas. Outro tipo muito
importante são os transforma- Este é um transformador toroidal, que tem a vantagem da sua baixa altura.
dores de RF utilizados no inte-
rior dos equipamentos de entrada de microfone dos equi- Autotransformadores
rádio, que são usados para pamentos profissionais. Tam- Os autotransformadores são
acoplar etapas entre si ou para bém são utilizados transforma- usados para relações de trans-
misturar sinais. Os transforma- dores de medida para extrair formação baixas. Eles têm
dores de entrada 'de áudio são uma amostra de sinal e cons- como característica típica a de
empregados nas etapas de truir amperímetros. que o bobinado do secundário
é parte do primário
ou vice-versa.
Realmente cons-
tam de um só bebi-
nado com várias
obtenções; desta
forma se econo-
miza fio de cobre e
pesa menos. Mas
têm um grande
inconveniente, já
que por dividir
parte do bobinado
(ou primário) e o
secundário, estão
eletricamente uni-
dos e isto deve ser
sempre levado em
consideração por
razões de segu-
rança. Este tipo de
Transformadores adaptados para ser utilizados em circuitos impressos. transformador é o

TEORIA: OS TRANSfORMADORES 26
TEORIA
(Q)@ WCIDITll@i1@[JmruCID@@[J®~

220 220

125

No secundário pode haver


obtenções intermediárias e
bobinados separados.

risco de aumentar o peso e o


volume desnecessariamente.
Em primeiro lugar é impor-
tante conhecer a tensão,
tanto a da rede de forneci-
mento como a que necessita-
mos no secundário, e depois
a corrente que vai circular
pelo secundário. Alguns.
transformadores vêm nos
catálogos dos fabricantes
indicando a sua potência e
Terminais para soldar a circuito impresso.
outros diretamente a corrente
do secundário. Deve-se guar-
mais utilizado em transforma- ção é importante calcular dar sempre uma boa margem
dores de r~de de 125V/220V bem a potência que se requer, de segurança. Como regra
de uso doméstico. uma vez que se não o faze- prática, a corrente nominal do
mos direito o transformador transformador deve ser um
Transformadores de pode quebrar e queimar, e se 30% superior à corrente que
alimentação exageramos, corremos o vai ser pedida a ele.
Quando é necessário um
transformador de alimenta-

I ..)

~
V1 N1 • )
-<
i
\
-<
-< }" V2

Autotransformador. Não há
isolamento etétrico entre o primário
e o secundário. Típicós transformadores utilizados em radiofreqüência

26 TEORIA: OS TRANSFORMADORES "


TEORIA
©~ ©@[ffi®©~@~®~
;.0 conector tem como missão proporcionar uma ligação e
desligação rápida e segura dos circuitos

.'
L

· Os conectores são utili-


· zados quando é
'... ' necessário prever a
"possibilidade de demonstrar
os circuitos, já seja para
ampliá-Ios ou reduzi-los, ou
para repará-tos. Existem mui-
tas situações diferentes e
portanto muitos tipos de
conectores. Um exemplo
muito atual é um computador.
Tem uma grande variedade
de conectores que vamos
relacionar rapidamente com a
certeza de que certamente
nos esqueceremos de algum
· deles. O conector de alimen-
tação, conector do teclado,
conector do mouse, conector
da impressora, conector do
modem, conector dos alto- Conectores tipo jack, muito utilizados em equipamentos de áudio' de USÓ
doméstico.
falantes, conector do micro-
fone, conector da linha telefô-
nica, conexão do monitor, computador' podemos conti- conectores para o.disco duro,
etc., e ainda estamos fora do nuar, conexões da placa mãe conector para a unidade de
computador. Se abrimos o para placas de ampliação, disquetes, conector para o
CD-ROM, conectores de ali-
mentação, etc. Podemos
fazer esta mesma relação
com qualquer equipamento,
já que todos têm uma infini-
dade de conectores.

Consertos
Depois 'de fazer um breve revi-
são à 'quantidade de conectores
que um fomputador, tem,
vémos que realmente é uma
grande vantagem, já que qual-
quer elemento ou módulo que
se quebra pode ser rapidamen-
te substituído sem ter que recor-
rer a um soldador, A ampliação
dos equipamentos também fica
mais fácil. A tendência atual
tende é projetar os equipamen-
tos de tal maneira que sejam o
Detalhe de um conector mostrando as suas ligações. mais modulares possível.
I
!

