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Apresentação

O presente catálogo é o resultado da compilação e expansão da


apresentação montada pelo Museu de História Natural da Bahia (MHNBA)
para a 17° Semana Nacional dos Museus (SNM), que ocorreu entre os dias
13 e 17 de maio de 2019 e teve como tema “Museus como núcleos Cultu-
rais: O futuro das tradições.”

Por entender a importância da preservação e divulgação das lín-


guas faladas pelos povos indígenas do Brasil, o MHNBA procurou apresen-
tar, especialmente dentro de seu acervo, diversos animais e plantas cujos
nomes são provenientes de vocábulos de origem indígena, sendo a sua
maioria, em decorrência do contato inicial e das alianças forjadas pelos
portugueses com os povos do litoral do tronco Tupi-guarani 1 . Como des-
tacou Ayrosa (1933), o índio sempre descrevia ou salientava as caracterís-
ticas marcantes das coisas ou dos seres que denominava.

Sendo assim, nas páginas subsequentes serão apresentadas, ao


todo, 46 peças, entre animais e plantas, depositadas no MHNBA, que pos-
suem nomes de origem indígena, bem como outras peças com vocábulos
indígenas que foram expostas ao público durante a 17° SNM.

1 Quando os portugueses aportaram em terras brasílicas, encontraram uma grande diver-


sidade de povos e grupos indígenas, cada um com suas línguas e tradições, pertencentes,
de maneira geral, a três grandes famílias linguísticas: Tupi, Gê e Macro-gê.
Sumário

ANIMAIS 5

Arara-vermelha - Ara macao (Linnaeus, 1758)................................................................... 6


Baiacu-Ará - Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)................................................. 7
Baiacu-de-chifre - Acanthostracion quadricornis (Linnaeus, 1758)............................ 8
Caititu - Pecari tajacu (Linnaeus, 1758) ................................................................................ 9
Cutia - Dasyprocta sp ............................................................................................................... 10
Jabuti-Piranga - Chelonoidis carbonaria (Spix, 1824).................................................... 11
Jacaré - Aligatoridae ................................................................................................................ 12
Jaguatirica - Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758).......................................................... 13
Jiboia - Boa constrictor Linnaeus, 1758.............................................................................. 14
Jupará - Potos flavus (Schreber, 1774)................................................................................ 15
Sapo-cururu - Rhinela jimi (Stevaux, 2002) ...................................................................... 16
Quati - Nasua nasua (Linnaeus, 1766)................................................................................. 17
Sagui-de-tufos-brancos - Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)..................................... 18
Sariguê - Didelphys sp ............................................................................................................. 19
Sucuri - Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)...................................................................... 20
Tamanduá-mirim - Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758) .................................... 21
Tatu-galinha - Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758................................................. 22
Tatu-bola - Tolypeutes matacus (Desmarest, 1804) ...................................................... 23
Teiú - Tupinambis sp ................................................................................................................ 24
Tucano - Ramphastus sp ........................................................................................................ 25
Urubu-rei - Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758).......................................................... 26
Sumário

PLANTAS 28

Açaí - Euterpe olereacea Mart. 1824 ....................................................................................... 28


Baraúna - Schinopsis brasiliensis Engl. 1876 ........................................................................ 29
Cacau - Theobroma cacao L. 1753 ........................................................................................... 30
Cambuí - Myrciaria tenella O.Berg, 1857................................................................................. 31
Copaíba - Copaifera langsdorffi Desf. 1857 .......................................................................... 32
Cumaru - Dypteryx odorata Willd. 1802 ................................................................................. 33
Cupuaçu - Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum, 1886 ................... 34
Guaraná - Paulinia cupana Kunth, 1821 ................................................................................. 35
Ipê-amarelo - Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.1936.................................. 36
Jacarandá – Fabaceae ................................................................................................................... 37
Jatobá - Hymenaea courbaril L. 1753 ..................................................................................... 38
Jequitibá - Couratari legalis Mart. 1837 ................................................................................. 39
Jurema - Mimosa tenuiflora Benth. 1846 .............................................................................. 40
Licuri - Syagrus coronata (Mart.) Becc. 1916......................................................................... 41
Maçaranduba - Manilkara longifolia (A.DC.) Dubard, 1915 ............................................ 42
Maraká ............................................................................................................................................... 43
Maracujá - Passiflora edulis Sims, 1818 ................................................................................. 44
Mucugê - Couma rigida Müll. Arg. 1860 ............................................................................... 46
Piaçava - Attalea funifera Mart. 1825 ..................................................................................... 47
Pindobassu - Attalea pindobassu Bondar, 1942...................................................................48
Sumário
Pupunha- Bactris gasipaes Kunth, 1816..................................................................................... 49
Sapucaia - Lecythis sp....................................................................................................................... 50
Sucupira preto – Bowdichia virgilioides Kunth, 1824............................................................. 51
Taioba - Xanthosoma sagitiifolium (L.) Schott, 1832............................................................. 52
Umbu - Spondias tuberosa Arruda, 1816 ................................................................................. 53
Umburana de cheiro - Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. 1940 ........................... 54
Urucum - Bixa orellana L. 1753 .................................................................................................... 55

CURIOSIDADES 56

A Vacina do Sapo...................................................................................................................................................57
Povos e línguas indígenas homenageados em nomes científicos de peixes...........................58
Povos e línguas indígenas homenageados em nomes científicos de insetos.........................59

EQUIPE 61

REFERÊNCIAS 64

DICIONÁRIO E OBRAS CONSULTADOS


71
PARA OS TERMOS EM TUPI
Animais

Os povos indígenas do Brasil têm, em sua percepção de mundo,


uma relação única com a fauna local, retirando da natureza apenas o neces-
sário para sobreviver. De maneira geral, os animais na floresta – especial-
mente os predadores e as presas caçadas pelos índios – seriam também pes-
soas ou enxergariam a si mesmos como gente, sendo a forma como apare-
cem apenas uma "roupa" cobrindo sua verdadeira essência (CASTRO, 1996).

O resultado dessa cosmovisão é que nas muitas lendas e histórias


culturais das diversas etnias indígenas, os animais aparecem constantemen-
te interagindo e se relacionando com as pessoas.

