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ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA DE ENSINO
COORDENADORIA DE SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

JORNADA ADMINISTRATIVA – 2017


Legislação Educacional
Presidência da República § 2º O disposto neste artigo aplica-se às
Casa Civil instituições de pesquisa científica e tecnológica.
Subchefia para Assuntos Jurídicos Art. 208. O dever do Estado com a educação será
efetivado mediante a garantia de:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4
DO BRASIL DE 1988 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada
(...) inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela
não tiveram acesso na idade própria
CAPÍTULO III II - progressiva universalização do ensino médio
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO gratuito
III - atendimento educacional especializado aos
SEÇÃO I portadores de deficiência, preferencialmente na rede
DA EDUCAÇÃO regular de ensino;
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às
Estado e da família, será promovida e incentivada com crianças até 5 (cinco) anos de idade;V - acesso aos
a colaboração da sociedade, visando ao pleno níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o criação artística, segundo a capacidade de cada um;
exercício da cidadania e sua qualificação para o VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
trabalho. condições do educando;
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos VII - atendimento ao educando, em todas as etapas
seguintes princípios: da educação básica, por meio de programas
I - igualdade de condições para o acesso e suplementares de material didático-escolar, transporte,
permanência na escola; alimentação e assistência à saúde
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
divulgar o pensamento, a arte e o saber; direito público subjetivo.
III - pluralismo de idéias e de concepções § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
privadas de ensino; responsabilidade da autoridade competente.
IV - gratuidade do ensino público em § 3º Compete ao Poder Público recensear os
estabelecimentos oficiais; educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
V - valorização dos profissionais da educação chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, frequência à escola.
com ingresso exclusivamente por concurso público de Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada,
provas e títulos, aos das redes públicas; atendidas as seguintes condições:
VI - gestão democrática do ensino público, na I - cumprimento das normas gerais da educação
forma da lei; nacional;
VII - garantia de padrão de qualidade. II - autorização e avaliação de qualidade pelo
VIII - piso salarial profissional nacional para os Poder Público.
profissionais da educação escolar pública, nos termos Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o
de lei federal. ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias básica comum e respeito aos valores culturais e
de trabalhadores considerados profissionais da artísticos, nacionais e regionais.
educação básica e sobre a fixação de prazo para a § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa,
elaboração ou adequação de seus planos de carreira, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e públicas de ensino fundamental.
dos Municípios. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado
Art. 207. As universidades gozam de autonomia em língua portuguesa, assegurada às comunidades
didático-científica, administrativa e de gestão financeira indígenas também a utilização de suas línguas
e patrimonial, e obedecerão ao princípio de maternas e processos próprios de aprendizagem.
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e
§ 1º É facultado às universidades admitir os Municípios organizarão em regime de colaboração
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na seus sistemas de ensino.
forma da lei.

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§ 1º A União organizará o sistema federal de demonstrarem insuficiência de recursos, quando
ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de houver falta de vagas e cursos regulares da rede
ensino públicas federais e exercerá, em matéria pública na localidade da residência do educando,
educacional, função redistributiva e supletiva, de forma ficando o Poder Público obrigado a investir
a garantir equalização de oportunidades educacionais e prioritariamente na expansão de sua rede na
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante localidade.
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de
Federal e aos Municípios. estímulo e fomento à inovação realizadas por
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no universidades e/ou por instituições de educação
ensino fundamental e na educação infantil. profissional e tecnológica poderão receber apoio
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão financeiro do Poder Público.
prioritariamente no ensino fundamental e médio. Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a educação, de duração decenal, com o objetivo de
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios articular o sistema nacional de educação em regime de
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e
a universalização do ensino obrigatório. estratégias de implementação para assegurar a
§ 5º A educação básica pública atenderá manutenção e desenvolvimento do ensino em seus
prioritariamente ao ensino regular. diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca ações integradas dos poderes públicos das diferentes
menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os esferas federativas que conduzam a:
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da I - erradicação do analfabetismo;
receita resultante de impostos, compreendida a II - universalização do atendimento escolar;
proveniente de transferências, na manutenção e III - melhoria da qualidade do ensino;
desenvolvimento do ensino. IV - formação para o trabalho;
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos V - promoção humanística, científica e tecnológica
transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal do País.
e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos VI - estabelecimento de meta de aplicação de
Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo recursos públicos em educação como proporção do
previsto neste artigo, receita do governo que a produto interno bruto.
transferir. (...)
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no Brasília, 5 de outubro de 1988.
"caput" deste artigo, serão considerados os sistemas
de ensino federal, estadual e municipal e os recursos
aplicados na forma do art. 213. Presidência da República
§ 3º A distribuição dos recursos públicos Casa Civil
assegurará prioridade ao atendimento das Subchefia para Assuntos Jurídicos
necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a
universalização, garantia de padrão de qualidade e
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
equidade, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
financiados com recursos provenientes de Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
contribuições sociais e outros recursos orçamentários. Lei:
§ 5º A educação básica pública terá como fonte TÍTULO I
adicional de financiamento a contribuição social do Da Educação
salário-educação, recolhida pelas empresas na forma Art. 1º A educação abrange os processos formativos
da lei. que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
§ 6º As cotas estaduais e municipais da humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
arrecadação da contribuição social do salário-educação pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
serão distribuídas proporcionalmente ao número de sociedade civil e nas manifestações culturais.
alunos matriculados na educação básica nas § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se
respectivas redes públicas de ensino. desenvolve, predominantemente, por meio do ensino,
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às em instituições próprias.
escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas do trabalho e à prática social.
em lei, que: TÍTULO II
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
seus excedentes financeiros em educação; Art. 2º A educação, dever da família e do Estado,
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas desenvolvimento do educando, seu preparo para o
atividades. exercício da cidadania e sua qualificação para o
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão trabalho.
ser destinados a bolsas de estudo para o ensino Art. 3º O ensino será ministrado com base nos
fundamental e médio, na forma da lei, para os que seguintes princípios:
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I - igualdade de condições para o acesso e legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público,
permanência na escola; acionar o poder público para exigi-lo.
o
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar § 1 O poder público, na esfera de sua competência
a cultura, o pensamento, a arte e o saber; federativa, deverá:
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; I - recensear anualmente as crianças e adolescentes
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; em idade escolar, bem como os jovens e adultos que
V - coexistência de instituições públicas e privadas de não concluíram a educação básica;
ensino; II - fazer-lhes a chamada pública;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
oficiais; freqüência à escola.
VII - valorização do profissional da educação escolar; § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; ensino obrigatório, nos termos deste artigo,
IX - garantia de padrão de qualidade; contemplando em seguida os demais níveis e
X - valorização da experiência extra-escolar; modalidades de ensino, conforme as prioridades
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e constitucionais e legais.
as práticas sociais. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste
XII - consideração com a diversidade étnico- artigo tem legitimidade para peticionar no Poder
racial. Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da
TÍTULO III Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a
Do Direito à Educação e do Dever de Educar ação judicial correspondente.
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar § 4º Comprovada a negligência da autoridade
pública será efetivado mediante a garantia de: competente para garantir o oferecimento do ensino
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da responsabilidade.
seguinte forma: § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de
a) pré-escola; ensino, o Poder Público criará formas alternativas de
b) ensino fundamental; acesso aos diferentes níveis de ensino,
c) ensino médio; independentemente da escolarização anterior.
o
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 Art. 6 É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
(cinco) anos de idade; matrícula das crianças na educação básica a partir dos
III - atendimento educacional especializado gratuito aos 4 (quatro) anos de idade.
educandos com deficiência, transtornos globais do Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, seguintes condições:
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, I - cumprimento das normas gerais da educação
preferencialmente na rede regular de ensino; nacional e do respectivo sistema de ensino;
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental II - autorização de funcionamento e avaliação de
e médio para todos os que não os concluíram na idade qualidade pelo Poder Público;
própria; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da previsto no art. 213 da Constituição Federal.
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade TÍTULO IV
de cada um; Da Organização da Educação Nacional
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
condições do educando; Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e respectivos sistemas de ensino.
adultos, com características e modalidades adequadas § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional
às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se de educação, articulando os diferentes níveis e
aos que forem trabalhadores as condições de acesso e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e
permanência na escola; supletiva em relação às demais instâncias
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educacionais.
educação básica, por meio de programas § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de
suplementares de material didático-escolar, transporte, organização nos termos desta Lei.
alimentação e assistência à saúde; Art. 9º A União incumbir-se-á de:
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em
como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do Municípios;
processo de ensino-aprendizagem. II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de instituições oficiais do sistema federal de ensino e o
ensino fundamental mais próxima de sua residência a dos Territórios;
toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) III - prestar assistência técnica e financeira aos
anos de idade. Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
o
Art. 5 O acesso à educação básica obrigatória é desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, atendimento prioritário à escolaridade obrigatória,
grupo de cidadãos, associação comunitária, exercendo sua função redistributiva e supletiva;
organização sindical, entidade de classe ou outra

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IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
Distrito Federal e os Municípios, competências e I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e
diretrizes para a educação infantil, o ensino instituições oficiais dos seus sistemas de ensino,
fundamental e o ensino médio, que nortearão os integrando-os às políticas e planos educacionais da
currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a União e dos Estados;
assegurar formação básica comum; II - exercer ação redistributiva em relação às suas
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o escolas;
Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e III - baixar normas complementares para o seu sistema
procedimentos para identificação, cadastramento e de ensino;
atendimento, na educação básica e na educação IV - autorizar, credenciar e supervisionar os
superior, de alunos com altas habilidades ou estabelecimentos do seu sistema de ensino;
superdotação; V - oferecer a educação infantil em creches e pré-
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental,
educação; permitida a atuação em outros níveis de ensino
VI - assegurar processo nacional de avaliação do somente quando estiverem atendidas plenamente as
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e necessidades de sua área de competência e com
superior, em colaboração com os sistemas de ensino, recursos acima dos percentuais mínimos vinculados
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da pela Constituição Federal à manutenção e
qualidade do ensino; desenvolvimento do ensino.
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
pós-graduação; municipal.
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda,
instituições de educação superior, com a cooperação por se integrar ao sistema estadual de ensino ou
dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este compor com ele um sistema único de educação básica.
nível de ensino; Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de incumbência de:
educação superior e os estabelecimentos do seu I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
sistema de ensino. II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho financeiros;
Nacional de Educação, com funções normativas e de III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-
supervisão e atividade permanente, criado por lei. aula estabelecidas;
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
IX, a União terá acesso a todos os dados e cada docente;
informações necessários de todos os estabelecimentos V - prover meios para a recuperação dos alunos de
e órgãos educacionais. menor rendimento;
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser VI - articular-se com as famílias e a comunidade,
delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde criando processos de integração da sociedade com a
que mantenham instituições de educação superior. escola;
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração execução da proposta pedagógica da escola;
na oferta do ensino fundamental, as quais devem VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz
assegurar a distribuição proporcional das competente da Comarca e ao respectivo representante
responsabilidades, de acordo com a população a ser do Ministério Público a relação dos alunos que
atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta
uma dessas esferas do Poder Público; por cento do percentual permitido em lei.
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
em consonância com as diretrizes e planos nacionais I - participar da elaboração da proposta pedagógica do
de educação, integrando e coordenando as suas ações estabelecimento de ensino;
e as dos seus Municípios; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
educação superior e os estabelecimentos do seu IV - estabelecer estratégias de recuperação para os
sistema de ensino; alunos de menor rendimento;
V - baixar normas complementares para o seu sistema V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
de ensino; além de participar integralmente dos períodos
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, desenvolvimento profissional;
respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; VI - colaborar com as atividades de articulação da
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede escola com as famílias e a comunidade.
estadual. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as gestão democrática do ensino público na educação
competências referentes aos Estados e aos Municípios.

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básica, de acordo com as suas peculiaridades e TÍTULO V
conforme os seguintes princípios: Dos Níveis e das Modalidades de Educação e
I - participação dos profissionais da educação na Ensino
elaboração do projeto pedagógico da escola; CAPÍTULO I
II - participação das comunidades escolar e local em Da Composição dos Níveis Escolares
conselhos escolares ou equivalentes. Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às I - educação básica, formada pela educação infantil,
unidades escolares públicas de educação básica que ensino fundamental e ensino médio;
os integram progressivos graus de autonomia II - educação superior.
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, CAPÍTULO II
observadas as normas gerais de direito financeiro DA EDUCAÇÃO BÁSICA
público. Seção I
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: Das Disposições Gerais
I - as instituições de ensino mantidas pela União; Art. 22. A educação básica tem por finalidades
II - as instituições de educação superior criadas e desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
mantidas pela iniciativa privada; comum indispensável para o exercício da cidadania e
III - os órgãos federais de educação. fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do estudos posteriores.
Distrito Federal compreendem: Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância
pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; regular de períodos de estudos, grupos não-seriados,
II - as instituições de educação superior mantidas pelo com base na idade, na competência e em outros
Poder Público municipal; critérios, ou por forma diversa de organização, sempre
III - as instituições de ensino fundamental e médio que o interesse do processo de aprendizagem assim o
criadas e mantidas pela iniciativa privada; recomendar.
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive
Federal, respectivamente. quando se tratar de transferências entre
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo
educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa como base as normas curriculares gerais.
privada, integram seu sistema de ensino. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino peculiaridades locais, inclusive climáticas e
compreendem: econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino,
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de sem com isso reduzir o número de horas letivas
educação infantil mantidas pelo Poder Público previsto nesta Lei.
municipal; Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e
II - as instituições de educação infantil criadas e médio, será organizada de acordo com as seguintes
mantidas pela iniciativa privada; regras comuns:
III – os órgãos municipais de educação. I - a carga horária mínima anual será de oitocentas
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis horas para o ensino fundamental e para o ensino
classificam-se nas seguintes categorias médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de
administrativas: efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
I - públicas, assim entendidas as criadas ou aos exames finais, quando houver;
incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a
Público; primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
II - privadas, assim entendidas as mantidas e a) por promoção, para alunos que cursaram, com
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria
direito privado. escola;
Art. 20. As instituições privadas de ensino se b) por transferência, para candidatos procedentes de
enquadrarão nas seguintes categorias: I - outras escolas;
particulares em sentido estrito, assim entendidas as c) independentemente de escolarização anterior,
que são instituídas e mantidas por uma ou mais mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não de desenvolvimento e experiência do candidato e
apresentem as características dos incisos abaixo; permita sua inscrição na série ou etapa adequada,
II - comunitárias, assim entendidas as que são conforme regulamentação do respectivo sistema de
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou ensino;
mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas III - nos estabelecimentos que adotam a progressão
educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua regular por série, o regimento escolar pode admitir
entidade mantenedora representantes da formas de progressão parcial, desde que preservada a
comunidade; seqüência do currículo, observadas as normas do
III - confessionais, assim entendidas as que são respectivo sistema de ensino;
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com
mais pessoas jurídicas que atendem a orientação alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de
confessional e ideologia específicas e ao disposto no adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
inciso anterior; estrangeiras, artes, ou outros componentes
IV - filantrópicas, na forma da lei. curriculares;

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V - a verificação do rendimento escolar observará os III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que,
seguintes critérios: em situação similar, estiver obrigado à prática da
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do educação física;
o
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre IV – amparado pelo Decreto-Lei n 1.044, de 21 de
os quantitativos e dos resultados ao longo do período outubro de 1969;
sobre os de eventuais provas finais; V – (VETADO)
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos VI – que tenha prole.
com atraso escolar; § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries contribuições das diferentes culturas e etnias para a
mediante verificação do aprendizado; formação do povo brasileiro, especialmente das
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; matrizes indígena, africana e européia.
o
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de § 5 No currículo do ensino fundamental, a partir do
preferência paralelos ao período letivo, para os casos sexto ano, será ofertada a língua inglesa.
o
de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados § 6 As artes visuais, a dança, a música e o teatro são
pelas instituições de ensino em seus regimentos; as linguagens que constituirão o componente curricular
o
VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, de que trata o § 2 deste artigo.
o
conforme o disposto no seu regimento e nas normas do § 7 A integralização curricular poderá incluir, a critério
respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas envolvendo os temas transversais de que trata
letivas para aprovação; o caput.
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir § 8º A exibição de filmes de produção nacional
históricos escolares, declarações de conclusão de série constituirá componente curricular complementar
e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a
as especificações cabíveis. sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso mensais.
o
I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, § 9 Conteúdos relativos aos direitos humanos e à
no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, prevenção de todas as formas de violência contra a
devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo criança e o adolescente serão incluídos, como temas
máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de transversais, nos currículos escolares de que trata
o
carga horária, a partir de 2 de março de 2017. o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei n 8.069,
o
§ 2 Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
educação de jovens e adultos e de ensino noturno Adolescente), observada a produção e distribuição de
regular, adequado às condições do educando, material didático adequado.
o
conforme o inciso VI do art. 4 . § 10. A inclusão de novos componentes curriculares
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades de caráter obrigatório na Base Nacional Comum
responsáveis alcançar relação adequada entre o Curricular dependerá de aprovação do Conselho
número de alunos e o professor, a carga horária e as Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro
condições materiais do estabelecimento. de Estado da Educação.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino
ensino, à vista das condições disponíveis e das fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
características regionais e locais, estabelecer torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
parâmetro para atendimento do disposto neste artigo. brasileira e indígena.
o
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino § 1 O conteúdo programático a que se refere este
fundamental e do ensino médio devem ter base artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura
nacional comum, a ser complementada, em cada que caracterizam a formação da população brasileira, a
sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo
por uma parte diversificada, exigida pelas da história da África e dos africanos, a luta dos negros
características regionais e locais da sociedade, da e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
cultura, da economia e dos educandos. indígena brasileira e o negro e o índio na formação da
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem sociedade nacional, resgatando as suas contribuições
abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua nas áreas social, econômica e política, pertinentes à
portuguesa e da matemática, o conhecimento do história do Brasil.
o
mundo físico e natural e da realidade social e política, § 2 Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
especialmente do Brasil. brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão
o
§ 2 O ensino da arte, especialmente em suas ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
expressões regionais, constituirá componente curricular especial nas áreas de educação artística e de literatura
obrigatório da educação básica. e história brasileiras.
o
§ 3 A educação física, integrada à proposta Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica
pedagógica da escola, é componente curricular observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
obrigatório da educação básica, sendo sua prática I - a difusão de valores fundamentais ao interesse
facultativa ao aluno: social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a ao bem comum e à ordem democrática;
seis horas; II - consideração das condições de escolaridade dos
II – maior de trinta anos de idade; alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;

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IV - promoção do desporto educacional e apoio às III - o desenvolvimento da capacidade de
práticas desportivas não-formais. aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes
rural, os sistemas de ensino promoverão as e valores;
adaptações necessárias à sua adequação às IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços
peculiaridades da vida rural e de cada região, de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
especialmente: que se assenta a vida social.
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
às reais necessidades e interesses dos alunos da zona ensino fundamental em ciclos.
rural; § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão
II - organização escolar própria, incluindo adequação regular por série podem adotar no ensino fundamental
do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
condições climáticas; avaliação do processo de ensino-aprendizagem,
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. observadas as normas do respectivo sistema de
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, ensino.
indígenas e quilombolas será precedido de § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em
manifestação do órgão normativo do respectivo sistema língua portuguesa, assegurada às comunidades
de ensino, que considerará a justificativa apresentada indígenas a utilização de suas línguas maternas e
pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico processos próprios de aprendizagem.
do impacto da ação e a manifestação da comunidade § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o
escolar. ensino a distância utilizado como complementação da
Seção II aprendizagem ou em situações emergenciais.
o
Da Educação Infantil § 5 O currículo do ensino fundamental incluirá,
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das
educação básica, tem como finalidade o crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei
o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) n 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto
anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e da Criança e do Adolescente, observada a produção e
social, complementando a ação da família e da distribuição de material didático adequado.
comunidade. § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: incluído como tema transversal nos currículos do
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de ensino fundamental.
até três anos de idade; Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 parte integrante da formação básica do cidadão e
(cinco) anos de idade. constitui disciplina dos horários normais das escolas
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito
com as seguintes regras comuns: à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do quaisquer formas de proselitismo.
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os
promoção, mesmo para o acesso ao ensino procedimentos para a definição dos conteúdos do
fundamental; ensino religioso e estabelecerão as normas para a
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) habilitação e admissão dos professores.
horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil,
dias de trabalho educacional; constituída pelas diferentes denominações religiosas,
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) para a definição dos conteúdos do ensino
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas religioso.
para a jornada integral; Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental
IV - controle de frequência pela instituição de educação incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
(sessenta por cento) do total de horas; período de permanência na escola.
V - expedição de documentação que permita atestar os § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
processos de desenvolvimento e aprendizagem da formas alternativas de organização autorizadas nesta
criança. Lei.
Seção III § 2º O ensino fundamental será ministrado
Do Ensino Fundamental progressivamente em tempo integral, a critério dos
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração sistemas de ensino.
de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando- Seção IV
se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a Do Ensino Médio
formação básica do cidadão, mediante: Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, básica, com duração mínima de três anos, terá como
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, finalidades:
da escrita e do cálculo; I - a consolidação e o aprofundamento dos
II - a compreensão do ambiente natural e social, do conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores possibilitando o prosseguimento de estudos;
em que se fundamenta a sociedade; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania
do educando, para continuar aprendendo, de modo a

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ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas formativos, que deverão ser organizados por meio da
condições de ocupação ou aperfeiçoamento oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a
posteriores; relevância para o contexto local e a possibilidade dos
III - o aprimoramento do educando como pessoa sistemas de ensino, a saber:
humana, incluindo a formação ética e o I - linguagens e suas tecnologias;
desenvolvimento da autonomia intelectual e do II - matemática e suas tecnologias;
pensamento crítico; III - ciências da natureza e suas tecnologias;
IV - a compreensão dos fundamentos científico- IV - ciências humanas e sociais aplicadas;
tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a V - formação técnica e profissional.
o
teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. § 1 A organização das áreas de que trata o caput e
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá das respectivas competências e habilidades será feita
direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio, de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema
conforme diretrizes do Conselho Nacional de de ensino.
Educação, nas seguintes áreas do I - (revogado);
conhecimento: II - (revogado);
I - linguagens e suas tecnologias; III – (revogado).
II - matemática e suas tecnologias; § 2º(Revogado)
o
III - ciências da natureza e suas tecnologias; § 3 A critério dos sistemas de ensino, poderá ser
IV - ciências humanas e sociais aplicadas. composto itinerário formativo integrado, que se traduz
o
§ 1 A parte diversificada dos currículos de que na composição de componentes curriculares da Base
trata o caput do art. 26, definida em cada sistema de Nacional Comum Curricular - BNCC e dos itinerários
ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional formativos, considerando os incisos I a V do caput.
Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto § 4º (Revogado)
o
histórico, econômico, social, ambiental e § 5 Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade
cultural. de vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do
o
§ 2 A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio cursar mais um itinerário formativo de
ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e que trata o caput.
o
práticas de educação física, arte, sociologia e § 6 A critério dos sistemas de ensino, a oferta de
filosofia. formação com ênfase técnica e profissional
o
§ 3 O ensino da língua portuguesa e da matemática considerará:
será obrigatório nos três anos do ensino médio, I - a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor
assegurada às comunidades indígenas, também, a produtivo ou em ambientes de simulação,
utilização das respectivas línguas maternas. estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando
o
§ 4 Os currículos do ensino médio incluirão, aplicável, de instrumentos estabelecidos pela
obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão legislação sobre aprendizagem profissional;
ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, II - a possibilidade de concessão de certificados
preferencialmente o espanhol, de acordo com a intermediários de qualificação para o trabalho, quando
disponibilidade de oferta, locais e horários definidos a formação for estruturada e organizada em etapas
pelos sistemas de ensino. com terminalidade.
o o
§ 5 A carga horária destinada ao cumprimento da § 7 A oferta de formações experimentais relacionadas
Base Nacional Comum Curricular não poderá ser ao inciso V do caput, em áreas que não constem do
superior a mil e oitocentas horas do total da carga Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá,
horária do ensino médio, de acordo com a definição para sua continuidade, do reconhecimento pelo
dos sistemas de ensino. respectivo Conselho Estadual de Educação, no prazo
o
§ 6 A União estabelecerá os padrões de desempenho de três anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos
esperados para o ensino médio, que serão referência Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da
nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base data de oferta inicial da formação.
o
Nacional Comum Curricular. § 8 A oferta de formação técnica e profissional a que
o
§ 7 Os currículos do ensino médio deverão considerar se refere o inciso V do caput, realizada na própria
a formação integral do aluno, de maneira a adotar um instituição ou em parceria com outras instituições,
trabalho voltado para a construção de seu projeto de deverá ser aprovada previamente pelo Conselho
vida e para sua formação nos aspectos físicos, Estadual de Educação, homologada pelo Secretário
cognitivos e socioemocionais. Estadual de Educação e certificada pelos sistemas de
o
§ 8 Os conteúdos, as metodologias e as formas de ensino.
o
avaliação processual e formativa serão organizados § 9 As instituições de ensino emitirão certificado com
nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e validade nacional, que habilitará o concluinte do ensino
práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e médio ao prosseguimento dos estudos em nível
atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino superior ou em outros cursos ou formações para os
médio o educando demonstre: quais a conclusão do ensino médio seja etapa
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que obrigatória.
presidem a produção moderna; § 10. Além das formas de organização previstas no art.
II - conhecimento das formas contemporâneas de 23, o ensino médio poderá ser organizado em módulos
linguagem. e adotar o sistema de créditos com terminalidade
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto específica.
pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários

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§ 11. Para efeito de cumprimento das exigências planejamento e ao desenvolvimento de projeto
curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino pedagógico unificado.
poderão reconhecer competências e firmar convênios Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação
com instituições de educação a distância com notório profissional técnica de nível médio, quando registrados,
reconhecimento, mediante as seguintes formas de terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento
comprovação: de estudos na educação superior.
I - demonstração prática; Parágrafo único. Os cursos de educação profissional
II - experiência de trabalho supervisionado ou outra técnica de nível médio, nas formas articulada
experiência adquirida fora do ambiente escolar; concomitante e subseqüente, quando estruturados e
III - atividades de educação técnica oferecidas em organizados em etapas com terminalidade,
outras instituições de ensino credenciadas; possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação
IV - cursos oferecidos por centros ou programas para o trabalho após a conclusão, com aproveitamento,
ocupacionais; de cada etapa que caracterize uma qualificação para o
V - estudos realizados em instituições de ensino trabalho.
nacionais ou estrangeiras; Seção V
VI - cursos realizados por meio de educação a Da Educação de Jovens e Adultos
distância ou educação presencial mediada por Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada
tecnologias. àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no estudos no ensino fundamental e médio na idade
processo de escolha das áreas de conhecimento ou de própria.
atuação profissional previstas no caput. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente
Seção IV-A aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio estudos na idade regular, oportunidades educacionais
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste apropriadas, consideradas as características do
Capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral do alunado, seus interesses, condições de vida e de
educando, poderá prepará-lo para o exercício de trabalho, mediante cursos e exames.
profissões técnicas. § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, e a permanência do trabalhador na escola, mediante
facultativamente, a habilitação profissional poderão ser ações integradas e complementares entre si.
o
desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino § 3 A educação de jovens e adultos deverá articular-
médio ou em cooperação com instituições se, preferencialmente, com a educação profissional, na
especializadas em educação profissional. forma do regulamento.
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e
médio será desenvolvida nas seguintes formas: exames supletivos, que compreenderão a base
I - articulada com o ensino médio; nacional comum do currículo, habilitando ao
II - subseqüente, em cursos destinados a quem já prosseguimento de estudos em caráter regular.
tenha concluído o ensino médio. § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-
Parágrafo único. A educação profissional técnica de ão:
nível médio deverá observar: I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes os maiores de quinze anos;
curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho II - no nível de conclusão do ensino médio, para os
Nacional de Educação; maiores de dezoito anos.
II - as normas complementares dos respectivos § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos
sistemas de ensino; educandos por meios informais serão aferidos e
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos reconhecidos mediante exames.
termos de seu projeto pedagógico. CAPÍTULO III
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
médio articulada, prevista no inciso I do caput do art. Da Educação Profissional e Tecnológica
36-B desta Lei, será desenvolvida de forma: Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha cumprimento dos objetivos da educação nacional,
concluído o ensino fundamental, sendo o curso integra-se aos diferentes níveis e modalidades de
planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da
profissional técnica de nível médio, na mesma tecnologia.
o
instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para § 1 Os cursos de educação profissional e tecnológica
cada aluno; poderão ser organizados por eixos tecnológicos,
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino possibilitando a construção de diferentes itinerários
médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas formativos, observadas as normas do respectivo
distintas para cada curso, e podendo ocorrer: sistema e nível de ensino.
o
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as § 2 A educação profissional e tecnológica abrangerá
oportunidades educacionais disponíveis; os seguintes cursos:
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se I – de formação inicial e continuada ou qualificação
as oportunidades educacionais disponíveis; profissional;
c) em instituições de ensino distintas, mediante II – de educação profissional técnica de nível
convênios de intercomplementaridade, visando ao médio;

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III – de educação profissional tecnológica de graduação instituições de ensino, desde que tenham concluído o
e pós-graduação. ensino médio ou equivalente;
o
§ 3 Os cursos de educação profissional tecnológica II - de graduação, abertos a candidatos que tenham
de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido
concerne a objetivos, características e duração, de classificados em processo seletivo;
acordo com as diretrizes curriculares nacionais III - de pós-graduação, compreendendo programas de
estabelecidas pelo Conselho Nacional de mestrado e doutorado, cursos de especialização,
Educação. aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em diplomados em cursos de graduação e que atendam às
articulação com o ensino regular ou por diferentes exigências das instituições de ensino;
estratégias de educação continuada, em instituições IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam
especializadas ou no ambiente de trabalho. aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação instituições de ensino.
profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá § 1º. Os resultados do processo seletivo referido no
ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos
para prosseguimento ou conclusão de estudos. pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória
Art. 42. As instituições de educação profissional e a divulgação da relação nominal dos classificados, a
tecnológica, além dos seus cursos regulares, respectiva ordem de classificação, bem como do
oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, cronograma das chamadas para matrícula, de acordo
condicionada a matrícula à capacidade de com os critérios para preenchimento das vagas
aproveitamento e não necessariamente ao nível de constantes do respectivo edital.
escolaridade. § 2º No caso de empate no processo seletivo, as
CAPÍTULO IV instituições públicas de ensino superior darão
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: renda familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do menor renda familiar, quando mais de um candidato
espírito científico e do pensamento reflexivo; preencher o critério inicial.
o
II - formar diplomados nas diferentes áreas de § 3 O processo seletivo referido no inciso II
conhecimento, aptos para a inserção em setores considerará as competências e as habilidades definidas
profissionais e para a participação no desenvolvimento na Base Nacional Comum Curricular.
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação Art. 45. A educação superior será ministrada em
contínua; instituições de ensino superior, públicas ou privadas,
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação com variados graus de abrangência ou
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da especialização.
tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos,
modo, desenvolver o entendimento do homem e do bem como o credenciamento de instituições de
meio em que vive; educação superior, terão prazos limitados, sendo
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, renovados, periodicamente, após processo regular de
científicos e técnicos que constituem patrimônio da avaliação.
humanidade e comunicar o saber através do ensino, de § 1º Após um prazo para saneamento de deficiências
publicações ou de outras formas de comunicação; eventualmente identificadas pela avaliação a que se
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá
cultural e profissional e possibilitar a correspondente resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e
concretização, integrando os conhecimentos que vão habilitações, em intervenção na instituição, em
sendo adquiridos numa estrutura intelectual suspensão temporária de prerrogativas da autonomia,
sistematizadora do conhecimento de cada geração; ou em descredenciamento.
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo § 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo
presente, em particular os nacionais e regionais, responsável por sua manutenção acompanhará o
prestar serviços especializados à comunidade e processo de saneamento e fornecerá recursos
estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; adicionais, se necessários, para a superação das
VII - promover a extensão, aberta à participação da deficiências.
o
população, visando à difusão das conquistas e § 3 No caso de instituição privada, além das sanções
o
benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa previstas no § 1 , o processo de reavaliação poderá
científica e tecnológica geradas na instituição. resultar também em redução de vagas autorizadas,
VIII - atuar em favor da universalização e do suspensão temporária de novos ingressos e de oferta
aprimoramento da educação básica, mediante a de cursos.
o
formação e a capacitação de profissionais, a realização § 4 É facultado ao Ministério da Educação, mediante
de pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de procedimento específico e com a aquiescência da
atividades de extensão que aproximem os dois níveis instituição de ensino, com vistas a resguardar o
escolares. interesse dos estudantes, comutar as penalidades
o o
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes previstas nos § 1 e § 3 em outras medidas, desde que
cursos e programas: adequadas para a superação das deficiências e
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de irregularidades constatadas.
diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular,
que atendam aos requisitos estabelecidos pelas independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos

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dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições
reservado aos exames finais, quando houver. públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.
o
§ 1 As instituições informarão aos interessados, antes Art. 48. Os diplomas de cursos superiores
de cada período letivo, os programas dos cursos e reconhecidos, quando registrados, terão validade
demais componentes curriculares, sua duração, nacional como prova da formação recebida por seu
requisitos, qualificação dos professores, recursos titular.
disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão
cumprir as respectivas condições, e a publicação deve por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por
ser feita, sendo as 3 (três) primeiras formas instituições não-universitárias serão registrados em
concomitantemente: universidades indicadas pelo Conselho Nacional de
I - em página específica na internet no sítio eletrônico Educação.
oficial da instituição de ensino superior, obedecido o § 2º Os diplomas de graduação expedidos por
seguinte: universidades estrangeiras serão revalidados por
a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter universidades públicas que tenham curso do mesmo
como título “Grade e Corpo Docente”; nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos
b) a página principal da instituição de ensino superior, internacionais de reciprocidade ou equiparação.
bem como a página da oferta de seus cursos aos § 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado
ingressantes sob a forma de vestibulares, processo expedidos por universidades estrangeiras só poderão
seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter ser reconhecidos por universidades que possuam
a ligação desta com a página específica prevista neste cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na
inciso; mesma área de conhecimento e em nível equivalente
c) caso a instituição de ensino superior não possua ou superior.
sítio eletrônico, deve criar página específica para Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão
divulgação das informações de que trata esta a transferência de alunos regulares, para cursos afins,
Lei; na hipótese de existência de vagas, e mediante
d) a página específica deve conter a data completa de processo seletivo.
sua última atualização; Parágrafo único. As transferências exofficio dar-se-ão
II - em toda propaganda eletrônica da instituição de na forma da lei.
ensino superior, por meio de ligação para a página Art. 50. As instituições de educação superior, quando
referida no inciso I; da ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas
III - em local visível da instituição de ensino superior e disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que
de fácil acesso ao público; demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito,
IV - deve ser atualizada semestralmente ou mediante processo seletivo prévio.
anualmente, de acordo com a duração das disciplinas Art. 51. As instituições de educação superior
de cada curso oferecido, observando o seguinte: credenciadas como universidades, ao deliberar sobre
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração critérios e normas de seleção e admissão de
diferenciada, a publicação deve ser semestral; estudantes, levarão em conta os efeitos desses
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do critérios sobre a orientação do ensino médio,
início das aulas; articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo de ensino.
docente até o início das aulas, os alunos devem ser Art. 52. As universidades são instituições
comunicados sobre as alterações; pluridisciplinares de formação dos quadros
V - deve conter as seguintes informações: profissionais de nível superior, de pesquisa, de
a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que
de ensino superior; se caracterizam por:
b) a lista das disciplinas que compõem a grade I - produção intelectual institucionalizada mediante o
curricular de cada curso e as respectivas cargas estudo sistemático dos temas e problemas mais
horárias; relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural,
c) a identificação dos docentes que ministrarão as quanto regional e nacional;
aulas em cada curso, as disciplinas que efetivamente II - um terço do corpo docente, pelo menos, com
ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação, titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
abrangendo a qualificação profissional do docente e o III - um terço do corpo docente em regime de tempo
tempo de casa do docente, de forma total, contínua ou integral.
intermitente. Parágrafo único. É facultada a criação de universidades
§ 2º Os alunos que tenham extraordinário especializadas por campo do saber.
aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de Art. 53. No exercício de sua autonomia, são
provas e outros instrumentos de avaliação específicos, asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras,
aplicados por banca examinadora especial, poderão ter as seguintes atribuições:
abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
as normas dos sistemas de ensino. programas de educação superior previstos nesta Lei,
§ 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o
salvo nos programas de educação a distância. caso, do respectivo sistema de ensino;
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, II - fixar os currículos dos seus cursos e programas,
no período noturno, cursos de graduação nos mesmos observadas as diretrizes gerais pertinentes;
padrões de qualidade mantidos no período diurno,

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III - estabelecer planos, programas e projetos de manutenção e desenvolvimento das instituições de
pesquisa científica, produção artística e atividades de educação superior por ela mantidas.
extensão; Art. 56. As instituições públicas de educação superior
IV - fixar o número de vagas de acordo com a obedecerão ao princípio da gestão democrática,
capacidade institucional e as exigências do seu meio; assegurada a existência de órgãos colegiados
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos deliberativos, de que participarão os segmentos da
em consonância com as normas gerais atinentes; comunidade institucional, local e regional.
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes
VII - firmar contratos, acordos e convênios; ocuparão setenta por cento dos assentos em cada
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem
de investimentos referentes a obras, serviços e da elaboração e modificações estatutárias e
aquisições em geral, bem como administrar regimentais, bem como da escolha de dirigentes.
rendimentos conforme dispositivos institucionais; Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior,
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma o professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas
prevista no ato de constituição, nas leis e nos semanais de aulas.
respectivos estatutos; CAPÍTULO V
X - receber subvenções, doações, heranças, legados e DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
cooperação financeira resultante de convênios com Art. 58. Entende-se por educação especial, para os
entidades públicas e privadas. efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar
Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático- oferecida preferencialmente na rede regular de ensino,
científica das universidades, caberá aos seus para educandos com deficiência, transtornos globais do
colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos desenvolvimento e altas habilidades ou
recursos orçamentários disponíveis, sobre: superdotação.
I - criação, expansão, modificação e extinção de § 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio
cursos; especializado, na escola regular, para atender às
II - ampliação e diminuição de vagas; peculiaridades da clientela de educação especial.
III - elaboração da programação dos cursos; § 2º O atendimento educacional será feito em classes,
IV - programação das pesquisas e das atividades de escolas ou serviços especializados, sempre que, em
extensão; função das condições específicas dos alunos, não for
V - contratação e dispensa de professores; possível a sua integração nas classes comuns de
VI - planos de carreira docente. ensino regular.
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público § 3º A oferta de educação especial, dever
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial constitucional do Estado, tem início na faixa etária de
para atender às peculiaridades de sua estrutura, zero a seis anos, durante a educação infantil.
organização e financiamento pelo Poder Público, assim Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos
como dos seus planos de carreira e do regime jurídico educandos com deficiência, transtornos globais do
do seu pessoal. desenvolvimento e altas habilidades ou
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das superdotação:
atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
universidades públicas poderão: organização específicos, para atender às suas
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e necessidades;
administrativo, assim como um plano de cargos e II - terminalidade específica para aqueles que não
salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
recursos disponíveis; ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em aceleração para concluir em menor tempo o programa
conformidade com as normas gerais concernentes; escolar para os superdotados;
III - aprovar e executar planos, programas e projetos de III - professores com especialização adequada em nível
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições médio ou superior, para atendimento especializado,
em geral, de acordo com os recursos alocados pelo bem como professores do ensino regular capacitados
respectivo Poder mantenedor; para a integração desses educandos nas classes
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; comuns;
V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às IV - educação especial para o trabalho, visando a sua
suas peculiaridades de organização e funcionamento; efetiva integração na vida em sociedade, inclusive
VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, condições adequadas para os que não revelarem
com aprovação do Poder competente, para aquisição capacidade de inserção no trabalho competitivo,
de bens imóveis, instalações e equipamentos; mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras como para aqueles que apresentam uma habilidade
providências de ordem orçamentária, financeira e superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. V - acesso igualitário aos benefícios dos programas
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser sociais suplementares disponíveis para o respectivo
estendidas a instituições que comprovem alta nível do ensino regular.
qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro
base em avaliação realizada pelo Poder Público. nacional de alunos com altas habilidades ou
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em superdotação matriculados na educação básica e na
seu Orçamento Geral, recursos suficientes para educação superior, a fim de fomentar a execução de

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políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno Art. 62. A formação de docentes para atuar na
das potencialidades desse alunado. educação básica far-se-á em nível superior, em curso
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos de licenciatura plena, admitida, como formação mínima
com altas habilidades ou superdotação, os critérios e para o exercício do magistério na educação infantil e
procedimentos para inclusão no cadastro referido nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a
no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo oferecida em nível médio, na modalidade normal.
cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados § 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os
do cadastro e as políticas de desenvolvimento das Municípios, em regime de colaboração, deverão
potencialidades do alunado de que trata o caput serão promover a formação inicial, a continuada e a
definidos em regulamento. capacitação dos profissionais de magistério.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino § 2º A formação continuada e a capacitação dos
estabelecerão critérios de caracterização das profissionais de magistério poderão utilizar recursos e
instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas tecnologias de educação a distância.
e com atuação exclusiva em educação especial, para § 3º A formação inicial de profissionais de magistério
fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. dará preferência ao ensino presencial,
Parágrafo único. O poder público adotará, como subsidiariamente fazendo uso de recursos e
alternativa preferencial, a ampliação do atendimento tecnologias de educação a distância.
o
aos educandos com deficiência, transtornos globais do § 4 A União, o Distrito Federal, os Estados e os
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação Municípios adotarão mecanismos facilitadores de
na própria rede pública regular de ensino, acesso e permanência em cursos de formação de
independentemente do apoio às instituições previstas docentes em nível superior para atuar na educação
neste artigo. básica pública.
o
TÍTULO VI § 5 A União, o Distrito Federal, os Estados e os
Dos Profissionais da Educação Municípios incentivarão a formação de profissionais do
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação magistério para atuar na educação básica pública
escolar básica os que, nela estando em efetivo mediante programa institucional de bolsa de iniciação à
exercício e tendo sido formados em cursos docência a estudantes matriculados em cursos de
reconhecidos, são: licenciatura, de graduação plena, nas instituições de
I – professores habilitados em nível médio ou superior educação superior.
o
para a docência na educação infantil e nos ensinos § 6 O Ministério da Educação poderá estabelecer
fundamental e médio; nota mínima em exame nacional aplicado aos
II – trabalhadores em educação portadores de diploma concluintes do ensino médio como pré-requisito para o
de pedagogia, com habilitação em administração, ingresso em cursos de graduação para formação de
planejamento, supervisão, inspeção e orientação docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação -
educacional, bem como com títulos de mestrado ou CNE.
o
doutorado nas mesmas áreas; § 7 (VETADO).
o
III – trabalhadores em educação, portadores de § 8 Os currículos dos cursos de formação de
diploma de curso técnico ou superior em área docentes terão por referência a Base Nacional Comum
pedagógica ou afim. Curricular.
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere
respectivos sistemas de ensino, para ministrar o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de
conteúdos de áreas afins à sua formação ou conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou
experiência profissional, atestados por titulação superior, incluindo habilitações tecnológicas.
específica ou prática de ensino em unidades Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada
educacionais da rede pública ou privada ou das para os profissionais a que se refere o caput, no local
corporações privadas em que tenham atuado, de trabalho ou em instituições de educação básica e
exclusivamente para atender ao inciso V do caput do superior, incluindo cursos de educação profissional,
art. 36; cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos
V - profissionais graduados que tenham feito e de pós-graduação.
complementação pedagógica, conforme disposto pelo Art. 63. Os institutos superiores de educação
Conselho Nacional de Educação. manterão:
Parágrafo único. A formação dos profissionais da I - cursos formadores de profissionais para a educação
educação, de modo a atender às especificidades do básica, inclusive o curso normal superior, destinado à
exercício de suas atividades, bem como aos objetivos formação de docentes para a educação infantil e para
das diferentes etapas e modalidades da educação as primeiras séries do ensino fundamental;
básica, terá como fundamentos II - programas de formação pedagógica para
I – a presença de sólida formação básica, que propicie portadores de diplomas de educação superior que
o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais queiram se dedicar à educação básica;
de suas competências de trabalho; III - programas de educação continuada para os
II – a associação entre teorias e práticas, mediante profissionais de educação dos diversos níveis.
estágios supervisionados e capacitação em Art. 64. A formação de profissionais de educação para
serviço; administração, planejamento, inspeção, supervisão e
III – o aproveitamento da formação e experiências orientação educacional para a educação básica, será
anteriores, em instituições de ensino e em outras feita em cursos de graduação em pedagogia ou em
atividades. nível de pós-graduação, a critério da instituição de

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ensino, garantida, nesta formação, a base comum § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida
nacional. pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação Municípios, ou pelos Estados aos respectivos
superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, Municípios, não será considerada, para efeito do
trezentas horas. cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério transferir.
superior far-se-á em nível de pós-graduação, § 2º Serão consideradas excluídas das receitas de
prioritariamente em programas de mestrado e impostos mencionadas neste artigo as operações de
doutorado. crédito por antecipação de receita orçamentária de
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por impostos.
universidade com curso de doutorado em área afim, § 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes
poderá suprir a exigência de título acadêmico. aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada,
valorização dos profissionais da educação, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e créditos adicionais, com base no eventual excesso de
dos planos de carreira do magistério público: arrecadação.
I - ingresso exclusivamente por concurso público de § 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas
provas e títulos; e as efetivamente realizadas, que resultem no não
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios,
com licenciamento periódico remunerado para esse serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do
fim; exercício financeiro.
III - piso salarial profissional; § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do
IV - progressão funcional baseada na titulação ou caixa da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
habilitação, e na avaliação do desempenho; Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão
V - período reservado a estudos, planejamento e responsável pela educação, observados os seguintes
avaliação, incluído na carga de trabalho; prazos:
VI - condições adequadas de trabalho. I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de
o
§ 1 A experiência docente é pré-requisito para o cada mês, até o vigésimo dia;
exercício profissional de quaisquer outras funções de II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao
magistério, nos termos das normas de cada sistema de vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
ensino. III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao
o
§ 2 Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e final de cada mês, até o décimo dia do mês
o
no § 8 do art. 201 da Constituição Federal, são subseqüente.
consideradas funções de magistério as exercidas por § 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a
professores e especialistas em educação no correção monetária e à responsabilização civil e
desempenho de atividades educativas, quando criminal das autoridades competentes.
exercidas em estabelecimento de educação básica em Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e
seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do desenvolvimento do ensino as despesas realizadas
exercício da docência, as de direção de unidade com vistas à consecução dos objetivos básicos das
escolar e as de coordenação e assessoramento instituições educacionais de todos os níveis,
pedagógico. compreendendo as que se destinam a:
o
§ 3 A União prestará assistência técnica aos Estados, I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente
ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de e demais profissionais da educação;
concursos públicos para provimento de cargos dos II - aquisição, manutenção, construção e conservação
profissionais da educação. de instalações e equipamentos necessários ao ensino;
TÍTULO VII III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados
Dos Recursos financeiros ao ensino;
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas
os originários de: visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, e à expansão do ensino;
do Distrito Federal e dos Municípios; V - realização de atividades-meio necessárias ao
II - receita de transferências constitucionais e outras funcionamento dos sistemas de ensino;
transferências; VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de
III - receita do salário-educação e de outras escolas públicas e privadas;
contribuições sociais; VII - amortização e custeio de operações de crédito
IV - receita de incentivos fiscais; destinadas a atender ao disposto nos incisos deste
V - outros recursos previstos em lei. artigo;
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de VIII - aquisição de material didático-escolar e
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os manutenção de programas de transporte escolar.
Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e
nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
receita resultante de impostos, compreendidas as I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de
transferências constitucionais, na manutenção e ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de
desenvolvimento do ensino público. ensino, que não vise, precipuamente, ao
aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

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II - subvenção a instituições públicas ou privadas de Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às
caráter assistencial, desportivo ou cultural; escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
III - formação de quadros especiais para a comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
administração pública, sejam militares ou civis, I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam
inclusive diplomáticos; resultados, dividendos, bonificações, participações ou
IV - programas suplementares de alimentação, parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou
assistência médico-odontológica, farmacêutica e pretexto;
psicológica, e outras formas de assistência social; II - apliquem seus excedentes financeiros em
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para educação;
beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao
educação, quando em desvio de função ou em Poder Público, no caso de encerramento de suas
atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do atividades;
ensino. IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e recebidos.
desenvolvimento do ensino serão apuradas e § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser
publicadas nos balanços do Poder Público, assim como destinados a bolsas de estudo para a educação básica,
nos relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da na forma da lei, para os que demonstrarem
Constituição Federal. insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, e cursos regulares da rede pública de domicílio do
prioritariamente, na prestação de contas de recursos educando, ficando o Poder Público obrigado a investir
públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da prioritariamente na expansão da sua rede local.
Constituição Federal, no art. 60 do Ato das Disposições § 2º As atividades universitárias de pesquisa e
Constitucionais Transitórias e na legislação extensão poderão receber apoio financeiro do Poder
concernente. Público, inclusive mediante bolsas de estudo.
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o TÍTULO VIII
Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá padrão Das Disposições Gerais
mínimo de oportunidades educacionais para o ensino Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a
fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por colaboração das agências federais de fomento à
aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. cultura e de assistência aos índios, desenvolverá
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este programas integrados de ensino e pesquisa, para
artigo será calculado pela União ao final de cada ano, oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos
com validade para o ano subseqüente, considerando povos indígenas, com os seguintes objetivos:
variações regionais no custo dos insumos e as diversas I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos,
modalidades de ensino. a recuperação de suas memórias históricas; a
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização
Estados será exercida de modo a corrigir, de suas línguas e ciências;
progressivamente, as disparidades de acesso e II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o
garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino. acesso às informações, conhecimentos técnicos e
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a científicos da sociedade nacional e demais sociedades
fórmula de domínio público que inclua a capacidade de indígenas e não-índias.
atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os
Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da sistemas de ensino no provimento da educação
manutenção e do desenvolvimento do ensino. intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo programas integrados de ensino e pesquisa.
será definida pela razão entre os recursos de uso § 1º Os programas serão planejados com audiência
constitucionalmente obrigatório na manutenção e das comunidades indígenas.
desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, § 2º Os programas a que se refere este artigo,
relativo ao padrão mínimo de qualidade. incluídos nos Planos Nacionais de Educação, terão os
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e seguintes objetivos:
2º, a União poderá fazer a transferência direta de I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua
recursos a cada estabelecimento de ensino, materna de cada comunidade indígena;
considerado o número de alunos que efetivamente II - manter programas de formação de pessoal
freqüentam a escola. especializado, destinado à educação escolar nas
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser comunidades indígenas;
exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e III - desenvolver currículos e programas específicos,
dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área de neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes
ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI às respectivas comunidades;
do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta Lei, em número IV - elaborar e publicar sistematicamente material
inferior à sua capacidade de atendimento. didático específico e diferenciado.
o
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no § 3 No que se refere à educação superior, sem
artigo anterior ficará condicionada ao efetivo prejuízo de outras ações, o atendimento aos povos
cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e
Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência
outras prescrições legais.

