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Agronomia

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos:


conheça o SiBCS
fevereiro 14, 2022
8 min de leitura
O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) é um sistema que foi elaborado no Brasil com a finalidade de categorizar
os solos, dar a eles nomes científicos e elaborar legendas para os mapas de solos.
Para Igo F. Lepsch, autor do livro 19 lições de pedologia, é importante que exista essa classificação para que haja
uma organização dos conhecimentos a respeito dos solos brasileiros, a fim de entender as relações existentes entre os diversos
tipos e, por fim, estabelecer relações entre eles de forma que possa ser útil para fins específicos. 
Portanto, os dados presentes no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos contam somente com informações relacionadas
aos solos do Brasil, sendo que a maior parte foi descrita no campo por ocasião de levantamentos pedológicos do tipo
reconhecimento, efetuados pelo Centro Nacional de Pesquisas em Solos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(CNPS/Embrapa).
Esse Centro iniciou seus trabalhos na década de 1950, com a denominação de Comissão de Solos do CNEPA. Por volta de 1980,
reconheceu-se que muitas unidades taxonômicas então utilizadas não estavam bem definidas e categorizadas. Além disso, elas
necessitavam de chaves sistemáticas. Como resultado, em 1999, surgiu a primeira versão do Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos. 

Estrutura hierárquica do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos


Dentro da concepção de um sistema multicategórico e hierárquico, à semelhança das classificações biológicas, o Sistema
Brasileiro de Classificação de Solos foi estruturado em seis níveis. 
O primeiro nível – ordem – engloba 13 classes, definidas principalmente pela presença ou ausência de horizontes diagnósticos
que refletem diferenças relacionadas a processos pedogenéticos. 
A nomenclatura adota termos consagrados em outras taxonomias de solos, boa parte dos quais são também utilizados no
sistema de classificação da FAO/Unesco-WRB. 
Hierarquização do atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos: ordem,
subordem, grande grupo, subgrupo família e série. À direita, os solos do Brasil:
Organossolos, Neossolos, Vertissolos Espodossolos, Planossolos, Gleissolos, Latossolos,
Chernossolos, Cambissolos, Plintossolos, Luvissolos, Nitossolos e Argissolos.

À esquerda, a estrutura da hierarquização do atual SiBCS. Das seis categorias (ordem, subordem etc.), as séries ainda não têm
suas classes (ou táxons) estabelecidas. À direita, o nome das 13 subordens (Imagem retirada do livro 19 lições de pedologia,
publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)
Ao contrário da nova classificação dos Estados Unidos, o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos foi elaborado tomando
como base perfis representativos de solos enquadrados em táxons dos níveis hierárquicos mais elevados identificados em
levantamentos dos tipos reconhecimento e exploratório com nomes provisórios da antiga classificação dos EUA. 
Até a última versão da classificação, publicada em 2018, somente classes dos quatro primeiros níveis categóricos foram
definidas: as famílias estavam com definições de teste e as séries não foram definidas. 
O número de classes aumenta de 13 para 44, da categoria taxonômica de ordem para a de subordem, e de 198 para 861, quando
nos referimos aos grandes grupos e subgrupos, respectivamente.
Os critérios para distinção das diversas classes de solos brasileiros baseiam-se na presença ou ausência de horizontes
diagnósticos, bem como de algumas de suas características mais especiais, denominadas atributos diagnósticos.

Horizontes e atributos diagnósticos


Os horizontes diagnósticos podem ser de dois tipos: superficiais e subsuperficiais. Exemplos dos superficiais são os horizontes A
e os horizontes O e H.
Como exemplos de horizontes diagnósticos subsuperficiais, temos tipos de horizontes B (latossólico, textural etc.) e outros que
podem corresponder, totalmente ou em parte, aos horizontes morfológicos A, E, B ou C (glei, plíntico, vértico, duripã, álbico
etc.). Além dos horizontes diagnósticos, outras camadas ou atributos especiais dos horizontes principais são reconhecidas e
definidas.
Essas feições são mais utilizadas como critérios diagnósticos nos níveis categóricos mais baixos do sistema e incluem vários
parâmetros morfológicos, físicos e químicos, tais como: material orgânico, atividade das argilas, saturação por bases, mudança
textural, quantidade de plintita etc.

Quadro que apresenta os principais horizontes e atributos diagnósticos do solo e suas definições simplificadas segundo o SiBCS
(Imagem retirada do livro 19 lições de pedologia, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

Como identificar um solo no primeiro nível categórico (ordem)?


Para identificar a classe de um determinado solo, temos que conhecer sua descrição morfológica e o resultado de suas análises
de laboratório. Com isso, será possível identificar os horizontes diagnósticos superficiais e subsuperficiais, bem como os
principais atributos diagnósticos. 
Feito isso, deve-se consultar a chave de identificação da categoria mais elevada, onde os solos foram primeiro organizados com
base na presença ou ausência de atributos que refletem sua gênese: as ordens. 
Identificando os horizontes e os atributos diagnósticos e seguindo a chave, poderemos verificar, por exemplo, que um perfil de
solo que não apresentar horizonte hístico com mais de 40 cm de espessura e sem qualquer dos horizontes B diagnósticos deve
ser enquadrado na classe dos Neossolos.