Nesta seção, apresentamos 21 peças taxidermizadas da Sala de


Exposição do Museu de História Natural da Bahia (MHNBA) de representan-
tes da fauna cujos nomes são de origem Tupi.

5
Cores Arara-vermelha
e barulho
Nome científico: Ara macao (Linnaeus, 1758)
Nome científico: Ara macao (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Ara'a
Etimologia: Tupi – Ara'a

AAarara-vermelha
arara-vermelha é uma ave deave
é uma bicode
curvo,
bicoperfeito
curvo,para se alimentar
perfeito para se ali-
mentarde de
sementes e certos
sementes tipos detipos
e certos frutos.deÉ frutos.
um animal de cores
É um animal exuberantes:
de cores exube-
rantes:vermelho,
vermelho, azul, everde
azul, verde amareloe (BRITANNICA
amarelo (BRITANNICA ESCOLA, 2020a).
ESCOLA, 2020a).
Uma
Uma característica interessante
característica interessante das éararas
das araras que elasé costumam
que elas ser
costumam
ser monogâmicas, ou seja, permanecem com um único parceiro durante
monogâmicas, ou seja, permanecem com um único parceiro durante toda a
toda a vida (PARQUE DAS AVES, 2021). Também são conhecidas pelo
vida (PARQUE DAS AVES, 2021). Também são conhecidas pelo amplo
amplo leque de vocalizações que emitem em bando, produzindo sons
muito leque de vocalizações que emitem em bando, produzindo sons muito altos.
altos.

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA

6
Peixe
bebe Baiacu-Ará
água?
Nome científico: Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)
Nome científico: Lagocephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)
Etimologia: Tupi
Etimologia: – Mbaya'ku
Tupi – Mbaya'ku

Baiacu ou
Baiacu oupeixe-bola
peixe-bola é o nome dado a dado
é o nome várias aespécies
váriasdeespécies
peixes quede peixes
que têm
têm aa capacidade
capacidade de inflar
de inflar o corpoocomo
corpo como umdemecanismo
um mecanismo de defesa.
defesa. Quando
Quando se sentem
se sentem ameaçados,
ameaçados, essesengolem
esses animais animaisumaengolem uma grande
grande quantidade de quanti-
dade de água, aumentando muito de tamanho, o que impede que sejam
água, aumentando muito de tamanho, o que impede que sejam predados por
predados por outros animais (BRITANNICA ESCOLA, 2020b).
outros animais (BRITANNICA ESCOLA, 2020b).
Algumas espécies, como o baiacu-ará, são muito apreciadas pela
sua carne, Algumas espécies, cuidado
mas requerem como o baiacu-ará, são muito apreciadas
em seu preparo, pois essespelapeixes
sua carre-
carne,
gam em seumas requerem
corpo um cuidado
veneno emmuito
seu preparo, pois esses
potente, quepeixes carregam
atinge em nervo-
o sistema
seu corpo 2020).
so (SANTANA, um veneno muito potente, que atinge o sistema nervoso
(SANTANA, 2020).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA

7
Chifre
e Baiacu-de-chifre
bico?!
Nome científico: Acanthostracion quadricornis (Linnaeus, 1758)
Nome científico: Acanthostracion quadricornis (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi
Etimologia: - Mbaya'ku
Tupi – Mbaya'ku

OObaiacu-de-chifre, também
baiacu-de-chifre, chamadochamado
também de peixe vaca,
de destaca-se
peixe vaca,peladestaca-
-se pela presença
presença de doisacima
de dois espinhos espinhos acima
dos olhos, dosseolhos,
os quais os quais
assemelham se asseme-
a chifres
lhame um
a chifres e umpróximo
outro espinho outro espinho
à nadadeirapróximo
caudal. à nadadeira caudal.
Apesar da aparência amigável e das belas cores do baiacu-de-
Apesar da aparência amigável e das belas cores do baiacu-de-chifre,
-chifre, sua mordida pode ser especialmente dolorosa. Seus dentes são
sua mordida pode ser especialmente dolorosa. Seus dentes são fundidos um
fundidos um ao outro, formando uma espécie de "bico", muito resistente
ao outro,
e capaz até formando
de quebrarumaaespécie de "bico",
carapaça muito resistente
de caranguejos dose capaz
quaisatésedealimenta.
quebrar a carapaça
(BRITANNICA ESCOLA, de caranguejos
2020c) dos quais se alimenta. (BRITANNICA
ESCOLA, 2020c)

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA 8
Eunão
sou porco
não!
Caititu
Nome científico: Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)
Nome científico:
Etimologia: Pecari
Tupi – Taytetú tajacu
– o que (Linnaeus,
ataca com os dentes 1758)
caninos
Etimologia: Tupi – Taytetú – o que ataca com os dentes caninos

O caititu, ou cateto, é um animal originário das américas, que se


O caititu,
alimenta ou tubérculos
de raízes, cateto, é eum animal
larvas. originário
Por vezes, das américas,
é confundido com o que se
alimenta de raízes, tubérculos e larvas. Por vezes, é confundido com o
queixada (Tayassu pecari) e com o javali (Sus scrofa). (ALBUQUERQUE
queixada (Tayassu pecari) e com o javali (Sus scrofa). (ALBUQUERQUE et
et al., 2016) Para identificá-lo, basta olhar para faixa branca de pelos que
al., 2016) Para identificá-lo, basta olhar para faixa branca de pelos que
envolveenvolve
o seuo seu dorsocomo
dorso como umum"colar".
"colar".
Os Oscaititus
caititus também
também são são
conhecidos por andarem
conhecidos em grupos com
por andarem em mais
grupos com
mais de 20indivíduos,
de 20 indivíduos, os quais
os quais reconhecem
reconhecem unscuidam
uns aos outros, aos outros, cuidam
dos filhotes e dos
filhotes e protegem-se
protegem-se contra predadores
contra predadores (TIEPOLO;
(TIEPOLO; TOMAS, TOMAS,
2006). 2006). Reco-
Reconhecem-
nhecem-se através do odor exalado por uma glândula localizada em seu
se através do odor exalado por uma glândula localizada em seu dorso, que
dorso, que também é usada para demarcar seu território
também é usada para demarcar seu território (BYERS; BECKOFF, 1981;
(BYERS; BECKOFF, 1981; MAYER; BRANDT, 1982 apud TIEPOLO, TOMAS, 2006).
MAYER; BRANDT, 1982 apud TIEPOLO, TOMAS, 2006).