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estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano
desenvolvimento de programas especiais. Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os
Art. 79-A. (VETADO) dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de Mundial sobre Educação para Todos.
novembro como „Dia Nacional da Consciência § 2º (Revogado).
o
Negra‟. § 3 O Distrito Federal, cada Estado e Município, e,
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento supletivamente, a União, devem:
e a veiculação de programas de ensino a distância, em I - (revogado);
todos os níveis e modalidades de ensino, e de a) (Revogado)
educação continuada. b) (Revogado)
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura c) (Revogado)
e regime especiais, será oferecida por instituições II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens
especificamente credenciadas pela União. e adultos insuficientemente escolarizados;
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a III - realizar programas de capacitação para todos os
realização de exames e registro de diploma relativos a professores em exercício, utilizando também, para isto,
cursos de educação a distância. os recursos da educação a distância;
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino
programas de educação a distância e a autorização fundamental do seu território ao sistema nacional de
para sua implementação, caberão aos respectivos avaliação do rendimento escolar.
sistemas de ensino, podendo haver cooperação e § 4º (Revogado).
integração entre os diferentes sistemas. § 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento progressão das redes escolares públicas urbanas de
diferenciado, que incluirá: ensino fundamental para o regime de escolas de tempo
I - custos de transmissão reduzidos em canais integral.
comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens § 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao
e em outros meios de comunicação que sejam Distrito Federal e aos Municípios, bem como a dos
explorados mediante autorização, concessão ou Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao
permissão do poder público; cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e
II - concessão de canais com finalidades dispositivos legais pertinentes pelos governos
exclusivamente educativas; beneficiados.
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Art. 87-A. (VETADO).
Público, pelos concessionários de canais comerciais. Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou Municípios adaptarão sua legislação educacional e de
instituições de ensino experimentais, desde que ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de
obedecidas as disposições desta Lei. um ano, a partir da data de sua publicação.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as § 1º As instituições educacionais adaptarão seus
normas de realização de estágio em sua jurisdição, estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e às
observada a lei federal sobre a matéria. normas dos respectivos sistemas de ensino, nos
Parágrafo único. (Revogado). prazos por estes estabelecidos.
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, § 2º O prazo para que as universidades cumpram o
admitida a equivalência de estudos, de acordo com as disposto nos incisos II e III do art. 52 é de oito anos.
normas fixadas pelos sistemas de ensino. Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a
aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas contar da publicação desta Lei, integrar-se ao
respectivas instituições, exercendo funções de respectivo sistema de ensino.
monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o
de estudos. regime anterior e o que se institui nesta Lei serão
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou,
própria poderá exigir a abertura de concurso público de mediante delegação deste, pelos órgãos normativos
provas e títulos para cargo de docente de instituição dos sistemas de ensino, preservada a autonomia
pública de ensino que estiver sendo ocupado por universitária.
professor não concursado, por mais de seis anos, Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua
ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da publicação.
Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024,
Constitucionais Transitórias. de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de
Art. 86. As instituições de educação superior novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131,
constituídas como universidades integrar-se-ão, de 24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de
também, na sua condição de instituições de pesquisa, dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, de 11
ao Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, nos de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982,
termos da legislação específica. e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e
TÍTULO IX quaisquer outras disposições em contrário.
Das Disposições Transitórias Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se Independência e 108º da República.
um ano a partir da publicação desta Lei.§ 1º A União, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, Paulo Renato Souza

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Presidência da República coletivos, e a condição peculiar da criança e do
Casa Civil adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Subchefia para Assuntos Jurídicos Título II
Dos Direitos Fundamentais
Capítulo I
Do Direito à Vida e à Saúde
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção
à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do sociais públicas que permitam o nascimento e o
Adolescente e dá outras providências. desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições
dignas de existência.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o o
Art. 8 É assegurado a todas as mulheres o acesso
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte aos programas e às políticas de saúde da mulher e de
Lei: planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
Título I adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e
Das Disposições Preliminares ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à natal integral no âmbito do Sistema Único de
criança e ao adolescente. Saúde.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, o
§ 1 O atendimento pré-natal será realizado por
a pessoa até doze anos de idade incompletos, e profissionais da atenção primária.
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de o
§ 2 Os profissionais de saúde de referência da
idade. gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se da gestação, ao estabelecimento em que será
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre realizado o parto, garantido o direito de opção da
dezoito e vinte e um anos de idade. mulher.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os o
§ 3 Os serviços de saúde onde o parto for realizado
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas na atenção primária, bem como o acesso a outros
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o serviços e a grupos de apoio à amamentação.
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e o
§ 4 Incumbe ao poder público proporcionar
social, em condições de liberdade e de dignidade. assistência psicológica à gestante e à mãe, no período
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou
aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem minorar as consequências do estado puerperal.
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, o o
§ 5 A assistência referida no § 4 deste artigo deverá
sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, ser prestada também a gestantes e mães que
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, manifestem interesse em entregar seus filhos para
condição econômica, ambiente social, região e local de adoção, bem como a gestantes e mães que se
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, encontrem em situação de privação de liberdade.
as famílias ou a comunidade em que vivem. o
§ 6 A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da acompanhante de sua preferência durante o período do
sociedade em geral e do poder público assegurar, com pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes imediato.
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao o
§ 7 A gestante deverá receber orientação sobre
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à aleitamento materno, alimentação complementar
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem
familiar e comunitária. como sobre formas de favorecer a criação de vínculos
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da
a) primazia de receber proteção e socorro em criança.
quaisquer circunstâncias; o
§ 8 A gestante tem direito a acompanhamento
b) precedência de atendimento nos serviços públicos saudável durante toda a gestação e a parto natural
ou de relevância pública; cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana
c) preferência na formulação e na execução das e outras intervenções cirúrgicas por motivos
políticas sociais públicas; médicos.
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas o
§ 9 A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
áreas relacionadas com a proteção à infância e à gestante que não iniciar ou que abandonar as
juventude. consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de comparecer às consultas pós-parto.
qualquer forma de negligência, discriminação, § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na à mulher com filho na primeira infância que se
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, encontrem sob custódia em unidade de privação de
aos seus direitos fundamentais. liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o
os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do acolhimento do filho, em articulação com o sistema de
bem comum, os direitos e deveres individuais e

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ensino competente, visando ao desenvolvimento Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de
integral da criança. castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de
Art. 9º O poder público, as instituições e os maus-tratos contra criança ou adolescente serão
empregadores propiciarão condições adequadas ao obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães respectiva localidade, sem prejuízo de outras
submetidas a medida privativa de liberdade. providências legais.
o o
§ 1 Os profissionais das unidades primárias de saúde § 1 As gestantes ou mães que manifestem interesse
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou em entregar seus filhos para adoção serão
coletivas, visando ao planejamento, à implementação e obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento,
à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio à Justiça da Infância e da Juventude.
o
ao aleitamento materno e à alimentação complementar § 2 Os serviços de saúde em suas diferentes portas
saudável, de forma contínua. de entrada, os serviços de assistência social em seu
o
§ 2 Os serviços de unidades de terapia intensiva componente especializado, o Centro de Referência
neonatal deverão dispor de banco de leite humano ou Especializado de Assistência Social (Creas) e os
unidade de coleta de leite humano. demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de Criança e do Adolescente deverão conferir máxima
atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, prioridade ao atendimento das crianças na faixa etária
são obrigados a: da primeira infância com suspeita ou confirmação de
I - manter registro das atividades desenvolvidas, violência de qualquer natureza, formulando projeto
através de prontuários individuais, pelo prazo de terapêutico singular que inclua intervenção em rede e,
dezoito anos; se necessário, acompanhamento domiciliar.
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá
sua impressão plantar e digital e da impressão digital programas de assistência médica e odontológica para a
da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas prevenção das enfermidades que ordinariamente
pela autoridade administrativa competente; afetam a população infantil, e campanhas de educação
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e sanitária para pais, educadores e alunos.
o
terapêutica de anormalidades no metabolismo do § 1 É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; recomendados pelas autoridades sanitárias.
o
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem § 2 O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção
necessariamente as intercorrências do parto e do à saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma
desenvolvimento do neonato; transversal, integral e intersetorial com as demais
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao linhas de cuidado direcionadas à mulher e à
neonato a permanência junto à mãe. criança.
o
VI - acompanhar a prática do processo de § 3 A atenção odontológica à criança terá função
amamentação, prestando orientações quanto à técnica educativa protetiva e será prestada, inicialmente, antes
adequada, enquanto a mãe permanecer na unidade de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-
hospitalar, utilizando o corpo técnico já natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo
existente. anos de vida, com orientações sobre saúde bucal.
o
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de § 4 A criança com necessidade de cuidados
cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, odontológicos especiais será atendida pelo Sistema
por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado Único de Saúde.
o princípio da equidade no acesso a ações e serviços Capítulo II
para promoção, proteção e recuperação da Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
saúde. Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à
o
§ 1 A criança e o adolescente com deficiência serão liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas humanas em processo de desenvolvimento e como
necessidades gerais de saúde e específicas de sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos
habilitação e reabilitação. na Constituição e nas leis.
o
§ 2 Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, aspectos:
próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e comunitários, ressalvadas as restrições legais;
adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado II - opinião e expressão;
voltadas às suas necessidades específicas. § III - crença e culto religioso;
o
3 Os profissionais que atuam no cuidado diário ou IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
frequente de crianças na primeira infância receberão V - participar da vida familiar e comunitária, sem
formação específica e permanente para a detecção de discriminação;
sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem VI - participar da vida política, na forma da lei;
como para o acompanhamento que se fizer necessário VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade
inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e da integridade física, psíquica e moral da criança e do
de cuidados intermediários, deverão proporcionar adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
condições para a permanência em tempo integral de identidade, da autonomia, dos valores, idéias e
um dos pais ou responsável, nos casos de internação crenças, dos espaços e objetos pessoais.
de criança ou adolescente.

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Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de Lei.
o
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, § 2 A permanência da criança e do adolescente
vexatório ou constrangedor. em programa de acolhimento institucional não se
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo
ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico comprovada necessidade que atenda ao seu superior
ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de interesse, devidamente fundamentada pela autoridade
correção, disciplina, educação ou qualquer outro judiciária.
o
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família § 3 A manutenção ou a reintegração de criança
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos ou adolescente à sua família terá preferência em
executores de medidas socioeducativas ou por relação a qualquer outra providência, caso em que será
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, esta incluída em serviços e programas de proteção,
o
educá-los ou protegê-los. apoio e promoção, nos termos do § 1 do art. 23, dos
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera- incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV
se: do caput do art. 129 desta Lei.
o
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou § 4 Será garantida a convivência da criança e do
punitiva aplicada com o uso da força física sobre a adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por
criança ou o adolescente que resulte em: meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou,
a) sofrimento físico; ou nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
b) lesão; responsável, independentemente de autorização
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma judicial.
cruel de tratamento em relação à criança ou ao Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do
adolescente que: casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
a) humilhe; ou qualificações, proibidas quaisquer designações
b) ameace gravemente; ou discriminatórias relativas à filiação.
c) ridicularize. Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade
Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que
os responsáveis, os agentes públicos executores de dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles
medidas socioeducativas ou qualquer pessoa o direito de, em caso de discordância, recorrer à
encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, autoridade judiciária competente para a solução da
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem divergência.
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer
sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão cumprir as determinações judiciais.
aplicadas de acordo com a gravidade do caso: Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis,
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário têm direitos iguais e deveres e responsabilidades
de proteção à família; compartilhados no cuidado e na educação da criança,
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou devendo ser resguardado o direito de transmissão
psiquiátrico; familiar de suas crenças e culturas, assegurados os
III - encaminhamento a cursos ou programas de direitos da criança estabelecidos nesta Lei.
orientação; Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão
especializado; do poder familiar.
o
V - advertência. § 1 Não existindo outro motivo que por si só autorize
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo a decretação da medida, a criança ou o adolescente
serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de será mantido em sua família de origem, a qual deverá
outras providências legais. obrigatoriamente ser incluída em serviços e programas
Capítulo III oficiais de proteção, apoio e promoção.
o
Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária § 2 A condenação criminal do pai ou da mãe não
Seção I implicará a destituição do poder familiar, exceto na
Disposições Gerais hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.
criado e educado no seio de sua família e, Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a decretadas judicialmente, em procedimento
convivência familiar e comunitária, em ambiente que contraditório, nos casos previstos na legislação civil,
garanta seu desenvolvimento integral bem como na hipótese de descumprimento injustificado
o
§ 1 Toda criança ou adolescente que estiver dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.
inserido em programa de acolhimento familiar ou Seção II
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a Da Família Natural
cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
competente, com base em relatório elaborado por formada pelos pais ou qualquer deles e seus
equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de descendentes.
forma fundamentada pela possibilidade de reintegração Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou
familiar ou colocação em família substituta, em ampliada aquela que se estende para além da unidade

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pais e filhos ou da unidade do casal, formada por III - a intervenção e oitiva de representantes do
parentes próximos com os quais a criança ou órgão federal responsável pela política indigenista, no
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e caso de crianças e adolescentes indígenas, e de
afetividade. antropólogos, perante a equipe interprofissional ou
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta
separadamente, no próprio termo de nascimento, por a pessoa que revele, por qualquer modo,
testamento, mediante escritura ou outro documento incompatibilidade com a natureza da medida ou não
público, qualquer que seja a origem da filiação. ofereça ambiente familiar adequado.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá
nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se transferência da criança ou adolescente a terceiros ou
deixar descendentes. a entidades governamentais ou não-governamentais,
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é sem autorização judicial.
direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira
podendo ser exercitado contra os pais ou seus constitui medida excepcional, somente admissível na
herdeiros, sem qualquer restrição, observado o modalidade de adoção.
segredo de Justiça. Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável
Seção III prestará compromisso de bem e fielmente
Da Família Substituta desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
Subseção I Subseção II
Disposições Gerais Da Guarda
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência
mediante guarda, tutela ou adoção, material, moral e educacional à criança ou adolescente,
independentemente da situação jurídica da criança ou conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
adolescente, nos termos desta Lei. terceiros, inclusive aos pais.
o
§ 1 Sempre que possível, a criança ou o § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,
adolescente será previamente ouvido por equipe podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
interprofissional, respeitado seu estágio de procedimentos de tutela e adoção, exceto no de
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as adoção por estrangeiros.
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos
considerada. casos de tutela e adoção, para atender a situações
o
§ 2 Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
idade, será necessário seu consentimento, colhido em responsável, podendo ser deferido o direito de
audiência. representação para a prática de atos determinados.
o
§ 3 Na apreciação do pedido levar-se-á em conta § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a
o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de condição de dependente, para todos os fins e efeitos
afetividade, a fim de evitar ou minorar as de direito, inclusive previdenciários.
o
consequências decorrentes da medida. § 4 Salvo expressa e fundamentada determinação em
o
§ 4 Os grupos de irmãos serão colocados sob contrário, da autoridade judiciária competente, ou
adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, quando a medida for aplicada em preparação para
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso adoção, o deferimento da guarda de criança ou
ou outra situação que justifique plenamente a adolescente a terceiros não impede o exercício do
excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, direito de visitas pelos pais, assim como o dever de
em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação
vínculos fraternais. específica, a pedido do interessado ou do Ministério
o
§ 5 A colocação da criança ou adolescente em Público.
família substituta será precedida de sua preparação Art. 34. O poder público estimulará, por meio de
gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos adolescente afastado do convívio familiar
o
técnicos responsáveis pela execução da política § 1 A inclusão da criança ou adolescente em
municipal de garantia do direito à convivência programas de acolhimento familiar terá preferência a
familiar. seu acolhimento institucional, observado, em qualquer
o
§ 6 Em se tratando de criança ou adolescente caso, o caráter temporário e excepcional da medida,
o
indígena ou proveniente de comunidade remanescente nos termos desta Lei. § 2 Na hipótese do §
o
de quilombo, é ainda obrigatório: I - que sejam 1 deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no
consideradas e respeitadas sua identidade social e programa de acolhimento familiar poderá receber a
cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas criança ou adolescente mediante guarda, observado o
o
instituições, desde que não sejam incompatíveis com disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. § 3 A União
os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e apoiará a implementação de serviços de acolhimento
pela Constituição Federal; em família acolhedora como política pública, os quais
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
no seio de sua comunidade ou junto a membros da temporário de crianças e de adolescentes em
mesma etnia; residências de famílias selecionadas, capacitadas e

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o
acompanhadas que não estejam no cadastro de § 2 Para adoção conjunta, é indispensável que os
adoção. adotantes sejam casados civilmente ou mantenham
o
§ 4 Poderão ser utilizados recursos federais, união estável, comprovada a estabilidade da família§ 3º
estaduais, distritais e municipais para a manutenção O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos
dos serviços de acolhimento em família acolhedora, mais velho do que o adotando.
o
facultando-se o repasse de recursos para a própria § 4 Os divorciados, os judicialmente separados e
família acolhedora os ex-companheiros podem adotar conjuntamente,
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer contanto que acordem sobre a guarda e o regime de
tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido
Ministério Público. iniciado na constância do período de convivência e que
Subseção III seja comprovada a existência de vínculos de afinidade
Da Tutela e afetividade com aquele não detentor da guarda, que
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a justifiquem a excepcionalidade da concessão
o o
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. § 5 Nos casos do § 4 deste artigo, desde que
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a demonstrado efetivo benefício ao adotando, será
prévia decretação da perda ou suspensão do pátrio assegurada a guarda compartilhada, conforme previsto
o
poder poder familiar e implica necessariamente o dever no art. 1.584 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002
de guarda. - Código Civil.
o
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou § 6 A adoção poderá ser deferida ao adotante que,
qualquer documento autêntico, conforme previsto no após inequívoca manifestação de vontade, vier a
o
parágrafo único do art. 1.729 da Lei n 10.406, de 10 falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a
de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de sentença.
30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar
com pedido destinado ao controle judicial do ato, reais vantagens para o adotando e fundar-se em
observando o procedimento previsto nos arts. 165 a motivos legítimos.
170 desta Lei. Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador
observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 adotar o pupilo ou o curatelado.
desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais
indicada na disposição de última vontade, se restar ou do representante legal do adotando.
comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e § 1º. O consentimento será dispensado em relação à
que não existe outra pessoa em melhores condições de criança ou adolescente cujos pais sejam
assumi-la. desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder
Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no familiar.
art. 24. § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos
Subseção IV de idade, será também necessário o seu
Da Adoção consentimento.
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger- Art. 46. A adoção será precedida de estágio de
se-á segundo o disposto nesta Lei. convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo
o
§ 1 A adoção é medida excepcional e que a autoridade judiciária fixar, observadas as
irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando peculiaridades do caso.
o
esgotados os recursos de manutenção da criança ou § 1 O estágio de convivência poderá ser
adolescente na família natural ou extensa, na forma do dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou
parágrafo único do art. 25 desta Lei guarda legal do adotante durante tempo suficiente para
o
§ 2 É vedada a adoção por procuração que seja possível avaliar a conveniência da
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, constituição do vínculo.
o
dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a § 2 A simples guarda de fato não autoriza, por si
guarda ou tutela dos adotantes. só, a dispensa da realização do estágio de
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao convivência.
o
adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive § 3 Em caso de adoção por pessoa ou casal
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com residente ou domiciliado fora do País, o estágio de
pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. convivência, cumprido no território nacional, será de, no
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho mínimo, 30 (trinta)
o
do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o § 4 O estágio de convivência será acompanhado
adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da
respectivos parentes. Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, dos técnicos responsáveis pela execução da política de
seus descendentes, o adotante, seus ascendentes, garantia do direito à convivência familiar, que
descendentes e colaterais até o 4º grau, observada a apresentarão relatório minucioso acerca da
ordem de vocação hereditária. conveniência do deferimento da medida.
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
anos, independentemente do estado civil. § 1º Não judicial, que será inscrita no registro civil mediante
podem adotar os ascendentes e os irmãos do mandado do qual não se fornecerá certidão.
adotando. § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes
como pais, bem como o nome de seus ascendentes.

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o
§ 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará § 5 Serão criados e implementados cadastros
o registro original do adotado. estaduais e nacional de crianças e adolescentes em
o
§ 3 A pedido do adotante, o novo registro poderá condições de serem adotados e de pessoas ou casais
ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município habilitados à adoção.
o
de sua residência. § 6 Haverá cadastros distintos para pessoas ou
o
§ 4 Nenhuma observação sobre a origem do ato casais residentes fora do País, que somente serão
poderá constar nas certidões do registro. consultados na inexistência de postulantes nacionais
o o
§ 5 A sentença conferirá ao adotado o nome do habilitados nos cadastros mencionados no § 5 deste
adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá artigo.
o
determinar a modificação do prenome. § 7 As autoridades estaduais e federais em
o
§ 6 Caso a modificação de prenome seja matéria de adoção terão acesso integral aos cadastros,
requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do incumbindo-lhes a troca de informações e a
o o
adotando, observado o disposto nos §§ 1 e 2 do art. cooperação mútua, para melhoria do sistema.
o
28 desta Lei. § 8 A autoridade judiciária providenciará, no
o
§ 7 A adoção produz seus efeitos a partir do prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a inscrição das
trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na crianças e adolescentes em condições de serem
o
hipótese prevista no § 6 do art. 42 desta Lei, caso em adotados que não tiveram colocação familiar na
que terá força retroativa à data do óbito. comarca de origem, e das pessoas ou casais que
o
§ 8 O processo relativo à adoção assim como tiveram deferida sua habilitação à adoção nos
o
outros a ele relacionados serão mantidos em arquivo, cadastros estadual e nacional referidos no § 5 deste
admitindo-se seu armazenamento em microfilme ou por artigo, sob pena de responsabilidade.
o
outros meios, garantida a sua conservação para § 9 Compete à Autoridade Central Estadual zelar
consulta a qualquer tempo. pela manutenção e correta alimentação dos cadastros,
§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de com posterior comunicação à Autoridade Central
adoção em que o adotando for criança ou adolescente Federal Brasileira.
com deficiência ou com doença crônica. § 10. A adoção internacional somente será
deferida se, após consulta ao cadastro de pessoas ou
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua casais habilitados à adoção, mantido pela Justiça da
origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito Infância e da Juventude na comarca, bem como aos
o
ao processo no qual a medida foi aplicada e seus cadastros estadual e nacional referidos no § 5 deste
eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) artigo, não for encontrado interessado com residência
anos. permanente no Brasil.
Parágrafo único. O acesso ao processo de § 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal
adoção poderá ser também deferido ao adotado menor interessado em sua adoção, a criança ou o
de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada adolescente, sempre que possível e recomendável,
orientação e assistência jurídica e psicológica. será colocado sob guarda de família cadastrada em
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece programa de acolhimento familiar.
o poder familiar dos pais naturais. § 12. A alimentação do cadastro e a convocação
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em criteriosa dos postulantes à adoção serão fiscalizadas
cada comarca ou foro regional, um registro de crianças pelo Ministério Público
e adolescentes em condições de serem adotados e § 13. Somente poderá ser deferida adoção em
outro de pessoas interessadas na adoção. § 1º O favor de candidato domiciliado no Brasil não
deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta cadastrado previamente nos termos desta Lei
aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério quando:
Público. I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não II - for formulada por parente com o qual a criança
satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e
das hipóteses previstas no art. 29. afetividade;
o
§ 3 A inscrição de postulantes à adoção será III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou
precedida de um período de preparação psicossocial e guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou
jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da adolescente, desde que o lapso de tempo de
Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio convivência comprove a fixação de laços de afinidade e
dos técnicos responsáveis pela execução da política afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-
municipal de garantia do direito à convivência fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou
familiar. 238 desta Lei.
o
§ 4 Sempre que possível e recomendável, a § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste
o
preparação referida no § 3 deste artigo incluirá o artigo, o candidato deverá comprovar, no curso do
contato com crianças e adolescentes em acolhimento procedimento, que preenche os requisitos necessários
familiar ou institucional em condições de serem à adoção, conforme previsto nesta Lei.
adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela
e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou
da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no Artigo 2
pelo programa de acolhimento e pela execução da da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993,
política municipal de garantia do direito à convivência Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em
familiar. Matéria de Adoção Internacional, aprovada pelo

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o
Decreto Legislativo n 1, de 14 de janeiro de 1999, e da legislação do país de acolhida, será expedido laudo
o
promulgada pelo Decreto n 3.087, de 21 de junho de de habilitação à adoção internacional, que terá validade
1999. por, no máximo, 1 (um) ano;
o
§ 1 A adoção internacional de criança ou VIII - de posse do laudo de habilitação, o
adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil somente interessado será autorizado a formalizar pedido de
terá lugar quando restar comprovado: adoção perante o Juízo da Infância e da Juventude do
I - que a colocação em família substituta é a local em que se encontra a criança ou adolescente,
solução adequada ao caso concreto; conforme indicação efetuada pela Autoridade Central
II - que foram esgotadas todas as possibilidades Estadual.
o
de colocação da criança ou adolescente em família § 1 Se a legislação do país de acolhida assim o
substituta brasileira, após consulta aos cadastros autorizar, admite-se que os pedidos de habilitação à
mencionados no art. 50 desta Lei; adoção internacional sejam intermediados por
III - que, em se tratando de adoção de organismos credenciados.
o
adolescente, este foi consultado, por meios adequados § 2 Incumbe à Autoridade Central Federal
ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra Brasileira o credenciamento de organismos nacionais e
preparado para a medida, mediante parecer elaborado estrangeiros encarregados de intermediar pedidos de
por equipe interprofissional, observado o disposto nos habilitação à adoção internacional, com posterior
o o
§§ 1 e 2 do art. 28 desta Lei. comunicação às Autoridades Centrais Estaduais e
o
§ 2 Os brasileiros residentes no exterior terão publicação nos órgãos oficiais de imprensa e em sítio
preferência aos estrangeiros, nos casos de adoção próprio da internet.
o
internacional de criança ou adolescente brasileiro. § 3 Somente será admissível o credenciamento
o
§ 3 A adoção internacional pressupõe a de organismos que:
intervenção das Autoridades Centrais Estaduais e I - sejam oriundos de países que ratificaram a
Federal em matéria de adoção internacional. Convenção de Haia e estejam devidamente
Art. 52. A adoção internacional observará o credenciados pela Autoridade Central do país onde
procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, estiverem sediados e no país de acolhida do adotando
com as seguintes adaptações: para atuar em adoção internacional no Brasil;
I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em II - satisfizerem as condições de integridade moral,
adotar criança ou adolescente brasileiro, deverá competência profissional, experiência e
formular pedido de habilitação à adoção perante a responsabilidade exigidas pelos países respectivos e
Autoridade Central em matéria de adoção internacional pela Autoridade Central Federal Brasileira;
no país de acolhida, assim entendido aquele onde está III - forem qualificados por seus padrões éticos e
situada sua residência habitual; sua formação e experiência para atuar na área de
II - se a Autoridade Central do país de acolhida adoção internacional;
considerar que os solicitantes estão habilitados e aptos IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo
para adotar, emitirá um relatório que contenha ordenamento jurídico brasileiro e pelas normas
informações sobre a identidade, a capacidade jurídica e estabelecidas pela Autoridade Central Federal
adequação dos solicitantes para adotar, sua situação Brasileira.
o
pessoal, familiar e médica, seu meio social, os motivos § 4 Os organismos credenciados deverão
que os animam e sua aptidão para assumir uma ainda:
adoção internacional; I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas
III - a Autoridade Central do país de acolhida condições e dentro dos limites fixados pelas
enviará o relatório à Autoridade Central Estadual, com autoridades competentes do país onde estiverem
cópia para a Autoridade Central Federal Brasileira; sediados, do país de acolhida e pela Autoridade
Central Federal Brasileira;
IV - o relatório será instruído com toda a II - ser dirigidos e administrados por pessoas
documentação necessária, incluindo estudo qualificadas e de reconhecida idoneidade moral, com
psicossocial elaborado por equipe interprofissional comprovada formação ou experiência para atuar na
habilitada e cópia autenticada da legislação pertinente, área de adoção internacional, cadastradas pelo
acompanhada da respectiva prova de vigência; Departamento de Polícia Federal e aprovadas pela
V - os documentos em língua estrangeira serão Autoridade Central Federal Brasileira, mediante
devidamente autenticados pela autoridade consular, publicação de portaria do órgão federal
observados os tratados e convenções internacionais, e competente;
acompanhados da respectiva tradução, por tradutor III - estar submetidos à supervisão das
público juramentado; autoridades competentes do país onde estiverem
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer sediados e no país de acolhida, inclusive quanto à sua
exigências e solicitar complementação sobre o estudo composição, funcionamento e situação financeira;
psicossocial do postulante estrangeiro à adoção, já
realizado no país de acolhida; IV - apresentar à Autoridade Central Federal
VII - verificada, após estudo realizado pela Brasileira, a cada ano, relatório geral das atividades
Autoridade Central Estadual, a compatibilidade da desenvolvidas, bem como relatório de
legislação estrangeira com a nacional, além do acompanhamento das adoções internacionais
preenchimento por parte dos postulantes à medida dos efetuadas no período, cuja cópia será encaminhada ao
requisitos objetivos e subjetivos necessários ao seu Departamento de Polícia Federal;
deferimento, tanto à luz do que dispõe esta Lei como

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V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a Art. 52-A. É vedado, sob pena de
Autoridade Central Estadual, com cópia para a responsabilidade e descredenciamento, o repasse de
Autoridade Central Federal Brasileira, pelo período recursos provenientes de organismos estrangeiros
mínimo de 2 (dois) anos. O envio do relatório será encarregados de intermediar pedidos de adoção
mantido até a juntada de cópia autenticada do registro internacional a organismos nacionais ou a pessoas
civil, estabelecendo a cidadania do país de acolhida físicas.
para o adotado; Parágrafo único. Eventuais repasses somente
VI - tomar as medidas necessárias para garantir poderão ser efetuados via Fundo dos Direitos da
que os adotantes encaminhem à Autoridade Central Criança e do Adolescente e estarão sujeitos às
Federal Brasileira cópia da certidão de registro de deliberações do respectivo Conselho de Direitos da
nascimento estrangeira e do certificado de Criança e do Adolescente
nacionalidade tão logo lhes sejam concedidos. Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no
o
§ 5 A não apresentação dos relatórios referidos exterior em país ratificante da Convenção de Haia, cujo
o
no § 4 deste artigo pelo organismo credenciado processo de adoção tenha sido processado em
poderá acarretar a suspensão de seu conformidade com a legislação vigente no país de
credenciamento. residência e atendido o disposto na Alínea “c” do Artigo
o
§ 6 O credenciamento de organismo nacional ou 17 da referida Convenção, será automaticamente
estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de recepcionada com o reingresso no Brasil.
o
adoção internacional terá validade de 2 (dois) § 1 Caso não tenha sido atendido o disposto na
anos. Alínea “c” do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá
o
§ 7 A renovação do credenciamento poderá ser a sentença ser homologada pelo Superior Tribunal de
concedida mediante requerimento protocolado na Justiça.
o
Autoridade Central Federal Brasileira nos 60 (sessenta) § 2 O pretendente brasileiro residente no exterior
dias anteriores ao término do respectivo prazo de em país não ratificante da Convenção de Haia, uma
validade. vez reingressado no Brasil, deverá requerer a
o
§ 8 Antes de transitada em julgado a decisão homologação da sentença estrangeira pelo Superior
que concedeu a adoção internacional, não será Tribunal de Justiça.
permitida a saída do adotando do território Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o
nacional. Brasil for o país de acolhida, a decisão da autoridade
o
§ 9 Transitada em julgado a decisão, a competente do país de origem da criança ou do
autoridade judiciária determinará a expedição de alvará adolescente será conhecida pela Autoridade Central
com autorização de viagem, bem como para obtenção Estadual que tiver processado o pedido de habilitação
de passaporte, constando, obrigatoriamente, as dos pais adotivos, que comunicará o fato à Autoridade
características da criança ou adolescente adotado, Central Federal e determinará as providências
como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços necessárias à expedição do Certificado de
peculiares, assim como foto recente e a aposição da Naturalização Provisório.
o
impressão digital do seu polegar direito, instruindo o § 1 A Autoridade Central Estadual, ouvido o
documento com cópia autenticada da decisão e Ministério Público, somente deixará de reconhecer os
certidão de trânsito em julgado. efeitos daquela decisão se restar demonstrado que a
§ 10. A Autoridade Central Federal Brasileira adoção é manifestamente contrária à ordem pública ou
poderá, a qualquer momento, solicitar informações não atende ao interesse superior da criança ou do
sobre a situação das crianças e adolescentes adolescente.
o
adotados § 2 Na hipótese de não reconhecimento da
o
§ 11. A cobrança de valores por parte dos adoção, prevista no § 1 deste artigo, o Ministério
organismos credenciados, que sejam considerados Público deverá imediatamente requerer o que for de
abusivos pela Autoridade Central Federal Brasileira e direito para resguardar os interesses da criança ou do
que não estejam devidamente comprovados, é causa adolescente, comunicando-se as providências à
de seu descredenciamento. Autoridade Central Estadual, que fará a comunicação à
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade
podem ser representados por mais de uma entidade Central do país de origem.
credenciada para atuar na cooperação em adoção Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o
internacional. Brasil for o país de acolhida e a adoção não tenha sido
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou deferida no país de origem porque a sua legislação a
domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
(um) ano, podendo ser renovada. mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser
§ 14. É vedado o contato direto de representantes oriundo de país que não tenha aderido à Convenção
de organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, referida, o processo de adoção seguirá as regras da
com dirigentes de programas de acolhimento adoção nacional.
institucional ou familiar, assim como com crianças e Capítulo IV
adolescentes em condições de serem adotados, sem a Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao
devida autorização judicial. Lazer
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à
poderá limitar ou suspender a concessão de novos educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
credenciamentos sempre que julgar necessário, pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
mediante ato administrativo fundamentado. qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:

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I - igualdade de condições para o acesso e Capítulo V
permanência na escola; Do Direito à Profissionalização e à Proteção no
II - direito de ser respeitado por seus educadores; Trabalho
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de
recorrer às instâncias escolares superiores; quatorze anos de idade, salvo na condição de
IV - direito de organização e participação em entidades aprendiz.
estudantis; Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é
V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua regulada por legislação especial, sem prejuízo do
residência. disposto nesta Lei.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação
ciência do processo pedagógico, bem como participar técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e
da definição das propostas educacionais. bases da legislação de educação em vigor.
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos
adolescente: seguintes princípios:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao
para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; ensino regular;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e II - atividade compatível com o desenvolvimento do
gratuidade ao ensino médio; adolescente;
III - atendimento educacional especializado aos III - horário especial para o exercício das atividades.
portadores de deficiência, preferencialmente na rede Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é
regular de ensino; assegurada bolsa de aprendizagem.
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze
de zero a cinco anos de idade; anos, são assegurados os direitos trabalhistas e
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da previdenciários.
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é
de cada um; assegurado trabalho protegido.
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em
condições do adolescente trabalhador; regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica,
VII - atendimento no ensino fundamental, através de assistido em entidade governamental ou não-
programas suplementares de material didático-escolar, governamental, é vedado trabalho:
transporte, alimentação e assistência à saúde. I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito dia e as cinco horas do dia seguinte;
público subjetivo. II - perigoso, insalubre ou penoso;
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e
poder público ou sua oferta irregular importa ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
responsabilidade da autoridade competente. IV - realizado em horários e locais que não permitam a
§ 3º Compete ao poder público recensear os freqüência à escola.
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a Art. 68. O programa social que tenha por base o
chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade
freqüência à escola. governamental ou não-governamental sem fins
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele
matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de participe condições de capacitação para o exercício de
ensino. atividade regular remunerada.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino § 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao
casos de: desenvolvimento pessoal e social do educando
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; prevalecem sobre o aspecto produtivo.
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão § 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo
escolar, esgotados os recursos escolares; trabalho efetuado ou a participação na venda dos
III - elevados níveis de repetência. produtos de seu trabalho não desfigura o caráter
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, educativo.
experiências e novas propostas relativas a calendário, Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e
seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, à proteção no trabalho, observados os seguintes
com vistas à inserção de crianças e adolescentes aspectos, entre outros:
excluídos do ensino fundamental obrigatório. I - respeito à condição peculiar de pessoa em
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os desenvolvimento;
valores culturais, artísticos e históricos próprios do II - capacitação profissional adequada ao mercado de
contexto social da criança e do adolescente, trabalho.
garantindo-se a estes a liberdade da criação e o Título III
acesso às fontes de cultura. Da Prevenção
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da Capítulo I
União, estimularão e facilitarão a destinação de Disposições Gerais
recursos e espaços para programações culturais, Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de
esportivas e de lazer voltadas para a infância e a ameaça ou violação dos direitos da criança e do
juventude. adolescente.

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Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua
Municípios deverão atuar de forma articulada na condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
elaboração de políticas públicas e na execução de Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem
ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de da prevenção especial outras decorrentes dos
tratamento cruel ou degradante e difundir formas não princípios por ela adotados.
violentas de educação de crianças e de adolescentes, Art. 73. A inobservância das normas de prevenção
tendo como principais ações: importará em responsabilidade da pessoa física ou
I - a promoção de campanhas educativas permanentes jurídica, nos termos desta Lei.
para a divulgação do direito da criança e do Capítulo II
adolescente de serem educados e cuidados sem o uso Da Prevenção Especial
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante Seção I
e dos instrumentos de proteção aos direitos Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões
humanos; e Espetáculos
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Art. 74. O poder público, através do órgão competente,
Ministério Público e da Defensoria Pública, com o regulará as diversões e espetáculos públicos,
Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a
Criança e do Adolescente e com as entidades não que não se recomendem, locais e horários em que sua
governamentais que atuam na promoção, proteção e apresentação se mostre inadequada.
defesa dos direitos da criança e do adolescente; Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e
III - a formação continuada e a capacitação dos espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e
profissionais de saúde, educação e assistência social e de fácil acesso, à entrada do local de exibição,
dos demais agentes que atuam na promoção, proteção informação destacada sobre a natureza do espetáculo
e defesa dos direitos da criança e do adolescente para e a faixa etária especificada no certificado de
o desenvolvimento das competências necessárias à classificação.
prevenção, à identificação de evidências, ao Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às
diagnóstico e ao enfrentamento de todas as formas de diversões e espetáculos públicos classificados como
violência contra a criança e o adolescente; adequados à sua faixa etária.
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução Parágrafo único. As crianças menores de dez anos
pacífica de conflitos que envolvam violência contra a somente poderão ingressar e permanecer nos locais de
criança e o adolescente; apresentação ou exibição quando acompanhadas dos
V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que pais ou responsável.
visem a garantir os direitos da criança e do Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente
adolescente, desde a atenção pré-natal, e de exibirão, no horário recomendado para o público infanto
atividades junto aos pais e responsáveis com o objetivo juvenil, programas com finalidades educativas,
de promover a informação, a reflexão, o debate e a artísticas, culturais e informativas.
orientação sobre alternativas ao uso de castigo físico Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado
ou de tratamento cruel ou degradante no processo ou anunciado sem aviso de sua classificação, antes de
educativo; sua transmissão, apresentação ou exibição.
VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e
articulação de ações e a elaboração de planos de funcionários de empresas que explorem a venda ou
atuação conjunta focados nas famílias em situação de aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão
violência, com participação de profissionais de saúde, para que não haja venda ou locação em desacordo
de assistência social e de educação e de órgãos de com a classificação atribuída pelo órgão competente.
promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo
do adolescente. deverão exibir, no invólucro, informação sobre a
Parágrafo único. As famílias com crianças e natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
adolescentes com deficiência terão prioridade de Art. 78. As revistas e publicações contendo material
atendimento nas ações e políticas públicas de impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes
prevenção e proteção. deverão ser comercializadas em embalagem lacrada,
Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que com a advertência de seu conteúdo.
atuem nas áreas a que se refere o art. 71, dentre Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as
outras, devem contar, em seus quadros, com pessoas capas que contenham mensagens pornográficas ou
capacitadas a reconhecer e comunicar ao Conselho obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
Tutelar suspeitas ou casos de maus-tratos praticados Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público
contra crianças e adolescentes. infanto-juvenil não poderão conter ilustrações,
Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas
comunicação de que trata este artigo, as pessoas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão
encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da
ministério, profissão ou ocupação, do cuidado, família.
assistência ou guarda de crianças e adolescentes, Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que
punível, na forma deste Estatuto, o injustificado explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere
retardamento ou omissão, culposos ou dolosos. ou por casas de jogos, assim entendidas as que
realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão
Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a para que não seja permitida a entrada e a permanência
informação, cultura, lazer, esportes, diversões,

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de crianças e adolescentes no local, afixando aviso prevenção e redução de violações de direitos, seus
para orientação do público. agravamentos ou reincidências;
Seção II III - serviços especiais de prevenção e atendimento
Dos Produtos e Serviços médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
de: IV - serviço de identificação e localização de pais,
I - armas, munições e explosivos; responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
II - bebidas alcoólicas; V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
III - produtos cujos componentes possam causar direitos da criança e do adolescente.
dependência física ou psíquica ainda que por utilização VI - políticas e programas destinados a prevenir
indevida; ou abreviar o período de afastamento do convívio
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à
que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de convivência familiar de crianças e adolescentes;
provocar qualquer dano físico em caso de utilização
indevida; VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob
V - revistas e publicações a que alude o art. 78; forma de guarda de crianças e adolescentes afastados
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes. do convívio familiar e à adoção, especificamente inter-
Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com
adolescente em hotel, motel, pensão ou necessidades específicas de saúde ou com
estabelecimento congênere, salvo se autorizado ou deficiências e de grupos de irmãos.
acompanhado pelos pais ou responsável. Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
Seção III I - municipalização do atendimento;
Da Autorização para Viajar II - criação de conselhos municipais, estaduais e
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da nacional dos direitos da criança e do adolescente,
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou órgãos deliberativos e controladores das ações em
responsável, sem expressa autorização judicial. todos os níveis, assegurada a participação popular
§ 1º A autorização não será exigida quando: paritária por meio de organizações representativas,
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da segundo leis federal, estaduais e municipais;
criança, se na mesma unidade da Federação, ou III - criação e manutenção de programas específicos,
incluída na mesma região metropolitana; observada a descentralização político-administrativa;
b) a criança estiver acompanhada: IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro municipais vinculados aos respectivos conselhos dos
grau, comprovado documentalmente o parentesco; direitos da criança e do adolescente;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo V - integração operacional de órgãos do Judiciário,
pai, mãe ou responsável. Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais Assistência Social, preferencialmente em um mesmo
ou responsável, conceder autorização válida por dois local, para efeito de agilização do atendimento inicial a
anos. adolescente a quem se atribua autoria de ato
Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a infracional;
autorização é dispensável, se a criança ou VI - integração operacional de órgãos do
adolescente: Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou Tutelar e encarregados da execução das políticas
responsável; sociais básicas e de assistência social, para efeito de
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado agilização do atendimento de crianças e de
expressamente pelo outro através de documento com adolescentes inseridos em programas de acolhimento
firma reconhecida. familiar ou institucional, com vista na sua rápida
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, reintegração à família de origem ou, se tal solução se
nenhuma criança ou adolescente nascido em território mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em
nacional poderá sair do País em companhia de família substituta, em quaisquer das modalidades
estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. previstas no art. 28 desta Lei;
Parte Especial VII - mobilização da opinião pública para a
Título I indispensável participação dos diversos segmentos da
Da Política de Atendimento sociedade.
Capítulo I VIII - especialização e formação continuada dos
Disposições Gerais profissionais que trabalham nas diferentes áreas da
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da atenção à primeira infância, incluindo os
criança e do adolescente far-se-á através de um conhecimentos sobre direitos da criança e sobre
conjunto articulado de ações governamentais e não- desenvolvimento infantil;
governamentais, da União, dos estados, do Distrito IX - formação profissional com abrangência dos
Federal e dos municípios. diversos direitos da criança e do adolescente que
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento: favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança
I - políticas sociais básicas; e do adolescente e seu desenvolvimento integral;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de X - realização e divulgação de pesquisas sobre
assistência social de garantia de proteção social e de desenvolvimento infantil e sobre prevenção da
violência.

