Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2019
Brasília, 2019
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
EXPEDIENTE
Departamento de Pesquisas Judiciárias
Diretora Executiva Gabriela de Azevedo Soares
Diretor de Projetos Igor Caires Machado
Diretor Técnico Igor Guimarães Pedreira
Pesquisadores Danielly Queirós
Elisa Colares
Igor Stemler
Rondon de Andrade
Estatísticos Filipe Pereira
Davi Borges
Jaqueline Barbão
Apoio à Pesquisa Alexander Monteiro
Cristianna Bittencourt
Lucas Delgado
Pâmela Tieme Aoyama
Pedro Amorim
Ricardo Marques
Thatiane Rosa
Estagiários Doralice Pereira
Lucas Dutra
Nathália Rodrigues
Diagramação Ricardo Marques
Capa Eronildo Bento de Castro
2019
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SEPN Quadra 514 norte, lote 9, Bloco D, Brasília-DF
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
C775j
Justiça em Números 2019/Conselho Nacional de Justiça -
Brasília: CNJ, 2019.
Anual.
236 f:il.
I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração
pública - estatística - Brasil.
CDU: 342.56
Apresentação
A reforma do Poder Judiciário, feita pela Emenda Constitucional 45, de 2004, confiou ao Conselho
Nacional de Justiça, órgão central de controle e planejamento o dever de produzir relatórios estatísticos,
bem como o de propor políticas, programas e metas que pudessem aprimorar a atividade jurisdicional
no Brasil.
Naquela quadra histórica, muito se falava a respeito de um Poder Judiciário hermético, fechado,
demasiadamente afastado da população e que não se dava a conhecer pelo destinatário final dos
serviços que presta à sociedade: o jurisdicionado. Decorridos quase quinze anos, o cenário é absolu-
tamente outro.
Tem-se, hoje, um Judiciário mais transparente e acessível ao cidadão. Sabe-se, na atualidade,
quanto custa o aparato estatal dedicado à prestação do serviço jurisdicional, quantas pessoas estão
vinculadas ao Poder Judiciário brasileiro, quantos são os casos novos, por natureza da matéria, que
aportam a cada ano, e qual o desempenho de cada Corte brasileira de acordo com seu porte e ramo
de Justiça.
Essa mudança de paradigma deve-se, em grande parte, em razão dos diagnósticos e monitoramen-
tos realizados pelo Conselho Nacional de Justiça que são compilados na série “Justiça em Números”,
relatório estatístico produzido e publicado anualmente, que agrega todas as informações acerca de
estrutura, gestão judiciária, dados relativos à litigiosidade e aos gargalos de eficiência, o tempo de
tramitação médio dos processos segundo sua natureza, e demandas mais recorrentes na Justiça.
O primeiro resultado palpável da existência de um diagnóstico pautado em dados empíricos é a
possibilidade de formulação de políticas adequadas à solução dos verdadeiros problemas. Exemplo
disso é a criação da Política Nacional de Priorização do Primeiro Grau de Jurisdição, que surgiu e vem
sendo acompanhada a partir dos dados existentes no sistema Justiça em Números.
Outra oportunidade que se descortina a partir do efetivo conhecimento da realidade é a de cons-
tante aprimoramento. Este relatório mostra que, pela primeira vez na última década, houve redução
dos casos pendentes, contrariando a tendência que vinha sendo observada ao longo dos últimos anos.
Em outras palavras, o resultado indica que o Poder Judiciário brasileiro conseguiu vencer a barreira de
julgar apenas o número de ações equivalente às ingressadas, deu um salto na produtividade e avançou
para a diminuição do estoque de processos.
Sem o compromisso sério e contínuo com a produção de dados estatísticos acerca do funciona-
mento do Poder Judiciário não seria possível, contudo, celebrar esses resultados. A consolidação e
a sistematização das informações dos 90 tribunais brasileiros como mecanismo de gestão e trans-
parência permitem que o Judiciário possa traçar suas metas com maior precisão e desenvolver seu
planejamento estratégico com base em dados seguros, ajustando os rumos sempre que preciso, a
partir da identificação de gargalos e de pontos de eficiência.
O relatório Justiça em Números, em sua 15ª edição, reforça a grandiosidade do desafio enfrentado
pelo Poder Judiciário brasileiro, mas também anuncia que há razões para otimismo, na medida em
que se caminha na direção do amplo acesso à Justiça e de uma maior capacidade de atendimento à
demanda da sociedade por serviços jurisdicionais, com transparência, eficiência e responsabilidade,
razão de ser do próprio Poder Judiciário.
1 INTRODUÇÃO 9
2 PANORAMA DO PODER JUDICIÁRIO 12
2.1 Estrutura do primeiro grau 20
2.2 Classificação dos tribunais por porte 27
2.3 Infográficos 33
3 RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS 62
3.1 Despesas e receitas totais 62
3.2 Despesas com pessoal 67
3.3 Quadro de pessoal 72
4 GESTÃO JUDICIÁRIA 78
4.1 Litigiosidade 79
4.1.1 Acesso à Justiça 84
4.1.2 Indicadores de produtividade 88
4.1.3 Indicadores de desempenho e de informatização 95
4.1.4 Recorribilidade interna e externa 101
4.2 Política de priorização do primeiro grau em números 106
4.2.1 Distribuição de recursos humanos 106
4.2.2 Indicadores de produtividade 107
4.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização 117
4.2.4 Recorribilidade interna e externa 122
4.3 Gargalos da execução 126
4.3.1 Execuções fiscais 131
4.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução 135
4.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução 138
5 ÍNDICE DE CONCILIAÇÃO 142
6 TEMPOS DE TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS 148
7 JUSTIÇA CRIMINAL 159
8 COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA ESTADUAL 165
8.1 Varas exclusivas de Execução Fiscal ou de Fazenda Pública 168
8.2 Varas exclusivas de Violência Doméstica 171
8.3 Varas exclusivas Cíveis 174
8.4 Varas exclusivas Criminais 177
9 ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE COMPARADA DA JUSTIÇA: IPC-JUS 182
9.1 Justiça Estadual 183
9.1.1 Resultados 183
9.1.2 Análises de cenário 186
9.2 Justiça do Trabalho 190
9.2.1 Resultados 190
9.2.2 Análises de cenário 194
9.3 Justiça Federal 197
9.3.1 Resultados 197
9.3.2 Análises de cenário 200
10 DEMANDAS MAIS RECORRENTES SEGUNDO AS CLASSES E OS ASSUNTOS 204
10.1 Assuntos mais recorrentes 204
10.2 Classes mais recorrentes 215
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 219
REFERÊNCIAS 222
ANEXO I - METODOLOGIA 224
Infográficos 227
Diagrama de Venn 227
Classificação dos Tribunais segundo o porte 228
Mapas 230
O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) 230
A construção do IPC-Jus 230
Gráfico de quadrante e de fronteira 232
ANEXO II - LISTA DE TABELAS E FIGURAS 234
1 Introdução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em sua atribuição legal de dar transparência e publicidade às informações
relativas à atuação do Poder Judiciário brasileiro, publica a 15ª edição do Relatório Justiça em Números. Elaborado
continuamente desde 2005 pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), unidade responsável pelo recebi-
mento e pela sistematização das estatísticas judiciárias nacionais, o relatório deste ano traz informações detalhadas
por tribunal e por segmento de justiça, acompanhadas de uma série histórica que completa uma década de dados
estatísticos, período de 2009 a 2018.
O 15º Relatório Justiça em Números reúne informações dos 90 órgãos do Poder Judiciário, elencados no art. 92 da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, excluídos o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional
de Justiça, que possuem relatórios à parte. Assim, o Justiça em Números inclui: os 27 Tribunais de Justiça Estaduais
(TJs); os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs); os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs); os 27 Tribunais
Regionais Eleitorais (TREs); os três Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs); o Superior Tribunal de Justiça
(STJ); o Tribunal Superior do Trabalho (TST); o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM).
O diagnóstico apresentado é amplo e abrange aspectos relativos à estrutura judiciária, à localização das unida-
des judiciárias, aos recursos humanos e financeiros e à movimentação processual. Na prestação jurisdicional está a
atividade-fim do Poder Judiciário. O foco principal desta publicação compreende os dados de litigiosidade (número
de processos recebidos, em trâmite e solucionados), com detalhamento dos indicadores de acordo com o grau de
jurisdição e a fase em que os processos se encontram - conhecimento ou execução. As estatísticas consideram as
peculiaridades de cada segmento de justiça e os portes dos tribunais.
Os indicadores e as variáveis calculados são fundamentados na Resolução CNJ 76/2009, que, em seus anexos,
traz o detalhamento de glossários e fórmulas que norteiam o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Em conformidade com a política do CNJ de modernização do Judiciário, interoperabilidade entre sistemas e
utilização de processos judiciais eletrônicos, os dados reunidos neste relatório estão disponíveis aos magistrados,
servidores e cidadãos brasileiros por meio de Painéis, ferramenta interativa on-line que permite livre navegação pelas
estatísticas oficiais. Para utilizar essa ferramenta, o usuário deve acessar os painéis em dashboard disponíveis no
link paineis.cnj.jus.br. Ainda, seguindo o princípio da transparência, disponibiliza-se no padrão de dados abertos a
íntegra da base de dados que dá origem a este relatório no link http://www.cnj.jus.br/justica-em-numeros.
Apesar da verificação e checagem da consistência feita periodicamente pela equipe de estatística do Departa-
mento de Pesquisas Judiciárias, cabe salientar que os dados são fornecidos pelos tribunais que integram o Sistema
de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ), sendo de sua responsabilidade exclusiva o encaminhamento de dados
fidedignos, conforme o art. 4º da Resolução CNJ 76/2009.
Nesta edição o panorama traz como principais novidades: a apresentação do índice de conciliação total, incluindo
a fase pré-processual que antigamente não era mensurada; e a inclusão de um capítulo destinado à análise das
competências da Justiça Estadual, demonstrando o fluxo processual e os resultados das unidades exclusivas/espe-
cializadas em determinadas matérias.
Outra relevante mudança neste relatório diz respeito à alteração da forma de cálculo do Índice de Produtividade
Comparada da Justiça (IPC-Jus). O IPC-Jus é calculado no Relatório Justiça em Números desde 2012 com o uso de
metodologia de análise de eficiência, amplamente aplicada na área da engenharia de produção. O método permite
comparar o desempenho das unidades judiciárias considerando seus recursos disponíveis. O indicador se constituiu
como ferramenta para avaliação dos tribunais no Prêmio CNJ de Qualidade1 e na formulação de pareceres que subsi-
diam o processo decisório acerca de eventuais ampliações de cargos no sistema de justiça brasileiro. A alteração da
forma de cálculo decorreu de recomendação proposta pela Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística
e Orçamento do CNJ, na qual o IPC-Jus deixa de considerar em sua base de cálculo os processos de execução fiscal,
1 Instituído e regulamentado pela Portaria CNJ nº 88, de 28 de maio de 2019.
9
de execução penal, além daqueles que estão suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório aguardando alguma
situação jurídica futura.
O Relatório Justiça em Números compreende dados em nível agregado. Isso significa que as informações rece-
bidas são pré-processadas nos tribunais, que geram estatísticas consolidadas para posterior envio ao CNJ. Como
mecanismo de aprimoramento da coleta de dados, o CNJ trabalha atualmente no projeto da “Replicação Nacional”,
que tem por objetivo o recebimento dos meta-dados dos processos, observando-se os padrões do Modelo Nacional
de Interoperabilidade (MNI). O recebimento de tal base de dados já ocorre em razão do Prêmio CNJ de Qualidade
e compreende todos os 90 tribunais. Neste ano o projeto consiste no avanço das etapas de limpeza e saneamento
das informações recebidas, de forma a torná-las em um futuro próximo a fonte oficial das estatísticas judiciárias.
As vantagens são inúmeras, pois permitirão a avaliação mais aprofundada do desempenho do sistema de justiça
e a elaboração de diagnósticos mais detalhados e precisos por classe, assunto, fase do processo, vara, comarca,
parte, entre outros. Este trabalho não é simples, pois demanda ajustes de dados primários, ou seja, nos registros
processuais básicos existentes nos sistemas dos próprios tribunais. Ao mesmo tempo, o projeto é de fundamental
importância para permitir a identificação de gargalos e a gestão de dados de forma mais eficiente, com concentração
de esforços das equipes de trabalho tanto do CNJ quanto dos tribunais, evitando o desenvolvimento de diferentes
sistemas com finalidade estatística.
Ainda sobre o Prêmio CNJ de Qualidade, cumpre informar a existência do eixo Produtividade na avaliação, o
qual é medido, predominantemente, com base nas informações constantes neste relatório, que, além do IPC-Jus,
também considera dimensões como tempo médio de duração dos processos, taxa de congestionamento e índice de
conciliação, cumprimento das metas nacionais do Poder Judiciário, entre outras.
Este relatório está estruturado em onze capítulos. Após esta introdução, o segundo capítulo traz um panorama
da atuação do Poder Judiciário, em três seções: a primeira delineia a estrutura das unidades judiciárias de primeiro
grau, com os quantitativos de varas, juizados especiais, zonas eleitorais e auditorias militares, indicador de acesso
à justiça e cartografia das unidades judiciárias; a segunda seção traz a classificação dos Tribunais de Justiça, dos
Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais de acordo com o porte (pequeno, médio e
grande); e a terceira seção retrata os principais indicadores por meio de infográficos.
O segundo capítulo apresenta informações relativas aos recursos financeiros e humanos do Poder Judiciário
nacional, subdividindo-se em três seções: despesas e receitas totais; despesas com pessoal e quadro de pessoal.
Em “Gestão Judiciária”, quarto capítulo, são divulgados os dados relativos à movimentação processual, organizada
em três tópicos. O primeiro traz os principais indicadores de desempenho e produtividade. O segundo tópico detalha
os indicadores por instância, como mecanismo de acompanhamento da Política Nacional de Atenção Prioritária ao
Primeiro Grau de Jurisdição instituída pela Resolução CNJ 194/2014. No terceiro tópico é feita uma análise dos pro-
cessos de execução e seu impacto nos indicadores de produtividade, com particular atenção às execuções fiscais.
O quinto capítulo aborda os indicadores de conciliação. O sexto traz uma análise dos tempos médios de tramitação
processual. O sétimo retrata a justiça criminal, apresentando um panorama das ações e execuções penais incluindo
indicadores de tempo de tramitação.
O oitavo capítulo apresenta pela primeira vez os dados das varas exclusivas de execução fiscal/fazenda pública,
de violência doméstica e familiar contra a mulher, cíveis e criminais.
No nono capítulo, é mostrado o IPC-Jus, Índice de Produtividade Comparada da Justiça, indicador sintético que
compara a eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise de fronteira denominada Data Envelopment
Analysis (DEA). São também apresentados estudos de cenário, com o objetivo de contrastar o desempenho atual
dos tribunais com o desempenho esperado para esses órgãos, segundo um modelo retrospectivo.
O décimo capítulo traz dados detalhados sobre as demandas existentes no Poder Judiciário, com segmentação
dos casos novos por classe processual e por assunto.
Por fim, em considerações finais, estão sumarizados os principais resultados e tendências verificados no diag-
nóstico. Nos anexos constam a metodologia e as listas de tabelas e figuras.
10
Os gráficos apresentados no relatório possibilitam uma leitura conjunta dos órgãos do Poder Judiciário, ao inserir
na mesma página e na mesma figura informações relativas aos noventa tribunais. As informações são apresentadas
em forma de ranking, por porte, indicado por cores nos gráficos observada a ordem: grande, médio e pequeno. No
entanto, mesmo com tal metodologia de visualização gráfica, deve-se evitar as comparações entre segmentos, pois
as variáveis e os indicadores podem apresentar comportamentos diversos em razão da própria natureza proces-
sual. Por tal razão, em alguns gráficos é possível que ocorram variações nas ordens de grandeza entre os ramos de
justiça. Optou-se por manter, na maioria dos casos, a escala do próprio segmento, para melhor visualização gráfica.
11
2 Panorama do Poder Judiciário
O Poder Judiciário brasileiro está organizado em cinco segmentos de justiça: Justiça Estadual, Justiça do Trabalho,
Justiça Federal, Justiça Eleitoral e Justiça Militar. Os quadros abaixo trazem um sumário explicativo das competências
e da estrutura de cada ramo de justiça e dos quatro Tribunais Superiores: STJ, STM, TSE e TST.
12
O que é a Justiça do Trabalho:
A Justiça do Trabalho concilia e julga as ações judiciais entre
empregados e empregadores avulsos e seus tomadores de serviços
e outras controvérsias decorrentes da relação do trabalho, além das
demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sen-
tenças, inclusive as coletivas.
13
O que é a Justiça Federal:
De acordo com o disposto nos artigos 92 e 106 da Constituição Federal, a Justiça
Federal, ramo integrante da estrutura do Poder Judiciário, é constituída pelos Tribunais
Regionais Federais e pelos juízes federais.
A Justiça Federal, juntamente com a Justiça Estadual, compõe a chamada justiça
comum. Compete, especificamente, à Justiça Federal, julgar as causas em que a União,
entidades autárquicas ou empresas públicas federais sejam interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes; as causas que envolvam estados estrangeiros ou
tratados internacionais; os crimes políticos ou aqueles praticados contra bens, serviços
ou interesses da União; os crimes contra a organização do trabalho; a disputa sobre os
direitos indígenas, entre outros. Exclui-se da competência da Justiça Federal as causas
de falência, as de acidente de trabalho e as de competência das justiças especializadas.
Em razão de inclusão definida pela Emenda Constitucional nº 45/2004, a Justiça
Federal também passou a julgar causas relativas a graves violações de direitos humanos,
desde que seja suscitado pelo Procurador-Geral da República ao Superior Tribunal de
Justiça incidente de deslocamento de competência.
14
O que é a Justiça Eleitoral:
A Justiça Eleitoral é um ramo especializado do Poder Judiciário brasileiro,
responsável pela organização e realização de eleições, referendos e plebis-
citos, pelo julgamento de questões eleitorais e pela elaboração de normas
referentes ao processo eleitoral.
15
O que é a Justiça Militar Estadual:
A Justiça Militar Estadual é um ramo especializado do Poder
Judiciário brasileiro, responsável por processar e julgar os militares
dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros militar) nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil.
16
O que é a Justiça Militar da União:
A Justiça Militar da União (JMU) é um ramo do Poder Judiciário brasileiro,
a quem compete processar e julgar militares das Forças Armadas e civis que
cometerem crimes militares previstos em lei. É o segmento de justiça mais antigo
do Brasil, tendo sido o Superior Tribunal Militar a primeira Corte do País a ser
criada, em 1º de abril de 1808, pelo então Príncipe-Regente de Portugal, Dom
João VI.
17
O que são os Tribunais Superiores:
Os Tribunais Superiores são os órgãos máximos de seus ramos de
justiça, atuando tanto em causas de competência originária quanto
como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São eles: Superior Tri-
bunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os magistrados
que compõem esses colegiados são denominados Ministros.
18
Tribunal Superior Eleitoral
Órgão máximo da Justiça Eleitoral, o TSE é composto por 7 minis-
tros titulares e 7 ministros substitutos. São 3 titulares e 3 substitutos
provenientes do STF, 2 titulares e 2 substitutos oriundos do STJ e 2
titulares e 2 substitutos da classe jurista, advogados indicados pelo
STF e nomeados pela Presidência da República. Sua principal função é
zelar pela lisura de todo o processo eleitoral. Ao TSE cabe, entre outras
atribuições previstas no Código Eleitoral, julgar os recursos decorrentes
das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), inclusive sobre
matéria administrativa.
19
2.1 Estrutura do primeiro grau
O primeiro grau do Poder Judiciário está estruturado em 14.877 unidades judiciárias. Houve redução de 514
unidades em relação ao ano anterior devido principalmente à reestruturação ocorrida nos Tribunais de Justiça de
São Paulo (-217 unidades) e do Rio Grande do Sul (-182 unidades), assim como o novo zoneamento na Justiça Elei-
toral (-128 unidades), entre outras mudanças. O quantitativo é subdividido em 10.708 varas estaduais, trabalhistas
e federais (72%); 1.494 (10%) juizados especiais; 2.643 (17,8%) zonas eleitorais; 13 auditorias militares estaduais; e
19 auditorias militares da União, conforme observado nas Figuras 1, 2 e 3.
A maioria das unidades judiciárias pertence à Justiça Estadual, que possui 9.627 varas e juizados especiais e
2.702 comarcas (48,5% dos municípios brasileiros são sede da Justiça Estadual). A Justiça do Trabalho está sediada
em 624 municípios (11,2% dos municípios) e a Justiça Federal em 279 (5% dos municípios).
Figura 1: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de justiça
Justiça Estadual
9.627
64,7% Justiça Militar Estadual
13
0,1%
Auditoria Militar da União
19
0,1%
Justiça Federal
988
6,6%
Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho
2.643 1.587
17,8% 10,7%
Varas Varas
8.348 (86,7%) 773 (78,2%)
Juizados JEFs
1.279 (13,3%) 215 (21,8%)
20
Figura 3: Número de municípios-sede e unidades judiciárias por tribunal
Estadual Trabalho
Municípios−Sede Unidades Judiciárias Municípios−Sede Unidades Judiciárias
320 TJSP 1.528 32 TRT2 231
296 TJMG 848 65 TRT3 158
81 TJRJ 631 100 153
TRT15
165 TJRS 575
548 27 TRT1 146
161 TJPR
203 TJBA 726 55 TRT4 132
150 TJPE 509 41 TRT9 97
184 TJCE 400 32 TRT5 88
131 TJGO 392 27 TRT6 70
111 TJSC 374 30 TRT12 60
79 TJMT 326 19 TRT8 56
112 TJPA 317 22 TRT18 48
69 TJES 313
302 15 TRT7 37
107 TJMA
16 210 6 TRT10 35
TJDFT
78 TJPB 247 26 TRT23 38
58 TJRN 216 20 TRT14 32
54 TJMS 181 12 TRT11 32
69 TJPI 172 14 TRT13 27
39 TJSE 151 18 TRT24 26
55 TJAL 151 9 TRT17 24
61 TJAM 130
9 TRT21 23
42 TJTO 121
23 99 16 TRT16 23
TJRO
12 TJAP 54 11 TRT19 22
8 TJRR 53 7 TRT20 15
18 TJAC 53 11 TRT22 14
Eleitoral Federal
Municípios−Sede Unidades Judiciárias Municípios−Sede Unidades Judiciárias
259 TRE−SP 393 96 TRF1 294
259 TRE−MG 304 51 TRF3 217
166 TRE−BA 199 63 TRF4 201
165 TRE−PR 186
140 TRE−RS 165 26 TRF2 149
74 TRE−RJ 165 43 TRF5 127
99 TRE−PE 122
88 TRE−CE 109 Militar Estadual
99 TRE−MA 105
85 TRE−PA 100 TJMSP 6
80 TRE−SC 98
79 TRE−GO 92 TJMRS 4
77 TRE−PI 82 TJMMG 3
61 TRE−PB 68
55 TRE−RN 60
48 TRE−AM 60
52 TRE−MT 57
43 TRE−ES 50
40 TRE−MS 49
37 TRE−AL 42
32 TRE−TO 33
25 TRE−RO 29
27 TRE−SE 29
1 TRE−DF 19
9 TRE−AP 10
8 TRE−AC 9
7 TRE−RR 8
21
A Figura 4 apresenta o percentual da população de cada unidade da Federação que reside em município sede da
Justiça Estadual, indicando o quanto as estruturas físicas do Poder Judiciário estão acessíveis à população. Obser-
va-se que 90,3% da população brasileira reside em município-sede da Justiça Estadual. Isso significa que, apesar
das comarcas corresponderem a 48,5% dos municípios, elas estão em locais com grande abrangência populacional.
No Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Sergipe, as comarcas estão localizadas
de forma que quase a totalidade da população reside em cidades providas por varas. Em situação inversa estão os
estados de Tocantins, Paraíba e Piauí - com menos de 80% da população residente em sede de comarca.
Figura 4: Percentual da população residente em municípios sede de comarca
RJ 99,6%
SP 94,7%
RS 86,1%
PR 85,0%
MG 81,6%
DF 100,0%
CE 99,9%
ES 97,1%
PE 95,5%
PA 95,1%
GO 92,1%
MT 89,9%
BA 84,0%
SC 83,9%
MA 80,2%
AM 99,5%
SE 99,2%
AP 97,4%
AC 94,9%
MS 92,7%
RR 85,9%
AL 85,9%
RO 82,4%
RN 81,5%
PI 77,6%
PB 77,4%
TO 71,7%
Total 90,3%
22
As Figuras 5 a 9 trazem a malha territorial das comarcas brasileiras, com mapeamento dos municípios que são
sede de comarca. Os municípios pintados na cor verde são aqueles em que há comarca. Os dados foram extraídos
do sistema Módulo de Produtividade Mensal que possui um cadastro nacional de todas as unidades judiciárias e
suas respectivas comarcas.
Figura 5: Distribuição geográfica das comarcas na região Sul
23
Figura 7: Distribuição geográfica das comarcas na região Centro-Oeste
24
Figura 9: Distribuição geográfica das comarcas na região Norte
A Figura 10 mostra a localização e concentração das unidades judiciárias no território. Nota-se grande concen-
tração na faixa litorânea do País, com distribuição mais esparsa nos estados da região Norte e nos estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.
Figura 10: Localização das unidades judiciárias da Justiça Estadual, Federal, Trabalhista e Militar
25
As Figuras 11 a 15 apresentam a distribuição populacional por unidade judiciária para o total do Poder Judiciário
e por segmento de justiça, com informações agrupadas por Unidade da Federação.
Na Figura 11, é possível observar que os três maiores índices de habitantes por unidade judiciária de primeiro grau
estão nos estados do Maranhão e do Pará, seguidos pelo estado do Amazonas. Esses três estados possuem 9% da
população brasileira, 37% da extensão territorial do Brasil e apenas 7% das unidades judiciárias.
O estado do Maranhão apresenta o maior índice de habitantes por unidade judiciária também na Justiça do Tra-
balho, com 23 varas trabalhistas. O cotejo dessa informação com a disposta na Figura 4, em que esta UF aponta
como a de menor índice de população atendida pelas comarcas estaduais dentre os tribunais de médio porte, pode
indicar um problema de acesso à justiça, comparativamente aos demais estados, ainda por ser melhor estudado.
Figura 11: Habitantes por unidade judiciária
RR
AP
AM PA
MA CE
RN
PB
PI
PE
AC AL
RO TO SE
MT BA
DF
GO
Abaixo de 4.748 MG
ES
4.748 |− 5.732 MS
5.732 |− 6.716 SP RJ
6.716 |− 7.699
Acima de 7.699 PR
SC
RS
Figura 12: Habitantes por varas e juizados especiais Figura 13: Habitantes por zona eleitoral
estaduais
RR RR
AP AP
AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PB PB
PI PI PE
PE AC
AC AL AL
TO SE RO TO SE
RO
BA MT BA
MT
DFT DF
GO GO
Abaixo de 14.724 MG MG
ES Abaixo de 63.162 ES
14.724 |− 18.891 MS 63.162 |− 86.512 MS
18.891 |− 23.057 SP RJ 86.512 |− 109.863 SP RJ
23.057 |− 27.223 109.863 |− 133.213
Acima de 27.223 PR PR
Acima de 133.213
SC SC
RS RS
26
Figura 14: Habitantes por vara do trabalho Figura 15: Habitantes por vara e juizado especial federal
RR
AP
TRT11 TRT8 PA
AM
TRT16 TRT7 MA CE
TRT21 RN
TRT22 TRT13 PI PB
TRT6 PE
TRT19 AC AL
TRT14 TO SE
TRT10 TRT20 RO
TRT5 MT BA
TRT23
DF
GO
TRT18
TRT3 MG
Abaixo de 126.846 TRT17 ES
TRT24 Abaixo de 164.562 MS
126.846 |− 171.602 164.562 |− 225.436 SP RJ
171.602 |− 216.359 TRT15 TRT1
TRT2 225.436 |− 286.311
216.359 |− 261.115 TRT9 286.311 |− 347.186 PR
Acima de 261.115
Acima de 347.186 SC
TRT12
RS
TRT4
2 Detalhes técnicos estão disponíveis no anexo metodológico, que contém informações sobre a técnica estatística empregada, no caso, a análise
de componentes principais.
27
Figura 16: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte
RR
AP
AM PA
MA CE
RN
PB
PI PE
AC AL
RO TO SE
MT BA
DFT
GO
MG
Grande porte ES
MS
Médio porte RJ
SP
Pequeno porte
PR
SC
RS
Figura 17: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho segundo o porte
TRT11 TRT8
TRT16 TRT7
TRT21
TRT22 TRT13
TRT6
TRT19
TRT14 TRT10 TRT20
TRT23 TRT5
TRT18
TRT3
Grande porte TRT17
TRT24
Médio porte
TRT15 TRT1
Pequeno porte TRT2
TRT9
TRT12
TRT4
28
Figura 18: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais Eleitorais segundo o porte
RR
AP
AM PA
MA CE
RN
PI PB
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DF
GO
MG
Grande porte ES
MS
Médio porte
SP RJ
Pequeno porte
PR
SC
RS
29
Tabela 1: Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano-base 2018
30
Tabela 2: Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano-base 2018
31
Tabela 3: Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano-base 2018
32
2.3 Infográficos
Neste tópico são apresentados, na forma de infográficos, os principais indicadores para o Poder Judiciário e por
segmentos de justiça, proporcionando uma visão geral dos recursos orçamentários e humanos, dos indicadores de
litigiosidade, dos tempos médios dos processos e das demandas mais recorrentes segundo classe e assunto. Para
a visualização de cada tribunal, basta utilizar o QR-code abaixo para acessar os painéis do “Justiça em Números” e
selecionar a unidade desejada.
http://paineis.cnj.jus.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=qvw_l%2FPainelCNJ.qvw&host=QVS%40neodimio03&anonymous=true&shee-
t=shResumoDespFT
33
Poder Judiciário
Despesa Total
R$ 93.725.289.276
Despesas de
Estagiários Capital
R$ 705.372.714 R$ 2.050.920.910
(0,8%) (23,8%)
Outras
R$ 2.825.755.748
(3,3%) Recursos Outras
Terceirizados
Humanos Despesas
R$ 3.596.167.019 R$ 85,1 Bilhões R$ 8,6 Bilhões
(4,2%) (90,8%) (9,2%)
Benefícios
R$ 5.820.484.103
(6,8%) Pessoal e encargos Outras despesas correntes
R$ 72.169.204.790
R$ 6.557.383.993
(84,8%)
(76,2%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 22.635 Cargos Existentes: 277.559
74
Servidores: 272.138 165.269
*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
34 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
Tempo médio do processo baixado no Poder Judiciário
Tempo da
Sentença
10 meses 10 meses
1 ano 11 meses 10 meses
5 anos 8 meses 1 ano
Tempo da
Baixa
Tempo do
Pendente
35
Litigiosidade
Justiça Estadual Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Eleitoral
Movimentação processual
Casos novos 19.579.314 ê -0,6% 3.460.875 ê -19,9% 4.203.804 é 9,2% 208.968 é 23,7%
Casos pendentes 62.988.042 ê -0,1% 4.861.352 ê -11,9% 10.085.536 ê -2,1% 147.915 é 9,4%
Indicadores de produtividade
IAD (baixados/cn) 114% é 5,12 p.p. 126% é 22,11 p.p. 105% é 7,69 p.p. 100% ê -197,54 p.p.
Taxa de congestionamento 74% ê -0,77 p.p. 53% ê -2,42 p.p. 70% ê -3,78 p.p. 41% é 20,16 p.p.
Taxa de congest. líquida 71% ê -0,84 p.p. 45% ê -3,8 p.p. 56% ê -3,74 p.p. 40% é 19,66 p.p.
Indicadores de gestão
Índice de conciliação 10% ê -0,47 p.p. 24% ê -0,81 p.p. 7% é 0,18 p.p. 0,6% é 0,35 p.p.
Recorribilidade externa 8% é 0,13 p.p. 50% é 8,07 p.p. 19% ê -1,74 p.p. 6,8% é 2,44 p.p.
Recorribilidade interna 7% é 1,21 p.p. 17% é 3,54 p.p. 10% ê -1,78 p.p. 4,1% é 3,07 p.p.
Processos eletrônicos 83% é 5,16 p.p. 98% é 1,48 p.p. 82% é 7,16 p.p. 32,5% é 21,03 p.p.
Carga de trabalho 7.497 é 2,0% 3.075 ê -4,1% 8.370 é 0,8% 129 ê -42,9%
Carga de trabalho líquida 6.801 é 2,1% 2.680 ê -5,5% 5.873 é 5,0% 126 ê -43,6%
Carga de trabalho líquida 581 é 1,0% 297 ê -6,5% 486 é 6,7% 26 ê -47,0%
Movimentação processual
Casos novos 4.831 ê -6,2% 1.578 é 0,4% 593.595 é 9,3% 28.052.965 ê -1,9%
Casos pendentes 3.403 é 2,9% 2.090 é 0,6% 602.693 ê -3,4% 78.691.031 ê -1,2%
Indicadores de produtividade
IAD (baixados/cn) 110% é 13,24 p.p. 82% ê -8,96 p.p. 107% ê -3,01 p.p. 114% é 6,17 p.p.
Taxa de congestionamento 39% ê -0,86 p.p. 62% é 2,52 p.p. 49% ê -2,38 p.p. 71% ê -0,98 p.p.
Taxa de congest. líquida 38% ê -0,6 p.p. 61% é 2,89 p.p. 44% ê -3,18 p.p. 67% ê -1,06 p.p.
Indicadores de gestão
Recorribilidade externa 11% ê -6,28 p.p. 11% é 4,65 p.p. 6,99% é 1,02 p.p. 12% é 0,61 p.p.
Recorribilidade interna 10% é 1,92 p.p. - - 24,08% ê -2,05 p.p. 9% é 1,3 p.p.
Processos eletrônicos 41% é 7,11 p.p. 100% é 99,04 p.p. 86,96% é 1,9 p.p. 84% é 4,44 p.p.
Carga de trabalho líquida 223 é 6,6% 94 ê -5,6% 23.923 é 6,1% 5.946 é 1,6%
Despesas de
Capital
R$ 1.023.106.182
Estagiários
(19,3%)
R$ 529.339.991
(1,1%)
Terceirizados Recursos Outras
R$ 2.200.201.513 Humanos Despesas
(4,6%) R$ 48,2 Bilhões R$ 5,3 Bilhões
Outras (90,1%) (9,9%)
R$ 2.240.165.635
(4,6%)
Pessoal e encargos Outras despesas correntes
Benefícios R$ 39.573.079.133 R$ 4.276.079.435
R$ 3.702.001.000 (82,0%)
(7,7%) (80,7%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 16.031 Cargos Existentes: 186.244
1º Grau
Total: 302.856 1º Grau
Magistrados: 12.472
21.115 Administrativa
Servidores: 174.487 2º Grau (Juizados Especiais)
1.488
(Turmas Recursais) -Efetivos: 148.303
2º Grau -Cedidos/Requisitados: 9.745 18.474 29.855
9.472 112.647
(1º grau) -Sem vínculo Efetivo: 16.439 (1º grau)
*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
38 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
Tempo médio do processo baixado na Justiça Estadual
Tempo da
Sentença
8 meses 6 meses
2 anos 4 meses 9 meses
6 anos 1 mês 1 ano
Tempo da
Baixa
Tempo do
Pendente
Criminal: 576.572
Não Criminal: 1.803.123
Criminal: 1.310.370
2ºGrau: 2.379.695
Não Criminal: 8.066.485
Conhecimento: 9.376.855
1ºGrau: 13.924.723 Criminal: 303.609
Sentenças:
22.954.470 Execução: 4.547.868 Não Criminal: 4.244.259
Juizados Especiais: 5.931.076 Criminal: 575.957
Conhecimento: 4.826.701
Turmas Recursais: 718.976 Não Criminal: 4.250.744
Execução: 1.104.375
Criminal: 22.241
Não Criminal: 1.082.134
Criminal: 17.130
Não Criminal: 701.846
Criminal: 616.146
Não Criminal: 1.894.866
Criminal: 1.539.574
2ºGrau: 2.511.012
Não Criminal: 7.026.424
Conhecimento: 8.565.998
1ºGrau: 13.412.061 Criminal: 239.110
Baixados:
22.269.043 Execução: 4.846.063 Não Criminal: 4.606.953
Juizados Especiais: 5.614.970 Criminal: 473.757
Conhecimento: 4.551.472
Não Criminal: 4.077.715
Turmas Recursais: 731.000 Execução: 1.063.498
Criminal: 8.133
Não Criminal: 1.055.365
Criminal: 18.579
Não Criminal: 712.421
Criminal: 350.627
Não Criminal: 1.822.385
Criminal: 5.010.910
2ºGrau: 2.173.012
Não Criminal: 15.713.242
Conhecimento: 20.724.152
Criminal: 1.513.049
Pendentes: 1ºGrau: 54.524.693
62.988.042 Execução: 33.800.541 Não Criminal: 32.287.492
40
2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais Total
Força de Trabalho
Magistrados 1.734 9.472 1.488 3.039 12.472
Servidores Jud. 18.474 112.647 843 21.115 144.632
Movimentação Processual
Estoque 2.173.012 54.524.693 729.567 5.560.770 62.988.042
Casos Novos 2.383.238 11.555.694 805.405 4.834.977 19.579.314
Julgados 2.379.695 13.924.723 718.976 5.931.076 22.954.470
Baixados 2.511.012 13.412.061 731.000 5.614.970 22.269.043
Indicadores de Produtividade
IAD 105,4% 116,1% 90,8% 116,1% 113,7%
Taxa Congest. 46,4% 80,3% 50,0% 49,8% 73,9%
Conhecimento não se aplica 70,8% não se aplica 48,9% 65,7%
Execução não se aplica 87,5% não se aplica 53,2% 85,6%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 1.374 1.135 545 1.401 1.479
Carga de Trab. 3.081 7.882 1.070 3.921 7.497
Proc. Julgados 1.372 1.582 486 1.989 1.956
Proc. Baixados 1.448 1.524 494 1.883 1.897
Indicadores por Servidor
Casos Novos 134 94 999 208 126
Carga de Trab. 301 650 1.963 581 641
Proc. Baixados 142 126 907 279 162
41
Justiça do Trabalho
Despesa Total
R$ 19.168.852.708
Estagiários
R$ 51.514.748
(0,3%) Despesas de
Outras Capital
R$ 331.835.944 R$ 544.321.046
(1,9%) Recursos (37%) Outras
Terceirizados
Humanos Despesas
R$ 385.960.383 R$ 17,7 Bilhões R$ 1,5 Bilhão
(2,2%) (92,3%) (7,7%)
Benefícios
R$ 946.374.420
(5,3%) Pessoal e encargos
Outras despesas correntes
R$ 15.980.359.779
R$ 928.486.388
(90,3%)
(63%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 3.928 Cargos Existentes: 41.041
Cargos em comissão
35% 46% 20%
Funções comissionadas
22% 58% 19%
*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
42 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
Tempo médio do processo baixado na Justiça do Trabalho
2º grau
9 meses
Execução Judicial
1º grau
2 anos e 9 meses
5 meses 9 meses
9 meses 1 ano 1 mês
2 anos 9 meses 2 anos 10 meses
Tempo do Pendente
10 meses
1 ano 5 meses
4 anos 1 mês
43
Movimentação Processual
2ºGrau: 929.615
Execução: 798.893
2ºGrau: 1.081.336
Execução: 796.680
2ºGrau: 836.577
Execução: 885.086
2ºGrau: 836.979
Conhecimento: 1.609.412
Pendentes:
4.861.352 1ºGrau: 4.024.373
Execução: 2.414.961
44
2º Grau 1º Grau Total
Força de Trabalho
Magistrados 556 3.043 3.599
Servidores Jud. 7.051 24.055 31.106
Movimentação Processual
Estoque 836.979 4.024.373 4.861.352
Casos Novos 929.615 2.531.260 3.460.875
Julgados 1.081.336 3.286.101 4.367.437
Baixados 836.577 3.517.649 4.354.226
Indicadores de Produtividade
IAD 90,0% 139,0% 125,8%
Taxa Congest. 50,0% 53,4% 52,8%
Conhecimento não se aplica 37,9% 37,9%
Execução não se aplica 73,2% 73,2%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 1.672 634 809
Carga de Trab. 3.436 3.002 3.075
Proc. Julgados 1.945 1.195 1.321
Proc. Baixados 1.505 1.279 1.317
Indicadores por Servidor
Casos Novos 137 76 90
Carga de Trab. 282 358 341
Proc. Baixados 123 153 146
45
Justiça Federal
Despesa Total
R$ 11.229.471.774
Estagiários
R$ 71.342.663 Despesas de
(0,7%) Capital
R$ 163.303.399
Outras
(24,2%)
R$ 182.736.547
(1,7%)
Recursos Outras
Humanos Despesas
Terceirizados
R$ 10,5 Bilhões R$ 0,7 Bilhão
R$ 434.120.380
(94%) (6%)
(4,1%)
Benefícios
R$ 598.205.578
(5,7%) Pessoal e encargos Outras despesas correntes
R$ 9.268.890.968
R$ 510.872.239
(87,8%)
(75,8%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 2.511 Cargos Existentes: 28.132
(Juizados Especiais)
Auxiliares: 15.682
9.105
17 (Juizados Especiais)
Tempo da
Sentença
Tempo da
Baixa
Tempo do
Pendente
Criminal: 22.588
Não Criminal: 523.569
Criminal: 48.651
2ºGrau: 546.157 Não Criminal: 387.087
Conhecimento: 435.738 Criminal: 5.108
1ºGrau: 841.726 Execução: 405.988 Não Criminal: 400.880
Sentenças: Execução: 35.753 Criminal: 1.237
4.080.423 Juizados Especiais: 2.105.975 Conhecimento: 2.070.222
Não Criminal: 2.068.985
Turmas Recursais: 579.908
Criminal: 335
Turma Regional de Uniformização: 6.657 Não Criminal: 579.573
Criminal: 23.492
Não Criminal: 456.500
Criminal: 88.168
2ºGrau: 479.992 Não Criminal: 467.858
Conhecimento: 556.026 Criminal: 7.486
1ºGrau: 1.052.811 Não Criminal: 489.299
Execução: 496.785
Baixados: Execução: 201.035 Criminal: 2.100
4.406.039 Juizados Especiais: 2.265.343 Conhecimento: 2.064.308 Não Criminal: 2.062.208
Turmas Recursais: 602.317 Criminal: 344
Turma Regional de Uniformização: 5.576 Não Criminal: 601.973
Criminal: 32.627
Não Criminal: 1.116.848
Criminal: 150.539
2ºGrau: 1.149.475 Não Criminal: 924.718
Conhecimento: 1.075.257 Criminal: 27.943
48
2º Grau 1º Grau Turmas Recursais Juizados Especiais Total
Força de Trabalho
Magistrados 138 1.232 224 957 1.917
Servidores Jud. 3.573 15.438 893 9.105 22.535
Movimentação Processual
Estoque 1.149.475 6.242.613 880.759 1.808.851 10.085.536
Casos Novos 467.455 1.173.423 596.192 1.961.672 4.203.804
Julgados 546.157 841.726 579.908 2.105.975 4.080.423
Baixados 479.992 1.052.811 602.317 2.265.343 4.406.039
Indicadores de Produtividade
IAD 102,7% 89,7% 101,0% 115,5% 104,8%
Taxa Congest. 70,5% 85,6% 59,4% 44,4% 69,6%
Conhecimento não se aplica 65,9% não se aplica 46,1% 52,0%
Execução não se aplica 91,2% não se aplica 17,8% 88,2%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 3.387 941 2.799 1.715 2.090
Carga de Trab. 13.800 6.526 7.380 4.385 8.370
Proc. Julgados 3.958 740 2.723 2.233 2.271
Proc. Baixados 3.478 926 2.828 2.402 2.452
Indicadores por Servidor
Casos Novos 135 72 694 185 173
Carga de Trab. 551 500 1.830 472 693
Proc. Baixados 139 71 701 258 203
49
Justiça Eleitoral
Despesa Total
R$ 5.959.170.922
Estagiários Despesas de
R$ 37.744.367 Capital
(0,7%) R$ 152.201.123
Outras (23,7%)
R$ 61.597.742
(1,2%)
Terceirizados Recursos Outras
R$ 240.700.313 Humanos Despesas
(4,5%) R$ 5,3 Bilhões R$ 0,6 Bilhão
Benefícios (89,2%) (10,8%)
R$ 308.826.177
(5,8%)
Pessoal e encargos Outras despesas
R$ 4.666.901.868 correntes
(87,8%) R$ 491.199.332
(76,3%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 2.836 Cargos Existentes: 14.985
Cargos em comissão
28% 0% 71%
Funções comissionadas
9% 60% 31%
*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
50 **incluindos os servidores cedidos para outros órgãos.