O segundo nível categórico: as subordens


No nível de subordem, as classes apresentam atributos que refletem a atuação de processos pedogenéticos que agiram
conjuntamente ou afetaram os processos dominantes já considerados para separar os solos no primeiro nível categórico. 
Esses atributos, além de ressaltar a presença ou ausência de outros horizontes diagnósticos não considerados no nível de
ordem, incluem características diferenciais que representam variações dentro das classes do primeiro nível, como a cor do
horizonte B. 
Por exemplo, um solo primeiramente enquadrado na classe dos Neossolos poderá pertencer a uma das quatro subordens:
1. Neossolo Litólico (se tiver horizonte A assentado diretamente sobre rocha);
2. Neossolo Flúvico (horizonte A sobre horizonte C, de origem fluvial);
3. Neossolo Regolítico (quando o horizonte A está sobre o C, oriundo diretamente de rocha decomposta);
4. Neossolo Quartzarênico (quando o horizonte A está assentado diretamente sobre um horizonte C onde predomina areia
constituída de quartzo).
Esquema dos horizontes diagnósticos de
um perfil representativo da classe dos
Latossolos.

Esquema dos horizontes diagnósticos de um perfil representativo da classe dos Latossolos. Qualquer tipo de horizonte mais
superficial, exceto o hístico, pode se sobrepor ao B latossólico; este é comumente bem espesso (mais de 2 m) (Imagem retirada
do livro 19 lições de pedologia, publicado pela Oficina de Textos. Todos os direitos reservados)

O terceiro nível categórico: os grandes grupos


No terceiro nível categórico estão os grandes grupos, que representam subdivisões das subordens baseadas no tipo, no arranjo
e no grau de expressão dos horizontes, com ênfase na atividade da argila e na saturação do complexo de adsorção por bases ou
por alumínio, ou por sódio e/ou por sais solúveis. 
Algumas características que restringem e/ou afetam o desenvolvimento de raízes foram também consideradas, bem como
teores de óxidos de ferro em algumas subordens dos Latossolos.
Por exemplo, o perfil de um solo identificado como Neossolo Flúvico deverá ser enquadrado em uma das classes dos sete
grandes grupos previstos para essa subordem; entre eles está o Neossolo Flúvico Sódico, que apresenta alta saturação por
sódio.

O quarto nível categórico: os subgrupos


No quarto nível categórico, o de subgrupos, os solos são agrupados em classes que se distinguem por características que
representam o conceito central da classe e por outras que indicam se tal conceito é intermediário para o primeiro, o segundo ou
o terceiro nível categórico. 
Consideram-se também algumas características extraordinárias, por exemplo, os solos afetados por atividades antrópicas, que
são adjetivados como antropogênicos. 
Dessa forma, um solo enquadrado como Neossolo Flúvico Sódico poderá enquadrar-se em um dos três subgrupos previstos
para essa classe, entre os quais estão o Neossolo Flúvico Sódico típico e o Neossolo Flúvico Sódico vértico – o primeiro mais
típico do grande grupo e o segundo, com características intermediárias para a classe dos Vertissolos.

O quinto e o sexto níveis categóricos: famílias e séries


O quinto nível categórico (famílias), foi definido recentemente e ainda está em discussão. As famílias estão sendo
provisoriamente definidas com base em propriedades físicas, químicas e mineralógicas, e em propriedades que refletem
condições ambientais não consideradas nas categorias anteriores. 
Nesse nível, consideram-se características para fins de utilização agrícola e não agrícola dos solos como atributos diferenciais.
Foi estabelecida a seguinte sequência na designação da família: 
a) grupamento textural;
b) distribuição de cascalho e concreções no perfil;
c) constituição esquelética do solo;
d) tipo de horizonte A (que não tenha sido utilizado em outros níveis categóricos);
e) saturação por bases (especificação do estado de saturação, como hiper, meso, epi etc.);
f) saturação por alumínio;
g) teor de óxidos de ferro;
h) caráter alofânico;
i) características especiais pedogenéticas ou decorrentes do uso;
j) profundidade;
k) reação do solo. 
Para a classe dos Organossolos, devem ser adotados critérios especiais que privilegiem a natureza da matéria orgânica do solo.
O nome do solo das famílias deve ser formado adicionando ao nome do subgrupo os qualificativos pertinentes, com letras
minúsculas, separados por vírgula. 
Por exemplo: Latossolo Amarelo Ácrico petroplíntico, textura argilosa cascalhenta, endoconcrecionário, A moderado, gibbsítico-
oxídico, aniônico.
O sexto nível categórico, ainda não estruturado, deverá ser a categoria que engloba as classes mais homogêneas do sistema,
correspondente ao nível de séries de solos. Uma série deverá compreender solos pedogeneticamente idênticos, situados em
áreas onde dominam pedons com horizontes similares, no que diz respeito às feições da paisagem e dos horizontes do perfil
do solum.
Para identificar unidades de mapeamento correspondentes às séries, normalmente são levadas em conta a forma do terreno, a
morfologia dos horizontes, a natureza do material de origem e a drenagem interna. 
Elas são consideradas um dos principais meios pelos quais informações detalhadas acerca de um solo em determinado lugar
podem ser projetadas para solos similares em outros locais. Para a nomenclatura das séries serão utilizados nomes próprios,
geralmente referenciados a lugares onde a série foi primeiramente reconhecida, descrita e oficialmente registrada.

Para saber mais

O livro 19 lições de Pedologia é uma abrangente introdução à Ciência do Solo, especialmente desenvolvido para as condições
brasileiras. A obra explora as rochas e minerais que dão origem aos solos, os processos de formação e degradação, e sua biologia,
física e química. 
A obra está em sua segunda edição e está disponível para aquisição em nossa livraria técnica.
Capa de 19 lições de Pedologia.

classificação dos solos morfologia dos solos pedologia solos

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