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Art. 89. A função de membro do conselho nacional e b) não apresente plano de trabalho compatível com os
dos conselhos estaduais e municipais dos direitos da princípios desta Lei;
criança e do adolescente é considerada de interesse c) esteja irregularmente constituída;
público relevante e não será remunerada. d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.
Capítulo II e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e
Das Entidades de Atendimento deliberações relativas à modalidade de atendimento
Seção I prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da
Disposições Gerais Criança e do Adolescente, em todos os níveis.
o
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis § 2 O registro terá validade máxima de 4 (quatro)
pela manutenção das próprias unidades, assim como anos, cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da
pelo planejamento e execução de programas de Criança e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o
proteção e sócio-educativos destinados a crianças e cabimento de sua renovação, observado o disposto no
o
adolescentes, em regime de: ( § 1 deste artigo.
I - orientação e apoio sócio-familiar; Art. 92. As entidades que desenvolvam
II - apoio sócio-educativo em meio aberto; programas de acolhimento familiar ou institucional
III - colocação familiar; deverão adotar os seguintes princípios:
IV - acolhimento institucional; I - preservação dos vínculos familiares e
V - prestação de serviços à comunidade; promoção da reintegração familiar;
VI - liberdade assistida; II - integração em família substituta, quando
VII - semiliberdade; e esgotados os recursos de manutenção na família
VIII - internação. natural ou extensa;
o
§ 1 As entidades governamentais e não III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
governamentais deverão proceder à inscrição de seus IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-
programas, especificando os regimes de atendimento, educação;
na forma definida neste artigo, no Conselho Municipal V - não desmembramento de grupos de irmãos;
dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual VI - evitar, sempre que possível, a transferência para
manterá registro das inscrições e de suas alterações, outras entidades de crianças e adolescentes abrigados;
do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à VII - participação na vida da comunidade local;
autoridade judiciária. VIII - preparação gradativa para o desligamento;
o
§ 2 Os recursos destinados à implementação e IX - participação de pessoas da comunidade no
manutenção dos programas relacionados neste artigo processo educativo.
o
serão previstos nas dotações orçamentárias dos § 1 O dirigente de entidade que desenvolve
órgãos públicos encarregados das áreas de Educação, programa de acolhimento institucional é equiparado ao
Saúde e Assistência Social, dentre outros, observando- guardião, para todos os efeitos de direito.
o
se o princípio da prioridade absoluta à criança e ao § 2 Os dirigentes de entidades que desenvolvem
adolescente preconizado pelo caput do art. 227 da programas de acolhimento familiar ou institucional
Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único do remeterão à autoridade judiciária, no máximo a cada 6
o
art. 4 desta Lei. (seis) meses, relatório circunstanciado acerca da
o
§ 3 Os programas em execução serão situação de cada criança ou adolescente acolhido e
o
reavaliados pelo Conselho Municipal dos Direitos da sua família, para fins da reavaliação prevista no § 1 do
Criança e do Adolescente, no máximo, a cada 2 (dois) art. 19 desta Lei.
o
anos, constituindo-se critérios para renovação da § 3 Os entes federados, por intermédio dos
autorização de funcionamento: Poderes Executivo e Judiciário, promoverão
I - o efetivo respeito às regras e princípios desta conjuntamente a permanente qualificação dos
Lei, bem como às resoluções relativas à modalidade de profissionais que atuam direta ou indiretamente em
atendimento prestado expedidas pelos Conselhos de programas de acolhimento institucional e destinados à
Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os colocação familiar de crianças e adolescentes,
níveis; incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério
II - a qualidade e eficiência do trabalho Público e Conselho Tutelar.
o
desenvolvido, atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo § 4 Salvo determinação em contrário da
Ministério Público e pela Justiça da Infância e da autoridade judiciária competente, as entidades que
Juventude; desenvolvem programas de acolhimento familiar ou
III - em se tratando de programas de acolhimento institucional, se necessário com o auxílio do Conselho
institucional ou familiar, serão considerados os índices Tutelar e dos órgãos de assistência social, estimularão
de sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à o contato da criança ou adolescente com seus pais e
família substituta, conforme o caso. parentes, em cumprimento ao disposto nos incisos I e
Art. 91. As entidades não-governamentais somente VIII do caput deste artigo.
o
poderão funcionar depois de registradas no Conselho § 5 As entidades que desenvolvem programas
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o de acolhimento familiar ou institucional somente
qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à poderão receber recursos públicos se comprovado o
autoridade judiciária da respectiva localidade. atendimento dos princípios, exigências e finalidades
o
§ 1 Será negado o registro à entidade que a) não desta Lei.
o
ofereça instalações físicas em condições adequadas de § 6 O descumprimento das disposições desta Lei
habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; pelo dirigente de entidade que desenvolva programas
de acolhimento familiar ou institucional é causa de sua

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destituição, sem prejuízo da apuração de sua XIX - providenciar os documentos necessários ao
responsabilidade administrativa, civil e criminal. exercício da cidadania àqueles que não os tiverem;
o
§ 7 Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
(três) anos em acolhimento institucional, dar-se-á circunstâncias do atendimento, nome do adolescente,
especial atenção à atuação de educadores de seus pais ou responsável, parentes, endereços, sexo,
referência estáveis e qualitativamente significativos, às idade, acompanhamento da sua formação, relação de
rotinas específicas e ao atendimento das necessidades seus pertences e demais dados que possibilitem sua
básicas, incluindo as de afeto como prioritárias. identificação e a individualização do atendimento.
o
Art. 93. As entidades que mantenham programa § 1 Aplicam-se, no que couber, as obrigações
de acolhimento institucional poderão, em caráter constantes deste artigo às entidades que mantêm
excepcional e de urgência, acolher crianças e programas de acolhimento institucional e familiar.
adolescentes sem prévia determinação da autoridade § 2º No cumprimento das obrigações a que alude este
competente, fazendo comunicação do fato em até 24 artigo as entidades utilizarão preferencialmente os
(vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e da recursos da comunidade.
Juventude, sob pena de responsabilidade. Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes,
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público e se ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus
necessário com o apoio do Conselho Tutelar local, quadros, profissionais capacitados a reconhecer e
tomará as medidas necessárias para promover a reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências
imediata reintegração familiar da criança ou do de maus-tratos.
adolescente ou, se por qualquer razão não for isso Seção II
possível ou recomendável, para seu encaminhamento Da Fiscalização das Entidades
a programa de acolhimento familiar, institucional ou a Art. 95. As entidades governamentais e não-
o
família substituta, observado o disposto no § 2 do art. governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas
101 desta Lei. pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de Conselhos Tutelares.
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de
I - observar os direitos e garantias de que são titulares contas serão apresentados ao estado ou ao município,
os adolescentes; conforme a origem das dotações orçamentárias.
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de
objeto de restrição na decisão de internação; atendimento que descumprirem obrigação constante do
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e
unidades e grupos reduzidos; criminal de seus dirigentes ou prepostos:
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de I - às entidades governamentais:
respeito e dignidade ao adolescente; a) advertência;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da b) afastamento provisório de seus dirigentes;
preservação dos vínculos familiares; c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, d) fechamento de unidade ou interdição de programa.
os casos em que se mostre inviável ou impossível o II - às entidades não-governamentais:
reatamento dos vínculos familiares; a) advertência;
VII - oferecer instalações físicas em condições b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas
adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e públicas;
segurança e os objetos necessários à higiene pessoal; c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e d) cassação do registro.
o
adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos; § 1 Em caso de reiteradas infrações cometidas
IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, por entidades de atendimento, que coloquem em risco
odontológicos e farmacêuticos; os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato
X - propiciar escolarização e profissionalização; comunicado ao Ministério Público ou representado
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer; perante autoridade judiciária competente para as
XII - propiciar assistência religiosa àqueles que providências cabíveis, inclusive suspensão das
desejarem, de acordo com suas crenças; atividades ou dissolução da entidade.
o
XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso; § 2 As pessoas jurídicas de direito público e as
XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo organizações não governamentais responderão pelos
máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à danos que seus agentes causarem às crianças e aos
autoridade competente; adolescentes, caracterizado o descumprimento dos
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado princípios norteadores das atividades de proteção
sobre sua situação processual; específica.
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os Título II
casos de adolescentes portadores de moléstias infecto- Das Medidas de Proteção
contagiosas; Capítulo I
XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences Disposições Gerais
dos adolescentes; Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
XVIII - manter programas destinados ao apoio e adolescente são aplicáveis sempre que os direitos
acompanhamento de egressos; reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

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II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o
responsável; adolescente, respeitado seu estágio de
III - em razão de sua conduta. desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus
Capítulo II pais ou responsável devem ser informados dos seus
Das Medidas Específicas de Proteção direitos, dos motivos que determinaram a intervenção e
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão da forma como esta se processa;
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o
substituídas a qualquer tempo. adolescente, em separado ou na companhia dos pais,
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em de responsável ou de pessoa por si indicada, bem
conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se como os seus pais ou responsável, têm direito a ser
aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos ouvidos e a participar nos atos e na definição da
familiares e comunitários. medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo
Parágrafo único. São também princípios que sua opinião devidamente considerada pela autoridade
regem a aplicação das medidas: judiciária competente, observado o disposto nos §§
o o
I - condição da criança e do adolescente como 1 e 2 do art. 28 desta Lei.
sujeitos de direitos: crianças e adolescentes são os Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no
titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, art. 98, a autoridade competente poderá determinar,
bem como na Constituição Federal; dentre outras, as seguintes medidas:
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante
aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei termo de responsabilidade;
deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
direitos de que crianças e adolescentes são III - matrícula e freqüência obrigatórias em
titulares; estabelecimento oficial de ensino fundamental;
III - responsabilidade primária e solidária do poder IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
público: a plena efetivação dos direitos assegurados a comunitários de proteção, apoio e promoção da família,
crianças e a adolescentes por esta Lei e pela da criança e do adolescente;
Constituição Federal, salvo nos casos por esta V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
expressamente ressalvados, é de responsabilidade psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de
sem prejuízo da municipalização do atendimento e da auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
possibilidade da execução de programas por entidades toxicômanos;
não governamentais; VII - acolhimento institucional;
IV - interesse superior da criança e do VIII - inclusão em programa de acolhimento
adolescente: a intervenção deve atender familiar;
prioritariamente aos interesses e direitos da criança e IX - colocação em família substituta.
do adolescente, sem prejuízo da consideração que for
o
devida a outros interesses legítimos no âmbito da § 1 O acolhimento institucional e o acolhimento
pluralidade dos interesses presentes no caso familiar são medidas provisórias e excepcionais,
concreto; utilizáveis como forma de transição para reintegração
V - privacidade: a promoção dos direitos e familiar ou, não sendo esta possível, para colocação
proteção da criança e do adolescente deve ser em família substituta, não implicando privação de
efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem liberdade.
o
e reserva da sua vida privada; § 2 Sem prejuízo da tomada de medidas
VI - intervenção precoce: a intervenção das emergenciais para proteção de vítimas de violência ou
autoridades competentes deve ser efetuada logo que a abuso sexual e das providências a que alude o art. 130
situação de perigo seja conhecida; desta Lei, o afastamento da criança ou adolescente do
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser convívio familiar é de competência exclusiva da
exercida exclusivamente pelas autoridades e autoridade judiciária e importará na deflagração, a
instituições cuja ação seja indispensável à efetiva pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
promoção dos direitos e à proteção da criança e do interesse, de procedimento judicial contencioso, no
adolescente; qual se garanta aos pais ou ao responsável legal o
VIII - proporcionalidade e atualidade: a exercício do contraditório e da ampla defesa.
o
intervenção deve ser a necessária e adequada à § 3 Crianças e adolescentes somente poderão
situação de perigo em que a criança ou o adolescente ser encaminhados às instituições que executam
se encontram no momento em que a decisão é programas de acolhimento institucional,
tomada; governamentais ou não, por meio de uma Guia de
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na
ser efetuada de modo que os pais assumam os seus qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
deveres para com a criança e o adolescente; I - sua identificação e a qualificação completa de
X - prevalência da família: na promoção de direitos seus pais ou de seu responsável, se conhecidos;
e na proteção da criança e do adolescente deve ser II - o endereço de residência dos pais ou do
dada prevalência às medidas que os mantenham ou responsável, com pontos de referência;
reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isto III - os nomes de parentes ou de terceiros
não for possível, que promovam a sua integração em interessados em tê-los sob sua guarda;
família substituta;

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IV - os motivos da retirada ou da não reintegração informações atualizadas sobre as crianças e
ao convívio familiar. adolescentes em regime de acolhimento familiar e
o
§ 4 Imediatamente após o acolhimento da institucional sob sua responsabilidade, com
criança ou do adolescente, a entidade responsável pelo informações pormenorizadas sobre a situação jurídica
programa de acolhimento institucional ou familiar de cada um, bem como as providências tomadas para
elaborará um plano individual de atendimento, visando sua reintegração familiar ou colocação em família
à reintegração familiar, ressalvada a existência de substituta, em qualquer das modalidades previstas no
ordem escrita e fundamentada em contrário de art. 28 desta Lei.
autoridade judiciária competente, caso em que também § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério
deverá contemplar sua colocação em família substituta, Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da
observadas as regras e princípios desta Lei. Assistência Social e os Conselhos Municipais dos
o
§ 5 O plano individual será elaborado sob a Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência
responsabilidade da equipe técnica do respectivo Social, aos quais incumbe deliberar sobre a
programa de atendimento e levará em consideração a implementação de políticas públicas que permitam
opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos reduzir o número de crianças e adolescentes afastados
pais ou do responsável. do convívio familiar e abreviar o período de
o
§ 6 Constarão do plano individual, dentre permanência em programa de acolhimento.
outros: Art. 102. As medidas de proteção de que trata este
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; Capítulo serão acompanhadas da regularização do
registro civil.
II - os compromissos assumidos pelos pais ou § 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o
responsável; e assento de nascimento da criança ou adolescente será
III - a previsão das atividades a serem feito à vista dos elementos disponíveis, mediante
desenvolvidas com a criança ou com o adolescente requisição da autoridade judiciária.
acolhido e seus pais ou responsável, com vista na § 2º Os registros e certidões necessários à
reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por regularização de que trata este artigo são isentos de
expressa e fundamentada determinação judicial, as multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta
providências a serem tomadas para sua colocação em prioridade.
o
família substituta, sob direta supervisão da autoridade § 3 Caso ainda não definida a paternidade, será
judiciária. deflagrado procedimento específico destinado à sua
o o
§ 7 O acolhimento familiar ou institucional averiguação, conforme previsto pela Lei n 8.560, de 29
ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou de dezembro de 1992.
o o
do responsável e, como parte do processo de § 4 Nas hipóteses previstas no § 3 deste artigo,
reintegração familiar, sempre que identificada a é dispensável o ajuizamento de ação de investigação
necessidade, a família de origem será incluída em de paternidade pelo Ministério Público se, após o não
programas oficiais de orientação, de apoio e de comparecimento ou a recusa do suposto pai em
promoção social, sendo facilitado e estimulado o assumir a paternidade a ele atribuída, a criança for
contato com a criança ou com o adolescente encaminhada para adoção.
o
acolhido. § 5 Os registros e certidões necessários à
o
§ 8 Verificada a possibilidade de reintegração inclusão, a qualquer tempo, do nome do pai no assento
familiar, o responsável pelo programa de acolhimento de nascimento são isentos de multas, custas e
familiar ou institucional fará imediata comunicação à emolumentos, gozando de absoluta prioridade. (
o
autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério § 6 São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação
Público, pelo prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em requerida do reconhecimento de paternidade no
igual prazo. assento de nascimento e a certidão
o
§ 9 Em sendo constatada a impossibilidade de correspondente.
reintegração da criança ou do adolescente à família de Título III
origem, após seu encaminhamento a programas Da Prática de Ato Infracional
oficiais ou comunitários de orientação, apoio e Capítulo I
promoção social, será enviado relatório fundamentado Disposições Gerais
ao Ministério Público, no qual conste a descrição Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta
pormenorizada das providências tomadas e a expressa descrita como crime ou contravenção penal.
recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
responsáveis pela execução da política municipal de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
garantia do direito à convivência familiar, para a Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou considerada a idade do adolescente à data do fato.
guarda. Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público corresponderão as medidas previstas no art. 101.
terá o prazo de 30 (trinta) dias para o ingresso com a Capítulo II
ação de destituição do poder familiar, salvo se entender Dos Direitos Individuais
necessária a realização de estudos complementares ou Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua
outras providências que entender indispensáveis ao liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por
ajuizamento da demanda. ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada competente.
comarca ou foro regional, um cadastro contendo

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Parágrafo único. O adolescente tem direito à provas suficientes da autoria e da materialidade da
identificação dos responsáveis pela sua apreensão, infração, ressalvada a hipótese de remissão, nos
devendo ser informado acerca de seus direitos. termos do art. 127.
Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada
local onde se encontra recolhido serão incontinenti sempre que houver prova da materialidade e indícios
comunicados à autoridade judiciária competente e à suficientes da autoria.
família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. Seção II
Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena Da Advertência
de responsabilidade, a possibilidade de liberação Art. 115. A advertência consistirá em admoestação
imediata. verbal, que será reduzida a termo e assinada.
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser Seção III
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco Da Obrigação de Reparar o Dano
dias. Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o
basear-se em indícios suficientes de autoria e caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o
materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense
da medida. o prejuízo da vítima.
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a
submetido a identificação compulsória pelos órgãos medida poderá ser substituída por outra adequada.
policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de Seção IV
confrontação, havendo dúvida fundada. Da Prestação de Serviços à Comunidade
Capítulo III Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste
Das Garantias Processuais na realização de tarefas gratuitas de interesse geral,
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua por período não excedente a seis meses, junto a
liberdade sem o devido processo legal. entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre estabelecimentos congêneres, bem como em
outras, as seguintes garantias: programas comunitários ou governamentais.
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme
infracional, mediante citação ou meio equivalente; as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas
II - igualdade na relação processual, podendo durante jornada máxima de oito horas semanais, aos
confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de
todas as provas necessárias à sua defesa; modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à
III - defesa técnica por advogado; jornada normal de trabalho.
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos Seção V
necessitados, na forma da lei; Da Liberdade Assistida
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre
competente; que se afigurar a medida mais adequada para o fim de
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
responsável em qualquer fase do procedimento. § 1º A autoridade designará pessoa capacitada para
Capítulo IV acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada
Das Medidas Sócio-Educativas por entidade ou programa de atendimento.
Seção I § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo
Disposições Gerais mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a prorrogada, revogada ou substituída por outra medida,
autoridade competente poderá aplicar ao adolescente ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
as seguintes medidas: Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a
I - advertência; supervisão da autoridade competente, a realização dos
II - obrigação de reparar o dano; seguintes encargos, entre outros:
III - prestação de serviços à comunidade; I - promover socialmente o adolescente e sua família,
IV - liberdade assistida; fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se
V - inserção em regime de semi-liberdade; necessário, em programa oficial ou comunitário de
VI - internação em estabelecimento educacional; auxílio e assistência social;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua
a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a matrícula;
gravidade da infração. III - diligenciar no sentido da profissionalização do
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
admitida a prestação de trabalho forçado. IV - apresentar relatório do caso.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou Seção VI
deficiência mental receberão tratamento individual e Do Regime de Semi-liberdade
especializado, em local adequado às suas condições. Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. determinado desde o início, ou como forma de
99 e 100. transição para o meio aberto, possibilitada a realização
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos de atividades externas, independentemente de
incisos II a VI do art. 112 pressupõe a existência de autorização judicial.

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§ 1º São obrigatórias a escolarização e a VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
profissionalização, devendo, sempre que possível, ser VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;
utilizados os recursos existentes na comunidade. IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e
§ 2º A medida não comporta prazo determinado asseio pessoal;
aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à X - habitar alojamento em condições adequadas de
internação. higiene e salubridade;
Seção VII XI - receber escolarização e profissionalização;
Da Internação XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
Art. 121. A internação constitui medida privativa da XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de crença, e desde que assim o deseje;
pessoa em desenvolvimento. XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, de local seguro para guardá-los, recebendo
a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa comprovante daqueles porventura depositados em
determinação judicial em contrário. poder da entidade;
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, XVI - receber, quando de sua desinternação, os
devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante documentos pessoais indispensáveis à vida em
decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses. sociedade.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
internação excederá a três anos. § 2º A autoridade judiciária poderá suspender
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo temporariamente a visita, inclusive de pais ou
anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado responsável, se existirem motivos sérios e fundados de
em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida. sua prejudicialidade aos interesses do adolescente.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física
de idade. e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será adequadas de contenção e segurança.
precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Capítulo V
Público. Da Remissão
o
§ 7 A determinação judicial mencionada no § Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para
o
1 poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade apuração de ato infracional, o representante do
judiciária. Ministério Público poderá conceder a remissão, como
Art. 122. A medida de internação só poderá ser forma de exclusão do processo, atendendo às
aplicada quando: circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave social, bem como à personalidade do adolescente e
ameaça ou violência a pessoa; sua maior ou menor participação no ato infracional.
II - por reiteração no cometimento de outras infrações Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão
graves; da remissão pela autoridade judiciária importará na
III - por descumprimento reiterado e injustificável da suspensão ou extinção do processo.
medida anteriormente imposta. Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
o
§ 1 O prazo de internação na hipótese do inciso III reconhecimento ou comprovação da responsabilidade,
deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo
devendo ser decretada judicialmente após o devido incluir eventualmente a aplicação de qualquer das
processo legal. medidas previstas em lei, exceto a colocação em
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, regime de semi-liberdade e a internação.
havendo outra medida adequada. Art. 128. A medida aplicada por força da remissão
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo,
entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto mediante pedido expresso do adolescente ou de seu
daquele destinado ao abrigo, obedecida rigorosa representante legal, ou do Ministério Público.
separação por critérios de idade, compleição física e Título IV
gravidade da infração. Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
Parágrafo único. Durante o período de internação, Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou
inclusive provisória, serão obrigatórias atividades responsável:
pedagógicas. I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
Art. 124. São direitos do adolescente privado de comunitários de proteção, apoio e promoção da
liberdade, entre outros, os seguintes: família;
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do II - inclusão em programa oficial ou comunitário de
Ministério Público; auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; toxicômanos;
III - avistar-se reservadamente com seu defensor; III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
IV - ser informado de sua situação processual, sempre psiquiátrico;
que solicitada; IV - encaminhamento a cursos ou programas de
V - ser tratado com respeito e dignidade; orientação;
VI - permanecer internado na mesma localidade ou V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e
naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;
responsável;

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VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente II - atender e aconselhar os pais ou responsável,
a tratamento especializado; aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
VII - advertência; III - promover a execução de suas decisões, podendo
VIII - perda da guarda; para tanto:
IX - destituição da tutela; a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde,
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder educação, serviço social, previdência, trabalho e
familiar. segurança;
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas b) representar junto à autoridade judiciária nos casos
nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o de descumprimento injustificado de suas deliberações.
disposto nos arts. 23 e 24. IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, que constitua infração administrativa ou penal contra os
opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou direitos da criança ou adolescente;
responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
como medida cautelar, o afastamento do agressor da competência;
moradia comum. VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI,
fixação provisória dos alimentos de que necessitem a para o adolescente autor de ato infracional;
criança ou o adolescente dependentes do VII - expedir notificações;
agressor. VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
Título V criança ou adolescente quando necessário;
Do Conselho Tutelar IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração
Capítulo I da proposta orçamentária para planos e programas de
Disposições Gerais atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e X - representar, em nome da pessoa e da família,
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela contra a violação dos direitos previstos no art. 220, §
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da 3º, inciso II, da Constituição Federal;
criança e do adolescente, definidos nesta Lei. XI - representar ao Ministério Público para efeito
Art. 132. Em cada Município e em cada Região das ações de perda ou suspensão do poder familiar,
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 após esgotadas as possibilidades de manutenção da
(um) Conselho Tutelar como órgão integrante da criança ou do adolescente junto à família natural.
administração pública local, composto de 5 (cinco)
membros, escolhidos pela população local para XII - promover e incentivar, na comunidade e nos
mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) grupos profissionais, ações de divulgação e
recondução, mediante novo processo de escolha. treinamento para o reconhecimento de sintomas de
maus-tratos em crianças e adolescentes.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Parágrafo único. Se, no exercício de suas
Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o
I - reconhecida idoneidade moral; afastamento do convívio familiar, comunicará
II - idade superior a vinte e um anos; incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe
III - residir no município. informações sobre os motivos de tal entendimento e as
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, providências tomadas para a orientação, o apoio e a
dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, promoção social da família.
inclusive quanto à remuneração dos respectivos Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente
membros, aos quais é assegurado o direito a: poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido
I - cobertura previdenciária; de quem tenha legítimo interesse.
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de Capítulo III
1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; Da Competência
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
III - licença-maternidade; competência constante do art. 147.
IV - licença-paternidade; Capítulo IV
V - gratificação natalina. Da Escolha dos Conselheiros
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
municipal e da do Distrito Federal previsão dos Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
recursos necessários ao funcionamento do Conselho realizado sob a responsabilidade do Conselho
Tutelar e à remuneração e formação continuada dos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e
conselheiros tutelares. a fiscalização do Ministério Público.
o
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro § 1 O processo de escolha dos membros do Conselho
constituirá serviço público relevante e estabelecerá Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
presunção de idoneidade moral. nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo
Capítulo II do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição
Das Atribuições do Conselho presidencial.
o
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: § 2 A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas escolha.
previstas no art. 101, I a VII;

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o
§ 3 No processo de escolha dos membros do Seção II
Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar, Do Juiz
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz
vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive da Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa
brindes de pequeno valor. função, na forma da lei de organização judiciária local.
Capítulo V Art. 147. A competência será determinada:
Dos Impedimentos I - pelo domicílio dos pais ou responsável;
Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho II - pelo lugar onde se encontre a criança ou
marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e adolescente, à falta dos pais ou responsável.
genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, § 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a
tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas
Parágrafo único. Estende-se o impedimento do as regras de conexão, continência e prevenção.
conselheiro, na forma deste artigo, em relação à § 2º A execução das medidas poderá ser delegada à
autoridade judiciária e ao representante do Ministério autoridade competente da residência dos pais ou
Público com atuação na Justiça da Infância e da responsável, ou do local onde sediar-se a entidade que
Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou abrigar a criança ou adolescente.
distrital. § 3º Em caso de infração cometida através de
Título VI transmissão simultânea de rádio ou televisão, que
Do Acesso à Justiça atinja mais de uma comarca, será competente, para
Capítulo I aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do
Disposições Gerais local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a
Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou sentença eficácia para todas as transmissoras ou
adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público retransmissoras do respectivo estado.
e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é
§ 1º. A assistência judiciária gratuita será prestada aos competente para:
que dela necessitarem, através de defensor público ou I - conhecer de representações promovidas pelo
advogado nomeado. Ministério Público, para apuração de ato infracional
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da atribuído a adolescente, aplicando as medidas
Infância e da Juventude são isentas de custas e cabíveis;
emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou
má-fé. extinção do processo;
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
representados e os maiores de dezesseis e menores IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
de vinte e um anos assistidos por seus pais, tutores ou individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao
curadores, na forma da legislação civil ou processual. adolescente, observado o disposto no art. 209;
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades
especial à criança ou adolescente, sempre que os em entidades de atendimento, aplicando as medidas
interesses destes colidirem com os de seus pais ou cabíveis;
responsável, ou quando carecer de representação ou VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de
assistência legal ainda que eventual. infrações contra norma de proteção à criança ou
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, adolescente;
policiais e administrativos que digam respeito a VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho
crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
infracional. Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato adolescente nas hipóteses do art. 98, é também
não poderá identificar a criança ou adolescente, competente a Justiça da Infância e da Juventude para
vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, o fim de:
filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
nome e sobrenome. b) conhecer de ações de destituição do poder familiar,
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a perda ou modificação da tutela ou guarda;
que se refere o artigo anterior somente será deferida c) suprir a capacidade ou o consentimento para o
pela autoridade judiciária competente, se demonstrado casamento;
o interesse e justificada a finalidade. d) conhecer de pedidos baseados em discordância
Capítulo II paterna ou materna, em relação ao exercício do poder
Da Justiça da Infância e da Juventude familiar;
Seção I e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil,
Disposições Gerais quando faltarem os pais;
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar f) designar curador especial em casos de apresentação
varas especializadas e exclusivas da infância e da de queixa ou representação, ou de outros
juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer procedimentos judiciais ou extrajudiciais em que haja
sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá- interesses de criança ou adolescente;
las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, g) conhecer de ações de alimentos;
inclusive em plantões. h) determinar o cancelamento, a retificação e o
suprimento dos registros de nascimento e óbito.

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Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar, Seção II
através de portaria, ou autorizar, mediante alvará: Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar
I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão
desacompanhado dos pais ou responsável, em: do poder familiar terá início por provocação do
a) estádio, ginásio e campo desportivo; Ministério Público ou de quem tenha legítimo
b) bailes ou promoções dançantes; interesse.
c) boate ou congêneres; Art. 156. A petição inicial indicará:
d) casa que explore comercialmente diversões I - a autoridade judiciária a que for dirigida;
eletrônicas; II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do
e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e requerente e do requerido, dispensada a qualificação
televisão. em se tratando de pedido formulado por representante
II - a participação de criança e adolescente em: do Ministério Público;
a) espetáculos públicos e seus ensaios; III - a exposição sumária do fato e o pedido;
b) certames de beleza. IV - as provas que serão produzidas, oferecendo,
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade desde logo, o rol de testemunhas e documentos.
judiciária levará em conta, dentre outros fatores: Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
a) os princípios desta Lei; judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a
b) as peculiaridades locais; suspensão do poder familiar, liminar ou
c) a existência de instalações adequadas; incidentalmente, até o julgamento definitivo da causa,
d) o tipo de freqüência habitual ao local; ficando a criança ou adolescente confiado a pessoa
e) a adequação do ambiente a eventual participação ou idônea, mediante termo de responsabilidade.
freqüência de crianças e adolescentes; Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez
f) a natureza do espetáculo. dias, oferecer resposta escrita, indicando as provas a
§ 2º As medidas adotadas na conformidade deste serem produzidas e oferecendo desde logo o rol de
artigo deverão ser fundamentadas, caso a caso, testemunhas e documentos.
o
vedadas as determinações de caráter geral. § 1 A citação será pessoal, salvo se esgotados todos
Seção III os meios para sua realização.
o
Dos Serviços Auxiliares § 2 O requerido privado de liberdade deverá ser citado
Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de pessoalmente.
sua proposta orçamentária, prever recursos para Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de
manutenção de equipe interprofissional, destinada a constituir advogado, sem prejuízo do próprio sustento e
assessorar a Justiça da Infância e da Juventude. de sua família, poderá requerer, em cartório, que lhe
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre seja nomeado dativo, ao qual incumbirá a
outras atribuições que lhe forem reservadas pela apresentação de resposta, contando-se o prazo a partir
legislação local, fornecer subsídios por escrito, da intimação do despacho de nomeação.
mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
assim desenvolver trabalhos de aconselhamento, liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no
orientação, encaminhamento, prevenção e outros, tudo momento da citação pessoal, se deseja que lhe seja
sob a imediata subordinação à autoridade judiciária, nomeado defensor.
assegurada a livre manifestação do ponto de vista Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária
técnico. requisitará de qualquer repartição ou órgão público a
Capítulo III apresentação de documento que interesse à causa, de
Dos Procedimentos ofício ou a requerimento das partes ou do Ministério
Seção I Público.
Disposições Gerais Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por
aplicam-se subsidiariamente as normas gerais cinco dias, salvo quando este for o requerente,
previstas na legislação processual pertinente. decidindo em igual prazo.
o
Parágrafo único. É assegurada, sob pena de § 1 A autoridade judiciária, de ofício ou a
responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação requerimento das partes ou do Ministério Público,
dos processos e procedimentos previstos nesta Lei, determinará a realização de estudo social ou perícia
assim como na execução dos atos e diligências por equipe interprofissional ou multidisciplinar, bem
judiciais a eles referentes. como a oitiva de testemunhas que comprovem a
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não presença de uma das causas de suspensão ou
corresponder a procedimento previsto nesta ou em destituição do poder familiar previstas nos arts.
o
outra lei, a autoridade judiciária poderá investigar os 1.637 e 1.638 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de
fatos e ordenar de ofício as providências necessárias, 2002 - Código Civil, ou no art. 24 desta Lei.
o
ouvido o Ministério Público. § 2 Em sendo os pais oriundos de comunidades
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica indígenas, é ainda obrigatória a intervenção, junto à
para o fim de afastamento da criança ou do equipe profissional ou multidisciplinar referida no §
o
adolescente de sua família de origem e em outros 1 deste artigo, de representantes do órgão federal
procedimentos necessariamente contenciosos. responsável pela política indigenista, observado o
o
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. disposto no § 6 do art. 28 desta Lei.
o
§ 3 Se o pedido importar em modificação de
guarda, será obrigatória, desde que possível e

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o
razoável, a oitiva da criança ou adolescente, respeitado § 1 Na hipótese de concordância dos pais, esses
seu estágio de desenvolvimento e grau de serão ouvidos pela autoridade judiciária e pelo
compreensão sobre as implicações da medida. representante do Ministério Público, tomando-se por
o
§ 4 É obrigatória a oitiva dos pais sempre que termo as declarações.
o
esses forem identificados e estiverem em local § 2 O consentimento dos titulares do poder
conhecido. familiar será precedido de orientações e
o
§ 5 Se o pai ou a mãe estiverem privados de esclarecimentos prestados pela equipe interprofissional
liberdade, a autoridade judicial requisitará sua da Justiça da Infância e da Juventude, em especial, no
apresentação para a oitiva. caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade medida.
o
judiciária dará vista dos autos ao Ministério Público, por § 3 O consentimento dos titulares do poder
cinco dias, salvo quando este for o requerente, familiar será colhido pela autoridade judiciária
designando, desde logo, audiência de instrução e competente em audiência, presente o Ministério
julgamento. Público, garantida a livre manifestação de vontade e
§ 1º A requerimento de qualquer das partes, do esgotados os esforços para manutenção da criança ou
Ministério Público, ou de ofício, a autoridade judiciária do adolescente na família natural ou extensa.
o
poderá determinar a realização de estudo social ou, se § 4 O consentimento prestado por escrito não
possível, de perícia por equipe interprofissional. terá validade se não for ratificado na audiência a que
o
§ 2º Na audiência, presentes as partes e o Ministério se refere o § 3 deste artigo.
o
Público, serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se § 5 O consentimento é retratável até a data da
oralmente o parecer técnico, salvo quando apresentado publicação da sentença constitutiva da adoção.
o
por escrito, manifestando-se sucessivamente o § 6 O consentimento somente terá valor se for
requerente, o requerido e o Ministério Público, pelo dado após o nascimento da criança.
o
tempo de vinte minutos cada um, prorrogável por mais § 7 A família substituta receberá a devida
dez. A decisão será proferida na audiência, podendo a orientação por intermédio de equipe técnica
autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data interprofissional a serviço do Poder Judiciário,
para sua leitura no prazo máximo de cinco dias. preferencialmente com apoio dos técnicos
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do responsáveis pela execução da política municipal de
procedimento será de 120 (cento e vinte) dias. garantia do direito à convivência familiar.
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a
ou a suspensão do poder familiar será averbada à requerimento das partes ou do Ministério Público,
margem do registro de nascimento da criança ou do determinará a realização de estudo social ou, se
adolescente. possível, perícia por equipe interprofissional, decidindo
Seção III sobre a concessão de guarda provisória, bem como, no
Da Destituição da Tutela caso de adoção, sobre o estágio de convivência.
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o
processual civil e, no que couber, o disposto na seção adolescente será entregue ao interessado, mediante
anterior. termo de responsabilidade.
Seção IV Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo
Da Colocação em Família Substituta pericial, e ouvida, sempre que possível, a criança ou o
Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos adolescente, dar-se-á vista dos autos ao Ministério
de colocação em família substituta: Público, pelo prazo de cinco dias, decidindo a
I - qualificação completa do requerente e de seu autoridade judiciária em igual prazo.
eventual cônjuge, ou companheiro, com expressa Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela,
anuência deste; a perda ou a suspensão do pátrio poder poder
II - indicação de eventual parentesco do requerente e familiar constituir pressuposto lógico da medida
de seu cônjuge, ou companheiro, com a criança ou principal de colocação em família substituta, será
adolescente, especificando se tem ou não parente vivo; observado o procedimento contraditório previsto nas
III - qualificação completa da criança ou adolescente e Seções II e III deste Capítulo.
de seus pais, se conhecidos; Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, poderá ser decretada nos mesmos autos do
anexando, se possível, uma cópia da respectiva procedimento, observado o disposto no art. 35.
certidão; Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á
V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou o disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no
rendimentos relativos à criança ou ao adolescente. art. 47.
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar- Parágrafo único. A colocação de criança ou
se-ão também os requisitos específicos. adolescente sob a guarda de pessoa inscrita em
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido programa de acolhimento familiar será comunicada
destituídos ou suspensos do poder familiar, ou pela autoridade judiciária à entidade por este
houverem aderido expressamente ao pedido de responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias.
colocação em família substituta, este poderá ser
formulado diretamente em cartório, em petição
assinada pelos próprios requerentes, dispensada a
assistência de advogado.

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Seção V transportado em compartimento fechado de veículo
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou
Adolescente que impliquem risco à sua integridade física ou mental,
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem sob pena de responsabilidade.
judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante
judiciária. do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e
policial competente. com informação sobre os antecedentes do
Parágrafo único. Havendo repartição policial adolescente, procederá imediata e informalmente à sua
especializada para atendimento de adolescente e em oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou
se tratando de ato infracional praticado em co-autoria responsável, vítima e testemunhas.
com maior, prevalecerá a atribuição da repartição Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o
especializada, que, após as providências necessárias e representante do Ministério Público notificará os pais
conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição ou responsável para apresentação do adolescente,
policial própria. podendo requisitar o concurso das polícias civil e
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional militar.
cometido mediante violência ou grave ameaça a Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do disposto anterior, o representante do Ministério Público poderá:
nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá: I - promover o arquivamento dos autos;
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e II - conceder a remissão;
o adolescente; III - representar à autoridade judiciária para aplicação
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; de medida sócio-educativa.
III - requisitar os exames ou perícias necessários à Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou
comprovação da materialidade e autoria da infração. concedida a remissão pelo representante do Ministério
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a Público, mediante termo fundamentado, que conterá o
lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de resumo dos fatos, os autos serão conclusos à
ocorrência circunstanciada. autoridade judiciária para homologação.
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou § 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a
responsável, o adolescente será prontamente liberado autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o
pela autoridade policial, sob termo de compromisso e cumprimento da medida.
responsabilidade de sua apresentação ao § 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa
representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante
sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto despacho fundamentado, e este oferecerá
quando, pela gravidade do ato infracional e sua representação, designará outro membro do Ministério
repercussão social, deva o adolescente permanecer Público para apresentá-la, ou ratificará o arquivamento
sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou a remissão, que só então estará a autoridade
ou manutenção da ordem pública. judiciária obrigada a homologar.
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
policial encaminhará, desde logo, o adolescente ao Ministério Público não promover o arquivamento ou
representante do Ministério Público, juntamente com conceder a remissão, oferecerá representação à
cópia do auto de apreensão ou boletim de ocorrência. autoridade judiciária, propondo a instauração de
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a procedimento para aplicação da medida sócio-
autoridade policial encaminhará o adolescente à educativa que se afigurar a mais adequada.
entidade de atendimento, que fará a apresentação ao § 1º A representação será oferecida por petição, que
representante do Ministério Público no prazo de vinte e conterá o breve resumo dos fatos e a classificação do
quatro horas. ato infracional e, quando necessário, o rol de
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de testemunhas, podendo ser deduzida oralmente, em
atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade sessão diária instalada pela autoridade judiciária.
policial. À falta de repartição policial especializada, o § 2º A representação independe de prova pré-
adolescente aguardará a apresentação em constituída da autoria e materialidade.
dependência separada da destinada a maiores, não Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a
podendo, em qualquer hipótese, exceder o prazo conclusão do procedimento, estando o adolescente
referido no parágrafo anterior. internado provisoriamente, será de quarenta e cinco
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade dias.
policial encaminhará imediatamente ao representante Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade
do Ministério Público cópia do auto de apreensão ou judiciária designará audiência de apresentação do
boletim de ocorrência. adolescente, decidindo, desde logo, sobre a decretação
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver ou manutenção da internação, observado o disposto no
indícios de participação de adolescente na prática de art. 108 e parágrafo.
ato infracional, a autoridade policial encaminhará ao § 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão
representante do Ministério Público relatório das cientificados do teor da representação, e notificados a
investigações e demais documentos. comparecer à audiência, acompanhados de advogado.
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de
ato infracional não poderá ser conduzido ou

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§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
a autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente internado, será imediatamente colocado
adolescente. em liberdade.
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, de internação ou regime de semi-liberdade será feita:
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva I - ao adolescente e ao seu defensor;
apresentação. II - quando não for encontrado o adolescente, a seus
§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada pais ou responsável, sem prejuízo do defensor.
a sua apresentação, sem prejuízo da notificação dos § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-
pais ou responsável. á unicamente na pessoa do defensor.
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela § 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente,
autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em deverá este manifestar se deseja ou não recorrer da
estabelecimento prisional. sentença.
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as Seção V-A
características definidas no art. 123, o adolescente Da Infiltração de Agentes de Polícia para a
deverá ser imediatamente transferido para a localidade Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual
mais próxima. de Criança e de Adolescente”
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na
adolescente aguardará sua remoção em repartição internet com o fim de investigar os crimes previstos
policial, desde que em seção isolada dos adultos e com nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta
instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do
prazo máximo de cinco dias, sob pena de Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
responsabilidade. (Código Penal), obedecerá às seguintes
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou regras:
responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva I – será precedida de autorização judicial devidamente
dos mesmos, podendo solicitar opinião de profissional circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os
qualificado. limites da infiltração para obtenção de prova, ouvido o
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a Ministério Público;
remissão, ouvirá o representante do Ministério Público, II – dar-se-á mediante requerimento do Ministério
proferindo decisão. Público ou representação de delegado de polícia e
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de conterá a demonstração de sua necessidade, o alcance
medida de internação ou colocação em regime de das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das
semi-liberdade, a autoridade judiciária, verificando que pessoas investigadas e, quando possível, os dados de
o adolescente não possui advogado constituído, conexão ou cadastrais que permitam a identificação
nomeará defensor, designando, desde logo, audiência dessas pessoas;
em continuação, podendo determinar a realização de III – não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias,
diligências e estudo do caso. sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja
no prazo de três dias contado da audiência de demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da
apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de autoridade judicial.
testemunhas. § 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as requisitar relatórios parciais da operação de infiltração
testemunhas arroladas na representação e na defesa antes do término do prazo de que trata o inciso II do §
prévia, cumpridas as diligências e juntado o relatório da 1º deste artigo.
equipe interprofissional, será dada a palavra ao § 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste
representante do Ministério Público e ao defensor, artigo, consideram-se:
sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos para I – dados de conexão: informações referentes a hora,
cada um, prorrogável por mais dez, a critério da data, início, término, duração, endereço de Protocolo
autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão. de Internet (IP) utilizado e terminal de origem da
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, conexão
não comparecer, injustificadamente à audiência de II – dados cadastrais: informações referentes a nome e
apresentação, a autoridade judiciária designará nova endereço de assinante ou de usuário registrado ou
data, determinando sua condução coercitiva. autenticado para a conexão a quem endereço de IP,
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou identificação de usuário ou código de acesso tenha
suspensão do processo, poderá ser aplicada em sido atribuído no momento da conexão.
qualquer fase do procedimento, antes da sentença. § 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer será admitida se a prova puder ser obtida por outros
medida, desde que reconheça na sentença: meios.
I - estar provada a inexistência do fato; Art. 190-B. As informações da operação de infiltração
II - não haver prova da existência do fato; serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável
III - não constituir o fato ato infracional; pela autorização da medida, que zelará por seu
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido sigilo.
para o ato infracional. Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o
acesso aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério
Público e ao delegado de polícia responsável pela

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operação, com o objetivo de garantir o sigilo das § 4º A multa e a advertência serão impostas ao
investigações. dirigente da entidade ou programa de atendimento.
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a Seção VII
sua identidade para, por meio da internet, colher Da Apuração de Infração Administrativa às Normas
indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos de Proteção à Criança e ao Adolescente
nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade
Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do administrativa por infração às normas de proteção à
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 criança e ao adolescente terá início por representação
(Código Penal). do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntário
de observar a estrita finalidade da investigação credenciado, e assinado por duas testemunhas, se
responderá pelos excessos praticados. possível.
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público § 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
poderão incluir nos bancos de dados próprios, poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-
mediante procedimento sigiloso e requisição da se a natureza e as circunstâncias da infração.
autoridade judicial, as informações necessárias à § 2º Sempre que possível, à verificação da infração
efetividade da identidade fictícia criada. seguir-se-á a lavratura do auto, certificando-se, em
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata caso contrário, dos motivos do retardamento.
esta Seção será numerado e tombado em livro Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para
específico. apresentação de defesa, contado da data da intimação,
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos que será feita:
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for
registrados, gravados, armazenados e encaminhados lavrado na presença do requerido;
ao juiz e ao Ministério Público, juntamente com relatório II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente
circunstanciado. habilitado, que entregará cópia do auto ou da
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados representação ao requerido, ou a seu representante
citados no caput deste artigo serão reunidos em autos legal, lavrando certidão;
apartados e apensados ao processo criminal III - por via postal, com aviso de recebimento, se não
juntamente com o inquérito policial, assegurando-se a for encontrado o requerido ou seu representante legal;
preservação da identidade do agente policial infiltrado e IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou
a intimidade das crianças e dos adolescentes não sabido o paradeiro do requerido ou de seu
envolvidos. representante legal.
Seção VI Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo
Da Apuração de Irregularidades em Entidade de legal, a autoridade judiciária dará vista dos autos do
Atendimento Ministério Público, por cinco dias, decidindo em igual
Art. 191. O procedimento de apuração de prazo.
irregularidades em entidade governamental e não- Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária
governamental terá início mediante portaria da procederá na conformidade do artigo anterior, ou,
autoridade judiciária ou representação do Ministério sendo necessário, designará audiência de instrução e
Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, julgamento.
necessariamente, resumo dos fatos. Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a sucessivamente o Ministério Público e o procurador do
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
decretar liminarmente o afastamento provisório do prorrogável por mais dez, a critério da autoridade
dirigente da entidade, mediante decisão fundamentada. judiciária, que em seguida proferirá sentença.
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no Seção VIII
prazo de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo Da Habilitação de Pretendentes à Adoção
juntar documentos e indicar as provas a produzir. Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo Brasil, apresentarão petição inicial na qual conste:
necessário, a autoridade judiciária designará audiência
de instrução e julgamento, intimando as partes. I - qualificação completa;
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o II - dados familiares;
Ministério Público terão cinco dias para oferecer III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou
alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em casamento, ou declaração relativa ao período de união
igual prazo. estável;
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no
definitivo de dirigente de entidade governamental, a Cadastro de Pessoas Físicas;
autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa V - comprovante de renda e domicílio;
imediatamente superior ao afastado, marcando prazo VI - atestados de sanidade física e mental
para a substituição. VII - certidão de antecedentes criminais;
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a VIII - certidão negativa de distribuição cível.
autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48
das irregularidades verificadas. Satisfeitas as (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao
exigências, o processo será extinto, sem julgamento de Ministério Público, que no prazo de 5 (cinco) dias
mérito. poderá:

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I - apresentar quesitos a serem respondidos pela Capítulo IV
equipe interprofissional encarregada de elaborar o Dos Recursos
estudo técnico a que se refere o art. 197-C desta Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da
Lei; Infância e da Juventude, inclusive os relativos à
II - requerer a designação de audiência para oitiva dos execução das medidas socioeducativas, adotar-se-á o
o
postulantes em juízo e testemunhas; sistema recursal da Lei n 5.869, de 11 de janeiro de
III - requerer a juntada de documentos complementares 1973 (Código de Processo Civil), com as seguintes
e a realização de outras diligências que entender adaptações: I - os recursos serão interpostos
necessárias independentemente de preparo;
Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da declaração, o prazo para o Ministério Público e para a
Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, defesa será sempre de 10 (dez) dias;
que conterá subsídios que permitam aferir a III - os recursos terão preferência de julgamento e
capacidade e o preparo dos postulantes para o dispensarão revisor;
exercício de uma paternidade ou maternidade IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
responsável, à luz dos requisitos e princípios desta V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
Lei. VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
o
§ 1 É obrigatória a participação dos postulantes em VII - antes de determinar a remessa dos autos à
programa oferecido pela Justiça da Infância e da superior instância, no caso de apelação, ou do
Juventude preferencialmente com apoio dos técnicos instrumento, no caso de agravo, a autoridade judiciária
responsáveis pela execução da política municipal de proferirá despacho fundamentado, mantendo ou
garantia do direito à convivência familiar, que inclua reformando a decisão, no prazo de cinco dias;
preparação psicológica, orientação e estímulo à adoção VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o
inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior
com necessidades específicas de saúde ou com instância dentro de vinte e quatro horas,
deficiências e de grupos de irmãos. independentemente de novo pedido do recorrente; se a
o
§ 2 Sempre que possível e recomendável, a etapa reformar, a remessa dos autos dependerá de pedido
o
obrigatória da preparação referida no § 1 deste artigo expresso da parte interessada ou do Ministério Público,
incluirá o contato com crianças e adolescentes em no prazo de cinco dias, contados da intimação.
regime de acolhimento familiar ou institucional em Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no
condições de serem adotados, a ser realizado sob a art. 149 caberá recurso de apelação.
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz
da Justiça da Infância e da Juventude, com o apoio dos efeito desde logo, embora sujeita a apelação, que será
técnicos responsáveis pelo programa de acolhimento recebida exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se
familiar ou institucional e pela execução da política se tratar de adoção internacional ou se houver perigo
municipal de garantia do direito à convivência de dano irreparável ou de difícil reparação ao
familiar. adotando.
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou
participação no programa referido no art. 197-C desta qualquer dos genitores do poder familiar fica sujeita a
Lei, a autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e apelação, que deverá ser recebida apenas no efeito
oito) horas, decidirá acerca das diligências requeridas devolutivo.
pelo Ministério Público e determinará a juntada do Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção
estudo psicossocial, designando, conforme o caso, e de destituição de poder familiar, em face da
audiência de instrução e julgamento. relevância das questões, serão processados com
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas prioridade absoluta, devendo ser imediatamente
diligências, ou sendo essas indeferidas, a autoridade distribuídos, ficando vedado que aguardem, em
judiciária determinará a juntada do estudo psicossocial, qualquer situação, oportuna distribuição, e serão
abrindo a seguir vista dos autos ao Ministério Público, colocados em mesa para julgamento sem revisão e
por 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. com parecer urgente do Ministério Público.
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em
inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, mesa para julgamento no prazo máximo de 60
sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo (sessenta) dias, contado da sua conclusão.
com ordem cronológica de habilitação e conforme a Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da
disponibilidade de crianças ou adolescentes data do julgamento e poderá na sessão, se entender
adotáveis. necessário, apresentar oralmente seu parecer.
o
§ 1 A ordem cronológica das habilitações somente Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a
poderá deixar de ser observada pela autoridade instauração de procedimento para apuração de
judiciária nas hipóteses previstas no § 13 do art. 50 responsabilidades se constatar o descumprimento das
desta Lei, quando comprovado ser essa a melhor providências e do prazo previstos nos artigos
solução no interesse do adotando. anteriores.
o
§ 2 A recusa sistemática na adoção das crianças ou Capítulo V
adolescentes indicados importará na reavaliação da Do Ministério Público
habilitação concedida. Art. 200. As funções do Ministério Público previstas
nesta Lei serão exercidas nos termos da respectiva lei
orgânica.

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Art. 201. Compete ao Ministério Público: § 2º As atribuições constantes deste artigo não
I - conceder a remissão como forma de exclusão do excluem outras, desde que compatíveis com a
processo; finalidade do Ministério Público.
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos § 3º O representante do Ministério Público, no exercício
às infrações atribuídas a adolescentes; de suas funções, terá livre acesso a todo local onde se
III - promover e acompanhar as ações de alimentos e encontre criança ou adolescente.
os procedimentos de suspensão e destituição do poder § 4º O representante do Ministério Público será
familiar, nomeação e remoção de tutores, curadores e responsável pelo uso indevido das informações e
guardiães, bem como oficiar em todos os demais documentos que requisitar, nas hipóteses legais de
procedimentos da competência da Justiça da Infância e sigilo.
da Juventude; § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso
IV - promover, de ofício ou por solicitação dos VIII deste artigo, poderá o representante do Ministério
interessados, a especialização e a inscrição de Público:
hipoteca legal e a prestação de contas dos tutores, a) reduzir a termo as declarações do reclamante,
curadores e quaisquer administradores de bens de instaurando o competente procedimento, sob sua
crianças e adolescentes nas hipóteses do art. 98; presidência;
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para b) entender-se diretamente com a pessoa ou
a proteção dos interesses individuais, difusos ou autoridade reclamada, em dia, local e horário
coletivos relativos à infância e à adolescência, inclusive previamente notificados ou acertados;
os definidos no art. 220, § 3º inciso II, da Constituição c) efetuar recomendações visando à melhoria dos
Federal; serviços públicos e de relevância pública afetos à
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para criança e ao adolescente, fixando prazo razoável para
instruí-los: sua perfeita adequação.
a) expedir notificações para colher depoimentos ou Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta
pela polícia civil ou militar; Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das
b) requisitar informações, exames, perícias e partes, podendo juntar documentos e requerer
documentos de autoridades municipais, estaduais e diligências, usando os recursos cabíveis.
federais, da administração direta ou indireta, bem como Art. 203. A intimação do Ministério Público, em
promover inspeções e diligências investigatórias; qualquer caso, será feita pessoalmente.
c) requisitar informações e documentos a particulares e Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público
instituições privadas; acarreta a nulidade do feito, que será declarada de
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer
investigatórias e determinar a instauração de inquérito interessado.
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às Art. 205. As manifestações processuais do
normas de proteção à infância e à juventude; representante do Ministério Público deverão ser
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias fundamentadas.
legais assegurados às crianças e adolescentes, Capítulo VI
promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais Do Advogado
cabíveis; Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo
habeas corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, interesse na solução da lide poderão intervir nos
na defesa dos interesses sociais e individuais procedimentos de que trata esta Lei, através de
indisponíveis afetos à criança e ao adolescente; advogado, o qual será intimado para todos os atos,
X - representar ao juízo visando à aplicação de pessoalmente ou por publicação oficial, respeitado o
penalidade por infrações cometidas contra as normas segredo de justiça.
de proteção à infância e à juventude, sem prejuízo da Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária
promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, integral e gratuita àqueles que dela necessitarem.
quando cabível; Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de prática de ato infracional, ainda que ausente ou
atendimento e os programas de que trata esta Lei, foragido, será processado sem defensor.
adotando de pronto as medidas administrativas ou § 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á
judiciais necessárias à remoção de irregularidades nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo
porventura verificadas; tempo, constituir outro de sua preferência.
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração § 2º A ausência do defensor não determinará o
dos serviços médicos, hospitalares, educacionais e de adiamento de nenhum ato do processo, devendo o juiz
assistência social, públicos ou privados, para o nomear substituto, ainda que provisoriamente, ou para
desempenho de suas atribuições. o só efeito do ato.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações § 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando
cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, se tratar de defensor nomeado ou, sido constituído,
nas mesmas hipóteses, segundo dispuserem a tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a
Constituição e esta Lei. presença da autoridade judiciária.

