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O Brasil e o Universo
Crônicas sobre a surrealidade política e cultural brasileira.
Flávio Gordon
Com Quem Falam os Terroristas? Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Doutor em Antropologia
Social (UFRJ), baixista
amador, carioca, rubro-
negro, 38 anos, casado.
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Um vídeo chocante tem circulado nos portais de notícias e nas redes sociais esta ▼ Agosto (1)
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semana. Ele mostra, em cores terrivelmente vivas, a decapitação do jornalista Com Quem Falam os Terroristas?
americano James Wright Foley, obra do grupo terrorista Estado Islâmico. Divulgado
pelos terroristas no dia 19 de agosto, o vídeo trazia um texto com dizeres ► Julho (1)
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antiamericanos, e veiculava a seguinte mensagem, expressa na voz da própria
vítima: “Chamo meus amigos, família e entes queridos a erguer-se contra meus ► M aio (1)
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verdadeiros matadores, o governo dos EUA. Porque o que vai acontecer ► Abril (3)
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comigo é apenas o resultado de sua complacência e criminalidade”[1].
► Janeiro (1)
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Quem estuda ou se interessa pelo terrorismo contemporâneo certamente está ► 2012 (5)
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habituado com esse modus operandi, em que se repete uma modorrenta ladainha: ► 2011 (14)
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a culpa por aqueles atos cruéis é dos EUA (ou de qualquer outro bode-expiatório a
gosto do freguês: Israel, o “Sistema”, eventualmente o Ocidente como um todo). ► 2010 (8)
►
Eu aposto toda a minha coleção de cachimbos na segunda hipótese. E explico. Augusto Nunes | VEJA.com
#SanatórioGeral: Neurônio abandonado
Para se compreender a lógica do terror, é preciso, antes de tudo, abandonar todo o Há uma hora
imaginário iluminista e o seu pendor para a exotização. Nada mais equivocado, por
exemplo, do que a opinião corrente, veiculada em matérias jornalísticas e textos de Bios Theoretikos
opinião, segundo a qual os terroristas seriam um bando de criaturas primitivas, "Impressão: nascer do sol", de Claude
egressas da Idade da Pedra, cegas e brutalizadas por concepções de mundo Monet
“medievais” (adjetivo usado pejorativamente por dez entre dez jornalistas Há 7 anos
contemporâneos).
obrasileouniverso.blogspot.com/2014/08/com-quem-falam-os-terroristas_22.html 1/5
31/07/2019 O Brasil e o Universo: Com Quem Falam os Terroristas?
Blog do Angueth
De antemão, cabe lembrar que boa parte dos terroristas islâmicos é oriunda de São José, rogai por nós!
famílias de classe média alta, educada e intelectualizada. Muitos deles estudaram Há 4 meses
nas melhores universidades do Ocidente, como Harvard e Oxford. Muitos, além
Blog do Pim
disso, demonstram um completo desinteresse pela tradição corânica[4].
O Blog do Pim agora está na VEJA.
Historicamente, os terroristas não fazem parte de uma massa carente, ignorante, Acompanhe lá, todos os dias!
oprimida e miserável. Muito pelo contrário, os “guerreiros suicidas” empenhados na Há 5 anos
jihad foram educados profissional e intelectualmente no mundo globalizado.
Dominando os códigos intrínsecos ao ambiente cultural e universitário do Ocidente Cenas de Paris
moderno, é provável que muitos deles viessem a desfrutar de um futuro próspero Mais sobre a exposição Jacques Tati
caso não houvessem optado pelo terrorismo. Portanto, vislumbrar no Há 10 anos
fundamentalismo islâmico um fenômeno exótico, arcaico ou, em suma, pré-
Cesar Gordon
moderno, é um erro crasso, ainda que comum.
A floresta por quem vê o invisível
Há 11 anos
Conforme têm mostrado alguns estudiosos do terrorismo contemporâneo – como
André Glucksmann[5], John Gray[6], Paul Berman[7], Barry Cooper[8], entre outros Ciência Brasil
–, o movimento jihadista, antes que conseqüência direta de alguma espécie de Professores de matemática de
“mentalidade primitiva”, é precisamente o contrário: um subproduto da modernidade Ugandópolis (Brasil) fazem com que as
ocidental, do Iluminismo e do Romantismo[9]. crianças odeiem contas. Resultado: é um
desastre o que o povo sabe de
Organizações como a al-Qaeda e o Estado Islâmico são atores globais (e não matemática.