Tempo médio do processo baixado na Justiça Eleitoral
2º grau
9 meses
8 meses 9 meses
10 meses
4 anos
Tempo do Pendente
11 meses
51
Movimentação Processual
Criminal: 613
Não Criminal: 73.873
2ºGrau: 74.486
Criminal: 2.283
Casos Novos:
208.968 1ºGrau: 134.482 Conhecimento: 134.381 Não Criminal: 132.098
Execução: 101
Criminal: 697
Não Criminal: 45.041
2ºGrau: 45.738 Criminal: 2.449
Execução: 333
Criminal: 638
Não Criminal: 45.552
2ºGrau: 46.190 Criminal: 2.736
Execução: 513
Criminal: 471
Não Criminal: 36.799
2ºGrau: 37.270
Criminal: 8.348
Pendentes:
1ºGrau: 110.645 Conhecimento: 108.058 Não Criminal: 99.710
147.915
Execução: 2.587
52
2º Grau 1º Grau Total
Força de Trabalho
Magistrados 2.649 187 2.836
Servidores Jud. 1.733 12.732 14.465
Movimentação Processual
Estoque 37.270 110.645 147.915
Casos Novos 74.486 134.482 208.968
Julgados 45.738 117.819 163.557
Baixados 46.190 163.807 209.997
Indicadores de Produtividade
IAD 62,0% 121,8% 100,5%
Taxa Congest. 44,7% 40,3% 41,3%
Conhecimento não se aplica 39,8% 39,8%
Execução não se aplica 83,5% 83,5%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 398 51 74
Carga de Trab. 480 104 129
Proc. Julgados 245 44 58
Proc. Baixados 247 62 74
Indicadores por Servidor
Casos Novos 45 11 15
Carga de Trab. 54 23 26
Proc. Baixados 28 13 15
53
Justiça Militar Estadual
Despesa Total
R$ 157.638.954
Estagiários
R$ 590.986,7 Despesas de
(0,4%) Capital
Terceirizados R$ 1.373.529
R$ 2.756.655,1 (16,5%)
(1,8%)
Outras
R$ 7.435.356,3 Recursos Outras
(5,0%) Humanos Despesas
Benefícios R$ 149,3 Milhões
R$ 8,3 Milhões
R$ 11.460.100,0 (94,7%)
(5,3%)
(7,7%)
Outras despesas
Pessoal e encargos correntes
R$ 127.048.924,5 R$ 6.973.402
(85,1%) (83,5%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 53 Cargos Existentes: 406
12 41 85 321*
Vagos Providos Vagos Providos
2º Grau 1º Grau
Total: 578
1º grau Administrativa
Magistrados: 41 2º grau
Servidores: 408
-Efetivos: 317
-Cedidos/Requisitados: 39 100 143 165
21 20 -Sem vínculo Efetivo: 52
Auxiliares: 129
Cargos em comissão
39% 27% 34%
Funções comissionadas
45% 36% 18%
2º grau
5 meses
3 meses 5 meses
10 meses 1 ano 1 mês
9 meses 1 ano 3 meses
Tempo do Pendente
6 meses
1 ano 1 mês
1 ano 8 meses
55
Movimentação Processual
Criminal: 1.251
2ºGrau: 1.973
Criminal: 2.287
2ºGrau: 2.982
Sentenças:
4.730 Não Criminal: 695
Criminal: 923
1ºGrau: 1.748 Conhecimento: 1.698
Criminal: 775
Execução: 50
Não Criminal: 50
Criminal: 2.269
2ºGrau: 2.847
Baixados:
5.301 Não Criminal: 578
Criminal: 1.594
1ºGrau: 2.454 Conhecimento: 2.424
Criminal: 403
Criminal: 1.022
Pendentes: Conhecimento: 1.474
3.403
1ºGrau: 2.469 Não Criminal: 452
56
2º Grau 1º Grau Total
Força de Trabalho
Magistrados 21 20 41
Servidores Jud. 100 143 243
Movimentação Processual
Estoque 934 2.469 3.403
Casos Novos 1.973 2.858 4.831
Julgados 2.982 1.748 4.730
Baixados 2.847 2.454 5.301
Indicadores de Produtividade
IAD 144,3% 85,9%
Taxa Congest. 24,7% 50,2% 39,1%
Conhecimento não se aplica 37,8% 37,8%
Execução não se aplica 97,1% 97,1%
Indicadores por Magistrado
Casos Novos 94 121 107
Carga de Trab. 203 250 226
Proc. Julgados 142 87 115
Proc. Baixados 136 123 129
Indicadores por Servidor
Casos Novos 20 18 19
Carga de Trab. 44 38 40
Proc. Baixados 29 19 23
57
Superior Tribunal de Justiça
Despesa Total
R$ 1.466.112.832
Estagiários
R$ 7.079.622 Despesas de
(0,5%)
Capital
Outras R$ 19.184.370
R$ 16.690.704 (24,1%)
(1,2%)
Terceirizados Recursos Outras
R$ 117.659.336 Humanos Despesas
(8,5%)
R$ 1,4 Bilhão R$ 79,7 Milhões
(94,6%) (5,4%)
Benefícios Outras despesas
R$ 140.385.922 correntes
(10,1%) Pessoal e encargos
R$ 1.104.629.229 R$ 60.483.650
(79,7%) (75,9%)
Informática
R$ 42.525.741 (53,4%)
Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 33 Cargos Existentes: 2.930
33 150 2.780*
Providos Vagos Providos
Total: 5.118
Ministros: 33
Servidores: 2.900
-Efetivos: 2.639
-Cedidos/Requisitados: 186
-Sem vínculo Efetivo: 75
Auxiliares: 2.185
Estagiários
R$ 4.630.553
(0,5%)
Outras
R$ 16.318.440
(1,8%) Outras despesas
correntes
Terceirizados R$ 36.660.198
R$ 70.924.453 Recursos (28,9%)
(7,7%) Outras
Humanos Despesas
R$ 0,9 Bilhão R$ 126,7 Milhões
Benefícios
(87,9%) (12,1%)
R$ 73.878.817 Despesas de
(8,0%)
Capital
Pessoal e encargos R$ 90.051.415
(71,1%)
R$ 758.363.717
(82,1%)
Informática
R$ 108.702.092 (85,8%)
Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 26 Cargos Existentes: 2.123
26 0 2.123
Providos Vagos Providos
Total: 3.707
Magistrados: 26
Servidores: 2.313
-Efetivos: 2.113
-Cedidos/Requisitados: 158
-Sem vínculo Efetivo: 42
Auxiliares: 1.368
59
Tribunal Superior Eleitoral
Despesa Total
R$ 638.370.557
Estagiários
R$ 910.913,8
0,2%
Outras Despesas de
R$ 3.633.776,2 Capital
(0,9%) R$ 49.385.929
Benefícios (20,3%)
R$ 24.716.366,0
(6,2%) Recursos Outras
Humanos Despesas
R$ 395,5 Millhões R$ 242 Milhões
Terceirizados (62%) (38%)
R$ 79.319.660,6
(20,1%)
Outras despesas
Pessoal e encargos correntes
R$ 286.904.213,1 R$ 193.499.699
(72,5%) (79,7%)
Informática
R$ 208.453.253 (85,8%)
Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 14 Cargos Existentes: 897
14 0 897
Providos Vagos Providos
Total: 2.036
Ministros: 14
Servidores: 848
-Efetivos: 784
-Cedidos/Requisitados: 50
-Sem vínculo Efetivo: 14
Auxiliares: 1.174
60
Justiça Militar da União
Despesa Total
R$ 510.871.048
Despesas de
Estagiários Capital
R$ 2.218.869 R$ 7.993.917
(0,5%) (13,1%)
Outras
R$ 5.305.726
(1,2%) Recursos Outras
Benefícios Humanos Despesas
R$ 14.635.724 R$ 449 Milhões
R$ 61,1 Milhões
(3,3%) (88%)
(12%)
Terceirizados
R$ 24.560.203
(5,5%) Pessoal e encargos
Outras despesas
R$ 403.026.959
correntes
(89,6%)
R$ 53.129.651
(86,9%)
Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 53 Cargos Existentes: 801
53 324 477
Providos Vagos Providos
Total: 985
Auditorias Militares
Ministros: 15 Autitorias Militares Administrativa
Juízes: 38 STM
STM
Servidores: 760
-Efetivos: 712
136 254 370
15 38 -Cedidos/Requisitados: 17
-Sem vínculo Efetivo: 31
Auxiliares: 172
Cargos em comissão
39% 21% 40%
Funções comissionadas
46% 3% 51%
61
3 Recursos financeiros e humanos
Este capítulo apresenta dados sobre recursos orçamentários e humanos do Poder Judiciário, com informações
sobre despesas, receitas e força de trabalho.
294,46
300
257,63 267,34
227,84
191,38
200 173,58
100
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
3 Todas as variáveis de recursos financeiros calculadas neste Relatório estão deflacionadas segundo o IPCA, na data-base de 31/12/2018.
4 Em alguns tribunais os inativos são pagos por fundos e não compõem o orçamento do tribunal. Neste caso, os gastos não estão computados.
62
Figura 20: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de justiça.
60 4
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
20 8
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2017
60
Federal 2,10
2,10 Militar Estadual 2,03 2,02
55,43 56,26 1,91 1,96 1,93 1,97 1,96
54,32 52,96 53,86
51,75
54,28 53,96 53,58 47,39
48 52,23 46,18 1,68
43,55
1,42 1,45
38,38 44,06 1,31 1,31
36 33,07 1,26 1,16 1,15 1,20
30,57 34,59
31,70 0,94
24 28,87 0,84
12 0,42
0 0,00
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
63
Figura 21: Despesas por habitante, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Sem inativos Total Sem inativos Total
240,0 TJSP 270,0 26,7 TRE−RS 31,6
182,0 TJRS 265,6 21,3 TRE−RJ 29,9
180,5 TJRJ 253,2 24,3 TRE−MG 29,2
204,8 TJPR 246,3 24,5 TRE−PR 28,8
176,7 TJMG 242,3 17,2 TRE−BA 20,0
758,5 TJDFT 921,8 13,5 TRE−SP 17,1
373,1 TJMT 440,2 52,3 TRE−PI 63,7
275,7 TJES 344,9 36,7 TRE−RN 43,6
261,5 TJSC 297,3 37,2 TRE−PB 41,8
236,8 TJGO 280,3 37,6 TRE−AM 39,7
193,4 TJBA 249,7 35,1 TRE−MT 39,5
170,6 TJMA 170,6 27,3 TRE−SC 32,4
164,6 TJPE 164,9 26,6 TRE−MA 29,5
127,9 TJPA 143,7 25,7 TRE−GO 28,3
118,5 TJCE 135,2 23,8 TRE−CE 28,1
393,0 TJRR 397,3 20,2 TRE−PE 25,1
368,9 TJAP 374,1 19,9 TRE−PA 22,9
369,5 TJMS 369,5 81,0 TRE−RR 89,6
366,5 TJTO 366,5 77,8 TRE−AP 80,2
305,1 TJRO 366,1 71,9 TRE−AC 77,4
278,6 TJAC 310,5 62,0 TRE−TO 65,6
292,7 TJRN 292,7 46,4 TRE−RO 50,4
258,1 TJSE 262,0 37,3 TRE−MS 43,3
169,5 TJAM 211,6 36,3 TRE−SE 41,7
192,7 TJPB 192,7 31,5 TRE−AL 34,5
178,7 TJPI 188,3 25,8 TRE−DF 34,5
125,6 TJAL 154,0 26,3 TRE−ES 29,9
215,9 Estadual 256,8 24,0 Eleitoral 28,6
Trabalho Superiores
Sem inativos Total Sem inativos Total
97,6 TRT4 144,7 5,0 STJ 7,0
85,1 TRT1 123,6 3,6 TST 5,0
82,7 TRT2 110,7 2,7 TSE 3,1
68,4 TRT3 94,5 1,4 2,5
STM
57,7 TRT15 73,7
12,8 Superior 17,6
96,9 TRT10 135,0
70,8 TRT12 106,6
73,5 TRT9 91,7 Federal
62,7 TRT6 85,6 72,2 TRF2 88,3
72,2 TRT18 81,1 62,8 TRF4 72,0
54,9 TRT5 74,1 44,0 TRF3 50,9
44,6 TRT8 65,6 40,8 TRF5 46,8
35,7 TRT7 47,0 36,3 TRF1 42,3
100,7 TRT14 129,6 46,2 53,9
Federal
96,5 TRT13 120,0
71,1 TRT11 101,3
86,6 TRT24 97,9 Militar Estadual
82,2 TRT23 91,0 1,8 TJMRS 2,9
75,1 TRT17 84,7 1,9 TJMMG 2,7
70,4 TRT20 80,5 1,2 TJMSP 1,5
65,0 TRT21 80,5
1,4 Militar 2,0
61,4 TRT19 68,3 Estadual
48,4 TRT22 51,2
28,9 TRT16 32,3 Poder
69,0 91,9 368,4 449,5
Trabalho Judiciário
64
Figura 22: Despesa total por ramo de justiça
Justiça Estadual
53.543.972.889 Justiça Militar Estadual
57,1% 157.638.954
0,2%
Tribunais Superiores
3.666.182.030
3,9%
Justiça Eleitoral
5.959.170.922
Justiça do Trabalho Justiça Federal
6,4%
19.168.852.708 11.229.471.774
20,5% 12,0%
Os gastos com recursos humanos são responsáveis por aproximadamente 91% da despesa total e compreendem,
além da remuneração com magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e
assistências devidos, tais como auxílio-alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao alto montante destas
despesas, elas serão detalhadas na próxima seção. Os 9% de gastos restantes referem-se às despesas de capital
(2,2%) e outras despesas correntes (7%), que somam R$ 2,1 bilhões e R$ 6,6 bilhões, respectivamente.
A série histórica de gastos com informática apresentou tendência de crescimento entre os anos de 2009 e 2014 e
se manteve estável, com sutis oscilações, nos últimos 4 anos. As despesas de capital, apresentaram comportamento
crescente entre os anos de 2009 a 2012, quando iniciou a tendência de queda, observada até 2015. Desde então,
tais despesas têm se mantido relativamente estáveis, com redução de 8,8% no último ao ano (Figura 23). Essas
despesas abrangem a aquisição de veículos, de equipamentos e de programas de informática, de imóveis e outros
bens permanentes, além das inversões financeiras.
Figura 23: Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 4,0
R$ 3,51
R$ 3,08
R$ 3,2 R$ 2,97 R$ 2,99
R$ 2,65
R$ 2,39 R$ 2,29 R$ 2,29
R$ 2,27 R$ 2,16
Bilhões de R$
R$ 2,4 R$ 2,18
R$ 1,98 R$ 1,99
R$ 1,63 R$ 2,25 R$ 2,05
R$ 2,02 R$ 1,99
R$ 1,6
R$ 1,20
R$ 1,09
R$ 0,8
R$ 0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Apesar da expressiva despesa do Poder Judiciário, os cofres públicos receberam durante o ano de 2018, em
decorrência da atividade jurisdicional, cerca de R$ 58,64 bilhões, um retorno da ordem de 63% das despesas efe-
tuadas. Esse foi o maior montante auferido na série histórica. Somente em 2009 e 2018, a arrecadação superou o
patamar de 60% (Figura 24).
Computam-se na arrecadação os recolhimentos com custas, fase de execução, emolumentos e eventuais taxas
(R$ 12 bilhões, 20,4% da arrecadação), as receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos
judiciais (R$ 5,3 bilhões, 9%), a atividade de execução fiscal (R$ 38,1 bilhões, 65%), a execução previdenciária (R$
65
2,8 bilhões, 4,8%), a execução das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (R$
19,2 milhões, 0,03%) e a receita de imposto de renda (R$ 420,8 milhões, 0,7%).
Em razão da própria natureza de sua atividade jurisdicional, a Justiça Federal é a responsável pela maior parte
das arrecadações: 53% do total recebido pelo Poder Judiciário (Figura 25), sendo o único ramo que retornou aos
cofres públicos valor superior às suas despesas (Figura 26). Tratam-se, majoritariamente, de receitas oriundas da
atividade de execução fiscal, ou seja, dívidas pagas pelos devedores em decorrência da ação judicial. Dos R$ 38,1
bilhões arrecadados em execuções fiscais, R$ 31 bilhões (81,2%) são provenientes da Justiça Federal e R$ 6,9 bilhões
(18,1%) são da Justiça Estadual.
Parte dessas arrecadações é motivada por uma cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, em
impostos causa mortis, que podem, inclusive, incorrer extrajudicialmente, em valores não computados neste Relatório.
Figura 24: Série histórica das arrecadações
R$ 70 80%
R$ 58,6
R$ 56 R$ 50,7 R$ 50,5 70%
65,3%
R$ 42,0 R$ 41,3 R$ 41,7 62,6%
R$ 42 60%
Bilhões de R$
R$ 0 30%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Justiça do Trabalho
3.941.201.768
Justiça Estadual 6,7%
23.544.250.784
40,2%
66
3.2 Despesas com pessoal
Neste tópico são detalhadas as despesas com recursos humanos, responsáveis por 90,8% do gasto total do Poder
Judiciário. Observa-se, a partir da Figura 27, que os gastos com recursos humanos crescem proporcionalmente ao
gasto total do Poder Judiciário. O percentual gasto com pessoal permaneceu relativamente estável ao longo dos 10
anos da série histórica, com o menor valor aferido em 2012 (88,8%) e o maior, em 2018.
As séries históricas por ramo de justiça (Figura 29) indicam queda no último ano do percentual na Justiça do
Trabalho e Eleitoral, com crescimento nas demais. O segmento com maior proporção de recursos destinados ao
pagamento de pessoal é o Militar Estadual - 94,7% e as menores proporções estão nos Tribunais Superiores e na
Justiça Eleitoral, 86,1% e 89,2%, respectivamente.
O detalhamento desta rubrica mostra que 84,8% dos gastos destinam-se ao pagamento de subsídios e remune-
rações dos magistrados e servidores ativos e inativos, que incluem também pensões, imposto de renda e encargos
sociais; 6,8% são referentes ao pagamento de benefícios (ex.: auxílio-alimentação, auxílio-saúde); 3,3% correspondem
ao pagamento de despesas em caráter eventual e indenizatório, tais como diárias, passagens e auxílio-moradia; 4,2%
são gastos com terceirizados e 0,8% com estagiários (Figura 28).
Figura 27: Série histórica das despesas
R$ 120 110%
R$ 90,0 R$ 90,5 R$ 94,1 R$ 93,7
R$ 75,6 R$ 81,1 R$ 82,4 R$ 85,9
R$ 80 R$ 64,3 R$ 66,6 102%
R$ 85,0 R$ 85,1
R$ 76,9 R$ 80,6 R$ 81,5
R$ 67,8 R$ 72,0 R$ 74,0
Bilhões de R$
- R$ 40 78%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
67
Figura 29: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de justiça
95%
94% 94%
90%
88% 89% 89% 89% 89%
88% 88% 88% 88%
88% 86% 88% 86%
83% 84% 83%
82% 82% 84%
79%
76% 76%
70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
76% 76%
70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
94% 95%
93% 93% 94%
94% 94% 92%
91% 91% 91% 91% 92% 92%
90% 92% 89%
88% 89% 88%
88%
76% 76%
70% 70%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
68
sociais, previdenciários, imposto de renda, despesas com viagens a serviço (passagens aéreas e diárias5), não cor-
respondendo, portanto, aos salários, tampouco aos valores recebidos pelos servidores públicos. Dito isso, observa-se
que as despesas representam uma média mensal de aproximadamente R$ 46,8 mil por magistrado; de R$ 15,4 mil
por servidor; de R$ 4,1 mil por terceirizado e de R$ 909,8 por estagiário.
Frise-se, ainda, que no cálculo estão considerados os pagamentos com inativos e pensionistas, o que pode
acarretar diferenças quando feita a comparação entre tribunais, uma vez que a modalidade de tais vencimentos
pode ocorrer às expensas do órgão ou por meio de fundos de pensão, neste caso, não computados. Ademais, por
se tratar de um valor médio, é importante esclarecer que eventuais indenizações recebidas em razão de decisão
judicial destinadas a um pequeno grupo de indivíduos podem impactar de sobremaneira as médias apresentadas na
Figura 31, especialmente em órgãos de pequeno ou médio porte, que possuem menor quantitativo de funcionários.
Dessa forma, e pelas razões explicitadas, há diferenças entre os segmentos de justiça custeados pela União, nos
quais os vencimentos são uniformes.
Ressalte-se, portanto, que os valores apresentados não correspondem ao salário dos magistrados e servidores,
mas tão somente ao custo da justiça. Registra-se, ainda, que a soma do imposto de renda (até 27,5%) com a previ-
dência social (11%), ambos incidentes sobre a remuneração total, a depender da data de ingresso no funcionalismo
público, podem gerar impactos de quase 40% na folha de pagamento.
No âmbito da Justiça Eleitoral, o subsídio é pago pelo órgão de origem, restando apenas gratificações e despe-
sas eventuais a cargo dos TREs. O custo com promotores eleitorais foi computado nas despesas com magistrados.
5 As diárias têm por objetivo o custeio de viagens e destinam-se ao pagamento de hospedagem, alimentação e transporte durante o período de
trânsito.
69
Figura 30: Percentual de despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal, por
tribunal.
Estadual Eleitoral
TJSP 33,9% TRE−BA 8,7%
TJRS 14,1% TRE−PR 8,2%
TJPR 10,6% TRE−RS 7,8%
TJRJ 10,2% TRE−MG 6,6%
TJMG 9,8% TRE−SP 6,0%
TJSC 29,9% TRE−RJ 5,9%
TJMT 24,9% TRE−PI 11,3%
TJCE 20,5% TRE−PE 10,8%
TJMA 16,0% TRE−AM 10,0%
TJPA 15,4% TRE−GO 9,7%
TJGO 11,4% TRE−MT 9,5%
TJES 10,6% TRE−CE 9,1%
TJPE 10,4% TRE−PA 9,1%
TJBA 8,5% TRE−RN 8,6%
TJDFT 6,0% TRE−MA 8,4%
TJAM 23,5% TRE−SC 8,3%
TJRO 19,8% TRE−PB 8,3%
TJAC 14,5% TRE−RR 14,6%
TJTO 13,4% TRE−AC 13,3%
TJAL 13,1% TRE−DF 13,0%
TJRR 11,8% TRE−MS 11,8%
TJPI 11,5% TRE−ES 11,7%
TJAP 10,5% TRE−AP 11,4%
TJRN 10,2% TRE−RO 11,3%
TJPB 6,7% TRE−SE 11,0%
TJSE 6,6% TRE−AL 10,1%
TJMS 6,6% TRE−TO 9,9%
Estadual 17,4% Eleitoral 8,4%
0% 10% 20% 30% 40% 0% 5% 10% 15%
Trabalho Superiores
TRT1 10,8% TST 14,3%
TRT2 8,9% TSE 11,7%
TRT3 8,9% 11,6%
STJ
TRT15 8,1% 9,4%
STM
TRT4 7,4%
Superior 12,2%
TRT6 11,0%
TRT12 9,7%
TRT9 9,0% Federal
TRT8 8,9% 9,0%
TRF2
TRT7 8,4%
TRF5 8,3%
TRT5 8,0%
TRT10 7,7% TRF1 8,0%
TRT18 7,1% TRF4 7,9%
TRT19 13,4% TRF3 7,7%
TRT13 9,3% Federal 8,1%
TRT11 9,3%
TRT20 8,9% Militar Estadual
TRT14 8,5%
TJMSP 24,0%
TRT24 8,3%
TRT22 8,1% TJMRS 17,0%
TRT23 8,0% TJMMG 14,9%
TRT17 8,0%
Militar Estadual 19,5%
TRT21 7,4%
TRT16 6,6%
Trabalho 8,8% Poder Judiciário 13,7%
0% 5% 10% 15% 0% 5% 10% 15% 20% 25%
70
Figura 31: Custo médio mensal dos tribunais com magistrados e servidores, incluindo benefícios, encargos,
previdência social, diárias, passagens, indenizações judiciais e demais indenizações eventuais e não eventuais
Estadual Eleitoral
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
13.283 TJPR 49.506 15.808 TRE−RS 9.310
11.819 TJRJ 46.221 10.566 TRE−SP 9.202
12.385 TJRS 45.628 12.125 TRE−BA 9.186
10.819 TJSP 41.416 18.940 TRE−RJ 8.884
14.462 TJMG 40.541 16.251 TRE−MG 8.555
10.050 TJGO 75.375 20.200 TRE−PR 4.498
13.993 TJSC 70.443 18.164 TRE−SC 9.520
18.442 TJBA 55.807 15.551 TRE−MT 9.232
20.944 TJDFT 54.147 13.963 TRE−PE 9.199
15.478 TJES 50.129 16.798 TRE−MA 9.057
11.340 TJPE 49.477 19.893 TRE−AM 8.366
12.522 TJMA 41.603 16.919 TRE−PB 5.591
14.282 TJCE 41.176 19.096 TRE−PI 5.106
15.442 TJMT 35.863 14.512 TRE−PA 4.752
13.231 TJPA 30.894 21.822 TRE−RN 4.749
14.727 TJMS 85.745 17.808 TRE−GO 4.688
16.593 TJTO 68.698 11.890 TRE−CE 4.626
15.544 TJRN 62.412 21.109 TRE−RR 10.669
14.461 TJSE 55.591 21.403 TRE−TO 10.210
15.340 TJAM 54.999 18.780 TRE−AC 9.488
8.458 TJAC 53.660 21.810 TRE−AL 9.218
10.017 TJRO 53.056 26.345 TRE−AP 9.033
11.275 TJAL 51.976 19.102 TRE−ES 8.981
9.941 TJPB 48.397 15.686 TRE−SE 8.577
15.273 TJAP 46.505 15.881 TRE−RO 8.377
16.281 TJRR 43.878 12.418 TRE−DF 8.269
10.737 TJPI 38.064 14.901 TRE−MS 5.276
12.947 Estadual 47.426 15.405 Eleitoral 7.856
Trabalho Superiores
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
21.784 TRT1 48.470 23.170 STJ 48.537
20.030 TRT4 43.464 18.661 TST 44.772
20.428 TRT15 39.871 25.177 STM 41.151
19.973 TRT2 37.138 11.635
21.400 TSE
20.729 TRT3 35.925
21.683 Superior 43.747
17.096 TRT7 60.664
20.961 TRT8 50.199
20.782 TRT9 49.661 Federal
24.519 TRT12 41.749 20.017 TRF1 52.092
20.421 TRT18 35.436 20.274 TRF3 50.431
21.226 TRT5 33.757 21.880 TRF4 48.178
24.671 TRT10 33.659 47.635
20.322 TRF2
20.269 TRT6 31.074
19.731 TRF5 43.059
19.349 TRT19 50.103
20.021 48.742 20.415 Federal 49.118
TRT17
19.663 TRT24 46.836
20.089 TRT22 44.911 Militar Estadual
20.355 TRT23 44.258 18.922 TJMMG 65.380
21.452 TRT20 43.512 10.435 TJMRS 50.679
21.162 TRT16 43.349
14.973 TJMSP 47.308
19.899 TRT13 41.064 Militar
20.691 40.422 14.950 55.323
TRT14 Estadual
20.426 TRT21 35.770
20.377 TRT11 35.285 Poder
20.777 40.609 15.387 Judiciário 46.762
Trabalho
71
3.3 Quadro de pessoal
O quadro de pessoal é apresentado considerando três categorias: a) magistrados, que abrange os juízes, os
desembargadores e os ministros; b) servidores, incluindo o quadro efetivo, os requisitados e os cedidos de outros
órgãos pertencentes ou não à estrutura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo, excluindo-se
os servidores do quadro efetivo que estão requisitados ou cedidos para outros órgãos; e c) trabalhadores auxiliares,
compreendendo os terceirizados, os estagiários, os juízes leigos, os conciliadores e os colaboradores voluntários.
Em 2018, o Poder Judiciário contava com um total de 450.175 pessoas em sua força de trabalho, sendo 18.141
magistrados (4%), 272.138 servidores (60,5%), 73.926 terceirizados (16,4%), 64.609 estagiários (14,4%) e 21.361
conciliadores, juízes leigos e voluntários (4,75%). Dentre os servidores, 79,7% estão lotados na área judiciária e 20,3%
atuam na área administrativa. O diagrama da Figura 32 mostra a estrutura da força do trabalho do Poder Judiciário
em relação aos cargos e instâncias.
Na Justiça Estadual estão 68,8% dos magistrados, 64,1% dos servidores e 80% dos processos em trâmite. Na
Justiça Federal, se encontram 10,6% dos magistrados, 10,4% dos servidores e 12,8% dos processos em trâmite. Na
Justiça Trabalhista, 19,8% dos magistrados, 14,8% dos servidores e 6,2% dos processos (Figuras 33 e 38).
Figura 32: Diagrama da força de trabalho
Justiça Estadual
12.472
68,8% Auditoria Militar da União
38
0,2%
Justiça Militar Estadual
41
0,2%
Tribunais Superiores
74
Justiça Federal 0,4%
Justiça do Trabalho 1.917
3.599 10,6%
19,8%
72
Figura 34: Magistrados por 100.000 habitantes, por ramo de justiça
0 2 4 6 8 10
Ao final de 2018, havia 22.635 cargos criados por lei, sendo 18.141 providos e 4.494 cargos vagos (19,9%), con-
forme Figura 35.
Dentre os 18.141 magistrados, 74 são ministros (0,4%)6; 15.618 são juízes de direito (86,1%); 2.304 são desem-
bargadores (13%); e 145 são juízes substitutos de 2º grau (0,8%). Existem, nos Tribunais Superiores, 35 magistrados
convocados, fora da jurisdição (7 no TST, 10 no TSE e 18 no STJ), e nos demais tribunais, 335 juízes em tal situação.
Ao todo 2% dos magistrados exercem atividade administrativa nos tribunais, afastados da jurisdição de origem.
Em 2018 os números de cargos existentes, providos e vagos permaneceram próximos aos verificados no ano
anterior, fazendo com que o percentual de cargos vagos aumentasse em 0,5 ponto percentual, patamar próximo aos
anos de 2009 e 2010. O maior percentual de cargos não providos está na Justiça Federal e na Justiça Militar Esta-
dual, com 24% (Figura 36). Nos tribunais, o maior percentual de cargos de magistrados existentes e não providos
está no TJAC, com 67%.
Os cargos vagos são, em sua maioria, de juízes - enquanto no 2º grau existem 83 cargos de desembargadores
criados por lei e não providos (3,3%), no 1º grau há 4.411 cargos não providos (22%).
Considerando a soma de todos os dias de afastamento, obtém-se uma média de 1.152 magistrados que perma-
neceram afastados da jurisdição durante todo o exercício de 2018, representando um absenteísmo de 6,4%. Tais
afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações para instância superior, entre outros motivos. Para
esse cálculo, não foram computados períodos de férias e recessos. Isso significa que, em média, 16.989 magistrados
efetivamente atuaram na jurisdição durante todo o ano.
Além do número total de cargos de magistrados existentes e providos, outro indicador relevante é a média de
magistrados existentes a cada cem mil habitantes: 8,1 em 2018. No período de 2009 a 2018 esse índice variou pouco:
a menor média foi observada em 2015 (8) e a maior em 2010 (8,6).
Figura 35: Série histórica dos cargos de magistrados
24.000 21.829 22.314 22.421 21.761 21.688 22.553 22.635 30%
20.003 20.722 21.210
17.914 18.194 18.141
18.000 15.946 16.883 16.908 16.686 17.088 17.404 17.589 26%
23,6% 23,4%
22,4%
12.000 22%
20,3% 20,3% 19,9%
19,2% 19,3%
18,5%
6.000 17,4% 18%
0 14%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Estadual Trabalho
TJMG 37,6% TRT2 23,5%
TJSP 23,1% TRT3 9,0%
TJRS 19,4% TRT1 7,5%
TJRJ 15,3%
TRT15 5,9%
TJPR 3,0%
2,0%
TRT4
TJPE 29,9%
TRT8 6,5%
TJCE 29,2%
TJPA 27,3% TRT6 5,7%
TJDFT 24,3% TRT12 4,5%
TJES 23,8% TRT10 3,8%
TJMA 19,9% TRT9 2,8%
TJSC 15,7% TRT18 2,7%
TJGO 15,5%
TRT7 1,2%
TJMT 7,7%
TRT5 0,5%
TJBA 2,8%
TRT11 21,8%
TJAC 66,7%
TJAL 45,7% TRT14 14,1%
TJRO 30,4% TRT23 5,8%
TJRN 30,0% TRT17 4,4%
TJMS 30,0% TRT22 2,7%
TJAP 25,2% TRT21 1,8%
TJPI 20,6%
TRT16 1,7%
TJRR 13,8%
1,6%
TRT24
TJTO 10,9%
TJPB 10,7% TRT20 0,0%
TJSE 5,4% TRT19 0,0%
TJAM 2,9% TRT13 0,0%
Estadual 22,2% Trabalho 8,4%
A Figura 37 permite visualizar as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 15.618 juízes de
direito, 13.805 atuam no juízo comum, sendo 10.106 (73,2%) de forma exclusiva, 2.542 (18,4%) com acúmulo de
função em juizados especiais e 1.157 (8,4%) em conjunto com turmas recursais. Magistrados exclusivos em juizados
especiais são apenas 1.258, ou seja, correspondem a 8,1% dos juízes e a 31,5% daqueles que atuam em juizados
cumulativamente ou não (3.996), enquanto 196 (4,9%) acumulam com as turmas recursais. Dos que exercem juris-
dição em turmas recursais (1.712), 2,3% o fazem de forma exclusiva. Na Justiça Federal, 100% dos magistrados de
turma recursal são exclusivos e, na Justiça Estadual, apenas 9,1%.
Figura 37: Jurisdição dos magistrados
2º grau
Juizados
Especiais
2.449
3.996
Turmas
Recursais Tribunais
1.712 Superiores
1º grau
13.805
74
74
Ao final de 2018, o Poder Judiciário possuía um total de 272.138 servidores, sendo 233.169 do quadro efetivo
(85,7%), 21.840 requisitados e cedidos de outros órgãos (8%) e 17.129 comissionados sem vínculo efetivo (6,3%).
Considerando o tempo total de afastamento, aproximadamente 13.933 servidores (5,1%) permaneceram afastados
durante todo o exercício de 2018.
Do total de servidores, 216.774 (79,7%) estavam lotados na área judiciária e 55.364 (20,3%) na área administrativa.
Entre os que atuam diretamente com a tramitação de processos, 182.287 (84,1%) estão no primeiro grau de jurisdição
(Figura 40), que concentra 84,1% dos processos ingressados e 93,9% do acervo processual. É importante ressaltar
que a Resolução CNJ 219/2016 estabelece que a área administrativa deve ser composta por, no máximo, 30% da
força de trabalho. A Figura 39 demonstra essa distribuição por segmento de justiça, na qual é possível observar que
esse percentual está sendo cumprido nas Justiças Estadual, Federal e Trabalhista.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 40.984 cargos criados por lei e ainda não
providos, que representam 14,8% dos cargos efetivos existentes. Observa-se na Figura 41, grande redução desse
percentual no ano de 2018 ocorrida, principalmente, pela diminuição de quase 19 mil cargos existentes em relação
ao ano anterior. Tal redução ocorreu devido ao fato de o Tribunal de Justiça da Bahia ter informado 32.813 cargos
existentes de servidores efetivos no ano de 2017 para 13.898 em 2018.
Cerca de 67,1% dos cargos existentes estão na Justiça Estadual. O segmento com maior percentual de cargos
de servidores vagos é o da Justiça Militar Estadual, com 21%. O menor está na Justiça Eleitoral, com 3% (Figura 42).
Figura 39: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de justiça
75
Figura 40: Lotação dos servidores
Tribunais Turmas
Superiores Recursais
2º grau
3.539 1.736
30.931
1º grau
165.269
Turmas Regionais
de Uniformização
17 Administrativa
Juizados
57.562 Especiais
30.220
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
76
Figura 42: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de justiça
Em 2018, houve redução tanto no número de servidores quanto no número de magistrados, registrando queda
de, respectivamente, 0,1% e de 0,3% entre os anos de 2017 e 2018. Considerando toda a última década, nesses 10
anos da série histórica, houve crescimento acumulado do número de servidores em 19,7% e quantos aos magistra-
dos, em 13,8%.
O Poder Judiciário conta, ainda, com o apoio de 159.896 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma de
terceirizados (46,2%) e estagiários (40,4%), conforme observado na Figura 43. Houve aumento do número de fun-
cionários terceirizados no ano de 2018 em 2,7%, ao passo que em relação aos estagiários ocorreu o oposto, com
redução de -4,6%. No período de 2009-2018, houve aumento nas duas formas de contratação, sendo de 89,2% entre
os terceirizados e de 81,7% entre os estagiários.
1,8%
2,5% 1,7%
Auxiliares
7,4%
Conciliadores
Estagiários
Juízes leigos
159.896 Terceirizados
Trabalhadores de serventias privatizadas
Voluntários
40,4% 46,2%
77
4 Gestão judiciária
Neste capítulo, são apresentados os dados gerais de movimentação processual e litigiosidade e os resultados
dos principais indicadores de desempenho por segmento de justiça. O capítulo está dividido em três tópicos: 1)
litigiosidade, que traz o fluxo processual da justiça e os indicadores de produtividade; desempenho; percentual de
processos eletrônicos; e recorribilidade consolidados por tribunal e por segmento de justiça; 2) política de priorização
do primeiro grau, comparando os dados do 1º grau com os do 2º grau de jurisdição - considerando como 1º grau a
justiça comum, os juizados especiais e as turmas recursais e, incluindo no 2º grau as turmas regionais de uniformi-
zação da justiça federal; e 3) gargalos da execução, que compara as fases de conhecimento e execução do 1º grau.
No decorrer desses tópicos são expostos os seguintes indicadores, por grau de jurisdição e por fase (conheci-
mento e execução):
a) Casos Novos por Magistrado: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e
de execução extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não computadas as execuções judiciais.
b) Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de
execução extrajudicial com o número de servidores da área judiciária, não computadas as execuções judiciais.
c) Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador calcula a média de trabalho de cada magistrado durante o
ano de 2018. É dado pela soma dos processos baixados, dos casos pendentes, dos recursos internos julga-
dos, dos recursos internos pendentes, dos incidentes em execução julgados e dos incidentes em execução
pendentes. Em seguida, divide-se pelo número de magistrados em atuação. Cabe esclarecer que, na carga
de trabalho, todos os processos são considerados, inclusive as execuções judiciais.7
d) Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo número
de servidores da área judiciária.
e) IPM (Índice de Produtividade dos Magistrados): indicador que computa a média de processos baixados por
magistrado em atuação.
f) IPS-Jud (Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária): indicador que computa a média de
processos baixados por servidor da área judiciária.
g) IAD (Índice de Atendimento à Demanda): indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos
pelo menos em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça
superior a 100% para evitar aumento dos casos pendentes.
h) Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de
solução ao final do ano-base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados). Cumpre
informar que, de todo o acervo, nem todos os processos podem ser baixados no mesmo ano, devido a exis-
tência de prazos legais a serem cumpridos, especialmente nos casos em que o processo ingressou no final
do ano-base.
i) Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronica-
mente (divisão do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
j) Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao
número de decisões terminativas e de sentenças proferidas.
k) Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos encaminhados aos tribunais em relação
ao número de acórdãos e de decisões publicadas.
Nos indicadores IPM, IPS-Jud, carga de trabalho, casos novos por magistrado e por servidor, não são considerados
,na base de cálculo, a soma de todos os dias de afastamento. Dessa forma, o denominador utiliza o número médio de
magistrados e servidores que permaneceu ativo durante todo o exercício de cada ano de referência. Cumpre informar
7 Ao contrário dos casos novos por magistrado, em que somente as execuções extrajudiciais e os casos novos de conhecimento são computados.