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Capítulo VII § 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por
Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, associação legitimada, o Ministério Público ou outro
Difusos e Coletivos legitimado poderá assumir a titularidade ativa.
Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar
ações de responsabilidade por ofensa aos direitos dos interessados compromisso de ajustamento de sua
assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de
não oferecimento ou oferta irregular: título executivo extrajudicial.
I - do ensino obrigatório; Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses
II - de atendimento educacional especializado aos protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as
portadores de deficiência; espécies de ações pertinentes.
III – de atendimento em creche e pré-escola às § 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as
crianças de zero a cinco anos de idade; normas do Código de Processo Civil.
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições § 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade
do educando; pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
V - de programas suplementares de oferta de material atribuições do poder público, que lesem direito líquido e
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental,
educando do ensino fundamental; que se regerá pelas normas da lei do mandado de
VI - de serviço de assistência social visando à proteção segurança.
à família, à maternidade, à infância e à adolescência, Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento
bem como ao amparo às crianças e adolescentes que de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a
dele necessitem; tutela específica da obrigação ou determinará
VII - de acesso às ações e serviços de saúde; providências que assegurem o resultado prático
VIII - de escolarização e profissionalização dos equivalente ao do adimplemento.
adolescentes privados de liberdade. § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e
IX - de ações, serviços e programas de orientação, havendo justificado receio de ineficácia do provimento
apoio e promoção social de famílias e destinados ao final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou
pleno exercício do direito à convivência familiar por após justificação prévia, citando o réu.
crianças e adolescentes. § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou
X - de programas de atendimento para a execução das na sentença, impor multa diária ao réu,
medidas socioeducativas e aplicação de medidas de independentemente de pedido do autor, se for
proteção. suficiente ou compatível com a obrigação, fixando
o
§ 1 As hipóteses previstas neste artigo não excluem prazo razoável para o cumprimento do preceito.
da proteção judicial outros interesses individuais, § 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
difusos ou coletivos, próprios da infância e da julgado da sentença favorável ao autor, mas será
adolescência, protegidos pela Constituição e pela devida desde o dia em que se houver configurado o
Lei. descumprimento.
o
§ 2 A investigação do desaparecimento de crianças ou Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo
adolescentes será realizada imediatamente após gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do
notificação aos órgãos competentes, que deverão Adolescente do respectivo município.
comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia § 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o
Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e trânsito em julgado da decisão serão exigidas através
internacionais, fornecendo-lhes todos os dados de execução promovida pelo Ministério Público, nos
necessários à identificação do desaparecido. mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão legitimados.
propostas no foro do local onde ocorreu ou deva § 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o
ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial
absoluta para processar a causa, ressalvadas a de crédito, em conta com correção monetária.
competência da Justiça Federal e a competência Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
originária dos tribunais superiores. recursos, para evitar dano irreparável à parte.
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses Art. 216. Transitada em julgado a sentença que
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados impuser condenação ao poder público, o juiz
concorrentemente: determinará a remessa de peças à autoridade
I - o Ministério Público; competente, para apuração da responsabilidade civil e
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito administrativa do agente a que se atribua a ação ou
Federal e os territórios; omissão.
III - as associações legalmente constituídas há pelo Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em
menos um ano e que incluam entre seus fins julgado da sentença condenatória sem que a
institucionais a defesa dos interesses e direitos associação autora lhe promova a execução, deverá
protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da fazê-lo o Ministério Público, facultada igual iniciativa
assembléia, se houver prévia autorização estatutária. aos demais legitimados.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar
Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa ao réu os honorários advocatícios arbitrados na
dos interesses e direitos de que cuida esta Lei. conformidade do § 4º do art. 20 da Lei n.º 5.869, de 11
de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), quando

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reconhecer que a pretensão é manifestamente Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as
infundada. normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
associação autora e os diretores responsáveis pela Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação
propositura da ação serão solidariamente condenados pública incondicionada
ao décuplo das custas, sem prejuízo de Seção II
responsabilidade por perdas e danos. Dos Crimes em Espécie
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o
haverá adiantamento de custas, emolumentos, dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de
honorários periciais e quaisquer outras despesas. gestante de manter registro das atividades
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10
deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu
prestando-lhe informações sobre fatos que constituam responsável, por ocasião da alta médica, declaração de
objeto de ação civil, e indicando-lhe os elementos de nascimento, onde constem as intercorrências do parto
convicção. e do desenvolvimento do neonato:
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e Pena - detenção de seis meses a dois anos.
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam Parágrafo único. Se o crime é culposo:
ensejar a propositura de ação civil, remeterão peças ao Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Ministério Público para as providências cabíveis. Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
poderá requerer às autoridades competentes as identificar corretamente o neonato e a parturiente, por
certidões e informações que julgar necessárias, que ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos
serão fornecidas no prazo de quinze dias. exames referidos no art. 10 desta Lei:
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua Pena - detenção de seis meses a dois anos.
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer Parágrafo único. Se o crime é culposo:
pessoa, organismo público ou particular, certidões, Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
informações, exames ou perícias, no prazo que Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua
assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em
úteis. flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas da autoridade judiciária competente:
as diligências, se convencer da inexistência de Pena - detenção de seis meses a dois anos.
fundamento para a propositura da ação cível, Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que
promoverá o arquivamento dos autos do inquérito civil procede à apreensão sem observância das
ou das peças informativas, fazendo-o formalidades legais.
fundamentadamente. Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
informação arquivados serão remetidos, sob pena de comunicação à autoridade judiciária competente e à
se incorrer em falta grave, no prazo de três dias, ao família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Conselho Superior do Ministério Público. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
de arquivamento, em sessão do Conselho Superior do autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
Ministério público, poderão as associações legitimadas constrangimento:
apresentar razões escritas ou documentos, que serão Pena - detenção de seis meses a dois anos.
juntados aos autos do inquérito ou anexados às peças Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
de informação. causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou
§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a adolescente, tão logo tenha conhecimento da
exame e deliberação do Conselho Superior do ilegalidade da apreensão:
Ministério Público, conforme dispuser o seu regimento. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado
promoção de arquivamento, designará, desde logo, nesta Lei em benefício de adolescente privado de
outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da liberdade:
ação. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
as disposições da Lei n.º 7.347, de 24 de julho de judiciária, membro do Conselho Tutelar ou
1985. representante do Ministério Público no exercício de
Título VII função prevista nesta Lei:
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Capítulo I Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de
Dos Crimes quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem
Seção I judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
Disposições Gerais Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:
sem prejuízo do disposto na legislação penal. Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.

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o
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem § 1 A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços)
oferece ou efetiva a paga ou recompensa. se de pequena quantidade o material a que se refere
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato o caput deste artigo.
o
destinado ao envio de criança ou adolescente para o § 2 Não há crime se a posse ou o armazenamento
exterior com inobservância das formalidades legais ou tem a finalidade de comunicar às autoridades
com o fito de obter lucro: competentes a ocorrência das condutas descritas nos
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave comunicação for feita por:
ameaça ou fraude: I – agente público no exercício de suas funções;
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da II – membro de entidade, legalmente constituída, que
pena correspondente à violência. inclua, entre suas finalidades institucionais, o
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar recebimento, o processamento e o encaminhamento de
ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito notícia dos crimes referidos neste parágrafo;
ou pornográfica, envolvendo criança ou III – representante legal e funcionários responsáveis
adolescente: de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e rede de computadores, até o recebimento do material
multa. relativo à notícia feita à autoridade policial, ao
o
§ 1 Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, Ministério Público ou ao Poder Judiciário.
o o
recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a § 3 As pessoas referidas no § 2 deste artigo deverão
participação de criança ou adolescente nas cenas manter sob sigilo o material ilícito referido.
referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com Art. 241-C. ou adolescente em cena de sexo explícito
esses contracena. ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou
o
§ 2 Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra
comete o crime: forma de representação visual:
I – no exercício de cargo ou função pública ou a Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
pretexto de exercê-la; multa.
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem
coabitação ou de hospitalidade; ou vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica
III – prevalecendo-se de relações de parentesco ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou
consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por armazena o material produzido na forma
adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da do caput deste artigo.
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger,
autoridade sobre ela, ou com seu consentimento. por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim
de com ela praticar ato libidinoso:
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou multa.
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e quem:
multa. I – facilita ou induz o acesso à criança de material
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, fim de com ela praticar ato libidinoso;
inclusive por meio de sistema de informática ou II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo
telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que com o fim de induzir criança a se exibir de forma
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica pornográfica ou sexualmente explícita.
envolvendo criança ou adolescente: Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei,
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
o
§ 1 Nas mesmas penas incorre quem: compreende qualquer situação que envolva criança ou
I – assegura os meios ou serviços para o adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
que trata o caput deste artigo; criança ou adolescente para fins primordialmente
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de sexuais.
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
trata o caput deste artigo. entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
o
§ 2 As condutas tipificadas nos incisos I e II do § arma, munição ou explosivo:
o
1 deste artigo são puníveis quando o responsável Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou
deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma,
trata o caput deste artigo. a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por justa causa, outros produtos cujos componentes
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de possam causar dependência física ou psíquica:
registro que contenha cena de sexo explícito ou Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
pornográfica envolvendo criança ou se o fato não constitui crime mais grave.
adolescente: Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
multa. fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que,

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pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de a apreensão da publicação ou a suspensão da
provocar qualquer dano físico em caso de utilização programação da emissora até por dois dias, bem como
indevida: da publicação do periódico até por dois números.
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. (Expressão declara inconstitucional pela ADIN 869-2).
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária
o
definidos no caput do art. 2 desta Lei, à prostituição ou de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de
à exploração sexual: regularizar a guarda, adolescente trazido de outra
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da comarca para a prestação de serviço doméstico,
perda de bens e valores utilizados na prática criminosa mesmo que autorizado pelos pais ou
em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do responsável: Pena - multa de três a vinte salários
Adolescente da unidade da Federação (Estado ou de referência, aplicando-se o dobro em caso de
Distrito Federal) em que foi cometido o crime, reincidência, independentemente das despesas de
ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. retorno do adolescente, se for o caso.
o
§ 1 Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os
gerente ou o responsável pelo local em que se verifique deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de
a submissão de criança ou adolescente às práticas tutela ou guarda, bem assim determinação da
referidas no caput deste artigo. autoridade judiciária ou Conselho Tutelar:
o
§ 2 Constitui efeito obrigatório da condenação a Pena - multa de três a vinte salários de referência,
cassação da licença de localização e de funcionamento aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
do estabelecimento. Art. 250. Hospedar criança ou adolescente
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem
menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando autorização escrita desses ou da autoridade judiciária,
infração penal ou induzindo-o a praticá-la: em hotel, pensão, motel ou congênere:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Pena – multa.
o
§ 1 Incorre nas penas previstas no caput deste artigo § 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de
quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de multa, a autoridade judiciária poderá determinar o
quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate- fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze)
papo da internet. dias. .
o
§ 2 As penas previstas no caput deste artigo são § 2º Se comprovada a reincidência em período inferior
aumentadas de um terço no caso de a infração a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será
o
cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1 da definitivamente fechado e terá sua licença cassada.
o
Lei n 8.072, de 25 de julho de 1990.
Capítulo II Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por
Das Infrações Administrativas qualquer meio, com inobservância do disposto nos arts.
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por 83, 84 e 85 desta Lei:
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino Pena - multa de três a vinte salários de referência,
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
autoridade competente os casos de que tenha Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de espetáculo público de afixar, em lugar visível e de fácil
maus-tratos contra criança ou adolescente: acesso, à entrada do local de exibição, informação
Pena - multa de três a vinte salários de referência, destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. e a faixa etária especificada no certificado de
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de classificação:
entidade de atendimento o exercício dos direitos Pena - multa de três a vinte salários de referência,
constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
desta Lei: Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
Pena - multa de três a vinte salários de referência, representações ou espetáculos, sem indicar os limites
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. de idade a que não se recomendem:
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem Pena - multa de três a vinte salários de referência,
autorização devida, por qualquer meio de duplicada em caso de reincidência, aplicável,
comunicação, nome, ato ou documento de separadamente, à casa de espetáculo e aos órgãos de
procedimento policial, administrativo ou judicial relativo divulgação ou publicidade.
a criança ou adolescente a que se atribua ato Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
infracional: espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aviso de sua classificação:
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Pena - multa de vinte a cem salários de referência;
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou duplicada em caso de reincidência a autoridade
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente judiciária poderá determinar a suspensão da
envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que programação da emissora por até dois dias.
lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou
atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta congênere classificado pelo órgão competente como
ou indiretamente. inadequado às crianças ou adolescentes admitidos ao
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou espetáculo:
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar reincidência, a autoridade poderá determinar a

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suspensão do espetáculo ou o fechamento do devidamente comprovadas, sendo essas integralmente
estabelecimento por até quinze dias. deduzidas do imposto de renda, obedecidos os
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita seguintes limites:
de programação em vídeo, em desacordo com a I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido
classificação atribuída pelo órgão competente: apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em no lucro real; e
caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda
determinar o fechamento do estabelecimento por até apurado pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste
o
quinze dias. Anual, observado o disposto no art. 22 da Lei n 9.532,
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e de 10 de dezembro de 1997.
o
79 desta Lei: § 1 -A. Na definição das prioridades a serem atendidas
Pena - multa de três a vinte salários de referência, com os recursos captados pelos fundos nacional,
duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem estaduais e municipais dos direitos da criança e do
prejuízo de apreensão da revista ou publicação. adolescente, serão consideradas as disposições do
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do
o empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência
acesso de criança ou adolescente aos locais de Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional pela
diversão, ou sobre sua participação no espetáculo: Primeira Infância.
o
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em § 2 Os conselhos nacional, estaduais e municipais
caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá dos direitos da criança e do adolescente fixarão
determinar o fechamento do estabelecimento por até critérios de utilização, por meio de planos de aplicação,
quinze dias. das dotações subsidiadas e demais receitas, aplicando
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de necessariamente percentual para incentivo ao
providenciar a instalação e operacionalização dos acolhimento, sob a forma de guarda, de crianças e
cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 adolescentes e para programas de atenção integral à
desta Lei: primeira infância em áreas de maior carência
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ socioeconômica e em situações de calamidade.
3.000,00 (três mil reais). § 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a da Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará
autoridade que deixa de efetuar o cadastramento de a comprovação das doações feitas aos fundos, nos
crianças e de adolescentes em condições de serem termos deste artigo .
adotadas, de pessoas ou casais habilitados à adoção e § 4º O Ministério Público determinará em cada comarca
de crianças e adolescentes em regime de acolhimento a forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo
institucional ou familiar. Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dos incentivos fiscais referidos neste artigo.
o o o
dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de § 5 Observado o disposto no § 4 do art. 3 da Lei
o
gestante de efetuar imediato encaminhamento à n 9.249, de 26 de dezembro de 1995, a dedução de
autoridade judiciária de caso de que tenha que trata o inciso I do caput:
conhecimento de mãe ou gestante interessada em I - será considerada isoladamente, não se submetendo
entregar seu filho para adoção: a limite em conjunto com outras deduções do imposto;
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ e
3.000,00 (três mil reais). II - não poderá ser computada como despesa
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o operacional na apuração do lucro real.
funcionário de programa oficial ou comunitário Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-
destinado à garantia do direito à convivência familiar calendário de 2009, a pessoa física poderá optar pela
que deixa de efetuar a comunicação referida no caput doação de que trata o inciso II do caput do art. 260
deste artigo. diretamente em sua Declaração de Ajuste Anual.
o
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no § 1 A doação de que trata o caput poderá ser
inciso II do art. 81: deduzida até os seguintes percentuais aplicados sobre
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ o imposto apurado na declaração:
10.000,00 (dez mil reais); I - (VETADO);
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento II - (VETADO);
comercial até o recolhimento da multa aplicada. III - 3% (três por cento) a partir do exercício de
Disposições Finais e Transitórias 2012.
o
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados § 2 A dedução de que trata o caput:
da publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do
dispondo sobre a criação ou adaptação de seus órgãos imposto sobre a renda apurado na declaração de que
às diretrizes da política de atendimento fixadas no art. trata o inciso II do caput do art. 260;
88 e ao que estabelece o Título V do Livro II. II - não se aplica à pessoa física que:
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios a) utilizar o desconto simplificado;
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas b) apresentar declaração em formulário; ou
às diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei. c) entregar a declaração fora do prazo;
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações III - só se aplica às doações em espécie; e
aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções
nacional, distrital, estaduais ou municipais, em vigor.

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o
§ 3 O pagamento da doação deve ser efetuado até a a) para as pessoas físicas, o valor constante da última
data de vencimento da primeira quota ou quota única declaração do imposto de renda, desde que não
do imposto, observadas instruções específicas da exceda o valor de mercado;
Secretaria da Receita Federal do Brasil. b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos
o
§ 4 O não pagamento da doação no prazo bens.
o
estabelecido no § 3 implica a glosa definitiva desta Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não
parcela de dedução, ficando a pessoa física obrigada será considerado na determinação do valor dos bens
ao recolhimento da diferença de imposto devido doados, exceto se o leilão for determinado por
apurado na Declaração de Ajuste Anual com os autoridade judiciária.
acréscimos legais previstos na legislação. Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts.
o
§ 5 A pessoa física poderá deduzir do imposto 260-D e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte
apurado na Declaração de Ajuste Anual as doações por um prazo de 5 (cinco) anos para fins de
feitas, no respectivo ano-calendário, aos fundos comprovação da dedução perante a Receita Federal do
controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e Brasil.
do Adolescente municipais, distrital, estaduais e Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela
nacional concomitantemente com a opção de que trata administração das contas dos Fundos dos Direitos da
o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do art. Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital
260. e municipais devem:
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 I - manter conta bancária específica destinada
poderá ser deduzida: exclusivamente a gerir os recursos do Fundo;
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas II - manter controle das doações recebidas; e
jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; III - informar anualmente à Secretaria da Receita
e Federal do Brasil as doações recebidas mês a mês,
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, identificando os seguintes dados por doador:
para as pessoas jurídicas que apuram o imposto a) nome, CNPJ ou CPF;
anualmente. b) valor doado, especificando se a doação foi em
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro espécie ou em bens.
do período a que se refere a apuração do imposto. Art. 260-H. Em caso de descumprimento das
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta obrigações previstas no art. 260-G, a Secretaria da
Lei podem ser efetuadas em espécie ou em bens. Receita Federal do Brasil dará conhecimento do fato ao
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie Ministério Público.
devem ser depositadas em conta específica, em Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do
instituição financeira pública, vinculadas aos Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais
respectivos fundos de que trata o art. 260. divulgarão amplamente à comunidade:
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela I - o calendário de suas reuniões;
administração das contas dos Fundos dos Direitos da II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de
Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital atendimento à criança e ao adolescente;
e municipais devem emitir recibo em favor do doador, III - os requisitos para a apresentação de projetos a
assinado por pessoa competente e pelo presidente do serem beneficiados com recursos dos Fundos dos
Conselho correspondente, especificando: Direitos da Criança e do Adolescente nacional,
I - número de ordem; estaduais, distrital ou municipais;
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-
(CNPJ) e endereço do emitente; calendário e o valor dos recursos previstos para
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas implementação das ações, por projeto;
(CPF) do doador; V - o total dos recursos recebidos e a respectiva
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; destinação, por projeto atendido, inclusive com
e cadastramento na base de dados do Sistema de
V - ano-calendário a que se refere a doação. Informações sobre a Infância e a Adolescência;
o
§ 1 O comprovante de que trata o caput deste artigo e VI - a avaliação dos resultados dos projetos
pode ser emitido anualmente, desde que discrimine os beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da
valores doados mês a mês. Criança e do Adolescente nacional, estaduais, distrital
o
§ 2 No caso de doação em bens, o comprovante deve e municipais.
conter a identificação dos bens, mediante descrição em Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada
campo próprio ou em relação anexa ao comprovante, Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos
informando também se houve avaliação, o nome, CPF incentivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei.
ou CNPJ e endereço dos avaliadores. Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos
Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador arts. 260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder
deverá: por ação judicial proposta pelo Ministério Público, que
I - comprovar a propriedade dos bens, mediante poderá atuar de ofício, a requerimento ou
documentação hábil; representação de qualquer cidadão.
II - baixar os bens doados na declaração de bens e Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da
direitos, quando se tratar de pessoa física, e na Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à
escrituração, no caso de pessoa jurídica; e Secretaria da Receita Federal do Brasil, até 31 de
III - considerar como valor dos bens doados: outubro de cada ano, arquivo eletrônico contendo a
relação atualizada dos Fundos dos Direitos da Criança

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e do Adolescente nacional, distrital, estaduais e Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla
municipais, com a indicação dos respectivos números divulgação dos direitos da criança e do adolescente
de inscrição no CNPJ e das contas bancárias nos meios de comunicação social.
específicas mantidas em instituições financeiras Parágrafo único. A divulgação a que se refere
públicas, destinadas exclusivamente a gerir os recursos o caput será veiculada em linguagem clara,
dos Fundos. compreensível e adequada a crianças e adolescentes,
Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil especialmente às crianças com idade inferior a 6 (seis)
expedirá as instruções necessárias à aplicação do anos.
disposto nos arts. 260 a 260-K. Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua
Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos publicação.
da criança e do adolescente, os registros, inscrições e Parágrafo único. Durante o período de vacância
alterações a que se referem os arts. 90, parágrafo deverão ser promovidas atividades e campanhas de
único, e 91 desta Lei serão efetuados perante a divulgação e esclarecimentos acerca do disposto nesta
autoridade judiciária da comarca a que pertencer a Lei.
entidade. Art. 267. Revogam-se as Leis n.º 4.513, de 1964,
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar e 6.697, de 10 de outubro de 1979 (Código de
aos estados e municípios, e os estados aos municípios, Menores), e as demais disposições em contrário.
os recursos referentes aos programas e atividades Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e
previstos nesta Lei, tão logo estejam criados os 102º da República.
conselhos dos direitos da criança e do adolescente nos FERNANDO COLLOR
seus respectivos níveis. Bernardo Cabral
Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Carlos Chiarelli
Tutelares, as atribuições a eles conferidas serão Antônio Magri
exercidas pela autoridade judiciária. Margarida Procópio
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes
alterações: Presidência da República
1) Art. 121 ............................................................ Casa Civil
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um Subchefia para Assuntos Jurídicos
terço, se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura DECRETO-LEI Nº 1.044, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969
diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a
Dispõe sobre o tratamento excepcional para
pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado os alunos portadores das afecções que indica.
contra pessoa menor de catorze anos. OS MINISTROS DA MARINHA DE GUERRA, DO
2) Art. 129 ............................................................... EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA MILITAR, usando das
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer atribuições que lhes confere o artigo 3º do Ato
qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969,
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art.
121.
combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional
3) Art. 136................................................................. nº 5, de 13 de dezembro de 1968, e
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é CONSIDERANDO que a Constituição assegura a
praticado contra pessoa menor de catorze anos. todos o direito à educação;
4) Art. 213 .................................................................. CONSIDERANDO que condições de saúde nem
Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze sempre permitem freqüência do educando à escola, na
anos:
Pena - reclusão de quatro a dez anos.
proporção mínima exigida em lei, embora se
5) Art. 214................................................................... encontrando o aluno em condições de aprendizagem;
Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze CONSIDERANDO que a legislação admite, de
anos: um lado, o regime excepcional de classes especiais, de
Pena - reclusão de três a nove anos.» outro, o da equivalência de cursos e estudos, bem
Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de 31 de como o da educação peculiar dos excepcionais;
dezembro de 1973, fica acrescido do seguinte item:
"Art. 102 .................................................................... DECRETAM:
6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. " Art. 1º São considerados merecedores de tratamento
Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da excepcional os alunos de qualquer nível de ensino,
União, da administração direta ou indireta, inclusive
portadores de afecções congênitas ou adquiridas,
fundações instituídas e mantidas pelo poder público
federal promoverão edição popular do texto integral infecções, traumatismo ou outras condições mórbitas,
deste Estatuto, que será posto à disposição das determinando distúrbios agudos ou agudizados,
escolas e das entidades de atendimento e de defesa caracterizados por:
dos direitos da criança e do adolescente. a) incapacidade física relativa, incompatível com a
freqüência aos trabalhos escolares; desde que se

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verifique a conservação das condições intelectuais e Art. 2º Em casos excepcionais devidamente
emocionais necessárias para o prosseguimento da comprovados mediante atestado médico, poderá ser
atividade escolar em novos moldes é aumentado o período de repouso, antes e depois do
b) ocorrência isolada ou esporádica; parto.
c) duração que não ultrapasse o máximo ainda Parágrafo único. Em qualquer caso, é
admissível, em cada caso, para a continuidade do assegurado às estudantes em estado de gravidez o
processo pedagógico de aprendizado, atendendo a que direito à prestação dos exames finais.
tais características se verificam, entre outros, em casos Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua
de síndromes hemorrágicos (tais como a hemofilia), publicação, revogadas as disposições em contrário.
asma, cartide, pericardites, afecções osteoarticulares Brasília, 17 de abril de 1975;
submetidas a correções ortopédicas, nefropatias 154º da Independência e 87º da República.
Ernesto Geisel
agudas ou subagudas, afecções reumáticas, etc. Ney Braga
Art. 2º Atribuir a êsses estudantes, como compensação
da ausência às aulas, exercício domiciliares com Presidência da República
acompanhamento da escola, sempre que compatíveis Casa Civil
com o seu estado de saúde e as possibilidades do Subchefia para Assuntos Jurídicos
estabelecimento.
o
Art. 3º Dependerá o regime de exceção neste Decreto- LEI FEDERAL N 9.870, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999.
lei estabelecido, de laudo médico elaborado por (...)
autoridade oficial do sistema educacional. Art. 6o São proibidas a suspensão de provas escolares, a
retenção de documentos escolares ou a aplicação de
Art. 4º Será da competência do Diretor do quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo
estabelecimento a autorização, à autoridade superior de inadimplemento, sujeitando-se o contratante, no que
imediata, do regime de exceção. LEGISLAÇÃO CITADA couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis
ANEXADA PELA COORDENAÇÃO DE ESTUDOS com o Código de Defesa do Consumidor, e com os arts.
LEGISLATIVOS - CEDI 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a
Art. 5º Êste Decreto-lei entrará em vigor na data de sua inadimplência perdure por mais de noventa dias.
§ 1o O desligamento do aluno por inadimplência
publicação, revogadas as disposições em contrário. somente poderá ocorrer ao final do ano letivo ou, no
ensino superior, ao final do semestre letivo quando a
Brasília, 21 de outubro de 1969; 148º da instituição adotar o regime didático semestral. (Incluído
Independência e 81º da República. pela Medida Provisória nº 2.173-24, 23.8.2001).
§ 2o Os estabelecimentos de ensino fundamental,
AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRÜNEWALD
médio e superior deverão expedir, a qualquer tempo, os
documentos de transferência de seus alunos,
AURÉLIO DE LYRA TAVARES MÁRCIO DE SOUZA E MELLO
independentemente de sua adimplência ou da adoção de
TARSO DUTRA procedimentos legais de cobranças judiciais.
(Renumerado pela Medida Provisória nº 2.173-24,
23.8.2001).
Presidência da República (...)
Casa Civil Art. 10. Continuam a produzir efeitos os atos praticados
Subchefia para Assuntos Jurídicos com base na Medida Provisória no 1.890-66, de 24 de
LEI No 6.202, DE 17 DE ABRIL DE 1975. setembro de 1999, e nas suas antecessoras.
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Atribui à estudante em estado de gestação o
publicação.
regime de exercícios domiciliares instituído pelo
Decreto-lei nº 1.044, de 1969, e dá outras Art. 12. Revogam-se a Lei no 8.170, de 17 de janeiro de
providências. 1991; o art. 14 da Lei no 8.178, de 1o de março de 1991;
e a Lei no 8.747, de 9 de dezembro de 1993.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber
que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono
Brasília, 23 de novembro de 1999; 178o da
a seguinte Lei: Independência e 111o da República.
Art. 1º A partir do oitavo mês de gestação e
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
durante três meses a estudante em estado de gravidez
José Carlos Dias
ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares
Pedro Malan
instituído pelo Decreto-lei número 1.044, 21 de outubro
Paulo Renato Souza
de 1969.
Parágrafo único. O início e o fim do período em
que é permitido o afastamento serão determinados por
atestado médico a ser apresentado à direção da
escola.

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Presidência da República de serviços, de fichas, de formulários, de prontuários e
Casa Civil congêneres dos órgãos e das entidades da
Subchefia para Assuntos Jurídicos administração pública federal direta, autárquica e
fundacional.
o
DECRETO Nº 8.727, DE 28 DE ABRIL DE 2016 Art. 7 Este Decreto entra em vigor:
I - um ano após a data de sua publicação, quanto
Dispõe sobre o uso do nome social e o o
ao art. 3 ; e
reconhecimento da identidade de gênero de II - na data de sua publicação, quanto aos
pessoas travestis e transexuais no âmbito da demais dispositivos.
administração pública federal direta, autárquica e Brasília, 28 de abril de 2016;
fundacional. 195º da Independência e 128º da República.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da DILMA ROUSSEFF
atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, Nilma Lino Gomes
alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto
no art. 1º, caput, inciso III, no art. 3º, caput, inciso IV; e
no art. 5º, caput, da Constituição,
DECRETA: GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
o
Art. 1 Este Decreto dispõe sobre o uso do
nome social e o reconhecimento da identidade de LEI Nº 3690, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001.
gênero de pessoas travestis ou transexuais no âmbito
da administração pública federal direta, autárquica e OBRIGA TODOS OS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
PÚBLICOS OU PARTICULARES, NO ESTADO DO RIO DE
fundacional. JANEIRO, A ENTREGAREM A DOCUMENTAÇÃO
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, NECESSÁRIA À TRANSFERÊNCIA DE ALUNOS, NO
considera-se: PRAZO MÁXIMO DE 20 (VINTE) DIAS ÚTEIS.
I - nome social - designação pela qual a pessoa
travesti ou transexual se identifica e é socialmente O Governador do Estado do Rio de Janeiro,
reconhecida; e Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
II - identidade de gênero - dimensão da
identidade de uma pessoa que diz respeito à forma Art. 1º - Ficam obrigados todos os estabelecimentos de
como se relaciona com as representações de ensino públicos ou particulares, situados no Estado do Rio de
masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em Janeiro, a procederem a entrega da documentação referente à
sua prática social, sem guardar relação necessária com transferência do aluno, no prazo máximo de 20 (vinte) dias
o sexo atribuído no nascimento. úteis.
o
Art. 2 Os órgãos e as entidades da Parágrafo único – Os estabelecimentos de ensino públicos e
administração pública federal direta, autárquica e particulares do Estado do Rio de Janeiro, por ocasião da
fundacional, em seus atos e procedimentos, deverão solicitação da documentação escolar, passarão de imediato e
adotar o nome social da pessoa travesti ou transexual, por certidão que o aluno está apto para transferência,
de acordo com seu requerimento e com o disposto respeitando-se o prazo de entrega acima estabelecido.
neste Decreto.
Parágrafo único. É vedado o uso de expressões Art. 2º - O Poder Executivo regulamentará a presente lei no
pejorativas e discriminatórias para referir-se a pessoas prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação
travestis ou transexuais. destaLei.
o
Art. 3 Os registros dos sistemas de informação, Art. 3º - O não cumprimento do disposto nesta Lei implicará,
de cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de para as instituições particulares, multa no valor de 3.000 (três
formulários, de prontuários e congêneres dos órgãos e mil) UFIR’s; e para as instituições públicas, advertência na
das entidades da administração pública federal direta, pasta funcional do Diretor, de forma que o mesmo fique
autárquica e fundacional deverão conter o campo impedido de qualquer promoção funcional, durante os três
“nome social” em destaque, acompanhado do nome anos seguintes.
civil, que será utilizado apenas para fins administrativos
internos. Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
o
Art. 4 Constará nos documentos oficiais o nome revogadas as disposições em contrário.
social da pessoa travesti ou transexual, se requerido Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2001.
expressamente pelo interessado, acompanhado do
nome civil. ANTHONY GAROTINHO
o
Art. 5 O órgão ou a entidade da administração Governador
pública federal direta, autárquica e fundacional poderá
empregar o nome civil da pessoa travesti ou transexual,
acompanhado do nome social, apenas quando
estritamente necessário ao atendimento do interesse
público e à salvaguarda de direitos de terceiros.
o
Art. 6 A pessoa travesti ou transexual poderá
requerer, a qualquer tempo, a inclusão de seu nome
social em documentos oficiais e nos registros dos
sistemas de informação, de cadastros, de programas,

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO § 3º - Residindo o genitor em local distante do cartório em
que o registro do filho foi lavrado, o mesmo deverá ser
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
encaminhado ao órgão do Ministério Público da Comarca em
que reside com competência para a matéria relativa ao
reconhecimento de paternidade nos termos da Lei nº 8.560.
Lei nº 2570 de 21 de outubro de 2013. Art. 2º - Os formulários, devidamente preenchidos, deverão
Obriga as escolas da rede pública de ensino do ser encaminhados ao órgão do Ministério Público com
Município de Duque de Caxias a manter os competência para a matéria relativa ao Reconhecimento de
alunos em suas dependências no caso de falta filiação para que sejam tomadas as providências que
dos professores e dá outras providências.
entender cabíveis, visando dar cumprimento ao disposto na
A CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS Lei nº 8.560.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 3º - Deverá ser esclarecido à genitora ou responsável
Art. 1º. As escolas públicas da rede municipal de ensino do
que é direito de toda criança ter o nome do pai em seu
Município de Duque de Caxias ficam obrigadas a manter, em
suas dependências, no caso de falta de professores, os registro de nascimento e que tal direito é imprescritível,
alunos matriculados no respectivo turno. podendo ser proposta de ação de investigação de
Art. 2º. No caso da ausência de professores, referida no art. Paternidade a qualquer momento e, caso não possua
1° desta Lei, os alunos deverão receber atividades condições de arcar com o pagamento das custas judiciais e
complementares de ensino, respeitando-se a faixa etária e a honorários advocatícios, poderá o pedido ser formulado
grade curricular de cada série escolar. perante a Defensoria Pública, gratuitamente, em atuação no
Art. 3º. A presente Lei entrará em vigor na data de sua
Fórum da cidade em que reside.
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 4º - As mesmas disposições se aplicam no caso de
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, em 21 omissão do nome da genitora, caso em que o pai ou
de outubro de 2013. responsável pelo(a) menor deverá informar o nome e
ALEXANDRE AGUIAR CARDOSO qualquer meio de identificação e localização daquela.
Prefeito Municipal Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, em 21
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS de outubro de 2011.
JOSÉ CAMILO ZITO DOS SANTOS FILHO
Prefeito Municipal
Lei Municipal nº 2.402 de 21 de outubro de 2011.
Obriga as Creches e Instituições de Ensino do Município de
Duque de Caxias a solicitar a mãe de criança ou adolescente
que não possua paternidade estabelecida, de forma
confidencial e sigilosa no ato da matrícula, os dados do
suposto pai e informá-la sobre os trâmites jurídicos para o
reconhecimento da paternidade.
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
A CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS decreta e PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
eu sanciono a seguinte Lei: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Art. 1º. As escolas particulares, públicas municipais,
REGIMENTO ESCOLAR
estaduais e federais; creches e todo e qualquer
estabelecimento de ensino localizados no Município de TÍTULO I
Duque de Caxias/RJ que, no ato da matrícula ou DA CARACTERIZAÇÃO, DA NATUREZA, DAS
transferência de menor que não possua paternidade FINALIDADES E DOS OBJETIVOS
estabelecida, deverão, de forma confidencial e sigilosa, CAPÍTULO I
solicitar a cada mãe, munida de seu documento de identidade DA CARACTERIZAÇÃO
o
e com cópia da certidão de nascimento do(a) filho(a), para Art. 1 – As escolas do Sistema Municipal de Ensino
que, querendo, informe os dados (nome e endereço) do são mantidas pela Prefeitura Municipal de Duque de
suposto pai, caso estes não constem do respectivo registro Caxias e administradas pela Secretaria Municipal de
de nascimento e informá-la sobre os trâmites jurídicos para o Educação, de acordo com a legislação em vigor.
o
reconhecimento da paternidade. O aluno maior de idade
§ 1 - As Escolas Municipais integrantes do Sistema
Municipal de Ensino são criadas por Decreto e/ou Lei
deverá ser notificado pessoalmente.
do executivo Municipal.
o
§ 1º - Com as informações prestadas, deverá ser preenchido § 2 - Integram o Sistema Municipal de Ensino:
o formulário I cujo modelo segue ao final. I-Educação Infantil
II-Ensino Fundamental
§ 2º - Comparecendo o suposto pai ao estabelecimento de
III-Educação de Jovens e Adultos
ensino e reconhecendo a paternidade, deverá o mesmo ser
IV-Educação Especial
encaminhado ao cartório do Registro Civil em que foi lavrado o
§ 3 - O presente Regimento é o documento legal da
o registro do(a) filho(a) para formalizar o ato, pessoalmente,
Secretaria Municipal de Educação que fixa a
com formulário II preenchido.

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o
organização administrativo-didático-pedagógica e Art. 5 – O Sistema Municipal de Ensino, para atender
disciplinar dos estabelecimentos de ensino, ficando às diversas modalidades de ensino, deve se adequar
sob a responsabilidade de cada Unidade Escolar a às legislações vigentes.
construção de sua Proposta Pedagógica que, em CAPÍTULO IV
linhas básicas, deverá integrar-se ao presente DOS OBJETIVOS
o
Regimento. Art. 6 – A Educação Pública Municipal de Duque de
CAPÍTULO II Caxias tem por objetivo geral propiciar ao educando a
DA NATUREZA E DOS FINS formação básica necessária ao desenvolvimento e
o
Art. 2 – A Escola Municipal é pública e gratuita, de aperfeiçoamento da consciência social, crítica,
direito da população e de dever do Poder Público, a solidária, fraterna e democrática, que todos sejam
serviço das necessidades e peculiaridades do sujeitos de sua própria história, participantes ativos e
processo de desenvolvimento e aprendizagem, criativos na sociedade, buscando construir e
independente de sexo, raça, etnia, situação sócio- transformar o conhecimento e as relações entre os
econômica, credo religioso, político e livres de homens, com base em suas experiências, no saber
quaisquer preconceitos ou discriminações. socialmente organizado e na sua relação teórico-
o
Art. 3 – A Educação Municipal, comprometida com prática, atendendo às especificidades dos níveis e
valores éticos de Gestão Pública, inspirada nos ideais das modalidades da educação existentes, observando
de igualdade, liberdade, solidariedade e fraternidade as determinações da Lei 9394 de 23/12/96 e demais
se fundamenta: disposições legais atinentes.
o
I-no ensino de qualidade para todos, assegurando Art. 7 – São objetivos específicos da Educação
formação ao educando para atuar de forma crítica e Pública do Município de Duque de Caxias:
consciente na sociedade; I-propiciar o desenvolvimento das diferentes
II-no respeito às diversidades histórico-culturais e dimensões humanas.
sociais dos alunos e das Comunidades em que estão II-desenvolver atitudes de participação, cooperação,
inseridas as Unidades Escolares; companheirismo, respeitando as diferenças
III-no princípio de justiça norteando as relações individuais, as diversidades culturais e as regras de
humanas e o processo ensino-aprendizagem; convívio pautadas nos valores éticos;
IV-no direito de acesso e permanência de todos na III-estimular a curiosidade de conhecer e utilizar os
Escola Pública; diferentes códigos de linguagem, valorizando e
V-na valorização das experiências extra- escolares; ampliando sua própria comunicação;
VI-na gestão participativa da Escola Pública junto à IV-possibilitar a observação, análise, investigação
comunidade escolar; para a transformação da realidade;
VII-na valorização dos Profissionais de Educação; V-instigar a curiosidade sobre o mundo a partir dos
VIII-na autonomia das Unidades Escolares através da fenômenos da natureza, percebendo-se como ser
elaboração e execução do Projeto Político- integrante e sujeito transformador do meio ambiente,
Pedagógico em consonância com a filosofia visando à melhoria da qualidade de vida;
norteadora do Sistema Municipal de Ensino. VI-oportunizar o acesso e a utilização das diferentes
CAPÍTULO III fontes de informação e recursos tecnológicos;
DOS NÍVEIS E MODALIDADE DA EDUCAÇÃO VII-possibilitar a integração da comunidade escolar,
o
Art. 4 - A Educação no Município de Duque de incentivando a família na participação do processo
Caxias abrange os seguintes Níveis e Modalidades de educacional;
Ensino: VIII-desenvolver e divulgar estudos e pesquisas em
I-Educação Infantil – oferecida em Creches, ou em Educação.
entidades equivalentes, para crianças de até 03 (três)
anos de idade e em Pré-Escola para crianças de 04 TÍTULO II
(quatro) a 05 (cinco) anos e 11 (onze) meses de DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR – DOS RECURSOS
idade; HUMANOS
II-Ensino fundamental – destinado a todo cidadão a CAPÍTULO I
partir dos 06 (seis) anos de idade e, àqueles que não DA EQUIPE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO-
tiveram acesso na idade própria. Organizado em 09 PEDAGÓGICA
(nove) anos de escolaridade, compreendendo o Art. 8
o
–– A Equipe Técnico-Administrativo-
primeiro ano de escolaridade como o início do Pedagógica da Unidade Escolar é constituída pelo
processo de alfabetização; Diretor, Vice-Diretor, Orientador Pedagógico,
III-Educação de Jovens e Adultos – destinada àqueles Orientador Educacional, Secretário, Dirigente de
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos Turno, Professor Regente, Mediador de Tecnologia
no Ensino Fundamental, maiores de 15 (quinze) anos Educacional, Dinamizador de Biblioteca e
sendo oferecida em Ensino Regular e/ou mediante Dinamizador de Leitura.
cursos presenciais ou semi-presenciais e exames; SEÇÃO I
IV-Educação Especial – destinada aos alunos com DA EQUIPE DIRETIVA
necessidades educacionais especiais oferecida, o
Art. 9 – A Equipe Diretiva composta pelo Diretor,
preferencialmente, na Rede Regular de Ensino, com Vice-Diretor, Orientador Pedagógico, Orientador
recursos educacionais necessários, para atender às Educacional e Dirigente de Turno, deve coordenar
peculiaridades dos educandos. ações coletivas e integradoras, visando ao
desenvolvimento de relações democráticas no interior

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da Unidade Escolar com a colaboração do Conselho profissionais, considerando a necessidade de refletir,
Escolar. dar continuidade ou rever as ações planejadas;
Art. 10 – São atribuições da Equipe Diretiva: XX-elaborar Plano de Ação integrado, enviando à
I-coordenar e avaliar as Propostas Pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação cópia pertinente,
Unidade Escolar com base nas orientações e destacando ações específicas;
diretrizes da Secretaria Municipal de Educação; XXI-promover ações sistemáticas de atenção às
II-coordenar a organização das turmas, de acordo famílias de acordo com as peculiaridades da
com as diretrizes da Secretaria Municipal de comunidade escolar;
Educação, visando ao pleno desenvolvimento do XXII-encaminhar à Secretaria de Educação e demais
aluno; órgãos competentes os documentos solicitados;
III-promover e garantir o processo de participação XXIII-promover o processo de integração Escola-
coletiva no desenvolvimento do Projeto Político- Comunidade;
Pedagógico; XXIV-informar à Secretaria Municipal de Educação os
IV-orientar os professores e demais funcionários da estágios acompanhados pelos profissionais
Unidade Escolar quanto à elaboração coletiva, habilitados existentes na Unidade Escolar;
execução e avaliação do Projeto Político-Pedagógico, XXV-responder pela coordenação da Unidade Escolar
coordenando e acompanhando sua execução; em seu horário de trabalho, tendo em vista as
V-garantir a execução do Projeto Político-Pedagógico necessidades do funcionamento global.
da Unidade Escolar; SEÇÃO II
VI-coordenar e/ou participar da elaboração de DO DIRETOR
propostas e projetos específicos desenvolvidos pela Art. 11 – A função do Diretor será exercida por
Unidade Escolar; Professor habilitado, com formação em Educação de
VII-orientar, acompanhar, subsidiar e garantir o Nível Superior.
planejamento didático-pedagógico dos docentes; Art. 12 - São atribuições específicas do Diretor:
VIII-convocar, divulgar e participar das reuniões I-adotar medidas com base nos dispositivos legais
administrativas e pedagógicas em consonância com o quanto às possíveis irregularidades constatadas na
Projeto Político-Pedagógico da Unidade Escolar; Unidade Escolar, comunicando-as ao Conselho
IX-garantir a divulgação, circulação e acesso de toda Escolar e aos Órgãos Superiores Competentes;
e qualquer informação a todos os segmentos da II-propiciar o entrosamento do Estabelecimento de
Comunidade Escolar; Ensino sob sua direção com outras instituições
X-promover a formação continuada através de grupos educacionais e culturais;
de estudo a todos os profissionais da Unidade III-organizar o funcionamento da Unidade Escolar em
Escolar; conjunto com os demais componentes da Equipe
XI-participar e viabilizar a presença de todos os Diretiva e Técnico-pedagógica, conforme orientações
integrantes da Unidade Escolar em seminários, fóruns do Sistema Municipal de Ensino;
de debates, palestras, oficinas organizados pela IV-garantir o efetivo exercício do servidor no
Equipe Pedagógica da Unidade Escolar ou Estabelecimento de Ensino na função para qual foi
promovidos pela Secretaria ou outras Instituições de designado;
Ensino; V-receber, informar e despachar todo tipo de
XII-pesquisar, estudar e selecionar assuntos documentação;
específicos de seu campo, procurando manter-se VI-autorizar a matrícula e transferência de aluno,
atualizado; observando os aspectos legais e as normas
XIII-planejar e participar do Conselho de Classe, estabelecidas pelo Sistema Municipal de Ensino;
objetivando a avaliação e tomada de decisões VII-assinar, juntamente com o Secretário Escolar, os
relativas ao Processo Pedagógico; documentos expedidos relacionados à vida escolar do
XIV-coordenar a ação pedagógica do Corpo Docente, aluno e o mapa estatístico;
incentivando o aprimoramento e a articulação entre os VIII-supervisionar o controle da freqüência diária dos
diferentes turnos existentes na Unidade Escolar; servidores, aprovar a escala de férias e atestar a
XV-acompanhar e avaliar, junto com a Equipe freqüência mensal, bem como encaminhá-la à
Docente o processo ensino-aprendizagem, visando à Secretaria Municipal de Educação;
melhoria da qualidade de ensino; IX-encaminhar à Secretaria Municipal de Educação
XVI-organizar e participar, junto com os professores, contas do movimento financeiro da Unidade Escolar,
das reuniões pedagógicas da Unidade Escolar, bem após aprovação pelo Conselho Escolar;
como a de responsáveis; X-presidir o Conselho Escolar;
XVII-acompanhar e orientar o processo de ensino e XI-zelar pela conservação do patrimônio que lhe é
de aprendizagem desenvolvido na Unidade Escolar, confiado e encaminhar anualmente cópia do
viabilizando estratégias que visem intervenção inventário de bens patrimoniais sob sua
qualitativa capaz de reverter o quadro de evasão e responsabilidade à Secretaria Municipal de Educação;
repetência; XII-garantir a qualidade e a distribuição da merenda
XVIII-conhecer, divulgar e assegurar para toda escolar, supervisionando o controle de estoque de
Comunidade Escolar as informações das legislações gêneros e atestando o mapa mensal de distribuição;
em vigor, Regimento Escolar e as ações educativas XIII-acompanhar o processo pedagógico desenvolvido
desenvolvidas na Unidade Escolar; na Unidade Escolar, favorecendo a implementação de
XIX-promover a avaliação de todo o trabalho da estratégias que visem à redução dos índices de
Unidade Escolar, bem como a auto-avaliação dos retenção e evasão;

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XIV-zelar para que a freqüência mínima estabelecida Art. 19 – A função do Orientador Educacional será
na Lei de Diretrizes e Bases seja cumprida; exercida por professor legalmente habilitado em
XV-dirigir as atividades da Unidade Escolar, Pedagogia, com especialização em Orientação
executando e fazendo executar as disposições legais Educacional e concursado para este fim.
regimentares dos atos normativos internos; Art. 20 - São atribuições do Orientador Educacional:
XVI-solicitar aos setores competentes os recursos I-promover, com participação ativa dos demais
humanos e materiais necessários ao pleno profissionais da Unidade Escolar, o processo de
funcionamento da Unidade Escolar; integração escola-comunidade, criando um espaço
XVII-cumprir as atribuições da Equipe Diretiva. educativo comum, de troca e crescimento recíproco,
Art. 13 – A substituição temporária do Diretor da visando à melhoria da qualidade do ensino,;
Unidade Escolar será feita automaticamente pelo II-promover a integração entre o Corpo Docente,
Vice-Diretor e, na ausência e/ou impedimento legal do Discente e Administrativo, contribuindo para a
mesmo, por outro profissional de educação indicado melhoria da Ação Educativa, fundamentada no
pela Secretaria Municipal de Educação. Projeto Político-Pedagógico da Unidade Escolar;
SEÇÃO III III-acompanhar o processo de freqüência escolar,
DO VICE-DIRETOR orientando o corpo docente, discente e responsáveis,
Art. 14 – A função do Vice-Diretor será exercida por encaminhando, junto com a direção, aos órgãos
professor habilitado em Educação. competentes os casos de omissão e negligência,
Art. 15 – São atribuições do Vice-Diretor: conforme o previsto no Estatuto da Criança e do
I-substituir o Diretor em seu impedimento eventual Adolescente;
exercendo as suas atribuições exceto o disposto no IV-encaminhar aos serviços de apoio especializado,
inciso X do artigo 12; em função das condições específicas dos alunos, na
II-cumprir, no desempenho de suas atribuições Rede Escolar de Ensino, para maior integração dos
específicas, todas as diretrizes emanadas da mesmos no processo de ensino-aprendizagem;
Secretaria Municipal de Educação; V-desenvolver procedimentos que contribuam para o
III-participar com o Diretor de todas as atividades, conhecimento/interação na relação professor-aluno
garantindo a viabilização das ações planejadas; em situação escolar específica, efetivando a
IV-cumprir as atribuições da Equipe Diretiva. implementação de metodologia de ensino que
SEÇÃO IV favoreça a aprendizagem e desenvolvimento;
DO ORIENTADOR PEDAGÓGICO E VI-desenvolver projetos sociais, articulados com a
EDUCACIONAL equipe técnico-administrativo-pedagógica e/ou
Art. 16 - A Orientação Pedagógica e Educacional visa integrados com instituições afins que visem ao bem
dinamizar o desenvolvimento pessoal e profissional estar bio-psicossocial dos membros da comunidade
do educador e do educando, articulando as ações escolar e às famílias;
pedagógicas desenvolvidas na Unidade Escolar, VII-promover atividades de orientação para o trabalho
coordenando e avaliando as atividades de caráter tendo como princípio a relação trabalho-conhecimento
técnico-pedagógico do processo ensino e vinculada à prática social;
aprendizagem. VIII-orientar, acompanhar e assinar os relatórios
Art. 17 – A função do Orientador Pedagógico será descritivos dos alunos, bem como documentos
exercida por professor legalmente habilitado em específicos solicitados por outros órgãos ou
Pedagogia, concursado para este fim. instituições;
Art. 18 - São atribuições do Orientador Pedagógico: IX-cumprir as atribuições da Equipe Diretiva.
I-promover a articulação teoria e prática, sob a SEÇÃO V
perspectiva de Processo, em parceria com toda DO DIRIGENTE DE TURNO
comunidade de acordo com o Projeto Político- Art. 21 - A função de Dirigente de Turno deverá ser
Pedagógico da Unidade Escolar; exercida por Professor indicado pela Direção entre os
II-promover a integração entre o Corpo Docente, membros do Corpo Docente da Unidade Escolar, com
Discente e Administrativo, contribuindo para a o aval do Departamento Geral de Educação.
melhoria da Ação Educativa, fundamentada no Parágrafo Único - A Direção de Turno tem como
Projeto Político-Pedagógico da Unidade Escolar; finalidade apoiar a Direção da Unidade Escolar na
III-orientar e regularizar a vida escolar dos alunos execução e acompanhamento das atividades técnico-
observando as determinações da Lei 9394/96 e administrativo-pedagógicas.
demais disposições legais pertinentes; Art. 22 – São atribuições do Dirigente de Turno:
IV-encaminhar à Secretaria de Educação os I- Dar atendimento aos alunos especialmente nos
documentos solicitados; horários de entrada, saída e recreio, bem como, em
V-orientar, acompanhar e assinar os relatórios outros períodos;
descritivos dos alunos, os diários de classe e II- Assumir a regência da turma, em caso da eventual
documentos afins; ausência do professor regente, fazendo jus ao
VI-desenvolver procedimentos que contribuam para o recebimento da regência, de acordo com a legislação
conhecimento/interação na relação professor-aluno em vigor;
em situação escolar específica efetivando a III-Providenciar atendimento às enfermidades
implementação de metodologia de ensino que eventuais, acidentes com alunos ou qualquer outra
favoreça a aprendizagem e desenvolvimento; ocorrência durante seu período de trabalho, bem
VII-cumprir as atribuições da Equipe Diretiva. como registrar o ocorrido;

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IV-Colaborar com a Direção no levantamento de SEÇÃO VII
dados de natureza estatística e no controle da DO DINAMIZADOR DE LEITURA E DE BIBLIOTECA
merenda escolar; Art. 25 – A função do Dinamizador de Leitura e de
V-Assistir, participar e acompanhar a organização das Biblioteca será exercida por Professor regente,
atividades do turno a que pertence; prioritariamente Professor II, indicado pelo Diretor, de
VI-Coordenar o turno sob sua responsabilidade, acordo com critérios pré-estabelecidos pela Equipe de
zelando pelo seu bom funcionamento; Leitura e autorizado pelo Departamento Geral de
VII-Cumprir as atribuições da Equipe Diretiva. Educação da Secretaria Municipal de Educação.
SEÇÃO VI Parágrafo Único - Sua função deverá ser a de
DO SECRETÁRIO incentivar, difundir e promover a leitura como
Art. 23 – A função do Secretário deverá ser exercida instrumento de informação, de formação, de prazer e
por profissional legalmente habilitado. de criticidade.
Art. 24 – São atribuições do Secretário Escolar: Art. 26 – São atribuições do Dinamizador de Leitura e
I-realizar procedimentos relativos ao registro e de Biblioteca:
validação da vida escolar do aluno, bem como I-conhecer e manter organizado o acervo bibliográfico
coordenar e organizar a documentação dos arquivos da Unidade Escolar;
e dos expedientes necessários ao funcionamento da II-incentivar e desenvolver práticas leitoras inclusivas,
Unidade Escolar; democratizando a leitura;
II-receber, preparar e expedir a correspondência III-organizar o planejamento de atividades que
oficial da Unidade Escolar; promovam a leitura, previstas no Calendário Escolar,
III-atender ao público na área de sua competência; estimulando na Comunidade Escolar o prazer de ler,
IV-organizar, coordenar e responder pelo expediente através de encontros literários, leitura programada de
geral da Secretaria da Unidade Escolar; textos, debates e/ou quaisquer outras atividades;
V-proceder à lavratura de atas e termos referentes à IV-desenvolver projetos alternativos de leitura e
avaliação e resultados de trabalhos escolares, bem produção textual;
como histórico escolar, registro de matrícula e outras V-desenvolver um trabalho integrado com o
formas de escrituração escolar; Orientador Educacional e Orientador Pedagógico;
VI-comunicar à Equipe Diretiva, para providências, os VI-planejar, atender, acompanhar e avaliar,
casos de alunos que necessitam regularizar sua vida permanentemente, o processo de formação do leitor
escolar, seja pela falta de documentação, por lacunas com a Equipe Diretiva e Corpo Docente da Unidade
curriculares, por necessidade de adaptação e/ou por Escolar;
quaisquer outros aspectos pertinentes, observando os VII-incentivar e propor projetos específicos de leitura e
prazos estabelecidos pela legislação em vigor; desenvolver os propostos pela Secretaria Municipal
VII-criar mecanismos de controle administrativo de Educação;
permanente para que auxilie no cumprimento do VIII-participar da construção e elaboração coletiva do
percentual de 75% (setenta e cinco por cento) de Projeto Político- Pedagógico da Unidade Escolar;
freqüência mínima estabelecida pela Lei de Diretrizes IX-participar de reuniões, oficinas pedagógicas,
e Bases (9394/96); cursos, seminários, encontros e palestras promovidos
VIII-proceder e organizar a efetivação de matrículas, pela Unidade Escolar e pela Secretaria Municipal de
de acordo com as normas emanadas da Secretaria Educação;
Municipal de Educação; X-fazer uso do horário de planejamento para a análise
IX-organizar os Diários de Classe; de materiais e registros.
X-organizar os dados estatísticos de cada bimestre, Art. 27 – São atribuições do Dinamizador de Leitura:
discutindo-os com a Equipe Diretiva; I-desenvolver o trabalho de leitura diretamente com o
XI-participar da construção e elaboração coletiva do aluno, em constante parceria com o Professor
Projeto Político- Pedagógico da Unidade Escolar; Regente da turma;
XII-receber, analisar e expedir Histórico Escolar; II-estimular e controlar, quando na ausência do
XIII-manter atualizada a legislação, jurisprudência e Dinamizador de Biblioteca, a rotatividade do acervo;
documentação legal relativa aos interesses da III-atuar em espaço alternativo, sempre que não
Unidade Escolar; houver espaço físico específico disponível.
XIV-organizar e manter em dia todos os Registros do Art. 28 – São atribuições do Dinamizador de
corpo docente e demais servidores; Biblioteca:
XV-responder pela escrituração da Unidade Escolar, I-orientar, toda comunidade escolar, na realização das
assinando os documentos pelos quais é legalmente o pesquisas solicitadas;
responsável; II-criar mecanismos de controle e rotatividade do
XVI-participar das reuniões pedagógicas, como acervo;
também de conselhos de classe, interagindo com a III-fazer da Biblioteca um local agradável e atraente,
equipe da Unidade Escolar; que estimule o gosto pela leitura, a curiosidade e a
XVII-zelar pelo fiel e irrestrito cumprimento dos prazos pesquisa, facilitando o acesso do leitor ao acervo;
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação, IV-pesquisar novos títulos para solicitar a atualização
em especial aqueles relativos à devolução da do acervo.
documentação. Art. 29 – A Secretaria Municipal de Educação
estabelecerá normas complementares a este
Regimento que visem o atendimento a todos os
turnos.

