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NOÇÕES DE PEDOLOGIA

CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA
DOS SOLOS
Professora Clara Wandenkolck Silva Aragão
Grancursos online
NOÇÕES DE PEDOLOGIA
1. Gênese morfologia dos solos.
3. Propriedades físicas e químicas do solo
(granulometria, textura, estrutura).
2. Composição do solo.
4. Processos pedogenéticos de solos tropicais.
5. Horizontes dos solos.
6. Ciclagem de nutrientes
7. Classificação Brasileira de Solos: princípios, critérios
e características
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

• Para fins de TAXONOMIA


• Realizado com base nos PROCESSOS DE
FORMAÇÃO do solo
• Para solos do território brasileiros

FONTE: https://www.embrapa.br/solos/sibcs
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° nível • ORDENS (13)

2° nível • SUBORDENS (44)


6 NÍVEIS
CATEGÓRICOS: 3° nível • GRANDES GRUPOS (192)

4° nível • SUBGRUPOS (938)

5° nível • FAMÍLIAS –não há indicação ainda

6° nível • SÉRIE – não há indicação ainda


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
Analisar SOLO
conforme
CARACTERÍSTICAS
DIFERENCIAIS:

Analisar
HORIZONTES
DIAGNÓSTICOS
SUPERFICIAIS

Analisar
ATRIBUTOS
DIAGNÓSTICOS

Analisar
HORIZONTES 6 NÍVEIS CATEGÓRICOS:
DIAGNÓSTICOS
SUBSUPERFICIAIS 1° nível: ORDENS (13)
2° nível: SUBORDENS (44)
3° nível: GRANDES GRUPOS
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO
(192)
4° nível: SUBGRUPOS (938)
5° nível: FAMÍLIAS –não há
indicação ainda
CLASSE DE SOLO 6° nível: SÉRIE – não há
indicação ainda
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

HORIZONTE HÍSTICO

A-CHERNOZÊMICO

A-HÚMICO

A-ANTRÓPICO

A-FRACO

A-MODERADO
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
Material orgânico
Material mineral
Atividade da fração argila
Saturação por bases ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS
Mudança textural abrupta
Plintita
Petroplintita
Superfícies de fricção ("slickensides")
Caráter ácrico
Caráter alumínico Caráter flúvico
Caráter argilúvico Caráter litoplíntico Caráter solódico
Caráter carbonático Caráter plânico Caráter sômbrico
Caráter hipocarbonático Caráter plíntico Caráter vértico
Caráter coeso Caráter redóxico Contato lítico
Caráter concrecionário Caráter retrátil Contato lítico fragmentário
Caráter crômico Caráter rúbrico Materiais sulfídricos
Caráter dúrico Caráter sálico Teor de óxidos de ferro
Caráter ebânico Caráter salino Grau de decomposição do material orgânico
Caráter espódico Caráter sódico Propriedades Ândicas
Caráter êutrico
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUBSUPERFICIAIS

Horizonte E álbico (E)


Horizonte plíntico
Horizonte concrecionário
Horizonte B textural (Bt)
Horizonte litoplíntico
Horizonte B latossólico (Bw)
Horizonte glei
Horizonte B incipiente (Bi)
Horzonte cálcico
Horizonte B nítico (Bt)
Horizonte petrocálcico
Horizonte B espódico (Bs, Bhs, Bh)
Horizonte sulfúrico
Horizonte B plânico
Horizonte vértico
Fragipã
Duripã
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

• SÃO 13
• Observação a nível de CAMPO
• SEPARADAS PELA PRESENÇA/AUSÊNCIA DE ATRIBUTOS, HORIZONTES DIAGNÓSTICOS OU
PROPRIEDADES POSSÍVES DE SE IDENTIFICAR EM CAMPO
• Mostrem diferenças no tipo e grau de desenvolvimento de um conjunto de processos que atuam
na FORMAÇÃO DO SOLO
• QUAL É O PROCESSO DE FORMAÇÃO DO SOLO?
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

AGISSOLOS (P)

CAMBISSOLOS (C)
1° nível: MAIÚSCULA
NITOSSSOLOS (N)
CHERNOSSOLOS (M)
ORGANOSSOLOS (O)
ESPODOSSOLOS (E)
PLANOSSOLOS(S)
GLEISSOLOS (G)
PLINTOSSOLOS(F)
LATOSSOLOS (L)
VERTISSOLOS(V)
LUVISSOLOS (T)
EX: NEOSSOLO
NEOLSSOLOS (R)
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

