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Casos Práticos

1. Os EUA pretendem negociar com Portugal, a nível bilateral, um acordo tarifário –


que visa a constituição de uma pauta aduaneira bilateral – sobre produtos têxteis.
Portugal pode concluir esse Tratado?

2. Em 1983 Portugal celebrou com a Suíça um acordo comercial sobre vinhos. Com a
adesão de Portugal às Comunidades esse acordo continua em vigor?

3. Portugal e Espanha pretendem celebrar um acordo internacional com os EUA sobre


poluição marítima. Podem fazê-lo?

***

4. A Comissão entende que, para levar por diante a integração, precisa de criar uma
política industrial comum. Todavia, não dispõe de competência para o efeito. Existe
algum mecanismo para solucionar esta questão? Justifique a resposta.

5. Em 1 de Dezembro de 2010, o Conselho aprovou uma directiva que regula o teor


dos chocolates para crianças. A Croácia entende que não está obrigada a respeitar
essa directiva por ser anterior à sua adesão.

6. Em 2008, o Conselho adoptou, por unanimidade, sob proposta da Comissão, uma


directiva, fundada no artigo 352.º do TFUE, visando intensificar as relações
culturais entre os Estados-membros, a fim de favorecer o conhecimento do
património cultural comum e a diversidade cultural da Europa, dispondo acerca das
formas de gestão e administração dos museus, bem como acerca da cooperação no
domínio da investigação e da formação contínua no sector do património cultural.

a) O artigo 352.º é a base jurídica correcta e justificada para a adopção daquele


acto?
b) O artigo 352.º é compatível com o princípio da competência por atribuição
previsto no artigo 5.º do TUE;
c) O artigo 352.º opõe-se à teoria das competências implícitas?

7. Em setembro de 2019, a Comissão Europeia apresentou ao Conselho uma proposta


de directiva sobre transparência na divulgação dos preços praticados pelos bancos
junto dos seus clientes, que visa reforçar o direito dos consumidores.

O Conselho, invocando urgência, dispensou a consulta ao Parlamento Europeu e


aprovou a proposta ao abrigo do artigo 352.º do TFUE, enviando-a para publicação
no Jornal Oficial da União Europeia.

A directiva devia ser transposta no prazo de um ano.

Em dezembro de 2020, o Senhor Abel verifica que o seu Banco cobra comissões
que nunca lhe foram comunicadas, ao contrário do que determina expressamente o
artigo 2.º da directiva.

Consequentemente, o Senhor Abel exige ao Banco a devolução das comissões


cobradas dado que teria sido violado o disposto no artigo 2.º da directiva.

O Banco afirma que não violou a Directiva porquanto esta não foi transposta e que,
em todo o caso, o processo de adopção da directiva não respeitou o disposto no
TFUE pelo que nunca pode ser invocada, razão pela qual pretende interpor recurso
de anulação da directiva junto do TJUE.

8. A Directiva 2019/XY/CE, cujo prazo de transposição para o direito nacional


termina em 2021, impõe determinadas regras no que respeita à apresentação de
reclamações por parte dos consumidores, tendo em vista reforçar os seus direitos.

Ao apresentar uma reclamação, António verifica que a lei que se encontra em vigor em
Portugal nesta matéria tem um conteúdo diferente do previsto na referida directiva e
considera que, como tal, é ilegal e não deve ser aplicada.
a) Pode António invocar aquela Directiva perante um tribunal nacional para
evitar que a lei nacional lhe seja aplicada. Justifique.
b) Em que circunstâncias pode uma Directiva ser invocada por particulares?

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