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SEÇÃO VIII SEÇÃO I
DO MEDIADOR DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL
Art. 30 - O Mediador de Tecnologia Educacional será Art. 33 – A função do Psicólogo Educacional será
exercido pelo Professor Regente, preferencialmente exercida por profissional legalmente habilitado em
Professor II, que tenha a formação e/ou prática de Psicologia, concursado para este fim.
inovação na área de tecnologia da informação e Parágrafo Único- Sua função deverá ser a de agir
comunicação, em especial, nas tecnologias nos fatores relacionados aos processos de
multimídias e de informática, entre outras. Este desenvolvimento humano, aos processos de
deverá ser indicado pela Equipe Diretiva, tendo como aprendizagem, às relações interpessoais e às
referência as orientações da Equipe de Tecnologia dimensões institucionais.
Educacional, e autorização do Departamento Geral de Art. 34 – São atribuições do Psicólogo Educacional:
Educação. I-participar, de forma integrada com a Equipe Técnico-
Parágrafo Único: Sua função é fomentar e promover Administrativo-Pedagógica, da construção e
o uso das tecnologias no desenvolvimento das elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico da
práticas educativas, garantindo à comunidade escolar Unidade Escolar;
o acesso a uma formação de observador crítico, II-contribuir, junto com a Equipe Técnico-
reconstrutivo e autônomo diante da tecnologia. Administrativo-Pedagógica, no planejamento,
Art. 31 - As atribuições do Mediador de Tecnologia acompanhamento e avaliação das atividades
Educacional: desenvolvidas na Unidade Escolar, visando uma ação
I-saber utilizar os recursos tecnológicos existentes na articulada;
escola, fundamentados pedagogicamente, III-desenvolver atividades com a Comunidade Escolar,
entendendo-os como parte do processo de ensino e visando identificar e minimizar dificuldades
aprendizagem; psicossociais que possam bloquear o
II-estabelecer, junto à comunidade escolar, os desenvolvimento de potencialidades, a auto-estima e
critérios e estratégias para a utilização dos o exercício da cidadania;
equipamentos existentes na Unidade Escolar; IV-desenvolver, junto com a Equipe Diretiva,
III-zelar e organizar, junto à comunidade escolar, todo atividades com educadores e alunos, objetivando a
o material tecnológico adquirido pela escola; explicitação e superação de entraves institucionais;
IV-participar efetivamente dos grupos de estudos V-contribuir para o processo de orientação para o
promovidos pela escola, assim como as atividades trabalho, tendo com o princípio a relação trabalho-
propostas pela Secretaria Municipal de Educação; conhecimento, vinculada à prática social, individual e
V-assegurar a troca de informações e experiências, coletiva;
junto à comunidade escolar, adquiridos em estudos VI-selecionar, pesquisar e estudar assuntos
externos, bem como a implementação de projetos; específicos de seu campo de trabalho, procurando
VI-desenvolver, juntamente com a Equipe Diretiva e o manter-se atualizado quanto aos processos de
corpo docente, o planejamento das ações educativas, aprendizagem, desenvolvimento humano, relações
definindo e orientando o uso dos recursos interpessoais e dimensões institucionais;
tecnológicos; VII-participar de seminários, fóruns de debates,
VII-atuar em espaço alternativo quando não houver palestras, oficinas organizados pela Unidade Escolar,
espaço físico disponível; quando disponível terá o promovidos pela Secretaria ou outras Instituições de
nome de Espaço Multimeio, sendo considerado mais Ensino;
um ambiente de aprendizagem; VIII-participar da atualização pedagógica, através dos
VIII-organizar os horários de acesso específicos às grupos de estudo e dos Conselhos de Classe;
tecnologias da informática – Salas de Informática IX-desenvolver, junto com a Equipe Técnico-
Educativa - quando a escola dispuser deste ambiente Administrativo-Pedagógica, atividades com os
de aprendizagem, assim como as demais tecnologias educandos, visando um trabalho preventivo
(TV, DVD, Vídeo, Rádio, Rádio-Escola, entre outras); relacionado à afetividade, cognição e socialização;
IX-acompanhar através de registros descritivos o X-diagnosticar as necessidades dos alunos dentro do
desenvolvimento das atividades envolvendo as Sistema Educacional e analisar, com o Orientador
tecnologias; Educacional, possíveis encaminhamentos a serviços
X-elaborar relatórios/portifólios anuais das ações de atendimento clínico, médico e outros Serviços
realizadas, apresentando os resultados significativos Públicos dentro da Comunidade.
no desenvolvimento da aprendizagem, bem como a SEÇÃO II
análise da Equipe Diretiva e corpo docente; DO ASSISTENTE SOCIAL
XI-fazer uso do horário de planejamento para a Art. 35 – O Assistente Social é o profissional
análise de materiais e registros. legalmente habilitado em Serviço Social, concursado
CAPÍTULO II para este fim.
DA EQUIPE DE APOIO TÉCNICO À EDUCAÇÃO Parágrafo Único - Sua função deverá estar voltada
Art. 32 – A Equipe de Apoio Técnico à Educação é para o desenvolvimento pleno da Cidadania em todas
constituída pelo Psicólogo Educacional, pelo as esferas sociais.
Assistente Social e pelo Fonoaudiólogo que atuarão Art. 36 – São atribuições do Assistente Social:
integrados à Equipe Diretiva das Unidades Escolares I-elaborar diagnóstico sobre a situação familiar do
da Rede conforme a disponibilidade da Secretaria educando visando clarificar sua dinâmica e
Municipal de Educação. funcionamento;

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II-promover a integração do trinômio Aluno-Escola- contínua entre a experiência vivenciada do educando
Família; e o saber sistematizado, visando à construção do
III-participar na capacitação e implementação conhecimento e o compromisso assumido em ações
pedagógica, visando à importância da família no planejadas e avaliadas coletivamente.
processo ensino-aprendizagem; Art. 40 – São atribuições do Professor Regente de
IV-elaborar projetos e/ou programas sociais; turma:
V-promover a inserção e/ou interação das famílias I-participar ativa e efetivamente do processo de
nos grupos de aprendizagem; construção e elaboração coletiva do Projeto Político-
VI-realizar trabalho efetivo junto às famílias dos Pedagógico da Unidade Escolar;
alunos e comunidade, visando maior sintonia e II-promover a aprendizagem dos alunos;
equilíbrio dentro e fora do contexto escolar; III-planejar, executar, avaliar e registrar os objetivos e
VII-orientar a Comunidade Escolar quanto aos as atividades do processo ensino e aprendizagem,
Recursos e Serviços Públicos existentes dentro e fora numa perspectiva coletiva e integradora, a partir das
do contexto escolar; orientações do Projeto Político-Pedagógico da
VIII-contribuir para o processo de qualificação para o Unidade Escolar e das diretrizes da Secretaria
Trabalho, tendo como princípio a relação trabalho- Municipal de Educação;
conhecimento vinculada à prática social, individual e IV-planejar e executar estudos contínuos de
coletiva; recuperação, estabelecendo estratégias onde sejam
IX-orientar e socializar conhecimentos e experiências, garantidas novas oportunidades de aprendizagem ao
promovendo o apoio mútuo dentro e fora do grupo; aluno de menor rendimento;
X-participar do Projeto Político-Pedagógico da V-ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos
Unidade Escolar. pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
SEÇÃO III VI-respeitar as diferenças individuais dos alunos,
DO FONOAUDIÓLOGO considerando as possibilidades e limitações de cada
Art. 37 – O Fonoaudiólogo é o profissional legalmente um, garantindo sua permanência e participação em
habilitado em Fonoaudiologia, concursado para este aula;
fim. VII-identificar, junto com a Equipe Técnico-
Parágrafo Único - Sua função deverá ser a de atuar Administrativo- Pedagógica e de Apoio Técnico à
de forma preventiva e fazer encaminhamentos Educação, casos de alunos que apresentem
relativos à área da linguagem, comunicação escrita e necessidades de atendimento diferenciado;
oral, voz e audição; VIII-manter atualizado o Diário de Classe,
Art. 38 – São atribuições do Fonoaudiólogo: especialmente no aspecto da freqüência dos alunos,
I-desenvolver trabalho de prevenção referente à área registrar continuamente as ações pedagógicas,
da linguagem, comunicação oral e escrita, audição e visando à avaliação da ação educativa;
linguagem; IX-proceder, contínua e permanentemente a avaliação
II-assessorar a Comunidade Escolar em assuntos do aproveitamento escolar, replanejando o trabalho,
específicos e globais relacionados à Fonoaudiologia; quando necessário, registrando seus avanços e
III-realizar triagem, junto à Equipe Técnico- dificuldades;
Administrativo-Pedagógica, com a finalidade de X-participar de reunião de avaliação do processo
detectar possíveis dificuldades ou alterações que escolar, apresentando registros referentes às ações
possam dificultar o processo de aprendizagem, dando pedagógicas e vida escolar dos educandos,
encaminhamento para setores públicos, clínico e analisando e discutindo as causas de aproveitamento
médico, existentes; não satisfatório e propondo medidas para superá-las;
IV-integrar Equipe Multidisciplinar, orientando as XI-encaminhar à Orientação Pedagógica e Orientação
atividades específicas e participando da realização do Educacional, após o Conselho de Classe, as notas e
Projeto Político- Pedagógico, além de auxiliar o relatórios das avaliações bimestrais e anuais e os
Professor em atividades que possam favorecer o dados de apuração de assiduidade referentes aos
desenvolvimento global e lingüístico do aluno; alunos de sua classe, conforme especificação e
V-participar de projetos e pesquisas ligados ao prazos fixados pelo Cronograma Escolar;
desenvolvimento da linguagem escrita, linguagem XII-participar do desenvolvimento e avaliação das
oral, voz e audição, de interesse da Rede Pública; reuniões pedagógicas e do conselho de classe;
VI-participar de atividades vinculadas às técnicas XIII-propor, discutir e desenvolver projetos específicos
psicomotoras, quando destinadas à correlação de para sua ação pedagógica;
distúrbios auditivos ou de linguagem; XIV-comunicar à Equipe Diretiva os casos de suspeita
VII-selecionar, pesquisar e estudar assuntos ou constatação de doenças infecto-contagiosas para
específicos de seu campo de trabalho, procurando os devidos encaminhamentos;
manter-se atualizado quanto aos processos de XV-selecionar, pesquisar e estudar assuntos
aprendizagem. específicos de seu campo de trabalho, procurando
CAPÍTULO III manter-se atualizado quanto aos processos de ensino
DA EQUIPE DOCENTE e aprendizagem;
Art. 39 – A Docência será exercida por Professor XVI-zelar pelo bom nome da Unidade Escolar, dentro
legalmente habilitado, de acordo com sua área de e fora dela, mantendo uma conduta compatível com o
atuação e concursado para este fim. ato de educar;
Parágrafo Único - A Docência deverá ser entendida
como um processo planejado de intervenção direta e

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XVII-zelar para que o princípio disciplinar estabelecido SEÇÃO I
no Projeto Político-Pedagógico seja preservado nas DO ASSISTENTE DE SECRETARIA
atividades desenvolvidas; Art. 47 – O Assistente de Secretaria terá como função
XVIII-assegurar a divulgação do Regimento Escolar, auxiliar diretamente o secretário da Unidade Escolar,
conhecendo, fazendo conhecer e cumprindo as executando as tarefas administrativas que lhe serão
determinações dele emanadas; designadas.
XIX-comunicar à Equipe Diretiva os casos de suspeita Art. 48 – São atribuições do Assistente de Secretaria:
ou constatação de maus-tratos aos alunos para os I-assistir o Secretário da Unidade Escolar, executando
devidos encaminhamentos, conforme estabelecido as tarefas administrativas relativas à função, em
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. especial:
Art. 41 – O Professor, além dos direitos assegurados a)realizar os serviços gerais de datilografia, digitação,
pelo Estatuto do Funcionalismo Público Municipal, inclusive os de natureza didático-pedagógica;
tem ainda as prerrogativas de: b) receber, classificar, expedir, protocolar, distribuir e
I-requisitar material didático necessário às aulas e arquivar documentos em geral;
atividades, dentro das possibilidades da Unidade c)preencher fichas e formulários que integram a
Escolar; documentação dos alunos e dos profissionais da
II-utilizar os livros, material da biblioteca, assim como Unidade Escolar;
os recursos de tecnologia nas dependências e as d)atender o público em geral e prestar informações
instalações da Unidade Escolar, necessários ao pertinentes à sua área de atuação;
exercício de suas funções; II-executar as demais atribuições pertinentes à sua
III-participar e opinar sobre programas, propostas área de atuação que lhe forem delegadas pelo
curriculares e sua execução, técnicas e métodos Secretário da Unidade Escolar.
utilizados e adoção do livro didático; SEÇÃO II
IV-propor à Equipe Técnico- Administrativo- DO INSPETOR DE DISCIPLINA
Pedagógica medidas que objetivam o aprimoramento Art. 49 – O Inspetor de Disciplina terá como função,
dos métodos de ensino, de avaliação, de auxiliar o Dirigente de Turno, apoiando a Equipe
administração e de disciplina; Técnico-Administrativo-Pedagógica e Docente,
V-comparecer a reuniões ou cursos relacionados com atuando de forma direta com a Equipe Discente.
as atividades docentes que lhe sejam pertinentes, Art. 50 – São atribuições do Inspetor de Disciplina:
como forma de aperfeiçoamento, especialização ou I-acompanhar os alunos nos horários de entrada,
atualização; saída, recreio e em outros períodos na Unidade
VI-exigir tratamento e respeito condignos e Escolar;
compatíveis com seu ato de educar. II-comunicar ao Diretor da Unidade Escolar
Art. 42 – É vedado ao Professor: enfermidades eventuais, acidentes ocorridos com os
I-dedicar-se nas aulas a assuntos alheios aos alunos ou qualquer ocorrência;
objetivos propostos; III-auxiliar a Equipe Docente nas atividades do
II-aplicar penalidades ao aluno, exceto advertência e Cotidiano Escolar;
repreensão; IV-organizar os alunos por turma, encaminhando-os
III-fazer-se substituir nas atividades de classe por para a sala de aula e outras dependências da
terceiros sem o prévio conhecimento da direção; Unidade Escolar;
IV-repetir notas sem proceder à nova verificação da V-atuar, junto com o Corpo Discente, na manutenção
aprendizagem; de um ambiente social favorável à realização das
CAPÍTULO IV atividades desenvolvidas pela Unidade Escolar;
DA EQUIPE DE PESSOAL DE APOIO VI-acompanhar as atividades extraclasse realizadas
Art. 43 – A Equipe de Pessoal de Apoio é constituída pela Unidade Escolar, auxiliando no que for
por Assistente de Secretaria, Inspetor de Disciplina, necessário.
Estimulador Materno-Infantil, Merendeira e Agente de SEÇÃO III
Apoio Escolar. DO ESTIMULADOR MATERNO- INFANTIL
Parágrafo Único - Esses profissionais devem ter Art. 51 – A função do Estimulador Materno-Infantil,
como princípio, no desempenho de suas atividades, o com área de atuação específica em Creche, será
caráter educativo de suas habilidades individuais. auxiliar a criança na transição do núcleo familiar para
Art. 44 – Participar da construção e da elaboração o escolar, tendo em vista as necessidades afetivas,
coletiva do Projeto Político-Pedagógico da Unidade sociais, motoras e cognitivas dessa faixa etária.
Escolar. Art. 52 – São atribuições do Estimulador Materno-
Art. 45 – Sempre que necessário, os profissionais da Infantil:
Equipe de Pessoal de Apoio poderão ser solicitados a I-planejar, junto com a Equipe Técnico-Administrativo-
participar das reuniões pedagógicas da Unidade Pedagógica, as atividades a serem executadas, numa
Escolar, do Conselho de Classe e/ou cursos de perspectiva coletiva e integradora a partir das
atualização promovidos pela Secretaria Municipal de orientações e diretrizes da Secretaria Municipal de
Educação. Educação;
Art. 46 – As atividades da Equipe de Pessoal de II-auxiliar o Professor Regente, de forma eficaz, nas
Apoio se constituem no suporte necessário ao pleno atividades pedagógicas ou outras que lhe forem
desenvolvimento do Processo Educativo. solicitadas;
III-possibilitar a ampliação das experiências e
conhecimentos das crianças fortalecendo sua

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identidade à medida que considera saberes e valores I-manter a limpeza, a higiene e a conservação do
culturais que ela possui, para então refletir e construir prédio escolar e de suas instalações e equipamentos;
novos conhecimentos; II-acompanhar e auxiliar, quando necessário, as
IV-preservar a organização e higiene do ambiente e atividades extras realizadas pela Unidade Escolar;
de materiais usados pelos educadores e pelas III-atuar, quando solicitado pela Direção, na
crianças; distribuição da alimentação escolar.
V-responsabilizar-se pela higiene da criança, CAPÍTULO V
desenvolvendo hábitos e atitudes saudáveis; DO CORPO DISCENTE
VI-permanecer junto às crianças zelando por sua Art. 57 – O Corpo Discente será constituído pelos
segurança, inclusive no horário determinado de alunos regularmente matriculados na Unidade
descanso das mesmas; Escolar, sendo o centro e a razão de todas as
VII-colaborar com a Equipe de Saúde na atividades educativas.
administração de medicamentos e primeiros socorros; SEÇÃO I
VIII-comunicar a Equipe Diretiva os casos de suspeita DOS DIREITOS DO ALUNO
ou de doenças infecto-contagiosas para os devidos Art. 58 – Os direitos e garantias do Aluno são
encaminhamentos; fundamentalmente os fixados na Constituição Federal
IX-manter contato direto com a mãe ou responsável da República, na Lei de Diretrizes e Bases da
no momento da chegada da criança à Creche e do Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do
encerramento das atividades do dia; Adolescente, em vigor.
X-ajudar na distribuição das refeições para que o Art. 59 – Fica assegurada ao Aluno a liberdade de
ambiente seja adequado ao bom aproveitamento expressão para a qual a Comunidade Escolar deve
alimentar das crianças; concorrer ativamente, criando condições e oferecendo
XI-zelar pelo bom funcionamento da creche mantendo oportunidades e meios.
uma conduta compatível com o ato de educar; Art. 60 – São direitos do Aluno:
XII-selecionar, pesquisar e estudar assuntos I-ser considerado e valorizado em sua individualidade,
específicos de seu campo de trabalho, procurando sem comparações nem preferências, pela Direção,
manter-se atualizado quanto ao processo de Equipe Técnico- Pedagógica, Funcionários e Colegas;
desenvolvimento infantil; II-receber seus trabalhos, tarefas e atividades,
XIII-participar de cursos, seminários, palestras devidamente corrigidos e avaliados em tempo hábil;
promovidas pela Creche, pela Secretaria Municipal de III-assistir às aulas e participar das demais atividades
Educação e Instituições Educacionais. escolares, sem obstáculos que lhe sejam interpostos
XIV-Comunicar à Equipe Diretiva os casos de por motivos independentes de sua vontade ou
suspeita ou constatação de maus-tratos aos alunos possibilidade, tais como exigências relativas a
para os devidos encaminhamentos, conforme uniformes ou material escolar;
estabelecido pelo Estatuto da Criança e do IV-ter acesso aos recursos materiais didático-
Adolescente. pedagógicos da Unidade Escolar;
SEÇÃO IV V-receber ensino de qualidade, ministrado por
DA MERENDEIRA profissionais capacitados para o exercício de suas
Art. 53 – A Merendeira será responsável pela funções e atualizados em suas áreas de atuação;
confecção e distribuição da alimentação escolar. VI-ter garantidas novas oportunidades de
Art. 54 – São atribuições da Merendeira: aprendizagem através de estudos de Recuperação e
I-preparar e distribuir a alimentação escolar; Progressão Parcial;
II-manter limpo o seu ambiente de trabalho: cozinha e VII-recorrer dos resultados das Avaliações do
despensa, assim como os utensílios e equipamentos; processo ensino- aprendizagem, nos termos da lei em
III-cumprir as determinações relacionadas ao cardápio vigor, sempre que se sentir prejudicado;
a ser utilizado na Unidade Escolar, conforme VIII-participar da construção, do acompanhamento e
estabelecido pela Coordenadoria de Nutrição da avaliação do Projeto Político-Pedagógico da
Educacional; Unidade Escolar e do Conselho Escolar;
IV-auxiliar a Direção da Unidade Escolar quanto ao IX-participar da definição das normas disciplinares da
controle de estoque dos gêneros utilizados na Unidade Escolar;
confecção da alimentação escolar; X-conhecer a estratégia utilizada pelos professores da
V-cuidar do material e equipamento sob a sua Unidade Escolar quanto ao processo de avaliação e
responsabilidade; aos estudos de recuperação, naquilo que lhe for
VI-notificar a Direção sobre qualquer dano dos pertinente;
equipamentos e utensílios, para as devidas XI-ser informado de todos os seus direitos para o
providências; pleno desenvolvimento de sua cidadania;
VII-participar das formações oferecidas pela Unidade XII-participar, na qualidade de Representante de
Escolar, assim como as da Secretaria Municipal de Turma, do Conselho de Classe;
Educação. XIII-ter assegurada a continuidade das atividades
SEÇÃO V escolares, através de exercícios domiciliares quando
DO AGENTE DE APOIO ESCOLAR portador de afecções ou no caso de aluna parturiente,
Art. 55 – O Agente de Apoio Escolar será responsável mediante solicitação e comprovação médica.
pela manutenção e limpeza do ambiente físico
escolar.
Art. 56 – São atribuições do Agente de Apoio Escolar:

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o
SEÇÃO II § 1 - As organizações estudantis, com finalidade
DOS DEVERES DO ALUNO educacional, cultural e/ou social, terão como objetivo
Art. 61 – Os deveres do Aluno se evidenciarão em o desenvolvimento da consciência crítica, da prática
função dos objetivos educacionais da Unidade democrática, da criatividade, da iniciativa e da
Escolar e da preservação dos direitos da Comunidade participação consciente na vida da Unidade Escolar e
Escolar. serão concernentes com o Regimento Escolar em
Art. 62 – São deveres do Aluno: vigor.
o
I-dedicar- se, efetivamente, aos estudos; § 2 Caberá ao Aluno a elaboração das normas para
II-conhecer e cumprir as determinações emanadas do a organização, em conjunto com a Equipe Técnico-
Regimento Escolar; Administrativo-Pedagógica e o Conselho Escolar em
III-ser assíduo e pontual quanto ao cumprimento das consonância com o Projeto Político-Pedagógico da
atividades escolares, permanecendo na Unidade Unidade Escolar.
Escolar durante o horário estabelecido; CAPÍTULO VI
IV-colaborar para a preservação e conservação do DO CONSELHO ESCOLAR
prédio, do mobiliário, de todo o material escolar, do Art. 65 – O Conselho Escolar, criado pelo Decreto
o
uniforme, das instalações de uso coletivo, cabendo ao Municipal n 2.813/95, de 25 de outubro de 1995,
responsável responder pelos danos causados ao integrante do Processo de Gestão Democrática da
Patrimônio Público; Unidade Escolar, de caráter consultivo, deliberativo e
V-estabelecer relações de respeito com seus colegas, fiscalizador, tem portuguesa finalidade o
professores, funcionários e demais integrantes da planejamento, acompanhamento, controle e avaliação
Comunidade Escolar; das ações educativas, pedagógicas, administrativas e
VI-cumprir as normas disciplinares da Unidade financeiras desenvolvidas pela Unidade Escolar, de
Escolar; acordo com as Diretrizes estabelecidas pela
VII-freqüentar no mínimo 75% (setenta e cinco por Secretaria Municipal de Educação.
o
cento) do período letivo; § 1 - A Presidência do Conselho Escolar será sempre
VIII-freqüentar as atividades escolares exercida pelo Diretor da Unidade Escolar.
o
preferencialmente uniformizado; § 2 - As atribuições dos membros do Conselho
IX-apresentar solicitação por escrito e assinada pelo Escolar estarão definidas no Estatuto do Conselho
responsável para fins de saída antecipada; Escolar.
X-contribuir, no que lhe couber, para o bom nome da TÍTULO III
Unidade Escolar; DA ESTRUTURA DIDÁTICO- PEDAGÓGICA
XI-comparecer às solenidades e festividades cívicas e CAPÍTULO I
sociais promovidas pela Unidade Escolar; DO CURRÍCULO
XII-comunicar à Unidade Escolar sempre que houver Art. 66 – O Currículo do Sistema Municipal de Ensino,
empecilho à sua freqüência às aulas e ao entendido como conjunto de situações, experiências e
cumprimento das atividades escolares; aprendizagens, tem como base filosófica o
XIII-realizar todas as atividades escolares que visem desenvolvimento individual e social do aluno, baseado
ao crescimento e à Avaliação de seu desempenho nos princípios da fraternidade, solidariedade, da
escolar; autonomia, da participação, da cidadania, do respeito
XIV-participar das atividades escolares de próprio e mútuo, tendo como meta principal seu
Recuperação, submetendo- se à nova avaliação, desenvolvimento integral, dotando-o de
sempre que seu desempenho for considerado conhecimentos, habilidades e atitudes que resultam
insatisfatório; na melhoria de vida.
XV-cumprir todos os seus deveres para o pleno SEÇÃO I
desenvolvimento de sua Cidadania. DOS FUNDAMENTOS BÁSICOS DO CURRÍCULO
Art. 63 – É vedado ao Aluno: Art. 67 – Os Fundamentos Básicos do Currículo são
I-distribuir, no recinto da Unidade Escolar, quaisquer os fixados pela Secretaria Municipal de Educação, de
boletins ou impressos sem autorização da Direção; acordo com a política educacional constituída e a
II-ocupar-se durante as aulas de assuntos a elas legislação em vigor.
estranhos; SEÇÃO II
III-ausentar-se da sala de aula sem permissão do DA ESTRUTURA CURRICULAR
Professor e da Unidade Escolar sem autorização da Art. 68 – A Educação Infantil, primeira etapa da
Direção; educação básica, tem como finalidade o
IV-dirigir-se de forma depreciativa à Equipe Técnico- desenvolvimento integral da criança até 5(cinco) anos
Administrativo-Pedagógica, Funcionários e Colegas; de idade, em seus aspectos físico, psicológico,
V-praticar atos ofensivos à moral e aos bons intelectual e social, complementando a ação da
costumes, portar armas, drogas ou delas fazer uso; família e da comunidade.
VI-fumar e/ou consumir bebidas alcoólicas nas Art. 69 – O currículo do Ensino Fundamental tem por
dependências da Unidade Escolar. referência a base nacional comum e diversificada,
SEÇÃO III especificada pela LDB 9394/96, organizado em Áreas
DA ORGANIZAÇÃO ESTUDANTIL Curriculares compostas por Componentes
Art. 64 – O Aluno terá assegurado o direito de Curriculares, de acordo com a Proposta
organizar-se em agremiações estudantis, cabendo à Pedagógica e Pressupostos Teóricos e Filosóficos da
Unidade Escolar proporcionar condições para esta Secretaria Municipal de Educação.
organização.

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Parágrafo Único: O Ensino Fundamental está Art. 75 – A Avaliação do Processo Ensino e
organizado do 1º ao 9º ano de escolaridade, da Aprendizagem terá por objetivos:
seguinte forma: I-avaliar a Instituição;
I-Ciclo de Alfabetização: Compreendendo os II-diagnosticar a situação de aprendizagem do
primeiros 3(três) anos de escolaridade, podendo educando para estabelecer as ações norteadoras do
haver retenção somente ao final do 3º ano; salvo em Planejamento Escolar;
casos de freqüência inferior a 75% em que poderá III-verificar os avanços e dificuldades do educador e
haver retenção desde o 1º ano; do educando no processo de construção do
II-Os demais anos de escolaridade serão organizados conhecimento, em função do trabalho desenvolvido;
do 4º ao 9ºano, podendo haver retenção ao final de IV-fornecer aos educadores elementos para uma
cada ano; reflexão sobre o trabalho realizado, tendo em vista o
III-O Ensino Regular Noturno está organizado em replanejamento;
Classe de Alfabetização e Ciclos que equivalem: V-possibilitar aos responsáveis, compreensão dos
a) Classe de Alfabetização – 1º ano de escolaridade; processos desenvolvidos pela Unidade Escolar,
b) Ciclo I - 2º e 3º ano de escolaridade; oferecendo subsídios para que auxiliem a vida escolar
c) Ciclo II - 4º e 5º ano de escolaridade; do aluno.
d) Ciclo III - 6º e 7º ano de escolaridade; SEÇÃO I
e) Ciclo IV - 8º e 9º ano de escolaridade. DA PERIODICIDADE E DO REGISTRO
CAPÍTULO II Art. 76 - O Processo de Avaliação será contínuo e
DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA cumulativo e seus resultados, periodicamente, serão
ESCOLA registrados da seguinte forma:
Art. 70 – O Projeto Político-Pedagógico constitui-se I-bimestralmente, através de relatórios descritivos,
na organização do trabalho escolar como um todo, baseados em registros contínuos, contendo análise
conferindo à Unidade Escolar identidade e autonomia descritiva dos avanços e das dificuldades no processo
no desenvolvimento de sua ação educativa. ensino e aprendizagem para os seguintes níveis e
Art. 71 – O Projeto Político-Pedagógico de cada modalidades:
Unidade Escolar do Sistema Municipal de Ensino a) Educação Infantil;
deve estar em consonância com os princípios b) Ensino Fundamental (Ciclo de Alfabetização e
norteadores da Educação Pública Municipal. Classe de Alfabetização do Noturno);
Art. 72 – O Projeto Político-Pedagógico será c) Educação Especial (Sala de Recursos, Classes
elaborado coletivamente com a participação de todos Especiais).
os segmentos da Comunidade Escolar, inclusive do II-bimestralmente, através de Notas, baseados em
Conselho Escolar. Registros Contínuos da análise do Processo
º
Parágrafo Único - No Projeto Político-Pedagógico Educativo do 4º ao 9 ano de escolaridade e do Ciclo I
deverão constar as Finalidades e Objetivos da ao Ciclo IV do Ensino Regular Noturno;
o
Unidade Escolar, Diagnóstico, Princípios e Diretrizes III-no 1 segmento (do 4º e 5º ano de escolaridade) do
Pedagógicas, Objetivos, Organização Curricular, Ensino Fundamental, será elaborado,
Procedimentos Metodológicos, Princípios de bimestralmente, um Relatório Descritivo, por turma,
Avaliação, Recursos Humanos e Materiais. dos avanços e dificuldades apresentados durante o
Art. 73 – A Avaliação do Projeto Político-Pedagógico processo ensino e aprendizagem;
o
será realizada em períodos determinados pela IV-no 2 segmento (do 6º ao 9º ano de escolaridade)
Comunidade Escolar, em conformidade com os do Ensino Fundamental, será elaborado,
prazos estabelecidos para realização de metas que bimestralmente, um Relatório Descritivo, por turma e
compõem a ação educativa da Unidade Escolar. por componente curricular, dos avanços e dificuldades
Parágrafo Único – O Projeto Político-Pedagógico da apresentados durante o processo ensino e
Unidade Escolar deverá ser encaminhado à aprendizagem.
Secretaria Municipal de Educação para análise e SEÇÃO II
acompanhamento. DA ATRIBUIÇÃO DE NOTAS
CAPÍTULO III Art. 77 – Os resultados do processo de avaliação
DO PROCESSO AVALIATIVO serão expressos em notas na escala de 1 (um) a 10
Art. 74 – A Avaliação, em seu caráter democrático, é (dez), sendo permitido apenas nota inteira ou
um aspecto fundamental e integrante da prática fracionada com meio ponto.
educativa no processo de ensino e aprendizagem, Art. 78 – As notas bimestrais atribuídas aos diferentes
tanto no que se refere aos professores quanto aos Componentes Curriculares serão discutidas no
alunos e seus responsáveis, estando diretamente Conselho de Classe e poderão ser modificadas após
vinculada aos objetivos do Projeto Político- a análise do desempenho do educando pela Equipe
Pedagógico da Unidade Escolar. Técnico-Administrativo-Pedagógica.
o
§ 1 - A Avaliação da aprendizagem deve focalizar os § 1º- No Ensino Fundamental, a avaliação do
conteúdos conceituais e factuais, assim como os processo educativo é resultado da análise do
procedimentais e atitudinais, visto que a escola tem aproveitamento global do aluno com preponderância
como objetivo o pleno desenvolvimento do educando. desta análise global sobre a visão particular dos
o
§ 2 - A auto-avaliação de todos os envolvidos no Componentes Curriculares.
processo deve ser promovida por constituir § 2º-As notas bimestrais do 4º e 5º ano de
instrumento importante para a tomada de decisões escolaridade do Ensino Fundamental e do Ciclo I e II
e/ou redimensionamento do trabalho. do Ensino Regular Noturno, serão atribuídas por Área

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Curricular, serão obtidas pela soma de 4(quatro) IV-ao final do ciclo III e IV do Ensino Regular Noturno,
instrumentos avaliativos diversificados, usados ao obtiver nota inferior a 5,0 (cinco) após recuperação e
longo do bimestre, atribuindo valores iguais. Conselho de Classe finais em qualquer um dos
§ 3º-As notas bimestrais do 6º ao 9º ano de Componentes Curriculares.
escolaridade do Ensino Fundamental e do Ciclo III e SEÇÃO IV
IV do Ensino Regular Noturno, atribuídas aos DA RECUPERAÇÃO
Componentes Curriculares, serão obtidas pela Art. 85 – O aluno terá direito à Recuperação Paralela
soma de 4 (quatro) instrumentos avaliativos em todas as áreas em que o seu desenvolvimento for
diversificados, usados ao longo do bimestre, considerado insatisfatório e a Recuperação Final
atribuindo valores iguais. quando obtiver média anual inferior a 6,0 (seis).
o
SEÇÃO III § 1 - Da Recuperação Paralela:
DA PROMOÇÃO E DA RETENÇÃO I-o planejamento da Recuperação Paralela é de
Art. 79 – A Promoção do aluno no Ensino responsabilidade do Professor e da Equipe Diretiva da
Fundamental será realizada em decorrência da Unidade Escolar;
avaliação do processo educativo e da apuração da II-a Recuperação Paralela deverá ocorrer mediante
assiduidade, conforme a legislação em vigor. revisões, esclarecimentos de dúvidas, reorientações
Art. 80 – Na Educação Infantil a avaliação deve ser de estudos e outras atividades inseridas no processo
feita mediante acompanhamento e registro do ensino e aprendizagem;
desenvolvimento da criança, sem objetivo de III-o aluno que obtiver nota inferior a 6,0 (seis) no
promoção, mesmo para o acesso ao Ensino decorrer do bimestre deverá ter seu desempenho
Fundamental. analisado e reavaliado em função dos objetivos
Art. 81 – O Ciclo de Alfabetização deve ser entendido anteriores, prevalecendo a nota da reavaliação
como um processo de aprendizagem contínuo, com sempre que esta for superior a nota anterior.
o
duração de 3 (três) anos, e sua avaliação deve ser § 2 - Da Recuperação Final:
feita mediante acompanhamento e registro do I-o planejamento da Recuperação Final é de
desenvolvimento do aluno podendo haver retenção responsabilidade do Professor e da Equipe Diretiva da
o
apenas ao final do 3 Ano de escolaridade; salvo em Unidade Escolar;
casos de freqüência inferior a 75% em que poderá II-a Recuperação Final deverá ocorrer mediante
haver retenção desde o 1º ano. revisões, esclarecimentos de dúvidas, reorientações
o o
Art. 82 – Os alunos do 4 e 5 ano de escolaridade do de estudos e outras atividades inseridas no processo
Ensino Fundamental e do Ciclo I e II do Ensino de ensino e aprendizagem;
Regular Noturno serão promovidos mediante: III-o aluno que obtiver nota inferior a 6,0 (seis) na
I-freqüência igual ou superior a 75 % (setenta e cinco Média Anual, terá direito a Recuperação Final;
por cento) do total de dias letivos, e média anual igual IV-será promovido o aluno que durante o período de
ou superior a 6,0 (seis) de aproveitamento nas Áreas Recuperação Final obtenha Média Final igual ou
Curriculares, obtida pelo somatório das notas dos superior a 5,0 (cinco), desde que tenha freqüência
quatro bimestres dividido por quatro; igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento)
II-freqüência igual ou superior a 75 % (setenta e cinco durante o ano letivo;
por cento) do total de dias letivos e média final igual V-a Média Final é obtida pelo somatório da Média
ou superior a 5,0 (cinco), obtida pelo somatório da Anual com o Resultado da Recuperação Final dividido
média anual com o resultado da recuperação final por 2(dois).
dividido por dois. SEÇÃO V
o o
Art. 83 – O aluno do 6 ao 9 ano de escolaridade do DA PROGRESSÃO PARCIAL
Ensino Fundamental e do Ciclo III e IV do Ensino Art. 86 – Fica instituída nas Unidades Escolares da
Regular Noturno serão promovidos mediante: Rede Municipal, a partir do 6º ano de escolaridade do
I-freqüência igual ou superior a 75 % (setenta e cinco Ensino Fundamental, a Progressão Parcial onde o
por cento) do total de dias letivos, e média anual, igual aluno poderá ser promovido com retenção em até
ou superior a 6,0 (seis) de aproveitamento em todos dois Componentes Curriculares simultâneos.
os Componentes Curriculares; § 1° - O aluno sob regime de Progressão Parcial
II-freqüência igual ou superior a 75 % (setenta e cinco quando promovido, no ano de escolaridade em que
por cento) do total de dias letivos média final igual ou esta cursando, nos Componentes Curriculares em
superior a 5,0 (cinco), obtida pelo somatório da média que também está fazendo Progressão Parcial, será
anual com o resultado da recuperação final dividido considerado promovido também na Progressão
por 02 (dois). Parcial.
o o
Art. - 84 - O aluno do 6 ao 9 ano de escolaridade do § 2° - O aluno sob regime de Progressão Parcial,
Ensino Fundamental e do Ciclo III e IV do Ensino quando retido em um ou dois Componentes
Regular Noturno será considerado retido quando: Curriculares da Progressão Parcial e também nos
I-obtiver nota inferior a 5,0 (cinco) em 03 (três) ou mesmos Componentes Curriculares no ano de
mais Componentes Curriculares após a recuperação escolaridade em curso, deverá permanecer em
e Conselho de Classe finais; Progressão Parcial, isto é, será matriculado no ano
II-a assiduidade for inferior ao limite legal estabelecido seguinte com Progressão Parcial em um ou nos dois
– mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de Componentes Curriculares.
freqüência às atividades escolares; § 3°- Quando retido nos dois Componentes
III-exclui-se do inciso I deste artigo, o ciclo III e IV do Curriculares da Progressão Parcial e retido nos
Ensino Regular Noturno; mesmos Componentes Curriculares, acrescido da

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retenção em outro(s) Componentes(s) Curricular (es) Noturno ou de qualquer ano de escolaridade do
diferente(s) do ano de escolaridade em curso, deverá ensino Fundamental, terá como base os
o aluno ficar retido no último ano de escolaridade Componentes Curriculares de âmbito nacional e
cursado, isto é, será matriculado novamente no ano ocorrerá nas seguintes situações:
de escolaridade que estava cursando, fazendo I-transferência entre Unidades Escolares situadas no
novamente a Progressão Parcial anterior. país ou em países estrangeiros;
Art. 87 – O professor deverá apresentar à Equipe II-o aluno regularmente matriculado em Unidade
Diretiva o planejamento da Progressão Parcial Escolar que tiver sido retido por insuficiência de
contendo nome do Professor Regente, o nome do freqüência e que demonstre rendimento escolar
aluno, a estratégia e o plano de avaliação. superior ao mínimo previsto neste Regimento para a
Art. 88 – A Unidade Escolar poderá utilizar as promoção;
seguintes estratégias: III-aluno do Ensino Fundamental com Progressão
I-freqüência em turmas de outro turno (contra Parcial que deseja transferir-se para o Ensino Regular
turno); Noturno.
II-programas de estudo. Art. 95- A Reclassificação dependerá de uma
Art. 89 – O aluno sob regime de Progressão Parcial avaliação cuidadosa e específica, realizada pelo
conservará o direito de transferir-se para qualquer professor, Orientação Pedagógica e Educacional da
outro estabelecimento de ensino. Unidade Escolar, que possibilite a adequação do
Parágrafo Único – Na documentação de aluno ao ano do Ciclo de Alfabetização, do ciclo de
transferência do aluno deverão constar os Ensino Regular Noturno ou de qualquer ano de
Componentes Curriculares que caracterizam o regime escolaridade do Ensino Fundamental de acordo com
de Progressão Parcial. o nível de conhecimento apresentado e, em se
Art. 90 – O regime de Progressão Parcial não se tratando de aluno transferido de outras Unidades
aplicará ao Ensino Regular Noturno. Escolares, deverá ainda ser feita uma análise do
Art. 91 – O aluno que ao término do 9º ano de conteúdo curricular cursado e do histórico escolar.
escolaridade do Ensino Fundamental ainda estiver em Parágrafo Único – A Reclassificação dependerá da
regime de Progressão Parcial, poderá no ano letivo ciência e aprovação do responsável ou do próprio
seguinte, ser matriculado em qualquer Unidade aluno, se maior de idade, mediante a assinatura de
Escolar da Rede Municipal, exclusivamente para termo de autorização/concordância que deverá ser
cursar o(s) Componente(s) Curricular (es) no(s) qual arquivado na pasta do aluno.
(ais) não obtiver promoção. Art. 96 – Para fins de documentação escolar, o
Parágrafo Único – O certificado de conclusão do resultado da Reclassificação do aluno, deverá ser
Ensino Fundamental só será emitido após a registrado na ficha individual do aluno, na ata de
promoção na Progressão Parcial. resultados finais, no livro de regularização de vida
SEÇÃO VI escolar e no histórico escolar, devendo constar na
DA CLASSIFICAÇÃO pasta do aluno o parecer pedagógico elaborado pela
Art. 92– O aluno poderá ser classificado no Ciclo de Orientação Pedagógica e Educacional.
Alfabetização, no Ciclo de Ensino Regular Noturno ou SEÇÃO VIII
em qualquer ano de escolaridade do Ensino DO AVANÇO DE ESTUDOS
Fundamental até 30(trinta dias) dias após o início do Art. 97 – O aluno matriculado regularmente na Rede
ano letivo. Municipal de Ensino, que obtiver desempenho escolar
§ 1° - A classificação se aplicará nos casos em que o extraordinário, poderá ser avaliado pelo(s) professor
aluno não tenha ou não possa comprovar sua vida (es), Orientação Pedagógica e Educacional da
escolar anterior e dependerá de avaliação específica, Unidade Escolar com vistas ao avanço de estudos.
elaborada e aplicada pelo professor, Orientação Parágrafo Único – O avanço de estudo é um
Pedagógica e Educacional, devendo estar de acordo procedimento pedagógico que visa à adequação do
com o Projeto Político-Pedagógico da Unidade aluno ao ano do Ciclo de Alfabetização, dos Ciclos de
Escolar. Ensino Regular Noturno ou de qualquer ano de
§ 2° - A avaliação deverá abranger os conteúdos da escolaridade do Ensino Fundamental de acordo com
Base Comum Nacional e a Proposta Pedagógica da seu nível de conhecimento.
Secretaria Municipal de Educação. Art. 98 – Na Classe de Alfabetização do Ensino
§ 3° - O responsável pelo aluno ou este, se maior, Regular Noturno poderá haver avanço de estudos, ao
deverá declarar, por escrito e sob as penas da lei, a término do primeiro semestre, mediante uma
inexistência ou a impossibilidade justificada, de avaliação específica e cuidadosa elaborada pelo(s)
comprovar a vida escolar anterior do aluno. professor(es), Orientação Pedagógica e Educacional.
Art. 93 – O resultado da classificação, deverá Art. 99 – É vedado o avanço de estudos quando o
ser registrado na ata de resultados finais, no livro aluno tiver sido retido no ano letivo anterior, inclusive
de regularização de vida escolar e no histórico quando se tratar de transferência de outra Unidade
escolar, bem como deverá constar na pasta do aluno Escolar.
o parecer pedagógico elaborado pela Orientação Art. 100 – O avanço de estudos, deverá ser
Pedagógica e Educacional registrado na ata de resultados finais, no livro de
SEÇÃO VII regularização de vida escolar e no histórico escolar do
DA RECLASSIFICAÇÃO aluno, devendo ser arquivado na pasta do aluno o
Art. 94– O processo de reclassificação de aluno do parecer pedagógico elaborado pela Orientação
Ciclo de Alfabetização, do Ciclo de Ensino Regular Pedagógica e Educacional.