Foto: Rodrigo
Foto: Rodrigo Brandão. Brandão
9
Cultiva
a terra
todo dia
Cutia
Nome científico: Dasyprocta sp
Nome científico:
Etimologia: Dasyprocta
Tupi - A-kuti – o que comesp
em pé
Etimologia: Tupi - A-kuti – o que come em pé

A cutia é um pequeno roedor americano e uma grande aliada no


A cutiadeé novas
crescimento um pequeno
árvores e naroedor americano
manutenção e umaa grande
da flora devido um hábitoaliada no
crescimento de novas árvores e na manutenção da flora devido a um
curioso: a cutia costuma enterrar algumas das sementes de que se alimenta,
hábito curioso: a cutia costuma enterrar algumas das sementes de que se
assim poderá comê-las em tempos de escassez (OLIVEIRA; BONVICINO,
alimenta, assim poderá comê-las em tempos de escassez (OLIVEIRA; BON-
2006).
VICINO, Como
2006). algumas
Como dessas sementes
algumas dessas nunca são desenterradas,
sementes nunca sãogerminam
desenterradas,
e produzem
germinam novas plantas.
e produzem novas plantas.
AsAscutias também
cutias também sãosão excelentes
excelentes saltadoras,
saltadoras, tendo
tendo as patas as patas an-
anteriores
teriores menores
menores doasque
do que as posteriores.
posteriores. Essa característica
Essa característica dá a impressão dá a impressão
de que a
de que a cutia está sempre comendo em pé, derivando daí, provavelmente,
cutia está sempre comendo em pé, derivando daí, provavelmente, o
o significado do seu nome: o que come em pé.
significado do seu nome: o que come em pé.

Foto: Rodrigo
Foto: Rodrigo Brandão
Brandão.

10
Devagar Jabuti-Piranga
e sempre
Nome científico: Chelonoidis carbonaria (Spix, 1824)
NomeEtimologia: Chelonoidis
científico:Tupi – Iautí – ocarbonaria (Spix,ou
que nada respira 1824)
o que não bebe – Piránga -
Etimologia: Tupi – Iautí – o que nada respira ou o que não bebe – Piránga-vermelho
vermelho

As tartarugas terrestres ou jabutis, possuem, assim como os cá-


As tartarugas terrestres ou jabutis, possuem, assim como os cágados e
gados e tartarugas-marinhas, uma estrutura protetora chamada de casco.
tartarugas-marinhas, uma estrutura protetora chamada de casco. São animais
São animais conhecidos pelo seus passos vagarosos e por sua longevida-
conhecidos
de, com algumas peloespécies
seus passosdevagarosos
jabutis eultrapassando
por sua longevidade, com algumas
a marca dos 100 anos
espécies de
(BRITANNICA jabutis ultrapassando
ESCOLA, 2020d) a marca dos 100 anos (BRITANNICA
Outra2020d)
ESCOLA, característica peculiar desses animais é que, apesar dos
seus passosOutra
lentos, eles podem
característica percorrer
peculiar longas
desses animais distâncias
é que, e, seus
apesar dos se necessá-
rio, passar um longo período sem ingerir a água (JANE, 2016). Talvez por
passos lentos, eles podem percorrer longas distâncias e, se necessário, passar
essas características os indígenas tenham-no nomeado de yawotí, ou seja,
um longo período sem ingerir a água (JANE, 2016). Talvez por essas
o que nada respira ou não bebe.
características os indígenas tenham-no nomeado de yawotí, ou seja, o que
nada respira ou não bebe.

11
Foto: Rodrigo Brandão
Foto: Rodrigo Brandão.
Croco
dilagem Jacaré
Família: Aligatoridae
Nome científico: Aligatoridae
Etimologia: Tupi – Yechá-caré – o que olha de lado ou de soslaio
Etimologia: Tupi – Yechá-caré – o que olha de lado ou de soslaio

O jacaré tem a pele do seu corpo coberta por escamas duras e ricas em
O jacaré tem a pele do seu corpo coberta por escamas duras e
queratina, que o protegem e formam uma espécie de “armadura” (GOES, 1989).
ricas em queratina, que o protegem e formam uma espécie de “armadura”
(GOES, 1989).São animais muito ágeis
São animais na água,
muito ágeistendo
na diversas adaptações
água, tendo para o meio
diversas adaptações
para oaquático. Eles são grandes
meio aquático. Elespredadores,
são grandes engolindo, geralmente,engolindo,
predadores, suas presas sem
geralmen-
mastigar
te, suas presas(GOES,
sem1989). Apesar da
mastigar força que
(GOES, possuem,
1989). são muito
Apesar dacuidadosos
força que compossuem,
os filhotes,
são muito carregando-os
cuidadosos com na boca sem machucá-los
os filhotes, (PELE DE...,na
carregando-os 2012).
boca sem machu-
cá-los (PELE DE...,
Outra 2012). interessante é que seus olhos estão localizados na lateral
característica
do seuOutra
crânio, característica
dando a impressão interessante
de estarem sempreé olhando
que seus olhos
para os lados.estão
Talvez localiza-
dos naporlateral do peculiaridade,
conta dessa seu crânio,osdando a impressão
indígenas de estarem
deram-lhe o nome sempre olhan-
de Yechá-caré.
do para os lados. Talvez por conta dessa peculiaridade, os indígenas de-
ram-lhe o nome de Yechá-caré.

Foto: Rodrigo Brandão.

