"Boa noite, crianças... Hora da história.

"

"No início dos tempos, o mundo dos deuses e dos mortais, era
um só. Separados apenas pelas nuvens que se encontram no céu.
5 Divindades regravam a tudo..."

"Darkus, a Sombra; Solaris, a Luz; Elementum, o Ar, a Terra, o

Fogo e a Água; Gaia, a Vida e Chaos, a Morte. Juntos, eles
escolhiam os caminhos que o mundo seguiria."

"Porém, com o tempo, aquele lugar além das nuvens, o cansativo

e tedioso, solitário e triste momento, foi chegando. Gaia,
que sempre fora curiosa com relação aos mortais, cada vez mais
se via enteressada no povo abaixo do céu. E essa curiosidade
que crescia a cada dia, levou-a à desejar estar lá com eles.
Ter uma vida normal, ver a sensação de aproveitar cada dia como
se fosse o último. Sem as preocupações de um Deus."

"As 4 faces então retrucaram, eram totalmente contra a ideia de

um ser tão acima de seres banais se aproximar de almas tão
podres, os seres da superfície são malignos, eles não se cansam
de conflitar entre si, geram horror e desgraça onde quer que
estão. Se misturarem com eles é a escolha de se entregar a
corrupção que eles trarão. De fato essa era a opinião deles,
mas tinha algo a mais, todos estavam apaixonados por Gaia... E
imaginar que tamanha deidade estaria apenas interessada em
criaturas tão inferiores os fazia sentir como objetos sem valor
algum, que podiam ser descartados. Por mais que tentassem,
discutissem entre si, nenhum deles era de interessa para Gaia.
Para ela, essa visão de superioridade era algo ruim, sem motivo
real. Ainda mais para eles que não tem quaisquer problemas para
ter de lidar como aqueles que ela observava."

"Um dia, após uma briga enorme entre os 4, cansada de tamanho

descontrole. Gaia aproveita a calada da noite para fugir dos
céus, se atirando ao mundo mortal. Lá, ela iniciou uma nova
vida. Desistindo do seu passado. Ela viveu, conheceu inúmeras
pessoas, fez amigos e até mesmo se apaixonou. Não por um rei
que lhe deu joias ou um sacerdote que lhe adorara como santa,
mas sim por um homem que a via como uma garota como qualquer
outra. Os 4 deuses furiosos, tentaram encontra-la, mas quanto
mais a procuravam, mais parecia impossível de achar. Irritados
com tamanha desobediência, eles usaram sua carta na manga.
Despertaram a fúria do mundo, convocando criaturas a partir da
energia que vaga pela terra; para que estas pisoteassem o mundo
e colocassem um fim na raiva que sentiam. E assim, o mundo
acabou. Ou quase... Pois um continente restou, uma última ilha
flutuante em meio aos oceanos, cercada por uma grande esfera
de poder, criada para protege-la. Sim, ali era onde Gaia se
encontrava. E ao ver o ponto que tudo havia chegado, ela então
percebeu que não podia continuar ali. Ou todos pagariam."

"Com seu marido morto, ela então retornou aos céus, acompanhada
de seus 5 filhos. E lá, a esperavam, as 4 divindades para lhe
dar uma punição devida. A punição que escolheram foi dar a Gaia
uma escolha, a vida de seus filhos ou a da humanidade. Ela não
queria escolher, não podia, depois de tudo que passou, não
abandonaria aqueles que a acolheram, por isso ela lhes disse
que responderia a noite, após explicar tudo as crianças, ela as
amava, mereciam saber; enquanto dizia que tudo ficaria bem,
naquela mesma tarde Gaia quebrou a ponte entre os 2 mundos.
Deuses e mortais não mais poderiam conviver juntos ou interferir
na vida uns dos outros; assim como os 4 planejavam. Eles
ficaram felizes com a escolha de Gaia, mas ainda havia um
problema a ser discutido." (Fim da Ruptura 3)