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Art.101– A Secretaria Municipal de Educação baixará aluno representante de turma e demais membros da
Normas Complementares a este Regimento, Comunidade Escolar.
regulamentando os casos omissos. Parágrafo Único- A participação dos alunos
CAPÍTULO IV representantes de turma e de outros membros da
DO CONSELHO DE CLASSE E DAS REUNIÕES Comunidade Escolar dar-se-á apenas durante a
PEDAGÓGICAS discussão global dos aspectos que envolvem o
SEÇÃO I Processo Ensino e Aprendizagem, do planejamento
DO CONSELHO DE CLASSE e/ou replanejamento das ações da Unidade Escolar,
Art. 102 – O Conselho de Classe, de instância da situação da Unidade Escolar e da turma de modo
deliberativa, situa-se no contexto do Processo Ensino geral.
e Aprendizagem como fator integrador da Ação Art.108– As reuniões do Conselho de Classe serão
Técnico-Administrativo-Pedagógica e avaliativo, numa registradas em atas que, depois de aprovadas, serão
concepção sistemática e contínua, constituindo-se assinadas por todos os presentes.
o
instrumento de mudanças desejadas no processo § 1 - Os registros decorrentes do Conselho de Classe
educacional. só serão válidos quando observado um quorum
Art. 103 – O Conselho de Classe, tendo em vista o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento)
aperfeiçoamento do Processo Educativo, atenderá as considerando a Equipe Técnico-Administrativo-
seguintes finalidades: Pedagógica.
o
I-promover a avaliação permanente e global do § 2 - As decisões do Conselho de Classe serão
processo educativo; soberanas, preponderando o princípio do coletivo
II-possibilitar a análise da problemática específica da sobre o individual.
Unidade Escolar e do aluno, do aproveitamento Art. 109 - Após o Conselho de Classe Final, os casos
individual e global nas turmas, detectando as causas específicos de retenção na série ou de Progressão
do alto ou baixo Rendimento Escolar; Parcial deverão ser registrados em relatório individual
III-permitir uma visão real do aluno, obtida através de do aluno, onde o professor deverá apontar as causas
observações criteriosas, precisas e relevantes, que o levaram à retenção.
fornecidas pela Equipe Técnico-Administrativo- Parágrafo Único: O relatório individual deverá ser
Pedagógica e demais membros da Comunidade arquivado na pasta individual do aluno devidamente
Escolar; assinado pelo Professor Regente, Orientador
IV-analisar, em conjunto, a atribuição de Notas e o Educacional e Orientador Pedagógico.
desempenho do aluno face aos objetivos propostos e Art. 110 - As convocações dos participantes para as
aos critérios estabelecidos para sua promoção; reuniões dos Conselhos de Classe serão feitas por
V-estimular o desenvolvimento da capacidade de escrito e com antecedência mínima de 07 (sete) dias.
reflexão crítica, possibilitando uma contínua auto- SEÇÃO II
avaliação da metodologia pela Equipe Técnico- DAS REUNIÕES PEDAGÓGICAS
Administrativo-Pedagógica e da Comunidade Escolar; Art .111 – As Reuniões Pedagógicas constituem-se
VI-redigir, reformular ou replanejar a sistemática de em momentos de reflexão e discussão sobre as
trabalho, sempre que necessário; práticas educativas, contribuindo para as relações
VII-possibilitar clima favorável à troca de experiências pedagógicas e de construção do conhecimento,
e ao entrosamento mais harmonioso de seus objetivando a melhoria da qualidade da ação
integrantes; educativa.
VIII-propor soluções para os problemas levantados Parágrafo Único – Entende-se como Reuniões
e/ou identificados, através da ação conjunta de todos Pedagógicas os Grupos de Estudos e os espaços
os seus membros; destinados à reflexão/ação pedagógica, promovidos
IX-propor ações que visem à eficácia do trabalho pela Unidade Escolar, bem como, pela Secretaria
desenvolvido, contribuindo para a melhoria de todo Municipal de Educação.
processo ensino e aprendizagem. Art. 112– As Reuniões Pedagógicas deverão atender
Art. 104 – O Conselho de Classe se reunirá, aos seguintes objetivos:
obrigatoriamente, a cada bimestre e o período das I-refletir sobre a prática educativa, fazendo
reuniões deverá constar no Calendário Escolar da constantemente a leitura da realidade, cultivando a
Unidade de Escolar. postura de quem ensina e aprende, num movimento
Art. 105 - O quinto Conselho de Classe será constante de auto-avaliação e produção de
destinado à análise dos resultados da Recuperação conhecimento;
Final. II-fomentar as competências técnicas e teóricas que
Art.106 - Haverá convocação extraordinária do irão contribuir para as mudanças e transformações a
Conselho de Classe pela Equipe Diretiva: serem realizadas no Processo Educativo;
o –
§ 1 Sempre que houver um percentual igual ou III-possibilitar a formação permanente da Equipe
superior a 20% (vinte por cento) de alunos com nota Técnico-Administrativo-Pedagógico e Equipe de
inferior a 6 (seis), ao final do 2º bimestre; com objetivo Apoio;
de traçar ações de intervenção, junto com a IV-oportunizar a participação coletiva da Unidade
Secretaria Municipal de Educação. Escolar na discussão, elaboração e implementação
o
§ 2 – Em casos de extrema relevância, com a do Projeto Político-Pedagógico;
participação da Secretaria Municipal de Educação. V-Incentivar o intercâmbio entre os profissionais da
Art.107 – O Conselho de Classe será constituído pela Unidade Escolar, valorizando as relações
Equipe Técnico-Administrativo-Pedagógica, pelo interpessoais;

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VI-manter o fluxo de comunicação quanto ao acervo I-inicial: é a primeira matrícula na vida escolar do
do material existente, assim como os informes aluno;
enviados pela Secretaria Municipal de Educação. II-renovada: é feita no mesmo estabelecimento de
TÍTULO IV ensino após conclusão do período anterior, qualquer
DO REGIME ESCOLAR que tenha sido o resultado ou após interrupção de
CAPÍTULO I estudos;
DO CALENDÁRIO ESCOLAR III-transferência: quando o aluno passa de um
Art. 113 – O início e o término do Ano Letivo serão estabelecimento de ensino para outro ;
fixados pela Secretaria Municipal de Educação, em IV-situações especiais: aluno matriculado até 90
conformidade com a Legislação vigente. (noventa dias) dias, após o primeiro bimestre, sem ter
o
§ 1 - O ano letivo, independente do ano civil, terá no sido matriculado em outro estabelecimento de ensino.
mínimo 200 (duzentos) dias letivos e 800 (oitocentas) Art. 119 – A matrícula do aluno com necessidades
horas de trabalho escolar efetivo. educacionais especiais deve ser assegurada,
o
§ 2 - As Unidades Escolares ficarão abertas à preferencialmente, na Rede Regular de Ensino,
comunidade de janeiro a dezembro a fim de conforme critérios fixados nas determinações legais
possibilitar o atendimento ao público, de acordo com vigentes, e notificada ao órgão próprio da Secretaria
os horários pré-estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação para o planejamento do
Municipal de Educação. atendimento.
o
§ 3 - Cabe às Unidades Escolares, a partir do Art. 120 – No ato da matrícula deverão ser
Calendário Escolar estabelecido pela Secretaria apresentados os documentos abaixo discriminados:
Municipal de Educação, elaborar o seu próprio I-fotocópia do Registro de Nascimento ou da Carteira
calendário, atendendo às especificidades locais, de Identidade;
submetendo-o à avaliação da Secretaria Municipal de II-declaração da Unidade Escolar de origem e/ou
Educação. Histórico Escolar;
Art.114 – Todas as atividades planejadas pela III-02 (dois) retratos recentes 3x4;
Unidade Escolar deverão constar no Calendário IV-cartão de vacinação e tipo e fator sangüíneo;
Escolar. V-certificado de alistamento militar, para alunos do
Parágrafo Único - Os dias estabelecidos para as sexo masculino maior de 18 anos;
Reuniões Pedagógicas, Grupos de Estudos, Conselho VI-comprovante de residência.
de Classe, elaboração de relatório, atividades § 1º-A ausência de qualquer documento não impede
extracurriculares, bem como os períodos destinados a freqüência do aluno, entretanto a matrícula somente
às reuniões bimestrais com responsáveis, deverão se concretiza com a apresentação de todos os
constar no Calendário Escolar. documentos, num prazo determinado de 30(trinta)
CAPÍTULO II dias.
DA ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS § 2º-O Histórico Escolar deverá ser apresentado num
Art. 115 – O número de alunos por turma obedecerá prazo de 30 (trinta) dias após a realização da
às normas legais, emanadas da Secretaria Municipal matrícula.
de Educação em consonância com o Conselho § 3º-No caso de absoluta impossibilidade de
Municipal de Educação. apresentação do histórico escolar, a Unidade Escolar
Parágrafo Único - A Unidade Escolar poderá deverá utilizar recurso legal de classificação.
agrupar, nas atividades em que for recomendável e Art. 121– É expressamente vedado à Unidade
permitido pelas normas legais, os alunos de mesmo Escolar condicionar a matrícula a quaisquer
nível de desenvolvimento e de conhecimento, exigências adicionais às previstas pela Legislação em
independentemente de séries. vigor.
Art.116 – Para a organização das turmas será Art. 122 – É nula de pleno direito, sem qualquer
considerada: responsabilidade para a Unidade Escolar, a matrícula
I-a faixa etária dos alunos; feita com documentação falsa ou adulterada, sendo
II-o nível de escolaridade; passível o responsável de arcar com as sanções que
III-o atendimento aos alunos com necessidades a Lei determina.
educacionais especiais; Parágrafo Único - O aluno emancipado, ou maior de
IV-as condições físicas da sala de aula. idade fica sujeito à mesma sansão estabelecida no
CAPÍTULO III artigo anterior.
DA MATRÍCULA Art. 123 – Ao assinar o requerimento de matrícula, o
Art. 117 – A matrícula na Unidade Escolar Pública responsável pelo aluno aceita e obriga-se a respeitar
Municipal é gratuita e deve ser requerida pelo aluno, as determinações deste Regimento, que está a
quando maior ou emancipado, ou pelo responsável, disposição na Unidade Escolar para tomada de
em caso de aluno menor e não emancipado, em conhecimento.
época própria, de acordo com as Diretrizes fixadas Parágrafo Único – O mesmo dispositivo se aplica ao
pela Secretaria Municipal de Educação. aluno emancipado ou maior de idade.
Parágrafo Único: Em caráter especial, a matrícula CAPÍTULO IV
pode ser requerida em qualquer época e concedida DAS TRANSFERÊNCIAS E ADAPTAÇÕES
pela Unidade Escolar, sempre que haja Art. 124 – Será admitida transferência durante o ano
disponibilidade de vaga. letivo nas Unidades Escolares da Rede Municipal:
o
Art. 118 – A matrícula pode ser: § 1 - No Ensino Fundamental – até 30 (trinta) de
Setembro e após esta data, por motivos relevantes.

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§ 2 - Aos alunos oriundos de Curso de Suplência de CAPÍTULO II
outras Unidades Escolares para o Ensino DOS OBJETIVOS E FORMAS
Fundamental diurno ou noturno, somente no início do Art.134 - A escrituração e o arquivamento dos
período letivo e em ano de escolaridade subseqüente documentos escolares têm como finalidade
à concluída. assegurar, em qualquer tempo a verificação de:
Art. 125 – A transferência de aluno oriundo do a)identidade de cada aluno;
estrangeiro será efetuada mediante as determinações b)regularidade e autenticidade de vida escolar.
legais vigentes, tendo por base as Normas Art.135 - Os atos escolares, para efeito de registro,
Curriculares gerais. comunicação de resultados e arquivamento, serão
Art. 126 – A transferência relativa a Educação escriturados em livros e fichas pertinentes.
Especial atenderá aos critérios estabelecidos para a Parágrafo Único: A Unidade Escolar poderá
matrícula. substituir a forma de escrituração pelo registro
CAPÍTULO V informatizado, desde que resguardadas as
DA FREQÜÊNCIA características e a autenticidade e aprovada a
Art. 127 – O controle da freqüência é de solicitação deste procedimento pela Secretaria
responsabilidade da Unidade Escolar, respeitando os Municipal de Educação.
dispositivos da Legislação em vigor. SEÇÃO I
o
§ 1 - A apuração da freqüência do aluno será DOS INSTRUMENTOS DE REGISTRO
calculada sobre o total da carga horária letiva. Art.136 - Os livros de escrituração escolar
o
§ 2 - Cabe à Unidade Escolar informar, à Secretaria conterão termos de abertura e encerramento,
Municipal de Educação, através de comunicado oficial imprescindíveis à identificação e comprovação dos
a baixa assiduidade dos educandos depois de atos que se registrarem, datas e assinaturas que os
esgotadas todas as medidas cabíveis. autentifiquem, assegurando, em qualquer tempo, a
o
§ 3 - Para os casos de inassiduidade, a Equipe identidade do aluno, regularidade e autenticidade de
Diretiva deve tomar as medidas necessárias, visando vida escolar.
a regularização da vida escolar do aluno. Art.137- A Unidade Escolar deverá dispor de
Art. 128 – É assegurado aos alunos com idade de 06 instrumentos e escrituração, referentes à
(seis) anos completos ou a completar até 31 (trinta e documentação escolar, aos assentamentos
um) de março, que freqüentam as Unidades individuais de alunos, professores e funcionários, à
Escolares de Educação Infantil (Pré-Escolar) o incineração e outras ocorrências que requeiram
o
remanejamento para o 1 ano de escolaridade de registros.
Ensino Fundamental, sem retenção por freqüência. Art.138 - São documentos escolares e de registro:
TÍTULO V I-histórico escolar;
DA SECRETARIA ESCOLAR II-boletim escolar;
Art. 129 - A secretaria escolar está subordinada à III-livro de matrícula;
direção e é encarregada do serviço de escrituração e IV-livro ata de resultados finais;
registro escolar, de pessoal, de arquivo, de fichário e V-livro ata de Conselho de Classe;
preparação da correspondência do estabelecimento. VI-livro ata de reuniões;
Art.130 - A secretaria escolar funcionará de janeiro a VII-livro ata de regularização de vida escolar;
dezembro dentro do horário estabelecido pela VIII-livro ata de incineração;
Secretaria Municipal de Educação. IX-livro de recebimento e expedição de histórico
CAPÍTULO I escolar;
ESCRITURAÇÃO ESCOLAR X-livro de ponto;
Art.131- Arquivo escolar é o conjunto de documentos XI-livro de observações diárias;
e informações que comprovam, inequivocadamente, a XII-livro de protocolo;
identidade e os fatos relativos à escolaridade de cada XIII-mapa estatístico;
aluno e do conjunto de alunos da Unidade Escolar. XIV-termo de compromisso e de responsabilidade;
Parágrafo Único: O arquivo escolar deve estar XV-declarações e atestados;
rigorosamente organizado e permanentemente em XVI-requerimento para atendimento domiciliar;
condições de fácil acesso e pronta consulta pela XVII-arquivo de legislação;
própria administração da Unidade e pelos XVIII-arquivo de inventário
supervisores do Poder Público. XIX-pasta de termos de visita;
Art.132 - O arquivo escolar deve observar as XX-material de arquivamento eletrônico;
seguintes formas de organização: XXI-regimento escolar;
I-arquivo de movimento ou arquivo vivo: de utilização XXII-Projeto Político Pedagógico;
corrente e passível de assentamentos referentes aos XXIII-ficha individual de matrícula;
alunos com escolarização em processo na Unidade; XXIV-relatório individual;
II-arquivo permanente ou arquivo em desuso: XXV-diário de classe;
referente aos alunos que já saíram da Unidade XXVI-censo escolar.
Escolar, tendo ou não concluído o curso, constituído SEÇÃO II
de toda a documentação da vida escolar do aluno, DA INCINERAÇÃO
organizado em consonância com o arquivo vivo. Art.139 - A incineração consiste no ato de queima de
Art.133 - Nenhum documento poderá ser retirado dos documentos, até redução em cinzas, que não
arquivos da Unidade Escolar sob qualquer pretexto. necessitam mais permanecer em arquivo.

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§ 1 - Poderão ser incinerados os seguintes I-atender às Legislações em vigor, não fumando nas
documentos de duração temporária: dependências da Unidade Escolar;
I-diário de classe - após 5 (cinco) anos; II-respeitar os alunos e Comunidade, não tomando
II-planejamento didático-pedagógico – após 2 (dois) atitudes que causem constrangimentos, sendo
anos; vedado aplicação de penalidades de expulsão;
III-calendário escolar – após 2 (dois) anos; III-ter atitudes de responsabilidade não incitando,
IV-declaração provisória de transferência, após direta ou indiretamente, os alunos à falta coletiva, por
entrega do documento definitivo; qualquer que seja o motivo;
V-outros documentos, desde que vencido o prazo de IV-comunicar à Unidade Escolar seu afastamento, no
validade. prazo de 24 (vinte e quatro) horas;
o
§ 2 - Documentos que devem ser preservados por V-inibir a divulgação de programa e propaganda
tempo indeterminado: político-partidário;
I-fotocópia da certidão de nascimento e de outros VI-agir de acordo com os princípios de conduta ética e
documentos de identificação e qualificação pessoal; convivência, respeitando o local de trabalho.
II-documentos que comprovem a matrícula, Parágrafo Único - Na infringência dos itens expostos
desligamento ou transferência do aluno, inicial ou por acima, os Profissionais estarão sujeitos às
renovação; penalidades da Legislação Municipal vigente.
III-ficha individual; Art. 148 – A Secretaria Municipal de Educação
IV-fotocópia de documentação expedida sobre o editará Portarias, Resoluções ou Instruções
aluno por transferência ou conclusão de curso; Complementares que regulamentarão este Regimento
V-documentos referentes à Progressão Parcial; Escolar, quando necessário.
VI-documentos comprobatórios sobre a classificação Art. 149 – Os casos omissos neste Regimento serão
e reclassificação de alunos; analisados pela Secretaria Municipal de Educação,
VII-atos oficiais referentes à situação individual de com o respaldo nas Leis e/ou consulta aos Órgãos
alunos e funcionários; Competentes.
VIII-atas em sua totalidade; Art. 150 – Este Regimento entrará em vigor após
IX-livros de assentamento escolar; registro em cartório, e divulgação pela Secretaria
X-livros de ponto; Municipal de Educação, sendo revogado o documento
XI-mapa estatístico. anterior.
Art.140 - O ato de incineração dos documentos será
lavrado em ata assinada pela Equipe Diretiva e
demais funcionários presentes.
SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE E AUTENTICIDADE ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Art.141 - Ao Diretor e ao Secretário compete a PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
responsabilidade por toda escrituração e expedição SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
de documentos escolares, bem como a autenticação
dos mesmos, pela aposição de suas assinaturas.
Art.142 - Todos os funcionários serão responsáveis, DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 01/2005
na respectiva órbita de competência, pela guarda e Fixa normas para organização da Educação
inviolabilidade dos arquivos, documentos e Básica no Sistema Municipal de Ensino
escrituração escolares.
TÍTULO VI O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E DUQUE DE CAXIAS, o uso de suas atribuições legais
FINAIS e considerando:
Art. 143 - A documentação da Unidade Escolar e da - o Decreto nº 4238/03 que implementa o Sistema
vida escolar dos alunos, bem como o cadastro de Municipal de Ensino.
funcionários arquivados na secretaria é de uso - as disposições da Lei Federal nº 9394/96 em especial
exclusivo da Unidade Escolar e dos responsáveis pelo o inciso II do Artigo 12,
seu funcionamento, sendo vedado o seu manuseio e
a sua utilização por pessoas estranhas ao serviço. DELIBERA:
Art. 144 - Todo material permanente adquirido com TÍTULO I
verbas do orçamento público, de doação e/ou outras Das Etapas da Educação Básica
fontes, faz parte do patrimônio da Unidade Escolar, Art. 1º A educação básica no Município de Duque de
devendo ser numerado e registrado em livro próprio. Caxias compõe-se de:
Art. 145 - Compete a todos os Profissionais da I- educação infantil, formada por creches e pré-escolas;
Educação zelar pelo bom uso e conservação do II- ensino fundamental.
material que lhes for confiado. TÍTULO II
Art. 146 - É garantido aos Profissionais da Unidade Das Disposições Preliminares
Escolar e alunos e/ou responsáveis o direito de Art.2º A educação básica tem por finalidade
ciência e defesa, mediante qualquer tipo de desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação
advertência. comum indispensável para o exercício da cidadania e
Art. 147 - Todo Servidor Público em exercício nas fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
Unidades Escolares Municipais deverá observar o estudos posteriores.
cumprimento dos seguintes procedimentos:

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Art.3º A educação básica poderá organizar-se em VI- a verificação do rendimento escolar observará os
séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância seguintes critérios:
regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
com base na idade, na competência e em outros aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
critérios, ou por forma diversa de organização, sempre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
que o interesse do processo de aprendizagem assim sobre os de eventuais provas finais;
recomendar. b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos
Parágrafo Único: O calendário escolar deverá com atraso escolar;
adequar-se às peculiaridades locais, inclusive c) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
climáticas e econômicas, sem com isso reduzir o preferência paralelos ao período letivo, para os casos
número de horas letivas previstos nesta Deliberação. de baixo rendimento escolar;
Art. 4º A educação básica, no nível fundamental será d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
organizada de acordo com as seguintes regras e) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
comuns: mediante verificação do aprendizado, por processo de
I- a carga horária mínima anual será de oitocentas reclassificação, que poderá ocorrer até o final do 1º
horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de (primeiro) bimestre, nos termos do inciso V do Art. 4º
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado desta Deliberação.
aos exames finais quando houver; VII- o controle de freqüência fica a cargo da escola,
II- a classificação em qualquer ano de escolaridade, com registro próprio em diário de classe, exigida a
exceto no primeiro do ensino fundamental, pode ser freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)
feita: do total de horas letivas para aprovação;
a) por promoção, para alunos que cursaram com VIII- cabe a cada instituição de ensino expedir
aproveitamento o ano de escolaridade ou fase anterior, históricos escolares, declarações de conclusão do ano
na própria escola; de escolaridade e certificados de conclusão do ensino
b) por transferência, para candidatos procedentes de fundamental, comas especificações cabíveis.
outras escolas; Art. 5ºA formação de turmas obedecerá à seguinte
c) independentemente de escolarização anterior, composição:
mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau Ensino Fundamental
de experiência do candidato e permita sua inscrição no 1º ano de escolaridade..................................25 alunos
ano de escolaridade. 2º ano de escolaridade..................................25 alunos
III- a classificação que trata o inciso anterior ocorrerá 3º ano de escolaridade..................................25 alunos
anualmente, no ato da matrícula, observadas as 4º ano de escolaridade..................................35 alunos
seguintes condições: 5º ano de escolaridade..................................35 alunos
a) em se tratando de aluno que cursou o ano letivo 6º ano ao 9º ano de escolaridade..................40 alunos
anterior na mesma unidade escolar, será respeitado o §1º Os quantitativos por turma da Educação Infantil,
resultado final; serão objeto de legislação específica.
b) se for oriundo de outra unidade escolar, deverá ser §2º Estes quantitativos não se aplicam às classes
respeitado o resultado o final do histórico escolar de multiseriadas, classes de educação especial e turmas
origem; regulares com alunos inclusos, cujo limite de alunos
c) em se tratando de histórico escolar ignorado, o será definido pela legislação específica deste
responsável pelo aluno ou o próprio aluno, se maior de Conselho, de maneira que o processo ensino-
idade, assinará Termo de Responsabilidade aprendizagem não sofra prejuízo.
declarando, sob as penas da lei, a impossibilidade de Art. 6º O currículo do ensino fundamental obedece à
comprovar a vida escolar anterior do referido aluno que base nacional comum, estabelecida pela Resolução
será avaliado pela equipe pedagógica e ratificado pelo CNE/CEB nº 02/98 e é complementada pela parte
supervisor da unidade escolar, devendo todo diversificada estabelecida pela matriz curricular.
expediente ser arquivado na pasta individual do aluno. §1ºO currículo a que se refere o caput deve abranger,
IV- poderão organizar-se classes ou turmas com alunos obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da
de séries distintas, com níveis equivalentes de matemática, o conhecimento do mundo físico e natural,
adiantamento na matéria para ensino de línguas da realidade social e política, especialmente do Brasil,
estrangeiras, arte ou outros componentes curriculares do Estado do Rio de Janeiro e do Município de Duque
que integram a parte diversificada. de Caxias, o ensino sobre História e Cultura Afro-
V- uma vez classificado no ato da matrícula nos termos Brasileira.
do inciso II do artigo 4º, aluno poderá serreclassificado §2º O conteúdo programático a que se refere o
no mesmo ano letivo para uma outra série, ciclo ou §1ºdeste artigo incluirá o estudo da História da África e
período, sempre respeitando o desenvolvimento do dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
processo de aprendizagem e a idade mínima negra brasileira e do negro na formação da sociedade
estabelecida para a série, ciclo ou período a fim de nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas
minimizar a distorção série / idade. áreas social, econômica e política pertinentes a História
Parágrafo Único. Para o procedimento de do Brasil.
reclassificação, o aluno deverá ser submetido à §3º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-
avaliação pela equipe pedagógica e ratificado pelo Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o
supervisor da unidade escolar, devendo todo currículo escolar, em especial nas ares de Arte e de
expediente ser arquivado na pasta individual do aluno. Literatura e História Brasileira.

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§4º Os conteúdos curriculares da educação básica unidade escolar, assegurando o respeito a diversidade
observarão, ainda as seguintes diretrizes: cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas
I- a difusão de valores fundamentais ao interesse de proselitismo.
social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito Art.13A jornada escolar no ensino fundamental incluirá
ao bem comum e à ordem democrática; pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de
II- consideração das condições de escolaridade dos aula.
alunos em cada estabelecimento; Art.14O resultado da análise do processo de avaliação
III- formação integral do homem que lhe permita as será registrado de acordo com a forma adotada pelo
condições necessárias para uma leitura crítica de regimento escolar da rede municipal de ensino.
mundo, para contar e representar seu mundo social e TÍTULO V
físico, para o estabelecimento de uma sociabilidade Da Educação Especial
solidária; Art. 15 Entende-se por educação especial, para os
IV- promoção do desporto educacional e apoio às efeitos desta Deliberação, a modalidade de educação
práticas desportivas não –formais; escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
V- promoção da educação patrimonial histórica, cultural ensino, para educandos com necessidades
e arqueológica. educacionais especiais.
TÍTULO III § 1ºO currículo da educação especial obedece as
Educação Infantil Diretrizes Nacionais para Educação Especial,
Art. 8º A educação infantil, primeira etapa da educação estabelecidas pela Resolução CNE/CEB nº 02/01; e
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral normas complementares baixadas pelo Sistema
da criança até completar 6 (seis) anos de idade, em Municipal de Ensino.
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, § 2º Haverá quando necessário, serviços educacionais
complementando a ação da família e da comunidade. de apoio especializado, na escola regular para atender
Parágrafo Único. Os currículos da educação infantil às peculiaridades da clientela de educação especial.
obedecem às Diretrizes Curriculares Nacionais § 3º O ensino será feito em classes, em função das
estabelecidas pela Resolução CNE/CEB nº 01/99 e condições específicas dos alunos, quando não for
normas complementares baixadas pelo Sistema possível a sua inserção nas classes comuns do ensino
Municipal de Ensino. regular.
Art. 9º A educação infantil será oferecida em: Art. 16 Na educação especial a avaliação far-se-
I- creches, ou entidades equivalentes, para crianças de ámediante acompanhamento o registro do seu
até três anos de idade; desenvolvimento, em seus aspectos físico, psicológico,
II- pré-escola, para a criança de quatro a cinco anos e intelectual e social.
onze meses de idade. TÍTULO VI
Art. 10 Na educação infantil a avaliação far-se-á Da Educação de Jovens e Adultos
mediante acompanhamento e registro do seu Art. 17A educação de jovens e adultos será destinada
desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
para o acesso ao ensino fundamental. estudos no ensino fundamental na idade própria.
TÍTULO IV Parágrafo único. Será assegurada gratuitamente aos
Do Ensino Fundamental jovense aos adultos, que não puderam efetuar os
Art.11 O ensino fundamental, com duração mínima de estudos na idade regular, oportunidade educacional
nove anos, obrigatório e gratuito na escola pública a apropriada, inclusive oferta de ensino regular,
partir dos seis anos de idade, terá por objetivo a consideradas as características do aluno, seus
formação básica do cidadão, mediante: interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
I- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo cursos e exames.
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da Art. 18O Sistema Municipal de Ensino poderá manter
escrita e do cálculo; cursos e exames supletivos, que compreenderem a
II- a compreensão do ambiente natural e social, do base nacional comum do currículo, habilitando ao
sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores prosseguimento de estudos em caráter regular, com
em que se fundamenta a sociedade; finalidade de minimizar a distorção série / idade.
III- o desenvolvimento da capacidade de Parágrafo ÚnicoOs exames a que se refere este artigo
aprendizagem, tendo em vista a aquisição de realizar-se-ão no nível de conclusão do ensino
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes fundamental, para os maiores de quinze anos.
e valores; TÍTULO VI
IV- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços Das Disposições Gerais
de solidariedade humana e da tolerância recíproca em Art.19Fica estabelecido o prazo de trinta dias contados
que se assenta a vida social. a partir da publicação desta Deliberação para que o
§ 1º O ensino fundamental poderá organizar-se em Regimento Interno das Unidades Escolares sejam
ciclo, etapa, série ou em outra forma adotada pelo adequados à nova legislação.
regimento escolar da rede municipal de ensino. Art.20 Esta Deliberação entra em vigor na data de sua
§ 2º O ensino fundamental será presencial, sendo o publicação, revogadas as disposições em contrário.
ensino a distância utilizado como complementação da
aprendizagem ou em situações emergenciais. Conclusão da Câmara
Art. 12 O ensino religioso, de matrícula facultativa é A Câmara do Ensino Fundamental acompanha o voto
parte integrante da formação básica do cidadão será do Relator.
definido no projeto político-pedagógico de cada Conselheira Margarete Mota da Silva – Relatora

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Conselheira Carla Borges de Almeida -Membro mínimos.
Conselheira Marluce Gomes da Silva – Membro Parágrafo único. Os recursos provenientes de fundos
Conselheiro João Wesley Trigo Lage – Presidente públicos previstos no Art. 213 da Constituição Federal
serão destinados preferencialmente para os Centros
Conclusão do Plenário Comunitários de Educação Infantil.
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade Art. 4º - A entidade mantenedora é responsável pela
nos termos da Lei Municipal nº 1869 de 15/04/2005. gestão pedagógica e administrativa das instituições de
ensino para crianças de 0 ( zero) a 5 ( cinco ) anos e 11
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 24 de ( onze ) meses, respeitada a legislação do sistema ao
novembro de 2005. qual está integrada.
Art. 5º- Todas as instituições de ensino que educam e
cuidam, exclusivamente, de crianças de 0 ( zero ) a 5 (
cinco ) anos e 11 (onze ) meses, localizadas no
município de Duque de Caxias , devem ser
ESTADO DO RIO DE JANEIRO autorizadas, supervisionadas e avaliadas pelo Sistema
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Municipal de Ensino, por meio dos seus órgãos
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO próprios, de acordo com esta e outras legislações
pertinentes, excetuando-se as mantidas pela União.
TÍTULO II
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 02/2005 Recursos Humanos e Materiais
Fixanormas para autorização de Art. 6 º - Todas as instituições de Educação Infantil
funcionamento de instituições privadas de deverão ter na sua equipe técnico-pedagógica-
Educação Infantil que assistem e educam administrativa:
crianças de 0 (zero) a 5(cinco) anos e onze I- Um educador com, pelo menos, o Curso de
meses. Formação de Professores de nível médio participando
da Direção eresponsável por manter organizada e
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE atualizada a documentação dos educandos;
DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições II- Um educador com, pelo menos o Curso Superior
legais e considerando: em Pedagogia, para criar, coordenar, supervisionar e
- que o Artigo 89 da Lei Federal nº 9394/96 dispõe que avaliar sua Proposta Pedagógica;
as creches e pré-escolas existentes ou que venham a III- Um educador por turma, com pelo menos o curso
ser criadas deverão integrar-se ao Sistema de Ensino; de Formação de Professores de nível médio e
- o Decreto Municipal nº 4238/03 que implanta o recomendada a escolaridade mínima de Ensino
Sistema Municipal de Ensino; Fundamental para todo pessoal auxiliar;
- as disposições da Lei Federal nº 9394/96 em especial 1º - na faixa etária de 0 (zero) a 1 ( um ) ano e 11 (
o inciso II do Artigo 12, onze) meses, para cada grupo de 6 ( seis) crianças, 1
DELIBERA: (um )professor que a partir da matrícula da 7 ª(sétima )
TÍTULO I criança, contará com um auxiliar para cada 6 ( seis)
Caracterização e Vinculação Sistêmica novas crianças matriculadas;
Art.1º-As instituições de Educação Infantil são as que 2º - na faixa etária de 2 ( dois ) anos aos 2 ( dois)
assistem e educam exclusivamente crianças de 0(zero) anos e 11 (onze) meses, para cada grupo de 8 (oito )
a 5(cinco) anos e 11(onze) meses de idade, crianças, 1(um ) professor que a partir da matrícula da
permanecendo com elas, pelo menos quatro horas 9ª ( nona ) criança , contará com um auxiliar para cada
diárias de segunda a sexta-feira, sendo instituições 8 ( oito ) novas crianças matriculadas ;
públicas ou privadas. 3º- na faixa etária dos 3 ( três) anos aos 4 ( quatro )
Art.2º-Entende-se por instituições privadas de anos e 11 (onze) meses, para cada grupo de 10 ( dez)
Educação Infantil as enquadradas nas categorias de crianças, 1 ( um ) professor que a partir da matrícula da
particulares, comunitárias, confessionais ou 11ª ( décima primeira) criança, contará com um auxiliar
filantrópicas nos termos do Art. 20 da Lei nº 9394/96. para cada 10 ( dez) novas crianças matriculadas;
Art. 3º- A Educação Infantil será oferecida em: 4º - na faixa etária dos 5 ( cinco ) anos aos 5 ( cinco )
I- Creches ou entidades equivalentes para crianças de anos e 11 ( onze ) meses :
0 ( zero) a 3 ( três) anos e 11( onze) meses de idade; I- Sendo horário de atendimento integral: para cada
II- -pré-escolas , para crianças de 4 ( quatro) a 5 ( grupo de 12 ( doze) crianças, 1 ( um ) professor que a
cinco ) anos e 11(onze ) meses de idade; partir da matrícula da 13ª (décima terceira) criança,
III- Centros Comunitários de Educação Infantil, contará com um auxiliar para cada 12 ( doze) novas
enquadrados nas categorias de comunitários, crianças matriculadas;
confessionais ou filantrópicos para crianças de 0 (zero) II- Sendo horário de atendimento parcial: 1 ( um )
a 5 (cinco ) anos e 11 ( onze ) meses , instituídos por professor para turmas com no máximo 20 ( vinte )
grupos de pessoas físicas ou pessoas jurídicas, que crianças;
incluem na sua entidade mantenedora representantes V – O Poder Público Municipal poderá organizar
da comunidade que não remuneram qualquer equipes multiprofissionais constituídas de pedagogo,
integrante da diretoria da entidade mantenedora e que psicólogo, pediatra, nutricionista, assistente social e
prestam seu serviço para uma clientela que tenha, pelo outros, para atendimentos específicos nos Centros
menos 75% ( setenta e cinco por cento ) de seus Comunitários de Educação Infantil quando solicitado.
integrantes com renda familiar de até 2 ( dois ) salários

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Art. 7º - Os espaços deverão ser projetados de acordo explicitada em cláusula do Ato Constitutivo da entidade
com a Proposta Pedagógica da instituição, a fim de mantenedora ou em alteração contratual;
favorecer o desenvolvimento das crianças de 0 ( zero) II- cópia legível do Ato Constitutivo da entidade
a 5 ( cinco ) anos e 11 (onze ) meses, respeitadas as mantenedora, registrado na Junta Comercial ou no
suas necessidades e capacidades. Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
Art.º 8 – O imóvel deverá apresentar condições III- cópia legível da última alteração contratual
adequadas de localização, acesso, segurança, efetuada, caso tenha havido, devidamente registrada
salubridade, saneamento e higiene, em conformidade na forma do inciso II deste Artigo;
com a legislação que rege a matéria, admitindo-se para IV- prova de identidade e de residência da pessoa física
os Centros Comunitários de Educação Infantil a mantenedora ou dos sócios proprietários da pessoa
adequação às peculiaridades locais desde que jurídica mantenedora da instituição, consistindo de
devidamente comprovada pela Supervisão cópias legíveis e autenticadas da célula de identidade
Educacional. do CIC/CPF, caso não mencionado na cédula de
Parágrafo Único. Os bebedouros devem ser em identidade, e de um dos seguintes comprovantes de
número compatível com o número de crianças residência, excluída a possibilidade de aceitação de
matriculadas e serem equipados com elemento declaração de terceiros;
filtrante, de dimensões e características que facilitem a) conta de prestação de serviços públicos em seu
seu uso pelas crianças. nome;
Art. 9º- Os espaços internos deverão atender às b) correspondência de instituição bancária ou de
diferentes funções da instituição e conter uma estrutura crédito, em seu nome;
básica que, pelo menos, contemple: c) contrato de locação em seu nome;
I- Salas para atividades das crianças com ventilação, d) recibo de pagamento de condomínio em seu nome,
iluminação, mobiliário e equipamentos adequados, caso haja;
tendo no mínimo 1 (um) quadrado por criança; V- cópias dos documentos de inscrição da
II- Instalações e equipamentos para o preparo dos mantenedora do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
alimentos que atendam às exigências de nutrição, ( CNPJ )
saúde, higiene e segurança, nos casos de oferecimento VI- prova de idoneidade financeira da entidade
de refeição; mantenedora da instituição consistindo de certidão
III- Instalações sanitárias suficientes e próprias para negativa do cartório de distribuição pertinente, com
uso das crianças e separadas das dos adultos; validade na data de formação do processo;
IV- Local para repouso provido de berços individuais VII- cópias autenticadas de comprovante de direito ao
para crianças com até 1 ( um ) ano de idade; área livre uso do imóvel para os fins propostos, de tempo igual ou
para movimentação das crianças; locais para superior a três anos, com período a vencer de, no
amamentação e higienização; e espaço para o banho mínimo dois anos , na data de formação do processo
de sol. de pedido de autorização de funcionamento;
Art.10- A área externa, com parte obrigatoriamente VIII- designação do membro da Direção, do
coberta, destina-se à recreação dirigida, ao lazer e à responsável pela Proposta Pedagógica e do corpo
prática de educação física, e seu piso pode ser natural docente, na forma dos incisos “I”, “II”, e “III” do Artigo
ou revestido. 6º, juntando cópias legíveis e autenticadas:
Art.11 – Os aparelhos fixos de recreação são a) da cédula de identidade;
opcionais, mas, existindo, devem atender às normas de b) do CPF/CIC, caso não mencionado na cédula de
segurança do fabricante e ser objeto de conservação e identidade;
manutenção periódicas. c) do comprovante da habilitação para o exercício da
função.
TÍTULO III IX- cópia autenticada do regimento escolar registrado
Autorização e Funcionamento no Cartório de Títulos e Documentos;
Art.12 – As instituições privadas de educação infantil, X - cópia autenticada da Proposta Pedagógica.
vinculadas ao Sistema Municipal de Ensino, deverão Art.14- Cabe ao órgão próprio do Sistema Municipal de
dar entrada no pedido de autorização no órgão próprio Ensino, no prazo de 60
do Sistema Municipal de Ensino, pelo menos cento e ( sessenta ) dias a contar da primeira protocolização do
vinte dias antes do início de suas atividades. pedido de Autorização de Funcionamento, designar
Parágrafo único. As instituições já em funcionamento uma Comissão Verificadora para:
sem autorização ou com esta concedida por outro I-verificar, in loco, as condições para atendimento do
órgão público que não do setor educacional, deverão pleito, à luz desta Deliberação;
dar entrada no pedido de autorização de II-analisar os autos processuais à luz das presentes
funcionamento no órgão próprio do sistema, até 31 de normas e, considerando o resultado da ( s) visita (s ) ao
dezembro de 2006. imóvel, pronunciar-se conclusivamente sobre as
Art.13 – O pedido de autorização, uma vez protocolado condições para deferimento ou indeferimento do pedido
e já sob forma de processo administrativo, é instruído de autorização de funcionamento, observando que:
com os seguintes documentos: a) na hipótese de conclusão favorável, deve dar pronta
I- requerimento inicial, firmado pela pessoa física ciência ao requerente no corpo do processo, de que
mantenedora da instituição de ensino privada, ou pelo está, automaticamente, autorizado a funcionar nas
representante legal da pessoa jurídica mantenedora, bases discriminadas no laudo conclusivo da Comissão
comprovada a representação por documento hábil Verificadoraaté a emissão do Ato Autorizativo pelo
anexado ao requerimento, caso ela não esteja Poder Público, a quem cabe providenciar sua entrega

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ao representante legal da mantenedora, mediante Art. 21- Enquanto o Município não atender a demanda
recibo do corpo do processo; universalizando o atendimento à Educação Infantil,
b) o laudo conclusivo favorável substitui, para todos os poderá estabelecer convênios com os Centros
fins, o Ato Autorizativo até sua expedição, e este Comunitários de Educação Infantil.
último, quando emitido, terá consignada a data da Art.22 – Cabe ao órgão próprio do Sistema Municipal
emissão do laudo favorável como a de início de de Ensino oferecer programas e cursos de formação
funcionamento autorizado; contínua para os professores e auxiliares das creches e
c) no caso de conclusão desfavorável, a Comissão pré-escolas públicas, bem como dos Centros
Verificadora deve dar pronta ciência de seus termos ao Comunitários de Educação Infantil conveniadas,
requerente, fornecendo-lhe cópia da conclusão proporcionando efetiva implementação das Diretrizes
denegatória, mediante recibo no corpo do processo, Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
bem como informando-lhe do prazo de trinta dias para Art. 23- Os Centros Comunitários de Educação Infantil
interposição de recurso do Conselho Municipal de terão um prazo de cinco anos da publicação desta
Educação, advertindo-o a impossibilidade de Deliberação, para que os educadores tenham a
funcionamento até eventual decisão do Conselho em formação de professores de nível médio, adequando-se
contrário; a esta Legislação.
Parágrafo único: Decorridos 120 ( cento e vinte ) dias Art.24- As instituições de ensino já autorizadas a
da protocolização do pedido de autorização e não ministrarem Educação Infantil pelo Poder Público
tendo o Poder Público se pronunciado conclusivamente Estadual, antes da vigência da Lei Federal nº 9394/96
quanto ao pedido de autorização de funcionamento ou que atribuiu esta competência aos Municípios, deverão
de reexame em grau de recurso, o requerente pode dar no prazo até 31 de dezembro de 2006, procurarem o
início às atividades, ficando obrigado a cumprir todas órgão próprio do Sistema Municipal de Ensino, para
as exigências formuladas ou a serem formuladas pelo efetivarem o respectivo cadastro, munido de cópias
Poder Público. legíveis e autenticadas dos documentos constantes no
Art.15- Nenhuma instituição de educação infantil pode Artigo 13, Incisos “II”,”III,”IV”,”V”,”VIII”, “IX” e “X” desta
funcionar sem um competente Ato de Autorização, legislação.
após 31 de dezembro de 2006. Art. 25- Alterações que venham a ocorrer na
Art.16 – O Ato de Autorização tem validade por tempo composição ou denominação da entidade
indeterminado e poderá ser suspenso ou revogado mantenedora, ou na denominação de fantasia da
quando a supervisão constatar que a instituição não instituição mantida, devem ser obrigatoriamente,
oferece um serviço de qualidade ou não cumpre a comunicadas de imediato ao órgão próprio do sistema,
legislação pertinente, devendo tais irregularidades mediante formação de processo específico, para fim de
serem comunicadas, imediatamente, ao órgão próprio registro de alteração dos dados cadastrais da
do sistema. instituição.
Parágrafo único. Recebida a comunicação de Art. 26- A substituição total ou parcial do corpo técnico-
irregularidade, o órgão próprio do sistema designará administrativo ( Diretor e Pedagogo) da instituição é
uma comissão verificadora especial para apresentar submetida, para conferência e cadastramento, ao
laudo conclusivo, o qual será encaminhado ao Poder Público, através do órgão próprio do sistema de
Conselho Municipal de Educação para decisão, ensino, mediante formação de processo específico.
assegurada ampla defesa à instituição. Art. 27 – Esta Deliberação entrará em vigor na data de
Art. 17- Uma vez emitido o Ato de Autorização de sua publicação, revogadas as disposições em
Funcionamento, compete ao Poder Público, por meio contrário.
de ação regular de inspeção, verificar o cumprimento Conclusão da Câmara
do Regimento e da Proposta Pedagógica. A Câmara de Educação Infantil acompanha o voto da
TÍTULO IV Relatora.
Proposta Pedagógica e Regimento Duque de Caxias, 28 de novembro de 2005
Art. 18- AProposta Pedagógica é a base orientadora do Conselheira Iracy Martins Áreas Pardal -Membro
produto da instituição, que é livre para sua elaboração Conselheira Simone Maria Muniz de Melo – Presidente
e execução com a participação do corpo docente. Conselheira Solange Bergami – Relatora
Art. 19- Na elaboração e execução da proposta Conselheiro Valmir Pereira dos Santos – Membro
pedagógica será assegurado à instituiçãoo respeito aos Conclusão do Plenário
princípios do pluralismo de idéias e de concepções A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.
pedagógicas, na forma da lei e desde que cumpridas Sala de Sessões, em Duque de Caxias, 1 de dezembro
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação de 2005.
infantil. Selma Maria Silva Rodrigues
Art.20 – O Regimento Escolar é o documento Presidente
normativo da instituição educacional, de sua inteira
responsabilidade, e que apoia a execução da Proposta
Pedagógica, não tendo validade aos dispositivos que
contrariem a legislação vigente, devendo ser registrado
no Cartório de Títulos e Documentos e uma cópia do
mesmo ser encaminhada ao órgão próprio do sistema.
TÍTULO V
Das Disposições Gerais e Transitórias

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO ff) Os registros das experiências escolares, isto é, do
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
currículo vivido (cópias dos projetos, fotografias dos
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO eventos, relatório de avaliação dos trabalhos).
Art.5º. É dever da Secretaria escolar, zelar pelo
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº. 03/2006 assentamento de vida funcional, guardando o Livro de
Fixa normas e procedimentos destinados a Ponto e a Ficha de Freqüência dos funcionários e
Escrituração Escolar e Preservação de Documento qualquer registro referente ao servidor público.
Escolar. Art.6º. Haverá na Secretaria Escolar cadastro dos
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE servidores, atualizado, contendo:
DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições I- identificação pessoal – cópia da identidade e do CPF;
legais: II- habilitação profissional – cópia de certificados e
DELIBERA: diplomas;
Art.1º. É de responsabilidade da Secretaria Escolar a III- comprovante de residência.
guarda dos documentos relativos à vida escolar dos Parágrafo Único – É de responsabilidade da direção e
alunos e da própria escola, durante o período de seu do Secretário Escolar a guarda do cadastro, sendo
funcionamento, devendo resguardar a legalidade dos expressamente proibido o fornecimento de dados,
atos praticados pela instituição de ensino e ainda, informações ou fotocópias de quaisquer documentos
preservar sua história. dos servidores, salvo por solicitação inerente ao serviço
Art.2º. Ao registro sistemático da vida escolar do aluno público ou por solicitação judicial.
em documentos escolares e aos registros próprios da Art.7º. Todos os assentamentos serão redigidos de
instituição, denomina-se Escrituração Escolar. forma clara, atualizados, fidedignos, sem rasuras,
Art.3º. São documentos escolares individuais e assegurando a qualquer tempo a identidade de cada
referem-se a cada aluno isoladamente sendo aluno da instituição de ensino, a regularidade de seus
obrigatórios pela legislação educacional: estudos e a autenticidade de sua vida escolar.
a) Histórico Escolar; Art.8º. É facultada às instituições de ensino a
b) Certificado. escrituração através de registro informatizado, desde
Art.4º. Compõe o Arquivo Escolar o conjunto de que resguardadas as características e a autenticidade,
documentos que comprovam a vida acadêmica dos devendo o documento ser encadernado no modelo
alunos e o registro escolar. brochura.
§1º O conjunto de documentos mencionados no caput §1º Este procedimento deverá ser oficializado à
do artigo é constituído de: Secretaria Municipal de Educação, para a devida
a) Ficha de Matrícula; autorização.
b) Ficha individual; §2º As instituições de ensino deverão armazenar em
c) Certidão de Nascimento; duas vias de idêntico teor, em disquete, CD-ROM ou
d) Relatório Descritivo; dispositivos equivalentes (que se utilize de dispositivos
e) Declarações e Atestados; eletrônicos, ópticos e/ou magnéticos), sendo uma via
f) Histórico Escolar; para uso corrente da instituição e a outra via guardada
g) Boletim Escolar; como cópia de segurança em lugar protegido.
h) Livro de Matrícula; §3º Cessadas as atividades da instituição, todos os
i) Atas de Regularização de Vida Escolar; arquivos eletrônicos serão conferidos e recolhidos,
j) Termo de Compromisso e de Responsabilidade passando a constituir acervo para fins de autenticação
k) Requerimento para Atendimento Domiciliar de documentos ou emissão de vias autenticadas pela
l) Atas de Conselho de Classe; instituição extinta.
m) Atas de Resultados Finais; Art.9º. Todos os documentos que integram o arquivo
n) Livro Ata de Reuniões; escolar estão sob a responsabilidade da instituição de
o) Livro de Expedição de Certificado Escolar; ensino, devendo esta guardá-los e zelar por sua
p) Livro de Expedição de Histórico Escolar; conservação.
q) Livro de Observações Diárias; §1º Os documentos com duração temporária deverão
r) Diário de Classe ou documento equivalente ao ser extintos por comissão, formada pelo Diretor,
registro de freqüência; Secretário Escolar, Supervisor e um professor da
s) Arquivo de Legislação; unidade escolar, nomeada com o devido registro
t) Material de Arquivo Eletrônico; através de pormenorizada ata, os seguintes
u) Arquivo de Inventário; documentos:
v) Pasta de Termos de Visita; a) diário de classe - 5 (cinco) anos;
w) Censo Escolar; b) planejamento didático-pedagógico – 2 (dois) anos;
x) Livro de Ponto; c) calendário escolar –2 (dois) anos;
y) Livro de Protocolo; d) declaração provisória de transferência, até a entrega
z) Mapa Estatístico; do Histórico Escolar;
aa) Regimento Escolar; e) Demais documentos com prazo de validade.
bb) Projeto Político Pedagógico; §2º Com o objetivo de preservar a memória das
cc) Ata de Documentos Extintos; instituições escolares, serão preservados até 5 (cinco)
dd) Ato de Criação; exemplares dos documentos listados no parágrafo
ee) Histórico da Instituição Escolar anterior como documentos com duração temporária.
§3º Deverão ser preservados indefinidamente os
seguintes documentos:

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a) fotocópia da certidão de nascimento, do certificado Art.3º O registro dos certificados expedidos pelas
de reservista e de outros documentos de identificação e Unidades Escolares será assentado em livro(s)
qualificação pessoal; próprio(s), com respectivo ano letivo, sem rasuras. Do
b) documentos que comprovem a matrícula do aluno, registro constarão, além do nome completo do aluno,
inicial ou por renovação assim como os documentos de os seguintes dados de identificação: nacionalidade,
desligamento ou transferência; naturalidade, data de nascimento, número da cédula de
c) fichas com registros escolares de avaliação e identidade, para maiores de 16 (dezesseis) anos, data
freqüência; da conclusão, número do registro.
d) cópia de documentação expedida sobre o aluno por Parágrafo Único: O Diretor e o Secretário da Unidade
motivo de transferência ou conclusão de curso; Escolar assinarão o termo de abertura do livro a que se
e) termo de visita do Inspetor e/ou Supervisor; refere o “caput” deste artigo e rubricarão as respectivas
f) legislações educacionais ou quaisquer atos oficiais folhas obrigatoriamente numeradas.
que digam respeito à instituição escolar ou ao aluno; Art. 4º As listagens dos alunos concluintes do Ensino
g) todo e qualquer documento que caracterize o Fundamental, das modalidades atendidas, serão
trabalho desenvolvido pelo aluno regularmente arquivadas na Unidade Escolar e na Equipe de
matriculado na instituição escolar. Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de
Art.10 As escolas extintas do Sistema Municipal de Educação.
Ensino terão seus arquivos conferidos e recolhidos, por Art. 5º O Diretor e Secretário são, para todos os
comissão nomeada pelo órgão competente da efeitos, responsáveis pela regularidade e expedição
Secretaria Municipal de educação, para este fim, dos Certificados bem como a guarda dos
passando a constituir acervo permanente desta documentosque comprovem sua expedição.
Secretaria. Art. 6º As listagens dos alunos concluintes do Ensino
Art.11 Esta Deliberação entrará em vigor na data de Fundamental serão conferidas pelo Supervisor
sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. Educacional da Secretaria Municipal de Educação.
Conclusão da Câmara Art. 7º A segunda via do Certificado será requerida
A Câmara de Planejamento, Legislação e Normas pelo interessado à Unidade Escolar ou à Equipe de
acompanha o voto do Relator Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de
Conselheira Maria Celeste Rodrigues Pais Alves – Educação, em caso de escola extinta.
Relatora Parágrafo Único: O documento a que se refere este
Conselheira Ângela Garrido de Carvalho – Membro artigo será expedido com a observação “2ª via”.
Conselheira Marlúcia Santos de Souza – Membro Art. 8º Os certificados expedidos pelas Unidades
Conselheiro Djalma da rocha Vaz Neto – Presidente Escolares, a partir do ano letivo de 2007, obedecerão
obrigatoriamente aos modelos padrão constante dos
Conclusão do Plenário anexos I, II, em formato A4 internacional.
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade. §1º Os impressos a que se refere este artigo serão
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 05 de outubro entregues pela Secretaria Municipal de Educaçãoà
de 2006. Direção das Unidades Escolares ou ao portador
credenciado, após a entrega da listagem dos
concluintes à Equipe de Supervisão Educacional da
ESTADO DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Educação.
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS §2º No caso de rasura no preenchimento dos
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO impressos, só haverá reposição mediante a
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
apresentação na Equipe de Supervisão Educacional da
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 04/2006 Secretaria Municipal de Educação, dos documentos
Estabelece Normas para Expedição de Certificação de rasurados.
Conclusão do Ensino Fundamental da Rede Municipal Art. 9º Esta Deliberação entrará em vigor na data de
de Ensino. sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE Conclusão da Câmara


DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições A Câmara de Planejamento, Legislação e Normas
legais: acompanha o voto do Relator.
DELIBERA: Conselheira Maria Celeste Rodrigues Pais Alves –
Art. 1º As Unidades Escolares Municipais integrantes Relatora
do Sistema Municipal de Ensino, que ministre o Conselheira Ângela Garrido de Carvalho – Membro
Segundo Segmento do Ensino Fundamental, emitirão Conselheira Marlúcia Santos de Souza – Membro
certificado de conclusão do Ensino Fundamental. Conselheiro Djalma da Rocha Vaz neto – Presidente
Art.2º As Unidades Escolares deverão elaborar a Conclusão do Plenário
relação de concluintes em papel timbrado, sem rasuras A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.
e com assinatura do Diretor e do Secretário escolar. Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 16 de
Parágrafo Único: Na relação nominal constarão novembro de 2006.
somente os concluintes do Ensino Fundamental. Os
alunos em Progressão Parcial só farão jus ao
certificado de conclusão do Ensino Fundamental após
a conclusão da progressão parcial.