Padronização de cores e
letas nos mapas dos solos

https://www.embrapa.br/tema-solos-brasileiros/solos-do-brasil
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

Brasil: LATOSSOLOS E
ARGISSOLOS
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

Brasil: LATOSSOLOS E
ARGISSOLOS
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

2° NÍVEL (SUBORDENS) = 44

1° nível: MAIÚSCULA
2° nível: MAIÚSCULA

EX: NEOSSOLO LITÓLICO


CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

2° NÍVEL (SUBORDENS) = 44

3° NÍVEL (SUBORDENS) = 44

EX: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico 1° nível: MAIÚSCULA


2° nível: MAIÚSCULA
3° nível: Minúscula
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

2° NÍVEL (SUBORDENS) = 44

3° NÍVEL (GRANDES GRUPOS) = 192

4° NÍVEL (SUBGRUPOS) = 938

1° nível: MAIÚSCULA
2° nível: MAIÚSCULA
3° nível: Minúscula
EX: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico
4° nível: minúscula
CHAVE DE
CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
1° NÍVEL (ORDEM):

2° NÍVEL (SUBORDENS) = 44

3° NÍVEL (GRANDES GRUPOS) = 192

4° NÍVEL (SUBGRUPOS) = 938

5° NÍVEL (FAMÍLIAS) – ainda não há indicação

6° NÍVEL (SÉRIES) – ainda não há indicação

EX: NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico,


textura média cascalhenta, A moderado, SISTEMA AINDA EM
álico, caulinítico EVOLUÇÃO
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

HORIZONTE HÍSTICO

A-CHERNOZÊMICO

A-HÚMICO

A-ANTRÓPICO

A-FRACO

A-MODERADO
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

HORIZONTE HÍSTICO

• Nos horizontes O ou H
• C> 80 g/kg
• Espessura mínima
• > 40 cm – folhas, galhos
• > 20 cm
• > 10 cm – diretamente sobre camada R

Foto: ´Sergio Hideiti Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

A-CHERNOZÊMICO

• Solo fértil
• Horizonte A espesso
• Estrutura moderada ou forte
• Valor e croma < 3 - escuro
• C > 6 g/kg
• Saturação por bases (V) > 65%
• Pouca ocorrência no Brasil

Foto: Virlei de Oliveira u. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

A-HÚMICO

• Em climas mais frios


• Horizonte A com saturação por bases (V) < 65%
• Valor e croma < 4 - escuro
• Espessura do horizonte A X carbono horizonte A >
600 + argila no horizonte A → elevada espessura
e/ou teor de carbono

Foto: Virlei de Oliveira u. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

A-PROEMINENTE

• Semelhante ao A-CHERNOZÊMICO
• saturação por bases (V) < 65%
E
NÃO se enquadra no A-HÚMICO

Foto: Virlei de Oliveira u. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

A-FRACO

• Menos MO
• C< 6 g/kg
• Menos cor
• Valor > 4
• Estreutura em Grãos simples ou maciça
OU
• Espessura do horizonte menor que 5 cm

Foto: Virlei de Oliveira u. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUPERFICIAIS

A- MODERADO

• Se não se enquadra em nenhum dos anteriores

Foto: Virlei de Oliveira u. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
Material orgânico
Material mineral
Atividade da fração argila
Saturação por bases ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS
Mudança textural abrupta
Plintita
Petroplintita
Superfícies de fricção ("slickensides")
Caráter ácrico
Caráter alumínico Caráter flúvico
Caráter argilúvico Caráter litoplíntico Caráter solódico
Caráter carbonático Caráter plânico Caráter sômbrico
Caráter hipocarbonático Caráter plíntico Caráter vértico
Caráter coeso Caráter redóxico Contato lítico
Caráter concrecionário Caráter retrátil Contato lítico fragmentário
Caráter crômico Caráter rúbrico Materiais sulfídricos
Caráter dúrico Caráter sálico Teor de óxidos de ferro
Caráter ebânico Caráter salino Grau de decomposição do material orgânico
Caráter espódico Caráter sódico Propriedades Ândicas
Caráter êutrico
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