Foto: Rodrigo Brandão 12


Sou pintada,
mas não
sou Jaguatirica
onça
Nome científico: Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)
Nome científico: Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Iuati'rika – onça que recua
Etimologia: Tupi – Iuati'rika – onça que recua

A jaguatirica é um felino nativo das Américas, habitando as florestas


A jaguatirica é um felino nativo das Américas, habitando as
tropicais. É um animal solitário e de hábitos noturnos, alimentando-se de
florestas tropicais. É um animal solitário e de hábitos noturnos, alimen-
pequenos roedores, aves e lagartos (CHEIDA et al., 2006).
tando-se de pequenos roedores, aves e lagartos (CHEIDA et al., 2006).
A
A pelagem
pelagem da da
jaguatirica, muito muito
jaguatirica, parecidaparecida
com a da onça-pintada, é
com a da onça-pin-
tada,ideal para camuflagem
é ideal na mata. na mata.
para camuflagem

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

13
Medo Jiboia
por quê?
Nome científico: Boa constrictor Linnaeus, 1758
Etimologia:
Nome Tupi Boa
científico: constrictor
– Yi'mboia – serpente de arco-íris
(Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Yi'mboia – serpente de arco-íris
A jiboia é uma serpente constritora e não tem peçonha. É um animal
A jiboia é uma serpente constritora e não tem peçonha. É um
que impressiona pela beleza e pelo tamanho, com alguns indivíduos adultos
animal que impressiona pela beleza e pelo tamanho, com alguns indivídu-
ultrapassando
os adultos os 3 m de comprimento
ultrapassando os 3 m de (FREITAS,
comprimento 2003)(FREITAS, 2003)
Quando aajiboia
Quando se se
jiboia sente ameaçada,
sente ela expele
ameaçada, ela oexpele
ar rapidamente dos
o ar rapidamente
pulmões, produzindo
dos pulmões, produzindo um somumprofundo conhecido como
som profundo bafo da jiboia.
conhecido como bafo da
jiboia. O seu nome significa “serpente arco-íris” e faz referência a uma outra
O seu
serpente, nome como
conhecida significa
jiboia“serpente arco-íris”
arco-íris (Epicrates sp.),e cuja
faz pele,
referência
ao ser a uma
outra serpente, conhecida como jiboia arco-íris (Epicrates sp.), cuja pele,
exposta à luz, apresenta um brilho iridescente (AMARAL, 1977).
ao ser exposta à luz, apresenta um brilho iridescente (AMARAL, 1977).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Rodrigo Brandão.
14
Sabe Jupará
O que é
frugivoria?
Nome científico: Potos flavus (Schreber, 1774)
Nome científico: Potos flavus (Schreber, 1774)
Etimologia: Tupi – Iupará
Etimologia: Tupi – Iupará

OO jupará, também
jupará, também conhecido
conhecido como como macaco-da-noite,
macaco-da-noite, é um pequeno é um pe-
quenomamífero
mamífero arborícola
arborícola e denoturnos,
e de hábitos hábitosalimentando-se,
noturnos, alimentando-se,
principalmente, prin-
cipalmente, de frutas, néctar, mel e insetos (CHEIDA et al., 2006).
de frutas, néctar, mel e insetos (CHEIDA et al., 2006).
Ele possui garras compridas e dentes afiados, que usa para abrir
Ele possui garras compridas e dentes afiados, que usa para abrir os
os frutos de que se alimenta. Embora não seja um animal muito conheci-
do, o frutos
juparáde atua
que secomo
alimenta.
umEmbora não sejadifusor
importante um animal
de muito conhecido,
sementes, o
ajudando na
jupará eatua
dispersão como um importante
crescimento de mais difusor de sementes,
árvores ajudando nacomo
nas florestas, dispersão
o Inga sp
e crescimento
(CHARLES DOMINIQUEde maisetárvores nas florestas,
al., 1981 como o Inga
apud CHEIDA sp 2006).
et al., (CHARLES
DOMINIQUE et al., 1981 apud CHEIDA et al., 2006).

Foto: Rodrigo Brandão.


Foto: Rodrigo Brandão

15
Nada Sapo-cururu
de sal!
Nome científico: Rhinella jimi (Stevaux, 2002)
Nome científico: Rhinella jimi (Stevaux, 2002)
Etimologia: Tupi
Etimologia: Tupi– Kururú
– Kururú

Esseanfíbio
Esse anfíbio impressiona
impressiona pelo pelo tamanho,
tamanho, com alguns
com alguns espécimes
espécimes
chegando
chegandoa ultrapassar
a ultrapassar os
os 15
15 cm
cm (EMBRAPA,
(EMBRAPA, 2021).
2021). NaNa época de acasa-
época de
lamento, esses animais emitem um chamado para atrair as fêmeas, que
acasalamento, esses animais emitem um chamado para atrair as fêmeas, que
pode ser ouvido a mais de 100 m de distância.
pode ser ouvido a mais de 100 m de distância.
Quando se sente ameaçado, o sapo cururu costuma inflar o
corpo comoQuando se sente ameaçado,
estratégia o sapoAlém
de defesa. cururudisso,
costumaeles
inflarpossuem
o corpo como
duas glân-
estratégia
dulas de defesa.pressionadas,
que, quando Além disso, elesliberam
possuem uma
duas glândulas
substânciaque, esbranquiçada
quando
pressionadas,
(EMBRAPA, liberam
2021), queuma substância
pode levar aesbranquiçada
espasmos e(EMBRAPA,
vômito se 2021),
ingerida.
que pode levar a espasmos e vômito se ingerida.

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA 16
Sinto
cheiro de Quati
comida
Nomecientífico:
Nome Nasua
científico: Nasua nasua
nasua (Linnaeus,
(Linnaeus, 1766) 1766)
Etimologia: Tupi––Kua'ti
Etimologia: Tupi Kua'ti – que
– que temno
tem risca risca
corpono
oucorpo ou nariz pontudo
nariz pontudo

O quati é um mamífero facilmente identificado pelo seu longo focinho,


O quati é um mamífero facilmente identificado pelo seu longo
o qual o
focinho, mostra,
qual logo de cara,
mostra, um dos
logo de seus
cara,sentidos
um dos maisseus
aguçados: o olfato.
sentidos mais aguça-
dos:Podem viver Podem
o olfato. em gruposviver
de mais
emde 30 indivíduos
grupos de mais(CHEIDA al., 2006). (CHEIDA
de 30 etindivíduos
et al.,
São2006).
animais onívoros, ou seja, alimentam-se de produtos de origem vegetal
e animal,São animais
comendo onívoros,
de quase ouinsetos,
tudo: frutas, seja, minhocas,
alimentam-se de produtos de
etc (SILVEIRA,
origem vegetal e animal, comendo de quase tudo: frutas, insetos, minho-
2020). Quando se alimentam de frutos, também atuam como importantes
cas, etc (SILVEIRA, 2020). Quando se alimentam de frutos, também atuam
dispersores de sementes (ROCHA, 2001; ALVES COSTA, 2006 apud
como importantes dispersores de sementes (ROCHA, 2001; ALVES COSTA,
CHEIDA et al., 2006).
2006 apud CHEIDA et al., 2006).