Há 3 anos
‘tribais’) que, à semelhança do anarquismo e niilismo russos do século XIX (tão
bem descritos por Dostoiévski em Os Demônios), ou dos totalitarismos europeus Construindo o pensamento
do século XX (notadamente, comunismo e nazismo), enxergam o terror como
método legítimo para instaurar uma nova ordem e um “novo homem”. O "Terceiro Contra Impugnantes
Reich" dos nazistas, a “sociedade sem classes” dos comunistas e o "califado Compra do livro "COSMOGONIA DA
universal" dos jihadistas fazem parte, mutatis mutandis, de uma mesma tradição DESORDEM"
revolucionária. O terrorismo islâmico, portanto, procede essencialmente daquele Há um ano
tipo de experiência existencial que gerou os movimentos revolucionários ocidentais,
Diogo Mainardi - VEJA.com
fenômeno moderno surgido na decadente Rússia czarista. Como diz John Gray:
“Se Osama Bin Laden tem um precursor, este é Sergei Nechaev, o terrorista russo Diplomatizzando
do século dezenove”[10]. Julho: mês de férias, mês de leituras:
PRAlmeida em Academia.edu
Ao atribuir a culpa de seus atos abomináveis aos EUA, os terroristas sabem, pois, Há 16 horas
com quem estão falando. Sabem que encontrarão ouvidos sensíveis a essa
mensagem que justifica a violência mediante a auto-vitimização. Grupos como o Escrevo, sim!
Estado Islâmico, a al-Qaeda ou o Hamas sempre souberam muito bem explorar a O Grande Buda!
“culpa coletiva” ocidental. Afinal de contas, a idéia de lançar o fardo de todos os Há 8 anos
males do mundo sobre as costas dos EUA não é algo novo. Ao contrário, essa Eu gosto de Agatha Christie
mesmíssima mensagem é constantemente vocalizada por um sem-número de Há 6 anos
bien-pensants no Ocidente.
Frases do Calvin
Basta lembrar dos atentados de 11 de setembro. À época, o conceituado lingüista Calvin & Haroldo & Star Wars - Uma
Noam Chomsky, um dos intelectuais públicos mais influentes do mundo, qualificou Homenagem Estrelar!
os EUA de “Estado terrorista”[11]. A tese de Chomsky era a seguinte: os ataques Há 3 anos
terroristas representavam uma resposta dos povos oprimidos do Terceiro Mundo
aos séculos de exploração e expansionismo norte-americano. Os EUA, antes que Fusca Brasil
Golpe no Recesso
vítimas, eram, em última instância, os verdadeiros responsáveis pelos Há 5 dias
atentados. Soa familiar, não?
Necromanteion
A posição de Chomsky foi corroborada por outros intelectuais, e amplificada dentro Marsilio Ficino e a natureza das virtudes
e fora do universo acadêmico. Segundo tal visão, os terroristas da al-Qaeda haviam Há uma semana
sido irremediavelmente atraídos para o campo magnético do WTC – símbolo do
poderio econômico norte-americano –, não tendo outra alternativa que não a de se O bico do tentilhão
explodir contra milhares de inocentes. Os terroristas estariam expressando um OliverTalk: Estudar Sócrates em 2019? Ele
nem tem diploma!
instinto de liberdade, instinto demasiado humano que, sob condições de opressão,
Há 5 dias
tende a se mostrar exasperado e, eventualmente, violento. Já os EUA, o país
agredido, sendo inexorável e aprioristicamente culpado no tribunal da História, O GLOBO » Blogs » Blog do Noblat
deveria absorver o golpe com humildade e resignação. Como notou o analista Quem diz que o amor é falso, por Luiz Vaz
político Frédéric Encel acerca desse estilo de interpretação, “é como se os de Camões
trabalhadores no World Trade Center e os passageiros dos aviões seqüestrados Há 4 anos
encarnassem o mal da América, tendo que expiar a culpa pelo culto do rei dólar, o
destino dos Apaches, o McDonald’s...”[12] O GLOBO » Blogs » Lucia Hippolito
Obamatório
A mensagem era clara, ainda que odiosa quando dita com todas as letras: os EUA
E se eles não tivessem conseguido?