78
que tal metodologia entrou em vigor no ano-base 2015 e que, até 2014, somente os afastamentos de magistrados
por mais de seis meses eram descontados na apuração dos indicadores. Para os servidores, utilizava-se o quantita-
tivo em efetivo exercício no final de cada ano-base. Tais mudanças podem impactar na série histórica e devem ser
levadas em consideração na leitura dos dados.
4.1 Litigiosidade
O Poder Judiciário finalizou o ano de 2018 com 78,7 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma
solução definitiva. Desses, 14,1 milhões, ou seja, 17,9%, estavam suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório,
aguardando alguma situação jurídica futura. Dessa forma, desconsiderados tais processos, tem-se que, em anda-
mento, ao final do ano de 2018 existiam 64,6 milhões ações judiciais.
O ano de 2017 foi marcado pelo primeiro ano da série histórica em que se constatou freio no acervo, que vinha
crescendo desde 2009 e manteve-se relativamente constante em 2017. Em 2018, pela primeira vez na última década,
houve de fato redução no volume de casos pendentes, com queda de quase um milhão de processos judiciais. A
variação acumulada nesses dois últimos anos foi na ordem de -1,4%. Esse resultado deriva do crescente aumento
do total de processos baixados, que atingiu o maior valor da série histórica no ano de 2018, e da redução da entrada
de novos processos no Poder Judiciário, conforme observado nas figuras 45 e 44. Assim, o Índice de Atendimento
à Demanda (IAD), que mede a relação entre o que se baixou e o que ingressou, no ano de 2018 foi de 113,7%.
O resultado decorre, em especial, do desempenho da Justiça do Trabalho, que praticamente manteve a produti-
vidade do ano anterior apesar da redução de 861 mil novos processos (Figura 47). Dessa forma, houve redução no
estoque de 656 mil processos. Há de se destacar que a redução dos processos ingressados pode estar relacionada
à reforma trabalhista aprovada em julho de 2017, tendo entrado em vigor em novembro de 2017.
Com relação às justiças Estadual e Federal, o estoque permaneceu quase constante nos últimos 2 anos. Já nos
Tribunais Superiores, houve redução significativa no STJ, -11,9%, e no TSE, -39,1%. Durante o ano de 2018, em todo
o Poder Judiciário, ingressaram 28,1 milhões de processos e foram baixados 31,9 milhões. Houve decréscimo dos
casos novos em -1,9%, com aumento dos casos solucionados em 3,8%. A demanda pelos serviços de justiça no
ano de 2018 ficou próxima ao patamar aferido em 2012 enquanto que o volume de processos baixados atingiu, no
último ano, o maior valor da série histórica. Se forem consideradas apenas as ações judiciais efetivamente ajuizadas
pela primeira vez em 2018, sem computar os casos em grau de recurso e as execuções judiciais (que decorrem do
término da fase de conhecimento ou do resultado do recurso), tem-se que entraram 19,5 milhões ações originárias
em 2018, -6,1% a mais que o ano anterior.
A redução do estoque não foi ainda maior devido aos processos que retornam à tramitação (casos pendentes)
sem previamente figurarem como casos novos. São, por exemplo, os casos de sentenças anuladas na instância
superior; ou de remessas e retornos de autos entre tribunais em razão de questões relativas à competência; ou de
devolução dos processos à instância inferior para aguardar julgamento em matéria de recursos repetitivos ou de
repercussão geral; ou de mudança de classe processual. Somente em 2018 foram reativados 1,8 milhão de proces-
sos. Outros fatores que contribuem para o crescimento do estoque são problemas na autuação e na apuração dos
dados. O projeto Prêmio CNJ de Qualidade, pela Replicação Nacional, visa corrigir esse tipo de inconsistência, uma
vez que o DPJ tem recebido os dados detalhados por processo, o que substituirá em um futuro próximo a remessa
de informações agregadas.
É oportuno esclarecer que, conforme o glossário da Resolução CNJ 76/2009, consideram-se baixados os pro-
cessos:
• Remetidos para outros órgãos judiciais competentes, desde que vinculados a tribunais diferentes;
• Remetidos para as instâncias superiores ou inferiores;
• Arquivados definitivamente;
• Em que houve decisões que transitaram em julgado e iniciou-se a liquidação, cumprimento ou execução.
79
Computa-se apenas uma baixa por processo e por fase/instância (conhecimento ou execução, 1º ou 2º grau). Os
casos pendentes, por sua vez, são todos aqueles que nunca receberam movimento de baixa, em cada uma das fases
analisadas. Da mesma forma, ao contabilizar o número de casos novos, também são considerados os ingressos na
dimensão fase/instância. Assim, um processo que inicia a fase de execução pode ser, ao mesmo tempo, um caso
novo de execução e um baixado de conhecimento.
Os dados por segmento de justiça demonstram que o resultado global do Poder Judiciário reflete quase direta-
mente o desempenho da Justiça Estadual, com 80% dos processos pendentes. A Justiça Federal concentra 12,8%
dos processos e a Justiça Trabalhista, 6,2%. Os demais segmentos juntos acumulam 1% dos casos pendentes. A
Justiça Eleitoral apresenta sazonalidade de movimentos processuais, com altas especialmente nos anos eleitorais
(2010, 2012, 2014, 2016, 2018), e de forma mais acentuada nos anos de eleições municipais (2012 e 2016). Pelos
motivos expostos, a avaliação por segmento de justiça é de suma importância.
Durante o ano de 2018, foram proferidas 32 milhões de sentenças e decisões terminativas, com aumento de 939
mil casos (3%) em relação à 2017. Registra-se, também, crescimento acumulado de 36,8% da produtividade em 10
anos.
Chama atenção a diferença entre o volume de processos pendentes e o volume que ingressa a cada ano, con-
forme Figura 47. Na Justiça Estadual, o estoque equivale a 3,2 vezes a demanda e na Justiça Federal, a 2,4 vezes.
Nos demais segmentos, os processos pendentes são mais próximos do volume ingressado e, em 2018, seguiram a
razão de 1,4 pendente por caso novo na Justiça do Trabalho e a 1 pendente por caso novo nos Tribunais Superiores.
Na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual ocorre o inverso: o acervo é menor que a demanda.
Tais diferenças significam que, mesmo que não houvesse ingresso de novas demandas e fosse mantida a produ-
tividade dos magistrados e dos servidores, seriam necessários aproximadamente 2 anos e 6 meses de trabalho para
zerar o estoque. Esse indicador pode ser denominado como “Tempo de Giro do Acervo”. O tempo de giro do acervo
na Justiça Estadual é de 2 anos e 10 meses, na Justiça Federal é de 2 anos e 4 meses, na Justiça do Trabalho é de
1 ano e 1 mês, na Justiça Militar Estadual é de 7 meses e nos Tribunais Superiores é de 11 meses.
31,9
30,7
32 28,5 28,6 29,5
28,0 29,0
25,3 26,1
24,1 28,4 29,3 28,6 28,1
27,7 28,1 27,8
24 25,8
24,6
Milhões
24,0
16
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Processos baixados
Casos novos
80
Figura 45: Série histórica dos casos pendentes
79,8 79,6 78,7
80 77,1
71,6 72,0
67,1
64,4
60,7 61,9
64
48
Milhões
32
0,8 1,8
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Casos pendentes
Processos suspensos
Processos reativados
31,5 32,4
30,6
32
27,0 27,5
25,9 26,9 27,5
24,8 26,2
23,7 23,1 23,6
24 21,9 22,6 22,9
Milhões
16
8
3,0 3,4 3,6 3,5 3,8 4,0 3,8 3,9 4,1
2,7
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Total
Sentenças de 1º Grau
Decisões Terminativas no 2º grau
81
Figura 47: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de justiça.
Milhões
0,4
28 0,3
19,8 20,5 20,3 19,4 20,8 21,4 22,3
18,3 17,5 18,6
14 19,1 19,4 19,9 20,1 19,8 19,7 19,6 0,1
17,8 17,1 18,1
0 0,0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Milhões
3,3 0,5
3,3 3,3 3,4 0,5 0,4
0,4
2,4 0,4
0,4 0,2
0,2 0,2
1,2 0,2 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1
0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
0,1 0,1
0,0 0,0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
8,5 4,2
7,8 8,0 8,1 8,1 4,0 3,8
8 3,2 3,4
3,1 3,1 3,3
3,0
4,1 4,4
4 3,5 3,4 3,6 3,9 3,8 3,7 3,8 3,8 1,6
4,2
3,3 3,0 3,3 3,1 3,4 3,7 3,6 3,3 3,7
0 0,0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Casos pendentes
Processos baixados
Casos novos
82
Figura 48: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de justiça.
24 23,0 0,7
22,0 22,5 0,6 0,6 0,6 0,6
19,1 19,5
17,5 18,1 20,2 20,6 0,5
18 16,6 16,3 17,0 19,7 0,5 0,5
Milhões
Milhões
16,9
15,8 15,9 16,7 0,4
14,8 14,3 14,8
12 0,4
6 0,2
1,7 1,8 2,1 2,2 2,2 2,4 2,6 2,4 2,3 2,4
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0,0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Milhões
2,7 0,4
0,4 0,4
0,4
2 0,3
2,7
2,4 2,4 2,4 2,4 2,5 2,5 2,5 3,3
Mil
0 0,0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Total
Sentenças de 1º Grau
Decisões Terminativas no 2º grau
83
Figura 49: Casos novos, por ramo de justiça
Justiça Estadual
19.579.314 Auditoria Militar da União
69,8% 1.578
0,0% Justiça Militar Estadual
4.831
0,0%
Justiça Eleitoral
208.968
0,7%
Tribunais Superiores
Justiça do Trabalho 593.595
Justiça Federal 2,1%
3.460.875
4.203.804
12,3%
15,0%
Estadual Eleitoral
TJRJ 10.957 TRE−PR 138
TJRS 10.915 TRE−MG 120
TJSP 10.200 TRE−BA 118
TJPR 9.136 TRE−RS 116
TJMG 7.187 TRE−RJ 76
TJDFT 12.154 TRE−SP 62
TJMT 11.396 TRE−RN 190
TJSC 10.846 TRE−PB 174
TJPE 7.895 TRE−MT 144
TJBA 7.344 TRE−GO 123
TJGO 7.344 TRE−PI 116
TJES 7.019 TRE−AM 111
TJMA 4.461 TRE−SC 109
TJCE 4.071 TRE−MA 83
TJPA 2.799 TRE−PE 74
TJRO 11.593 TRE−PA 69
TJMS 11.398 TRE−CE 69
TJTO 10.010 TRE−RR 328
TJSE 8.701 TRE−TO 285
TJAP 8.303 TRE−AC 244
TJRR 7.139 TRE−AP 235
TJRN 6.748 TRE−RO 182
TJAC 5.935 TRE−SE 144
TJPI 5.181 TRE−DF 102
TJPB 5.147 TRE−AL 99
TJAM 4.883 TRE−MS 87
TJAL 4.123 TRE−ES 66
Estadual 8.325 Eleitoral 100
0 5.000 10.000 15.000 0 100 200 300 400
Trabalho Superiores
TRT2 2.020 STJ 166
TRT4 1.800 TST 116
TRT15 1.636 TSE 3
TRT1 1.566 STM 0
TRT3 1.168 Superior 285
TRT10 1.376
TRT12 1.343
TRT9 1.280 Federal
TRT18 1.269 TRF4 2.904
TRT6 1.016 TRF5 2.126
TRT5 851
TRF2 1.597
TRT8 763
684 TRF1 1.514
TRT7
TRT24 1.112 TRF3 1.463
TRT23 1.081 Federal 1.802
TRT11 1.067
TRT20 1.033 Militar Estadual
TRT17 1.009 TJMRS 2.824
TRT22 934
TJMSP 1.682
TRT14 919
TRT13 875 TJMMG 1.132
TRT21 812 Militar Estadual 1.677
TRT19 811
TRT16 700
1.282 Poder Judiciário 11.796
Trabalho
0 500 1.000 1.500 2.000 0 2.000 6.000 10.000 14.000
85
As figuras 52 e 53 relacionam as despesas com assistência judiciária gratuita com a despesa total do Poder Judi-
ciário e com o número de habitantes, respectivamente. Consideram-se os valores liquidados pelo tribunal em razão
do deferimento de assistência judiciária gratuita em processos, abrangendo remuneração de tradutor/intérprete,
peritos e de advogado dativo e pagamento de outros custos pela realização de atos gratuitos.
Os gastos com assistência judiciária gratuita equivalem a 1,09% do total das despesas do Poder Judiciário, ao
custo de R$4,91 por habitante. Os Tribunais Regionais Federais possuem os maiores gastos com assistência judi-
ciária gratuita, proporcionalmente às suas despesas, e os tribunais de justiça, os maiores gastos por habitante. Em
ambas as figuras, se verifica um excesso de valores próximos de zero, o que pode denotar alguma dificuldade dos
tribunais na apuração da despesa com assistência judiciária gratuita ou pagamento dos custos por outros órgãos
públicos, não necessariamente significando ausência de concessão. A Figura 54 permite identificar o percentual de
processos finalizados dessa natureza.
Figura 52: Assistência Judiciária Gratuita em relação à Despesa Total da Justiça por tribunal
Estadual Trabalho
TJSP 3,64% TRT4 1,71%
TJRJ 1,72% TRT15 1,42%
TJMG 1,26% TRT3 1,06%
TJRS 0,31% 0,67%
TRT2
TJPR 0,02%
TRT1 0,08%
TJGO 1,47%
1,32% TRT12 1,05%
TJSC
TJPA 0,25% TRT9 0,92%
TJDFT 0,04% TRT18 0,89%
TJPE 0,03% TRT5 0,57%
TJCE 0,01% TRT10 0,50%
TJMT 0,00% TRT6 0,49%
TJMA 0,00% 0,39%
TRT7
TJBA 0,00%
TRT8 0,08%
TJES
1,70% TRT19 0,79%
TJMS
TJTO 1,18% TRT23 0,79%
TJPI 0,42% TRT20 0,72%
TJSE 0,33% TRT17 0,57%
TJRR 0,08% TRT13 0,54%
TJAL 0,05% TRT24 0,48%
TJAM 0,01% 0,38%
TRT21
TJAP 0,01%
TRT14 0,36%
TJRO 0,00%
0,00% TRT16 0,11%
TJRN
TJAC 0,00% TRT22 0,08%
TJPB TRT11 0,06%
Estadual 1,33% Trabalho 0,75%
0% 1% 2% 3% 4% 0% 1% 1% 2% 2%
86
Figura 53: Assistência Judiciária Gratuita por 100.000 habitantes por tribunal
Estadual Trabalho
TJSP 981.764 TRT4 247.135
TJRJ 435.468 TRT15 104.568
TJMG 304.294 TRT3 100.061
TJRS 82.275
TRT2 74.279
TJPR 5.504
TRT1 10.198
TJGO 411.885
TJSC 393.785 TRT12 111.625
TJDFT 40.777 TRT9 84.562
TJPA 35.556 TRT18 72.266
TJPE 4.597 TRT10 67.423
TJCE 1.671 TRT5 42.372
TJMT 0 TRT6 42.121
TJMA 0
TRT7 18.191
TJBA 0
TRT8 5.313
TJES
TJMS 629.696 TRT23 71.515
TJTO 431.316 TRT13 65.353
TJSE 86.525 TRT20 57.925
TJPI 78.733 TRT19 54.171
TJRR 31.117 TRT17 47.917
TJAL 7.030 TRT24 46.713
TJAP 1.988
TRT14 46.378
TJAM 1.522
TRT21 30.631
TJRO 0
TJRN 0 TRT11 6.468
TJAC 0 TRT22 3.982
TJPB TRT16 3.519
Estadual 329.037 Trabalho 68.948
0 200.000 600.000 1.000.000 0 50.000 150.000 250.000
87
Figura 54: Percentual de processos de justiça gratuita arquivados definitivamente por tribunal
Estadual Trabalho
TJRS 50% TRT2 76%
TJSP 36% TRT1 72%
TJMG 29% TRT4 70%
TJPR 25%
TRT3 70%
TJRJ 18%
TRT15 0%
TJMT 81%
TJMA 78% TRT18 76%
TJPA 57% TRT7 68%
TJSC 31% TRT10 58%
TJPE 26% TRT9 47%
TJDFT 26% TRT12 21%
TJES 24% TRT6 2%
TJCE 19%
TRT5 1%
TJBA 3%
TRT8
TJGO 3%
TJAP 76% TRT14 81%
TJRO 59% TRT24 78%
TJAC 57% TRT13 76%
TJMS 39% TRT21 72%
TJPB 33% TRT23 69%
TJAL 18% TRT16 67%
TJAM 17%
TRT19 64%
TJRR 4%
TRT17 61%
TJSE 3%
TJTO 1% TRT22 53%
TJPI 1% TRT11 47%
TJRN 0% TRT20 4%
Estadual 30% Trabalho 52%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Superiores
STJ 14%
Federal
TRF1 * Militar Estadual
TRF4 44% TJMRS *
TRF3 39% TJMSP 83%
TRF2 5% TJMMG 68%
TRF5 1% Militar Estadual 82%
Federal 36%
Poder Judiciário 34%
0% 50% 100% 150%
88
A Figura 55 apresenta a série histórica do indicador de produtividade por magistrado. Esse indicador tem crescido
desde 2014, atingindo o maior valor da série histórica no ano de 2018. Nesse período de 4 anos, a produtividade
aumentou em 10,7%, alcançando a média de 1.877 processos baixados por magistrado em 2018, ou seja, uma média
de 7,5 casos solucionados por dia útil do ano, sem descontar períodos de férias e recessos.
A Figura 56 traz a carga de trabalho do magistrado em sua versão bruta e líquida, ou seja, com e sem a inclu-
são dos processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório como parte do acervo, respectivamente. Tais
processos somam 14,1 milhões (17,9% dos casos pendentes). Assim como carga de trabalho bruta, a carga líquida
também cresceu (1,6%). O resultado é consequência de o aumento da produtividade ocorrer de forma associada
com a redução do acervo, conforme anteriormente apontado.
A Figura 57 traz a série histórica do IPM e da carga de trabalho por segmento de justiça em um mesmo gráfico.
O distanciamento entre as duas linhas deve-se à contagem do acervo na carga de trabalho que, a depender do seg-
mento de justiça, pode corresponder até ao triplo do fluxo de entrada e saída processual.
A Figura 58 apresenta o detalhamento de tais indicadores por tribunal. São notáveis as diferenças de produtividade
dentro de cada ramo de justiça. Na Justiça Estadual, a maior produtividade está no TJRJ, com 3.339, enquanto a
menor, no TJPB, com 828, ou seja, uma diferença de 2.511 casos baixados por magistrado. Diferenças significativas
também são encontradas na Justiça Federal: a variação entre o TRF mais produtivo e menos produtivo é de 1.131
processos. Na Justiça do Trabalho existem diferenças, mas em menor magnitude. Nesse segmento, o maior valor
foi alcançado no TRT22: 1.983, e o menor, no TRT14: 642.
1.200
800
400
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
4.200
2.800
1.400
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
89
Figura 57: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de justiça.
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
3.207 322
3.200 3.0533.073 3.075 320
2.837 308
2.7082.7802.6322.691 2.680
2.594 252
2.403
2.400 2.2582.359 240 225
223
182 176
165
1.600 160 138
1.287 1.2501.3281.317 129 129
1.0481.104 1.156 1.165 1.176 1.239
73 126
800 80 63
54 62
74
31 44 37
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
90
Figura 58: Índice de produtividade dos magistrados, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJRJ 3.339 TRE−BA 123
TJSP 2.545 TRE−MG 76
TJMG 1.984 TRE−RS 66
TJRS 1.853 TRE−RJ 62
TJPR 1.559 TRE−SP 61
TJBA 2.354 TRE−PR 55
TJMT 2.185 TRE−PB 109
TJGO 1.641 TRE−AM 107
TJSC 1.573 TRE−RN 96
TJES 1.435 TRE−GO 93
TJDFT 1.206 TRE−MT 81
TJCE 1.104 TRE−PA 74
TJPA 1.043 TRE−PI 67
TJPE 1.039 TRE−PE 66
TJMA 1.028 TRE−MA 63
TJAM 2.226 TRE−SC 58
TJSE 1.993 TRE−CE 55
TJRO 1.769 TRE−AC 134
TJMS 1.692 TRE−RR 131
TJAL 1.418 TRE−AP 103
TJTO 1.334 TRE−TO 90
TJAC 1.173 TRE−DF 79
TJAP 1.124 TRE−SE 71
TJRR 1.040 TRE−RO 63
TJRN 953 TRE−AL 62
TJPI 917 TRE−ES 61
TJPB 828 TRE−MS 49
Estadual 1.897 Eleitoral 74
0 1.000 2.000 3.000 4.000 0 50 100 150
Trabalho Superiores
TRT2 1.623 STJ 11.627
TRT15 1.561 TST 9.536
TRT3 1.387 TSE 375
TRT1 1.323
STM 41
TRT4 1.170 8.544
Superior
TRT9 1.461
TRT18 1.381
TRT7 1.355 Federal
TRT12 1.341 2.919
TRF5
TRT6 1.267
TRF3 2.836
TRT8 1.159
992 TRF1 2.448
TRT10
TRT5 984 TRF4 2.301
TRT22 1.983 TRF2 1.788
TRT16 1.592 Federal 2.452
TRT11 1.271
TRT21 1.188 Militar Estadual
TRT20 1.105
TJMSP 183
TRT17 1.091
TRT19 1.072 TJMRS 136
TRT24 921 TJMMG 64
TRT13 899
Militar Estadual 129
TRT23 753
TRT14 642
1.317 Poder Judiciário 1.877
Trabalho
0 500 1.000 1.500 2.000 0 2.000 6.000 10.000 14.000
91
No que se refere aos indicadores de produtividade por servidor, durante o ano de 2018 cada servidor baixou, em
média, 154 processos - aumento de 2,9% na produtividade. A carga de trabalho foi de 558 casos, computados o
acervo, os recursos internos e os incidentes em execução. Mesmo desconsiderando os casos pendentes, que esta-
vam suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório, a carga de trabalho dos servidores aumentou para 489.
Na Justiça Estadual a produtividade por servidor aumentou 3,3%; na Justiça do Trabalho, a variação foi negativa,
em 1,8%; na Justiça Federal, a variação foi positiva, em 16,9%; e nos Tribunais Superiores, a variação foi positiva, em
4,8%. Considerando as peculiaridades da Justiça Eleitoral, com realização de eleições municipais e presidenciais a
cada dois anos de forma intercalada, não faz sentido analisar a variação anual de seus indicadores, mas apenas a
cada ciclo de quatro anos. Nesse sentido, comparativamente ao ano de 2014, a produtividade aumentou em 49,3%.
Figura 59: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário
200
150 154
160
141 138 142
129 131 129 130
126
120
80
40
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Figura 60: Série histórica da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário
360
240
120
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
92
Figura 61: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por
ramo de justiça.
420 300
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
0 0
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade
93
Figura 62: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJRJ 228 TRE−BA 28
TJRS 209 TRE−PR 17
TJSP 188 TRE−RS 16
TJPR 187 TRE−MG 15
TJMG 150 TRE−RJ 12
TJBA 194 TRE−SP 8
TJES 170 TRE−RN 43
TJMT 166 TRE−AM 24
TJGO 149 TRE−CE 24
TJSC 137 TRE−PB 21
TJCE 117 TRE−GO 18
TJPA 104 TRE−PI 17
TJMA 98 TRE−MA 17
TJPE 93 TRE−MT 15
TJDFT 86 TRE−PA 15
TJAM 281 TRE−PE 15
TJSE 153 TRE−SC 14
TJMS 147 TRE−RR 34
TJAL 147 TRE−AP 32
TJRO 138 TRE−SE 31
TJTO 117 TRE−AC 31
TJAP 100 TRE−AL 22
TJPI 93 TRE−TO 18
TJRN 91 TRE−ES 15
TJPB 88 TRE−RO 12
TJRR 88 TRE−MS 10
TJAC 62 TRE−DF 7
Estadual 162 Eleitoral 15
0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 20 30 40 50
Trabalho Superiores
TRT15 198 STJ 228
TRT2 186 TST 187
TRT1 138 TSE 32
TRT3 132 STM 5
TRT4 119 Superior 193
TRT9 157
TRT7 154
TRT12 146 Federal
TRT18 141 TRF3 236
TRT6 135
TRF1 212
TRT8 133
120 TRF4 209
TRT5
TRT10 111 TRF5 187
TRT22 224 TRF2 150
TRT16 217 Federal 203
TRT20 133
TRT19 132 Militar Estadual
TRT21 131
TJMRS 38
TRT24 124
TRT11 123 TJMSP 21
TRT17 116 TJMMG 15
TRT23 97
Militar Estadual 23
TRT13 87
TRT14 83
146 Poder Judiciário 154
Trabalho
0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250
94
4.1.3 Indicadores de desempenho e de informatização
Neste item são apresentados os indicadores de desempenho do Poder Judiciário, incluindo a taxa de congestio-
namento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD), além do percentual de processos eletrônicos nos tribunais. A
taxa de congestionamento mede o percentual de processos que ficaram represados sem solução, comparativamente
ao total tramitado no período de um ano. Quanto maior o índice, maior a dificuldade do tribunal em lidar com seu
estoque de processos. A taxa de congestionamento líquida, por sua vez, é calculada retirando do acervo os proces-
sos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório. Cumpre informar que nem todos os processos em tramitação
estão aptos a serem baixados. É o caso, por exemplo, das execuções penais, que precisam permanecer no acervo
enquanto o cumprimento da pena estiver em andamento. O IAD, por sua vez, reflete a capacidade das cortes em dar
vazão ao volume de casos ingressados. O nível de informatização dos tribunais é calculado considerando o total de
casos novos ingressados eletronicamente em relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, desconsideradas
as execuções judiciais iniciadas. A Figura 63 apresenta a série histórica para esses quatro indicadores simultanea-
mente, no período de 2009 a 2018.
A taxa de congestionamento do Poder Judiciário apresentou redução nos últimos 2 anos, apresentando taxa
superior somente ao índice verificado no ano de 2009. As variações anuais são sutis e, em 2018, houve redução de
1 ponto percentual, fato bastante positivo e, até então, nunca observado. Ao longo de 9 anos, a taxa de congestio-
namento variou em apenas 0,6 ponto percentual.
A taxa de congestionamento varia bastante entre os tribunais (Figura 65). Na Justiça Estadual, com taxa de
congestionamento de 73,9%, os índices vão de 53,5% (TJRR) a 82,1% (TJSC). Na Justiça do Trabalho, com taxa de
congestionamento de 52,8%, os índices partem de 39,4% (TRT8) e chegam a 61,4% (TRT20), e na Justiça Federal,
com 69,6% de congestionamento, a menor taxa está no TRF5 (59,8%) e a maior, no TRF3 (74,6%). Exceto pela Justiça
Eleitoral, que possui características sazonais em razão dos anos eleitorais, todos os demais segmentos de justiça
conseguiram reduzir suas taxas de congestionamento. A maior redução foi na Justiça Federal (3,8 pontos percentuais).
A taxa de congestionamento líquida é calculada excluindo-se os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo
provisório. Em 2018, ela foi de 67%, ou seja, 4,2 pontos percentuais a menos que a taxa total (71,2%). O índice na taxa
líquida reduziu na mesma escala que a bruta, 1 ponto percentual em relação ao ano de 2017, atingindo o menor valor
da série histórica. Os segmentos de Justiça mais impactados pelo volume de processos suspensos são a Justiça
Federal, com redução na taxa de congestionamento bruta para líquida em 13,6 pontos percentuais, e a Justiça do
Trabalho, com redução de 7,8 pontos percentuais, conforme Figuras 64 e 65.
Quanto ao Índice de Atendimento à Demanda (IAD), o indicador global no Poder Judiciário alcançou 113,7% no ano
de 2018, culminando em redução do estoque em 936 mil processos. Pela primeira vez na última década, todos os
ramos de justiça superaram o patamar mínimo desejável de 100% no IAD, com destaque para a Justiça do Trabalho,
que baixou 125,8% dos casos novos e com todos os 24 TRTs registrando índices acima de 100%. A Justiça Estadual
possui tanto o menor quanto o maior indicador dentre os 90 tribunais, com 66,8% no TJPE e 199,1% no TJAM.
Durante o ano de 2018, apenas 16,2% do total de processos novos ingressaram fisicamente. Em apenas um ano,
entraram 20,6 milhões de casos novos eletrônicos. Nem todos esses processos tramitam no PJe, pois a Resolução
CNJ 185/2013, que instituiu o PJe, abriu a possibilidade de utilização de outro sistema de tramitação eletrônica em
caso de aprovação de requerimento proposto pelo tribunal, em plenário. A exigência, no caso de autorização, é que
os tribunais adotem o Modelo Nacional de Interoperabilidade (MNI).
Nos 10 anos cobertos pela série histórica, foram protocolados, no Poder Judiciário, 108,3 milhões de casos novos
em formato eletrônico. É notória a curva de crescimento do percentual de casos novos eletrônicos, sendo que no
último ano o incremento foi de 4,4 pontos percentuais. O percentual de adesão já atinge 83,8%.
Destaca-se a Justiça Trabalhista, segmento com maior índice de virtualização dos processos, com 100% dos
casos novos eletrônicos no TST e 97,7% nos Tribunais Regionais do Trabalho, sendo 93,6% no 2º grau e 99,9% no
1º grau e com índices muito semelhantes em todos os Tribunais Regionais do Trabalho, mostrando a existência de
um trabalho coordenado e uniforme neste segmento. Na Justiça Eleitoral, o PJe passou a ser adotado apenas em
95
alguns poucos tribunais, em 2017. Apesar de ser o segmento com menor percentual de casos novos eletrônicos, é o
de maior avanço, já que em 2018 todos os TREs já possuíam ao menos uma parcela dos processos ingressando no
PJe (de 11,4% para 32,5%). A Justiça Militar Estadual começou a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe)
ao final de 2014, mas ainda abarca apenas 41,1% dos casos novos, talvez em razão de seus processos de natureza
criminal. Na Justiça Federal, 81,8%, e na Justiça Estadual, 82,6%.
Outros onze tribunais se destacam positivamente por terem alcançado 100% de processos eletrônicos nos dois
graus de jurisdição: TJAC, TJAL, TJAM, TJMS, TJSE, TJTO, STM, TRT11, TRT13, TRT7, TRT9.
Na Justiça Eleitoral, chama atenção o resultado do TRE-DF. Com 97,5%, é o único a superar a marca de 90% de
casos novos eletrônicos. Na Justiça Estadual, constata-se que alguns tribunais ainda estão em processo de imple-
mentação da política de entrada de casos novos por meio eletrônico, com índice inferior a 50%: TJES, TJMG, TJRS.
Figura 63: Série histórica da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos
120% 113,7%
107,5%
102,9% 100,5% 103,0% 100,5%
98,9% 98,8% 98,4% 98,0%
96%
83,8%
79,4%
72,9% 73,0%
70,6% 72,0% 71,4% 70,8% 71,8% 71,7% 69,7% 72,2% 71,2%
72%
70,1%
56,3% 69,4% 68,0% 67,0%
45,3%
48%
30,4%
18,4% 20,3%
24%
11,2% 13,2%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
96
Figura 64: Séries históricas da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos, por ramo de justiça
56,9%54,7%56,2%55,2% 122,9%
49,7% 53,0% 52,8%
52% 47,7% 120% 128,0%
49,4% 51,1% 52,1%
33,3% 46,8%49,4%48,8% 45,0% 115,5%
100,5%
55,5% 60,5%
26% 60% 42,4% 41,3%
13,4% 36,5% 40,4% 42,8%
44,2% 20,7% 21,2% 40,0%
38,6% 40,3%
2,8% 2,1% 5,4% 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 20,3% 32,5%
0% 0% 11,4%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
97
Figura 65: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal.
Taxa de congestionamento líquida Taxa de congestionamento total
Estadual Eleitoral
TJRJ 79,8% 80,0% TRE−MG 48,3% 49,4%
TJSP 71,1% 75,5% TRE−RJ 42,2% 44,0%
TJPR 70,6% 74,9% TRE−RS 40,3% 41,3%
TJMG 65,5% 67,5% TRE−SP 39,2% 41,3%
TJRS 63,5% 67,8% TRE−PR 36,5% 37,7%
TJPE 81,2% 81,5% TRE−BA 28,7% 29,3%
TJSC 77,8% 82,1% TRE−RN 49,1% 49,2%
TJMA 74,4% 76,3% TRE−PI 48,1% 48,9%
TJCE 73,1% 74,2% TRE−SC 45,2% 45,2%
TJPA 71,8% 74,6% TRE−MT 44,6% 45,9%
TJBA 67,2% 68,1% TRE−CE 44,1% 45,5%
TJGO 65,2% 67,5% TRE−MA 40,9% 41,3%
TJES 64,6% 66,7% TRE−GO 39,0% 41,1%
TJMT 63,0% 65,5% TRE−PA 39,0% 39,8%
TJDFT 56,5% 60,1% TRE−PB 38,8% 39,2%
TJPI 75,2% 76,0% TRE−AM 38,0% 38,9%
TJPB 73,1% 74,4% TRE−PE 29,0% 30,0%
TJRN 70,5% 70,8% TRE−ES 43,5% 46,2%
TJAL 68,0% 70,1% TRE−DF 41,8% 42,5%
TJMS 66,8% 72,2% TRE−AP 41,4% 42,3%
TJTO 63,7% 66,6% TRE−RO 39,7% 46,1%
TJAC 58,9% 62,2% TRE−SE 39,1% 42,1%
TJRO 58,7% 59,5% TRE−AL 38,2% 40,2%
TJAP 54,4% 54,7% TRE−MS 35,1% 38,4%
TJAM 52,6% 62,8% TRE−TO 34,8% 42,0%
TJSE 51,2% 53,8% TRE−AC 34,6% 35,3%
TJRR 46,7% 53,5% TRE−RR 13,7% 14,8%
Estadual 71,1% 73,9% Eleitoral 40,0% 41,3%
0% 18% 36% 54% 72% 90% 0% 12% 24% 36% 48% 60%
Trabalho Superiores
TRT15 47,8% 51,9% STM 35,6%
TRT2 47,1% 54,0% TST 46,4% 55,3%
TRT1 45,8% 58,4% STJ 42,7% 43,3%
TRT4 45,1% 56,0% TSE 29,4% 30,2%
TRT3 37,5% 45,7% Superior 44,1% 48,6%
TRT5 56,4% 59,8%
TRT7 45,8% 53,8%
TRT6 45,1% 50,6% Federal
TRT10 43,2% 58,7% TRF3 60,6% 74,6%
TRT12 43,1% 49,3%
TRF1 57,0% 70,9%
TRT9 41,0% 54,0%
TRT18 34,2% 41,4% TRF4 53,7% 67,4%
TRT8 22,9% 39,4% TRF5 51,7% 59,8%
TRT20 57,7% 61,4% TRF2 49,3% 65,2%
TRT19 55,8% 58,3% Federal 56,0% 69,6%
TRT16 53,2% 56,1%
TRT24 47,4% 54,4%
TRT17 44,1% 53,1%
Militar Estadual
43,7% 46,3% TJMMG 51,0% 54,1%
TRT21
TRT22 41,8% 44,0% TJMSP 40,6% 40,6%
TRT11 39,5% 40,3% TJMRS 25,7% 26,0%
TRT13 37,7% 44,1%
TRT23 35,8% 53,4% Militar Estadual 38,2% 39,1%
TRT14 31,8% 44,6%
Trabalho 45,0% 52,8% Poder Judiciário 67,0% 71,2%
98
Figura 66: Índice de Atendimento à Demanda, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJRJ 133,4% TRE−BA 145,1%
TJSP 120,6% TRE−MG 93,3%
TJPR 117,7% TRE−SP 86,3%
TJMG 110,6% TRE−RS 86,3%
TJRS 97,1% TRE−RJ 82,5%
TJES 153,5% TRE−PR 67,8%
TJGO 139,8% TRE−PI 158,6%
TJPA 138,3% TRE−AM 157,0%
TJMT 120,7% TRE−PA 135,3%
TJCE 105,7% TRE−MA 121,9%
TJDFT 104,1% TRE−PE 121,1%
TJMA 102,5% TRE−PB 118,2%
TJBA 97,5% TRE−GO 107,6%
TJSC 89,5% TRE−CE 102,4%
TJPE 66,8% TRE−MT 101,6%
TJAM 199,1% TRE−RN 97,0%
TJAL 153,5% TRE−SC 78,9%
TJSE 124,9% TRE−ES 131,5%
TJAC 113,3% TRE−MS 114,1%
TJAP 107,7% TRE−RR 103,5%
TJRR 106,3% TRE−AL 102,4%
TJPB 104,7% TRE−AC 101,6%
TJMS 97,3% TRE−AP 89,8%
TJPI 96,2% TRE−TO 81,3%
TJRO 94,5% TRE−SE 78,5%
TJRN 92,4% TRE−RO 71,5%
TJTO 91,4% TRE−DF 70,2%
Estadual 113,7% Eleitoral 100,5%
0% 50% 100% 150% 200% 0% 50% 100% 150% 200%
Trabalho Superiores
TRT2 137,0% STJ 110,8%
TRT3 129,7% TST 102,9%
TRT15 122,0%
TSE 93,4%
TRT4 120,7%
STM 80,1%
TRT1 110,4%
TRT9 143,4% Superior 107,4%
TRT6 129,6%
TRT8 125,4% Federal
TRT12 124,6%
TRT5 121,7% TRF3 144,6%
TRT7 120,7% TRF2 118,5%
TRT18 118,6% TRF4 102,6%
TRT10 113,8% TRF1 99,4%
TRT22 142,6% TRF5 73,1%
TRT21 142,5% Federal 104,8%
TRT19 133,3%
TRT16 128,3%
TRT24 127,4% Militar Estadual
TRT14 123,7% TJMRS 165,1%
TRT11 121,8% TJMSP 95,5%
TRT13 120,8% TJMMG 83,7%
TRT20 119,7%
Militar Estadual 109,7%
TRT23 118,7%
TRT17 111,4%
Poder Judiciário 113,7%
Trabalho 125,8%
0% 50% 100% 150% 0% 50% 100% 150% 200%
99
Figura 67: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJPR 99,4% TRE−RJ 63,9%
TJSP 97,6% TRE−SP 30,8%
TJRJ 92,4% TRE−RS 23,5%
TJRS 39,8% TRE−BA 22,2%
TJMG 39,5% TRE−MG 20,9%
TJSC 97,6% TRE−PR 20,6%
TJBA 93,2% TRE−AM 51,9%
TJGO 86,3% TRE−CE 42,0%
TJPE 82,9% TRE−PA 39,9%
TJMT 82,3% TRE−MA 38,8%
TJDFT 71,6% TRE−GO 35,5%
TJMA 69,1% TRE−MT 29,6%
TJPA 65,6% TRE−SC 25,4%
TJCE 64,3% TRE−PB 22,0%
TJES 33,9% TRE−PE 21,4%
TJTO 100,0% TRE−RN 21,1%
TJMS 100,0% TRE−PI 19,7%
TJAM 100,0% TRE−DF 97,5%
TJAL 100,0% TRE−AP 83,6%
TJAC 100,0% TRE−RR 64,6%
TJSE 100,0% TRE−AC 64,0%
TJRR 96,7% TRE−RO 55,5%
TJAP 90,3% TRE−SE 46,9%
TJPB 88,5% TRE−AL 39,7%
TJPI 86,1% TRE−MS 35,0%
TJRO 80,3% TRE−TO 28,8%
TJRN 79,5% TRE−ES 9,6%
Estadual 82,6% Eleitoral 32,5%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Trabalho Superiores
TRT4 99,7% STM 100,0%
TRT15 98,0% 100,0%
TST
TRT3 97,7%
STJ 78,3%
TRT1 96,3%
95,0% TSE 59,6%
TRT2
TRT9 100,0% Superior 87,0%
TRT7 100,0%
TRT18 99,9%
99,8%
Federal
TRT10
98,8% TRF5 99,5%
TRT6
TRT5 97,6% TRF4 99,5%
TRT12 96,9% TRF2 97,8%
TRT8 95,9% TRF3 90,0%
TRT11 99,9% TRF1 49,2%
TRT13 99,9% 81,8%
Federal
TRT21 99,9%
TRT20 99,8%
TRT14 99,6% Militar Estadual
TRT16 99,5% TJMMG 51,2%
TRT24 99,4% 44,2%
TJMSP
TRT23 99,2%
TJMRS 25,5%
TRT19 98,8%
98,6% Militar Estadual 41,1%
TRT22
TRT17 97,6%
Trabalho 97,7% Poder Judiciário 83,8%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
100
4.1.4 Recorribilidade interna e externa
A recorribilidade externa é calculada pela proporção entre o número de recursos dirigidos a órgãos jurisdicionais
de instância superior ou com competência revisora em relação ao órgão prolator da decisão e o número de decisões
passíveis de recursos dessa natureza. São computados, por exemplo, recursos como a apelação, o agravo de ins-
trumento, os recursos especiais e extraordinários.
Já a recorribilidade interna é dada pela relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão juris-
dicional prolator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas, no período de apuração. Nesse
índice são considerados, por exemplo, os embargos declaratórios e infringentes, os agravos internos e regimentais.
O diagrama apresentado na Figura 68 ilustra o fluxo de funcionamento do sistema recursal do Poder Judiciário.
Os círculos correspondem às instâncias e aos tribunais que recebem processos judiciais. As linhas e suas respectivas
setas indicam os caminhos possíveis que um processo pode percorrer na hipótese de recurso. Em cada instância/
tribunal, é demonstrado o número de casos novos originários e recursais, bem como os percentuais de recorribili-
dade interna e externa.
Nota-se que quanto maior a instância, maior o índice de recorribilidade, tanto externa quanto interna. Os Tribunais
Superiores acabam se ocupando, predominantemente, de casos eminentemente recursais, os quais correspondem
a 87,3% de suas cargas de trabalho. Situação similar ocorre no 2º grau. A Justiça do Trabalho e a Justiça Federal
correspondem aos segmentos com maior proporção de casos novos de 2º grau em grau de recursos - 97,1% e 96,1%,
respectivamente. Nos Tribunais Estaduais, a proporção é de 79,6%, nos Tribunais Regionais Eleitorais, 8,1%, e nos
Tribunais de Justiça Militar, 57,7%.