Foto:
Foto: Acervo
Acervo do
do MHNBA MHNBA
17
Cada Sagui-de-tufos-
macaco no seu
galho brancos
Nome científico: Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)
Etimologia:
Nome Tupi – Sawín
científico: Callithrix jacchus (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Sawín
O sagui-de-tufos-brancos é um pequeno primata chamado
popularmente de "mico". São animaisé muito
O sagui-de-tufos-brancos ágeis e espertos,
um pequeno primata habitando as popu-
chamado
copasdedas"mico".
larmente árvores São
em grandes
animais grupos (BICCA-MARQUES,
muito ágeis e espertos, J.C et al.,
habitando as
copas 2006).
das árvores em grandes grupos (BICCA-MARQUES, J.C et al., 2006).
Embora
Embora o sagui
o sagui desperte
desperte a simpatia
a simpatia dastrata-se
das pessoas, pessoas,
de umtrata-se
animal de um
animal silvestre. A criação ilegal desse primata como pet estimula o tráfico
silvestre. A criação ilegal desse primata como pet estimula o tráfico de
de animais, tendo como consequência a proliferação indevida da espécie
animais, tendo como consequência a proliferação indevida da espécie fora
fora do seu habitat, tornando-se uma espécie invasora (IMA, 2019).
do seu habitat, tornando-se uma espécie invasora (IMA, 2019).

Foto: Rodrigo Brandão


Foto: Rodrigo Brandão.
18
Mais
canguru que Sariguê
rato
Nome científico: Didelphis sp
Nome científico: Didelphis sp
Etimologia: Tupi – Sari'ue – animal de saco ou barriga oca
Etimologia: Tupi – Sari'ue – animal de saco ou barriga oca

O Osariguê,
sariguê, timbu ou gambá,
timbu é um grande
ou gambá, é umescalador,
grande utilizando a sua cauda
escalador, utilizando a
prênsilprênsil
sua cauda para se pendurar
para senas árvores (ROSSI
pendurar nas et al., 2006).
árvores Apesar et
(ROSSI da má
al.,fama,
2006).o Apesar
da má gambá
fama,brasileiro,
o gambá diferentemente
brasileiro,do cangambá americano (Mephitis
diferentemente mephitis), não
do cangambá americano
(Mephitis
exala mephitis), nãoao exala
um odor tão forte se sentirum odor(BUCHERONI,
ameaçado tão forte ao se sendo
2018), sentir ameaçado
a sua
(BUCHERONI, 2018), de
principal estratégia sendo
defesaafingir-se
sua principal
de morto. estratégia de defesa fingir-se de
morto. Os sariguês se alimentam de quase tudo, incluído aranhas, escorpiões e até
Os sariguês
algumas se alimentam
serpentes, atuando de quase tudo,
no controle populacional incluído
desses animais aranhas, escor-
(EMMONS;
piões e até algumas serpentes, atuando no controle populacional desses
FEER, 1997 apud ROSSI et al., 2006).
animais (EMMONS; FEER, 1997 apud ROSSI et al., 2006).
Outra característica interessante é que o gambá, assim como os cangurus, é
Outra característica interessante é que o gambá, assim como os
um marsupial. Ou seja, seus filhotes terminam de se desenvolver em uma espécie
cangurus, é um marsupial. Ou seja, seus filhotes terminam de se desenvol-
de bolsa das suas mães, chamada marsúpio (SAMOTO, 2020). Observando essas
ver em uma espécie de bolsa das suas mães, chamada marsúpio (SAMOTO,
características, os indígenas deram-lhe o nome de Sari'ue, que significa animal de
2020). Observando essas características, os indígenas deram-lhe o nome de
Sari'ue,saco.
que significa animal de saco.

19
Foto: Rodrigo
Foto: Rodrigo Brandão.Brandão
Acervo do MHNBA
Que tal
um abraço bem
apertado?
Sucuri
Nome científico: Eunectes murinus (Linnaeus, 1758)
Etimologia:
Nome científico: Eunectes
Tupi – Çúu-curi murinus
– morde depressa
(Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Çúu-curi – morde depressa
A sucuri, também conhecida como anaconda ou sucuiuba, é uma
A sucuri, também conhecida como anaconda ou sucuiuba, é uma
serpente constritora, ou seja, ela enrola seu corpo sobre a presa impedindo-a
serpente constritora, ou seja, ela enrola seu corpo sobre a presa impedin-
de respirar.
do-a de respirar.É Éumum animal
animalde grandes
de grandesproporções, com alguns
proporções, comindivíduos
alguns indiví-
duos ultrapassando
ultrapassando os 8 m
osde8 comprimento (FREITAS, 2003).
m de comprimento A sucuri2003).
(FREITAS, tambémA sucuri
tambémé uma excelente
é uma nadadora,
excelente habitandohabitando
nadadora, rios e outrosrios
corpos d'água onde
e outros se d'água
corpos
onde se alimenta
alimenta de peixes,
de peixes, aves e atéaves e até
jacarés jacarés2003).
(FREITAS, (FREITAS, 2003).
AAsucuri
sucuri também
também éé um umanimal
animal muito
muito importante
importante na cultura
na cultura dos dos
Caxinauá, uma etnia indígena de língua pano. Na narrativa desse povo,
Caxinauá, uma etnia indígena de língua pano. Na narrativa desse povo,
Yube, após se apaixonar pela mulher-sucuri na beira do rio, transforma-se
Yube, após se apaixonar pela mulher-sucuri na beira do rio, transforma-se
em sucuriju e vai viver com ela, onde descobre o segredo para o preparo
em sucuriju
da bebida cipó eou vaiayahuasca.
viver com ela,Quando
onde descobre
voltao asegredo para o preparo
ser homem, Yubedaconta ao
bebida
seu povo cipó ou ayahuasca.
o segredo Quando volta
para o preparo da abebida.
ser homem, Yube conta1999)
(CAMARGO, ao seu
povo o segredo para o preparo da bebida. (CAMARGO, 1999)