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO legais:
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 05/2006 DELIBERA:
Altera o artigo 24 da Deliberação CME/DC nº 02/05
Art. 1ºA presente Deliberação institui as Diretrizes
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Municipais Políticas e Curriculares para a Educação
DE EDUCAÇÃO DE DUQUE DE CAXIAS, no uso de Infantil, a serem observadas na organização das
suas atribuições legais e considerando: propostas pedagógicas das instituições de Educação
- O tempo exíguo para atendimento ao prazo Infantil do Sistema Municipal de Ensino.
estabelecido na Deliberação CME/DC nº 02/05, por Art. 2ºAs Diretrizes Municipais Políticas e Curriculares
parte da instituições de Educação Infantil, para constituem-se na doutrina sobre Princípios,
formalização do cadastro junto a este colegiado; Fundamentos e Procedimentos da Educação Básica,
- a dimensão territorial do município constituído nos definidos pela Câmara de Educação Infantil do
seus quatro distritos, que dificultaram a divulgação Conselho Municipal de Educação, que orientarão as
necessária em tempo hábil para realização do referido instituições de Educação Infantil do Sistema Municipal
cadastro junto ao CME/DC por parte das instituições de Ensino, na organização, articulação,
privadas de Educação Infantil; desenvolvimento e avaliação de suas propostas
pedagógicas.
DELIBERA: Art. 3ºÉ dever do Estado, direito da criança e opção da
Art. 1ºO artigo 24 da Deliberação CME/DC nº 02/2005 família o atendimento gratuito em instituições de
passa a vigorar com a seguinte redação: Educação Infantil às crianças de 0(zero) a 5(cinco)
“Artigo 24 As instituições de ensino já anos e 11(onze) meses de idade.
autorizadas a ministrarem Educação Infantil pelo Art. 4ºSão as seguintes as Diretrizes Municipais
Poder Público Estadual, antes da vigência da Lei Políticas e Curriculares para a Educação Infantil:
Federal nº 9394/96 que atribuiu esta I – As Propostas Políticas e Pedagógicas das
competência aos Municípios, deverão no prazo instituições de Educação Infantil devem respeitar os
até 30 de junho de 2007 procurarem o órgão seguintes fundamentos:
próprio do Sistema Municipal de Ensino, para a) Princípios Éticos da Autonomia, da
efetivarem o respectivo cadastro, munidos de Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao
cópias legíveis e autenticadas dos documentos Bem Comum;
constantes no Artigo 13, incisos “II’, “III”, “IV”, “V”, b) Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de
“VIII”. “IX” e “X” desta legislação. Cidadania, do Exercício da Criticidade e do Respeito à
Art. 2ºEsta Deliberação entrará em vigor na data de Ordem Democrática;
sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. c) Princípios Estéticos da Sensibilidade, da
Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de
A Câmara de Educação Infantil acompanha o voto da Manifestações Artísticas e Culturais.
Relator. II – A Educação Infantil deve pautar-se pela
Duque de Caxias, 28 de novembro de 2006 indissociabilidade entre o cuidado e a educação.
Conselheira Simone Maria Muniz de Melo – Presidente III – A Educação Infantil tem função diferenciada e
Conselheiro Valmir Pereira dos Santos – Relator complementar à ação da família, o que implica uma
Conselheira Djalma da Rocha Vaz Neto (Ad Hoc) profunda, permanente e articulada comunicação entre
Conselheira Marluce Gomes da Silva (Ad Hoc) elas.
Conselheira Maria Celeste Rodrigues Pais Alves (Ad IV – A educação de crianças com necessidades
Hoc) educacionais especiais deve ser realizada
Conclusão do Plenário individualmente e/ou em conjunto com as demais
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade. crianças, assegurando-lhes o atendimento educacional
Sala de Sessões, em Duque de Caxias, 30 de especializado mediante avaliação e interação com a
novembro de 2006. família e a comunidade.
Selma Maria Silva Rodrigues V – O processo pedagógico deve considerar as
Presidente crianças em sua totalidade, observando suas
especificidades, as diferenças entre elas e sua forma
privilegiada de conhecer o mundo por meio dos brincar.
VI – As instituições de Educação Infantil devem
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
elaborar, implementar e avaliar suas Propostas
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS Pedagógicas a partir das Diretrizes Curriculares
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Nacionais e das Diretrizes Municipais Políticas e
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Curriculares para a Educação Infantil, com a
participação dos profissionais da educação.
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 06/2006 VII – As Propostas Pedagógicas das instituições de
Educação Infantil devem explicitar concepções, bem
Estabelece Diretrizes Municipais Políticas e como definir diretrizes referentes à metodologia do
Curriculares para a Educação Infantil. trabalho pedagógico e ao processo de
desenvolvimento/aprendizagem, prevendo a avaliação

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como parte do trabalho pedagógico, que envolve toda a Educação Infantil deve participar necessariamente um
comunidade escolar. educador com no mínimo o Curso de Formação de
VIII – As professoras e professores e outros Professores.
profissionais que atuam na Educação Infantil exercem XVII – O ambiente de gestão democrática por parte dos
um papel socioeducativo, devendo ser qualificados educadores, a partir de liderança responsável e de
especialmente para o desempenho de suas funções qualidade, deve garantir direitos básicos de crianças e
com as crianças de 0(zero) a 5(cinco) anos e 11(onze) suas famílias a educação e cuidados, num contexto de
meses de idade, assegurando-lhes formação atenção multidisciplinar com profissionais necessários
continuada e inclusão nos planos de cargos e salários para o atendimento.
do magistério. XVIII – As Propostas Pedagógicas e os regimentos das
IX – O processo de seleção e admissão dos instituições de Educação Infantil devem, em clima de
profissionais que atuam nas redes pública e privada cooperação, proporcionar condições de funcionamento
deve assegurar a formação específica na área e das estratégias educacionais, do uso do espaço físico,
mínima exigida por lei. do horário e do calendário escolar, que possibilitem a
X – A política de Educação Infantil em âmbito Nacional, adoção, execução, avaliação e o aperfeiçoamento das
Estadual e Municipal deve se articular com as de diretrizes.
Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como as Art. 5º Esta Deliberação entrará em vigor na data de
modalidades de Educação Especial e de Jovens e sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.
Adultos, para garantir a integração entre os níveis de
ensino, a formação dos profissionais que atuam na Conclusão da Câmara
Educação Infantil, bem como o atendimento às A Câmara de Educação Infantil acompanha o voto do
crianças com necessidades especiais. Relator.
XI – A política de Educação Infantil em âmbito Conselheira Simone Maria Muniz de Melo – Presidente
Nacional, Estadual e Municipal deve se articular às Conselheira Solange Bergami – Relatora
políticas de Saúde, Assistência Social, Justiça, Direitos Conselheiro Valmir Pereira dos Santos – Membro
Humanos, Cultura, Mulher e Diversidades, bem como
aos fóruns de Educação Infantil e outras organizações Conclusão do Plenário
da sociedade civil. A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.
XII – As Instituições de Educação Infantil aos definir Sala de Sessões, em Duque de Caxias, 30 de
suas Propostas Pedagógicas deverão explicitar o novembro de 2006.
reconhecimento da importância da identidade pessoal
de alunos, suas famílias, professores e outros
profissionais, e a identidade de cada Unidade
Educacional, nos vários contextos em que se situem. ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
XIII – As Instituições de Educação Infantil devem SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
promover em suas Propostas Pedagógicas, práticas de CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
educação e cuidados, que possibilitem a integração
entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 07 2006
cognitivos/lingüísticos e sociais da criança, entendendo Institui as Normas Curriculares Complementares
que ela é um ser completo, total e indivisível. Municipais
XIV – As Propostas Pedagógicas das instituições de para o Ensino Fundamental do Município
Educação Infantil, ao reconhecer as crianças como
seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
próprios, com os demais e o próprio ambiente de DE DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições
maneira articulada e gradual, devem buscar a partir de legais e considerando o disposto na Resolução
atividades intencionais, emmomentos de ações, ora CNE/CEB de 7/4/98 e a LDBEN nº 9394/96, de
estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação 20/12/96,
entre as diversas árias de conhecimento e aspectos da DELIBERA:
vida cidadã, contribuindo assim com o provimento de
conteúdos básicos para a constituição de Art. 1º A presente Deliberação institui Normas
conhecimentos e valores. Curriculares Complementares Municipais para o Ensino
XV – As propostas Pedagógicas para a Educação Fundamental a serem observadas na organização
Infantil devem organizar suas estratégias de avaliação, curricular escolar integrante do Sistema Municipal de
através do acompanhamento e dos registros de etapas Ensino.
alcançadas nos cuidados e na educação para crianças Art. 2º As Normas Curriculares Complementares
de 0(zero) a 5(cinco) anos e 11(onze) meses de idade, Municipais são o conjunto de definições sobre
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso no princípios, fundamentos e procedimentos do Ensino
Ensino Fundamental. Fundamental expressas pela Câmara de Ensino
XVI – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Fundamental do Conselho Municipal de Educação que
Educação Infantil devem ser criadas, coordenadas, orientarão as escolas do Sistema Municipal de Ensino
supervisionadas e avaliadas por educadores com pelo na organização, articulação, desenvolvimento e
menos o Curso Superior em Pedagogia, mesmo que da avaliação de suas propostas pedagógicas.
equipe de profissionais participem outros das áreas de Art. 3º São as seguintes as Normas Curriculares
Ciências Humanas, Sociais e Exatas, assim como Complementares Municipais para o Ensino
familiares das crianças. Da Direção das instituições de Fundamental do Município:
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I – As escolas deverão estabelecer como norteadoras Art. 5º Esta Deliberação entrará em vigor na data de
de suas ações pedagógicas: sua aprovação, revogada as disposições em contrário.
a) os princípios éticos da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao Conclusão da Câmara
bem comum; A Câmara do Ensino Fundamental acompanha o voto
b) os princípios dos Direitos e Deveres da Cidadania, do Relator
do exercício da criticidade e do respeito à ordem Conselheira Margarete Mota da Silva – Relatora
democrática; Conselheira Carla Borges de Almeida – Membro
c) os princípios estéticos da sensibilidade, da Conselheira Marluce Gomes da Silva – Membro
criatividade e da diversidade de manifestações Conselheiro João Weslly Trigo Lage – Presidente
artísticas e culturais. Conclusão do Plenário
II – Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 30 de
deverão explicitar o reconhecimento da identidade novembro de 2006.
pessoal de alunos, professores e outros profissionais e
a identidade escolar e do Sistema Municipal de Ensino.
III – As escolas deverão reconhecer que:
a) as aprendizagens são constituídas pela interação
dos processos de conhecimento com os processos de ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
linguagem e os processos afetivos, em SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
conseqüênciadas relações entre as distintas CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
identidades dos vários participantes do contexto DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 08/2006
escolarizado; Fixa normas e procedimentos para o acesso e
b) as diversas experiências de vida de alunos, permanência de alunos nas Unidades Escolares do
professores e demais participantes do ambiente Sistema Municipal de Ensino de Duque de Caxias.
escolar, expressas através de múltiplas formas de
diálogo, devem contribuir para a constituição de O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
identidade afirmativas, persistentes e capazes de DE EDUCAÇÃO DE DUQUE DE CAXIAS, no uso de
protagonizar ações autônomas e solidárias em relação suas atribuições.
e conhecimentos e valores à vida cidadã. DELIBERA:
IV – Em todas as escolas deverá ser garantida a TÍTULO I
igualdade de acesso para alunos, aos conteúdos da Art. 1º O aluno, como pessoa em processo de
base nacional comum, com carga horária estabelecida desenvolvimento, tem direito a ser respeitado por seus
pela Secretaria Municipal de Educação, de maneira a educadores, sendo proibida qualquer situações que
legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica proporcione:
na diversidade nacional. A base comum nacional e sua I- a sonegação do direito a defesa em situação de
parte diversificada deverão integrar-se em torno do conflito;
paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação II- a exposição a perigo ou a omissão de socorro;
entre a educação fundamental, as áreas de III- a exposição a situações de exploração de trabalho;
conhecimento bem como os temas transversais. IV- a utilização de medidas disciplinares que ponham
V – Nas áreas de conhecimento de História e em risco a integridade física e moral;
Geografia, na Rede Pública de Ensino, além dos V- a rotulação depreciativa;
conteúdos da Cultura Afro-Brasileira, serão incluídos os VI- a discriminação por motivo de raça, classe, credo,
estudos de História e Geografia do Município de Duque gênero e outros;
de Caxias. VII- o tratamento desumano, violento, aterrorizante,
VI – As escolas deverão explicitar em suas propostas vexatório ou constrangedor;
curriculares os processos de ensino voltados para as VIII- a violência física e ou psicológica.
relações com as comunidades local, regional e §1º O aluno não poderá ser suspenso das atividades
planetária, visando à interação entre a educação escolares, inclusive escolares, inclusive por medidas
fundamental e a vida cidadã; os alunos, ao aprenderem disciplinares, sendo assegurados com absoluta
os conhecimentos e valores da base nacional comum e prioridade o acesso e a permanência do aluno na
da parte diversificada, estarão também constituindo a escola.
sua identidade como cidadãos, capazes de serem §2° Em casos em que seja colocada em risco a
protagonistas de ações responsáveis, solidárias e integridade física e moral do corpo discente e docente
autônomas em relação a si, a sua família e às da instituição de ensino, deverá o fato desencadeador
comunidades. ser registrado e encaminhado imediatamente ao órgão
VII – A matriz das escolas municipais constará de uma competente, para além das providencias tomadas pela
parte diversificada, estabelecida pela Secretaria equipe da instituição de ensino.
Municipal de Educação, nos termos da Legislação Art.2º O aluno tem direito à educação, sendo-lhe
Federal e Municipal em vigor. asseguradas, através do Município oportunidades e
Art. 4º Obedecendo ao disposto no Art. 4º, incisos I, IV facilidades, a fim de lhe facultar o desenvolvimento
e VII da LDBEN nº 9394/96 e a regra da prioridade físico, mental, espiritual e social, em condições de
para o atendimento da escolarização obrigatória, o liberdade e solidariedade humana.
município oferecerá o Ensino Fundamental Noturno Art.3º Matrícula é o ato administrativo de inscrever
sendo considerada idade mínima para matrícula a de individuo(s) para cursar a Educação Infantil e Ensino
15 (quinze) anos completos.

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Fundamental em estabelecimento do Sistema I- em creche, ou entidade equivalente, em se tratando
Municipal de Ensino do Município de Duque de Caxias. de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos e 11 (onze)
Art.4º Ficam garantidas as matriculas no Ensino meses de idade;
Fundamental, a todas as crianças na faixa etária de 06 II- em Pré-escola, em se tratando de crianças de 4
(seis) aos 14 (quatorze) anos, inclusive aos que não (quatro) a 5 (cinco) anos e 11 (onze) meses;
tiveram acesso na idade própria. Parágrafo Único: Dar-se-á prioridade de matricula
§ 1º Cabe a Secretaria Municipal de Educação para os alunos com necessidades educacionais
assegurar igualdade de oportunidade de acesso à especiais, observada a legislação pertinente.
matrícula na Rede Publica Municipal. Art.8º No ato da matricula deverão ser apresentados
§ 2 º Serão assegurados aos alunos: os seguintes documentos:
I- liberdade de construir conhecimentos, habilidades e I- fotocópia do registro de nascimento ou da carteira de
atitudes necessárias a convivência social, a identidade (obrigatória a partir de 16 anos);
compreensão do mundo físico e social e ao II- fotocópia da carteira de vacinação (Educação
desenvolvimento pleno; Infantil);
II- aquisição de aprendizagens, inclusive aquelas ainda III- assinatura do pai ou responsável, ou pelo próprio
não realizadas em nível pretendido. aluno, se maior idade, na Ficha de Matricula;
III- Igualdade de oportunidades à educação e usufruto IV- declaração da escola de origem ou histórico
dos bens educacionais existentes na escola; escolar;
IV- Recuperação de aprendizagens, através de novas V- 2(dois) retratos 3X4;
oportunidades de ensino, ficando vedado as escolas VI- comprovante de residência em fotocópia;
reduzir o processo de recuperação somente a VII-tipagem sanguínea e fator RH;
realização de provas ou testes; VIII- certificado de Alistamento Militar para os alunos do
V- Avanço nas séries/ano de escolaridade, mediante sexo masculino maiores de 18 (dezoito) anos.
verificação do aprendizado; §1º A matricula só será considerada efetivada após a
VI- Aproveitamento de estudos feitos com êxito e de entrega do histórico escolar, visto que a declaração de
experiência extra escolar, que trata o inciso IV, somente terá validade até 45 (
VII- Professor habilitado, ministrando ensino de quarenta e cinco) dias após a realização da solicitação
qualidade; de matricula em exigência.
VIII- Continuidade do estudo através de exercícios §2 º Em se tratando de histórico escolar ignorado, o
domiciliares e hospitalares, no caso de aluno responsável pelo aluno ou o próprio aluno, se maior de
impossibilitado por afecções, acidentes ou parturientes, idade, assinará Termo de Responsabilidade
mediante solicitação e responsabilidade da família e declarando, sob as penas da lei, a impossibilidade de
com comprovação médica, garantindo a freqüência comprovar a vida escolar anterior. O aluno será
escolar. avaliado pela equipe pedagógica e o processo de
Art. 5º A matricula na Educação de Jovens e Adultos classificação ratificado pelo supervisor da unidade
será destinada aqueles que não tiveram acesso ou escolar, para posicionamento no ano de escolaridade
continuidade de estudos no Ensino Fundamental, e o pertinente, devendo todo expediente ser arquivado na
ingresso do aluno dar-se-à a partir dos 15 (quinze) pasta individual do aluno, nos termos da Deliberação
anos completos até a data da matrícula. Alunos com CME/DC Nº 01/05, Art. 4º e inciso III e alínea c.
idade inferior, somente serão aceitos com autorização § 3º Na impossibilidade de apresentação por parte do
judicial. aluno, de alguns dos documentos supracitados, ainda
Art.6 Para fins de matricula inicial, para alunos sem assim o aluno terá garantido seu direito de matricula,
vida escolar anterior, nas unidades escolares do ficando esta em exigência.
Sistema Municipal de Ensino de Duque de Caxias, será Art.9º o aluno que tenha demonstrado, durante o ano
observada a idade mínima, completa ou a completar letivo, desempenho escolar extraordinário segundo
até aos 31 (trinta e um) dias do mês de março do ano avaliação dos professores, da Orientação Pedagógica
de ingresso no respectivo ano de escolaridade. e da Orientação Educacional terá direito ao avanço de
I- na Educação Infantil estudos em ano de escolaridade, série ou etapa
a) Creche – para criança de até 3 (três) e 11 (onze) posterior, não podendo de modo algum ser submetido
meses completos; a decesso, formalizado através do processo de
b) Pré- escola –para crianças de 04 (quatro) a 5 (cinco) reclassificação nos termos da Deliberação CME/DC nº
anos e 11 onze meses completos. 01/05 , Art. 4º e inciso IV.
II- No Ensino Fundamental Art. 10 As matriculas novas poderão ser efetivadas até
a) 1º ano de escolaridade – 06 (seis) anos. 90 (noventa) dias após o término do primeiro bimestre.
b) 2º ano de escolaridade- 07 b(sete)anos. Parágrafo Único:Serão aceitas transferências a
c) 3º ano de escolaridade – 08 (oito) anos. qualquer tempo de:
d) 4º ano de escolaridade – 09 (nove)anos I- alunos em situação de risco;
e) 5º ano de escolaridade – 10(dez) anos. II- filhos de militar em exercício de suas funções;
f) 6º ano de escolaridade – 11 (onze) anos. III- Servidor do setor público federal transferido
g) 7º ano deescolaridade – 12 ( doze) anos. “exoffício” para outro local, a trabalho;
h) 8º ano de escolaridade – 13 (treze) anos. IV- alunos circenses, nômades, ciganos;
i) 9° ano de escolaridade – 14 (quatorze) anos. V- Alunos com necessidades educacionais especiais.
Art.7º Na Educação Infantil, a matricula pode ser feita: Art.11 Fica assegurada a matrícula dos alunos com
necessidades educacionais especiais no ensino
regular.

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Parágrafo Único:As normas especificas que aprovação, ficando condicionada a entrega do
regulamentarão o acesso e a permanência dos alunos Certificado de conclusão do Ensino Fundamental, à
com necessidades educacionais especiais serão objeto aprovação do aluno.
de legislação especifica regulamentada por este Parágrafo Único: Os alunos em Progressão Parcial,
Conselho. transferidos para o Ensino Regular Noturno, deverão
TÍTULO III ser classificados, através de avaliação dos conteúdos
Matricula por Transferência da disciplina e do ano de escolaridade no qual estão
Art.12 Transferência é a passagem dealuno, de uma em Progressão Parcial.
para outra instituição de ensino, quer ambas as Art. 19 Fica garantida a renovação da matricula para o
instituições estejam localizadas em território brasileiro, ano letivo seguinte, de todos os alunos matriculados na
quer uma delas- seja a de origem, seja a de destino – instituição de ensino, salvo quando do pedido de
esteja localizada no exterior. transferência por parte do responsável ou do próprio
§1º Qualquer que seja a localização da instituição de aluno, quando maior.
ensino de destino, não pode ser exigida declaração de TÍTULO V
vaga da instituição receptora para expedição dos Da Apuração da Freqüência
documentos de transferência. A matrícula resultante de Art. 20 O controle da freqüência fica a cargo da
transferência é competência exclusiva da instituição instituição de ensino, conforme o disposto na LDBEN
receptora, prescindindo de cooparticipação ou aval do Nº 9394/96 Artigo 24 inciso VI, exigida a freqüência
Poder Público que, contudo, poderá – a qualquer mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de
momento, no exercício de sua competência horas letivas para aprovação, nelas somadas as horas
supervisora, examinar e avaliar os procedimentos ministradas em todos os componentes curriculares.
adotados a luz da legislação educacional, Parágrafo Único: Compete a equipe diretiva da
questionando-os se necessário e encaminhando os instituição de ensino envidar ações que culminem com
procedimentos corretivos cabíveis. Nos casos a freqüência do aluno a todos os componentes
excepcionais, a transferência estará condicionada a curriculares.
aquiescência do Conselho Tutelar. TÍTULO VI
§2 º O aluno acompanhado pelo Conselho Tutelar só Do Histórico Escolar
terá sua transferência atendida medianteaquiescência Art. 21 O Histórico Escolar é o documento que registra
do referido Conselho. a vida escolar dos alunos e a regularidade dos estudos
Art. 13 O aluno transferido de instituição de ensino com realizados pelo aluno.
qualquer tipo demodalidade de organização escolar ( Parágrafo Único: Este documento deve ser
série anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância escriturado de forma legível, sem abreviaturas, não
regular de períodos de estudos, grupos não-seriados, podendo conter rasuras ou emendas, devendo ser
com base na idade, na competência e outros critérios), cópia fiel das informações da vida escolar do aluno.
tem assegurada a validade de seus estudos. A Art. 22 O Histórico Escolar deve conter de forma
instituição de ensino de destino deverá estabelecer a legível:
equivalência, ficando vetado o decesso do aluno. a) denominação da escola com endereço e ato
Art. 14 O aluno transferido de instituição de ensino do autorizativo;
exterior tem garantida a validade dos estudos, b) dados de identificação pessoal do aluno;
conforme legislação vigente. c) registro do aproveitamento escolar com carga
TÍTULO IV horária, percentual de freqüência na série, fase, ciclo,
Da Progressão Parcial etapa, com data de conclusão e registro dos anos
Art. 15 A Progressão Parcial admitida no inciso III do anteriores cursados na própria escola ou em outros
Artigo 24 da Lei Federal nº 9394/96, de 20 de estabelecimentos;
dezembro de 1996 Lei de Diretrizes e Bases da d) assentamento de quaisquer alterações ocorridas na
Educação Nacional, é sinônimo de Dependência, vida escolar do aluno e o respectivo amparo legal, no
devendo ser assegurada ao aluno, a partir do 6º (sexto) espaço destinado às observações;
ano de escolaridade, através de programas de estudo e) indicativo sobre a situação final do aluno: promovido,
ou freqüência as aulas em turno alternado. retido, progressão parcial;
Parágrafo Único: As normas para o funcionamento do f) posição do carimbo do diretor e do secretário nas
regime de progressão Parcial serão regulamentadas respectivas assinaturas;
pelo Regimento Escolar da Rede Municipal de Ensino. g) data da expedição por extenso.
Art. 16 Os alunos em Progressão Parcial deverão ter Art. 23 O prazo para a entrega do Histórico Escolar
arquivado em sua Pasta Individual, Relatório com pelo aluno, em caso de transferência, na nova escola,
conceitos e conteúdos não apreendidos e que são será de 45 (quarenta e cinco) dias consecutivos.
motivo de sua Dependência. Parágrafo Único: Decorrido o prazo estabelecido no
Art. 17 A relação nominal dos alunos em Progressão caput deste artigo, fica a escola receptora responsável
Parcial, bem como o resultado final, deverão estar pela regularização de vida escolar do aluno
registrados nos diários de Classe, na Ata de Conselho matriculado.
de Classe e no Livro de Atas de Resultados Finais. Art. 24 As instituições de ensino do Sistema Municipal
Art. 18 O aluno concluinte do 9º (nono) ano de deverão emitir o histórico escolar no prazo máximo de
escolaridade, que permanecer em Progressão Parcial, 20 (vinte) dias úteis após solicitado pelo aluno ou seu
poderá ser matriculado em uma instituição de ensino responsável.
da Rede Municipal de Ensino, exclusivamente para
cursar a (s) dependência(s) na(s) qual (ais) não obteve

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Art. 25 O Histórico Escolar deverá ser expedido por O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
ocasião de transferência, de conclusão de curso no DUQUE DE CAXIAS – CME/DC, no uso de suas
verso do certificado e sempre que for solicitado. atribuições, fixadas pela Lei Municipal nº 1869/2005.
§ 1º Quando da expedição do Histórico Escolar no
decorrer do ano letivo, por motivo de transferência, DELIBERA:
deve conter os resultados apurados no ano letivo em Art. 1º. Convocar todos os cidadãos que de forma
curso e o percentual da freqüência do aluno até o direta ou indireta, influenciam na qualidade da
momento da solicitação; educação no Município de Duque de Caxias, para
§ 2º O aluno que solicitar transferência com reprovação participarem do lançamento e construção do processo
na última série cursada, será transcrita a situação final. educativo de elaboração do Plano Municipal de
Art. 26 O Histórico Escolar emitido pela última escola Educação.
freqüentada pelo aluno deverá conter a transcrição dos Parágrafo Único. O lançamento acontecerá no dia 6
dados relativos às séries cursadas em outras escolas, de dezembro do corrente ano, às 9 horas em local a
conforme dados apresentados no Histórico Escolar ser amplamente divulgado.
recebido: Art. 2º. É assegurada a cada entidade, pública ou
§ 1º não poderão ser alterados quaisquer dados privada, sindicatos e associações de profissionais,
relativos aos registros da vida escolar cursada usuários, comunidade escolar e local do Município de
anteriormente; Duque de Caxias, a participação no processo de
§ 2º somente será registrado no Histórico Escolar os construção do Plano Municipal de Educação, através
ano letivos em que o aluno obteve aprovação; de discussões em suas bases, Pólos, Pré-Conferências
§ 3º os alunos que tiverem em sua vida escolar e na Conferência Municipal de Educação.
procedimento de reclassificação, resultados § 1º. O Conselho Municipal de Educação divulgará os
decorrentes deste serão assentados no espaço Pólos com as respectivas áreas de abrangência.
destinado as observações; § 2º. As Entidadesprevistas no caput deste Artigo serão
§ 4º os alunos com dispensa da prática de educação agrupadas nos Pólos de acordo com a área
física ou amparados pelo Decreto-Lei 1044/69, deverá geográfica.
ter informação registrada no espaço das observações. Art. 3º. O Conselho Municipal de Educação organizará
Art. 27 É facultativo ao aluno solicitar o Histórico um Seminário por Pólo, aberto a toda comunidade
Escolar independente de solicitar transferência. onde apresentará instrumentos que facilitem a
TÍTULO VII participação da população em geral no processo
Das Disposições Gerais educativo de elaboração do Plano Municipal de
Art. 28 Fica sob responsabilidade da Supervisão Educação.
Educacional da Secretaria Municipal de Educação o § 1º. Nos Seminários serão escolhidos os
controle e o acompanhamento da escrituração da vida Coordenadores de cada Pólo, devendo ser
escolar do aluno regularmente matriculado na contempladas todas as representações (técnicos da
instituição de ensino. SME, profissionais das escolas, lideranças das
Art. 29 Esta Deliberação entrará em vigor na data de organizações comunitárias e sindicais).
sua aprovação, revogada as disposições em contrário. § 2º. Os Coordenadores ficarão responsáveis em
organizar e encaminhar para o Conselho Municipal de
A Câmara de Planejamento, Legislação e Educação a agenda de atividades dos Pólos e
Normas acompanha o voto do Relator sistematização das propostas que serão encaminhadas
Conselheira Maria Celeste Rodrigues Pais Alves – para as Pré-Conferências.
Relatora § 3º. O Conselho Municipal de Educação fará ampla
Conselheira Ângela Garrido de Carvalho – Membro divulgação da agenda dos Seminários e das Pré-
Conselheira Marlúcia Santos de Souza – Membro Conferências, através dos meios de comunicação de
Conselheiro Djalma da Rocha Vaz Neto – Presidente grande circulação no Município.
§ 4º. Todos os participantes dos Pólos terão direito a
Conclusão do Plenário voz e voto nas reuniões plenárias deliberativas.
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade. Art. 4º. As reuniões plenárias acontecerão nos Pólos
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 05 de outubro antecedendo as Pré-Conferências, com data e horário
de 2006. definidos pelos próprios.
Parágrafo Único. As reuniões plenárias deliberativas
para as Pré-Conferências constituem-se em espaços
de estudo e debates relacionados as temáticas em
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS pauta:
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO a) Gestão democrática;
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO b) Valorização profissional;
c) Qualidade de Ensino;
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 09/2007 d) Acesso e permanência;
Convoca e estabelece as diretrizes e) Estrutura e Financiamento.
metodológicas do processo de construção Art. 5º. As Pré-Conferências deverão ser realizadas em
do Plano Municipal de Educação. data, local e horário definidos pelo Conselho Municipal
de Educação – CME/DC.
§ 1º. As reuniões deliberativas são a instância de
intercâmbio de discussões e fomento de ações

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reflexivas do processo educacional do Município de Art. 16. Os casos omissos serão resolvidos pelo
Duque de Caxias. Conselho Municipal de Educação.
§ 2 º. Nas Pr é- Co nf er ê n c i as s er ão e l e it os o s Art. 17. Esta Deliberação entrará em vigor na data de
de l e ga d os p ara par t i c i par d a I Co nf er ê nc i a sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.
Municipal de Educação de Duque de Caxias. Conclusão do Plenário
§ 3º. Os Conselheiros Municipais de Educação são A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.
delegados natos.
Art. 6º. O Conselho Municipal de Educação Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 04 de outubro
apresentará na Pré-Conferência o número de de 2007.
delegados por Pólo para participar da Conferência Conselheira Ângela Garrido de Carvalho-Relatora
Municipal de Educação, garantindo a participação das Selma Maria Silva Rodrigues
entidades previstas no Artigo 2º desta Deliberação. Presidente do CME/DC
§ 1º. As inscrições dos delegados para a Conferência
Municipal deverão ser realizadas nas dependências do
Conselho Municipal de Educação, pelos coordenadores ESTADO DO RIO DE JANEIRO
de Pólos. PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
§ 2º. São requisitos para inscrição dos delegados: CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
I- Cópia da ata de eleição dos delegados dos Pólos;
II- Relatório com as propostas aprovadas nas plenárias DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 10/2007.
locais. Altera o parágrafo único do artigo 1º
Art. 7º. A I Conferência Municipal de Educação de da Deliberação CME/DC Nº 09/2007.
Duque de Caxias exercerá suas atividades e ações em O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
consonância com as políticas federais, estaduais e DUQUE DE CAXIAS – CME/DC, no uso de suas
municipais. atribuições, fixadas pela Lei Municipal nº 1869/2005.
§ 1º. A I Conferência Municipal de Educação de Duque DELIBERA:
de Caxias deverá ser amplamente divulgada no Art. 1º. O parágrafo único do artigo 1º da Deliberação
Município de Duque de Caxias, sendo de CME/DC Nº 09/2007, passa a vigorar com a seguinte
responsabilidade do Conselho Municipal de Educação redação:
definir data, local e horário.
§ 2º. Os participantes da I Conferência Municipal de “Parágrafo Único. O lançamento acontecerá no dia 13
Educação serão divididos nas categorias de de dezembro do corrente ano, às 9 horas em local a
convidados e delegados. ser amplamente divulgado.”
Art. 8º. A I Conferência Municipal de Educação tem por
finalidade a proposição de diretrizes e metas Art. 2º. Esta Deliberação entrará em vigor na data de
educacionais com vistas a elaboração do Plano sua aprovação, revogadas as disposições em contrário.
Municipal de Educação. Conclusão do Plenário
Art. 9º. São objetivos gerais da I Conferência Municipal A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.
de Educação: Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 29 de
I – Propor diretrizes e metas educacionais com vistas à novembro de 2007.
elaboração do Plano Municipal de Educação;
II – Acompanhar as políticas e as ações que garantam Conselheira Ângela Garrido de Carvalho-Relatora
o acesso e a permanência do processo educativo;
III – Promover o debate em torno das questões
relacionadas com o processo ensino-aprendizagem.
Art. 10. A organização da I Conferência Municipal de Selma Maria Silva Rodrigues
Educação terá como órgão geral de administração o Presidente do CME/DC.
Conselho Municipal de Educação,nomeado pela
Portaria nº 001/GS-SME/07 para esse fim. ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
Art. 11. Para fins de realização de Conferência SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Municipal de Educação serão dinamizados grupos de CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
trabalho para reflexões, debates e redação de
proposições finais entre os delegados. DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 11/2008.
Art. 12. A Plenária da Conferência Municipal de Da nova redação ao artigo 6º
Educação constitui-se no espaço da discussão coletiva da Deliberação CME/DC Nº 08/2006 que fixa normas e
onde serão apresentadas as proposições finais procedimentos para o acesso e permanência de alunos
elaboradas nos grupos de trabalho. nas unidades escolares do Sistema Municipal de
Art. 13. A votação das proposições na plenária da Ensino de Duque de Caxias.
Conferência Municipal de Educação compete apenas
aos delegados. O CONSELHO MUNICIPAL DE
Art. 14. O material de orientação dos trabalhos deverá EDUCAÇÃO DE DUQUEDE CAXIAS – CME/DC, no
ser retirado na sede do Conselho Municipal de uso de suas atribuições, fixadas pela Lei Municipal nº
Educação. 1869/2005.
Art. 15. Caberá à Secretaria Municipal de Educação, a DELIBERA:
adoção das providências necessárias ao cumprimento Art. 1º. O artigo 6º da Deliberação CME/DC Nº
do objeto desta Deliberação. 08/2006, passa vigorar com a seguinte redação:

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“Art. 6º. Para fins de matrícula inicial, para alunos sem
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 22 de outubro
vida escolar anterior, nas unidades escolares da rede
de 2009.
pública do Sistema Municipal de Ensino de Duque de
Caxias, será observada a idade mínima, completa ou a MARIA DE LOURDES TAVARES HENRIQUES
completar até aos 31 (trinta e um) dias do mês de Presidente do Conselho Municipal de Educação
março do ano de ingresso o respectivo ano de
escolaridade.
Parágrafo único: As instituições de educação infantil
privada fixarão nos seus regimentos internos o dia
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
limite, para a idade mínima completa ou a completar,
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
para o ingresso no respectivo ano de escolaridade. SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
I – Na Educação Infantil CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
a) Creche – para crianças de até 3 (três) anos e 11
(onze) meses; DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 13/2011.
b) Pré-escola – para crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) Altera as normas para expedição de Certificado de
anos e 11 (onze) meses completos. conclusão do Ensino Fundamental da Rede Pública
II – No Ensino Fundamental Municipal de Ensino de Duque de Caxias.
a) 1º ano de escolaridade – 06 (seis) anos.
b) 2º ano de escolaridade – 07 (sete) anos. O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
c) 3º ano de escolaridade – 08 (oito) anos. DE DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições
d) 4º ano de escolaridade – 09 (nove) anos. legais:
e) 5º ano de escolaridade – 10 (dez) anos.
f) 6º ano de escolaridade – 11 (onze) anos. DELIBERA:
g) 7º ano de escolaridade – 12 (doze) anos. Art. 1º As Unidades Escolares Municipais integrantes
h) 8º ano de escolaridade – 13 (treze) anos. do Sistema Municipal de Ensino, que ministram os
i) 9º ano de escolaridade – 14 (quatorze) anos. anos finais de escolaridade do Ensino Fundamental,
Art. 2º. Esta Deliberação entrará em vigor na data de emitirão Certificado deconclusão do Ensino
sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. Fundamental, conforme solicitação do aluno e ou
responsável.
Conclusão do Plenário Art. 2º As Unidades Escolares deverão organizar a
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade. relação dos alunos em papel timbrado, sem rasuras e
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 16 de outubro com a assinatura do Diretor, do Secretário Escolar e
de 2008. ratificada pelo Supervisor Educacional da Secretaria
Municipal de Educação.
Parágrafo único. Os alunos em Progressão Parcial só
farão jus ao Certificado de conclusão do Ensino
Selma Maria Silva Rodrigues Fundamental após a conclusão da Progressão Parcial.
Presidente do CME/DC. Art. 3º O registro dos Certificados expedidos pelas
Unidades Escolares será assentado em livro(s)
próprio(s), com o respectivo ano letivo, sem rasuras.
Do registro constarão, além do nome completo do
ESTADO DO RIO DE JANEIRO aluno, os seguintes dados de identificação,
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
nacionalidade, naturalidade, data de nascimento,
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO número da cédula de identidade, para maiores de 16
(dezesseis) anos, data da conclusão, número do
DELIBERAÇÃO CME/DC Nº 12/2009. registro.
Revoga a Deliberação CME/DC nº Parágrafo único: O Diretor e o Secretário da Unidade
09/2007 e dá outras providências. Escolar assinarão o termo de abertura do livro a que se
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE refere o “caput” deste artigo e rubricarão as respectivas
DUQUE DE CAXIAS – CME/DC, no uso de suas folhas obrigatoriamente numeradas.
atribuições, fixadas pela Lei Municipal nº 1869/2005. Art. 4º A relação dos alunos concluintes do Ensino
Fundamental, das modalidades atendidas, serão
DELIBERA: arquivadas na Unidade Escolar e na Divisão de
Art. 1º. Fica revogada a Deliberação CME/DC Nº Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de
09/2007 que convoca e estabelece as diretrizes Educação.
metodológicas do processo de construção do Plano Art. 5º. O diretor e o Secretário da Unidade Escolar
Municipal de Educação. são, para todos os efeitos, responsáveis pela
Art. 2º. Recomenda que a Secretaria Municipal de regularidade e expedição dos Certificados, bem como a
Educação coordene as ações para a construção do guarda dos documentos que comprovem sua
Plano Municipal de Educação de Duque de Caxias. expedição.
Art. 3º. Esta Deliberação entrará em vigor na data de Art. 6º As pastas, o livro de Certificação e a relação
sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. dos alunos concluintes do Ensino Fundamental serão
conferidos pelo Supervisor Educacional da Secretaria
Conclusão do Plenário Municipal de Educação.
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade.

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Art. 7º A segunda via do Certificado será requerida institucionais, não domésticos, que constituem
pelo interessado à Unidade Escolar ou à Divisão de estabelecimentos educacionais públicos ou privados,
Supervisão Educacional da Secretaria Municipal de que educam e cuidam de crianças na faixa etária de 0
Educação, em caso de escola extinta. (zero) a 5 (cinco) anos e 11 (onze) meses de idade.
Parágrafo único. O documento a que se refere este Parágrafo único. É obrigatória a matrícula na
artigo será expedido com a observação “2ª via”. Educação Infantil de crianças a partir de 4 (quatro)
Art. 8º Os certificados expedidos pelas Unidades anos de idade, estes completados até o dia 31 (trinta
Escolares, a partir do ano letivo de 2007, obedecerão e um) de março do ano em que ocorrer a matrícula.
obrigatoriamente ao modelo padrão emitido pela Art. 2º. Todas as Instituições de ensino que cuidam e
Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias, educam crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e 11
constante no anexo I, em formato folha A4. (onze) meses, localizadas no município de Duque de
§1º Os impressos a que se refere este artigo serão Caxias, devem ser autorizadas, inspecionadas e
entregues pela Divisão de Supervisão Educacional da avaliadas pelo Conselho Municipal de Educação, de
Secretaria Municipal de Educação à Direção das acordo com esta e outras legislações pertinentes,
Unidades Escolares ou a portador credenciado, após a excetuando-se as mantidas pela União.
entrega da listagem dos concluintes. Art. 3º. A autorização de funcionamento e a inspeção
§2º No caso de rasura no preenchimento dos das Instituições privadas de Educação Infantil, que
impressos, só haverá reposição mediante a atuam na educação de crianças de 0 (zero) a 5
apresentação na Divisão de Supervisão Educacional da (cinco) anos e 11 (onze meses), serão reguladas
Secretaria Municipal de Educação, dos documentos pelas normas desta Deliberação.
rasurados, através de ofício. Parágrafo único. Para efeitos desta Deliberação,
Art. 9º Esta Deliberação entrará em vigor na data de entende-se por Instituições privadas de Educação
sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. Infantil aquelas enquadradas nas categorias de
particulares, comunitárias, confessionais e
Conclusão do Câmara filantrópicas, nos termos do artigo 20 da Lei Federal
A Câmara de Planejamento, Legislação e nº 9.394/1996.
Normas acompanha o voto do Relator. Art. 4º. A Educação Infantil será oferecida em:
I – Creches ou entidades equivalentes, para crianças
Conselheira Rogéria de Lima Bezerra Pedra – de 0 (zero) a 3 (três) anos e 11 (onze) meses de
Presidente/Relatora idade;
Conselheira Carla de Andrade Couto – Membro a) A modalidade Creche organiza-se, conforme faixa
Conselheiro Erick Lima Albertino – Membro etária, pela forma a seguir:
Conselheira Leila Teixeira Sampaio Fardim – Membro 1) De 0 (zero) até 11 (onze) meses - Berçário I;
2) De 1 (um) ano até 1 (um) ano e 11 (onze)
Conclusão do Plenário meses - Berçário II;
A presente Deliberação foi aprovada por unanimidade. 3) De 2 (dois) anos até 2 (dois) anos e 11 (onze)
meses - Maternal I;
Sala das Sessões, em Duque de Caxias, 14 de julho de 4) De 3 (três) anos até 3 (três) anos e 11 (onze)
2011. meses - Maternal II.
II – Pré-escola, para crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
ROSELI RAMOS DUARTE FERNANDES anos e 11 (onze) meses de idade;
Presidente a) A modalidade Pré-escola organiza-se, conforme
faixa etária, pela forma a seguir:
1) De 4 (quatro) anos até 4 (quatro) anos e 11
(onze) meses - Pré-Escola I;
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2) De 5 (cinco) anos até 5 (cinco) anos e 11
PREFEITURA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS (onze) meses - Pré-Escola II.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO III – Centros Comunitários de Educação Infantil
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO instituídos por:
DELIBERAÇÃO CME/DC nº: 14/2014 a) Grupos de pessoas físicas;
b) Grupos de uma ou mais pessoas jurídicas;
Revoga a Deliberação CME/DC nº 02/2005, que fixa c) Cooperativas Educacionais;
normas para autorização de funcionamento de d) Todos os Grupos mencionados acima não
Instituições privadas de Educação Infantil que terão fins lucrativos, além de serem obrigados a
assistem e educam crianças na faixa etária de 0 cumprirem as determinações abaixo assinaladas.
(zero) a 5 (cinco) anos e 11 (onze) meses. 1) As Entidades mantenedoras, deverão ter em
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO seu quadro funcional representantes da comunidade;
DE DUQUE DE CAXIAS, no uso de suas atribuições 2) Não deverá haver remuneração a qualquer
legais, integrante da Diretoria da Entidade mantenedora;
DELIBERA: 3) Os serviços prestados por essas Entidades
CAPITULO I mantenedoras, deverão ser destinados para um
DA EDUCAÇÃO INFANTIL público que tenha, pelo menos, 75% (setenta e cinco
Art. 1º. A Educação Infantil, primeira etapa da por cento) de seus integrantes com renda familiar de
educação básica, é oferecida em Creches e Pré- até 2 (dois) salários mínimos.
escolas, as quais se caracterizam como espaços

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Art. 5º. As crianças com necessidades educacionais CAPÍTULO III
especiais integrarão classes regulares, sempre que DA PROPOSTA PEDAGÓGICA E DO REGIMENTO
possível. ESCOLAR
Art. 6º. As instituições de Educação Infantil poderão Art. 10. A Proposta Pedagógica das Instituições de
funcionar em diferentes horários: Educação Infantildeve estar fundamentada na
I – Parcial - Aquele em que o aluno frequenta um dos concepção de criança como cidadã, em processo de
turnos de funcionamento; desenvolvimento ativo da construção do seu
II – Ampliado - Aquele em que o aluno frequenta um conhecimento, como sujeito social e histórico, e deve,
dos turnos e amplia sua permanência no conforme determinam as Diretrizes Curriculares
estabelecimento, sem, no entanto, completar o horário Nacionais, ser baseada nos seguintes princípios
do outro turno; norteadores:
III – Integral - Aquele em que o aluno frequenta o I - Princípios Éticos da autonomia, da
horário correspondente aos dois turnos de responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao
funcionamento. bem comum, ao meio ambiente e as diferentes
Parágrafo único. A jornada máxima de permanência culturas, identidades e singularidades;
da criança no ambiente institucional da Creche ou II - Princípios Políticos dos direitos e deveres de
Pré-escola é de 10 horas diárias, para que se garanta cidadania, no exercício da criticidade e do respeito à
o seu necessário tempo de convivência no ambiente ordem democrática;
familiar. III - Princípios Estéticos da sensibilidade, da
Art. 7º. A entidade mantenedora é a responsável pela criatividade, da ludicidade e da diversidade de
gestão pedagógica e administrativa das instituições criações e de manifestações artísticas e culturais.
de ensino para crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e Parágrafo único. A elaboração e a implementação da
11(onze) meses, respeitada a legislação do sistema proposta pedagógica de cada instituição devem
ao qual está integrada. expressar esses princípios e as suas peculiaridades,
CAPÍTULO II referentes tanto à ideias e concepções, como à
DAS FINALIDADES E DOS OBJETIVOS infraestrutura e ao pessoal disponível.
Art. 8°. A Educação Infantil tem por finalidade o § 1º. A Proposta Pedagógica não será objeto de
desenvolvimento integral da criança de 0 (zero) a 5 avaliação ou de aprovação por parte do Poder
(cinco) e 11(onze) meses de idade, em seus aspectos Público,
físico, psicomotor, cognitivo, linguístico, afetivo, ético, Art.11. As Instituições de Educação Infantil deverão
estético, cultural e social, complementando a ação da elaborar e executar a sua proposta pedagógica
família e da comunidade. considerando os seguintes aspectos:
Parágrafo único. Nesta etapa, a ação pedagógica I – As concepções de criança, infância, educação,
será caracterizada pela indissociabilidade entre as educação infantil, conhecimento, cultura,
ações de educar e cuidar, considerando as vivências aprendizagem, desenvolvimento, currículo e
socioculturais das crianças. sociedade;
Art. 9°. A Educação Infantil tem como objetivos: II – Os fins e objetivos da escola e da Proposta
I – Proporcionar as condições adequadas à promoção Pedagógica;
do bem-estar, da proteção, do cuidado e educação, III – O diagnóstico socioeconômico e cultural da
das aprendizagens e do desenvolvimento da criança; população a ser atendida e da comunidade na qual se
insere;
II – Estimular a criança a observar e explorar o IV – Regime de funcionamento, descrevendo com
ambiente em que vive, com atitude de curiosidade, clareza como se dará o funcionamento do horário
percebendo-se como integrante, dependente, agente parcial, do horário ampliado e do horário integral;
transformador e valorizando atitudes que contribuam V – O espaço físico, as instalações e os
para sua conservação; equipamentos;
III – Possibilitar à criança situações que a levem a VI – Os profissionais de que dispõe, especificando os
estabelecer e ampliar suas relações sociais, cargos e funções, habilitações e níveis de
articulando seus interesses e pontos de vista com os escolaridade;
demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo VIII – A organização de todos os grupos de crianças,
atitudes de ajuda e colaboração; indicando em cada um deles as faixas etárias das
IV – Promover situações de aprendizagens crianças, o número de crianças e de professores;
significativas e intencionais que possibilitem a IX – A inclusão de crianças com necessidades
apropriação e produção de conhecimento e cultura. especiais;
X – A organização do cotidiano do trabalho junto às
crianças;
XI – O processo de acompanhamento do
desenvolvimento integral das crianças;
XII – O processo de articulação da Educação Infantil
com o Ensino Fundamental,
XIII – O processo de planejamento geral e avaliação
institucional.