pediram aquilo. Enquanto a maior parte da intelligentsia ocidental evitou dizer o que Há uma semana
pensava de maneira assim tão direta, houve intelectuais que não se fizeram de
rogado. O filósofo Jean Baudrillard escreveu: Odilon de Oliveira
“Olhando de perto, pode-se dizer que eles o fizeram, mas nós o desejamos... Olavo de Carvalho - Sapientiam
Quando o poder global monopoliza a situação a este nível, quando há tamanha Autem Non Vincit Malitia
condensação de todas as funções na maquinaria tecnocrática, e quando nenhuma
forma alternativa de pensamento é permitida, que outro caminho há senão uma Professor Paulo Moura
guinada situacional terrorista? Foi o próprio sistema que criou as condições
Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com
objetivas para essa brutal retaliação” (grifos meus)[13].
MEU ÚLTIMO POST NA VEJA
Há 2 anos
No Brasil – justamente o país cuja elite política e intelectual achou por bem dar
abrigo ao terrorista italiano Cesare Battisti –, não é de surpreender a presença de Revista Vila Nova
intelectuais defendendo abertamente a lógica do terror como meio político aceitável.
Recorde-se, por exemplo, de um artigo de Vladimir Safatle, intitulado The United States and the New
significativamente “Invenção do terror que emancipa”, no qual o professor da USP, World Order
resenhando uma coletânea organizada por Slavoj Zizek (outro notório entusiasta da INDEX/ÍNDICE
"violência revolucionária"), descreve terroristas de uma maneira assaz peculiar: Há 7 anos
“sujeitos não-substanciais que tendem a se manifestar como pura potência
Verde: a cor nova do comunismo
disruptiva e negativa”[14]. O cerne do argumento é que o rótulo “terrorismo” é, na
Ideólogo ‘verde’ condena homem como
verdade, um juízo moralista e reacionário sobre práticas revolucionárias inerentes à 'assassino serial' da Criação (sic!)
história política moderna. Há 3 dias
obrasileouniverso.blogspot.com/2014/08/com-quem-falam-os-terroristas_22.html 2/5
31/07/2019 O Brasil e o Universo: Com Quem Falam os Terroristas?
Por ocasião do 11 de setembro, em artigo publicado no Correio Braziliense, Safatle Seguidores
já seguira mais ou menos a linha de Baudrillard: “Verdade seja dita: a terça-feira
negra mostrou como a ação política mais adequada para a nossa época é o Seguidores (35) Próxima
terrorismo. Ele é o que resta quando reduzimos a dimensão do conflito social à
lógica do espetáculo”[15].
A razão e o título deste blog
Nota-se que esses intelectuais são unânimes em tratar o terrorismo como reação, Este blog nasceu da constatação de
ou retaliação, a uma agressão anterior. Antes que ação motivada política e que o Brasil, alinhado com outros países da
ideologicamente, o terrorismo seria equivalente à agressividade reativa de uma fera América Latina, vem numa escalada vigorosa
acuada. Sendo os EUA ou o Ocidente os “verdadeiros” agentes do terrorismo, rumo ao totalitarismo. É possível perceber,
análises como as de Chomsky, Baudrillard e Safatle acabam por equiparar os nas mais diferentes esferas, indícios de que
terroristas e as vítimas, ambos passivamente sujeitos à atuação de um ator estamos próximos – se é que já não
histórico que, de fora e acima, os determina igualmente. Diante do algoz abstrato e chegamos lá – de viver em pleno 1984, de
categorial, as vítimas concretas (os mortos pelo terror) e os agressores concretos George Orwell. Orwell, aliás, foi um dos
(os terroristas do Estado Islâmico, por exemplo) são todos, de direito, igualados na primeiros a perceber que toda revolução
condição de pacientes históricos. Diante do “fato” primeiro da opressão, o totalitária é precedida por uma revolução
terrorismo torna-se praticamente um imperativo categórico, ou, nas palavras de semântica, e esse é um dos temas centrais
Safatle, “a ação política mais adequada para a nossa época”. do presente blog.