Os índices de recorribilidade externa tendem a ser maiores entre o 2º grau e os tribunais superiores, do que entre
o 1º e 2º grau. Chegam aos Tribunais de 2º grau 9% das decisões de 1º grau, e chegam aos tribunais superiores
28% das decisões de 2º grau. Mas os números variam significativamente entre os segmentos de justiça. A justiça
trabalhista é a única que apresenta comportamento inverso, pois a recorribilidade do 1º para o 2º grau (55%) supera
a do 2º grau para o TST (41%). Em ambas as instâncias, trata-se do segmento com maior recorribilidade externa no
Poder Judiciário.
A recorribilidade dos juizados especiais para as turmas recursais é maior do que da justiça comum para o 2º
grau, tanto na Justiça Estadual, quanto na Justiça Federal. Das decisões proferidas nos JEFs, 25% chegam às turmas
recursais e das decisões proferidas nas varas federais, 12% chegam aos TRFs. Na Justiça Estadual, a recorribilidade
externa é de 12% nos Juizados Especiais e de 6% nas varas estaduais.
101
102
Figura 68: Diagrama da recorribilidade e demanda processual
Superiores
Varas Estaduais Varas Federais Auditorias Militares Varas do Trabalho Cartórios Eleitorais Auditorias
11.555.694 1.173.423 2.858 2.531.260 134.482 1.578
5% 6% 16% 12% 3% 7% 16% 55% 0,5% 5% - 11%
1º grau
15,8%
16% 14,6% 14,5%
12,7%
12,0% 11,8%
10,9% 11,3% 11,2%
12% 10,3%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Recorribilidade externa
Recorribilidade interna
103
Figura 70: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de justiça
60%
Estadual 60%
Superior
48% 48%
36% 36%
30,4%
28,5%
26,7% 26,7% 25,6% 26,1% 24,1%
23,9%
24% 24%
12% 10,3% 9,6% 9,5% 12% 9,3% 9,4% 9,9% 9,2% 7,9%
8,0% 8,1% 7,5% 7,6%
6,0% 6,6% 7,4% 6,8% 6,0% 7,0%
7,5% 7,2%
5,3% 5,7% 7,2% 7,2% 7,7% 5,3% 5,9% 7,2%
0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
42,2%
36% 36%
24% 24%
15,7% 17,1% 17,0%
14,0% 13,9% 13,0%
12% 14,3% 14,5% 14,8% 13,7% 13,6% 12% 8,6%
5,5% 6,2% 5,0% 6,8%
5,0% 2,8% 1,8% 4,4%
7,8%
2,7% 3,6% 1,1% 1,0% 4,1%
0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
48% 48%
0% 0%
2009 2011 2013 2015 2017 2011 2013 2015 2017
Recorribilidade externa
Recorribilidade interna
104
Figura 71: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa
7,3% TJRS 25,0% 7,0% TRE−MG 30,6%
17,8% TJPR 8,4% 10,0% TRE−RJ 16,3%
2,9% TJRJ 7,8% 5,7% TRE−SP 7,3%
9,9% TJMG 7,7% 1,0% TRE−RS 5,9%
6,5% TJSP 5,8% 4,0% TRE−BA 4,8%
4,0% TJCE 47,5% 0,9% TRE−PR 2,7%
2,6% TJGO 11,8% 4,0% TRE−RN 11,0%
5,0% TJSC 10,4% 5,8% TRE−CE 8,7%
5,6% TJES 9,0% 5,2% TRE−GO 8,5%
5,8% TJPE 8,8% 1,7% TRE−PI 8,2%
6,5% TJMA 8,3% 2,4% TRE−MA 6,4%
13,0% TJDFT 7,7% 6,5% TRE−MT 6,3%
11,8% TJBA 6,0% 2,8% TRE−PE 5,6%
3,6% TJPA 4,6% 2,7% TRE−PA 4,6%
5,9% TJMT 0,6% 1,1% TRE−SC 3,0%
16,4% TJAM 30,2% 1,2% TRE−PB 2,6%
4,5% TJMS 14,3% 0,8% TRE−AM 1,6%
0,2% TJAP 12,9% 16,6% TRE−DF 14,3%
5,4% TJTO 11,9% 1,1% TRE−AC 14,3%
4,7% TJPB 10,6% 5,9% TRE−SE 10,8%
5,8% TJRN 7,0% 5,4% TRE−MS 8,1%
1,9% TJPI 5,1% 5,5% TRE−RR 6,6%
3,6% TJAC 5,1% 3,6% TRE−ES 6,1%
4,0% TJRR 4,9% 4,1% TRE−RO 4,7%
10,7% TJSE 4,7% 2,8% TRE−AL 3,8%
7,2% TJAL 4,1% 8,0% TRE−AP 2,2%
4,7% TJRO 3,9% 1,2% TRE−TO 1,0%
7,2% Estadual 7,6% 4,1% Eleitoral 6,8%
Trabalho Federal
Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa Recorribilidade Interna Recorribilidade Externa
18,2% TRT2 59,4% 36,3% TSE 35,0%
14,5% TRT4 56,5% 31,2% STM 10,7%
17,7% TRT3 54,0% 31,8% STJ 6,7%
14,6% TRT15 53,3% 16,0% TST
21,8% TRT1 49,6%
24,1% Superior 7,0%
15,5% TRT12 51,7%
19,5% TRT9 50,1%
21,5% 49,2%
Federal
TRT5
23,5% TRT10 41,2% 12,2% TRF3 32,4%
11,0% TRT18 40,7% 13,2% TRF4 22,9%
15,6% TRT6 40,2% 4,9% TRF1 22,8%
10,7% TRT8 38,8% 11,9% 10,8%
TRF2
10,3% TRT7 30,6%
10,6% TRF5 8,2%
19,8% TRT13 56,7%
25,8% 50,1% 9,8% Federal 18,8%
TRT17
16,3% TRT24 49,4%
17,3% TRT23 49,2% Militar Estadual
12,4% TRT19 46,0% 13,6% TJMMG 38,3%
11,5% TRT14 44,6% 14,8% TJMSP 9,4%
12,2% TRT11 44,6% 3,6% TJMRS 7,7%
21,7% TRT20 41,7% Militar
20,9% 40,0% 9,9% Estadual 10,9%
TRT16
15,8% TRT21 34,0%
10,5% TRT22 33,1% Poder
17,1% Trabalho 50,2% 9,5% Judiciário 11,8%
105
4.2 Política de priorização do primeiro grau em números
O Conselho Nacional de Justiça instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição
pela Resolução CNJ 194, de 26 de maio de 2014, com o objetivo de desenvolver, em caráter permanente, iniciativas
voltadas ao aperfeiçoamento da qualidade, da celeridade, da eficiência, da eficácia e da efetividade dos serviços
judiciários da primeira instância dos tribunais brasileiros.
Na mesma linha, o CNJ publicou, na sequência, outras duas resoluções:
• Resolução CNJ 195, de 3 de junho de 2014: determina que a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder
Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à demanda e ao acervo processual;
• Resolução CNJ 219, de 26 de abril de 2016: determina que a distribuição de servidores, de cargos em comis-
são e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à
demanda e cria critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias.
Em 2019, o CNJ lançou o Painel de Acompanhamento da Política, que permite monitorar a aplicação da Resolução
219/2016 de forma dinâmica, com dados expostos por tribunal. No Painel são exibidas as informações a respeito do
número de servidores, dos valores dos cargos em comissão e dos valores das funções comissionadas que devem
ser alocados em cada grau de jurisdição, em cotejo com a lotação atual em vigor.
Esta seção tem como objetivo comparar os resultados do 1º grau8 e do 2º grau a partir dos principais indicadores
de desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada tribunal, buscando compreender como os recursos
humanos estão distribuídos nos tribunais e, ainda, como tal distribuição impacta os resultados globais.
106
Figura 72: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no
primeiro grau de jurisdição, por ramo de justiça
Funções comissionadas Cargos em comissão Servidores da área judiciária Média de Casos novos no triênio
87%
Eleitoral 2%
88%
89%
82%
Federal 62%
84%
88%
83%
Estadual 73%
87%
88%
73%
Trabalho 57%
77%
79%
44%
Militar Estadual 41%
59%
56%
107
Figura 73: Casos novos por magistrado, de acordo com tribunal
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.727 TRT2 768 3.258
2.499 TRF5
1.645 TRT1 747
2.751 TRT15 720 5.054 TRF1 2.044
1.829 TRT3 673
5.155 TRF4 1.997
1.754 TRT4 542
1.047 TRT7 777 2.862 TRF3 1.715
1.602 TRT18 760
1.532 TRF2 1.184
1.769 TRT12 670
914 TRT8 602 3.424 Federal 1.980
1.111 TRT10 595
1.561 TRT6 580
1.769 TRT9 569 Militar Estadual
1.889 TRT5 409
2º grau 1º grau
1.422 TRT22 856
2.117 TRT16 788 214
132 TJMSP
1.007 TRT11 773
1.119 TRT20 561 49 TJMMG 93
1.421 TRT17 511
101 TJMRS 51
856 TRT19 479
997 TRT21 457 Militar 121
94 Estadual
1.306 TRT13 413
1.311 TRT24 410
1.247 TRT23 400 2º grau 1º grau
913 TRT14 318 Poder
634 1.577 Judiciário 1.392
1.672 Trabalho
108
Figura 74: Série histórica de casos novos por magistrado
2.000
800
400
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
Figura 75: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária
200
160
131 129 130
121 125 122 122 120 124
120
120
120 122
115 116
105 108
100 102 101
80 95
40
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
109
Figura 76: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
260 TJRS 168 49 TRE−PR 22
119 TJRJ 163 68 TRE−BA 15
128 TJPR 159 45 TRE−RS 15
216 TJSP 123 29 TRE−MG 14
152 TJMG 115 50 TRE−SP 6
113 TJBA 168 116 TRE−RJ 5
118 TJSC 155 64 TRE−RN 37
65 TJPE 142 28 TRE−PB 16
91 TJMT 125 48 TRE−CE 16
59 TJGO 107 32 TRE−SC 15
95 TJES 103 35 TRE−MT 12
95 TJCE 102 49 TRE−GO 12
72 TJMA 95 27 TRE−PE 10
52 TJDFT 77 13 TRE−PI 10
63 TJPA 73 31 TRE−MA 10
50 TJAM 145 69 TRE−AM 8
176 TJMS 128 47 TRE−PA 7
78 TJRO 126 70 TRE−SE 28
76 TJTO 123 25 TRE−TO 21
130 TJSE 97 59 TRE−RR 18
76 TJPI 94 42 TRE−AL 16
127 TJRN 91 70 TRE−AC 13
38 TJAP 90 9 TRE−ES 11
85 TJAL 90 38 TRE−RO 10
82 TJPB 78 73 TRE−AP 8
109 TJRR 62 43 TRE−MS 6
51 TJAC 43 76 TRE−DF 0
134 Estadual 125 45 Eleitoral 11
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
228 TRT15 100 94 TRF5 220
158 TRT2 93
127 85 239 TRF4 195
TRT1
151 TRT3 66 197 TRF1 188
126 TRT4 60
86 TRT7 97 110 TRF3 167
121 TRT12 81 58 114
TRF2
139 TRT18 80
81 TRT10 76 136 Federal 180
108 TRT9 72
111 TRT6 67
151 TRT8 64 Militar Estadual
157 TRT5 54
2º grau 1º grau
202 TRT16 117
103 TRT22 116 19 TJMSP 20
97 TRT11 75
154 TRT20 65 16 TJMMG 16
113 TRT24 60 26 TJMRS 15
102 TRT19 59
20 Militar 18
89 TRT23 57 Estadual
155 TRT17 54
91 TRT21 53
75 TRT13 46 2º grau 1º grau
79 TRT14 45 Poder
137 76 130 Judiciário 116
Trabalho
110
Figura 77: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.674 TJRJ 21.597 887 TRE−BA 155
3.698 TJSP 12.091 1.178 TRE−MG 128
3.869 TJPR 7.126 601 TRE−RS 92
4.360 TJMG 6.637 95 TRE−PR 89
3.588 TJRS 6.546 1.806 TRE−SP 76
2.846 TJSC 10.648 1.475 TRE−RJ 56
1.658 TJBA 8.661 127 TRE−RN 196
3.261 TJMT 7.100 270 TRE−PB 171
2.774 TJPE 6.051 410 TRE−AM 148
2.292 TJGO 5.509 156 TRE−PI 131
2.905 TJCE 5.191 607 TRE−GO 128
2.803 TJES 4.671 560 TRE−MT 119
2.407 TJMA 4.661 499 TRE−PA 99
3.435 TJPA 4.269 340 TRE−SC 90
2.051 TJDFT 3.365 488 TRE−MA 86
2.755 TJAM 7.237 304 TRE−PE 85
2.810 TJMS 6.925 541 TRE−CE 76
3.686 TJAL 5.004 228 TRE−AC 194
2.291 TJRO 4.872 226 TRE−TO 141
5.569 TJSE 4.404 210 TRE−RR 126
3.956 TJTO 4.114 278 TRE−AP 120
2.217 TJPI 4.047 94 TRE−ES 117
937 TJAC 3.786 219 TRE−AL 89
4.034 TJRN 3.458 320 TRE−SE 84
2.785 TJPB 3.315 313 TRE−RO 73
865 TJAP 2.717 212 TRE−MS 64
1.132 TJRR 2.568 541 TRE−DF 12
3.081 Estadual 8.263 480 Eleitoral 104
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
3.833 TRT2 3.861 12.846 TRF3 11.497
4.002 TRT1 3.537 27.698 TRF1 7.680
5.218 TRT15 3.241
3.711 TRT4 2.775 8.068 TRF5 7.458
3.458 TRT3 2.716 13.821 TRF4 6.882
3.613 TRT9 3.470 5.452 TRF2 5.365
1.906 TRT7 3.372
3.163 TRT12 2.875 13.869 Federal 7.913
2.683 TRT6 2.826
2.361 TRT10 2.788
2.860 TRT18 2.496
4.560 TRT5 2.489
1.610 TRT8 2.170
2.555 TRT22 4.237 Militar Estadual
3.642 TRT16 3.848
2.785 TRT20 3.398 266 TJMSP 393
1.661 TRT19 2.923 87 TJMMG 224
2.868 TRT17 2.712 256 TJMRS 128
2.124 TRT21 2.478 Militar
2.024 TRT11 2.423 203 Estadual 250
2.290 TRT24 2.188
2.374 TRT23 1.763
2.378 TRT13 1.706
1.782 TRT14 1.164 Poder
3.436 Trabalho 3.002 3.781 Judiciário 7.211
111
Figura 78: Série histórica da carga de trabalho do magistrado
8.000
7.149 7.249 7.156 7.211
6.522 6.731 6.622
6.400 5.916 6.058
5.747
6.500 6.411 6.303
6.239
4.800
3.781
3.426 3.469 3.385 3.516
3.099 3.269 3.218
2.912 2.953
3.200
3.439
3.175 3.054 3.182
1.600
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
700
594 607 602
576
543
560 516 512 522 521
501
523 526 529 526
420
312
287
245 261 264
280 221 232 231 229
216
283
260
239 238
140
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
112
Figura 80: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
211 TJRJ 1.298 94 TRE−BA 36
355 TJPR 903 10 TRE−PR 29
434 TJSP 828 39 TRE−MG 28
489 TJRS 710 53 TRE−RS 24
376 TJMG 492 136 TRE−RJ 11
314 TJSC 877 69 TRE−SP 10
231 TJBA 665 23 TRE−RN 107
245 TJES 573 63 TRE−CE 39
190 TJMT 564 15 TRE−PI 39
198 TJPE 557 33 TRE−PB 36
339 TJCE 545 82 TRE−AM 34
161 TJGO 518 43 TRE−MA 27
149 TJMA 471 62 TRE−GO 26
330 TJPA 427 56 TRE−MT 25
108 TJDFT 257 37 TRE−SC 23
250 TJAM 974 62 TRE−PA 21
346 TJMS 569 33 TRE−PE 20
268 TJAL 542 97 TRE−SE 40
222 TJPI 412 85 TRE−AP 38
164 TJTO 410 76 TRE−AC 36
200 TJRO 374 48 TRE−AL 36
178 TJPB 372 30 TRE−TO 32
331 TJSE 347 19 TRE−ES 29
237 TJRN 345 70 TRE−RR 28
85 TJAP 239 46 TRE−RO 15
183 TJRR 195 68 TRE−MS 13
99 TJAC 178 97 TRE−DF 1
301 Estadual 691 54 Eleitoral 23
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
351 TRT2 470 495 TRF3 1.121
433 TRT15 451 1.078 TRF1 708
308 TRT1 401
267 TRT4 309 640 TRF4 673
285 TRT3 268 207 TRF2 516
221 TRT9 437 304 TRF5 504
156 TRT7 420
551 Federal 720
172 TRT10 356
216 TRT12 348
379 TRT5 329
191 TRT6 326
249 TRT18 262
266 TRT8 232
184 TRT22 574 Militar Estadual
347 TRT16 574
384 TRT20 393 66 TJMRS 39
198 TRT19 363 38 TJMSP 38
197 TRT24 323 29 TJMMG 37
193 TRT21 288 Militar
313 TRT17 286 44 Estadual 38
170 TRT23 250
194 TRT11 235
136 TRT13 189
153 TRT14 164 Poder
282 Trabalho 358 312 Judiciário 602
113
Figura 81: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
895 TJRJ 4.080 546 TRE−BA 109
2.001 TJSP 2.658 401 TRE−MG 68
1.590 TJMG 2.045 45 TRE−PR 55
1.982 TJRS 1.825 330 TRE−RS 55
1.535 TJPR 1.564 997 TRE−SP 44
915 TJBA 2.619 833 TRE−RJ 30
1.409 TJMT 2.291 144 TRE−PB 106
1.101 TJSC 1.703 112 TRE−RN 94
1.289 TJGO 1.686 224 TRE−AM 93
1.110 TJES 1.466 330 TRE−GO 75
1.070 TJDFT 1.232 89 TRE−PA 73
878 TJCE 1.132 61 TRE−PI 68
793 TJPE 1.067 110 TRE−PE 64
904 TJMA 1.041 290 TRE−MT 63
1.799 TJPA 967 257 TRE−MA 51
551 TJAM 2.480 204 TRE−SC 48
945 TJRO 1.915 231 TRE−CE 44
3.449 TJSE 1.856 128 TRE−AC 140
1.447 TJMS 1.741 174 TRE−RR 92
1.517 TJAL 1.408 147 TRE−TO 78
525 TJAC 1.328 142 TRE−AP 76
1.834 TJTO 1.278 39 TRE−ES 64
452 TJAP 1.219 133 TRE−AL 52
462 TJRR 1.177 173 TRE−SE 47
696 TJPI 944 95 TRE−MS 42
1.301 TJRN 930 162 TRE−RO 40
975 TJPB 817 284 TRE−DF 7
1.448 Estadual 1.975 247 Eleitoral 62
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.768 TRT2 1.590 1.803 TRF5 3.005
2.106 TRT15 1.470
3.152 TRF3 2.796
1.397 TRT1 1.307
1.779 TRT3 1.304 4.606 TRF1 2.338
1.403 TRT4 1.119 5.772 TRF4 2.042
948 TRT7 1.448 1.754 TRF2 1.791
1.532 TRT9 1.447
1.733 TRT18 1.324 3.519 Federal 2.363
1.593 TRT12 1.297
1.556 TRT6 1.222
921 TRT8 1.220
1.066 TRT10 975
1.409 TRT5 913
1.160 TRT22 2.223 Militar Estadual
1.415 TRT16 1.627
910 TRT11 1.381 131 TJMSP 234
960 TRT20 1.149 43 TJMMG 88
739 TRT19 1.136 232 TJMRS 41
1.432 TRT21 1.128 Militar
1.239 TRT17 1.051 136 Estadual 123
1.316 TRT24 857
1.363 TRT13 812
1.239 TRT23 696
1.204 TRT14 558 Poder
1.505 Trabalho 1.279 1.585 Judiciário 1.892
114
Figura 82: Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)
2.000 1.892
1.805 1.833
1.730 1.725 1.717 1.758
1.630 1.590 1.585
1.600 1.497 1.480 1.501
1.418 1.407 1.421
1.342 1.347
1.245 1.242
1.200
800
400
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
Figura 83: Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud)
200
155 158
160 150 148
142
134 132 136 134 135
131
113 116
120 105 105
98 101 101
94 94
80
40
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
115
Figura 84: Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud), por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
113 TJRJ 245 58 TRE−BA 25
141 TJPR 198 4 TRE−PR 18
270 TJRS 198 13 TRE−MG 15
235 TJSP 182 29 TRE−RS 14
137 TJMG 151 77 TRE−RJ 6
128 TJBA 201 38 TRE−SP 6
82 TJMT 182 20 TRE−RN 51
97 TJES 180 27 TRE−CE 23
91 TJGO 159 17 TRE−PB 22
121 TJSC 140 45 TRE−AM 21
103 TJCE 119 6 TRE−PI 20
56 TJMA 105 23 TRE−MA 16
57 TJPE 98 11 TRE−PA 15
173 TJPA 97 12 TRE−PE 15
56 TJDFT 94 34 TRE−GO 15
50 TJAM 334 29 TRE−MT 13
110 TJAL 152 22 TRE−SC 12
83 TJRO 147 43 TRE−AC 26
205 TJSE 146 43 TRE−AP 24
178 TJMS 143 53 TRE−SE 23
76 TJTO 127 29 TRE−AL 21
44 TJAP 107 58 TRE−RR 21
70 TJPI 96 19 TRE−TO 18
77 TJRN 93 8 TRE−ES 16
62 TJPB 92 30 TRE−MS 9
75 TJRR 90 24 TRE−RO 8
55 TJAC 63 51 TRE−DF 1
142 Estadual 165 28 Eleitoral 13
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
175 TRT15 205 121 TRF3 273
162 TRT2 193 179 216
TRF1
108 TRT1 148
146 TRT3 129 68 TRF5 203
101 TRT4 125 267 TRF4 200
94 TRT9 182 67 TRF2 172
78 TRT7 180
109 157 140 Federal 215
TRT12
111 TRT6 141
151 TRT18 139
152 TRT8 130
77 TRT10 125
117 TRT5 121
84 TRT22 301 Militar Estadual
135 TRT16 243
88 141 19 TJMSP 22
TRT19
87 TRT11 134 14 TJMMG 15
132 TRT20 133
60 TJMRS 12
130 TRT21 131 Militar
113 TRT24 126 29 Estadual 19
135 TRT17 111
88 TRT23 99
78 TRT13 90
104 TRT14 78
Poder
123 Trabalho 153 131 Judiciário 158
116
4.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização
Como já observado, o percentual de processos que ingressa eletronicamente no Poder Judiciário tem crescido
linearmente, em curva acentuada, desde 2012. Na série histórica apresentada na Figura 85, é possível constatar que
a curva do 1º grau está acima da do 2º grau em todo o período, mas em 2018, pela primeira vez, houve maior apro-
ximação entre os indicadores, mostrando grande evolução na virtualização dos processos de 2º grau. A avaliação
detalhada por tribunal e instância está disposta na Figura 86.
A Justiça do Trabalho se destaca positivamente por apresentar 100% dos processos de 1º grau ingressados
eletronicamente. A Justiça Eleitoral foi a única que deu início ao processo de informatização pelo 2º grau, sendo
que todos os regionais apresentam índice igual a zero no 1º grau. Fora esse segmento, apenas em nove tribunais
se verifica informatização mais avançada no 2º do que no 1º grau: TJCE, TJPA, TJRJ, TJRR, TJSE, TRF4, TJMMG,
TJMSP, TRT13 (Figura 86).
A Figura 88 traz a comparação do Índice de Atendimento à Demanda (IAD) entre o 1º e 2º grau. Observa-se que
somente nos anos de 2012 e 2013 o indicador do 2º grau superou o do 1º grau. Em 2018, o IAD no 2º grau foi de
101%, enquanto no 1º grau, foi de 116%. Foi o primeiro ano que o 2º grau conseguiu baixar mais processos que o
total distribuído (IAD maior que 100%).
A Figura 89 apresenta os dados comparativos para a Taxa de Congestionamento, com diferenças significativas
entre as duas instâncias, tanto na taxa bruta, quanto na taxa líquida. No congestionamento bruto, a diferença entre
as instâncias é de 21 pontos percentuais e na versão líquida, de 23 pontos percentuais. A queda na taxa de conges-
tionamento em 2018 se deu em todas as dimensões analisadas, ou seja: no 1º e no 2º grau e com ou sem computar
os casos suspensos/sobrestados (bruta e líquida).
O 2º grau, com melhor resultado, possui taxa de congestionamento líquida de 46% e um estoque próximo à
demanda. No 1º grau o estoque equivale a 3,1 vezes o quantitativo de casos novos. Em uma situação hipotética, sem
ingresso de novas demandas e mantida a produtividade atual, seriam necessários 1 ano e 1 mês para zerar o estoque
do 2º grau e 2 anos e 8 meses para zerar o estoque do 1º grau (tempo de giro do acervo).
1º Grau
2º Grau
117
Figura 86: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
86% TJSP 100% 94% TRE−SP 0%
99% TJPR 99% 87% TRE−RS 0%
100% TJRJ 92% 94% TRE−RJ 0%
28% TJMG 42% 94% TRE−PR 0%
34% TJRS 41% 88% TRE−MG 0%
94% TJSC 98% 86% TRE−BA 0%
41% TJBA 97% 95% TRE−SC 0%
78% TJGO 87% 56% TRE−RN 0%
45% TJPE 85% 81% TRE−PI 0%
77% TJMT 83% 86% TRE−PE 0%
60% TJDFT 74% 94% TRE−PB 0%
45% TJMA 72% 90% TRE−PA 0%
72% TJPA 65% 83% TRE−MT 0%
100% TJCE 61% 94% TRE−MA 0%
0% TJES 38% 92% TRE−GO 0%
100% TJTO 100% 92% TRE−CE 0%
100% TJMS 100% 97% TRE−AM 0%
100% TJAM 100% 97% TRE−RO 0%
100% TJAL 100% 96% TRE−TO 0%
100% TJAC 100% 96% TRE−SE 0%
100% TJSE 100% 99% TRE−RR 0%
100% TJRR 96% 89% TRE−MS 0%
12% TJAP 94% 86% TRE−ES 0%
46% TJPB 94% 100% TRE−DF 0%
76% TJPI 87% 97% TRE−AP 0%
44% TJRN 85% 96% TRE−AL 0%
71% TJRO 81% 91% TRE−AC 0%
72% Estadual 84% 91% Eleitoral 0%
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
94% TRT3 100% 91% TRF5 100%
85% TRT2 100% 100% TRF4 99%
89% TRT1 100%
95% TRT15 100% 96% TRF2 98%
100% TRT4 100% 70% TRF3 94%
100% TRT9 100% 43% TRF1 50%
100% TRT7 100%
75% Federal 83%
96% TRT6 100%
100% TRT18 100%
86% TRT8 100%
90% TRT12 100%
94% TRT5 100%
100% TRT10 100%
100% TRT21 100% Militar Estadual
100% TRT11 100%
98% TRT16 100% 77% TJMMG 35%
99% TRT20 100% 22% TJMRS 32%
99% TRT14 100% 69% TJMSP 29%
94% TRT17 100% Militar
54% 31%
97% TRT23 100% Estadual
98% TRT24 100%
95% TRT19 100%
100% TRT13 100%
99% TRT22 99% Poder
94% Trabalho 100% 78% Judiciário 85%
118
Figura 87: Índice de Atendimento à Demanda (IAD), por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
95% TJRJ 137% 85% TRE−BA 166%
109% TJSP 123% 66% TRE−RJ 117%
110% TJPR 119% 47% TRE−MG 108%
90% TJMG 114% 65% TRE−RS 94%
104% TJRS 96% 76% TRE−SP 91%
102% TJES 159% 9% TRE−PR 84%
154% TJGO 139% 65% TRE−AM 262%
274% TJPA 127% 24% TRE−PA 225%
91% TJMT 124% 46% TRE−PI 195%
78% TJMA 105% 74% TRE−MA 156%
108% TJCE 105% 44% TRE−PE 147%
107% TJDFT 104% 57% TRE−CE 141%
113% TJBA 97% 31% TRE−RN 137%
103% TJSC 87% 62% TRE−PB 135%
87% TJPE 65% 70% TRE−GO 132%
99% TJAM 206% 82% TRE−MT 112%
130% TJAL 157% 69% TRE−SC 82%
158% TJSE 120% 59% TRE−AP 287%
109% TJAC 114% 60% TRE−AC 197%
68% TJRR 112% 67% TRE−DF 192%
76% TJPB 108% 71% TRE−MS 142%
117% TJAP 107% 93% TRE−ES 136%
60% TJRN 97% 69% TRE−AL 126%
91% TJPI 97% 98% TRE−RR 113%
101% TJMS 97% 62% TRE−RO 84%
106% TJRO 94% 77% TRE−TO 83%
100% TJTO 90% 76% TRE−SE 81%
105% Estadual 115% 62% Eleitoral 122%
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
102% TRT2 149% 110% TRF3 151%
97% TRT3 143% 114% TRF2 119%
77% TRT15 142%
80% TRT4 140% 112% TRF4 101%
85% TRT1 119% 91% TRF1 100%
87% TRT9 166%
72% TRF5 73%
75% TRT5 145%
100% TRT6 138% 103% Federal 105%
90% TRT12 136%
101% TRT8 132%
91% TRT7 127%
108% TRT18 121%
96% TRT10 119%
82% TRT22 161% Militar Estadual
67% TRT16 152%
86% TRT19 143% 100% TJMSP 93%
144% TRT21 142% 87% TJMMG 82%
100% TRT24 137%
231% TJMRS 63%
86% TRT20 133% Militar
90% TRT11 131% 144% Estadual 86%
104% TRT13 127%
99% TRT23 124%
87% TRT17 122%
132% TRT14 121%
101% Poder 116%
90% Trabalho 139% Judiciário
119
Figura 88: Série histórica do índice de atendimento à demanda
116%
120% 109%
104% 101% 104% 102%
99% 100% 100% 99%
96% 101%
98% 99% 98% 98%
94% 95% 93% 95%
88%
72%
48%
24%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
72,3% 71,1%
64% 69,8% 68,9%
54,7% 53,9%
51,2% 51,9% 52,3% 52,0%
49,7% 48,3% 49,7%
47,0%
48%
49,0% 48,3% 46,4%
44,2%
32%
16%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau (taxa bruta) 2º Grau (taxa bruta)
1º grau (taxa líquida) 2º Grau (taxa líquida)
120
Figura 90: Taxa de congestionamento, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
39% TJRJ 81% 41% TRE−RJ 47%
39% TJSP 78% 64% TRE−MG 47%
54% TJPR 77% 39% TRE−SP 42%
37% TJRS 71% 44% TRE−RS 41%
58% TJMG 68% 45% TRE−PR 37%
58% TJSC 84% 28% TRE−BA 29%
68% TJPE 82% 8% TRE−RN 52%
59% TJMA 77% 57% TRE−PI 48%
45% TJPA 77% 39% TRE−SC 47%
61% TJCE 75% 44% TRE−MT 47%
38% TJBA 69% 54% TRE−CE 42%
37% TJGO 69% 41% TRE−GO 41%
52% TJES 67% 43% TRE−MA 41%
50% TJMT 66% 45% TRE−PB 38%
37% TJDFT 62% 44% TRE−AM 37%
65% TJPI 77% 81% TRE−PA 26%
63% TJPB 75% 60% TRE−PE 24%
38% TJMS 75% 46% TRE−RO 46%
64% TJRN 71% 55% TRE−ES 45%
54% TJAL 71% 34% TRE−TO 45%
49% TJTO 68% 40% TRE−SE 44%
36% TJAC 64% 35% TRE−AL 42%
56% TJAM 63% 43% TRE−DF 39%
56% TJRO 60% 46% TRE−AP 37%
31% TJSE 56% 49% TRE−MS 34%
45% TJAP 55% 43% TRE−AC 28%
56% TJRR 53% 6% TRE−RR 27%
46% Estadual 75% 45% Eleitoral 40%
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
60% TRT1 58% 71% TRF3 75%
58% TRT4 55%
51% TRF4 69%
48% TRT2 55%
56% TRT15 51% 81% TRF1 69%
40% TRT3 47% 62% TRF2 66%
45% TRT10 61% 71% TRF5 59%
63% TRT5 59%
44% TRT7 55% 70% Federal 69%
51% TRT9 55%
34% TRT6 53%
41% TRT12 51%
33% TRT18 43%
34% TRT8 40%
58% TRT20 62% Militar Estadual
48% TRT19 59%
34% TRT24 58% 4% TJMRS 68%
58% TRT16 56% 38% TJMMG 60%
42% TRT23 55%
43% TJMSP 39%
48% TRT17 54%
25% Militar 50%
26% TRT21 51% Estadual
24% TRT14 49%
30% TRT13 47%
48% TRT22 43%
49% TRT11 38%
50% Trabalho 53% 52% Poder 73%
Judiciário
121
4.2.4 Recorribilidade interna e externa
A recorribilidade no Poder Judiciário é mais frequente na 2ª instância e nos Tribunais Superiores, comparati-
vamente à 1ª instância. A recorribilidade interna do 2º grau chega a ser 3,3 vezes mais frequente que a do 1º grau
(Figura 92).
Os embargos de declaração interpostos no 1º grau representam 6% das decisões, sendo mais aplicado na Jus-
tiça Trabalhista (16,1%). No 2º grau, são os recursos internos: os agravos, os embargos de declaração, os embargos
infringentes, as arguições de inconstitucionalidade e os incidentes de uniformização de jurisprudência. A recorri-
bilidade interna no 2º grau supera significativamente a do 1º, sendo de 22% no total do Poder Judiciário. Nos TRFs
está a maior recorribilidade interna de 2º grau, com percentual de 37% (Figura 91).
Os recursos das decisões de 2º grau endereçados aos Tribunais Superiores (28,3% dos casos) correspondem
a 2,7 vezes a recorribilidade identificada no 1º grau e encaminhados aos tribunais (10,4% dos casos), conforme
demonstram as Figuras 93 e 94. Os índices de recorribilidade interna no 1º e 2º graus reduziram no período de 2012
a 2016, com elevação em 2017 e 2018. Na recorribilidade externa, em ambas as instâncias, houve pouca variação
nos últimos 3 anos9.
9 O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas prestou dados inconsistentes tanto na recorribilidade interna Figura 91 quanto na recorribilidade
externa Figura 94.
122
Figura 91: Recorribilidade interna, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
16,1% TJPR 18,1% 15,7% TRE−RJ 1,8%
17,9% TJMG 8,2% 12,3% TRE−MG 0,4%
19,6% TJSP 4,5% 16,4% TRE−SP 0,4%
18,9% TJRS 3,6% 23,4% TRE−BA 0,3%
17,8% TJRJ 0,7% 29,7% TRE−PR 0,1%
6,5% TJBA 12,2% 5,8% TRE−RS 0,1%
34,5% TJDFT 7,6% 12,0% TRE−CE 2,6%
14,4% TJMA 5,6% 16,5% TRE−MT 1,8%
15,0% TJMT 4,4% 14,5% TRE−GO 1,0%
21,2% TJPE 3,9% 6,5% TRE−MA 0,8%
25,4% TJES 3,8% 17,0% TRE−RN 0,4%
11,9% TJPA 2,6% 21,2% TRE−PE 0,4%
23,1% TJCE 2,3% 8,7% TRE−PI 0,3%
17,8% TJSC 2,2% 4,4% TRE−SC 0,2%
17,3% TJGO 1,0% 3,6% TRE−AM 0,1%
26,6% TJSE 8,4% 11,5% TRE−PB 0,0%
137,4% TJAM 7,9% 9,4% TRE−PA 0,0%
19,1% TJAL 5,3% 17,7% TRE−DF 4,0%
12,5% TJRN 5,0% 26,8% TRE−ES 1,2%
9,9% TJRO 4,0% 7,0% TRE−AL 0,7%
11,8% TJTO 3,9% 6,4% TRE−RR 0,6%
12,2% TJRR 2,7% 11,3% TRE−SE 0,1%
25,6% TJPB 2,6% 12,0% TRE−RO 0,0%
17,0% TJAC 2,1% 5,5% TRE−TO 0,0%
21,9% TJMS 0,5% 19,9% TRE−MS 0,0%
9,0% TJAP 0,0% 13,1% TRE−AP 0,0%
16,1% TJPI 0,0% 2,0% TRE−AC 0,0%
19,4% Estadual 5,2% 13,4% Eleitoral 0,5%
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
23,6% TRT1 21,1% 34,0% TRF4 8,1%
22,8% TRT2 16,6% 36,1% TRF2 7,6%
20,3% TRT3 16,2%
12,3% TRT4 15,8% 43,4% TRF3 6,4%
14,4% TRT15 14,6% 82,2% TRF5 4,6%
23,7% TRT10 23,4% 24,7% TRF1 1,6%
21,7% TRT9 18,6%
36,5% Federal 5,0%
28,8% TRT5 17,4%
16,7% TRT6 15,2%
17,9% TRT12 14,4%
14,0% TRT18 10,0%
17,4% TRT7 8,4%
18,4% TRT8 8,2%
28,3% TRT17 24,4% Militar Estadual
12,4% TRT16 23,1%
27,6% TRT20 18,8% 23,9% TJMSP 4,2%
23,3% TRT13 17,8% 33,9% TJMMG 2,1%
18,4% TRT23 17,0% 4,0% TJMRS 1,1%
14,8% TRT21 16,4% Militar
13,8% Estadual 2,9%
22,6% TRT24 14,2%
18,7% TRT19 10,5%
11,6% TRT22 10,0%
19,4% TRT11 9,7%
18,6% TRT14 8,8% Poder
19,5% Trabalho 16,1% 21,6% Judiciário 6,5%
123
Figura 92: Série histórica da recorribilidade interna
30%
18%
12%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
24%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
1º Grau
2º Grau
124
Figura 94: Recorribilidade externa, por tribunal.
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
12% TJRS 29% 30% TRE−MG 31%
23% TJPR 8% 21% TRE−RJ 14%
20% TJRJ 7% 15% TRE−RS 5%
23% TJMG 7% 20% TRE−SP 4%
27% TJSP 4% 30% TRE−BA 3%
41% TJCE 48% 19% TRE−PR 1%
40% TJGO 11% 9% TRE−PI 8%
24% TJSC 9% 11% TRE−MT 6%
13% TJES 9% 34% TRE−GO 5%
28% TJPE 8% 26% TRE−CE 5%
14% TJMA 8% 6% TRE−PA 4%
41% TJDFT 6% 29% TRE−PE 4%
0% TJBA 6% 18% TRE−MA 4%
18% TJPA 4% 9% TRE−SC 2%
18% TJMT 0% 11% TRE−PB 2%
TJAM 27% 4% TRE−AM 1%
90% TJAP 12% 11% TRE−RN
31% TJMS 12% 0% TRE−AC 20%
19% TJTO 11% 19% TRE−MS 6%
32% TJPB 10% 15% TRE−ES 5%
11% TJRN 7% 21% TRE−SE 5%
3% TJRR 5% 0% TRE−AP 3%
8% TJAC 5% 8% TRE−RO 3%
16% TJPI 5% 13% TRE−RR 3%
14% TJSE 4% 0% TRE−TO 1%
58% TJAL 4% 21% TRE−AL 1%
16% TJRO 4% 34% TRE−DF 1%
23% Estadual 7% 19% Eleitoral 5%
Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
39% TRT2 71% 57% TRF3 28%
45% TRT4 63%
4% TRF1 26%
39% TRT15 60%
48% TRT3 57% 16% TRF4 24%
41% TRT1 54% 28% TRF2 10%
35% TRT9 57%
36% TRF5 7%
40% TRT12 56%
36% TRT5 55% 25% Federal 18%
40% TRT10 42%
38% TRT6 41%
43% TRT18 40%
42% TRT8 38%
31% TRT7 30%
55% TRT13 58% Militar Estadual
40% TRT17 56%
41% TRT24 53% 34% TJMMG 40%
38% TRT19 51% 9% TJMRS 7%
35% TRT20 45% 38% TJMSP 6%
65% TRT23 43% Militar
48% TRT11 43% 31% 7%
Estadual
32% TRT16 42%
53% TRT14 41%
43% TRT21 30%
49% TRT22 28% Poder
41% Trabalho 55% 28% Judiciário 10%
125
4.3 Gargalos da execução
Esta seção se destina à análise dos processos em fase de execução, que constituem grande parte dos casos
em trâmite e etapa de maior morosidade, como será visto adiante. As informações aqui apresentadas se referem
unicamente ao 1º grau (justiça comum e juizados especiais).
O Poder Judiciário contava com um acervo de 79 milhões de processos pendentes de baixa no final do ano de
2018, sendo que mais da metade desses processos (54,2%) se referia à fase de execução.
As Figuras 95 e 96 trazem as séries históricas dos casos novos, pendentes e baixados diferenciados entre
processos de conhecimento e de execução. Os dados mostram que, apesar de ingressar no Poder Judiciário duas
vezes mais casos em conhecimento do que em execução, no acervo a situação é inversa: o conhecimento é 43,9%
maior. Na execução, as curvas de processos baixados e novos seguem quase paralelas até o ano de 2017, com o
caso novo superando sutilmente a execução e praticamente se igualando em 2018. Já no conhecimento, as curvas
se mantiveram semelhantes até 2014, após, observa-se descolamento, com incremento anual na produtividade e
com redução dos processos ingressados.
Os casos pendentes na fase de execução apresentam aumentos regulares numa clara tendência de crescimento
do estoque (Figura 96). Já os casos pendentes na fase de conhecimento oscilam mais, tendo havido incremento
do estoque em 2015 e 2016 e queda em 2017 e 2018. Tais reduções culminaram em um estoque atual nos mesmos
patamares de quatro anos atrás.
A Figura 97 traz os casos novos, pendentes e baixados de execução, incluindo execuções judiciais criminais (de
pena privativa de liberdade e pena não privativa de liberdade), execuções judiciais não-criminais e execuções de
títulos executivos extrajudiciais, discriminadas entre fiscais e não fiscais.