20
Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
Já comeu
farofa de tanajura? Tamanduá-mirim
Recomendo.
Nome científico: Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Ta-monduá – o caçador de formigas
Nome científico: Tamandua tetradactyla (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Ta-monduá – o caçador de formigas
O tamanduá-mirim, também chamado de tamanduá de colete, faz jus
ao significado do seu nome: temtambém
O tamanduá-mirim, um ávido apetite
chamado por formigas (MEDRI de
de tamanduá et colete,
faz jus
al., ao significado
2006). doum
Ao encontrar seu nome: tem
formigueiro um ávidoo tamanduá-mirm
ou cupinzeiro, apetite por formigas
(MEDRI
usa aset suas
al., 2006). Ao abrir
garras para encontrar
caminho,um formigueiro
depois, ou cupinzeiro,
com sua língua pegajosa, o ta-
manduá-mirm usa as suas garras para abrir caminho, depois, com sua
captura e engole esses insetos.
língua pegajosa, captura e engole esses insetos.
Quando se sente ameaçado, o tamanduá-mirim adota uma postura
Quando se sente ameaçado, o tamanduá-mirim adota uma pos-
tura defensiva:
defensiva: apoia-se nas patas
apoia-se traseirastraseiras
nas patas e em sua ecauda,
em suadeixando
cauda,as deixando
suas as
suas garras
garras dianteiras livreslivres
dianteiras (MEDRI et al, 2006).
(MEDRI et al,Se2006).
o predador
Se osepredador
aproximar ele
se aproxi-
fechafecha
mar ele os braços e aperta ecom
os braços suas garras,
aperta aplicando
com suas o chamado
garras, abraçoodochamado
aplicando
abraço do tamanduá.
tamanduá.

Foto:
Foto: Acervo do MHNBA
Acervo do MHNBA 21
Cava- Tatu-galinha
buraco
Nome científico: Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758
Etimologia: Tupi – Ta'tu
Nome científico: Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Ta'tu
O tatu-galinha é uma das espécies mais conhecidas de tatu,
O tatu-galinha é uma das espécies mais conhecidas de tatu, ali-
alimentando-se, principalmente, de insetos, pequenos vertebrados e
mentando-se, principalmente, de insetos, pequenos vertebrados e tubércu-
tubérculos (EMMONS, 1990; NOWAK, 1999 apud MEDRI et al., 2006).
los (EMMONS, 1990; NOWAK, 1999 apud MEDRI et al., 2006).
Esses animais também são excelentes escavadores, cavando buracos
Esses animais também são excelentes escavadores, cavando bu-
racos com
comtúneis
túneissofisticados e que eservem
sofisticados como reservatório
que servem de insetos, para
como reservatório de insetos,
dormir e eabrigar
para dormir abrigar os filhotes (MCDONOUGH;
os filhotes (MCDONOUGH;LOUGHRY, 2003 apud
LOUGHRY, 2003 apud
MEDRIMEDRI
et al.,et2006), sendo
al., 2006), até
sendo atémesmo utilizados
mesmo utilizados por outros
por outros animaisanimais
quando quando
ele abandona
ele abandonasuasuatoca.
toca.

Foto: Rodrigo
Foto: Rodrigo Brandão. Brandão

22
Podem me
chamar de Tatu-bola
fuleco.
Nome
Nome científico: Tolypeutes
científico: (Desmarest,(Desmarest,
matacus matacus
Tolypeutes 1804) 1804)
Etimologia:
Etimologia: TupiTupi
- Ta'tu
- Ta'tu

Na
Nanatureza
natureza ososmecanismos
mecanismos de de defesa
defesa são
são essenciais para sobre-
essenciais para
vivência e o tatu-bola se destaca nesse quesito. O dorso dele é coberto por
sobrevivência e o tatu-bola se destaca nesse quesito. O dorso dele é coberto
placas ósseas sobrepostas, conectadas por uma membrana delgada, que dá
por placas ósseas sobrepostas, conectadas por uma membrana delgada, que
flexibilidade aos seus movimentos (MEDRI et al., 2006). Esse design enge-
dá flexibilidade aos seus movimentos (MEDRI et al., 2006). Esse design
nhoso confere ao tatu-bola uma defesa resistente e, ao mesmo tempo, ve-
engenhoso
locidade (GATES, confere ao tatu-bola uma defesa resistente e, ao mesmo tempo,
2010).
velocidade
Quando (GATES, 2010).
se sente ameaçado, esse animal se enrola e protege sua
cabeça e patas
Quandona se
sua armadura
sente ameaçado,esférica,
esse animalvindo daíe protege
se enrola o seu sua
nome popular de
cabeça
tatu-bola.
e patas na sua armadura esférica, vindo daí o seu nome popular de tatu-bola.

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA
23
Triatleta Teiú
Nome científico: Tupinambis sp
Etimologia:
Nome Tupi – Tupinambis
científico: Te'yu – lagartosp
Etimologia: Tupi – Te'yu – lagarto
O teiú é um dos maiores lagartos do Brasil, tendo uma alimentação
O teiú é um dos maiores lagartos do Brasil, tendo uma alimen-
bem variada: roedores, serpentes, ovos e aves (REIS, 2020). A língua desse
tação bem variada: roedores, serpentes, ovos e aves (REIS, 2020). A língua
desse animal,
animal,taltalcomo
comoa das serpentes,
a das é bífida,
serpentes, e ele a eutiliza
é bífida, ele apara captar
utiliza paraas captar
partículasde
as partículas de cheiro
cheiro dodoar, ar,
detectando, assim, suas
detectando, presas.
assim, suas presas.
Quem
Quem observa o teiú
observa o teiú tomando
tomando sol ao sol
meioao
domeio
dia, nemdoimagina
dia, nem quãoimagina
quão versátil
versátil eleele
podepode
ser. Umser. Um verdadeiro
verdadeiro triatleta
triatleta do mundo do omundo
animal, animal, o
teiú é capaz
teiú é capaz de correr, subir em árvores e nadar, não hesitando em en-
de correr, subir em árvores e nadar, não hesitando em enfrentar uma possível
frentar uma possível ameaça.
ameaça.