TEORIA: OS CONECTORES 27
ras denominadas contatos que
são ligadas nas corresponden-
tes de um conector homólogo.
Costumam ser denominadas
terminais macho e terminais
fêmea. O contato elétrico tem
que estar obrigatoriamente
garantido, isto se consegue
principalmente de duas manei-
ras, utilizando um bom condu-
tor para os contatos, ou então
cobrindo-lhe de um metal ou
liga de alta condutibilidade. Os
conectores profissionais levam
de maneira geral, uma peque-
na capa de ouro depositada
normalmente por procedimen-
tos eletrolíticos. Esta capa de
ouro protege também contra a
corrosão, que facilitaria a for-
mação de óxidos metálicos
que dificultariam muito a circu-
Geralmente, este tipo de conector tem um comutador, ou dois se é estéreo,
lação de corrente.
para comutar um ou dois circuitos quando se introduz o conector macho.

A resistência mecânica
Características básicas ser adequada à corrente A resistência mecânica pode
Um conector pode se caracteri- máxima que irá circular por ser avaliada desde dois pon-
zar de muitas maneiras e com cada um deles. tos de vista: primeiro que não
muitos parâmetros, entretanto se quebre depois de muitas
tão só vamos descrever alguns A resistência de contato ligações e desligações e
dos mais básicos. Há diversos Um conector tem normalmente segundo que não se desgaste
tipos de conectores, mas no uma ou várias partes conduto- e perda as características ini-
momento vamos nos concentrar
em conectores de poucas cone-
xões e de uso corrente no lar.

Isolamento
O isolamento é necessário por
motivos de funcionamento do
equipamento e de segurança. O
isolamento deve ser medido
entre a carcaça do conector e
cada um dos terminais, no caso
de que seja mais de um.
Também deve se medir entre
cada terminal e os demais. Para
conectores de uso normal com
sinais em eletrônica se pede nor-
malmente um mínimo de 500 V.

A corrente
A seção que cada terminal
do conector ·apresenta deve Este conector de alimentação é de uso muito difundido em equipamentos
de origem japonesa.
TEORIA
@~ ©@[(ü®©li@[J®~

Este é um conector DIN de alto-falante. Conector RCA de painel, são típicos nos painéis
posteriores dos equipamentos de alta fidelidade.

ciais. Mas antes de considerar


isto é preciso verificar o uso a
que se destina um conector e
o número de ligações e desli-
gações que se tenha previsto
realizar. Há conectores que se
conectam 3 ou 4 vezes duran-
te a sua vida útil, enquanto
que outros sofrem ligações e
desligações contínuas.

A normativa
Há muitas normas que defi-
nem conectores, e tende-se
Conector RCA macho, utilizado para fios de interconexão de áudio. cada vez mais à normalização,
entretanto a circulação de
equipamentos de diversos
países pode nos ocasionar
problemas de ligação e pode
nos obrigar a utilizar fios de
adaptação. Por exemplo, os
equipamentos de áudio de
quase todos os equipamentos
de alta fidelidade têm as entra-
das e saídas com conectores
RCA, para os fones de ouvido
se utilizam conectores tipo
jack, as tomadas de antena de
TV também está normalizadas,
as tomadas do telefone, etc.

Conectores RCA
É um conector concêntrico; o
Os conectores tipo jack têm diversos tamanhos, o mais comum é o de 3,5
conector exterior vai normal-
mm de diâmetro.
mente unido à massa do equi-

TEORIA: OS CONECTORES 28
Conectores DIN são utílizados em áudio e nas ligações dos Este é o conector BNC fêmea do painel.
--
teclados dos computadores.

pamento e no aéreo se conecta


à malha do fio. Tem a sua ori-
gem nos equipamentos norte-
americanos, mas o seu uso se
expandiu a nível mundial e é o
que normalmente se utiliza para
entrada e saída de sinal de
baixo nível em equipamentos
de áudio. Costuma-se utilizar
bases fêmea nos equipamen-
tos, e os fios de interconexão
costumam estar terminados em
conectores macho em ambos
extremos. Também se utiliza em
vídeo games e em outras apli-
o conector BNC macho. cações para levar sinais de
vídeo. O seu uso está muito
difundido e é econômico.