A maior parte dos processos de execução é composta pelas execuções fiscais, que representam 73% do estoque
em execução. Esses processos são os principais responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário,
representando aproximadamente 39% do total de casos pendentes e congestionamento de 90% em 2018 - a maior
taxa entre os tipos de processos constantes desse Relatório. Há de se destacar, no entanto, que há casos em que o
Judiciário esgotou os meios previstos em lei e ainda assim não houve localização de patrimônio capaz de satisfazer
o crédito, permanecendo o processo pendente. Ademais, as dívidas chegam ao judiciário após esgotados os meios
de cobrança administrativos - daí a difícil recuperação.
O impacto da execução é significativo principalmente nos segmentos da Justiça Estadual, Federal e Trabalhista,
correspondendo, respectivamente, 55,6%, 51,7%, e 49,7% do acervo total de cada ramo, conforme aponta a Figura
98. Em alguns tribunais, a execução chega a consumir mais de 60% do acervo. É o caso de: TJDFT, TJPE, TJRJ, TJSP
na Justiça Estadual; TRF2 na Justiça Federal; e TRT10, TRT13, TRT14, TRT18, TRT19, TRT21, TRT22, TRT23, TRT7,
TRT8 na Justiça do Trabalho.
A Figura 99 traz a comparação da taxa de congestionamento na execução e no conhecimento de 1º grau por
tribunal e ramo de justiça. Verifica-se que a taxa na execução supera a do conhecimento na maioria dos casos. A
maior taxa na execução de cada segmento está nos tribunais: TJRJ, TJSC e TJPE, todos com congestionamento de
92,2% na execução e, respectivamente, 66,1%, 75,2%, 69,1%, no conhecimento; TRF3 - congestionamento de 94,8%
na execução e 49,5% no conhecimento; e TRT2 - congestionamento de 86% na execução e 30,3% no conhecimento.
126
Figura 95: Série histórica dos casos novos e baixados nas fases de conhecimento e execução
20 18,9 18,5
18,1
17,0 17,1 17,5 17,3
15,9 15,8 15,9
16 16,6 16,9 17,1 17,0
16,1 15,7
14,9 14,6 15,0 14,6
12
Milhões
7,5 7,6
8 6,6 6,6 6,8 6,7 6,5 6,9
6,0 5,5 7,5
6,0 6,3 6,1 6,0 6,3 6,5
5,9 5,7
4 4,8
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Figura 96: Série histórica dos casos pendentes nas fases de conhecimento e execução
50
42,4 42,6
39,7 40,8
40 36,2 37,3
35,1
32,4 33,7 32,6
30,2 31,5 31,2
30,1 29,0 29,6
30 26,1 27,3
25,4
Milhões
26,8
20
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Pendentes Conhecimento
Pendentes Execução
127
Figura 97: Dados processuais do Poder Judiciário
Conhecimento
2.108.839
Criminal 5.801.563
1.604.616
Execução
3.555.037
Execução fiscal 3.222.976
7.359.846 31.068.336
Extrajudicial
811.488
Execução não fiscal 3.061.728
879.943
4.366.525
Total Execução Extrajudicial 7.359.846 34.130.064
4.102.919
147.577
Pena privativa de liberdade 219.311
1.079.116
107.534
Pena não privativa de liberdade 123.946
483.248
Judicial
2.871.756
Não criminal 3.114.893
6.947.998
3.126.867
Total Execução Judicial 3.458.150
8.510.362
7.493.392
Total Execução 9.655.340 42.640.426
7.561.069
128
Figura 98: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJSP 71,2% TRE−RJ 2,3%
TJRJ 65,9% TRE−PR 1,9%
TJPR 45,2% TRE−SP 1,8%
TJRS 43,4% TRE−BA 1,1%
TJMG 32,7% TRE−RS 0,9%
TJPE 63,0% TRE−MG 0,8%
TJDFT 61,5% TRE−MT 4,9%
TJSC 55,3% TRE−CE 2,9%
TJBA 48,0% TRE−RN 2,0%
TJMT 43,1% TRE−PA 1,9%
TJGO 39,9% TRE−GO 1,8%
TJPA 32,0% TRE−MA 1,4%
TJES 28,4% TRE−PB 1,3%
TJCE 25,1% TRE−AM 1,2%
TJMA 21,4% TRE−PE 1,2%
TJMS 50,4% TRE−PI 0,7%
TJTO 43,4% TRE−SC 0,3%
TJAM 43,2% TRE−AP 7,2%
TJAC 42,7% TRE−SE 4,9%
TJRO 38,4% TRE−MS 4,4%
TJRR 37,7% TRE−ES 3,6%
TJSE 35,4% TRE−RR 2,9%
TJAL 33,6% TRE−DF 2,7%
TJRN 32,1% TRE−TO 2,5%
TJAP 30,8% TRE−AL 2,3%
TJPB 25,6% TRE−AC 2,3%
TJPI 13,5% TRE−RO 2,2%
Estadual 55,6% Eleitoral 1,7%
0% 20% 40% 60% 80% 0% 2% 4% 6% 8%
Trabalho Federal
TRT2 59,1% TRF2 61,6%
TRT3 49,1% TRF3 59,4%
TRT4 45,5% TRF5 52,0%
TRT1 38,8%
TRF4 45,0%
TRT15 29,4%
67,2% TRF1 44,8%
TRT7
TRT10 62,4% Federal 51,7%
TRT8 62,3%
TRT18 61,1%
TRT9 56,7% Militar Estadual
TRT6 49,2% TJMRS 35,3%
TRT12 48,7% TJMSP 33,7%
TRT5 44,7%
TRT19 76,5% TJMMG 17,2%
TRT14 72,7%
Militar Estadual 29,2%
TRT21 71,6%
TRT23 61,5%
TRT13 60,9% Poder Judiciário 54,2%
TRT22 60,8%
0% 20% 40% 60%
TRT16 50,5%
TRT24 49,8%
TRT20 47,6%
TRT17 46,5%
TRT11 41,0%
Trabalho 49,7%
0% 20% 40% 60% 80%
129
Figura 99: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
66% TJRJ 92% 46% TRE−RJ 90%
59% TJSP 87% 46% TRE−MG 83%
72% TJPR 83% 37% TRE−PR 78%
66% TJRS 80% 42% TRE−SP 78%
66% TJMG 75% 29% TRE−BA 77%
75% TJSC 92% 40% TRE−RS 76%
69% TJPE 92% 40% TRE−MA 96%
72% TJPA 89% 37% TRE−AM 95%
75% TJMA 89% 52% TRE−RN 92%
59% TJMT 81% 45% TRE−MT 90%
74% TJCE 80% 41% TRE−GO 87%
45% TJDFT 80% 25% TRE−PA 85%
65% TJES 76% 38% TRE−PB 78%
67% TJBA 75% 48% TRE−PI 78%
66% TJGO 73% 24% TRE−PE 74%
70% TJPB 89% 41% TRE−CE 67%
66% TJMS 85% 47% TRE−SC 62%
74% TJPI 84% 32% TRE−AP 98%
60% TJTO 81% 26% TRE−DF 95%
68% TJRN 80% 27% TRE−AC 93%
56% TJAC 78% 42% TRE−SE 92%
71% TJAL 73% 44% TRE−TO 92%
52% TJSE 66% 44% TRE−ES 89%
48% TJRR 65% 33% TRE−MS 88%
52% TJAP 65% 45% TRE−RO 86%
57% TJRO 64% 41% TRE−AL 83%
71% TJAM 56% 26% TRE−RR 71%
66% Estadual 86% 40% Eleitoral 83%
Trabalho Federal
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
30% TRT2 86% 49% TRF3 95%
48% TRT1 75% 54% TRF1 88%
42% TRT4 71%
45% TRT15 64% 58% TRF4 86%
34% TRT3 63% 44% TRF5 83%
39% TRT10 80%
49% TRF2 77%
31% TRT7 75%
46% TRT5 74% 52% Federal 88%
36% TRT9 72%
38% TRT12 69%
24% TRT18 65%
44% TRT6 64%
21% TRT8 61%
48% TRT20 79% Militar Estadual
27% TRT19 79%
40% TRT16 77% 57% TJMRS 99%
35% TRT23 76% 54% TJMMG 98%
46% TRT24 73% 23% TJMSP 96%
21% TRT14 72% Militar
41% TRT17 72% 38% Estadual 97%
28% TRT13 67%
23% TRT22 66%
27% TRT21 66%
27% TRT11 60% Poder
38% Trabalho 73% 62% Judiciário 85%
130
É importante esclarecer que a taxa de congestionamento na execução penal deve ser lida com cautela, pois
os altos valores alcançados não caracterizam baixa eficiência do Poder Judiciário; significam tão somente que as
execuções estão sendo cumpridas, uma vez que, enquanto a pena do condenado estiver em execução, o processo
deve permanecer no acervo. Dessa forma, a taxa de congestionamento dessa fase não pode ser avaliada como um
indicador de desempenho. Cumpre informar, ainda, que número de processos em execução penal difere do total de
presos, já que um mesmo indivíduo pode ser réu em mais de um processo, assim como um mesmo processo pode
ter mais de um réu preso.
131
(-7,7%). A redução do acervo, aliada ao aumento do número de baixados (25,8%), fez com que a taxa de congestio-
namento reduzisse em 2 pontos percentuais em 2018. O tempo de giro do acervo desses processos é de 8 anos e
8 meses, ou seja, mesmo que o Judiciário parasse de receber novas execuções fiscais, ainda seria necessário todo
esse tempo para liquidar o acervo existente (Figura 101).
Figura 100: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJSP 11.948.140 TRE−SP 310
TJRJ 6.453.877 TRE−RJ 190
TJPR 972.515 TRE−MG 180
TJRS 610.823 TRE−PR 125
TJMG 463.524 TRE−BA 113
TJPE 1.244.534 TRE−RS 68
TJSC 1.139.818 TRE−MT 209
TJBA 1.134.600 TRE−CE 157
TJGO 390.320 TRE−RN 121
TJMT 243.154 TRE−GO 118
TJPA 233.264 TRE−PA 100
TJDFT 222.528 TRE−PB 71
TJCE 155.197 TRE−MA 70
TJES 144.385 TRE−AM 54
TJMA 68.603 TRE−PE 43
TJAM 251.438 TRE−PI 42
TJMS 250.011 TRE−SC 13
TJAL 117.887 TRE−ES 107
TJRN 112.298 TRE−AP 92
TJPB 109.717 TRE−SE 91
TJTO 80.407 TRE−MS 74
TJRO 38.639 TRE−TO 65
TJSE 37.352 TRE−AL 52
TJPI 28.575 TRE−RO 43
TJAC 11.725 TRE−DF 42
TJRR 3.662 TRE−AC 27
TJAP 2.953 TRE−RR 10
0 4.000.000 10.000.000 0 100 200 300
Trabalho Federal
TRT2 10.087 1.735.438
TRF3
TRT3 8.269
6.020 TRF1 1.257.947
TRT1
TRT15 5.628 TRF4 676.695
TRT4 4.449
TRF2 469.517
TRT10 9.026
TRT9 8.125 TRF5 369.813
TRT7 4.788
0 500.000 1.500.000
TRT18 3.889
TRT12 3.708
TRT5 3.291
TRT8 2.136
TRT6 1.252
TRT16 2.306
TRT19 1.990
TRT23 1.858
TRT22 1.771
TRT24 1.550
TRT17 1.322
TRT20 1.255
TRT14 1.077
TRT21 1.005
TRT11 933
TRT13 658
0 2.000 6.000 10.000
132
Figura 101: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes
40
16
11,2 11,6
9,6 10,3
8,0 8,7 8,9 8,8
7,8
8 6,2
3,1 3,8 3,7 3,6 3,4 3,6 3,7 4,0 4,3
3,5
2,6 2,3 2,8 2,9 3,3 3,2 2,9 3,2 3,5 3,2
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Figura 102: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento total
100% 92,1%
91,3% 89,7% 89,6% 90,1% 91,3% 91,0% 91,7% 89,7%
86,8%
80%
62,9% 63,2% 62,9% 63,9% 62,9% 64,3% 65,0% 63,4% 62,7%
62,3%
60%
40%
20%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
133
Figura 103: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJRJ 94% TRE−RJ 90%
TJSP 90% TRE−MG 83%
TJPR 87% TRE−PR 78%
TJRS 85% TRE−SP 78%
TJMG 74% TRE−BA 77%
TJMA 95% TRE−RS 76%
TJPE 95% TRE−MA 96%
TJSC 93% TRE−AM 95%
TJPA 92% TRE−RN 92%
TJMT 89% TRE−MT 90%
TJBA 89% TRE−GO 87%
TJCE 87% TRE−PA 85%
TJDFT 87% TRE−PB 78%
TJES 79% TRE−PI 78%
TJGO 72% TRE−PE 74%
TJPB 94% TRE−CE 67%
TJPI 93% TRE−SC 62%
TJAC 93% TRE−AP 98%
TJMS 92% TRE−DF 95%
TJTO 88% TRE−AC 93%
TJRN 86% TRE−SE 92%
TJRR 81% TRE−TO 92%
TJSE 81% TRE−ES 89%
TJRO 79% TRE−MS 88%
TJAL 72% TRE−RO 86%
TJAP 70% TRE−AL 83%
TJAM 53% TRE−RR 71%
Estadual 89% Eleitoral 83%
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Trabalho Federal
TRT2 97% TRF3 96%
TRT4 88%
TRT1 87% TRF1 95%
TRT15 76% 93%
TRF5
TRT3 69%
TRT10 93% TRF4 86%
TRT12 90%
TRF2 85%
TRT5 87%
TRT7 86% Federal 93%
TRT8 84%
TRT9 83%
TRT6 78% Poder Judiciário 90%
TRT18 78%
89% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
TRT23
TRT20 89%
TRT24 88%
TRT11 88%
TRT16 87%
TRT17 86%
TRT13 85%
TRT22 85%
TRT14 84%
TRT21 81%
TRT19 80%
Trabalho 85%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
134
4.3.2 Índices de produtividade nas fases de conhecimento e execução
Este tópico destina-se à comparação de indicadores de produtividade entre as fases de conhecimento e de
execução no primeiro grau, considerando apenas as varas e os juizados especiais, excluídas as turmas recursais.
Como o mesmo magistrado pode atuar no processo tanto na fase de conhecimento, quanto na de execução,
não é possível calcular a real produtividade em cada fase. A produtividade na fase de conhecimento corresponde
ao total de processos baixados nessa fase em relação ao total de magistrados de 1º grau; e a produtividade na fase
de execução diz respeito ao número de processos baixados nessa fase em relação aos mesmos magistrados de 1º
grau. Dessa forma, o indicador total sempre corresponderá à soma das duas fases.
Verifica-se que o quantitativo de processos baixados é sempre maior na fase de conhecimento do que na de
execução, tanto na série histórica (Figura 105), quanto por tribunal (Figura 104). O IPM e o IPS-Jud na fase de conhe-
cimento equivalem a mais que o dobro do valor desses indicadores na fase de execução.
Figura 104: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por
tribunal.
Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
995 TJRJ 2.946 0 TRE−BA 108
994 TJSP 1.611 0 TRE−MG 68
524 TJMG 1.455 0 TRE−PR 55
542 TJRS 1.198 0 TRE−RS 55
500 TJPR 979 0 TRE−SP 44
490 TJMT 1.662 0 TRE−RJ 30
962 TJBA 1.461 0 TRE−PB 105
457 TJSC 1.191 0 TRE−RN 94
280 TJES 1.107 0 TRE−AM 93
563 TJGO 1.087 0 TRE−GO 75
93 TJMA 898 0 TRE−PA 73
234 TJCE 873 0 TRE−PI 68
352 TJDFT 853 0 TRE−PE 64
128 TJPA 819 0 TRE−MT 63
291 TJPE 753 0 TRE−MA 51
477 TJSE 1.286 0 TRE−SC 48
471 TJMS 1.229 1 TRE−CE 43
669 TJRO 1.174 0 TRE−AC 139
1.466 TJAM 948 0 TRE−RR 92
292 TJAC 942 0 TRE−TO 78
305 TJTO 932 0 TRE−AP 76
455 TJAL 922 0 TRE−ES 64
273 TJAP 890 0 TRE−AL 51
295 TJRR 852 0 TRE−SE 46
84 TJPI 851 0 TRE−MS 42
87 TJPB 726 0 TRE−RO 39
195 TJRN 702 0 TRE−DF 7
598 Estadual 1.311 0 Eleitoral 62
Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
224 TRT2 1.367 359 TRF3 2.098
328 TRT15 1.143
564 TRF5 1.880
290 TRT1 1.017
411 TRT3 894 427 TRF1 1.591
329 TRT4 791
432 TRT7 1.016 415 TRF4 1.395
449 TRT9 998 793 TRF2 885
334 TRT12 963
372 TRT18 952 483 Federal 1.579
372 TRT8 848
412 TRT6 811
267 TRT10 708
270 TRT5 643 Militar Estadual
617 TRT22 1.606
375 TRT16 1.252 3 TJMSP 231
307 TRT11 1.075
1 TJMMG 88
284 TRT20 865
286 TRT17 765 0 TJMRS 40
371 TRT19 765
Militar
2 Estadual
477 TRT21 651 121
232 TRT24 625
250 TRT13 562
191 TRT23 505
168 TRT14 389 Poder
530 1.281
322 Trabalho 957 Judiciário
135
Figura 105: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM)
2.000 1.892
1.805 1.833
1.730 1.725 1.717 1.758
1.630 1.590
1.600 1.497
1.274 1.297 1.281
1.234 1.215 1.220 1.239
1.155 1.113 1.132
1.200
800
530
434 412 437 455 434 440 456 455
400 340
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Conhecimento
Execução
1º grau
Figura 106: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud)
200
155 158
160 150 148
142
134 132 136 134 135
80
39 43
34 34 35 33 35 37 38
40 30
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Conhecimento
Execução
1º grau
136
Figura 107: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro
grau, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
59 TJRJ 177 0 TRE−BA 25
56 TJRS 130 0 TRE−PR 18
62 TJPR 124 0 TRE−MG 15
68 TJSP 110 0 TRE−RS 14
39 TJMG 108 0 TRE−RJ 6
34 TJES 136 0 TRE−SP 6
37 TJMT 132 0 TRE−RN 51
71 TJBA 112 0 TRE−CE 22
52 TJGO 102 0 TRE−PB 22
38 TJSC 98 0 TRE−AM 21
24 TJCE 92 0 TRE−PI 20
9 TJMA 91 0 TRE−MA 16
13 TJPA 82 0 TRE−PA 15
27 TJPE 69 0 TRE−PE 15
26 TJDFT 65 0 TRE−GO 15
197 TJAM 128 0 TRE−MT 13
37 TJSE 101 0 TRE−SC 12
39 TJMS 101 0 TRE−AC 26
49 TJAL 100 0 TRE−AP 24
30 TJTO 93 0 TRE−SE 22
50 TJRO 90 0 TRE−AL 20
9 TJPI 87 0 TRE−RR 20
9 TJPB 82 0 TRE−TO 18
23 TJAP 78 0 TRE−ES 16
19 TJRN 70 0 TRE−MS 9
22 TJRR 65 0 TRE−RO 8
14 TJAC 44 0 TRE−DF 1
49 Estadual 110 0 Eleitoral 13
Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
27 TRT2 166 30 TRF3 205
46 TRT15 159
33 TRT1 115 34 TRF1 147
40 TRT3 88 37 TRF4 136
37 TRT4 88
54 TRT7 126 33 TRF5 127
57 TRT9 126 67 TRF2 85
40 TRT12 117
39 TRT18 100 38 Federal 144
47 TRT6 93
40 TRT8 91
34 TRT10 91
36 TRT5 85 Militar Estadual
84 TRT22 218
56 TRT16 187 0 TJMSP 22
30 TRT11 104
0 TJMMG 15
33 TRT20 100
46 TRT19 95 0 TJMRS 12
34 TRT24 92 Militar
0 Estadual 18
30 TRT17 81
55 TRT21 76
27 TRT23 72
28 TRT13 62
24 TRT14 55 Poder
38 Trabalho 114 43 Judiciário 107
137
4.3.3 Indicadores de desempenho nas fases de conhecimento e execução
Neste tópico são comparados os indicadores de desempenho entre as fases de conhecimento e de execução no
primeiro grau, considerando a Taxa de Congestionamento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD).
A Figura 108 mostra que o índice de atendimento à demanda na fase de conhecimento é superior a 100% ao longo
de toda série histórica e obteve alta significativa em 2018, atingindo maior valor da série histórica: 127%. Na fase de
execução, apesar do IAD não ter atingido o patamar mínimo necessário de 100%, houve significativo avanço em 2018,
passando de 86,1% para 99,1%. A aproximação do IAD de 100%, conforme verificado em 2018, é um indicativo de
que os casos pendentes de execução podem deixar de aumentar, uma vez que o quantitativo de processos baixados
está se aproximando do montante de casos novos. Os indicadores por tribunal podem ser visualizados na Figura 109.
127%
130% 120%
107% 108% 106% 107% 107%
102% 101% 102% 116%
104% 104% 109%
101% 98% 99% 104% 102%
99% 99% 99% 99%
90% 92% 92% 93% 91%
78% 87% 87% 86%
52%
26%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Conhecimento
Execução
1º grau
138
Figura 109: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
93% TJSP 154% 340% TRE−BA 166%
110% TJRJ 152% 300% TRE−RJ 117%
116% TJMG 115% 543% TRE−MG 108%
164% TJPR 109% 733% TRE−RS 94%
86% TJRS 101% 342% TRE−SP 91%
180% TJES 154% 875% TRE−PR 84%
81% TJPA 136% 300% TRE−AM 262%
101% TJMT 135% 850% TRE−PA 224%
171% TJGO 130% 600% TRE−PI 195%
30% TJPE 115% 21% TRE−MA 156%
92% TJMA 109% TRE−PE 146%
115% TJCE 105% 1.975% TRE−CE 139%
108% TJDFT 102% TRE−RN 136%
106% TJBA 93% 2.000% TRE−PB 135%
84% TJSC 90% 900% TRE−GO 131%
42% TJPB 136% 400% TRE−MT 112%
367% TJAL 125% TRE−SC 82%
93% TJAC 124% TRE−AP 286%
120% TJSE 122% TRE−AC 197%
107% TJRR 115% TRE−DF 190%
82% TJRN 105% 333% TRE−MS 142%
124% TJAP 105% 186% TRE−ES 136%
84% TJPI 102% TRE−AL 125%
892% TJAM 99% TRE−RR 113%
77% TJTO 98% TRE−RO 83%
107% TJMS 93% TRE−TO 83%
101% TJRO 92% 400% TRE−SE 81%
102% Estadual 124% 508% Eleitoral 122%
Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
74% TRT2 179% 72% TRF3 214%
103% TRT15 160% 60% 112%
TRF1
127% TRT4 147%
135% TRF2 111%
81% TRT1 137%
172% TRT3 133% 126% TRF4 107%
146% TRT9 177% 37% TRF5 81%
122% TRT5 158%
116% TRT12 144% 73% Federal 120%
114% TRT8 142%
133% TRT6 140%
119% TRT7 131%
110% TRT18 126%
115% TRT10 121% Militar Estadual
114% TRT22 191%
116% TRT19 161% 9% TJMSP 108%
130% TRT16 160% 5% TJMMG 94%
94% TRT20 155%
106% TRT24 153% 2% TJMRS 79%
81% TRT17 150% 7% Militar
Estadual 101%
141% TRT21 143%
105% TRT11 141%
109% TRT13 137%
116% TRT23 127%
116% TRT14 124% Poder
111% Trabalho 152% 99% Judiciário 127%
139
A série histórica da taxa de congestionamento apresentada na Figura 110 aponta para valores relativamente
estáveis ao longo dos anos, com decréscimo em 2018. Desconsiderados os processos de execução, a taxa de con-
gestionamento do 1º grau do Judiciário cairia dos atuais 73% para 62%. Retirando também os processos suspensos,
sobrestados e em arquivo provisório, a taxa líquida de congestionamento chegaria a 59% na fase de conhecimento.
Em todos os segmentos de justiça, a taxa de congestionamento da fase de execução supera a da fase de conhe-
cimento, com uma diferença que chega a 23 pontos percentuais no total e que varia bastante por tribunal. Descon-
sideradas as justiças Eleitoral e Militar Estadual, a maior diferença é de 56 pontos percentuais, no TRT2.
36%
18%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
140
Figura 111: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
83% TJPR 72% 83% TRE−MG 46%
80% TJRS 66% 90% TRE−RJ 46%
92% TJRJ 66% 78% TRE−SP 42%
75% TJMG 66% 76% TRE−RS 40%
87% TJSP 59% 78% TRE−PR 37%
92% TJSC 75% 77% TRE−BA 29%
89% TJMA 75% 92% TRE−RN 52%
80% TJCE 74% 78% TRE−PI 48%
89% TJPA 72% 62% TRE−SC 47%
92% TJPE 69% 90% TRE−MT 45%
75% TJBA 67% 67% TRE−CE 41%
73% TJGO 66% 87% TRE−GO 41%
76% TJES 65% 96% TRE−MA 40%
81% TJMT 59% 78% TRE−PB 38%
80% TJDFT 45% 95% TRE−AM 37%
84% TJPI 74% 85% TRE−PA 25%
73% TJAL 71% 74% TRE−PE 24%
56% TJAM 71% 86% TRE−RO 45%
89% TJPB 70% 89% TRE−ES 44%
80% TJRN 68% 92% TRE−TO 44%
85% TJMS 66% 92% TRE−SE 42%
81% TJTO 60% 83% TRE−AL 41%
64% TJRO 57% 88% TRE−MS 33%
78% TJAC 56% 98% TRE−AP 32%
66% TJSE 52% 93% TRE−AC 27%
65% TJAP 52% 71% TRE−RR 26%
65% TJRR 48% 95% TRE−DF 26%
86% Estadual 66% 83% Eleitoral 40%
Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
75% TRT1 48% 86% TRF4 58%
64% TRT15 45%
71% 42% 88% TRF1 54%
TRT4
63% TRT3 34% 95% TRF3 49%
86% TRT2 30%
74% TRT5 46% 77% TRF2 49%
64% TRT6 44% 83% 44%
TRF5
80% TRT10 39%
69% TRT12 38% 88% Federal 52%
72% TRT9 36%
75% TRT7 31%
65% TRT18 24%
61% TRT8 21% Militar Estadual
79% TRT20 48%
73% TRT24 46% 99% TJMRS 57%
72% TRT17 41%
77% 40% 98% TJMMG 54%
TRT16
76% TRT23 35% 96% TJMSP 23%
67% TRT13 28%
97% Militar 38%
79% TRT19 27% Estadual
66% TRT21 27%
60% TRT11 27%
66% TRT22 23%
72% TRT14 21% Poder
73% 38% 85% 62%
Trabalho Judiciário
141
5 Índice de conciliação
O índice de conciliação é dado pelo percentual de sentenças e decisões resolvidas por homologação de acordo
em relação ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas. A conciliação é uma política adotada pelo CNJ
desde 2006, com a implantação do Movimento pela Conciliação em agosto daquele ano. Anualmente, o Conselho
promove as Semanas Nacionais pela Conciliação, quando os tribunais são incentivados a juntar as partes e promover
acordos nas fases pré-processual e processual. Por intermédio da Resolução CNJ 125/2010, foram criados os Centros
Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs) e os Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de
Solução de Conflitos (NUPEMEC), que visam fortalecer e estruturar unidades destinadas ao atendimento dos casos
de conciliação. No final do ano de 2018 e início de 2019 importantes avanços ocorreram na área, com fortalecimento
do programa “Resolve”, que visa a realização de projetos e de ações que incentivem a autocomposição de litígios
e a pacificação social por meio da conciliação e da mediação10; além da classificação dos CEJUSCs no conceito de
unidade judiciária, pela edição da Resolução CNJ 219/2016, tornando obrigatório o cálculo da lotação paradigma
em tais unidades.
Na Justiça Estadual, havia, ao final do ano de 2018, 1.088 CEJUSCs instalados. A Figura 113 indica o número de
CEJUSCs em cada Tribunal de Justiça. Esse número tem crescido ano após ano. Em 2014, eram 362 CEJUSCs, em
2015 a estrutura cresceu em 80,7% e avançou para 654 centros. Em 2016, o número de unidades aumentou para
808 e em 2017 chegou a 982.
A Figura 114 traz o percentual de sentenças homologatórias de acordo, comparativamente ao total de sentenças
e decisões terminativas proferidas. Em 2018, foram 11,5% sentenças homologatórias de acordo, valor que reduziu no
último ano após o crescimento registrado nos dois anos anteriores. Na fase de execução as sentenças homologatórias
de acordo corresponderam, em 2018, a 6%, e na fase de conhecimento, a 16,7%.
20%
17,2% 17,0% 17,1% 16,7%
16%
11,9% 12,2%
11,1% 11,5%
12%
8%
6,0% 6,0%
4,8%
3,5%
4%
Conhecimento 2º grau
Execução Total
10 Detalhes informações disponíveis no relatório de atividades do CNJ no primeiro semestre de 2019 http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arqui-
vo/2019/07/eeed4439ca6ed4cbc59ea885da5f2269.pdf.
142
Figura 113: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal
TJSP 224
TJMG 143
TJPR 108
TJRS 46
TJRJ 35
TJBA 130
TJMT 41
TJCE 36
TJGO 32
TJMA 21
TJDFT 21
TJSC 20
TJPE 17
TJES 12
TJPA 10
TJTO 42
TJPB 29
TJAC 25
TJRO 23
TJPI 17
TJSE 12
TJAP 11
TJMS 9
TJRR 8
TJRN 8
TJAM 7
TJAL 1
A Justiça que mais faz conciliação é a Trabalhista, que solucionou 24% de seus casos por meio de acordo - valor
que aumenta para 39% quando apenas a fase de conhecimento de primeiro grau é considerada. O TRT2 apresentou
o maior índice de conciliação do Poder Judiciário, com 31% de sentenças homologatórias de acordo. Ao considerar
apenas a fase de conhecimento do 1º grau, o maior percentual é verificado no TRT9 com 48%
Na fase de conhecimento dos juizados especiais, o índice de conciliação foi de 16%, sendo de 18% na Justiça
Estadual e de 11% na Justiça Federal. Na execução dos juizados especiais, os índices são menores e alcançam 13%.
No 1º grau, a conciliação foi de 13,2%. No 2º grau, a conciliação é praticamente inexistente, apresentando índices
muito baixos em todos os segmentos de justiça (Figura 115). As sentenças homologatórias de acordo representaram,
em 2018, apenas 0,9% do total de processos julgados. O tribunal com maior índice de acordos no 2º grau é o TRT11,
com 5,8%.
Não houve variações significativas no indicador de conciliação no 2º e 1º grau em relação ao ano anterior, obser-
vando-se aumento de 0,2 ponto percentual no 2º grau e redução de 0,7 ponto percentual no 1º grau.
A Figura 116 apresenta o indicador de conciliação por tribunal, distinguindo as fases de conhecimento e de
execução. As maiores diferenças entre as fases são observadas na Justiça Trabalhista, que possui 39% no conhe-
cimento e 8% na execução, ou seja, diferença de 31 pontos percentuais. Na Justiça Estadual, os índices são de 14%
no conhecimento e de 5% na execução. A Justiça Federal é a que apresenta percentuais mais próximos entre ambas
143
as fases: 9% no conhecimento e 11% na execução, sendo o único segmento de maior valor na execução - reflexo
especialmente dos valores informados pelo TRF da 5ª Região.
Ao considerar o índice de conciliação total, incluindo os procedimentos pré-processuais e as classes processuais
que não são contabilizadas neste relatório (por exemplo, inquéritos, reclamação pré-processual, termos circunstan-
ciados, cartas precatórias, precatórios, requisições de pequeno valor, entre outros), o índice de conciliação aumenta
sutilmente, de 11,5% para 12,3%. Na Justiça Estadual, o índice se mantém constante, observando o total do segmento
(10,4%), mas os números mudam nas avaliações por tribunal. A Justiça do Trabalho é a de maior crescimento, pas-
sando de para 24,0% para 31,7%. Na Justiça Federal, os indicadores aumentam para todos os TRFs, registrando no
total uma elevação de 1,1 ponto percentual (Figura 117).
Figura 114: Índice de conciliação, por tribunal.
Estadual Eleitoral
TJMG 19,2% TRE−RS 2,2%
TJPR 12,3% TRE−PR 0,8%
TJRS 11,6% TRE−BA 0,8%
TJRJ 10,1% TRE−RJ 0,6%
TJSP 5,9% TRE−MG 0,3%
TJPA 14,4% TRE−SP 0,2%
TJPE 14,2% TRE−AM 1,1%
TJMA 13,9% TRE−GO 1,0%
TJCE 13,6% TRE−PA 0,6%
TJES 12,9% TRE−PE 0,5%
TJSC 12,8% TRE−SC 0,2%
TJGO 12,1% TRE−MT 0,1%
TJDFT 11,7% TRE−PB 0,0%
TJMT 10,6% TRE−RN 0,0%
TJBA 9,9% TRE−PI 0,0%
TJMS 22,5% TRE−MA 0,0%
TJSE 21,1% TRE−CE 0,0%
TJAL 15,8% TRE−RO 2,5%
TJAP 14,9% TRE−SE 0,8%
TJPB 14,8% TRE−TO 0,8%
TJAC 14,0% TRE−RR 0,4%
TJTO 13,9% TRE−MS 0,4%
TJRR 13,2% TRE−ES 0,4%
TJRO 12,0% TRE−AL 0,3%
TJPI 11,7% TRE−AC 0,1%
TJRN 11,2% TRE−DF 0,1%
TJAM 5,8% TRE−AP 0,0%
Estadual 10,4% Eleitoral 0,6%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 0% 1% 1% 2% 2% 3% 3%
Trabalho Federal
TRT2 31,0% TRF5 14,9%
TRT15 24,0% TRF1 8,9%
TRT1 23,0% TRF4 5,8%
TRT4 22,5% 4,6%
TRF3
TRT3 21,3% 2,2%
TRF2
TRT9 28,7%
Federal 7,3%
TRT18 27,2%
TRT12 27,2%
TRT7 26,7% 11,5%
Poder Judiciário
TRT6 26,1%
TRT8 22,0% 0% 5% 10% 15%
TRT10 18,4%
TRT5 16,1%
TRT23 29,5%
TRT24 28,3%
TRT19 26,4%
TRT14 21,7%
TRT21 17,0%
TRT13 16,9%
TRT11 16,9%
TRT16 16,6%
TRT17 15,4%
TRT22 14,8%
TRT20 14,3%
Trabalho 24,0%
0% 10% 20% 30% 40%
144
Figura 115: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal.
Estadual Trabalho
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
0,2% TJMG 21,2% 0,1% TRT2 40,4%
0,5% TJPR 13,3% 0,1% TRT15 32,7%
2,1% TJRS 13,2% 2,1% TRT4 31,5%
0,1% TJRJ 10,7% 1,1% 30,8%
TRT1
0,5% TJSP 6,4%
1,6% TRT3 29,0%
0,2% TJPA 15,6%
0,3% TJMA 15,0% 0,3% TRT9 37,0%
1,5% TJPE 15,0% 0,9% TRT12 36,1%
0,0% TJSC 14,4% 0,0% TRT18 33,8%
1,4% TJCE 14,3% 0,8% TRT6 33,0%
0,7% TJES 13,4% 3,0% TRT7 31,1%
0,0% TJDFT 13,2% 0,2% TRT8 27,1%
0,1% TJGO 12,6% 0,2% 23,8%
TRT10
0,0% TJMT 11,5%
0,9% TRT5 21,8%
0,4% TJBA 10,3%
0,0% TJMS 25,2% 0,0% TRT23 37,7%
0,5% TJSE 22,9% 4,2% TRT24 34,4%
0,5% TJAL 17,4% 1,1% TRT19 31,9%
0,1% TJTO 15,9% 0,0% TRT14 27,6%
0,3% TJPB 15,9% 0,7% TRT13 23,3%
4,4% TJAP 15,0% 0,8% TRT21 22,0%
0,8% TJAC 14,7% 0,2% 21,4%
TRT17
0,2% TJRR 14,5%
0,0% TRT16 20,1%
0,3% TJPI 12,8%
5,8% TRT11 19,8%
0,4% TJRO 12,8%
1,5% 12,0% 0,0% TRT20 19,5%
TJRN
1,0% TJAM 5,9% 0,1% TRT22 19,1%
0,6% Estadual 11,3% 0,9% Trabalho 31,6%
Federal
2º grau 1º grau
Poder
0,9% 13,2%
Judiciário
145
Figura 116: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal.
Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
11,2% TJMG 26,0% 12,5% TRT2 44,7%
1,1% TJRJ 18,1% 5,8% TRT4 41,8%
8,8% TJPR 16,5% 8,6% TRT15 39,9%
12,0% TJRS 15,0% 7,5% TRT3 38,1%
4,3% TJSP 7,2%
4,4% TJPE 19,5% 5,2% TRT1 36,0%
0,0% TJBA 19,1% 9,2% TRT9 48,1%
5,6% TJSC 18,9% 6,7% TRT12 45,8%
0,0% TJMA 18,2% 13,2% TRT18 41,6%
6,4% TJDFT 17,3% 8,7% TRT6 41,1%
12,7% TJPA 16,8% 8,5% TRT7 39,2%
6,8% TJES 16,5% 6,9% TRT8 35,0%
7,6% TJCE 16,2% 8,7% TRT10 30,8%
7,5% TJGO 15,1%
7,0% TRT5 28,7%
10,0% TJMT 12,1%
13,3% TJMS 30,3% 14,4% TRT23 45,5%
2,0% TJTO 20,9% 5,6% TRT19 44,0%
8,0% TJAL 20,0% 12,6% TRT24 41,0%
39,2% TJSE 19,3% 5,5% TRT21 33,1%
0,1% TJPB 18,4% 15,9% TRT14 32,4%
8,7% TJAC 18,1% 2,0% TRT13 32,1%
1,8% TJRO 18,1% 2,3% TRT22 31,8%
8,5% TJAP 17,7% 7,8% TRT17 26,7%
6,4% TJRR 17,0%
0,2% TJRN 15,9% 7,7% TRT11 23,5%
0,0% TJPI 14,1% 7,9% TRT16 23,2%
0,7% TJAM 13,9% 8,6% TRT20 22,8%
5,3% Estadual 14,2% 8,1% Trabalho 39,1%
Federal
Execução Conhecimento
8,9% TRF1 12,3%
43,7% TRF5 11,2%
2,2% TRF4 9,6%
2,3% TRF3 6,4%
4,3% TRF2 2,4%
10,9% Federal 9,4%
Poder
6,0% Judiciário 16,7%
146
Figura 117: Índice de conciliação Total, incluída a fase pré-processual, por tribunal.
Estadual Trabalho
TJMG 17,8% TRT2 38,8%
TJSP 14,0% TRT4 33,4%
TJRS 11,9% 30,1%
TRT15
TJRJ 3,6%
TRT3 26,5%
TJPR
TRT1 24,3%
TJMA 29,6%
29,6% TRT9 45,2%
TJBA
TJSC 25,8% TRT18 37,7%
TJES 19,7% TRT6 36,1%
TJMT 18,7% TRT7 35,8%
TJPA 16,9% TRT12 34,7%
TJCE 16,1% 31,2%
TRT8
TJPE 15,9%
TRT10 26,9%
TJDFT 15,1%
TRT5 25,8%
TJGO 4,0%
23,5% TRT24 37,3%
TJMS
TJAC 20,9% TRT19 36,2%
TJPB 20,7% TRT23 33,9%
TJSE 19,2% TRT14 29,3%
TJTO 18,9% TRT21 27,9%
TJAL 18,3% 27,1%
TRT11
TJRO 16,4%
TRT22 26,1%
TJRR 15,6%
TRT13 25,8%
TJRN 14,6%
14,2% TRT17 22,8%
TJAP
TJPI 14,1% TRT16 22,1%
TJAM 13,9% TRT20 19,5%
Estadual 10,4% Trabalho 31,7%
0% 5% 15% 25% 35% 0% 10% 20% 30% 40% 50%
Federal
TRF5 13,8%
TRF1 9,2%
TRF4 7,1%
TRF3 4,1%
TRF2 2,9%
TRF 8,4%
0% 5% 10% 15%
147
6 Tempos de tramitação dos processos
Os tempos de tramitação dos processos são apresentados a partir de três indicadores: o tempo médio da inicial
até a sentença, o tempo médio da inicial até a baixa e a duração média dos processos que ainda estavam pendentes
em 31/12/2018.
Essas estimativas guardam limitações metodológicas. A principal delas está no uso da média como medida
estatística para representar o tempo. A média é fortemente influenciada por valores extremos e, ao resumir em um
único indicador os resultados de informações extremamente heterogêneas, pode apresentar distorções. Para uma
análise de tempo mais adequada, seria importante recorrer aos quantis, boxplots e curvas de sobrevivência, con-
siderando, por exemplo, o agrupamento de processos semelhantes, segundo classe e assunto, de forma a diminuir
a heterogeneidade e a dispersão. Para essas análises, seria imprescindível recorrer aos dados de cada processo e
não de forma agregada.
O diagrama apresentado na Figura 118 demonstra o tempo em cada fase do processo, e em cada instância do
Poder Judiciário. Note-se que nem todos os processos seguem a mesma trajetória e, portanto, os tempos não podem
ser somados. Por exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e são finalizados nesta mesma instância. Outros,
recorrem até a última instância possível. Alguns processos findam na fase de conhecimento, outros seguem até a
fase de execução.
Em geral, o tempo médio do acervo (processos pendentes) é maior que o tempo da baixa, com poucos casos de
inversão desse resultado. As maiores faixas de duração estão concentradas no tempo do processo pendente, em
específico na fase de execução da Justiça Federal (8 anos e 1 mês) e da Justiça Estadual (6 anos e 2 meses). As
execuções penais foram excluídas do cômputo, uma vez que os processos desse tipo são mantidos no acervo até
que as penas sejam cumpridas.