Ocorre que o terrorismo não precisa de razões, senão apenas de pretextos. Como Creio que o Brasil está passando por
escreveu o filósofo político André Glucksmann, “o ódio precede e predetermina o um processo de deturpação da linguagem
objeto que fabrica para si mesmo”[16]. É o que explica o também filósofo político pública, especialmente política. Tal
Barry Cooper: “O terror, em especial, não é um meio de enfrentar uma oposição, deturpação cria uma camada semântica
mas de criá-la (…) Tem de haver um cálculo, uma justificação, para toda a protetora, bloqueando o acesso à realidade,
matança, uma narrativa que crie inimigos ‘objetivos’ cuja existência e subseqüente e impossibilitando sua correta expressão. É
extinção mantenha o aparato homicida em movimento. Esse cálculo e essa como se tivéssemos passado ao largo das
justificação é o que [Hannah]Arendt chama de ‘ideologia'" (grifos meus)[17]. bases fundamentais do pensamento
ocidental, ignorando a criação da filosofia e
Pode-se dizer que, em se tratando de compreender o terrorismo, a razão da ciência política por Sócrates, Platão e
intelligentsia tem certa desvantagem em face da razão do senso comum, pois, Aristóteles. Como se estes pensadores
diferente desta, aquela se vê impedida – graças ao paradigma positivista que esteve nunca tivessem existido para além de
na origem da constituição das ciências humanas em disciplinas acadêmicas – de pequenos círculos de estudiosos, o Brasil
fazer uso de uma distinção moral absoluta entre bem e mal. Cito Cooper mais uma parece ter adotado o paradigma sofista,
vez: “Para a maioria dos americanos comuns, e, de fato, para a maioria dos seres onde a retórica e o consenso público -
humanos, os atentados de 11 de setembro foram uma lembrança da diferença reforçado hoje pela "rebelião das massas",
entre o bem e o mal. Com efeito, no contexto do progressismo pós-moderno, eles no sentido de Ortega y Gasset - eram mais
foram uma forçosa lembrança de que tal diferença existe. Os eventos daquele importantes do que a verdade. Como dizia
dia não estavam e não estão completamente abertos a interpretações e outro autor que admiro muito, o filósofo
julgamentos, não foram e não são completamente relativos ou simples matéria de político Eric Voegelin, o totalitarismo é
opinião. Quando o presidente Bush referiu-se aos terroristas como ‘praticantes do menos um fenômeno político e mais um
mal’ [evil-doers], isso não era apenas uma cartada retórica, mas uma descrição fenômeno pneumopatológico, ou seja, uma
correta do que, em árabe, poder-se-ia traduzir diretamente como mufsidoon. Ao doença do espírito. Ele começa na mente
mesmo tempo, entretanto, é insuficiente para a ciência política expressar apenas doentia de alguns guias espirituais e líderes
choque e raiva. A indignação de um cidadão e a demanda por justiça ou retaliação é políticos e, daí, quando não encontra uma
perfeitamente inteligível: a maioria das pessoas sabe quem são os caras maus, e reação firme e pronta, se espalha para toda
por que eles são maus. É tão auto-evidente quanto poderia ser que os terroristas a sociedade. Como mostrou Voegelin no
eram e permanecem sendo fanáticos religiosos e assassinos. É daí que todos, magistral “Hitler e os Alemães”, isso foi o
cidadãos e cientistas políticos, devem partir” (grifos meus)[18]. que aconteceu na Alemanha, por exemplo,
permitindo a ascensão do nazismo. A
A posição de Cooper pode parecer estranha à primeira vista. Isso se dá porque ela sociedade alemã, na época, não teve a
está longe de ser dominante entre intelectuais e formadores de opinião. Estes, coragem de perceber a extensão do
normalmente, quando convidados por veículos de imprensa a falar sobre problema, nem tampouco possuía meios de
terrorismo, procuram contrariar – alguns até corrigir – a percepção espontânea do descrevê-lo corretamente. Mutatis
senso comum sobre o fenômeno. Dessa decisão resultam os muitos Mutandis, creio que algo semelhante ocorre
malabarismos retóricos e analíticos como os de Chomsky, Baudrillard e Safatle. no Brasil. Os grandes responsáveis por isso
Para esses autores, a hipótese de que terroristas sejam pura e simplesmente são, a meu ver, os formadores de opinião:
maus é considerada simplista, por suposto. No entanto, desprezando, por assim imprensa, comentaristas políticos, artistas,
dizer, esta moralidade maniqueísta do senso comum, os intelectuais acabam intelectuais.