ATIVIDADE DA FRAÇÃO ARGILA

• Capacidade de troca de cátions → fração argila


• Grande quantidade de ariglominerais 2:1
• Argila > 27 cmolc kg-1 de argila → (Ta) atividade ALTA → Grande quantidade de ariglominerais 2:1 e
oxihidróxidos
• Argila > 27 cmolc kg-1 de argila → (Tb) atividade BAIXA → solos brasileiros possuem esse caráter
• é considerada a atividade da fração argila no horizonte B (inclusive BA e exclusive BC) ou no horizonte C
(inclusive CA), quando não existe B.
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

SATURAÇÃO POR BASES

• proporção de cátions básicos trocáveis em relação à capacidade de troca determinada a pH 7


• ALTA SATURAÇÃO se aplica a solos com saturação por bases igual ou superior a 50% → EUTRÓFICO
• BAIXA SATURAÇÃO a solos com valores inferiores a 50% → DISTRÓFICO
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTA

• Aumento do teor de argila dentro de pequena zona


de transição entre horizonte A ou E e o B Pouca
subjacente → o dobro de argila argila
• Menor infiltração de água nos horizontes mais
profundos → aumento do fluxo lateral

Muita
argila

Foto: Sergio Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

PLINTITA

• Acumulação de ferro
• Cores vermelha
• Endurecidas
• Friáveis quando úmidas
• Características de solos onde existe processo
inicial de laterização
• Horizontes Bf e Cf

Foto: Sergio Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER ALUMÍNICO

• Solo dessaturado
• Horizonte B
teor de alumínio extraível ≥ 4 cmolc kg-1 de solo
e
• saturação por alumínio [100 x Al+3 / (S + Al+3)] ≥ 50%
e/ou
• saturação por bases (V% = 100 x S/T) < 50%.

Foto: Sergio Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER ARGILÚVICO

• Ocorre em solos que há incremento de argila no


horizonte B
• ARGILA Horizonte B / ARGILA horizonte A > 1,4
E
• Horizonte B deve conter estrutura em blocos
moderados ou fortes ou prismática

Foto: Sergio Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER CARBONÁTICO

• Em climas mais secos


• CaCO3 → 150 g/ kg de solo ou mais de CaCO3
• sob qualquer forma de segregação, inclusive nódulos e/ou
concreções
• Diferente requisitos estabelecidos para horizonte cálcico.

Foto: Virlei Álvaro de Oliveira. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf


CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER CRÔMICO

• Predominância do horizonte B, excluído o BC, de cores


(amostra úmida), com VALOR E CROMA ALTOS:

a. Matiz 5YR ou mais vermelho, com valores iguais ou maiores


que 3 e cromas iguais ou maiores que 4; ou

b. Matiz mais amarelo que 5YR>até 10YR, valores iguais ou


maiores que 4 e cromas iguais ou maiores que 4; ou

c. Matiz mais amarelo que 10YR até 5Y, valores iguais ou


maiores que 5 e cromas maiores que 4.
Foto: Virlei Álvaro de Oliveira. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER FLÚVICO

• Observado em planícies aluviais – enchentes


• influência de sedimentos de natureza aluvionar ou colúvio-
aluvionar:

a. Camadas estratificadas, identificadas por variações irregulares


(erráticas) de granulometria ou de outros atributos do solo em
profundidade; e/ou

b. Distribuição irregular (errática) do conteúdo de carbono orgânico


em profundidade, não relacionada a processos pedogenéticos.
Foto: Sergio Shimizu. Fonte: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS
ATRIBUTOS DIAGNÓSTICOS

CARATER SÓDICO

• É usado para distinguir horizontes ou camadas que


apresentem saturação por sódio (100 Na+ / T) ≥ 15%
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DOS SOLOS

HORIZONTE DIAGNÓSTICO SUBSUPERFICIAIS

Horizonte E álbico (E)


Horizonte plíntico
Horizonte concrecionário
Horizonte B textural (Bt)
Horizonte litoplíntico
Horizonte B latossólico (Bw)
Horizonte glei
Horizonte B incipiente (Bi)
Horzonte cálcico
Horizonte B nítico (Bt)
Horizonte petrocálcico
Horizonte B espódico (Bs, Bhs, Bh)
Horizonte sulfúrico
Horizonte B plânico
Horizonte vértico
Fragipã
Duripã

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