148
Figura 118: Diagrama do tempo de tramitação do processo
Tribunais Superiores
Superior Tribunal de Justiça sentença baixa pendente
10m 1a e 1m 1a e 7m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Superior Tribunal Militar
11m 1a 1m 1a 4m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2º Grau
Tribunais de Justiça Estaduais sentença baixa pendente
8m 1a 1m 2a 6m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tribunais Regionais Federais
2a e 2m 2a e 5m 2a e 6m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
5m 9m 10m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
8m 9m 11m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
3m 5m 6m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Turmas Recursais
Turma Recursal Estadual sentença baixa pendente
6m 7m 1a e 8m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1a e 2m 1a e 8m 3a e 5m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
149
1º Grau
sentença baixa pendente
Varas Estaduais
Execução
6m 7m 1a e 8m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1a e 2m 1a e 8m 3a e 5m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1º Grau
sentença baixa pendente
Varas Estaduais
Execução 6a e 1m 6a e 4m 7a e 6m
Conhecimento 2a e 4m 3a e 3m 3a e 11m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Varas Federais
Execução 7a 4m 7a 7m 8a e 1m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Varas do Trabalho
Execução 2a e 9m 2a e 10m 4a e 1m
Conhecimento 9m 1a 1m 1a e 5m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Zonas Eleitorais
9m 10m 1a e 2m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Execução 9m 1a e 3m 1a e 8m
Conhecimento 10m 1 a 1m 1a e 1m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Juizados Especiais
Juizados Especiais Estaduais sentença baixa pendente
Execução 1a 1a e 7m 2a
Conhecimento 9m 1a e 6m 1a e 10m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Conhecimento 12m 1a e 7m 1a e 9m
Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
150
A Figura 119 traz a série histórica do tempo médio de duração dos processos. Observa-se que o tempo da inicial
até a sentença e até a baixa estão em ascendência, enquanto o tempo do processo pendente diminuiu. Trata-se de
resultado positivo, pois significa que estão sendo solucionados casos mais antigos, reduzindo o tempo do acervo. A
ação de priorizar o julgamento de processos antigos integra o rol das Metas Nacionais do Poder Judiciário, e devem
ser seguidas por todos os tribunais. A Figura 120 mostra essa mesma informação detalhada por ramo de justiça.
Figura 119: Série histórica do tempo médio de duração dos processos
8a e 3m
6a e 7m
5a e 6m 5a e 5m
4a e 12m 4a e 10m
4a e 11m
2a e 12m
3a e 3m 2a e 7m 2a e 9m
2a e 5m
1a e 8m 2a e 2m 2a e 2m
1a e 10m
1a e 6m
0a
2015 2016 2017 2018
Sentença
Baixado
Acervo
151
Figura 120: Série histórica do tempo médio de duração dos processos, por justiça
Estadual Superior
6a e 7m 6a e 7m
5a e 11m 5a e 10m
5a e 2m
4a e 11m
5a 5a
3a e 5m 3a e 6m
3a e 5m 3a 3a e 5m
2a e 11m
2a e 7m 2a e 6m
2a e 1m 2a 2a e 1m 2a e 1m
1a e 9m 1a e 10m
1a e 10m 1a e 10m 1a e 4m
1a e 2m 1a e 3m 1a e 3m
11m 1a 1a 12m
3m 3m
2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018
6a e 7m Trabalho 6a e 7m Eleitoral
5a 5a
3a e 5m 3a e 5m
2a e 6m 2a e 6m 2a e 4m 2a e 6m
1a e 11m
1a e 10m 1a e 4m 1a e 4m 1a e 10m 1a e 6m
1a e 3m 1a e 3m 1a e 1m 1a e 1m
7m 8m 10m
11m 11m 11m 1a e 1m
9m 4m 7m 9m
3m 3m 3m
2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018
5a e 5m 5a e 6m
4a e 12m
5a 4a e 9m 5a
3a e 5m 3a e 5m
2a e 5m 2a e 7m
2a e 3m 2a e 3m
1a e 10m 2a 2a e 1m 1a e 10m
1a e 7m 1a e 9m 1a 1a e 1m 1a e 1m 11m
11m 11m 11m 9m
3m 9m 8m 8m 5m
3m
2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018
Sentença
Baixado
Acervo
Na Figura 121, compara-se o tempo do recebimento da ação até o julgamento da sentença entre o 1º grau e o 2º
grau. Enquanto no 1º grau leva-se uma média de 3 anos e 1 mês, no 2º grau esse tempo é reduzido para menos de
um terço: 10 meses.
152
A fase de conhecimento, na qual o juiz tem de vencer a postulação das partes e a dilação probatória para chegar
à sentença, é mais célere que a fase de execução, que não envolve atividade de cognição, mas somente de concre-
tização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
A Figura 122 ilustra esse aspecto observável para a maior parte dos tribunais. Para receber uma sentença, o pro-
cesso leva, desde a data de ingresso, o triplo de tempo na fase de execução (4 anos e 9 meses) comparada à fase
de conhecimento (1 ano e 6 meses). Esse dado é coerente com o observado na taxa de congestionamento, 85% na
fase de execução e 62% na fase de conhecimento.
Figura 121: Tempo médio da inicial até a sentença no 2º grau e 1º grau, por Tribunal
Estadual Trabalho
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
6m TJRJ 4a e 10m 2m TRT3 1a e 11m
9m TJPR 4a e 5m 6m TRT4 1a e 5m
TJSP 3a e 6m 5m TRT1 1a e 2m
5m TJMG 3a e 4m 6m
4m TRT15 1a e 1m
TJRS 3a e 3m 5m
9m TJBA 4a e 5m TRT2 1a
12m TJPE 4a e 2m 10m TRT5 1a e 8m
6m TJMT 3a e 10m 3m TRT8 1a e 2m
1a e 5m TJCE 3a e 2m 3m TRT12 1a e 1m
6m TJES 3a e 2m 5m TRT10 1a e 1m
1a e 11m TJPA 3a e 1m 7m TRT9 1a
7m TJGO 3a 4m TRT7 12m
1a TJSC 2a e 12m 3m TRT6 11m
7m TJMA 2a e 6m 4m TRT18 10m
5m TJDFT 2a e 2m
8m 3m TRT19 1a e 9m
TJAM 5a e 8m
1a e 10m TJPI 3a e 7m 3m TRT13 1a e 4m
11m TJRN 3a e 2m 6m TRT16 1a e 3m
11m TJPB 2a e 11m 2m TRT14 1a e 3m
8m TJAL 2a e 11m 3m TRT24 1a e 3m
9m TJMS 2a e 5m 2m TRT22 1a e 3m
1a e 2m TJRO 2a e 3m 4m TRT17 1a e 1m
5m TJRR 1a e 9m 5m
8m TRT21 1a e 1m
TJTO 1a e 7m 8m
4m TJAC 1a e 4m TRT11 11m
5m TJAP 1a e 3m 6m TRT20 11m
4m TJSE 1a e 1m 4m TRT23 8m
8m Estadual 3a e 7m 5m Trabalho 1a e 3m
Eleitoral
2º grau 1º grau 1º grau
1a e 9m TRE−RJ 1a e 2m Auditorias
1a e 11m Militares da União 1a e 3m
TRE−BA 1a e 1m
1a e 9m TRE−RS 8m
1a e 6m TRE−MG 8m
4m TRE−SP 5m Federal
1a e 3m TRE−PR 5m 2º grau 1º grau
2m TRE−PI 1a e 5m 1a e 9m TRF2 6a e 8m
2a e 1m TRE−PA 1a
8m TRE−RN 1a 1a e 11m TRF3 4a e 8m
3m TRE−GO 11m 1a TRF5 4a e 4m
2a e 2m TRE−PB 10m
4m 1a e 10m TRF4 3a e 9m
TRE−MT 10m
4m TRE−SC 8m 3a e 1m TRF1 3a e 7m
4m TRE−PE 7m
4m 2a e 2m Federal 4a e 6m
TRE−MA 7m
1m TRE−AM 6m
1a e 10m TRE−CE 0a
1a e 1m TRE−ES 1a e 1m Militar Estadual
1a e 5m TRE−AP 1a e 1m 3m TJMMG 1a e 8m
1a e 5m TRE−AC 1a
1m TRE−AL 11m 2m TJMRS 11m
1a e 6m TRE−RR 10m
1a e 7m TRE−MS 9m 5m TJMSP 6m
2a TRE−TO 8m Militar
3m 3m 10m
TRE−RO 8m Estadual
1a e 6m TRE−SE 7m
4m TRE−DF 7m Poder
8m 10m 3a e 1m
Eleitoral 9m Judiciário
153
Figura 122: Tempo médio da inicial até a sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau, por Tribunal
Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
3a e 5m TJMG 2a e 3m 1a e 6m TRT15 1a
2a e 11m TJRS 1a e 10m 2a e 7m TRT1 11m
5a e 2m TJPR 1a e 9m 2a e 10m TRT4 10m
6a e 10m TJRJ 1a e 9m 4a e 1m TRT2 8m
6a e 2m TJSP 1a e 4m 5a
3a e 9m TJCE 2a e 8m TRT3 8m
3a e 9m TJPA 2a e 5m 1a TRT6 11m
6a e 8m TJPE 2a e 4m 1a e 8m TRT10 10m
3a e 4m TJBA 2a e 2m 3a e 9m TRT5 10m
3a e 5m TJMT 1a e 12m 1a e 5m TRT9 10m
4a e 11m TJES 1a e 11m 2a e 2m TRT12 9m
2a e 8m TJMA 1a e 10m 2a e 3m TRT7 6m
4a e 2m TJGO 1a e 5m 2a e 11m TRT8 5m
4a e 6m TJSC 1a e 5m 3a e 1m TRT18 5m
3a e 3m TJDFT 9m
1a e 1m TRT17 1a e 2m
4a TJPI 2a e 6m
4a e 8m TJPB 2a e 6m 2a TRT24 12m
6a e 11m TJAM 2a e 2m 1a e 2m TRT20 10m
3a e 7m TJAL 2a e 1m 3a e 6m TRT16 9m
3a e 7m TJRN 1a e 11m 12m TRT23 7m
3a e 2m TJMS 1a e 4m 2a e 2m TRT22 6m
3a e 1m TJRR 1a e 2m 2a e 8m TRT11 6m
2a e 1m TJTO 1a e 2m 4a e 11m TRT19 5m
1a e 2m TJAC 11m 3a e 4m
1a e 5m TJAP 11m TRT13 5m
2a TJRO 10m 2a e 1m TRT21 5m
12m TJSE 8m 3a e 10m TRT14 4m
4a e 10m Estadual 1a e 9m 2a e 9m Trabalho 9m
Auditorias Poder
Militares da União 1a e 3m 4a e 9m Judiciário 1a e 6m
O indicador do tempo de baixa apura o tempo efetivamente despendido entre o início do processo e o primeiro
movimento de baixa, em cada fase. Também, aqui, verifica-se desproporção entre os processos nas fases de conhe-
cimento e execução. Quando um processo tem o início da execução ou da liquidação, caracteriza-se a baixa na fase
de conhecimento, ao mesmo tempo que se inicia o cômputo do processo como um caso novo de execução. A baixa
na execução, por sua vez, ocorre somente quando o jurisdicionado tem seu conflito totalmente solucionado perante
a Justiça, por exemplo, quando os precatórios são pagos ou as dívidas liquidadas.
É possível que o tempo da inicial até a baixa seja inferior ao tempo até a sentença. Isso ocorre porque os dados são
representados por médias de eventos ocorridos em um ano específico, 2018. Dessa forma, nem todos os processos
baixados em 2018 foram necessariamente sentenciados no mesmo ano, ou seja, o universo de processos objeto de
análise do tempo médio até a sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles considerados até a baixa.
A proximidade entre as médias significa, apenas, que a baixa ocorre logo após a sentença, sem grandes delongas.
O tempo do processo baixado no Poder Judiciário é de 1 ano e 4 meses na fase de conhecimento, de 5 anos e 11
meses na fase de execução no 1º grau de jurisdição e de 9 meses no 2º grau.
No que se refere ao tempo de duração dos processos que ainda estão pendentes de baixa, o termo final de cál-
culo foi 31 de dezembro de 2018. Observa-se que o Poder Judiciário apresentou tempo do estoque superior ao da
baixa tanto no 2º grau quando no 1º grau, nas fases de conhecimento e execução. O tempo médio de duração dos
154
processos em tramitação no 2º grau é de 2 anos e 1 mês (2,7 vezes superior ao tempo de baixa); o tempo médio de
duração dos processos em tramitação na fase de conhecimento de 1º grau é de 3 anos e 4 meses (2,4 vezes superior
ao tempo de baixa); e o tempo médio de duração dos processos em tramitação na fase de execução do 1º grau é de
6 anos e 4 meses (1,1 vez superior ao tempo de baixa).
O tempo médio do acervo do Poder Judiciário foi de 4 anos e 10 meses. Ao desconsiderar os processos suspensos
por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos, ou seja, computado o tempo médio entre a distribuição e a data do
sobrestamento/suspensão dos autos, o tempo médio reduz para 3 anos e 8 meses (Figura 126).
Figura 123: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores
Estadual Eleitoral
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
11m TJPR 6a e 6m 1a e 5m TRE−MG 4a e 3m
9m TJMG 2a e 10m 1a e 10m TRE−BA 2a e 6m
6m TJRJ 1a e 2m 1a e 2m TRE−PR 2a e 5m
6m TJRS 5m 1a e 8m TRE−RJ 2a e 2m
TJSP 1a e 5m TRE−RS 1a e 11m
1a e 1m TJES 4a e 1m 6m TRE−SP 6m
2a e 6m TJPA 2a e 4m 1a e 10m TRE−CE 5a
4a e 2m TJCE 2a e 2m 1a e 11m TRE−PA 2a e 7m
1a e 7m TJPE 2a e 2m 2a e 8m TRE−PB 2a e 4m
1a e 3m TJSC 2a e 1m 8m TRE−MT 1a e 3m
1a e 3m TJBA 1a e 10m 2m TRE−MA 10m
10m TJGO 1a e 8m 5m TRE−SC 6m
8m TJDFT 1a e 1m 4m TRE−GO 5m
1a e 3m TJMA 11m 9m TRE−RN 5m
10m TJMT 10m 4m TRE−PE 5m
8m TJRR 2a e 5m 2m TRE−AM 4m
1a e 12m TJPI 2a e 3m 3m TRE−PI 3m
1a TJAL 1a e 12m 1a e 5m TRE−AC 3a e 12m
1a e 6m TJAM 1a e 9m 3a TRE−RR 3a e 8m
1a e 3m TJMS 1a e 7m 1a e 11m TRE−TO 2a e 10m
9m TJAC 1a e 7m 1a e 7m TRE−MS 2a e 6m
1a e 6m TJRN 1a e 5m 2a TRE−ES 2a e 4m
1a e 4m TJRO 1a e 4m 1a e 3m TRE−AP 2a
12m TJSE 1a e 4m 7m TRE−DF 7m
10m TJAP 1a e 3m 3m TRE−AL 5m
1a TJPB 1a e 2m 4m TRE−SE 5m
12m TJTO 11m 2m TRE−RO 4m
1a e 1m Estadual 2a e 6m 9m Eleitoral 11m
Trabalho Superiores
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
12m TRT1 1a e 3m 1a e 7m TST 2a e 6m
10m TRT4 11m 1a e 1m STJ 1a e 7m
10m TRT15 9m 1a e 4m STM 1a e 1m
7m TRT3 9m 1a e 2m TSE 6m
10m TRT2 9m
1a e 2m TRT5 1a 1a e 3m Superior 2a e 1m
7m TRT12 11m
11m TRT9 8m Baixados Federal Pendentes
9m TRT10 6m 2a e 11m TRF3 3a e 5m
9m TRT7 6m 2a e 10m TRF1 2a e 4m
7m TRT8 6m 1a e 5m TRF5 2a e 2m
7m TRT18 6m
2a TRF2 1a e 12m
7m TRT6 5m
10m 1a e 11m TRF4 1a e 4m
8m TRT19
10m TRT20 10m 2a e 5m Federal 2a e 6m
8m TRT23 10m
10m TRT11 9m Militar Estadual
9m TRT17 8m
6m TJMMG 9m
1a e 4m TRT16 6m
6m TRT24 6m 9m TJMSP 6m
10m TRT21 6m
3m TJMRS 2m
8m TRT22 5m
6m TRT14 5m 5m Militar
Estadual 6m
7m TRT13 5m
9m Trabalho 10m
9m Poder
Judiciário 2a e 1m
155
Figura 124: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau
Estadual Trabalho
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
2a e 10m TJSP 4a e 8m 10m TRT2 1a e 12m
2a TJPR 3a e 11m 1a e 2m TRT15 1a e 7m
3a e 6m TJRJ 3a e 10m 1a e 2m TRT1 1a e 6m
2a e 2m TJMG 2a e 6m 1a e 4m
2a e 5m 10m TRT3
2a e 10m TJRS 1a e 1m
2a e 2m TJSC 4a e 3m 1a e 1m TRT4
3a e 3m TJPA 3a e 12m 1a e 2m TRT12 1a e 5m
2a e 11m TJCE 3a e 11m 1a e 3m TRT6 1a e 3m
3a e 1m TJPE 3a e 7m 1a e 2m TRT5 1a e 2m
2a e 1m TJES 3a e 5m 10m TRT10 1a e 2m
2a e 1m TJGO 3a e 5m 1a e 1m TRT9 12m
3a e 2m TJMA 3a e 3m 7m TRT18 10m
2a e 9m TJMT 2a e 7m 10m
1a e 2m TRT7
3a e 3m TJBA 2a e 7m
7m TRT8 8m
10m TJDFT 1a e 5m
3a e 10m 1a e 2m TRT20 1a e 6m
3a e 3m TJAL
3a e 4m TJPI 3a e 7m 1a e 10m TRT19 1a e 5m
2a e 3m TJAM 3a e 4m 1a e 2m TRT24 1a e 5m
1a e 7m TJMS 2a e 11m 2a TRT17 1a e 4m
2a e 12m TJPB 2a e 10m 1a e 4m TRT16 12m
1a e 4m TJRR 2a e 6m 8m TRT23 10m
1a e 10m TJRN 2a e 5m 5m TRT13 10m
1a e 9m TJTO 2a e 4m 8m
2a e 3m 4a e 3m TRT22
1a e 2m TJSE
8m
1a e 6m TJAC 2a e 1m 6m TRT14
1a e 7m TJAP 1a e 7m 10m TRT21 8m
1a e 2m TJRO 1a e 7m 8m TRT11 8m
2a e 8m Estadual 3a e 7m 1a e 1m Trabalho 1a e 5m
Eleitoral Federal
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
10m TRE−RJ 1a e 2m 3a e 9m TRF3 4a e 5m
8m TRE−MG 1a e 1m 1a e 6m TRF4 2a e 5m
5m TRE−SP 9m 1a e 10m
9m 1a e 4m TRF1
1a TRE−BA
7m TRE−RS 7m 1a e 7m TRF2 1a e 8m
4m TRE−PR 5m 9m TRF5 1a e 1m
11m TRE−MA 1a e 11m 2a e 7m
1a e 11m 1a e 11m Federal
1a e 3m TRE−RN
1a e 9m TRE−PI 1a e 9m
1a e 4m TRE−PB 1a e 6m
10m TRE−GO 1a e 6m Militar Estadual
1a e 2m TRE−MT 1a e 5m
1a e 5m 1a e 11m TJMMG 1a e 10m
1a e 2m TRE−CE
11m TRE−PA 1a e 5m 1a e 3m TJMRS 10m
7m TRE−PE 11m
9m 9m TJMSP 5m
7m TRE−AM
7m TRE−SC 7m Militar 1a e 1m
1a e 1m Estadual
8m TRE−DF 2a e 12m
1a TRE−AP 2a e 4m
11m TRE−AC 1a e 7m
1a e 3m Baixados Pendentes
7m TRE−MS
1a e 1m Auditorias
10m TRE−RR 1a e 6m Militares da União 1a e 3m
2a e 8m TRE−AL 12m
8m TRE−TO 11m
7m TRE−RO 11m
1a e 3m TRE−ES 10m
10m TRE−SE 6m Poder
1a e 2m 1a e 4m Judiciário
3a e 4m
10m Eleitoral
156
Figura 125: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau
Estadual Trabalho
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
9a e 3m TJSP 7a e 5m 3a TRT4 7a
5a e 8m TJPR 7a e 5m 3a TRT2 3a e 11m
3a e 10m TJRS 4a e 10m 3a e 10m TRT3 3a e 7m
4a e 7m TJMG 4a e 6m 2a e 7m TRT1 3a e 5m
8a e 5m TJRJ 4a e 6m
4a e 10m TJGO 8a e 3m 2a e 9m TRT15 1a e 11m
4a e 7m TJSC 6a e 10m 1a e 5m TRT9 5a e 9m
6a e 8m TJPA 5a e 9m 2a e 11m TRT8 5a e 8m
4a e 1m TJCE 5a e 8m 4a e 7m TRT12 5a e 1m
4a e 5m TJES 5a e 6m 3a e 5m TRT5 3a e 9m
6a e 1m TJBA 5a e 5m 1a e 8m TRT10 3a e 9m
6a e 4m TJPE 5a e 1m 3a e 10m TRT18 3a e 4m
3a e 8m TJMT 4a e 10m 2a TRT7 1a e 7m
4a e 5m TJMA 4a e 8m
1a e 2m TRT6 1a e 6m
2a e 5m TJDFT 3a e 5m
6a e 11m TJAM 8a e 1m 5a e 5m TRT19 6a e 6m
4a e 6m TJPI 6a e 10m 1a e 2m TRT23 6a e 1m
3a e 3m TJMS 6a e 8m 4a e 2m TRT24 5a e 12m
4a e 7m TJAL 5a e 6m 2a e 7m TRT14 4a e 3m
4a e 6m TJPB 5a e 1m 3a e 6m TRT16 4a e 3m
3a e 2m TJTO 4a e 6m 1a e 4m TRT20 3a e 6m
1a e 10m TJAC 4a 3a e 4m TRT13 3a e 1m
3a e 3m TJRR 3a e 8m 2a e 8m TRT11 3a
2a e 1m TJAP 2a e 9m
2a e 4m TJRO 2a e 7m 2a e 11m TRT22 2a e 8m
1a e 8m TJSE 2a e 5m 2a e 9m TRT17 2a e 5m
2a e 8m TJRN 2a e 1m 2a TRT21 1a e 6m
6a e 7m Estadual 6a e 2m 2a e 10m Trabalho 4a e 1m
Baixados
1a e 11m Auditorias Poder
Militares da União 5a e 11m Judiciário 6a e 4m
157
Figura 126: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes (bruto) e tempo médio líquido, excluídos os
processos suspensos por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos
Estadual Eleitoral
Tempo bruto Tempo líquido Tempo bruto Tempo líquido
6a e 9m TJSP 5a e 1m 1a e 4m TRE−MG 11m
5a e 9m TJPR 4a e 4m 1a e 2m TRE−RJ 10m
4a e 3m TJRJ 3a e 3m 9m TRE−BA 6m
3a e 2m TJMG 2a e 5m 8m TRE−SP 6m
2a e 9m TJRS 2a e 2m 8m TRE−RS 5m
5a e 5m TJGO 4a e 2m 6m TRE−PR 4m
5a e 2m TJSC 4a 1a e 9m TRE−CE 1a e 2m
4a e 5m TJPA 3a e 5m 1a e 8m TRE−RN 1a e 1m
4a e 5m TJPE 3a e 4m 1a e 7m TRE−PI 1a e 1m
4a e 3m TJCE 3a e 2m 1a e 7m TRE−PB 1a
4a TJES 3a e 1m 1a e 6m TRE−PA 1a
3a e 5m TJMT 2a e 8m 1a e 6m TRE−MA 1a
3a e 5m TJMA 2a e 7m 1a e 5m TRE−MT 11m
3a e 2m TJBA 2a e 6m 1a e 2m TRE−GO 10m
2a e 8m TJDFT 2a 8m TRE−PE 6m
5a e 4m TJAM 4a e 1m 7m TRE−AM 5m
4a e 9m TJMS 3a e 7m 7m TRE−SC 5m
4a e 3m TJAL 3a e 3m 2a e 4m TRE−AP 1a e 7m
4a TJPI 3a 1a e 7m TRE−RR 1a e 1m
3a e 3m TJPB 2a e 5m 1a e 7m TRE−AC 1a e 1m
3a e 1m TJTO 2a e 5m 1a e 3m TRE−MS 10m
2a e 9m TJAC 2a e 1m 1a TRE−ES 8m
2a e 8m TJRR 2a 1a TRE−TO 8m
2a e 2m TJRN 1a e 8m 10m TRE−AL 7m
2a e 1m TJSE 1a e 8m 9m TRE−DF 6m
1a e 10m TJAP 1a e 5m 6m TRE−RO 4m
1a e 10m TJRO 1a e 5m 5m TRE−SE 3m
4a e 11m Estadual 3a e 9m 1a e 1m Eleitoral 9m
Trabalho Superiores
Tempo bruto Tempo líquido Tempo bruto Tempo líquido
3a e 10m TRT4 3a 2a e 6m TST 1a e 4m
2a e 5m TRT2 1a e 11m 1a e 1m STM 10m
2a e 4m TRT3 1a e 9m 1a e 7m STJ 10m
2a e 2m TRT1 1a e 8m
6m TSE 3m
1a e 6m TRT15 1a e 2m
2a e 1m Superior 1a e 1m
3a e 9m TRT8 2a e 11m
3a e 8m TRT9 2a e 10m
3a e 2m TRT12 2a e 5m Federal
2a e 4m TRT18 1a e 9m 7a e 7m TRF3 5a e 11m
2a e 4m TRT5 1a e 9m 5a e 7m TRF2 4a e 4m
2a e 2m TRT10 1a e 8m 4a e 5m TRF5 3a e 7m
1a e 4m TRT6 1a 4a e 6m TRF1 3a e 7m
1a e 3m TRT7 11m 4a e 1m TRF4 3a e 2m
5a e 4m TRT19 4a 5a e 6m Federal 4a e 4m
4a e 1m TRT23 3a e 2m
3a e 4m TRT24 2a e 6m
3a e 3m TRT14 2a e 6m Militar Estadual
2a e 6m TRT16 1a e 11m 1a e 9m TJMMG 1a e 4m
2a e 2m TRT20 1a e 8m 11m TJMRS 9m
2a e 1m TRT13 1a e 7m 6m TJMSP 5m
1a e 10m TRT22 1a e 5m Militar
11m Estadual 9m
1a e 9m TRT17 1a e 4m
1a e 8m TRT11 1a e 3m
11m TRT21 8m Poder
2a e 6m Trabalho 1a e 11m 4a e 10m Judiciário 3a e 8m
158
7 Justiça criminal
Em 2018, ingressaram no Poder Judiciário 2,7 milhões de casos novos criminais, sendo 1,6 milhão (60%) na fase
de conhecimento de 1º grau, 343,3 mil (12,8%) na fase de execução de 1º grau, 18,6 mil (0,7%) nas turmas recursais,
604,8 mil (22,6%) no 2º grau e 103,9 mil (3,9%) nos Tribunais Superiores.
A Justiça Estadual é o segmento com maior representatividade de litígios no Poder Judiciário, com 69,8% da
demanda, na área criminal essa representatividade aumenta para 91,3%.
A Figura 127 mostra que em 2018 o quantitativo de processos novos criminais se manteve constante em relação
ao ano de 2017, com aumento no acervo de 0,7%. Os casos pendentes equivalem a 2,9 vezes a demanda. Apesar
de o número de baixados ter superado levemente os casos novos, o acervo cresceu - reflexo do número de casos
arquivados que voltaram a tramitar, como pode ocorrer nas anulações de sentenças. As informações sobre os quan-
titativos de casos novos e pendentes por tribunal podem ser visualizadas na Figura 128.
Figura 127: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais no 1º grau, no 2º grau e nos tribunais superiores,
excluídas as execuções penais
7,0 6,4
6,1 6,2 6,2 6,3
5,8
5,4 5,4 5,4 5,5
5,6
4,2
Milhões
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
159
Figura 128: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Novos Pendentes Novos Pendentes
463.005 TJSP 1.826.889 371 TRE−MG 1.057
245.327 TJMG 500.658 223 TRE−RJ 565
245.859 TJRJ 478.104 193 TRE−SP 500
99.729 TJPR 363.564 102 TRE−BA 425
144.250 TJRS 247.622 169 TRE−RS 403
136.903 TJSC 311.925 180 TRE−PR 335
94.569 TJBA 301.796 266 TRE−GO 1.032
63.553 TJCE 216.323 110 TRE−RN 790
60.089 TJGO 216.307 61 TRE−MA 562
57.721 TJPE 194.358 91 TRE−CE 361
44.247 TJES 162.407 83 TRE−MT 274
22.759 TJPA 157.527 123 TRE−SC 270
53.126 TJMT 143.414 54 TRE−PB 253
35.118 TJMA 134.816 223 TRE−PI 230
86.469 TJDFT 70.838 77 TRE−PE 220
53.983 TJMS 129.337 66 TRE−PA 194
30.768 TJAM 111.784 45 TRE−AM 154
22.463 TJPI 79.306 119 TRE−TO 293
15.746 TJRN 61.829 69 TRE−MS 217
13.210 TJAL 61.118 67 TRE−SE 174
18.214 TJPB 58.812 31 TRE−AL 169
30.594 TJRO 43.311 68 TRE−ES 79
18.580 TJSE 39.212 31 TRE−AC 78
24.404 TJTO 38.817 30 TRE−RO 60
11.131 TJAC 21.719 12 TRE−RR 57
10.778 TJAP 14.786 25 TRE−AP 45
7.884 TJRR 14.334 7 TRE−DF 22
Ao final de 2018, havia 1,6 milhão de execuções penais pendentes, com 343 mil execuções iniciadas em 2018.
A maioria das penas aplicadas em 2018 foram privativas de liberdade, um total de 219,3 mil execuções, 63,9% do
total. Entre as penas não privativas de liberdade, 7 mil (5,8%) ingressaram nos juizados especiais e 117 mil (94,2%)
no juízo comum.
160
Figura 129: Série histórica das execuções penais
2,0
1,6
De acordo com a Figura 130, os resultados dos tempos médios dos processos baixados no ano de 2018 por tribunal
indicam cenários distintos no 2º grau e nos tribunais superiores. A Justiça Eleitoral é a única em que o processo cri-
minal demora mais que o não criminal. Nos Tribunais Regionais Federais e nos Tribunais de Justiça Militar Estaduais,
o processo baixado não-criminal durou, em média, o dobro do tempo do criminal em 2018. Na Justiça Estadual, os
casos criminais duraram uma média de 8 meses a menos que os não-criminais. No STJ, essa diferença foi de 7 meses.
Na fase de conhecimento de 1º grau, o tempo do processo criminal é maior que o do não-criminal em todos os
ramos de Justiça (Figura 131). Esses dados estão em consonância com o observado na Tabela 4, em que a taxa de
congestionamento criminal (73,3%) supera a não-criminal (59,2%), para essa fase/instância.
No capítulo destinado à análise do tempo do processo, as execuções penais não estão contabilizadas nas esta-
tísticas, uma vez que o processo permanece em tramitação até o término do cumprimento da pena e, por isso, são
analisadas à parte, neste capítulo.
Os processos referentes às execuções judiciais criminais privativas de liberdade baixados no ano de 2018 pos-
suem tempo médio de baixa de 4 anos e 2 meses na Justiça Estadual e de 1 ano e 5 meses na Justiça Federal (Figura
132). Esses tempos são maiores que a média até a baixa do processo na fase de conhecimento, ou seja, até o início
da execução penal ou até a remessa do processo em grau de recurso para o 2º grau, que foi de 3 anos e 10 meses
na Justiça Estadual e de 2 anos e 3 meses na Justiça Federal.
161
Figura 130: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não-criminais baixados no 2º grau e nos Tribunais
Superiores, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 2m TJPR 7m 1a e 10m TRE−BA 4a e 9m
10m TJMG 7m 1a e 8m TRE−RJ 3a e 4m
6m TJRJ 6m 1a e 5m TRE−RS 1a e 11m
7m TJRS 6m 1a e 5m TRE−MG 1a e 9m
TJSP 1a e 1m TRE−PR 1a e 4m
4a e 2m TJCE 4a e 1m 6m TRE−SP 5m
2a e 5m TJPA 2a e 6m 2a e 5m TRE−PB 5a e 6m
1a e 8m TJPE 1a e 4m 1a e 9m TRE−CE 2a e 11m
1a e 3m TJMA 1a e 3m 1a e 11m TRE−PA 2a e 5m
1a e 4m TJBA 1a e 1m 5m TRE−SC 1a e 9m
1a e 2m TJES 1a e 1m 9m TRE−RN 1a e 7m
10m TJGO 8m 4m TRE−PE 1a e 3m
1a e 4m TJSC 8m 8m TRE−MT 1a e 1m
11m TJMT 6m 4m TRE−GO 12m
8m TJDFT 5m 2m TRE−MA 5m
1a e 2m TJMS 1a e 5m 3m TRE−PI 4m
12m TJAL 1a e 2m 2m TRE−AM 3m
1a TJPB 12m 2a e 12m TRE−RR 5a e 1m
2a e 6m TJPI 12m 1a e 4m TRE−AC 4a e 3m
1a e 9m TJAM 8m 1a e 9m TRE−TO 4a e 3m
1a e 1m TJTO 8m 7m TRE−DF 3a e 1m
10m TJAC 8m 2a TRE−ES 2a e 3m
1a TJAP 7m 1a e 6m TRE−MS 2a e 3m
1a e 1m TJSE 6m 2m TRE−RO 2a e 2m
9m TJRR 6m 4m TRE−SE 1a e 11m
1a e 7m TJRN 6m 3m TRE−AL 1a e 1m
1a e 8m TJRO 5m 1a e 3m TRE−AP 0a
1a e 2m Estadual 10m 9m Eleitoral 1a e 11m
8m Militar 4m
Estadual
Federal
2a e 10m TRF1 1a e 9m
2a e 1m TRF2 1a e 4m
1a e 5m TRF5 1a e 3m
3a TRF3 1a e 3m
2a TRF4 11m
2a e 6m Federal 1a e 3m 1a e 6m Poder 10m
Judiciário
162
Figura 131: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não-criminais baixados na fase de conhecimento do
1º grau, por tribunal.
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
2a e 2m TJRS 8a e 2m 12m TRE−BA 3a e 3m
2a e 3m TJSP 6a e 3m 5m TRE−SP 2a e 6m
3a e 7m TJRJ 2a e 11m 9m TRE−RJ 2a e 6m
2a TJMG 2a e 8m 7m TRE−RS 2a e 4m
1a e 11m TJPR 2a e 4m 7m TRE−MG 1a e 12m
3a e 1m TJBA 4a e 3m 4m TRE−PR 1a e 7m
2a e 8m TJCE 3a e 12m 1a TRE−MT 5a e 2m
3a e 1m TJPA 3a e 12m 10m TRE−MA 5a e 1m
3a e 1m TJMA 3a e 12m 1a e 1m TRE−RN 5a
2a TJES 3a e 11m 1a e 8m TRE−PI 4a e 8m
2a e 12m TJPE 3a e 9m 6m TRE−PE 3a e 7m
2a e 7m TJMT 3a e 6m 1a e 4m TRE−PB 3a e 5m
1a e 11m TJGO 3a e 3m 1a e 1m TRE−CE 2a e 4m
2a e 3m TJSC 2a e 2m 11m TRE−PA 2a e 4m
9m TJDFT 11m 9m TRE−GO 2a e 2m
3a e 1m TJAL 6a 7m TRE−SC 1a e 7m
3a e 1m TJPI 4a e 11m 7m TRE−AM 10m
1a e 11m TJAM 3a e 8m 6m TRE−DF 5a e 5m
2a e 11m TJPB 3a e 3m 2a e 8m TRE−AL 4a e 10m
1a e 3m TJAC 2a e 5m 10m TRE−AC 3a e 2m
1a e 1m TJSE 2a e 5m 1a e 3m TRE−ES 2a e 12m
1a e 2m TJRR 2a e 5m 9m TRE−RR 2a e 11m
1a e 5m TJMS 2a e 4m 7m TRE−TO 2a e 10m
1a e 9m TJRN 2a e 3m 6m TRE−MS 2a e 7m
1a e 5m TJAP 1a e 12m 9m TRE−SE 2a e 6m
1a TJRO 1a e 11m 7m TRE−RO 2a e 5m
1a e 8m TJTO 1a e 10m 1a TRE−AP 1a e 7m
2a e 5m Estadual 3a e 10m 10m Eleitoral 2a e 10m
2a e 4m Poder 3a e 9m
Judiciário
163
Figura 132: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal.
Estadual Federal
Não privativa de liberdade Privativa de liberdade Não privativa de liberdade Privativa de liberdade
6a e 7m TJRS 9a e 7m 2a e 12m TRF4 2a e 5m
7a e 11m TJRJ 7a e 5m
3a e 9m TJMG 5a e 2m 3a e 11m TRF5 1a e 4m
3a e 7m TJPR 3a e 7m 3a e 4m TRF1 1a e 2m
1a e 11m TJSP 1a e 12m
7a e 1m TJES 7a e 5m 2a e 4m TRF3 6m
3a e 7m TJDFT 7a e 3m 2a e 9m TRF2 0a
2a e 6m TJBA 6a e 4m
2a TJPE 5a e 10m 2a e 11m TRF 1a e 5m
3a e 3m TJCE 4a e 10m
3a e 2m TJGO 4a e 5m
4a e 3m TJMA 4a e 4m
3a e 3m TJMT 3a e 9m
3a e 2m TJPA 3a e 9m
2a e 7m TJSC 2a e 10m
3a e 3m TJMS 5a e 11m
4a e 2m TJPB 5a e 1m
1a e 9m TJRR 4a e 12m
1a e 9m TJAP 4a e 8m Total
3a e 4m TJSE 4a e 2m Não privativa de liberdade Privativa de liberdade
3a e 5m TJPI 3a e 8m
2a e 8m TJRO 3a e 4m 3a e 4m Total 4a e 2m
3a e 5m TJAM 3a e 1m
6a e 10m TJAL 3a
3a e 3m TJAC 2a e 10m
2a e 3m TJTO 2a e 7m
1a e 4m TJRN 1a e 3m
3a e 5m Estadual 4a e 2m
164
8 Competências da Justiça Estadual
A Justiça Estadual lida com grande diversidade de assuntos processuais, havendo varas especializadas respon-
sáveis pelo julgamento de demandas específicas. Este capítulo visa à comparação dos indicadores de desempenho
das varas exclusivas, as quais atuam somente em um tipo de competência (ex.: vara empresarial, de tribunal do júri,
de violência doméstica, juizado especial da fazenda pública, entre outras).
Para cálculo dos indicadores foram utilizados os dados provenientes do sistema Módulo de Produtividade Mensal11.
Nesse sistema, as informações são enviadas pelos tribunais mensalmente e são detalhadas por unidade judiciária e
magistrado, com os mesmos parâmetros das variáveis que compõem o Relatório Justiça em Números. São recebidas
informações a respeito das competências de cada unidade, número de processos novos, pendentes, baixados, sen-
tenças proferidas por magistrado, além da localização geográfica das unidades e outras informações. Os dados são
publicados no portal do CNJ, em http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/paineis, e são atualizados diariamente12.
Observa-se na Figura 133 a existência de uma grande quantidade de juízos únicos, que são unidades de jurisdição
plena com atribuição para processar todos os tipos de feitos. Significa que 69,2% das comarcas brasileiras são pro-
vidas com apenas uma vara. Aproximadamente 66% das unidades judiciárias são de juízo único ou de competência
exclusiva cível ou criminal. As demais unidades possuem competências específicas que atuam ou na forma exclusiva
ou cumulativa com outras especializações.
Figura 133: Unidades judiciárias de 1º grau da Justiça Estadual, por competência
O Módulo de Produtividade Mensal apresenta 38 tipos de competência, sendo que 10 competências constam em
mais de 13 unidades judiciárias. Mais de mil unidades judiciárias de primeiro grau apresentam competência exclu-
siva cível ou criminal; 452 são exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública; 272 são exclusivas de família; 183
são exclusivas de infância e juventude; 131 são exclusivas de violência doméstica; 125 são exclusivas de execução
11 Sistema instituído pelo Provimento nº 49, de 18 de agosto de 2015 da Corregedoria Nacional de Justiça e regulamentado pela Comissão Permanente de Gestão
Estratégica, Estatística e Orçamento, por meio da publicação do Anexo II da Resolução CNJ 76/2009.
12 Os dados utilizados nesse relatório foram extraídos em 15 de julho de 2019.
165
penal; 75 são exclusivas de Tribunal do Júri; 43 são exclusivas de órfãos e sucessões; e 17 são exclusivas de sistema
financeiro.
A Figura 134 apresenta as médias de processos pendentes e baixados por unidade judiciária exclusiva. Verifica-se
que as varas exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública apresentam os maiores quantitativos, com quase 6
mil processos baixados e 54 mil processos em tramitação por vara, totalizando 92% do total de processos de exe-
cução fiscal em tramitação na Justiça Estadual. São também as varas de maior taxa de congestionamento, dentre
as competências analisadas (Figura 135) - o que confirma os dados já apresentados nos capítulos anteriores. Ou
seja, independente de tramitar em varas exclusivas ou não, a taxa de congestionamento na execução fiscal é alta,
em ambos os casos alcançando patamares próximos a 90%. Na execução penal, o congestionamento é alto, pelos
motivos já explicitados neste relatório.
As varas exclusivas com menores taxas de congestionamento são aquelas com competência nas áreas da infância
e juventude (51%), família (63%) e violência doméstica (67%), em todos os casos, com índices inferiores às taxas
aferidas nas varas exclusivas cíveis (70%) ou criminais (78%).
Figura 134: Média de processos baixados e em tramitação nas varas exclusivas por unidade judiciária e competência
0 20.000 40.000
Figura 135: Taxa de congestionamento nas varas exclusivas, por tipo de competência
A Figura 136 mostra os percentuais de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas em relação ao total
de processos de violência doméstica; de execução penal; de execução fiscal; criminais na fase de conhecimento;
e não-criminais, exceto execuções fiscais. Observa-se que na competência Execução Fiscal, a grande maioria dos
processos (tanto baixados, 85%, quanto em trâmite, 92%) estão nas varas exclusivas. Nas outras competências
acontece o oposto, pois as varas exclusivas concentram menos de 40% dos processos. Mesmo com todo incentivo
166
à especialização das unidades judiciárias, na violência doméstica, por exemplo, 63% do acervo tramita em varas
cumulativas (não-exclusivas).