reforçando a ideologia subjacente ao terror, ao procurar uma causa supostamente
mais “objetiva” que a simples maldade e o desejo de destruição. Para Chomsky, O fato é que a sociedade brasileira
Baudrillard, Safatle e muitos outros intelectuais no Ocidente, os terroristas está cada vez mais suscetível a todo tipo de
possuem, de fato e de direito, um inimigo objetivo: a sociedade capitalista ocidental. totalitarismo, e o domínio que o atual
Nisso, parecem estar de pleno acordo com os fundamentalistas islâmicos. Contra governo exerce sobre diversos domínios
uma lógica “simplista” e “preto-no-branco” (“Fla-Flu” é, hoje, um termo em voga nas sociais - chegando mesmo a impor um
redes sociais), propõem-se análises que, sem dúvida mais complexas e quadro de referências e linguagem permitido
sofisticadas, acabam sendo, todavia, menos realistas. Eis um bom exemplo de - é um claro sinal. Este blog pretende reunir
quando a complexidade funciona como abrigo da ideologia. “A ideologia busca amostras que nos ajudem a compreender
explicar o sentido oculto dos eventos, um sentido nunca acessível ao senso comum como o Brasil e o Universo puderam se
(...) Para o ideólogo, as coisas nunca são o que parecem”[19]. distanciar tanto...
Ideólogos extremistas como os assassinos de Nick Berg e James Wright Foley são
a prova viva disso. Nos vídeos, vemo-los tentando convencer a opinião pública de V ídeos interessantes
que aquilo que se passa à vista de todos é, na verdade, uma espécie de ilusão de
ótica. Mesmo estando com a faca e o pescoço das vítimas nas mãos, os Como a URSS contribuiu para a ascensão
assassinos não são eles – como todos poderiam estar imaginando –, mas os EUA. do Nazismo
Esses terroristas dizem a sério aquilo que Groucho Marx dissera brincando: “Afinal, Vídeo-propaganda do 3º Congresso
vocês vão acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?”. Nacional do PT: "Socialismo Petista"
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[2] Link: http://www.frontpagemag.com/2014/dgreenfield/james-foley-went-looking-to-support-
terrorists-in-syria-instead-they-cut-off-his-head/#.U_QH-MkUYLs.facebook
[3] Ver: “Yo lo decapité”. Nouvel Observateur, 5-11 de agosto de 2004. Disponível em:
http://www.sara-daniel.com/reportage.php?page=96
[4] Ver: COOPER, Barry. 2004. New political religions, or, An analysis of modern terrorism
(Eric Voegelin Institute Series in Political Philosophy). Columbia & London: University of
Missouri Press. p. 20.
[5] Ver GLUCKSMANN, André. 2002. Dostoïevsk i à Manhattan. Paris: Robert Laffont. E
também GLUCKSMANN, André. 2004[2007]. O Discurso do Ódio. Rio de Janeiro: Difel.
[6] Ver: GRAY, John. 2003. Al Qaeda and What it Means to Be Modern. New York & London:
The New Press.
[7] Ver: BERMAN, Paul. 2004. Terror and Liberalism. New York & London: W. W. Norton &
Company.
[8] Op. Cit.
[9] Diz Cooper: “As semelhanças estruturais entre movimentos que, de resto, pouco têm em
comum, sugerem que o terrorismo contemporâneo nada mais é que uma espécie de
sectarismo revolucionário, ideológico e moderno (...) [Tais movimentos] são associados a
expressões de um tipo específico de experiência espiritual que, em seu aspecto mais
significativo, independe das tradições e símbolos religiosos através dos quais se
expressa (Cooper Op.Cit. p.14 – grifos meus).
[10] Ver: GRAY. Op. Cit. p. 21.
[11] Ver: CHOMSKY, Noam. 2001. 9/11. New York: Open Media/Seven Stories Press.
[12] Citado por BERMAN. Op. Cit. p. 203.
[13] Ver: BAUDRILLARD, Jean. 2002. The Spirit of Terrorism. London: Verso. pp. 5-6.
[14] Link: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,invencao-do-terror-que-
emancipa,305355.
[15] Link: www.geocities.ws/vladimirsafatle/vladi031.htm
[16] Ver: GLUCKSMANN (2004[2007]). p. 140.
[17] Ver: COOPER. Op. Cit. p. 12.
[18] Ver: COOPER. Op. Cit. p. 3.
[19] Ver: COOPER. Op. Cit. p. 13.
Um comentário:
Em maio de 2012, o autor destas linhas frequentava um curso preparatório para o difícil e
concorrido concurso do Itamaraty. Faziam três...
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