Conectores tipo jack


Estes conectores também têm
a sua origem na América dó
Norte; são utilizados em saí-
das para fones de ouvido e em
entradas de microfone para
equipamentos de uso domés-
tico, há os do tipo mono e
estéreo e em três diâmetros
diferentes, sendo o de 3 mm o
de uso mais difundido. Nas
fêmeas pode-se incluir um ou
dois comutadores para abrir
algum circuito, por exemplo
para desconectar os alto-
o conector MINlQIN que é um tipo de conector utílízado para conexão de falantes ao introduzir o conec-
tecteoose mouse. tor dos fones de ouvido.

28 TEORIA: OS CONECTORES
'<'·.-:-0circuito integrado é um componente que "integra
transistores no seu interior"

circuito integrado se
"estuda cada vez mais
dos terminais para fora,
quer dizer, é considerado como
uma caixa preta que tem um
determinado comportamento
quando se conecta de uma
maneira determinada; tanto
estes comportamentos, como
a forma de conectá-Io têm que
ser especificados pelo seu
fabricante. Nos catálogos mais
antigos de circuitos integrados
vinha um esquema interno
muito completo, que foi sendo
simplificado cada vez mais até
desaparecer em quase" todos
os casos. O que ainda se man-
tém, como é lógico, é toda a
informação dos seus parâme-
tros, circuitos recomendados,
diagramas de sinais, tabelas, Fotografia ampliada do interior de um Pentium, da tntel:
etc.
dem ser classificados de di- é pela tecnologia, bipolar,
Tipos de circuitos versas maneiras. Uma delas é CMOS, etc.- Mas a mais prá-
integrados pelo nível de integração, ou tica para nós," é aa feita pela
Há uma grande variedade de seja pelo número de transis- forma de utilização e pelo seu -"
circuitos integrados que po- tores que contém. Outra delas uso, como se descreve a se-
guir. Empregaremos a abre-
viatura C.1. para nos referir ao
circuito integrado.

c. I. analógicos
As tensões de entrada e de
saída são em geral analógicas,
costumam ser circuitos de
baixa escala de integração. Os
mais conhecidos são os
amplificadores operacionais,
tais como: 741, TL082,
LM324, TL084, etc. Também
são muito utilizados os regula-
dores de tensão como: 7812,
7805, L200, etc.

C.1. digitais .:
.Dentro desta classificação há
Microprocessador 486. uma grande variedade de ..cir-

TEORIA: OS CIRCUITOS INTEGRADOS 29


TEORIA
O © ©r--~o'nlfr[J©"'(lfln'mDIruTf@~][J~@@©
r@©

a que se conseguia maior


velocb+ioe de comutação;
pa d distinguir esta variante se
intercalava a letra S depois do
74, a variante de baixo con-
sumo levava a denominação
L, e a de baixo consumo e
Schottky ambas letras, ou seja
74LS, seguido das 2 ou 3
cifras que completam o
código.
Também foi muito conheci-
da a família 4000 em tecno-
logia CMOS, é mais lenta que
a TIL, mas tem um consumo
muito reduzido e continua
sendo muito utilizada. Atual-
mente se utilizam as famílias
74HC e 74HCT que têm as
vantagens de ambas.
Microprocessador 68000 da Motoro/a.

As memórias -
cuitos. Os mais simples são as Estes circuitos integrados As memórias são circuitos
portas lógicas, que por sua estão formados por conjuntos digitais de alta escala de inte-
vez se agrupam em famílias de portas e constituem blocos gração, cada vez se consegue
lógicas segundo a sua tecno- funcionais, por exemplo colocar mais memória em
logia. A primeira família lógica portas NAND, contadores, menos volume. As memórias
que conseguiu uma utilização registros de deslocamento, RAM se apagam ao desapa-
generalizada foi a família TIL etc. A família primitiva tinha a recer a alimentação, atual-
(Transistor- Transistor-Logic). vantagem de ser bem rápida mente nos computadores pes-
Os seus circuitos são facil- para a época, mas o inconve- soais se utiliza como mínimo
mente identificáveis já que niente de consumir bastante. recomendado 64M, quando há
levam 4 ou 5 cifras, sendo as Pouco tempo depois co- poucos anos o sistema ope-
duas primeiras o 7 e o 4, por meçaram a aparecer variantes, rativo DOS controlava só
exemplo, 7400, 7490, etc. tais como a TIL Schottky, com 640K.