Figura 136: Percentual de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas em relação ao total de processos, por
competência
Baixados Pendentes
Execução Fiscal / Fazenda Pública 85% 92%
Violência Doméstica 31% 37%
Execução Penal 26% 34%
Cível 25% 23%
Criminal 20% 22%
100% 0% 100%
Nas seções a seguir estão ausentes informações de alguns tribunais que não possuem varas especializadas ou
que não alimentaram completamente o sistema Módulo de Produtividade Mensal. Para cada tipo de competência são
calculados três indicadores: percentual de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas; média de processos
pendentes e baixados por unidade judiciária e taxas de congestionamento das varas exclusivas.
167
8.1 Varas exclusivas de Execução Fiscal ou de Fazenda Pública
Os dados gerais sobre as execuções fiscais estão detalhados na seção “Gargalos da execução”, do capítulo
“Gestão judiciária”. Esses processos representam 39% do total de casos pendentes e 73% das execuções pendentes
no Poder Judiciário.
Ressalta-se que 92,1% dos processos pendentes de execução fiscal estão nas varas exclusivas (Figura 137).
Entretanto, esse não é um padrão em todos os tribunais, pois enquanto no TJRS e no TJSC apenas 15% e 29%, res-
pectivamente, dos processos tramitam em varas exclusivas, nos tribunais TJRJ, TJSP, TJPE, TJDFT, TJRN, TJPA e
TJAM, os percentuais superam 90%. As unidades exclusivas do TJRJ apresentam, em média, 136.590 processos em
tramitação por vara, tendo sido baixado, no ano de 2018, somente 7,4% do total em tramitação (Figura 138).
Os Tribunais de Justiça de Amazonas e de Alagoas se destacam por apresentarem mais de 85% dos processos
de execução fiscal nas varas exclusivas e por possuírem taxas de congestionamento inferiores a 70%. (Figura 139).
Figura 137: Percentual de processos de execução fiscal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal
TJRJ 100%
TJSP 97%
TJMG 36%
TJRS 15%
TJPR
TJPE 100%
TJDFT 100%
TJPA 95%
TJBA 81%
TJMT 47%
TJES 43%
TJMA 39%
TJSC 29%
TJGO
TJCE
TJRN 100%
TJAM 99%
TJAL 86%
TJPB 78%
TJAC 73%
TJMS 71%
TJSE 69%
TJPI 60%
TJTO
TJRR
TJRO
TJAP
Estadual 92%
168
Figura 138: Total de processos de execução fiscal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal
TJCE
4.319 TJMS 58.891
25.130 TJAM 27.524
6.353 TJAL 14.412
377 TJPB 7.819
1.860 TJRN 5.373
1.111 TJSE 5.157
290 TJPI 4.314
252 TJAC 2.855
1 TJTO
TJRR
TJRO
TJAP
5.969 Estadual 53.940
169
Figura 139: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública
TJRJ 92,6%
TJSP 89,7%
TJRS 83,1%
TJMG 67,4%
TJPR 0,0%
TJPE 96,5%
TJSC 94,5%
TJPA 92,7%
TJMA 92,1%
TJMT 90,8%
TJBA 89,9%
TJDFT 86,9%
TJES 81,9%
TJCE 0,0%
TJGO
TJPB 95,4%
TJPI 93,7%
TJMS 93,2%
TJAC 91,9%
TJSE 82,3%
TJRN 74,3%
TJAL 69,4%
TJAM 52,3%
TJTO 0,0%
TJRR
TJRO
TJAP
Estadual 90,0%
170
8.2 Varas exclusivas de Violência Doméstica
A Figura 140 mostra o percentual de processos em trâmite nas varas exclusivas de violência doméstica e fami-
liar contra a mulher. No TJDFT, TJRO, TJRN e TJAP, mais de 80% dos processos estão em unidades destinadas a
julgar exclusivamente tais ações. As varas exclusivas dos Tribunais de Justiça de São Paulo e do Ceará abarcam,
respectivamente, 52% e 56% do total de processos de violência doméstica em tramitação e apresentam os maiores
quantitativos de processos baixados e em tramitação por unidade judiciária, com 8.346 casos pendentes por vara e
11.721 processos baixados por vara (Figura 141).
Verifica-se, pela Figura 142, que a taxa de congestionamento das varas exclusivas de violência doméstica é de
66,7%, com destaque para TJAP e TJDFT por apresentarem mais de 80% dos processos de violência doméstica nas
varas exclusivas e apresentarem taxas de congestionamento inferiores a 50%.
Figura 140: Percentual de processos de violência doméstica contra a mulher que tramitam nas varas exclusivas,
segundo o tribunal
TJRJ 56%
TJSP 52%
TJMG 10%
TJRS 9%
TJPR
TJDFT 94%
TJBA 61%
TJPE 57%
TJCE 56%
TJES 56%
TJMA 34%
TJMT 30%
TJPA 26%
TJSC 16%
TJGO
TJRO 100%
TJRN 84%
TJAP 82%
TJAM 75%
TJPB 71%
TJAC 60%
TJTO 56%
TJRR 52%
TJMS 45%
TJAL 7%
TJSE
TJPI
Estadual 37%
171
Figura 141: Total de processos de violência doméstica baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal
172
Figura 142: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de violência doméstica e familiar contra a mulher, segundo
o tribunal
TJSP 94,2%
TJRS 61,1%
TJRJ 46,3%
TJMG 42,8%
TJPR 0,0%
TJCE 84,3%
TJSC 74,7%
TJBA 74,6%
TJPE 64,8%
TJES 64,5%
TJMT 62,0%
TJMA 60,1%
TJDFT 44,2%
TJPA 42,4%
TJGO
TJRO 81,4%
TJRN 71,4%
TJMS 70,1%
TJRR 67,1%
TJPB 64,0%
TJAM 62,0%
TJTO 54,6%
TJAC 49,4%
TJAL 42,9%
TJAP 35,9%
TJSE
TJPI
Estadual 66,7%
173
8.3 Varas exclusivas Cíveis
Tramitaram nas varas exclusivas cíveis da Justiça Estadual ao final do ano de 2018 em média 2.634 processos e
foram baixados 1.133, por unidade judiciária (Figura 144). Os tribunais TJDFT e TJGO se destacam por apresenta-
rem mais da metade dos processos não-criminais em tramitação nas varas exclusivas cíveis e ainda com taxas de
congestionamento dentre as cinco menores da Justiça Estadual (Figura 145).
Figura 143: Percentual de processos não-criminais que tramitam nas varas exclusivas cíveis, segundo o tribunal
TJSP 38%
TJMG 3%
TJRS
TJRJ
TJPR
TJGO 85%
TJDFT 61%
TJSC 47%
TJBA 42%
TJES 37%
TJCE 36%
TJPA 33%
TJPE 24%
TJMT 21%
TJMA 13%
TJRR 45%
TJAL 38%
TJSE 37%
TJTO 32%
TJMS 28%
TJPB 25%
TJRN 24%
TJPI 16%
TJAC 13%
TJAM 0%
TJRO
TJAP
Estadual 23%
174
Figura 144: Total de processos não-criminais baixados e pendentes por vara exclusiva cível, segundo o tribunal
175
Figura 145: Taxa de congestionamento dos processos não-criminais nas varas exclusivas de competência cível,
segundo o tribunal
TJMG 79,9%
TJSP 62,5%
TJRS 0,0%
TJPR 0,0%
TJRJ
TJSC 86,7%
TJCE 82,5%
TJMA 81,4%
TJPA 78,0%
TJES 76,8%
TJBA 76,5%
TJPE 73,6%
TJMT 69,6%
TJGO 63,1%
TJDFT 58,5%
TJAM 100,0%
TJMS 80,5%
TJPB 79,2%
TJPI 78,3%
TJAL 78,2%
TJTO 72,4%
TJAC 72,1%
TJRN 64,4%
TJSE 62,2%
TJRR 57,4%
TJRO
TJAP
Estadual 69,9%
176
8.4 Varas exclusivas Criminais
Diferentemente das demais competências, nenhum tribunal possui mais da metade dos processos criminais em
tramitação nas varas exclusivas. As varas exclusivas dos tribunais TJSC, TJPA, TJES, TJSE e TJRR concentram entre
40% e 48% dos processos criminais em trâmite. O acervo médio por unidade foi de 1.410 processos, com baixa de
396 por vara. Os valores variam significativamente entre os tribunais (Figura 147).
As taxas de congestionamento dos processos de conhecimento nas varas criminais exclusivas são as maiores,
comparando-se com as demais competências avaliadas neste capítulo. Os menores congestionamentos de varas
criminais exclusivas se verificam nos tribunais TJRS, TJDFT, TJGO, TJAP, TJPB e TJSE.
Figura 146: Percentual de processos de conhecimento criminais que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal
TJRJ 31%
TJSP 24%
TJRS 16%
TJPR
TJMG
TJSC 48%
TJPA 48%
TJES 41%
TJDFT 35%
TJBA 34%
TJMT 27%
TJPE 23%
TJCE 19%
TJMA 8%
TJGO 0%
TJSE 46%
TJRR 45%
TJAP 38%
TJAL 32%
TJMS 23%
TJAM 22%
TJTO 20%
TJRN 15%
TJPB 14%
TJPI 10%
TJAC 3%
TJRO
Estadual 22%
177
Figura 147: Total de processos de conhecimento criminais baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal
178
Figura 148: Taxa de congestionamento dos processos de conhecimento criminais nas varas exclusivas criminais,
segundo o tribunal
TJSP 80,5%
TJRJ 71,3%
TJRS 69,4%
TJPR 0,0%
TJMG
TJSC 82,8%
TJCE 80,9%
TJPE 80,6%
TJPA 79,9%
TJMA 79,9%
TJBA 79,5%
TJMT 79,1%
TJES 75,4%
TJDFT 60,1%
TJGO 23,9%
TJMS 86,6%
TJAL 85,1%
TJAM 84,8%
TJAC 83,5%
TJRR 80,0%
TJPI 77,9%
TJRN 75,0%
TJTO 70,1%
TJAP 65,7%
TJPB 63,8%
TJSE 63,6%
TJRO
Estadual 78,1%
Com relação às varas exclusivas de execução penal e/ou de medida alternativa, não são apresentadas as taxas
de congestionamento por tribunal, uma vez que o processo permanece pendente até o término do cumprimento da
pena. Computam-se os processos de execução de penas privativas e não-privativas de liberdade.
Aproximadamente 34% dos processos de execução penal pendentes ao final do ano de 2018 na Justiça Estadual
tramitaram na vara exclusiva (Figura 149). Os Tribunais de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Pernambuco e
Amazonas se destacam por apresentar mais de 90% dos processos nas varas exclusivas de execução penal e ainda
com média acima de 7 mil processos em tramitação por vara. Havia em tramitação nas varas exclusivas de execução
penal do TJDFT ao final de 2018 em média 22.638 processos por vara.
179
Figura 149: Percentual de processos de execução penal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal
TJRS 52%
TJMG 29%
TJSP 29%
TJRJ
TJPR
TJDFT 100%
TJPE 93%
TJPA 68%
TJMA 63%
TJCE 57%
TJMT 44%
TJES 35%
TJBA 33%
TJSC 31%
TJGO
TJAM 90%
TJSE 88%
TJAP 86%
TJAL 83%
TJRO 64%
TJPB 51%
TJAC 51%
TJPI 1%
TJRN 0%
TJTO
TJRR
TJMS
Estadual 34%
180
Figura 150: Total de processos de execução penal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal
181
9 Índice de Produtividade Comparada
da Justiça: IPC-Jus
O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) é uma medida que busca resumir a produtividade e
a eficiência relativa dos tribunais em um escore único, ao comparar a eficiência otimizada com a aferida em cada
unidade judiciária, a partir da técnica de Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis - DEA), conforme
especificado no anexo metodológico.
Esse método permite comparações entre tribunais do mesmo ramo de justiça, independentemente do porte, pois
considera o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada tribunal. A respeito dos insumos,
o índice agrega informações de litigiosidade - número de processos que tramitaram no período (excluídos os proces-
sos suspensos, sobrestados, em arquivo provisório e de execuções fiscais e penais), dados sobre recursos humanos
(magistrados, servidores efetivos, comissionados e ingressados por meio de requisição ou cessão) e sobre recursos
financeiros (despesa total da Justiça excluídas as despesas com inativos e com projetos de construção e obras). O
índice avalia também a quantidade de processos baixados, excluídos os processos de execuções fiscais e penais.
Até o ano de 2018 (ano-base 2017), as execuções fiscais, as execuções penais e os processos suspensos, sobres-
tados e em arquivo provisório integravam a base de cálculo do IPC-Jus, tanto na dimensão do acervo (input) quanto
na dos baixados (output). A mudança metodológica se justifica pelos motivos já expostos neste relatório, tendo em
vista que a baixa em tais processos não depende unicamente da eficiência e do desempenho do Poder Judiciário.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida
de eficiência do tribunal, denominada por IPC-Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, sig-
nificando que ela foi capaz de produzir mais, com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado,
considerados eficientes, se tornam referência no ramo de justiça do qual fazem parte. Os outros tribunais, por sua
vez, são comparados aos mais semelhantes a eles, de forma ponderada. Portanto, o IPC-Jus do tribunal será a razão
entre seu desempenho e o quanto ele deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência.
Cabe esclarecer que a obtenção de eficiência de 100% não significa que um tribunal não precise melhorar, mas
apenas que tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, com recursos seme-
lhantes.
Para melhor compreensão dos resultados do IPC-Jus sugere-se visualizar os gráficos que trazem o cruzamento,
dois a dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos
indicadores relaciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente,
quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indicadores, também demonstram a classificação de cada tribunal em
relação aos de seu porte, por meio da forma do símbolo, e o nível de eficiência, pelo tamanho. Mais detalhes sobre
a interpretação desse tipo de gráfico podem ser encontrados no anexo metodológico desse Relatório.
O IPC-Jus ainda mensura quanto o tribunal deveria ter baixado em número de processos para que, em 2018,
pudesse alcançar a eficiência máxima. Dessa forma, este capítulo destina-se a apresentar o resultado real e a simu-
lação com os principais indicadores de desempenho, sendo o resultado simulado construído a partir da hipótese de
que todos os tribunais seriam eficientes e alcançariam 100% no IPC-Jus.
O comparativo é produzido com base no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), no Índice de Produtivi-
dade dos Servidores (IPS), na Despesa Total do Tribunal e na Taxa de Congestionamento (TC).
Os resultados e os cenários do IPC-Jus foram calculados para as justiças Estadual, do Trabalho e Federal.
182
9.1 Justiça Estadual
9.1.1 Resultados
A Figura 151 traz o resultado do IPC-Jus de cada tribunal da Justiça Estadual, a Figura 152 discrimina esse indica-
dor para o 1º e 2º graus. Verifica-se, a partir desses gráficos, que somente o TJRS (grande porte) e o TJSE (pequeno
porte) obtiveram IPC-Jus de 100%, tanto no 1º e 2º graus quanto na área administrativa.
O TJSP (grande porte) obteve índice de 100% no 2º grau e de 93% no 1º grau. Os Tribunais de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro (grande porte), do Estado de Mato Grosso, do Distrito Federal e Territórios, do Estado da Bahia
(médio porte) e do Estado de Roraima (pequeno porte) atingiram índice de 100% no 1º grau.
Considerando o conjunto do Poder Judiciário, o 1º grau apresentou indicador superior ao do 2º, com IPC-Jus de,
respectivamente, 84% e 74%. Isso não significa maior produtividade, mas tão somente que, em média, as varas e
juizados apresentaram resultados mais homogêneos entre os tribunais, do que as cortes de 2ª instância.
Figura 151: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa)
TJRS 100%
TJRJ 100%
TJSP 98%
TJMG 82%
TJPR 82%
TJDFT 100%
TJBA 100%
TJMT 94%
TJES 85%
TJGO 77%
TJSC 59%
TJCE 58%
TJPA 55%
TJPE 54%
TJMA 52%
TJSE 100%
TJRR 100%
TJRO 81%
TJAP 80%
TJMS 76%
TJAC 75%
TJTO 74%
TJAL 69%
TJAM 69%
TJRN 58%
TJPB 52%
TJPI 49%
Estadual 84%
183
Figura 152: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal
2º grau 1º grau
100% TJRS 100%
70% TJRJ 100%
100% TJSP 93%
64% TJPR 89%
77% TJMG 79%
42% TJMT 100%
74% TJDFT 100%
67% TJBA 100%
43% TJES 89%
66% TJGO 76%
29% TJMA 60%
99% TJSC 60%
41% TJCE 59%
75% TJPA 55%
31% TJPE 55%
100% TJSE 100%
34% TJRR 100%
48% TJRO 94%
46% TJAP 87%
30% TJAM 81%
67% TJAC 78%
53% TJTO 77%
75% TJMS 77%
59% TJAL 72%
34% TJPB 56%
38% TJRN 56%
29% TJPI 53%
74% Estadual 84%
É possível salientar a eficiência resultante do modelo em cada indicador de forma separada, a partir da relação
entre a taxa de congestionamento e, respectivamente, a produtividade dos magistrados (Figura 153), a produtividade
dos servidores (Figura 154) e a despesa total (Figura 155)13. Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira
(linha azul nessas figuras) são os mais eficientes e os mais distantes dessa linha, os menos eficientes. Os Tribunais
de Justiça do Distrito Federal e Territórios, de Sergipe e do Rio de Janeiro, um de cada porte, estão na fronteira de
eficiência em todos os casos, enquanto o TJRS (grande porte) e TJBA (médio porte) apresentaram alto desempenho
no indicador de produtividade por servidor. O TJRR (pequeno porte) encontra-se na fronteira de eficiência ao con-
siderar a despesa total por processo baixado.
Os tribunais no segundo quadrante das figuras de produtividade e no terceiro quadrante da figura de despesa
são aqueles com melhor desempenho, pois combinaram altos indicadores de produtividade e baixos de despesa,
com baixa taxa de congestionamento. Já os que se encontram no quarto quadrante dos gráficos de produtividade e
no primeiro quadrante de despesa estão mais distantes da fronteira e associam alta taxa de congestionamento com
baixos níveis de produtividade ou alto volume de despesa.
13 Desconsiderados dos respectivos indicadores os processos de execução fiscal, de execução penal e suspensos/sobrestados/arquivo provisó-
rio.
184
Os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Mato Grosso e Sergipe estão no quadrante de
melhor desempenho em todos os gráficos. Já TJPI, TJPB, TJRN, TJMA, TJPE, TJPA e TJSC encontram-se nos qua-
drantes de menor desempenho.
Figura 153: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados,
excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
RJ
Índice de Produtividade do Magistrado
2.500
BA
MT
SE
SP MG
RS
TJ
1.500
RO MS
ES PR SC
DF TO
AP GO AL
AM PA CE MA
AC PE
RR RN PI
Grande porte PB
500
Médio porte
Pequeno porte
0
Figura 154: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores,
excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
RJ
RS
Índice de Produtividade do Servidor
150
BA
PR
SP ES
MT MG
SE TJ AM
100
GO AL CE
MS SC
RO MA
TO RN PI
DF AP PA
PE PB
50
RR
Grande porte AC
Médio porte
Pequeno porte
0
185
Figura 155: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados,
excluindo a despesa com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
Despesa total (exceto inativos e obras) por Baixados
DF
5.000
RN
RR
AP TO
MA
AC PA PB PI
MS PE
3.000
AM SC
MT GO
RO ES CE
AL
BA
SE TJ
SP MG PR
Grande porte RS
1.000
Médio porte RJ
Pequeno porte
0
186
Figura 156: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TJRJ 3.339 3.339
TJSP 2.545 2.595
TJMG 1.984 2.384
TJRS 1.853 1.853
TJPR 1.559 1.867
TJBA 2.354 2.354
TJMT 2.185 2.319
TJGO 1.641 2.036
TJSC 1.573 2.508
TJES 1.435 1.668
TJDFT 1.206 1.206
TJCE 1.104 1.830
TJPA 1.043 1.824
TJPE 1.039 1.806
TJMA 1.028 1.957
TJAM 2.226 2.715
TJSE 1.993 1.993
TJRO 1.769 2.138
TJMS 1.692 2.186
TJAL 1.418 1.927
TJTO 1.334 1.759
TJAC 1.173 1.531
TJAP 1.124 1.390
TJRR 1.040 1.040
IPM Realizado
TJRN 953 1.576
IPM Estimado
TJPI 917 1.844
TJPB 828 1.557
Estadual 1.897 2.208
187
Figura 157: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
188
Figura 158: Taxa de Congestionamento Líquida (TCL) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse
IPC-Jus de 100%
TJRJ 80% 80%
TJSP 71% 71%
TJPR 67% 71%
TJRS 64% 64%
TJMG 61% 66%
TJPE 71% 81%
TJSC 69% 78%
TJBA 67% 67%
TJCE 62% 73%
TJMT 62% 63%
TJES 61% 65%
TJMA 60% 74%
TJGO 60% 65%
TJPA 59% 72%
TJDFT 56% 56%
TJAL 61% 68%
TJMS 61% 67%
TJPI 60% 75%
TJRN 59% 71%
TJPB 59% 73%
TJTO 57% 64%
TJRO 54% 59%
TJAC 52% 59%
TJSE 51% 51% TCL Estimado
TJAP 49% 54% TCL Realizado
TJAM 48% 53%
TJRR 47% 47%
Estadual 68% 71%
189
9.2 Justiça do Trabalho
9.2.1 Resultados
A Figura 159 mostra o IPC-Jus de cada Tribunal Regional do Trabalho e a Figura 160 traz esse indicador segmen-
tado entre 1º e 2º graus. Verifica-se que somente o TRT8 (PA e AP) alcançou índice de 100%, tanto no 1º e 2º graus,
quanto ao considerar a área administrativa. O TRT15 (Campinas) e TRT22 (PI) também apresentaram indicadores
globais de 100%, sendo o primeiro com valor máximo no 2º grau e o segundo no 1º grau. Outros três tribunais foram
100% eficientes no 2º grau: TRT18 (GO), TRT21 (RN) e TRT14 (RO/AC). O IPC-Jus do 2º grau foi superior ao do 1º,
com índices de 85% e 73%, respectivamente. Isso não significa maior produtividade, mas tão somente que, em média,
as cortes de 2ª instância apresentaram resultados mais homogêneos entre os tribunais do que as varas do trabalho.
Figura 159: Resultado do IPC-Jus por tribunal
TRT15 100%
TRT2 98%
TRT3 90%
TRT1 76%
TRT4 74%
TRT8 100%
TRT18 95%
TRT9 89%
TRT12 80%
TRT7 76%
TRT6 74%
TRT10 70%
TRT5 58%
TRT22 100%
TRT16 97%
TRT11 83%
TRT21 74%
TRT17 70%
TRT13 69%
TRT24 67%
TRT23 66%
TRT14 64%
TRT19 59%
TRT20 58%
Trabalho 83%
190
Figura 160: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal
2º grau 1º grau
99% TRT3 80%
A eficiência resultante do modelo pode ser constatada a partir da relação entre a taxa de congestionamento versus:
a) a produtividade dos magistrados (Figura 161); b) a produtividade dos servidores (Figura 162); e c) a despesa total
(Figura 163). Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul no gráfico) são os mais eficientes,
e os mais distantes, os menos eficientes. Verifica-se que os Tribunais Regionais do Trabalho da 8ª e 22ª Regiões se
situam na fronteira de eficiência em todos os casos. A 15ª Região aparece na fronteira ao considerar a relação entre
a taxa de congestionamento e a produtividade dos servidores e despesas.
Os Tribunais Regionais do Trabalho das 2ª, 3ª, 9ª e 22ª Regiões ocupam o quadrante de melhor desempenho (2º
quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) em todos os gráficos, sendo que os dois
primeiros são de grande porte e os dois últimos são de médio e pequeno porte. Já os tribunais das 5ª, 17ª, 19, 20ª
e 24ª Regiões estão no quadrante de menor desempenho (4º quadrante para os indicadores de produtividade e 1º
para o de despesa).
191
Figura 161: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados,
excluindo os processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais
TRT22
2.000
Índice de Produtividade do Magistrado
TRT2
TRT16
TRT9 TRT15
1.500
TRT3 TRT12TRT7
TRT18 TRTTRT1
TRT11 TRT6
TRT8 TRT21 TRT4 TRT19
1.000
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
Figura 162: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores,
excluindo os processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais
TRT15
TRT16
Índice de Produtividade do Servidor
150
TRT22
TRT2
TRT9
TRT
TRT3 TRT1
TRT8 TRT12
TRT7
100
TRT4
TRT18 TRT19
TRT21 TRT6
TRT11 TRT24 TRT5 TRT20
TRT23 TRT10 TRT17
TRT14
50
TRT13
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
192
Figura 163: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados,
excluindo despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais
8.000
Despesa total (exceto inativos e obras) por Baixados
TRT14
TRT13
6.000
TRT23 TRT10
TRT24
TRT11 TRT17 TRT20
4.000
TRT22
TRT15
Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0
193
9.2.2 Análises de cenário
Nas simulações apresentadas a seguir são calculados o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice
de Produtividade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento Líquida (TCL), considerando, também, os
processos de execuções fiscais. Os indicadores estimados têm como hipótese que os tribunais tenham alcançado
100% de eficiência, em contraste com os valores reais.14
Os Tribunais Regionais do Trabalho da 5ª (BA), da 19ª (AL) e da 20ª Região (SE) apresentam comportamento
semelhante, pois as taxas de congestionamento seriam reduzidas de 56% e 58% para 43% e 44%, respectivamente,
mesmo com IPM inferior ao do TRT22 e IPS de 184 processos baixados por servidor (Figuras 164 a 166).
Figura 164: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TRT2 1.623 1.664
TRT15 1.561 1.561
TRT3 1.387 1.546
TRT1 1.323 1.748
TRT4 1.170 1.587
TRT9 1.461 1.635
TRT18 1.381 1.446
TRT7 1.355 1.778
TRT12 1.341 1.680
TRT6 1.267 1.703
TRT8 1.159 1.159
TRT10 992 1.418
TRT5 984 1.689
TRT22 1.983 1.983
TRT16 1.592 1.644
TRT11 1.271 1.534
TRT21 1.188 1.604
TRT20 1.105 1.893
TRT17 1.091 1.564
TRT19 1.072 1.799
TRT24 921 1.377
TRT13 899 1.311
IPM Realizado
TRT23 753 1.133
IPM Estimado
TRT14 642 1.001
Trabalho 1.317 1.585
194
Figura 165: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TRT15 160 160
TRT2 150 154
TRT3 104 116
TRT1 101 134
TRT4 95 129
TRT9 118 132
TRT12 100 125
TRT7 100 131
TRT8 97 97
TRT18 96 100
TRT6 93 125
TRT5 86 148
TRT10 80 115
TRT16 151 156
TRT22 145 145
TRT19 88 147
TRT24 86 128
TRT20 86 147
TRT21 86 115
TRT17 81 117
TRT11 80 97
TRT23 68 102
IPS Realizado
TRT13 56 82
IPS Estimado
TRT14 53 82
Trabalho 108 130
0 60 120 180
195
Figura 166: Taxa de Congestionamento Líquida (TCL) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse
IPC-Jus de 100%
196
9.3 Justiça Federal
9.3.1 Resultados
Os mesmos indicadores utilizados no modelo de eficiência relativa da Justiça Estadual e da Justiça do Trabalho
foram aplicados à Justiça Federal. No entanto, por se tratar de um segmento de justiça com apenas cinco tribunais,
para viabilizar o cálculo do IPC-Jus utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA), as informações foram desagrega-
das por seção judiciária15. O IPC-Jus consolidado dos tribunais resulta do cálculo dos valores obtidos separadamente
para o 1º e 2º graus e por essa razão nenhum tribunal apresentou indicador global de 100%, diferentemente do que
ocorre nos demais ramos de Justiça. No caso da Justiça Federal, as comparações são realizadas tendo como base
as seções judiciárias e as estruturas de 2º grau, considerando o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos
disponíveis para cada unidade.
A Figura 167 indica que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região obteve o maior IPC-Jus da Justiça Federal,
com 65%, mesmo sem seção judiciária 100% eficiente. Em seguida, consta o Tribunal Regional Federal da 1ª Região,
contendo seções judiciárias com indicadores bastante díspares, tendo Maranhão e Acre atingido 100% de eficiência
e Distrito Federal e Mato Grosso entre as três menores produtividades comparadas da Justiça Federal. O TRF da 4ª
Região foi o único a alcançar 100% de eficiência no 2º grau.
Figura 167: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal
TRF5 65%
TRF4 60%
TRF3 56%
TRF2 55%
TRF1 64%
TRF 60%
TRF5 − AL 88%
TRF5 − CE 73%
TRF5 − RN 70%
TRF5 − SE 66%
TRF5 − PB 63%
TRF5 − PE 56%
TRF4 − SC 56%
TRF4 − PR 54%
TRF4 − RS 53%
TRF3 − SP 58%
TRF3 − MS 33%
TRF2 − ES 66%
TRF2 − RJ 58%
TRF1 − MA 100%
TRF1 − AC 100%
TRF1 − AP 89%
TRF1 − PA 80%
TRF1 − TO 72%
TRF1 − RR 70%
TRF1 − BA 61%
TRF1 − RO 61%
TRF1 − GO 59%
TRF1 − MG 59%
TRF1 − PI 59%
TRF1 − AM 59%
TRF1 − MT 43%
TRF1 − DF 39%
TRF − 1º Grau 60%
A taxa de congestionamento comparada com a produtividade dos magistrados (Figura 170), com a produtividade
dos servidores (Figura 171) e com a despesa total (Figura 172), mostra que as seções judiciárias do Acre e Maranhão
foram as únicas na fronteira de eficiência em todas as dimensões analisadas. O 2º grau do TRF4 ficou na linha de
fronteira na comparação da taxa de congestionamento com produtividade dos magistrados. As seções judiciárias
de Amapá e Alagoas se encontram, nas três situações, muito próximas da fronteira.
O bom desempenho das seções judiciárias que integram o TRF da 5ª Região - no quadrante de melhor perfor-
mance (2º quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) - sobressai nos três gráficos.
198
Figura 170: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados,
excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
6.000
MA 2º Grau
Índice de Produtividade do Magistrado
2º Grau
4.000
AL
PI 2º Grau
CE PB
TRF1 SP
AC PA TO BA
TRF2 RN
SE ES GO total
2.000
AP PE 2º Grau 2º Grau
TRF3 SC
RO MG RS MS
TRF4 PR DF
MT
TRF5 AM RJ
RR
TRF
0
Figura 171: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores,
excluindo os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
600
MA
500
Índice de Produtividade do Servidor
400
AL
PI
300
SP
2º Grau
CE
TRF1 RN BA
AC PA ES
TRF2 SC RS
200
TO
SE GO MS
2º Grau
TRF3 AP MG PB PR total DF
RO 2º Grau
TRF4 RJ PE MT
100
AM 2º Grau
TRF5 RR 2º Grau
TRF
0
199
Figura 172: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados,
excluindo as despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais
10.000
Despesa total (exceto inativos) por Baixados
2º Grau
RR
6.000
2º Grau
2º Grau
AP
TRF1
AM 2º Grau
TRF2 MT DF
RO RJ MS
TRF3 MGPE total
AC TO RNSE GO PR
PA BA SCRS
PB
2.000
TRF4
AL PI
TRF5 CE ESSP 2º Grau
TRF MA
0
200
Figura 174: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
201
Figura 175: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
Figura 176: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TRF5−AL 307 347
TRF5−CE 254 341
TRF5−RN 243 345
TRF5−SE 218 320
TRF5−PB 155 243
TRF5−PE 143 246
TRF4−SC 221 365
TRF4−RS 213 368
TRF4−PR 171 302
TRF3−SP 283 474
TRF3−MS 178 518
TRF2−ES 230 336
TRF2−RJ 162 255
TRF1−MA 520 520
TRF1−PI 303 510
TRF1−BA 248 395
TRF1−PA 237 295
TRF1−TO 222 306
TRF1−AC 205 205
TRF1−GO 193 319
TRF1−MG 176 289
TRF1−DF 175 419
TRF1−RO 147 235
TRF1−MT 137 304
TRF1−AM 135 218 IPS Estimado
TRF1−AP 135 150 IPS Realizado
TRF1−RR 85 115
TRF−1º Grau 216 348
0 120 240 360 480 600
202
Figura 177: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%
Figura 178: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%
203
10 Demandas mais recorrentes
segundo as classes e os assuntos
Neste capítulo, apresentam-se os quantitativos de processos ingressados no ano de 2018, segmentados por
classes e assuntos, segundo as tabelas processuais unificadas instituídas pela Resolução CNJ 46, de 18 de dezem-
bro de 2007.
Cabe esclarecer que existem diferenças conceituais entre os processos ingressados por classe/assunto e o
total de casos novos informados nas demais seções do presente Relatório. No cômputo do total de casos novos do
Poder Judiciário, algumas classes são excluídas, como é o caso dos precatórios judiciais, requisições de pequeno
valor, embargos de declaração, entre outras. Contudo, como o objetivo aqui é conhecer a demanda para cada uma
das classes em separado, todas são consideradas. Com relação aos assuntos, é comum o cadastro de mais de um
assunto em um mesmo processo. Quando isso ocorre, todos são contabilizados. Assim, os números apresentados
não refletem a quantidade de processos ingressados, mas tão somente a quantidade de processos cadastrados em
determinada classe e/ou assunto.
As informações dos assuntos e classes mais recorrentes são mostradas conforme os cinco grupos com maiores
quantitativos de processos de cada segmento de justiça e por grau de jurisdição: 2º grau, 1º grau exclusivo (somente
justiça comum), turmas recursais e juizados especiais.
204
Figura 179: Assuntos mais demandados
205
Figura 180: Assuntos mais demandados no 2º grau
206
Figura 181: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas)
430 (0,00%)
Militar
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO− Partes e Procuradores/Assistência Judiciária Gratuita 327 (0,00%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Tutela Provisória/Liminar 281 (0,00%)
5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Atos Processuais/Citação 240 (0,00%)
1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 198.580 (0,83%)
2. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 131.299 (0,55%)
Federal
207
Figura 182: Assuntos mais demandados nas turmas recursais
1. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO− Organização Político−administrativa / Administração 168.948 (8,97%)
Pública/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 100.496 (5,34%)
Federal
382.059 (5,06%)
3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 294.693 (3,90%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Liquidação/ Cumprimento/ Execução/Obrigação de Fazer/ Não Fazer 265.719 (3,52%)
5. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 255.448 (3,38%)
Os diagramas de redes nas Figuras 184 a 189 permitem a identificação dos assuntos mais recorrentes por tribunal.
Os dados são mais facilmente visualizados via web, no link disponibilizado pelo QR-Code disposto em cada página.
Na navegação livre é possível mover os objetos de forma interativa.
No diagrama da Justiça Estadual (Figura 184) é possível observar, por exemplo, que os principais assuntos
cadastrados no TJPI diferem dos casos mais recorrentes nos outros tribunais, situando-se nos extremos da figura.
Os assuntos mais recorrentes nesse tribunal referem-se ao direito cível (obrigações e família), do consumidor (res-
ponsabilidade do fornecedor) e processual civil e do trabalho (objetos de cartas precatórias/de ordem), sendo que
responsabilidade do fornecedor/indenização por dano moral (direito do consumidor) é um nó central dentro do mapa,
o que significa que, em quase todos os tribunais é uma causa frequentemente acionada na Justiça.
Na Justiça Federal o assunto central refere-se a Benefícios em Espécie - Aposentadoria por Invalidez, Auxílio-
-Doença Previdenciário e Aposentadoria por idade. Destaca-se, também, que dos cinco maiores assuntos no TRF1,
TRF4 e TRF5, apenas um não é referente aos benefícios em espécie.
A Justiça do Trabalho tem padrão mais homogêneo, com muitos tribunais vinculados aos mesmos assuntos. Os
principais referem-se a rescisão do Contrato de trabalho e responsabilidade civil do empregador.
Na Justiça Eleitoral, a maioria dos casos vincula-se à realização de Eleições com questões principais suscitadas
sobre os candidatos, prestação de contas e os cargos. O TRESC se destaca por ser o único a apresentar, entre os
cinco maiores assuntos, temas referentes a Direitos políticos.
A Justiça Militar Estadual não apresenta assuntos em comum nos três tribunais, considerando os cinco assuntos
mais cadastrados nos processos. O TJMMG se destaca por apresentar três assuntos similares ao TJMRS e um ao
TJMSP.
208
Figura 184: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/je.html
209
Figura 185: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/jf.html
210
Figura 186: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/jt.html
211
Figura 187: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/jl.html
212
Figura 188: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/jm.html
213
Figura 189: Assuntos mais demandados por tribunal superior
http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/2018/sup.html
214
10.2 Classes mais recorrentes
As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de classes. No grande grupo que engloba os
“processos cíveis e do trabalho”17 (nível 1), há a segmentação entre “processos de conhecimento”, “processos de
execução”, “recursos”, entre outros (nível 2). No próximo nível, no grupo de classes “processos de conhecimento”, é
possível saber o tipo de procedimento, se de conhecimento, de cumprimento de sentença, de liquidação etc. (nível
3). Os procedimentos de conhecimento são distinguidos pelo tipo, como procedimento do juizado especial cível ou
ordinário ou sumário ou especial (nível 4). No próximo nível, são classificados os procedimentos especiais, como de
jurisdição contenciosa ou voluntária ou regidos por outros códigos, leis esparsas e regimentos (nível 5). Chegando
ao sexto e último nível, é possível saber se o processo é uma reclamação, uma ação civil pública, um habeas corpus,
um mandado de injunção etc.
As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. Para um detalhamento
mais completo de todos as classes demandadas na justiça, é possível acessar os painéis eletrônicos do CNJ, dis-
poníveis em paineis.cnj.jus.br.
Nota-se que, diferentemente do observado na consideração dos assuntos, a Justiça Estadual apresenta a classe
com o maior quantitativo de processos. A classe procedimentos de conhecimento da matéria processo cível e do
trabalho obteve o maior quantitativo de processos nas Justiças Estadual, Federal e do Trabalho (Figuras 190 a 194).
Figura 190: Classes mais demandadas
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.787.603 (5,41%)
Trabalho
17 Apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível nos casos das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral
e Militar.
215
Figura 191: Classes mais demandadas no 2º grau
216
Figura 192: Classes mais demandadas no 1º grau (varas)
217
Figura 193: Classes mais demandadas nas turmas recursais
218
11 Considerações finais
Ao longo deste relatório foram apresentados os principais dados do Poder Judiciário, com informações deta-
lhadas sobre o desempenho da Justiça, seus gastos e sua estrutura. É a primeira vez que o CNJ reúne uma década
completa de dados estatísticos, com uso de metodologia de coleta de dados padronizada, consolidada e uniforme
em todos os 90 tribunais.
O número de unidades judiciárias no primeiro grau reduziu em 514 varas e juizados especiais no ano de 2018
devido, principalmente, ao novo zoneamento na Justiça Eleitoral e à reestruturação realizada nos Tribunais de Justiça
de São Paulo e do Rio Grande do Sul, atingindo 14.877 unidades judiciárias.
Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.702 (48,5%) são sedes de comarca na Justiça Estadual. Todavia, é relevante
pontuar que, apesar de as comarcas estarem situadas em um pouco menos da metade dos municípios brasileiros,
elas abrangem 90,3% da população residente. Existem 588 municípios brasileiros localizados em região de fronteira,
dos quais 258 (43,9%) são sede de comarca estadual.
As despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 93,7 bilhões, o que representou decréscimo de 0,4% em
relação ao último ano. Esse decréscimo foi ocasionado, especialmente, em razão da variação na rubrica das despesas
com capital (-8,8%). As despesas com recursos humanos permaneceram próximas às do ano anterior.
O estoque processual diminuiu em mais de um milhão de processos nos últimos dois anos (-1,4%). Esse resul-
tado foi extremamente positivo, pois, até 2016, o aumento do acervo era recorrente. Em 2017 houve estabilização
do estoque, culminando com a queda verificada em 2018. Os dados são reflexo do aumento no total de processos
baixados, que atingiu o maior valor da série histórica no ano de 2018, além da redução dos casos novos. Assim, o
Índice de Atendimento à Demanda no ano de 2018 foi de 113,7%, ou seja, foram solucionados 13,7% processos a mais
que os ingressados. Cabe pontuar que tal resultado decorre, em especial, do desempenho da Justiça do Trabalho,
que praticamente manteve sua produtividade, em que pese a redução de 861 mil novos processos, ocasionando
queda, somente neste segmento de justiça, de 656 mil casos pendentes.
Constata-se que a redução nos processos pendentes ocorreu na fase de conhecimento, etapa em que se faz o
julgamento de mérito dos processos judiciais. Desconsiderados os processos de execução, o estoque obteve queda
de -1,2 milhão (-3,3%). Tal fato foi observado nos dois últimos anos, pois de 2009 a 2016 os pendentes de conheci-
mento subiam, anualmente, a uma média de 4%.
Muito embora tenham ingressado 28,1 milhões de processos, esse cálculo pode incorrer em duplicidade quando
um mesmo processo, no mesmo ano, é iniciado em instâncias e fases distintas. É o caso, por exemplo, de um processo
que ingressa na fase de conhecimento de 1º grau e, no mesmo ano, submete recurso ao 2º grau e inicia a execução
judicial na primeira instância. Se forem consideradas apenas as ações originárias dos tribunais, os processos de
conhecimento e as execuções extrajudiciais, chega-se ao quantitativo de 19,5 milhões de processos protocolados
no Judiciário em 2018.
Os resultados alcançados em 2018 decorrem da redução de 1,9% no quantitativo de processos ingressados
associado ao aumento da produtividade, em 3,8%. Durante o ano de 2018, ingressaram 28,1 milhões processos e
foram finalizados 31,9 milhões, ou seja, 13,7% a mais que os casos novos. Foi a primeira vez, na última década, que
todos os segmentos de justiça conseguiram obter um Índice de Atendimento à Demanda maior que 100%, ou seja,
com mais processos baixados que ingressados. Na Justiça do Trabalho, em especial, o fato ocorreu em todos os 24
Tribunais Regionais.