"Pois os filhos de Gaia, tinham sangue humano, eles não podiam

conviver ali, não tinham esse direito. E queriam que Gaia lhes
deixasse terminar o serviço com aqueles olhos egoístas e
ciumentos de deuses que não foram escolhidos pela mulher
perfeita. Gaia, já furiosa com os planos tomados por seus
antigos companheiros, decide tomar uma atitude drástica. Ela
sempre fora a mais forte, tinha total consciência disso mas,
mesmo para ela, seria impossível apagar 4 deidades. Suas
origens ainda existiriam e eles renasceriam. Ela então proclama:"

-NÃO PERMITIREI QUE MACHUQUEM MEUS FILHOS!

"Em um lampejo de luz, o lugar se torna em ruínas. Sem qualquer

pista de que haviam indivíduos ali. Na verdade, Gaia sabendo
que não tinha como lutar; fez algo que fosse ser tão relevante
quanto. Ela sabendo que suas origens ainda se manteriam mesmo que
tentasse elimina-los, conjura seu raio de luz mais poderoso,
enviando-as para um lugar da qual ela acreditava que não sairiam.
Ela os envia para o mundo humano, pontos específicos aos quais
jamais seres daquele mundo entrariam; não teriam a possibilidade
para tal. Pois ela criaria uma barreira exatamente igual para os
pontos onde suas almas estariam presas. Após isso, ela divide a
última terra existente em três, criando montanhas e a partir
delas, mais barreiras para separar o mundo. As 4 deidades poderiam
renascer, mas com suas almas aprisionadas; ou seja, não teriam um
corpo para tentar qualquer de suas graças. Ao mesmo tempo, para
proteger seus amados filhos, Gaia fez algo do qual jamais se
esquecerá. Ela abraça suas crianças que nada entendem e então
diz aos mesmos:"

-Meus filhos.... Sei que não lembrarão disso mas caso o façam,
saibam que sua mãe os amou. Ela não queria que sofressem e para
isso retirou suas memórias.

"Gaia então conjura uma esfera de mana, que envolve suas crianças
enquanto dormindo, os jovens se multiplicam em várias partículas,
assim sendo levados pelas correntes de mana. Não importa para onde
o vento astral os leve, vocês estarão seguros, é isso que importava
para ela. Gaia, enviou dividiu seus filhos em fragmentos, enviando-os
através do tempo e do espaço. Não importava a época em que o mundo
estivesse, não importava o plano, haveriam filhos de Gaia vivos e
para ela, isso bastava. Assim, seus filhos, independente de onde e
quando estivessem, viveriam suas vidas e renasceriam, viveriam e
renasceriam; infinitas vidas para se aproveitar, sem o medo de
serem cobrados pelos atos que ela cometera."

"Por fim, após quase acabar com suas forças, Gaia mais uma vez vai
ao mundo mortal; não mais em corpo e sim em espírito, ligando a sua
origem, a barreira para que sua própria vida, aumentasse a longevidade
que protegeria aquele mundo. Ela sabia que ao renascerem, mesmos sem
seus corpos, aqueles 4 ainda teriam boa parte de seu poder. Por isso,
apenas a barreira não resistiria."

"Mas sabem crianças? Essa história termina com uma profecia. Não
importa onde ou quando aqueles jovens estejam, eles amam sua mãe,
suas memórias podem esquece-la, mas suas origens não. Se ouvirem o
choro de sua mãe, eles irão ao seu encontro, pois ela, é a razão
de estarem vivos.... Fim da história.... Uma das crianças dormindo
pergunta:"

-Mamãe, essa história é real? Qual o nome desse livro?

"A mulher então sorri.... E diz...."

-Sim, ela é real... Ou será algum dia. Hiyori, Maila, Shiera,

Xehanort e Roxas... Saibam que a mamãe ama vocês. Aliás, o
nome do livro.... É Monogatari no Yuushas... Durmam bem....

"E de repente.... Tudo começa a escurecer.... E então clarear...."