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

24
Bom Tucano
de
bico
Nome científico: Ramphastos sp
Etimologia:
Nome Tupi Ramphastos
científico: – Tu'kana – quesp
bate forte
Etimologia: Tupi – Tu'kana – que bate forte
O tucano é uma ave que se alimenta, principalmente, de frutos e
O tucano é uma ave que se alimenta, principalmente, de frutos
sementes, sendo um importante dispersor.
e sementes, sendo um importante dispersor.
A sua característica mais marcante é o bico, o qual impressiona pelo
A sua característica mais marcante é o bico, o qual impressiona
pelo tamanho
tamanho e cores vibrantes,
e cores com algumas
vibrantes, com espécies
algumas tendo um bico tendo
espécies de maisum
de bico de
mais22decm22 de
cmcomprimento.
de comprimento. ApesarApesar
do tamanho, é extremamente
do tamanho, leve e
é extremamente leve
e resistente graçasà àsuasua
resistente graças estrutura
estrutura internainterna que se assemelha
que se assemelha a uma esponjaa uma es-
ponja (MOLICA,
(MOLICA, 2005).
2005).

Foto: Rodrigo
Foto: RodrigoBrandão.Brandão

25
Mestre Urubu-rei
do ar
Nome científico: Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Uruwú
Nome científico: – ave grande e papa
Sarcoramphus preta (Linnaeus, 1758)
Etimologia: Tupi – Uruwú – ave grande e preta
Com quase 2 m de envergadura de asa e 80 cm de comprimento, o
Comimpressiona
urubu-rei quase 2 mpelodetamanho
envergadura
e faz jusde
ao asa e 80 cm
seu nome. Essesdeanimais
comprimen-
to, o urubu-rei impressiona pelo tamanho e faz jus ao seu nome. Esses
também são verdadeiros mestres do céu, podendo voar por horas com o
animais também são verdadeiros mestres do céu, podendo voar por horas
auxílio das correntes de vento (MENQ, 2018).
com o auxílio das correntes de vento (MENQ, 2018).
Apesar de
Apesar de não
nãoserem
serem muito populares,
muito devidodevido
populares, à sua alimentação
à sua alimenta-
necrófaga, ososurubus
ção necrófaga, desempenham
urubus um papelum
desempenham ecológico
papel muito importante.
ecológico muito im-
ComoComo
portante. se alimentam de animaisde
se alimentam em animais
decomposição, eles ajudam a remover
em decomposição, elesasajudam
a remover as carcaças,
carcaças, limpando olimpando
ambiente eoevitando
ambiente e evitando
a proliferação de abactérias
proliferação
e de
bactérias e doenças. (SICK, 1997)
doenças. (SICK, 1997)

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
26
Plantas
Quando os portugueses chegaram em terras brasílicas, eles
encontraram
Quando uma os diversidade
portugueses de plantas
chegaram até então desconhecida.
em terras Os eles en-
brasílicas,
indígenas
contraram umanão diversidade
apenas conheciamde essas plantas,
plantas até mas também
então faziam amplo Os indí-
desconhecida.
genas usonão
delas, tanto conheciam
apenas para a alimentação, quanto para
essas plantas, masa também
cura de diversas
faziam amplo
uso delas, tanto para a alimentação, quanto para a cura de diversas en-
enfermidades.
fermidades.
A língua portuguesa do Brasil, ao longo do seu processo formativo,
A língua portuguesa do Brasil, ao longo do seu processo forma-
absorveu e incorporou em seu vocabulário muitos dos nomes dados pelos
tivo, absorveu e incorporou em seu vocabulário muitos dos nomes dados
indígenas a flora nativa. Palavras como caju, cajá, mandioca, pequi,
pelos indígenas a flora nativa. Palavras como caju, cajá, mandioca, pequi,
jabuticaba
jabuticaba – e– etantas
tantas outras – são
outras – todas originárias
são todas de línguas faladas
originárias pelos faladas
de línguas
pelosindígenas.
indígenas.
Assim, colocamos,
Assim, colocamos, nestanesta seção, plantas
seção, diversas diversascomplantas
nomes decom nomes de
origem
origem indígena,
indígena, bem comobemalgumas
como curiosidades
algumas curiosidades sobre
sobre elas e seus elasusos.
diferentes e seus dife-
rentes usos.
A maioria das plantas apresentadas pode ser encontradas nos mostruários da
A maioria das plantas apresentadas pode ser encontradas nos
carpoteca, na coleção etnobotânica e na coleção de madeiras do MHNBA,
mostruários da carpoteca, na coleção etnobotânica e na coleção de ma-
deirasoutras foram expostas
do MHNBA, temporariamente
outras durantetemporariamente
foram expostas a 17° Semana Nacional dos
durante a 17°
SemanaMuseus.
Nacional dos Museus.

27
Guardiã Açaí
NomeNome científico:Euterpe
científico: oleracea
Euterpe oleracea Mart.
Mart. 18241824
Etimologia: Tupi
Etimologia: – Ywa-saí
Tupi – Ywa-saí –– fruto que
fruto que chora
chora e palmeira
e palmeira de água.de água.