l5ij LM324-N
:rr. W991T9535
MAlAYSIA
--~-."'-""'.-

Circuito integrado com cápsula


Circuitos integrados operacionais de uso freqüente, com encapsu/ado D/L.
metálica.

29 TEORIA: OS CIRCUITOS INTEGRADOS


Circuitos integrados reguladores de tensão. Os circuitos integrados também são
fabricados com terminais para SMO.

As memórias só de leitura
ROM são utilizadas para gra-
var dados que se utilizam co-
mo fixos, uma vez gravada a
memória não pode se apagar.
As EPROM podem ser gra-
vadas e apagadas e não neces-
sitam alimentação para manter
a informação, têm uma janela
para facilitar o apagamento uti-
lizandoluz ultravioleta.

Microprocessadores
Os microprocessadores são
Memória EPROM. circuitos integrados muito com-
plexos, e são utilizados funda-
mentalmente para circuitos de
controle, principalmente micro-
controladores e computadores
pessoais. Os mais conhecidos
são o Z80 e o 8086, que eram o
coração dos primeiros PC (Per-
sonal Computer) de IBM, e dos
XT. Depois apareceu o 80286
dos AT, e se você é muito jovem
não vai lembrar dele, e que
entretanto foram uma grande
revolução nos computadores
pessoais, seguido pelos 386,
os 486, e atualmente os Pen-
tium, Pentium 2 e Pentium 3,
com os que se conseguem ca-
pacidades de cálculo e veloci-
dades impensáveis há algumas
Interior de uma memória EPROM observado desde uma das janelas, é décadas. Também são
possível ver os finos fios de conexão aos terminais.
interessantes os microcontrola-

TEORIA: OS CIRCUITOS INTEGRADOS


TEORIA
(Q)@ ©~[I©llOm@@~[nJrr@~[I~@@@

gração que podem


ser observados ao
abrir a tampa dos
mesmos.

Circuitos
especiais
Além dos circuitos
de uso geral antes
descritos, são utili-
zados outros circui-
tos muito especial i-
zados para aplica-
ções muito deter-
minadas, isto acon-
tece quando a
quantidade de cir-
cuitos a ser utili-
zada é muito gran-
de, o que toma
economicamente
rentável o projeto e
fabricação de um
novo circuito inte-
grado. Desta ma-
As memórias são um c/aro exemplo de circuitos de alta escala de integração.
neira podemos en-
contrar circuitos in-
tegrados especiais
dores integrados que são utili- Os computadores para telefones celulares, para
zados em uma grande va- pessoais receptores de TV, para contro-
riedade de aplicações e que Os computadores pessoais, les remotos, para controlar o
muitas vezes passam desaper- além dos microprocessadores acendimento do motor de ex-
cebidos, tais como televisores, e das memórias, incorporam plosão de um automóvel, etc.
máquinas de lavar roupa, de uma grande quantidade de cir-
lavar louça, elevadores, etc. cuitos de alta escala de inte- A criação à medida
Entre os circuitos especiais,
podemos fazer outra classiflca-
ção. Os circuitos criados pelos
fabricantes de circuitos inte-
grados e que são incorporados
aos seus catálogos para serem
vendidos aos fabricantes de
equipamentos e ao público em
geral, e os criados à medida, a
pedido de algum cliente, e que
normalmente são fabricados
exclusivamente para esse
cliente e talvez outros autori-
zados por este. No meio, são
chamados Custom Design.
Este tipo de circuitos se utl- .
liza normalmente para grandes
Também são integrados circuitos que convertem analógico em digital ou séries de fabricação, para po-
vice-versa. der amortizar o investimento.

30 TEORIA: OS CIRCUITOS INTEGRADOS

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