Apesar da redução de 53 juízes no ano de 2018, houve aumento no número de processos baixados e, conse-
quentemente, elevação da produtividade média dos magistrados em 4,2%, atingindo o maior valor da série histórica
observada, com índice de 1.877. Considerando apenas os dias úteis do ano de 2018, e sem considerar existência de
períodos de férias e recessos, tal valor implica na solução de aproximadamente 7,5 processos ao dia. O Índice de
219
Produtividade dos Servidores da Área Judiciária cresceu 2,9%, o que significa uma média de quatro casos a mais
baixados por servidor em relação à 2017. O aumento da produtividade ocorreu de forma coordenada, pois foi verifi-
cada em ambos os graus de jurisdição.
Esse esforço culminou em uma taxa de congestionamento de 71,2%, superior apenas à taxa do ano de 2009.
Aproximadamente 29% de todos os processos que tramitaram foram solucionados. Desconsiderando os casos que
estão suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório aguardando alguma situação jurídica futura, a taxa de con-
gestionamento líquida reduziu para 67% (4,2 pontos percentuais a menos que a taxa bruta). É relevante esclarecer
que nem todos os processos que tramitam em um ano estão aptos a serem baixados, em razão da existência de
prazos legais, da necessidade de aguardar pagamento de precatórios ou de acordos homologados, entre outras
diversas situações jurídicas possíveis.
No primeiro grau de jurisdição está o maior volume processual, com 93,9% dos casos pendentes, 84,1% dos casos
novos, 84% dos servidores da área judiciária e 86,1% dos magistrados. Há de se destacar, no entanto, a evolução
dos dados estatísticos desde o início da Política Nacional de Priorização do 1º Grau, em especial quanto à Resolução
CNJ 219/2016, que é acompanhada por meio das informações remetidas pelos tribunais pelo Sistema Justiça em
Números. Pela primeira vez, desde 2009, a demanda processual por servidor de 2º grau superou a demanda por
servidor de 1º grau. Apesar dessa grande evolução, é relevante esclarecer que na carga de trabalho, ao considerar o
estoque de processos em trâmite, os índices medidos nas varas e nos juizados ainda correspondem a quase o dobro
dos aferidos nos gabinetes dos tribunais.
Em 2019 foi lançado o Painel de Acompanhamento da Política Nacional de Priorização do 1º Grau, como ferra-
menta de transparência e publicidade das informações que são enviadas pelos Tribunais ao CNJ. No painel é possível
identificar os tribunais que estão com a força de trabalho equalizada, e em caso negativo, o quantitativo necessário
de servidores que devem ser transferidos entre os graus de jurisdição. O mesmo é feito com os valores dos cargos
em comissão e das funções comissionadas destinados à cada instância. A Resolução também determina o limite
máximo de servidores atuando na área administrativa (30%), sendo possível verificar o cumprimento do dispositivo
por meio da ferramenta interativa. As informações estão disponíveis no link https://paineis.cnj.jus.br.
A taxa de congestionamento do 1º grau permanece, no geral, superando a do 2º grau, com uma diferença de 21
pontos percentuais (73% no 1º grau e 52% no 2º grau).
A conciliação, política permanente do CNJ desde 2006, apresenta lenta evolução. Em 2018 foram 11,5% de pro-
cessos solucionados via conciliação. Apesar de o novo Código de Processo Civil (CPC) tornar obrigatória a realiza-
ção de audiência prévia de conciliação e mediação, em três anos o índice de conciliação cresceu apenas 0,5 ponto
percentual. O dado positivo é o crescimento na estrutura dos CEJUSCs em 66,4% em três anos - em 2015 eram 654
e em 2018, 1.088.
Já a política do CNJ de incentivo à virtualização dos processos judiciais tem registrado enormes avanços na infor-
matização dos tribunais a cada ano. A Resolução CNJ 185/2013, que instituiu o Sistema Processo Judicial Eletrônico
(PJe) como sistema de processamento de informações e prática de atos processuais, impactou significativamente o
percentual de processos autuados eletronicamente, que passou de 30,4% em 2013 para 83,8% em 2018.
No capítulo inédito contendo as análises das competências das unidades judiciárias da Justiça Estadual, veri-
fica-se a existência de uma grande quantidade de juízos únicos, tendo 33,6% dos municípios brasileiros providos
com apenas uma vara. Cerca de 66% das unidades judiciárias são de juízo único ou de competência exclusiva cível
ou criminal. As demais são exclusivas ou atuam com outras competências.
Com relação à especialização das unidades judiciárias, as varas exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública
apresentam quase 6 mil processos baixados por vara e 54 mil processos em tramitação por vara, totalizando 92% do
total de processos de execução fiscal em tramitação na Justiça Estadual. As varas exclusivas de infância e juventude,
família e violência doméstica destacam-se por apresentar taxas de congestionamento inferiores às taxas das varas
exclusivas cíveis.
220
Os tempos médios decorridos entre a inicial até a sentença e entre a inicial até a baixa cresceram nos últimos
três anos, ficando em 2018, em 2 anos e 2 meses, e 3 anos, respectivamente. Já o tempo dos processos pendentes
diminuiu nos últimos quatro anos, atingindo 4 anos e 10 meses em 2018. Esse resultado significa que o Judiciário
foi capaz de solucionar casos mais antigos, o que está em consonância com a Meta Nacional nº 2. Outro dado de
destaque é que as maiores faixas de duração processual estão concentradas no tempo do processo pendente, em
específico na fase de execução da Justiça Federal (8 anos e 1 mês) e da Justiça Estadual (6 anos e 2 meses). Ao
desconsiderar os processos suspensos por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos, o tempo médio do acervo
reduz de 4 anos e 10 meses para 3 anos e 8 meses.
No que se refere à competência criminal, existiam, no Poder Judiciário, em 2018, um total de 7,8 milhões de pro-
cessos criminais em trâmite, sendo 6,2 milhões na fase de conhecimento de 1º grau ou nos tribunais e 1,6 milhão
em execução penal.
Os processos criminais que foram baixados em 2018 duraram uma média de 3 anos e 9 meses na fase de conhe-
cimento, 3 anos e 4 meses na execução de penas alternativas e 4 anos e 2 meses na execução de penas restritivas
de liberdade. Cabe lembrar que enquanto o processo tramita em conhecimento ou em grau de recurso, o réu pode
permanecer preso provisoriamente, cumprindo previamente parte de sua pena antes da condenação, que, poste-
riormente, acaba por ser deduzida do tempo da execução penal propriamente dita. Isso ajuda a explicar porque o
tempo da execução penal é próximo ao tempo da fase de análise do mérito.
Neste relatório se verificou o maior IPM – Índice de Produtividade dos Magistrados – de toda a série histórica
de mensuração do índice, iniciada em 2009. É dizer, em 2018, os magistrados brasileiros apresentaram sua melhor
produtividade nos últimos dez anos.
Outro sinal alvissareiro diz respeito ao primeiro registro, na história, de baixa do acervo de processos de execução
fiscal no Brasil. As ações de execução fiscal ainda representam 1/3 de todos os processos que tramitam no Poder
Judiciário brasileiro, mas, pela primeira vez, foi possível reduzir o alarmante número de processos que ainda paira
nos escaninhos (físicos e virtuais) das varas e tribunais pelo Brasil.
Os indicadores apresentados nesta edição do Relatório Justiça em Números sumarizam os principais resultados
alcançados pelo Poder Judiciário em 2018, possibilitando a identificação de avanços - como o aumento do volume
de processos decididos (baixados) e a redução do estoque processual, assim como dos gargalos que permanecem,
a exemplo da morosidade na fase de execução e da estagnação dos índices de conciliação.
221
Referências
BANKER, R.D.; CHARNES, A.; COOPER, W.W. Some models for estimating technical scale inefficiencies in Data
Envelopment Analysis. Management Science, v. 30, nº 9, p. 1078-1092, 1984.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado
em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais ns. 1/1992 a 86/2015, pelo
Decreto Legislativo ns 186/2008 e pelas Emendas constitucionais de revisão ns. 1 a 6/1994. Brasília: Câmara dos
Deputados, Edições Câmara, 2015. 112 p.
BRASIL. Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Decreta o Código Eleitoral. Disponível em: http://www2.
camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-21076-24-fevereiro-1932-507583-publicacaooriginal-1-pe.html.
BRASIL. Lei nº 4.747, de 15 de julho de 1965. Institui o Código Eleitoral. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/L4737.htm.
BRASIL. Lei nº 5.010, de 30 de maio de 1966. Organiza a Justiça Federal de primeira instância, e dá outras pro-
vidências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5010.htm.
BRASIL. Lei nº 9,099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá
outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.htm.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Portaria CNJ nº 88, de 28 de maio de 2019. Institui e regulamenta o Prêmio
CNJ de Qualidade, ano 2019. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=2920.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 15, de 20 de abril de 2006. Dispõe sobre a regulamentação
do Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário, fixa prazos e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.
jus.br/atos-normativos?documento=210.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 46, de 18 de dezembro de 2007. Cria as Tabelas Proces-
suais Unificadas do Poder Judiciário e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/atos-normati-
vos?documento=167.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 76, de 12 de maio de 2009. Dispõe sobre os princípios do
Sistema de Estatística do Poder Judiciário, estabelece seus indicadores, fixa prazos, determina penalidades e dá
outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=110.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política
Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras
providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=156.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 185, de 18 de dezembro de 2013. Institui o Sistema Pro-
cesso Judicial Eletrônico - PJe como sistema de processamento de informações e prática de atos processuais e
estabelece os parâmetros para sua implementação e funcionamento. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-a-
tos-adm?documento=2492
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 194, de 26 de maio de 2014. Institui Política Nacional de
Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/
atos-normativos?documento=2020.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 195, de 3 de junho de 2014. Dispõe sobre a distribuição
de orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras providências. Disponível em:
http://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=2022.
222
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ 219, de 26 de abril de 2016. Dispõe sobre a distribuição de
servidores, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo
graus e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/atos-normativos?documento=2274.
CHARNES, Abraham; COOPER, William. W.; RHODES, E. Measuring the efficiency of decision making units. Euro-
pean Journal of Operational Research, v. 2, p. 429-444, 1978.
FOCHEZATTO, Adelar. Análise da eficiência relativa dos tribunais da justiça estadual brasileira utilizando o método
DEA. In: REUNION DE ESTUDIOS REGIONALES-AECR, 36, 2010, Badajoz. Anais. Badajoz: Associación Espanõla de
Ciencia Regional, 2010.
HAIR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
JOHNSON, Richard Arnold; WICHERN, Dean W. Applied multivariate statistical analysis. 6. ed. New Jersey: Pear-
son Prentice Hall, 2007.
MELLO, João Carlos Correia Baptista de. et al. Curso de análise de envoltória de dados. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO
DE PESQUISA OPERACIONAL, 37, 2005, Gramado. Anais… Gramado: Universidade Federal Fluminense, 2005. Dis-
ponível em: http://www.uff.br/decisao/sbpo2005_curso.pdf.
RENCHER, Alvin C. Methods of multivariate analysis. 2. ed. New York: John Wiley & Sons, 2002.
SENRA, Luis Felipe Aragão de Castro. et al. Estudo sobre métodos de seleção de variáveis em DEA. Pesquisa
Operacional, Rio de Janeiro, v. 27, nº 2, maio/ago. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S0101-74382007000200001.
YEUNG, Luciana Luk-Tai; AZEVEDO, Paulo Furquim de. Beyond conventional wisdom and anedoctal evidence:
measuring efficiency of brazilian courts. In: ANNUAL CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR NEW
INSTITUTIONAL ECONOMICS, 13, 2009, Berkeley. Papers. Berkeley: University of California, 2009. Disponível em:
http://extranet.isnie.org/uploads/isnie2009/yeung_azevedo.pdf.
223
Anexo I - Metodologia
O Relatório Justiça em Números é regido pela Resolução CNJ 76, de 12 de maio de 2009, e compõe o Sistema de Esta-
tísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Os seguintes tribunais integram o SIESPJ:
• Superior Tribunal de Justiça (STJ);
• Superior Tribunal Militar (STM);
• Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
• 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs);
• 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);
• 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs);
• 3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs);
• 27 Tribunais de Justiça (TJs).
Os dados do SIESPJ devem ser obrigatoriamente informados pela presidência dos tribunais, que pode delegar a magistrado
ou a serventuário especializado integrante do Núcleo de Estatística a função de gerar, conferir e transmitir os dados estatísticos.
A presidência dos tribunais é responsável pela fidedignidade das informações apresentadas ao Conselho Nacional de Justiça.
O SIESPJ abrange os indicadores estatísticos fundamentais do Judiciário e consolida informações de receitas, despesas,
estrutura e litigiosidade de todos os órgãos.
Os dados referentes ao módulo de litigiosidade são informados semestralmente, enquanto os demais, anualmente. Os dados
estatísticos do primeiro semestre do ano-base são transmitidos no período de 10 de julho a 31 de agosto do mesmo ano-base.
Os dados anuais e do segundo semestre são transmitidos no período de 10 de janeiro a 28 de fevereiro do ano seguinte ao
ano-base. Os prazos para retificações dos dados são: entre 15 de março e 15 de abril e entre 15 de setembro e 15 de outubro.
As falhas de fornecimento de dados devem ser corrigidas pelos tribunais no prazo de dez dias, a contar da notificação.
O Departamento de Pesquisas Judiciárias recebe os dados estatísticos enviados pelos tribunais sob a supervisão da Comis-
são Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento. A primeira edição do Relatório Justiça em Números ocorreu
no ano de 2004 e ampliou os princípios norteadores do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário (BNDPJ), que serviu de
balizamento para fundamentar a Resolução CNJ 15, editada em 20 de abril de 2006. Tal resolução representou um marco para
a metodologia de coleta de dados estatísticos nos tribunais das esferas federal, estadual e trabalhista e para a inauguração da
série histórica em 2004, que perdurou até 2008.
Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do SIESPJ e dar prosseguimento ao processo de aprimoramento dos
dados do Relatório Justiça em Números, foi editada a Resolução CNJ 76/2009, regulamento que tem norteado a coleta e a
sistematização dos dados a partir do ano de 2009, ponto inicial da série histórica vigente. Desde então, os dados de litigiosidade,
quando aplicáveis a cada ramo de justiça, passaram a ser coletados na forma do diagrama constante na Figura 195.
224
Figura 195: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009
2º Grau e Criminal
Turmas Recursais
Não criminal
Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal
1º Grau Fiscais
Execuções
Extrajudiciais Não Fiscais
Fase de
Execução Não criminais
Penas não
Privativas de
Liberdade
Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal
Juizados
Especiais Execuções
Extrajudiciais
Fase de
Execução
Não criminais
Execuções
Judiciais Penas não
Privativas de
Liberdade
225
Em 2011, concluiu-se a elaboração dos indicadores estatísticos do Superior Tribunal de Justiça, da Justiça Eleitoral, da Justiça
Militar da União e da Justiça Militar dos Estados, que passaram a constar nos anexos da Resolução CNJ 76/2009.
Em 2015, duas grandes mudanças ocorreram no Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário: a criação do módulo de pro-
dutividade mensal e a revisão dos indicadores.
O módulo de produtividade mensal resultou da migração do antigo sistema Justiça Aberta, que era gerido pela Corregedoria
Nacional de Justiça, para o SIESPJ. A sistematização do envio dos dados foi reformulada, os conceitos e a forma de apuração
de dados de litigiosidade foram alterados e alinhados com os utilizados no Relatório Justiça em Números.
A partir de 2016, com a implantação do módulo de produtividade, os tribunais passaram a transmitir as informações men-
salmente e por serventia, enviadas sempre até o dia 20 do mês subsequente ao mês de referência. Os dados, que são perma-
nentemente atualizados, estão disponíveis para acesso público em paineis.cnj.jus.br.
Conduzida pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão dos glossários e indicadores
do Anexo I da Resolução CNJ 76/2009 criou novos indicadores e aperfeiçoou antigos. Os novos indicadores têm suas séries
histórica iniciadas em 2015.
Em 2018, o módulo de produtividade sofreu nova reformulação, quando foram incluídas variáveis com o intuito de medir
a conciliação na fase pré-processual, decisões interlocutórias e, nos órgãos colegiados, votos vencedores e processos que
aguardam vista de outro gabinete.
Apresenta-se, na Figura 196, o fluxo do Relatório Justiça em Números desde o envio dos dados e da retificação pelos
tribunais até o formato atual do relatório:
Figura 196: Fluxo do Relatório Justiça em Números
Informação de Análise
valor agregado dos dados
Visualização Tabelas e
Infográficos da informação Gráficos
Mapas Textos
Índice de Produtividade Analíticos
Comparada da Justiça
IPC-Jus
As descrições das técnicas e metodologias utilizadas neste relatório são apresentadas a seguir.
226
Infográficos
Os infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e na sintetização de dados,
com o objetivo de facilitar a compreensão visual das informações. Por essa forma, são expressados de maneira clara e intuitiva
os seguintes dados: orçamento; força de trabalho; tempo médio de tramitação do processo; dados gerais de litigiosidade; indi-
cadores de produtividade do ramo de justiça; indicadores de produtividade dos magistrados; e indicadores de produtividade
dos servidores da área judiciária.
Na primeira parte dos infográficos encontram-se os dados para o ano-base de 2017 sobre as despesas do tribunal e a força de
trabalho subdivida entre magistrados, servidores e auxiliares (juízes leigos, conciliadores, terceirizados, estagiários e voluntários).
São apresentados graficamente o tempo da sentença; o tempo da baixa e o tempo do processo pendente, separados por
grau de jurisdição; e no 1º grau, pelas fases de conhecimento e execução.
A última parte expõe os principais indicadores de cada ramo de justiça, separados por grau, tipo e fase, nas seguintes cate-
gorias: movimentação processual, gestão do tribunal e produtividade por magistrado e por servidor.
Diagrama de Venn
O Judiciário possui uma característica peculiar, pois os juízes podem acumular função no juízo comum (1º grau), nos jui-
zados especiais e nas turmas recursais. Dessa forma, para compor o total de magistrados, é preciso separá-los em alguns
grupos: a) exclusivos de 1º grau; b) exclusivos de juizados especiais; c) exclusivos de turmas recursais; d) acumulam 1º grau e
juizados especiais; e) acumulam 1º grau e turmas recursais; e f) acumulam juizados especiais e turmas recursais. Uma forma
de apresentar esquematicamente problemas relativos aos conjuntos e suas intersecções é o Diagrama de Venn, técnica muito
utilizada na matemática.
O Diagrama de Venn consiste no uso de figuras geométricas fechadas, normalmente círculos, simbolizando conjuntos que
permitam verificar a existência ou não de intersecção. Assim, a área sobreposta de dois ou mais círculos significa que existem
elementos que fazem parte dos conjuntos simultaneamente. As figuras que não se tocam indicam inexistência de intersecção.
No relatório, os Diagrama de Venn são utilizados para ilustrar a distribuição dos magistrados e dos servidores entre as
diversas áreas de lotação. Para aumentar a informação disponibilizada pelo diagrama, o tamanho do círculo correspondente a
cada área será proporcional à quantidade de magistrados ou servidores alocados nela. Como exemplo, a Figura 197 apresenta
a jurisdição dos magistrados nos dois primeiros graus de jurisdição.
1º Grau
2º Grau
2.429 3.626
(Juizados Especiais)
1.586 13.786
(Turmas Recursais) (1º grau)
227
O gráfico indica que não existe nenhuma intersecção entre o 2º grau, formado por desembargadores e juízes substitutos de
2º grau, e o conjunto do 1º grau, com juízes de direito. Quanto a estes últimos, observa-se que os juízes de direito podem atuar
simultaneamente em áreas distintas, o que mostra que não seria possível simplesmente somar as quantidades apresentadas,
devido às intersecções existentes. A soma dos magistrados atuando em cada área é de 19.420 enquanto existem 15.641 juízes
de direito. Isso mostra que há 3.779 magistrados com acúmulo de atividades. As diversas intersecções não foram mostradas
devido à dificuldade de visualização das informações em tal nível de detalhe.
18 Técnica estatística voltada para casos em que se deseja sintetizar a informação fornecida por diversas variáveis/indicadores.
19 Por força de trabalho, devem ser entendidos os servidores efetivos, os cedidos, os requisitados e os servidores sem vínculo efetivo com a administração pública, assim como
as demais categorias que integram a força de trabalho auxiliar, tais como terceirizados, estagiários, juízes leigos, conciliadores e voluntários.
228
Primeira componente principal = combinação linear a1’X que maximiza Var(a1’X), sujeito a a1’a1=1.
Segunda componente principal = combinação linear a2’X que maximiza Var(a2’X), sujeito a a2’a2=1 e
Cov(a1’X;a2’X)=0.
...
i-ésima componente principal = combinação linear ai’X que maximiza Var(ai’X), sujeito a ai’ai=1 e Cov(ai’X;ak’X)=0
para k<i.
Dessa forma, o vetor aleatório X’={x1,x2,...,xp}, com matriz de covariância associada dada por ∑ e com pares
de autovalores-autovetores dados por ((λ1,e1),...,(λp,ep)), onde λ1>=λ2>=...>=λp>=0, tem a i-ésima componente
principal igual a:
Yi=ei’X=ei1 x1+ei2 x2+...+eip xp , para i=1,2,...,p
A partir de então tem-se:
Var(yi)=ei’∑ei=λi, para i=1,2,...,p
Cov(yi,yk)=ei’∑ek=0, para i≠k
Além disso, essa combinação resulta que:
Ou seja, a soma das variâncias das p componentes principais é igual à soma das variâncias das p variáveis origi-
nais. Consequentemente, a proporção de variância populacional explicada pela k-ésima componente principal é igual:
(Proporção da variância explicada pela k-ésima componente principal)=λk/(λ1+...λp), para k=1,2,...,p
Por esse resultado, pode-se concluir que, quando um número pequeno de componentes (digamos, 1, 2 ou até
3, a depender da quantidade de variáveis em análise) consegue explicar uma proporção satisfatória da variância
populacional, ou seja, cerca de 80% a 90% dos dados, o pesquisador pode utilizar os fatores para suas análises, em
vez das variáveis originais, sem perda de muita informação.
Considerando que as variáveis utilizadas nesse modelo possuem escalas bastante distintas e para que todas
pudessem ter o mesmo peso de influência no modelo, optou-se pelo uso dos dados padronizados pela distribuição
normal, que se resume à substituição da matriz de covariância pela de correlação.
Ferramenta importante na interpretação de fatores é a rotação fatorial. Nela, os eixos dos fatores (escores) são
rotacionados em torno da origem até que alguma outra posição seja alcançada. Conforme detalha Hair et al. (2005),
existem diversos métodos de rotação fatorial. Neste trabalho, optou-se pela varimax, na qual a soma de variâncias
das cargas da matriz fatorial é maximizada.20
Utilizando essa técnica, foi possível obter um escore único por ramo de justiça, capaz de resumir todo o conteúdo
das quatro variáveis, e com variância explicada de 98% nos tribunais da Justiça Estadual, de 98% nos tribunais da
Justiça do Trabalho e de 91% nos tribunais da Justiça Eleitoral. Os tribunais foram ordenados por meio do fator
(escore) resultante da análise fatorial e posteriormente classificados em 3 grupos predefinidos: pequeno, médio e
grande porte.
20 Mais detalhes sobre tipos de rotação e o método de componentes principais podem ser encontrados em Johnson e Wichern (2007), Hair et al. (2005) e
Rencher (2002).
229
Mapas
Os mapas foram desenvolvidos nas Justiças Estadual, Trabalhista, Federal, Eleitoral e Militar Estadual com a finalidade de
representar, em perspectiva nacional, o número de habitantes por unidade judiciária do 1º grau.
Os dados representados em cada mapa estão dispostos em grupos com o mesmo número de divisões. Para tanto, calculou-
-se a amplitude do indicador (maior valor deduzido do menor valor) e dividiu-se por cinco. Esse resultado é o intervalo de cada
grupo. Por exemplo, suponha um indicador em que o menor valor é de 1.000 e o maior, 5.000. Assim, a amplitude é de 4.000
(igual a 5.000 – 1.000). Dividindo-se a amplitude de 4.000 por 5, obtém-se que cada classe conterá um intervalo de 800. Dessa
forma, a primeira classe abrangerá os tribunais cujo indicador está entre 1.000 (inclusive) e 1.800 (exclusive), a segunda classe
de 1.800 a 2.600, e, assim, sucessivamente até a quinta classe. A vantagem dessa abordagem é que ela permite identificar
realmente aqueles tribunais que se destacam, nos grupos extremos, sob a ótica do indicador.
A construção do IPC-Jus
O Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ) conta com 810 variáveis encaminhadas pelos tribunais e
posteriormente transformadas em indicadores pelo CNJ. São muitos os indicadores que podem mensurar a eficiência
de um tribunal, e o grande desafio da ciência estatística consiste em transformar dados em informações sintéticas,
que sejam capazes de explicar o conteúdo dos dados que se deseja analisar. Para alcançar tal objetivo, optou-se por
construir o IPC-Jus, uma medida de eficiência relativa dos tribunais, utilizando-se uma técnica de análise denominada
DEA (do inglês, Data Envelopment Analysis) ou Análise Envoltória de Dados.
O método estabelece comparações entre o que foi produzido (denominado output, ou produto) considerando-se
os recursos (ou insumos) de cada tribunal (denominados inputs). Trata-se de metodologia de análise de eficiência
que compara o resultado otimizado com a eficiência de cada unidade judiciária em questão. Dessa forma, é possível
estimar dados quantitativos sobre o quanto cada tribunal deve aumentar sua produtividade para alcançar a fronteira
de produção, observando-se os recursos que cada um dispõe, além de estabelecer um indicador de avaliação para
cada unidade.
O método DEA foi desenvolvido por Charnes et al. (1978) e aplicado inicialmente com maior frequência na área
de engenharia de produção. Recentemente, passou a ser aplicado no Brasil na área forense, com o intuito de medir
o resultado de tribunais, como nos artigos de Fochezatto (2010) e Yeung e Azevedo (2009).
Trata-se de modelo simples (com poucas variáveis de inputs e outputs) e, ao mesmo tempo, com alto poder
explicativo. Além de selecionar as variáveis de insumos e produtos que comporão a análise, é preciso escolher o tipo
de modelo a ser aplicado. Mello et al. (2005) detalham de forma bastante didática os tipos de modelos disponíveis.
Os modelos DEA clássicos são o CCR (CHARNES, COOPER e RHODES, 1978) e o BCC (BANKER, CHARNES e
COOPER, 1984). O modelo CCR, apresentado originalmente por Charnes et al. (1978), constrói uma superfície linear
por partes não paramétrica, envolvendo os dados e trabalhando com retornos constantes de escala, isto é, qualquer
variação nas entradas (inputs) produz variação proporcional nas saídas (outputs). Esse modelo também é conhecido
por Constant Returns to Scale (CRS). O modelo BCC, apresentado por Banker et al. (1984), considera retornos variáveis
de escala, isto é, substitui o axioma da proporcionalidade entre inputs e outputs pelo axioma da convexidade. Por
isso, esse modelo também é conhecido como Variable Returns to Scale (VRS). Ao tratar a fronteira de produção de
forma convexa, o modelo BCC permite que as unidades que operam com baixos valores de inputs tenham retornos
crescentes de escala, enquanto as que operam com altos valores de inputs tenham retornos decrescentes de escala.
230
Na análise de eficiência dos tribunais, adotou-se o modelo CCR, ou seja, com retornos constantes de escala.
Além disso, o modelo é orientado ao output, o que significa que o interesse está em identificar quanto o tribunal
pode aumentar em termos de produto (maximizando o resultado), mantendo seus recursos fixos, já que a redução
de orçamento e da força de trabalho muitas vezes não é viável.
Segundo Yeung e Azevedo (2009), o modelo CCR orientado ao output pode ser escrito como um problema de
programação linear da seguinte forma:
max((ϕ,λ,s ,s )) Z0=ϕ+ϵs++ϵs-
+ -
Sujeito a
ϕY0-Yλ+s+=0
Xλ+s-=X0
λ,s+,s->=0,
em que X0 é o vetor de inputs, Y0 é o vetor de outputs e ϕ representa o montante de output necessário para
transformar uma unidade (DMU21) ineficiente em eficiente. A variável s- mede o excesso de inputs de uma unidade
ineficiente e s+ mede a falta de output.
A técnica DEA foi aplicada aos dados do Relatório Justiça em Números com o objetivo de verificar a capaci-
dade produtiva de cada tribunal, considerando-se os insumos disponíveis. A seleção das variáveis para a definição
dos inputs foi feita com o intuito de contemplar a natureza dos três principais recursos utilizados pelos tribunais:
os recursos humanos, os financeiros e os próprios processos. A princípio, foram testados métodos de seleção de
variáveis, tais como o Método I - O Stepwise Exaustivo Completo, o Método Multicritério para Seleção de Variáveis
e o Método Multicritério Combinatório Inicial para Seleção de Variáveis (SENRA, 2007). Entretanto, esses modelos
favoreceram os inputs que tiveram maior correlação linear com o output (total de processos baixados), beneficiando,
em alguns casos, variáveis semelhantes, como, por exemplo, número de servidores e, logo em seguida, a despesa
com pessoal ativo. Sendo assim, o processo de seleção partiu da categorização das variáveis nos critérios definidos
a seguir, permitindo-se a utilização em parte do Método Multicritério em conjunto com critérios subjetivos.
Os inputs foram divididos em:
a) Exógeno (não controlável): relativos à própria demanda judicial. Os testes empreendidos levaram em con-
sideração tanto o quantitativo de casos pendentes, quanto o de processos baixados, revelando-se a soma
desses, ou seja, o total de processos que tramitaram como variável explicativa para os resultados de eficiência.
b) Endógeno (controlável):
• Recursos financeiros: utilizou-se a despesa total de cada tribunal desconsiderando a despesa com pessoal
inativo e as despesas com projetos de construção e obras, tendo em vista que tais recursos não contribuem
diretamente para a produção ou a produtividade dos tribunais.
• Recursos humanos: como dados de força de trabalho foram utilizados os números de magistrados e de
servidores efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo, excluídos os cedidos a outros órgãos.
Com relação ao output, a variável total de processos baixados é aquela que melhor representa o fluxo de saída
dos processos do Judiciário sob a perspectiva do jurisdicionado que aguarda a resolução do conflito. Sendo assim,
o modelo do IPC-Jus considera o total de processos baixados com relação ao total de processos que tramitaram; o
quantitativo de magistrados e servidores (efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo); e a despesa total do
tribunal (excluídas as despesas com pessoal inativo e com obras).
As despesas com recursos humanos separadas por grau de jurisdição permitem o cálculo do IPC-Jus do 1º grau e
2º grau, isoladamente. Dessa forma, o IPC-Jus do total abarca a área administrativa, as despesas de capital e outras
despesas correntes, e o IPC-Jus do 1º e 2º grau considera apenas a força de trabalho da área judiciária.
21 DMU representa cada unidade de produção analisada no modelo DEA. Do inglês, Decision Making Unit.
231
Como resultado da aplicação do modelo DEA, tem-se um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, revelando
que, quanto maior o valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz de produzir mais (em
baixa de processos) com menos recursos disponíveis (de pessoal, de processos e de despesas). Essa é a medida de
eficiência do tribunal, aqui denominada por IPC-Jus.
Adicionalmente, ao dividir o total de processos baixados de cada tribunal por seu respectivo percentual de efi-
ciência alcançado, tem-se a medida do baixado ideal (ou target), que representa quanto o tribunal deveria ter baixado
para alcançar a eficiência máxima (100%) no ano-base.
É importante esclarecer que o baixado ideal é uma métrica que analisa o passado e não o futuro, ou seja, sig-
nifica que, caso o tribunal tivesse conseguido baixar a quantidade de processos necessários conforme o modelo
comparativo, teria, em 2015, alcançado a curva de eficiência. Não quer dizer, entretanto, que se o tribunal baixar
essa mesma quantidade, ou até mais, no ano subsequente, o alcance da eficiência ocorreria. Dessa forma, o IPC-Jus
considera o resultado alcançado no passado com base nos recursos disponíveis naquele ano e coloca na fronteira
aqueles que conseguiram produzir mais, com menos insumos. Portanto, as mudanças dos insumos e dos produtos
dos demais tribunais no próximo ano irão realocar a curva da fronteira e, consequentemente, a posição do tribunal
em face dos demais.
A metodologia DEA foi aplicada na Justiça Estadual, na Justiça Trabalhista e também na Justiça Federal. O modelo
não contemplou a Justiça Militar Estadual porque ela conta com apenas três tribunais, e logo, inadequado do ponto
de vista metodológico.
O modelo também não foi adotado na esfera da Justiça Eleitoral, tendo em vista que, neste caso, o objetivo prin-
cipal dos tribunais regionais consiste na realização das eleições e não somente na atividade jurisdicional na forma
de baixa de processos (output do modelo).
Apesar de a Justiça Federal também conter número reduzido de tribunais (5), as informações de primeiro grau
foram desagregadas por seções judiciárias. Portanto, neste ramo de justiça, considerou-se como unidade de pro-
dução cada seção judiciária (UF), além do 2º grau de cada tribunal. Dessa forma, há 32 unidades produtivas (DMUs)
que foram comparadas por meio da aplicação do DEA. A eficiência consolidada do tribunal (TRF) foi calculada lan-
çando-se mão da divisão da soma em todas DMUs do valor baixado realizado pela soma em todas DMUs do baixado
ideal (target), ou seja:
Eficiência Totalj=(∑ Baixado Reali)/(∑ Baixado Ideali)
onde j={1,2,3,4,5}, representa cada TRF e nj representa o número de unidades produtivas de cada TRF.
Esse mesmo método também foi utilizado para mensuração da eficiência total dos ramos de Justiça Estadual,
Federal e do Trabalho.
232
Os gráficos de quadrante estão apresentados em conjunto com o gráfico de fronteira, sem perda de informação. O gráfico
é incrementado pela informação do porte dos tribunais, o que facilita a análise do seu comportamento diante dos demais.
Dessa forma, esses gráficos mostram, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indicadores e
do porte, os tamanhos de cada ponto estão associados à eficiência do tribunal, sendo que quanto maior o símbolo, maior a
eficiência relativa (IPC-Jus).
Esses gráficos serão de grande utilidade para ajudar na compreensão do modelo multivariado que considera simultaneamente
todos esses insumos e o produto. Se uma unidade de produção alcança o valor máximo de insumo/produto, então ela é uma
unidade eficiente e está localizada na linha de produção do gráfico de fronteira. Além disso, cada quadrante traz uma interpretação
singular sobre as unidades. No primeiro quadrante estão as unidades cujas duas variáveis estão em níveis altos. No segundo,
encontram-se as unidades cuja variável representada na horizontal está em um menor nível e a variável representada na vertical
está no maior. Já o terceiro quadrante detalha unidades com ambas as variáveis em menor nível. O quarto quadrante, indica as
que têm maior nível na variável representada na horizontal e menor nível na vertical. Na Figura 198, demonstra-se um exemplo
de gráfico de fronteira. Os tribunais que estão na linha azul são aqueles mais eficientes (tribunais 1 a 4). O tribunal 5, apesar de
possuir taxa de congestionamento menor que a do tribunal 2, também possui menor Índice de Produtividade dos Magistrados
(IPM). O tribunal 6 é o menos eficiente, pois se encontra mais afastado da linha de produção e combina maior congestionamento
com menor produtividade. As linhas pontilhadas horizontais e verticais representam, respectivamente, a média do IPM e da taxa
de congestionamento. Nesse exemplo, o segundo quadrante seria aquele que os tribunais deveriam visar, pois representam
um maior IPM com uma menor taxa de congestionamento. Já o quarto quadrante seria o que deveria ser evitado, pois combina
menor IPM com maiores taxas de congestionamento.
Tribunal 1
Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)
2.500
Tribunal 2
2.000
Tribunal 3
Tribunal 5
1.500
Tribunal 4
1.000
500
Tribunal 6
0
Os gráficos de fronteira e de quadrante foram produzidos para a Justiça Estadual, Trabalhista e Federal, ramos em que o
método DEA foi aplicado. Nos Tribunais Regionais Federais, os gráficos contemplam, além dos resultados dos cinco TRFs,
também das 27 seções judiciárias e do 2º grau. Por se tratar de uma análise complementar à modelagem DEA, utilizada no
cálculo do IPC-Jus, os gráficos de quadrante e de fronteira não serão utilizados na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual.
Nas seções da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal serão apresentados em detalhes os resultados
do IPC-Jus decorrentes da aplicação do método DEA, com os percentuais obtidos por tribunal.
233
Anexo II - Lista de tabelas e figuras
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano-base 2018 30
Tabela 2: Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano-base 2018 31
Tabela 3: Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano-base 2018 32
Tabela 4: Taxa de congestionamento por tipo de processo, ano 2018 131
LISTA DE FIGURAS
235
Figura 97: Dados processuais do Poder Judiciário 128
Figura 98: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal. 129
Figura 99: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal. 130
Figura 100: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal. 132
Figura 101: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes 133
Figura 102: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento total 133
Figura 103: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal. 134
Figura 104: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal. 135
Figura 105: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM) 136
Figura 106: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 136
Figura 107: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tri-
bunal. 137
Figura 108: Série histórica do índice de atendimento à demanda 138
Figura 109: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal. 139
Figura 110: Série histórica da taxa de congestionamento 140
Figura 111: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal. 141
Figura 112: Série histórica do Índice de Conciliação 142
Figura 113: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal 143
Figura 114: Índice de conciliação, por tribunal. 144
Figura 115: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal. 145
Figura 116: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal. 146
Figura 117: Índice de conciliação Total, incluída a fase pré-processual, por tribunal. 147
Figura 118: Diagrama do tempo de tramitação do processo 149
Figura 119: Série histórica do tempo médio de duração dos processos 151
Figura 120: Série histórica do tempo médio de duração dos processos, por justiça 152
Figura 121: Tempo médio da inicial até a sentença no 2º grau e 1º grau, por Tribunal 153
Figura 122: Tempo médio da inicial até a sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau, por Tribunal 154
Figura 123: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores 155
Figura 124: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau 156
Figura 125: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau 157
Figura 126: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes (bruto) e tempo médio líquido, excluídos os processos sus-
pensos por Repercussão Geral ou Recursos Repetitivos 158
Figura 127: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais no 1º grau, no 2º grau e nos tribunais superiores, excluídas as
execuções penais 159
Figura 128: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal. 160
Figura 129: Série histórica das execuções penais 161
Figura 130: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não-criminais baixados no 2º grau e nos Tribunais Superiores,
por tribunal. 162
Figura 131: Tempo médio de tramitação dos processos criminais e não-criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau,
por tribunal. 163
Figura 132: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal. 164
Figura 133: Unidades judiciárias de 1º grau da Justiça Estadual, por competência 165
Figura 134: Média de processos baixados e em tramitação nas varas exclusivas por unidade judiciária e competência 166
Figura 135: Taxa de congestionamento nas varas exclusivas, por tipo de competência 166
Figura 136: Percentual de processos pendentes e baixados nas varas exclusivas em relação ao total de processos, por competência 167
Figura 137: Percentual de processos de execução fiscal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal 168
Figura 138: Total de processos de execução fiscal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 169
Figura 139: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de execução fiscal ou fazenda pública 170
Figura 140: Percentual de processos de violência doméstica contra a mulher que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal 171
Figura 141: Total de processos de violência doméstica baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 172
Figura 142: Taxa de congestionamento das varas exclusivas de violência doméstica e familiar contra a mulher, segundo o tribunal 37 1
Figura 143: Percentual de processos não-criminais que tramitam nas varas exclusivas cíveis, segundo o tribunal 174
Figura 144: Total de processos não-criminais baixados e pendentes por vara exclusiva cível, segundo o tribunal 175
Figura 145: Taxa de congestionamento dos processos não-criminais nas varas exclusivas de competência cível, segundo o tribunal 176
Figura 146: Percentual de processos de conhecimento criminais que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal 177
Figura 147: Total de processos de conhecimento criminais baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 178
Figura 148: Taxa de congestionamento dos processos de conhecimento criminais nas varas exclusivas criminais, segundo o tribunal 179
Figura 149: Percentual de processos de execução penal que tramitam nas varas exclusivas, segundo o tribunal 180
Figura 150: Total de processos de execução penal baixados e pendentes por vara exclusiva, segundo o tribunal 181
236
Figura 151: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa) 183
Figura 152: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal 184
Figura 153: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, excluindo
os processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 185
Figura 154: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, excluindo os
processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 185
Figura 155: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados, excluindo a
despesa com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 186
Figura 156: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 187
Figura 157: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 188
Figura 158: Taxa de Congestionamento Líquida (TCL) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 189
Figura 159: Resultado do IPC-Jus por tribunal 190
Figura 160: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal 191
Figura 161: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, excluindo os
processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais 192
Figura 162: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, excluindo os
processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais 192
Figura 163: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados, excluindo
despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados e execuções fiscais 193
Figura 164: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 194
Figura 165: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 195
Figura 166: Taxa de Congestionamento Líquida (TCL) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 196
Figura 167: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal 197
Figura 168: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal 197
Figura 169: Resultado do IPC-Jus, por seção judiciária 198
Figura 170: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados, excluindo os
processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 199
Figura 171: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores, excluindo os
processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 199
Figura 172: Gráfico de Gartner e Fronteira da Taxa de congestionamento x Despesa total por processos baixados, excluindo as
despesas com inativos, processos suspensos, sobrestados, execuções penais e fiscais 200
Figura 173: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 200
Figura 174: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 201
Figura 175: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 202
Figura 176: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 202
Figura 177: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 203
Figura 178: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 203
Figura 179: Assuntos mais demandados 205
Figura 180: Assuntos mais demandados no 2º grau 206
Figura 181: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas) 207
Figura 182: Assuntos mais demandados nas turmas recursais 208
Figura 183: Assuntos mais demandados nos juizados especiais 208
Figura 184: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual 209
Figura 185: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal 210
Figura 186: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho 211
Figura 187: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral 212
Figura 188: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual 213
Figura 189: Assuntos mais demandados por tribunal superior 214
Figura 190: Classes mais demandadas 215
Figura 191: Classes mais demandadas no 2º grau 216
Figura 192: Classes mais demandadas no 1º grau (varas) 217
Figura 193: Classes mais demandadas nas turmas recursais 218
Figura 194: Classes mais demandadas nos juizados especiais 218
Figura 195: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ 76/2009 225
Figura 196: Fluxo do Relatório Justiça em Números 226
Figura 197: Exemplo de uso do Diagrama de Venn 227
Figura 198: Exemplo da representação de um gráfico de quadrantes e de fronteira 233
237