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Parágrafo único. Nos casos de pedido para b) O tipo: Creche e/ou Pré-escola;
funcionamento como instituição bilíngue, inserir c) O endereço completo da escola, endereço
na Proposta Pedagógica qual será a segunda eletrônico, telefone, fax;
língua a ser ministrada e a forma de d) Os dados cadastrais da entidade Mantenedora.
funcionamento. II – Os fins e objetivos da Instituição;
Art.12..Os currículos da Educação Infantil devem ter III – Da organização dos Grupos:
base comum nacional, a ser complementada, em a) A nomenclatura e critérios para a organização dos
cada estabelecimento escolar, por uma parte grupos;
diversificada, exigida pelas características regionais e b) O número de crianças e de profissionais por grupo.
locais da sociedade, da cultura, da economia e dos IV – Da organização da Ação Educativa:
educandos. a) A concepção de currículo;
Art. 13. As Instituições de Educação Infantil devem b) A organização do planejamento didático-
criar procedimentos para o acompanhamento do pedagógico.
trabalho pedagógico e para a avaliação do V – Da organização Administrativa:
desenvolvimento da criança, sem objetivo de seleção, a) Os diversos setores e equipes que compõem a
promoção ou classificação, garantindo: estrutura administrativa e deliberativa da Instituição;
a) A observação crítica e criativa das atividades, b) A forma de organização, composição, atribuições
das brincadeiras e interações das crianças no dos setores e da equipe e sua qualificação
cotidiano; profissional;
c) O calendário escolar;
b) A utilização de múltiplos registros realizados d) O horário de funcionamento;
por adultos e crianças (relatórios, portfólios, e) O período de férias;
fotografias, desenhos, álbuns, entre outros); f) A matrícula;
c) A continuidade dos processos de g) Os direitos e deveres das crianças e dos
aprendizagens, por meio da criação de estratégias profissionais;
adequadas aos diferentes momentos vividos pela h) O espaço físico.
criança; VI - Da avaliação do processo educacional das
d) A documentação específica, contendo um crianças e da instituição;
relatório descritivo que permita registrar os processos VII – Da Matriz Curricular.
de desenvolvimento e aprendizagem de cada criança; Art. 16. A escola deverá manter em sua secretaria
e) A avaliação mediante acompanhamento e escolar, livros de registros e arquivos documentais,
registro do desenvolvimento das crianças, sem que funcionarão como centro de informações, de
objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao modo a garantir a guarda e conservação da
ensino fundamental, e que não poderá ocasionar, em documentação existente na Instituição, e deverá
hipótese alguma, a retenção do aluno; contemplar:
f) A carga horária mínima anual de 800 horas, a) Arquivo dos Atos Legais da Escola (Ata de
distribuídas pelo mínimo de 200 dias de trabalho Criação, Cadastro junto ao Sistema de Ensino,
educacional; Parecer de Autorização de funcionamento, e outros
g) O atendimento à criança de, no mínimo, 4 atos legais);
(quatro) horas diárias para o turno parcial, e de 7 b) Arquivo da Legislação do Ensino;
(sete) horas para a jornada integral; c) Arquivo da Documentação dos Recursos
h) No controle de frequência pela instituição pré- Humanos da Escola;
escolar, será exigido o mínimo de 60% do total de d) Arquivo da Documentação dos Alunos,
horas da criança; devidamente organizados em pastas individuais.
i) A expedição de documentação que permita §1º. A guarda da documentação deve ser criteriosa,
atestar os processos de desenvolvimento e para assegurar a rapidez das informações.
aprendizagem da criança. CAPÍTULO IV
Art. 14. O Regimento Escolar é o documento DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
normativo elaborado pela instituição de Educação Art. 17. A Equipe Pedagógica das Instituições de
Infantil, de acordo com a legislação vigente, de sua Educação Infantil deve ser composta pelo Diretor,
inteira responsabilidade, devendo ser registrado em pelo Coordenador Pedagógico, por Professores e
Cartório de Registro de Títulos e Documentos. Auxiliares de Ensino.
§1º. Todas e quaisquer alterações na estrutura, §1º. Os Diretores das Instituições de Educação
composição e funcionamento da escola deverão ser Infantil, deverão possuir formação superior em
incluídas no Regimento Escolar, sob a forma de Pedagogia;
adendo ou reformulação, e serão, também, §2º. Entende-se por Auxiliar de Ensino, o profissional
devidamente registradas em Cartório de Registro de com formação mínima e que tenha concluído o Curso
Títulos e Documentos. de Formação de Professores (antigo Normal), sendo
§2º. As alterações do regimento escolar entrarão em que este atuará juntamente com o Professor, em sala
vigor no próximo período letivo. de aula e em outros espaços pedagógicos.
Art. 15. A elaboração do Regimento Escolar deverá §3º. Os Auxiliares de Ensino atuarão sob a orientação
orientar-se pelo seguinte roteiro: do Professor, de acordo com a relação
I – A identificação da Instituição de Educação Infantil Profissional/Aluno mencionada nesta Deliberação.
e de sua Mantenedora, que deverá conter: Art. 18. A Organização dos grupos decorrerá das
a) A denominação; especificidades da Proposta Pedagógica, e não

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deverá exceder a relação Professor/Criança adiante área, em número suficiente para as piscinas
descrita: existentes.
I - Na faixa etária de 0 (zero) a 1(um) ano e 11(onze) CAPÍTULO V
meses, para cada turma de 6(seis) crianças, haverá DA INFRAESTRUTURA
1(um) professor, que, a partir da matrícula da Art. 24. Os espaços físicos, os materiais e
7ª(sétima) criança, contará com um auxiliar de ensino, equipamentos das instituições de Educação Infantil,
limitando-se ao máximo de 12(doze) alunos por sendo indicadores importantes para a definição de
turma; práticas educativas de qualidade, devem respeitar as
II - Na faixa etária de 2 (dois) anos aos 2 (dois) anos e necessidades de saúde, alimentação, proteção,
11(onze) meses, para cada turma de 8 (oito) crianças, descanso, interação, conforto, higiene, aprendizagens
haverá 1(um) professor, que, a partir da matrícula da e aconchego, características das crianças de 0 (zero)
9ª(nona) criança, contará com um auxiliar de ensino, a 5 (cinco) anos e 11(onze) meses, assim como visar
limitando-se ao máximo de 16(dezesseis) alunos por a execução da Proposta Pedagógica adotada.
turma; Art. 25. O imóvel deverá apresentar condições
III - Na faixa etária de 3(três) anos aos 3(três) anos e adequadas de localização, acesso, segurança,
11(onze) meses, para cada turma de 10 (dez) salubridade, saneamento e higiene, em conformidade
crianças, haverá 1 (um) professor, que, a partir da com a legislação que rege a matéria, admitindo-se
matrícula da 11ª (décima primeira) criança, contará para os Centros Comunitários de Educação Infantil a
com 1(um) auxiliar de ensino, limitando-se ao máximo adequação às peculiaridades locais, desde que
de 20(vinte) alunos por turma; devidamente comprovada pela Equipe de Comissão
IV - Na faixa etária de 4 (quatro) anos aos 5(anos) verificadora designada pelo Conselho Municipal de
anos e 11(onze) meses: Educação.
a) Sendo o horário de atendimento Integral, para §1º. As instituições de Educação Infantil devem
cada turma de 12 (doze) crianças, haverá 1 (um) contemplar as especificidades de cada agrupamento
professor, que, a partir da matrícula da 13ª (décima que atende, bem como possibilitar a acessibilidade de
terceira) criança, contará com 1 (um) auxiliar de crianças e adultos com deficiências.
ensino, limitando-se ao máximo de 20 (vinte) alunos §2º. Em se tratando de grupos de Educação Infantil,
por turma; em escolas de Ensino Fundamental e/ou Médio,
b) Sendo o horário de atendimento Parcial, alguns dos espaços deverão ser de uso exclusivo das
haverá 1 (um) professor para cada turma, limitando-se crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos e 11(onze)
ao máximo de 20 (vinte) alunos por turma. meses, podendo outros serem compartilhados com os
Art. 19. As Instituições podem optar pelo demais níveis de ensino, desde que a ocupação
funcionamento com grupos compostos por crianças ocorra em horário diferenciado.
de faixas etárias diferentes na modalidade Creche e, Art. 26. Os prédios onde funcionam as instituições de
também, na modalidade Pré-escola, obedecendo à Educação Infantil devem ser de uso exclusivo para
relação profissional/criança correspondente à menor atividades educacionais, não se admitindo
faixa etária. dependências comuns a domicílios ou a
Art. 20. Os horários do Diretor e do Coordenador estabelecimentos comerciais, excetuando-se as
Pedagógico deverão ser organizados de modo que cantinas.
sempre haja um responsável durante o período de Art. 27. As construções, adaptações, reformas ou
funcionamento, observando-se a carga horária ampliações das edificações destinadas à Educação
mínima de 4 (quatro) horas diárias, totalizando-se ao Infantil deverão seguir as especificações
menos, 20 (vinte horas) semanais. estabelecidas nos Parâmetros Básicos de
Parágrafo único. As funções de Diretor e Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil,
Coordenador Pedagógico serão exercidas por do CNE-MEC, e no Código de Obras e Posturas do
profissionais distintos. Município de Duque de Caxias.
Art. 21. A Docência da Educação Infantil será §1º. O acesso à entrada principal das edificações e
exercida por um profissional detentor de, pelo menos, suas passagens internas que apresentem desnível
uma das seguintes formações: em relação à rua ou aos ambientes internos devem
I - Em nível médio, Curso de Formação de ser feitos por meio de rampas equipadas com
Professores (antigo Normal); corrimão e piso antiderrapante.
II - Em nível superior, em cursos de graduação que §2º. O imóvel deverá garantir ambientes amplos, que
confiram habilitação legal para o magistério na permitam a livre movimentação das crianças,
Educação Infantil. conforme os preceitos de acessibilidade universal
Art. 22. A Escola bilíngue contratará, para lecionar o previstos pela Associação Brasileira de Normas
idioma escolhido pela instituição, professor com Técnicas – ABNT, pelo Decreto Federal nº 5.296, de
habilitação/proficiência na segunda língua, ficando 02/12/2004, e pela Resolução nº 08, de 20/07/2001,
sua atuação na Educação Infantil condicionada aos do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa
planejamentos elaborados juntamente com os demais Portadora de Deficiência – CONADE, observadas em
professores e o Coordenador Pedagógico. tudo a Lei nº 10.048/2000 e a Lei nº 10.098/2000.
Art. 23. A Instituição que possuir piscina deverá ter §3º. As janelas e sacadas existentes no pavimento
em seu quadro de pessoal um profissional que superior devem ter grade(s) ou tela(s) protetora(s).
desempenhe a função de Guardião de Piscina, §4º. Todos os ambientes deverão ser bem iluminados
devidamente habilitado, e com curso certificado na e ventilados, preferencialmente de maneira natural,
proporcionando não só conforto visual e térmico para

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crianças e adultos que os utilizam, como também a lazer e ambiental.
salubridade, ao contribuir para a não proliferação de Art. 29. As Instituições de Educação Infantil que
focos de doenças. atendem à faixa de 0 (zero) a 3 (três) anos em
§5º. A piscina deve possuir, em seu contorno, piso período integral, devem também dispor de:
antiderrapante, lona protetora apropriada e grades, I - Dormitórios com berços de uso individual,
com a altura exigida pelo órgão competente assegurada a distância entre um e outro e em relação
(estabelecer o órgão, ou a exigência se torna à parede de, no mínimo, 50 (cinquenta) cm, para o
inexequível – exemplo de tipo aberto), que isole a atendimento dos bebês.
área, e mantenha a segurança dos alunos. II - Salas para repouso das demais crianças, providas
§6º. O imóvel deve dispor de sanitários destinados de colchonetes cobertos com napa e forrados com
exclusivamente ao uso de profissionais que prestam tecido, de tamanhos apropriados para cada faixa
serviços na instituição e aos visitantes, adaptados etária;
para o uso de pessoas com necessidades físicas III - Espaço adequado ao banho e higiene dos bebês,
especiais. contendo piso antiderrapante, trocador e pia, alteados
§7º. As instalações sanitárias devem estar disponíveis em torno de 90 (noventa) cm, para facilitar o trabalho
em quantidade proporcional ao número de alunos dos professores;
matriculados, além de serem próprias para o uso das IV- Espaço adequado ao banho das crianças,
crianças, separados por gênero, com entradas contendo piso antiderrapante, e chuveiros em número
independentes e equipadas com sanitário infantil, em suficiente, bem como cadeira para banho das
todos os casos, adaptados para o uso de alunos com crianças com deficiências;
necessidades físicas especiais. V - Local para amamentação, que ofereça condições
§8º. Os bebedouros devem estar disponíveis em de higiene, conforto e privacidade, além de estarem
quantidade proporcional ao número de alunos providos de cadeiras e/ou poltronas com encosto;
matriculados, além de serem equipados com VI - Lactário destinado à higienização, ao preparo e à
elemento filtrante, e apresentarem dimensões e distribuição das mamadeiras dos bebês de até 01
características que facilitem seu uso pelas crianças. (um) ano de idade, prevendo técnicas de higiene
Art. 28. Os espaços internos e externos das alimentar, de forma que se ofereça às crianças uma
Instituições de Educação Infantil devem ser dieta saudável, sem risco de contaminação;
adequados às atividades administrativas, VII - Espaço específico para o banho de sol das
pedagógicas, recreativas, culturais, de higiene, de crianças;
alimentação, de descanso e de serviços gerais, VIII - Lavanderia ou serviço equivalente para limpeza
contendo estrutura básica que contemple: exclusiva do vestuário e das roupas de cama e de
I - Espaços para secretaria escolar/administração, em banho das crianças;
local seguro e apropriado para a guarda da IX - Prateleiras e/ou armários para a guarda das
documentação do aluno e da instituição, e que fraldas, do vestuário, das roupas de cama e de banho
proporcione facilidade para o atendimento; das crianças, preservando a higiene individual;
II - Sala dos professores/coordenação pedagógica, X - Bancadas para a guarda de brinquedos e
que será destinada à troca de experiências dos materiais utilizados pelas crianças, dispostos de modo
profissionais da instituição e atendimento reservado; acessível.
III - Salas para atividades das crianças, medindo, ao Art. 30. Os equipamentos, mobília e brinquedos das
menos, um metro quadrado por criança, respeitando a Instituições de Educação Infantil devem ter
ocupação máxima correspondente a 80% (oitenta por manutenção periódica, a fim de garantir a segurança
cento) da área física; com mobiliário e equipamentos dos bebês e das crianças.
adequados, que permitam variar sua disposição; boa CAPITULO VI
ventilação e iluminação, com piso devidamente DA AUTORIZAÇÃO E DO CREDENCIAMENTO
adequado, sendo terminantemente proibido o uso de Art. 31. A Autorização de Funcionamento é o ato pelo
carpete ou tapete. qual o Conselho Municipal de Educação regulariza e
IV - Espaço para colocação de espelho, em tamanho permite o funcionamento da Instituição privada de
e altura que possibilite a visualização completa das Educação Infantil, no seu âmbito de competência,
crianças; cumpridas as exigências desta Deliberação.
V - Espaço com identificação para que as crianças §1º. As Instituições privadas de educação infantil,
guardem seus pertences; vinculadas ao Sistema Municipal de Ensino, deverão
VI - Espaço destinado à cozinha e despensa, com protocolar pedido de autorização no protocolo da
instalações adequadas de ventilação e exaustão, para Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, pelo menos,
o armazenamento e o preparo de alimentos, que 120 (cento e vinte) dias antes do início de suas
atendam às exigências da nutrição, saúde, higiene e atividades.
segurança, nos casos de oferta de refeições; §2º. As Instituições já em funcionamento, mas ainda
VII - Área externa, seja esta ao ar livre ou coberta, de sem a devida autorização, deverão regularizar sua
preferência arborizada ou ajardinada, com parque situação, protocolando pedido de autorização de
infantil equipado com brinquedos em perfeito estado funcionamento no protocolo da Prefeitura Municipal
de conservação e manutenção, próprios para de Duque de Caxias.
diferentes faixas etárias, em número compatível com Art. 32. O pedido de Autorização/Credenciamento de
o quantitativo atendido pela instituição, que ofereça funcionamento das Instituições Privadas de Educação
segurança e possibilite o desenvolvimento de Infantil é realizado mediante requerimento inicial
atividades de expressão física, artística, estética, de dirigido à Secretaria Municipal de Educação, que

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deverá ser encaminhado para apreciação do d) Do comprovante da habilitação para o exercício da
Conselho Municipal de Educação, de acordo com as função;
normas específicas para esta etapa da educação e) Para a instituição com piscina, exige-se também o
básica, e será obrigatoriamente instruído com os Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
seguintes documentos: XI - Declaração de atendimento às Leis 10.048/2000 e
I - Requerimento inicial solicitando a autorização e 10.098/2000;
especificando a etapa pretendida de educação infantil, XII - Cópia autenticada do Regimento Escolar,
firmado pela pessoa física responsável pela devidamente registrado no Cartório de Títulos e
mantenedora da Instituição de Ensino Privada, ou Documentos ou Junta Comercial;
pelo representante legal da pessoa jurídica, XIII - Cópia autenticada da proposta pedagógica, que
comprovada a representação por documento hábil contemple detalhadamente o atendimento à
anexado ao requerimento; Educação Infantil;
II - Cópia legível e autenticada do ato constitutivo da XIX - Quadro de indicação das equipes técnica,
entidade mantenedora, registrado na Junta Comercial, pedagógica e administrativa;
sendo exigível: XX - Termo de compromisso do diretor;
a) Da Instituição Filantrópica, apresentação do XXI - Termo de compromisso do responsável pela
Estatuto da Mantenedora; proposta pedagógica;
b) Da Sociedade Privada, apresentação do XXII - Quadro de indicação do corpo docente;
Contrato Social; XXIII - Quadro de indicação dos auxiliares de ensino;
c) Da Empresa Individual, Declaração de XXIV - Quadro de indicação do guardião de piscina.
Empresário. Art. 33. Os estabelecimentos que possuam mais de
III - Cópia legível e autenticada da última alteração um endereço deverão solicitar autorização para cada
contratual efetuada, caso não esteja consolidada em uma das unidades físicas, vinculando-as ao
seu respectivo Ato Constitutivo e devidamente respectivo CNPJ.
registrada na forma do inciso II deste artigo; Art. 34. Cabe ao Conselho Municipal de Educação,
IV - Prova de identidade e de residência da pessoa por meio de Equipe de Professores designadas para
física, ou dos sócios, da mantenedora da instituição, este fim, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da
consistindo de cópias legíveis e autenticadas da primeira protocolização do pedido de Autorização de
cédula de identidade, do CPF e de um dos seguintes Funcionamento, designar uma Comissão Verificadora
comprovantes de residência: para:
a) Conta de prestação de serviços públicos em seu I - Verificar, in loco, as condições para atendimento do
nome; pleito, conforme esta deliberação e os demais
b) Correspondência de instituição bancária ou de instrumentos legais concernentes à matéria;
crédito, em seu nome; II - Analisar os autos processuais, consoante as
c) Contrato de locação em seu nome; normas desta Deliberação e demais instrumentos
d) Recibo de pagamento de condomínio em seu legais concernentes à matéria, e, considerando o
nome. resultado da(s) visita(s) ao imóvel, pronunciar-se
V - Cópias do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica conclusivamente, sobre as condições para
(CNPJ), mencionando Educação Infantil como código deferimento ou indeferimento do pedido de
da atividade principal; autorização de funcionamento, observando que:
VI - Prova de idoneidade financeira da entidade a) Na hipótese de conclusão favorável, deve dar
mantenedora da instituição, consistindo de certidão pronta ciência ao requerente no corpo do processo,
negativa do cartório de distribuição pertinente, com de que está, desde já, automaticamente, autorizado a
validade na data de formação do processo; funcionar nas bases discriminadas no laudo
VII - Cópia legível e autenticada do Alvará de conclusivo da Comissão Verificadora até a emissão
Localização, definitivo, fornecido pela Prefeitura do Ato Autorizativo pelo Conselho Municipal de
Municipal de Duque de Caxias; Educação, a quem cabe providenciar sua entrega ao
VIII - Cópias autenticadas de comprovante de registro representante legal da mantenedora, mediante recibo
de propriedade imobiliária; ou de contrato de locação, no corpo do processo;
ou cessão do direito ao uso do imóvel, para os fins No caso de conclusão desfavorável, a Comissão
propostos, com prazo igual ou superior a 3 (três) Verificadora deve dar pronta ciência de seus termos
anos, com período a vencer de, no mínimo, 2 (dois) ao requerente, fornecendo-lhe cópia da conclusão
anos, na data de formação do processo de pedido de denegatória, mediante recibo no corpo do processo,
autorização ou credenciamento de funcionamento, bem como, informando-lhe do prazo de 30 (trinta) dias
com reconhecimento das firmas dos contratantes; para interposição de recurso ao Conselho Municipal
IX - Declaração de capacidade máxima de de Educação, advertindo-o da impossibilidade de
atendimento (anexo); funcionamento até a decisão final do recurso;
X- Designação do membro da Direção, do b) No caso de descumprimento da obrigação
responsável pela Proposta Pedagógica e do corpo negativa imposta no parágrafo anterior a instituição
docente, juntando cópias legíveis e autenticadas terá o nome imediatamente encaminhado aos órgãos
(Anexo II, III, IV e V): fazendários municipais, ao Conselho Tutelar, ao
a) Da cédula de identidade; Ministério Público e ao Juizado da Infância e
b) Do CPF; Adolescência.
c) Do comprovante de residência, nos mesmos §1º. O Laudo Conclusivo favorável substituirá o Ato
termos expostos no inciso IV deste artigo; Autorizativo, até a sua expedição, e este último,

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quando emitido, terá consignada a data da emissão Conselho Municipal de Educação para apreciação,
do Parecer favorável como a de início de assegurada ampla defesa à instituição.
funcionamento autorizado; Art. 40. O pedido para ampliação de autorização de
§2º. O Conselho Municipal de Educação terá até 120 funcionamento das instituições privadas de educação
(cento e vinte) dias, a partir da protocolização do infantil tem sua origem em requerimento da
pedido de autorização, para se pronunciar. mantenedora dirigido ao Presidente do Conselho
§3º. A inobservância ao disposto nesta Deliberação Municipal de Educação, solicitando autorização de
ensejará encaminhamento de relatório funcionamento, instruído com a seguinte
circunstanciado ao Conselho Municipal de Educação documentação:
sobre a instituição que o submeterá à análise do I- Cópia do último Parecer e da Portaria de
Colegiado, e se pronunciará, através de parecer autorização para funcionamento;
indicativo de: II- Cópia do Regimento Escolar em vigência;
I. Suspensão temporária de funcionamento da III- Cópia da Proposta Pedagógica;
instituição; IV- Cópia recente do Ato Constitutivo da Pessoa
II. Revogação do credenciamento/autorização, Jurídica, ou da sua última alteração contratual
independentemente da vigência. consolidada;
§ 3º. A instituição que obtiver parecer que indique a V - Declaração de Capacidade Máxima de matrícula
aplicação dos incisos previstos neste artigo poderá por turno;
interpor recurso ao Conselho Municipal de Educação, VI - Quadro de Indicação do Corpo Docente.
no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data da Art. 41. Uma vez emitido o Ato de Autorização de
ciência do parecer. Funcionamento, compete ao Conselho Municipal de
Art. 35. O Conselho Municipal de Educação deverá Educação, por meio de ação regular de inspeção,
comunicar aos órgãos fazendários municipais, ao verificar o cumprimento do Regimento e da Proposta
Conselho Tutelar, ao Ministério Público e ao Juizado Pedagógica.
da Infância e Adolescência os casos de negativa de CAPITULO VII
credenciamento ou autorização, de negativa de DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
renovação de autorização e os de revogação de Art. 42. As Instituições Públicas e Privadas têm o
credenciamento ou autorização de funcionamento, compromisso de efetuar a matrícula dos alunos com
instando-os a tomarem as providências cabíveis a necessidades educativas especiais, de acordo com o
cada qual, imediatamente após esgotados os previsto na Lei nº 9.394/96. É responsabilidade do
recursos administrativos. corpo técnico administrativo-pedagógico partilhar a
Art. 36. A ampliação do prédio e a troca de endereço responsabilidade do ensino ministrado para esta
da instituição escolar necessitam de nova autorização clientela.
de funcionamento, emitida pelo Conselho Municipal §1º. Esta ação integradora representa o meio eficaz
de Educação, devendo o Representante Legal de combater atitudes discriminatórias;
constituir processo à luz desta deliberação. §2º. A oferta de Educação Inclusiva tem início na
Art. 37. Nenhuma instituição de educação infantil educação infantil.
poderá funcionar sem o competente Ato de CAPÍTULO VIII
Autorização. DA COMISSÃO VERIFICADORA DESIGNADA
Art. 38. Decorridos 5 (cinco) anos da concessão de PELO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E
autorização de funcionamento, o Conselho Municipal DAS VISITAS E FISCALIZAÇÕES
de Educação, por meio de sua Comissão verificadora Art. 43. Á Comissão Verificadora designada pelo
designada, realizará visita e emitirá Relatório de Conselho Municipal de Educação, é dado
Avaliação/Acreditação Escolar, com vistas a atestar a competência para acompanhamento do processo de
manutenção da qualidade do atendimento, o qual autorização e avaliação sistemática do funcionamento
deverá ser encaminhado ao Conselho Municipal de das instituições privadas de educação infantil.
Educação. Art. 44. A Comissão Verificadora designada pelo
Art. 39. As irregularidades constatadas pela Conselho Municipal de Educação, tem como
Comissão verificadora designada pelo Conselho finalidade operacionalizar as ações do Conselho
Municipal de Educação nas Instituições autorizadas Municipal de Educação, no que tange à fiscalização e
deverão ser comunicadas, imediatamente, ao acompanhamento das instituições do Sistema
Conselho Municipal de Educação quando, à luz desta Municipal de Ensino e as demais ações delegadas por
deliberação e dos demais instrumentos legais este Conselho.
concernentes à matéria, a instituição não oferecer §1º. Sua ação compreende o acompanhamento do
serviço de qualidade, ou não cumprir a legislação processo de autorização e a avaliação da sistemática
pertinente, caso em que poderá ser suspenso ou do funcionamento das instituições privadas de
revogado o Ato Autorizativo. educação infantil, velando pela observância das leis
§1º. O Conselho Municipal de Educação, por meio de de ensino e das decisões do Conselho Municipal de
sua Comissão verificadora designada, realizará visitas Educação, atendido o disposto nesta Deliberação.
periódicas às instituições de ensino; §2º. As irregularidades denunciadas ao Conselho
§2º. Recebida a comunicação de irregularidade, o serão apuradas pela Comissão Verificadora
Conselho Municipal de Educação, através de uma designada pelo Conselho Municipal de Educação, e
Comissão Verificadora realizará uma nova visita a será assegurado o direito de adequação às
Instituição para apurar as irregularidades apontadas. exigências das normas no prazo de noventa dias.
O relatório será novamente encaminhado ao §3º. À Comissão Verificadora designada pelo

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Conselho Municipal de Educação, com base no CONCLUSÃO DA CÂMARA
acompanhamento "in loco" das atividades
administrativas e pedagógicas, caberá propor ao A Câmara de Planejamento, Legislação e Normas
Conselho Municipal de Educação o cancelamento do acompanha o voto do Relator.
ato autorizativo, quando forem comprovadas Conselheira Maria Celeste Rodrigues Pais Alves –
irregularidades que comprometam a funcionalidade da Relatora/Presidente;
instituição. Conselheiro Hilio Pereira Ferrer – Membro;
Art. 45. À Comissão Verificadora designada pelo Conselheiro Erick Lima Albertino – Membro;
Conselho Municipal de Educação compete Conselheira Bianca Fátima Cordeiro dos Santos –
acompanhar e avaliar: Membro Interino.
I - O cumprimento da legislação vigente; CONCLUSÃO DO PLENÁRIO
II - A execução da proposta pedagógica e do
Regimento Escolar; A presente Deliberação foi aprovada na
III - Condições de matrícula e permanência das 106ª Reunião Plenária Ordinária deste Conselho.
crianças na creche, pré-escola ou entidades
equivalentes; Sala de Sessões, em Duque de Caxias, 04 de Julho
IV - O processo de melhoria da qualidade dos de 2013.
serviços prestados, considerando o previsto na PRESIDENTE
proposta pedagógica da instituição de educação
infantil e o disposto na regulamentação vigente;
V - A qualidade dos espaços físicos, instalações e
equipamentos e a adequação às suas finalidades,
segurança e facilidade de acesso;
VI - A regularidade dos registros de documentação e
arquivo.
Art. 46. As alterações que venham a ocorrer na
composição ou denominação da entidade
mantenedora, ou na denominação de fantasia da
instituição mantida, devem ser, obrigatoriamente,
comunicadas de imediato ao Conselho Municipal de
Educação, mediante formação de processo
específico, para fins de registro de alteração dos
dados cadastrais da instituição.
Art. 47. A substituição total ou parcial do corpo
técnico-administrativo (Diretor e Pedagogo) da
Instituição será submetida, para conferência e
cadastramento, ao Conselho Municipal de Educação,
mediante formação de processo específico.
Art. 48. A cessação, interrupção, ou desativação das
Instituições de Educação Infantil autorizadas a
funcionar poderá ocorrer, preferencialmente, ao
término do ano civil, por decisão da Mantenedora,
que, em qualquer caso, fica obrigada a comunicá-la a
este Conselho Municipal de Educação, no prazo
mínimo de 60 (sessenta) dias anteriores à
implementação prática da medida, sob pena de ser
declarada, perante este Conselho, a sua
responsabilidade administrativa pelos prejuízos que
advierem do descumprimento desta disposição, o que
impedirá o representante legal de obter nova
autorização para qualquer empreendimento da
mesma natureza no prazo de 05 (cinco) anos,
independentemente das demais esferas de
responsabilização, civil, penal e administrativa perante
os demais órgãos da Administração Pública.
Art. 49. Os casos omissos serão resolvidos pelo
Conselho Municipal de Educação ou pela Secretaria
Municipal de Educação, conforme o caso.
Art. 50.Esta Deliberação entra em vigor na data de
sua publicação, revogadas as disposições em
contrário, em especial a Deliberação nº: 02/2005
deste Conselho.

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RESUMO DA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL

REGULARIZAÇÃO DE VIDA ESCOLAR


Histórico
ANO LEGISLAÇÃO ASSUNTO OBSERVAÇÃO

-Institui o regime de promoção


- Nestes casos a vida do aluno podia não
- 1962 flexível através de níveis de
- Resolução nº 03/62 apresentar sequência de todos os níveis.
escolarização.
de 26/02/62
- A matrícula no curso Ginasial era - Nestes casos não há necessidade de
- Até 1971
através de Exame de Admissão comprovação de vida escolar anterior.
- 1972
(DOERJ - Dispõe sobre estabelecimento de -Admitia-se a matrícula inicial em
- Resolução nº 18/72
15/03/73 normas para matrícula e qualquer série do 1º grau sem
do CEE DE 11/09/1972
publicada transferência de alunos. comprovação de escolaridade anterior.
em 30/0373.
- Fixa normas para matrícula,
transferência e adaptações de
- Deliberação CEE Nº -Admitia-se matrícula sem comprovação
alunos e dá outras providências,
13/76, de 22/04/1976 de escolaridade anterior.
- 1973 conforme os termos do Parecer
- O aluno era submetido a testes para
DOERJ 77/76.
que pudesse ser amparado para a série
14/02/1973
- Deliberação CEE adequada ao seu conhecimento.
- Altera a redação dos artigos 5º,
nº17/76 de 22/07/1976
12, 13 e parágrafo 1º do artigo 15
da Deliberação n° 13/76
- Admite-se classificação do aluno em
- Deliberação CEE nº
- 1997 - Normatiza artigos da LDB qualquer série ou etapa nos níveis
223/97 de 02/12/97
fundamental e médio
- 1998
Deliberação CEEnº - Altera artigos 3º e 4º da
DOERJ
225/98 de 07/04/1998 Deliberação CEE nº 223/97
28/05/1999
- Regulamenta o processo de
- 1999
- Deliberação CEE nº reclassificação nas Unidades
DOERJ - Reclassificação.
241/99 Escolares de Educação Básica e
21/09/1999
dá outras providências.
- Deliberação CEE nº - Fixa normas para matricula de - Classificação
- 2000 253/2000, alunos na Educação Básica e dá - Reclassificação(obrigatório ao órgão
de06/06/2000 outras providências. próprio do Sistema).
- Avaliação mediante conhecimentos e
- Deliberação CEE nº - Fixa normas para funcionamento
-2000 habilidades obtidos nos processos
259/ de curso de Jovens e Adultos...
formativos extra escolares (Art. 5º)
- Case seja apurada irregularidade na
documentação do aluno, não
- Parecer CEE - Regulariza a vida escolar de
- 2002 comprovando má fé do responsável,
859/2002 Raquel Hoffmann Monteiro,...
cabe a escola que recebeu o aluno, o
ônus da regularização.
-- Fixa normas e procedimentos
para acesso epermanência de - Admite-se a classificação,
.-Deliberação CME/DC
- 2006 alunos nas Unidades Escolares do reclassificação,
nº 08/2006
Sistema Municipal de Ensino de - progressão
Duque de Caxias.
- Fixa a organização administrativa - Admite-se a regularização de vida
,pedagógica e disciplinar dos escolar por meio de classificação,
-2006 - Regimento Escolar Estabelecimentos de Ensino da reclassificação e avanço de estudos.
Rede Municipal de Ensino de - progressão parcial.
Duque de Caxias.

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Tabela de legislação

Data
Lei Cursos Avaliação Tipo de Registro
(vigência)
- Certificados de
- Primário
-Medidas/ Provas conclusão
-Exame de Admissão:
(notas) ( primário)
- Reforma Secundário/ Ginasial
- FichaModelo 18
Gustavo -Até 1961 Normal. Clássico,
-Registradas em livros (ginasial)
Capanema Científico, Colegial,
de resultados finais. - Ficha Modelo 19
Comercial, Industrial,
- 2ª época ( Colegial)
Agrícola
- Diplomas
-Certificado de
-Medidas/Provas conclusão(primário)
-Primárioníveis. (notas), registradas - Ficha modelo
- Lei 4024/61 - Exame de admissão: em listões ou livros de 18 (ginasial)
- 1961-1971
LDB Ginasial, Normal, resultados finais. - Ficha modelo
Científico, Clássico - Exame de admissão. 19 (colegial)
- 2ª época - Diploma

-Menções ou notas
-Histórico escolar
(conjugadas com
- Lei 5692/71 - 1º grau - Atas de COC
1971/1996 frequência).
LDB - 2º grau - certificados de
- Conselho de classe.
conclusão.
- Recuperação
-Educação Infantil
-Menções ou notas. -Histórico Escolar.
(Creche/ Pré – Escola).
- Lei 9394/96 - 1996 - Frequência. -Atas dos COCs.
- Ensino Fundamental
LDBEN (em vigência) - Classificação. -Certificado de
Ensino Médio
- Reclassificação Conclusão.
- Ciclos

A documentação precisa estar completa para que a escola tenha assegurado o registro de vida escolar
de seus alunos.

É importante que:

- Na matrícula: registrar as condições da formalização da matrícula, registrando a origem do aluno, se


transferido de escola do exterior, do próprio país mas sem autorização, ou outros dados considerados
importantes.

- No arquivo: os dados contidos devem estar de acordo com os outros documentos recebidos, como:
Histórico Escolar, Certidão de Nascimento, Identidade, dentre outros necessários.

- Matriz curricular – no Histórico Escolar deve conter os Componentes Curriculares obrigatórios do


núcleo comum, conforme Regimento da Rede Municipal de Educação e Duque de Caxias.

- Equivalência de estudos – registrar em que situação o aluno se enquadra(tanto na Ficha Individual


quanto no Histórico Escolar). Não esquecer de consultar o Acordo Cultural entre o Brasil e outros
países.

- Assinatura de documentos – todo documento emitido pela escola deve ser assinado, bem como a
Ficha Individual do aluno, Boletim, Ficha de Matrícula, dentre outros. O Histórico Escolar deve conter
duas assinaturas a do Diretor ou Vice Diretor e Secretário. A Declaração Escolar só pode ser assinada
pela Direção ou Secretário (a).

- Carga horária – verificar a época em que o aluno estudou para o registro correto da carga horária.

- Avaliação- registrar conforme a época e a legislação em que o aluno estudou.

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Página 93
- Histórico Escolar- não deve conter rasuras. Os espaços em branco devem ser eliminados. Seguir as
orientações oriundas da SME/CSOE. Antes da assinatura deve-se verificar o Histórico Escolar com o
objetivo deevitar erros.

Regularizar – é o ato de normalizar irregularidades, advindas da inobservância da legislação que rege


a administração escolar, para legitimar a documentação do aluno.

Ano Legislação Assunto Observação

-Institui o regime de promoção - Nestes casos a vida do aluno podia


flexível através de níveis de não apresentar sequência de todos os
- 1962 - Resolução nº escolarização. níveis.
03/62 de 26/02/62
- A matrícula no curso ginasial - Nestes casos não há necessidade de
- Até 1971 era através de exame de comprovação de vida escolar anterior.
admissão

- 1972 - Dispõe sobre estabelecimento - Admitia-se a matrícula inicial em


de normas para matrícula e qualquer série do 1º grau sem
(DOERJ - Resolução nº transferência de alunos. comprovação de escolaridade anterior.
15/03/73 18/72 do CEE DE
publicada em 11/09/1972
30/0373.

- Fixa normas para matrícula, - Admitia-se matrícula sem


transferência e adaptações de comprovação de escolaridade anterior.
- 1973 - Deliberação CEE alunos e dá outras providências,
Nº 13/76, de conforme os termos do Parecer - O aluno era submetido a testes para
DOERJ 22/04/1976 que pudesse ser amparado para a
77/76.
14/02/1973 série adequada ao seu conhecimento.
- Deliberação CEE - Altera a redação dos artigos 5º,
nº17/76 de 12, 13 e parágrafo 1º do artigo
22/07/1976 15 da Deliberação n° 13/76

- Deliberação CEE - Normatiza artigos da LDB - Admite-se classificação do aluno em


nº 223/97 de qualquer série ou etapa nos níveis
- 1997 02/12/97 fundamental e médio

- 1998 Deliberação CEEnº - Altera artigos 3º e 4º da


225/98 de Deliberação CEE nº 223/97
DOERJ 07/04/1998
28/05/1999

- 1999 - Deliberação CEE - Regulamenta o processo de - Reclassificação.


nº 241/99 reclassificação nas unidades
DOERJ escolares de educação básica e
dá outras providências.
21/09/1999

- Deliberação CEE - Fixa normas para matricula de - Classificação


nº 253/2000, alunos na educação básicae dá
- 2000 de06/06/2000 outras providências. - Reclassificação(obrigatório ao órgão
próprio do Sistema).

- Deliberação CEE - Fixa normas para - Avaliação mediante conhecimentos e


nº 259/ funcionamento de curso de habilidades obtidos nos processos
-2000 Jovens e Adultos... formativos extra escolares (Art. 5º)

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Ano Legislação Assunto Observação

- Caso seja apurada irregularidade na


documentação do aluno, não
- 2002 - Parecer CEE - Regulariza a vida escolar de comprovando má fé do responsável,
859/2002 Raquel Hoffmann Monteiro,... cabe a escola que recebeu o aluno, o
ônus da regularização.

.-Deliberação -- Fixa normas e procedimentos - Admite-se a classificação,


CME/DC nº 08/2006 para acesso epermanência de reclassificação,
alunos nas Unidades Escolares
do Sistema Municipal de Ensino - progressão
de Duque de Caxias
- 2006
- Regimento Escolar - Fixa a organização - Admite-se a regularização de vida
administrativa,pedagógica e escolar por meio de classificação,
disciplinar dos Estabelecimentos reclassificação e avanço de estudos.
de Ensino da Rede Municipal de
Ensino de Duque de Caxias. - Progressão parcial.

- . - Dá nova redação ao artigo 6º - Data de corte de 31/03 para ingresso


DeliberaçãoCME/DC da DeliberaçãoCME/DC nº no Ensino Fundamental.
- 2008 nº11/2008. 08/2006

- Deliberação -Altera as normas de expedição


CME/DC nº 13/2011 de certificação de conclusão do
- 2011 Ensino Fundamentalda Rede
Municipal de Ensino de Duque
de Caxias.

Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Assunto

Ingresso no Ensino Fundamental

Art:5º O aluno que tiver 7 anos completos ou a completar


até 01/03/98, mesmo sem vida escolar anterior deverá ser
1997 (validade 1998) Resolução Nº01 de 06/09/97 matriculado, no 2º ano do Ciclo de Alfabetização

Art.5º O aluno que tiver 6 anos completos ou a completar


até 1º /02/1999,mesmo sem vida escolar anterior ,deverá
1998 (validade 1999) Resolução Nº 01 de 20/10/98 ser matriculado no 1º ano do Ciclo de Alfabetização.

Art.7º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos 6 anos de idade completos ou a completar até 1º
1999( validade 2000) Resolução Nº03 de 07/10/99 /03/2000

Parágrafo Primeiro; Crianças acima dos 6 anos de idade


e sem vida escolar anterior deverão ser matriculadas no
1º ano do Ciclo de Alfabetização

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Art.7º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir
dos 6 anos de idade completos ou a completar até
01/03/2001.

2000 (validade 2001) Resolução Nº07 de 14/11/2000 Parágrafo Primeiro: As crianças com 7 anos completos ou
a completar até 01/03/2001 e com 8 anos, sem vida
escolar anterior, deverão ser matriculados no 2º Ano do
Ciclo de Alfabetização

Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Ingresso no Ensino Fundamental

Art:8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos 6 anos completos ou a completar até 01/03/2002.

Parágrafo Primeiro As crianças com 7 anos completos ou


a completar até 01/03/2002, sem vida escolar anterior,
deverão ser matriculadas, no 2º Ano do Ciclo de
2001 (validade 2002) Resolução Nº07 de 24/10/2001
Alfabetização

Parágrafo Segundo As crianças com idade superior às


definidas no parágrafo anterior, deverão,se for o caso ,ser
avaliadas para classificação até 30 dias após o início do
ano letivo

Art.8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos6 anos completos ou a completar até 1º /03/2003

Parágrafo Primeiro As crianças com 7 anos completos ou


a completar ,até 01/03/2003, sem vida escolar anterior
,deverão ser matriculadas no 2º Ano do Ciclo de
Alfabetização.

Parágrafo Segundo As crianças com idade superior as


2002 (validade 2003) Resolução Nº12de 24/09/2002 definidas no parágrafo anterior, se for o caso, ser
avaliadas para classificação até 30 dias após o início do
ano letivo

Parágrafo Terceiro De acordo com a disponibilidade, as


Unidades Escolares poderão oportunizar aos seus
alunos, Avanços Qualitativos através do Programa de
Aceleração de Aprendizagem

Art.8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos 6 anos de idade completos ou a completar até 1º
/03/2004
2003 (validade 2004) Resolução Nº08 de 19/09/2003 Parágrafo Primeiro As crianças com 7 anos completos ou
a completar até 01/03/2004 sem vida escolar anterior
deverão ser matriculadas no 2º Ano do Ciclo de
Alfabetização

Parágrafo Segundo As crianças com idade superior as


definidas no parágrafo anterior ,deverão,se for o caso,
avaliadas para classificação até 30 dias após o início do
ano letivo

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Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Ingresso no Ensino Fundamental

Art:8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos 6 anos completos ou a completar até
31/03/2005,conforme Parecer CCE nº177/99.
2004 (validade 2005) Resolução Nº04 de 01/09/2004 Parágrafo Primeiro: As crianças com 7 anos completos ou
a completar até 31/03/2005,sem vida escolar
anterior,deverão ser matriculado a no 2º Ano do Ciclo de
Alfabetização

Parágrafo Segundo As crianças com idade superior as


definidas no parágrafo anterior, deverão, se for o caso,
ser avaliadas para classificação até 30 dias após o início
do ano letivo.
Art.8ºO ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir
dos6 anos completos, ou a completar até 31/03/2006,
conforme Parecer nº 117/99 do CEE.

Parágrafo Primeiro As crianças com 7 anos completos ou


a completar até 31/03/2006,sem vida escolar anterior,
2005 (validade 2006) Resolução Nº 04 de 07/11/2005
deverão ser matriculadas no 2º Ano do Ciclo de
Alfabetização.

Paragrafo Segundo As crianças com idade superior as


definidas no parágrafo anterior deverão, se for o caso,ser
avaliadas para classificação até 30 dias após o início do
ano letivo.

Art.8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir


dos 6 anos de idade completos ou a completar até
31/03/2007 ,conforme Parecer 117 /99 do CEE

Parágrafo Primeiro: As Crianças com 7 anos de idade


completos ou a completar até 31/03/2007, sem vida
2006 (validade 2007) Resolução Nº05 de 21/09/2006
escolar anterior, deverão ser matriculadas no 2º Ano do
Ciclo de Alfabetização

Parágrafo Segundo: As crianças com idade superior as


definidas no parágrafo anterior deverão,se for o caso,ser
avaliadas para classificação até 30 dias após o início do
ano letivo.

Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Ingresso no Ensino Fundamental

Art.9º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir dos 6


anos completos ou a completar até 31/03/2008,conforme
2007 (validade 2008) Resolução Nº06 de Deliberação do CME/DC nº8/2006 do CEE.
10/10/2007
Parágrafo Único: As crianças com 7 anos completos ou superior
,sem vida escolar anterior ,deverão ser avaliadas pela Unidade
Escolar para possível classificação, antes da efetivação da

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Página 97
matrícula

Art.9ºO ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir dos6


anos completos, ou a completar até 31/03/2009, conforme
Deliberação CME/DC nº08/2006 do CEE

2008 (validade 2009) Resolução Nº 01 de Parágrafo Único As crianças com 7 anos completos ou superior,
10/10/2008 sem vida escolar anterior ,deverão ser avaliadas pela Unidade
Escolar, para possível classificação, antes da efetivação da
matrícula
Art.8º O ingresso no Ensino Fundamental dar-se-á a partir dos 6
anos de idade completos ou a completar até 31/03/2010 ,conforme
Deliberação CME/DC/nº08/2006 do CEE
2009 (validade 2010) Resolução Nº01 de Parágrafo Único As Crianças com 7 anos de idade completos ou
1º/10/2009 superior, sem vida escolar anterior, deverão ser avaliadas pela
Unidade Escolar, para possível classificação, antes da efetivação
da matrícula(Conforme o que dispõe o Art.92 do Regimento Escolar
da Rede Municipal e o Art.24-II da LDBN)

Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Ingresso no Ensino Fundamental

Art.: 2º §9º Para o ingresso no Ensino Fundamental, a criança


deverá ter idade mínima de 6 anos completos até o dia 31 de
marçodo ano em que ocorrer a matrícula

2010 (validade 2011) Resolução Nº20 de § 10º As crianças que completarem seis anos de idade após a data
16/11/2010 definida no parágrafo anterior, deverão ser matriculadas na Pré-
Escola.

Art.3 §9º Para o ingresso no Ensino Fundamental, a criança deverá


ter a idade mínima de6 anos completos, ou a completar até 31 de
março, do ano em que ocorrer a matrícula (Parecer CNE/CEB
Nº11/2010)

§10º As crianças que completarem 6 anos de idade após a data


2011 (validade 2012) Resolução Nº 01 de
definida no parágrafo anterior, deverão ser matriculadas na Pré –
2011
Escola(Resolução CNE/CEB-Nº/2009 “que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil “)

Art.3º QUINTA FASE

Inciso II- Para oingresso no Ensino Fundamental,a criança deverá


ter a idade mínima de 6 anos de idade completos ou a completar
2012 (validade 2013) Resolução Nº36 de até o dia 31 de março do ano em que ocorre a matrícula.(Resolução
2012 nº 7 CNE/CEB de 14/02/2007-art.8º§1º.Parecer CNE/CEB nº
11/2010 e DeliberaçãoCME/DC nº8/2006,art6º,Inciso II alínea a

Inciso III - As crianças que completarem 6 anos de idade após a


data definida no parágrafo anterior e,deverãoser matriculadas na
Pré Escola( Resolução CNE/CEB Nº 5/2009- “fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil”

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Página 98
Legislação específica de matrícula da Rede de Ensino de Duque de Caxias

Ano base Legislação Ingresso no Ensino Fundamental

Art: 4º QUARTA FASE - Inciso I - Para o ingresso no


primeiro ano Ensino Fundamental, a criança deverá ter
idade mínima de 6 anos completos ou a completar até o dia
31 de marçodo ano em que ocorrer a matrícula
(ResoluçãoNº 7 CNE/CEB de 14/02/2007 art. 8º § 1º
2013(validade 2014) Portaria 030/13 GS/SME CNE/CEB nº11/2010 e Deliberação CME/DC nº 8/2006,art
6º IncisoII alínea a

IncisoII As crianças que completarem 6 anos de idade após


a data definida no parágrafo anterior,deverão ser
matriculadas na Pré Escola(Resolução CNE/CEB nº 5/2009
“que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Infantil”).

Art.7º Inciso I - Para o ingresso no 1º ano do Ensino


Fundamental, a criança deverá ter a idade mínima de6
anos completos, ou a completar até o dia 31 de março ,de
2015,em consonância com o artigo 2º da resolução Nº
01/2010 CNE/CEB e art.6º,incisoII. alínea “a”, Deliberação
2014(validade 2015) PortariaNº38/GS/SME/2014 CME/DC Nº 08/2006

Inciso II - As crianças que completarem 6 anos de idade


após a data definida no parágrafo anterior, deverão ser
matriculadas na Pré–Escola (Resolução CNE/CEB -Nº
5/2009 “que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Infantil “

Art.13- Inciso II - Para oingresso no Ensino Fundamental,


a criança deverá ter a idade mínima de 6 anos de idade
completos, ou a completar até o dia 31 de março de 2016,
em consonância com o art. 2º da Resolução Nº01/2010
2015 (validade 2016) Portaria Nº 90 de 15 de
CNE/CEB e art. 6º inciso II, alínea “a” Deliberação
outubro de 2015
CME/DC nº8/2006.Inciso”

Define parâmetros comuns à execução do planejamento da


Matrícula sem Fila 2017, para a Educação Infantil, Ensino
2016 (validade 2017) Portaria nº 204 de Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) na
16/09/2016 Rede Pública Municipal de Ensino de Duque de Caxias/RJ.

JORNADA ADMINISTRATIVA 2017 – Coordenadoria de Supervisão e Orientação Educacional


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