Desta árvore se aproveita praticamente tudo: do fruto o "vinho


Desta árvore se aproveita praticamente tudo: do fruto o "vinho de açaí", o
de açaí", o consumo in natura ou em sorvetes e iorgutes; a semente pode
consumo in natura ou em sorvetes e iorgutes; a semente pode ser utilizado como
ser utilizado como adubo ou para colares; as folhas para forrar as caba-
adubo ou para colares; as folhas para forrar as cabanas e como forragem para os
nas e como forragem para os animais e seu caule produz palmito de boa
animais e seu caule produz palmito de boa qualidade (NOGUEIRA, 2005).
qualidade (NOGUEIRA, 2005).
Conhecendo a versatilidade
Conhecendo do açaí edo
a versatilidade suaaçaí
importância
e sua como alimento, os
importância como ali-
mento,indígenas contam a lenda
os indígenas contamdo surgimento
a lendadesse do fruto: uma tribo, desse
surgimento após meses
fruto: uma
tribo,passando fome, decidiu
após meses que toda
passando criançadecidiu
fome, que nascesse
queseria
todamorta. Logo depois,
criança que nascesse
seria Iaçá deu àLogo
morta. luz a uma menina,
depois, que deu
Iaçá foi sacrificada.
à luz a uma Achando ter vistoque
menina, a filha
foinasacrifica-
da. Achando
floresta, elater visto
correu e aaabraçou.
filha naNofloresta, elaa correu
dia seguinte, e a abraçou.
aldeia encontrou No dia se-
Iaçá morta,
guinte,
comalágrimas
aldeianoencontrou Iaçáa uma
rosto e abraçada morta, comDessa
palmeira. lágrimas no colheram
árvore eles rosto eosabraçada
a uma palmeira.
frutos e salvaram Dessa
a aldeiaárvore
da fome.eles
Por colheram os frutos
isso, em algumas e salvaram
regiões da Amazônia o a aldeia
da fome.
açaí éPor isso,deem
chamado algumas
iça-çai, regiões
que significa daque
fruto Amazônia o açaí
chora (BRITO, é chamado
2007 apud de
iça-çai, que significa
ALMEIDA, 2018). fruto que chora (BRITO, 2007 apud ALMEIDA, 2018).

28
Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
Direto Baraúna
do Sertão
Nome científico: Schinopsis brasiliensis Engl. 1876
Nome científico:
Etimologia: Tupi Schinopsis brasiliensis
– Ymbira-úna Engl. 1876
– madeira escura.
Etimologia: Tupi – Ymbira-úna – madeira escura.

Essa árvore típica do cerrado, fornece uma madeira dura e re-


Essa árvore
sistente, ideal para típica do cerrado,de
a produção fornece umae madeira
vigas duraenquanto
estacas, e resistente,que sua
cascaideal paraem
é rica a produção de vigas
substâncias e estacas, enquanto que
anti-inflamatórias sua casca é rica sendo
e cicatrizantes, em em-
pregado na medicina
substâncias populare cicatrizantes,
anti-inflamatórias (DIAS; KILL,sendo
2008). Também
empregado é uma impor-
na medicina
tantepopular
fonte (DIAS;
de alimento paraTambém
KILL, 2008). certas é abelhas sem fonte
uma importante ferrão, que polinizam
de alimento
suas flores (BRAZOLIN et al., 2018).
para certas abelhas sem ferrão, que polinizam suas flores (BRAZOLIN et al.,
Uma curiosidade interessante desta árvore é a coloração inter-
2018).
na do seu tronco, muito escuro e em alguns exemplares quase preto.
Talvez porUma essacuriosidade interessante
característica, desta árvore deram-lhe
os indígenas é a coloração interna
o nome do de
seu ymbira-
-úna, tronco, muito escuro
que significa e em alguns
madeira exemplares quase preto. Talvez por essa
escura.
característica, os indígenas deram-lhe o nome de ymbira-úna, que significa
madeira escura.

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA 29
Nem tupi, Cacau
nem guarani

Nome
Nome Theobroma
científico: Theobroma
científico: cacao
cacao L. 1753
L. 1753
Etimologia:
Etimologia:mixe-zoquean – Kakawatl
mixe-zoquean – Kakawatl

Matéria prima para o preparo do chocolate, o cacau foi domes-


Matéria prima para o preparo do chocolate, o cacau foi domesticado e
ticado e cultivado, inicialmente, pelo povo olmeca e incorporado na cul-
cultivado, inicialmente, pelo povo olmeca e incorporado na cultura e religião
tura e religião dos astecas, os quais preparavam uma bebida de gosto
forte, dos
feitaastecas, os quais preparavam
com baunilha uma bebida
e mel, chamada de gosto
xocoatl forte, feita com
(SOUSTELLE, 2002).
baunilha e mel, chamada
Há também xocoatl
relatos do (SOUSTELLE,
uso do cacau 2002).
pelos povos indígenas do
Brasil, sendo Há que esse
também fruto,
relatos além
do uso de ser
do cacau umpovos
pelos importante
indígenas produto
do Brasil, nacio-
nal, é sendo
também um fruto,
que esse alimento
além denutritivo e rico em
ser um importante antioxidantes
produto e ferro.
nacional, é também
um alimento nutritivo e rico em antioxidantes e ferro.

Foto: Herbário Alexandre Leal Costa.


Foto: Herbário Alexandre Leal Costa.

30
No licor Cambuí
e no chá
Nome científico: Myrciaria tenella O. Berg, 1857
Nome científico: Myrciaria tenella O. Berg, 1857
Etimologia: Tupi-guarani – Kam'bui – folha que se desprende ou árvore de
Etimologia: Tupi-guarani – Kam'bui – folha que se desprende ou árvore
galho fino.
de galho fino.
O cambuí, também chamado de cambiuva e cambuim, é uma árvore
muitoOapreciada
cambuí,pela qualidadechamado
também da sua madeira, que é resistente
de cambiuva a pragas é uma
e cambuim,
árvore(LORENZI,
muito apreciada
2009), e pela
pelo qualidade
sabor dos seusda frutos,
sua madeira,
os quais que
podemé resistente
ser a
pragasamarelos,
(LORENZI, 2009),
vermelhos ou eroxos
pelo – asabor dos
depender da seus
espéciefrutos,
– sendoos quais podem
utilizados no ser
amarelos, vermelhos ou roxos – a depender da espécie – sendo utilizados
preparo de licores, fermentados e doces (LORENZI, 2009).
no preparo de licores, fermentados e doces (LORENZI, 2009).
Além do consumo dos seus frutos, suas folhas e caule são usados na
Além do consumo dos seus frutos, suas folhas e caule são usados
medicinapopular
na medicina popular para o alívio
para da diarreia
o alívio e cólicas.e cólicas.
da diarreia

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
31
Mina Copaíba
de óleo

Nome científico: Copaifera langsdorffi Desf. 1857


Etimologia:
Nome TupiCopaifera
científico: – Kopa-yba –langsdorffi
Árvore de jazida
Desf.ou1857
depósito.
Etimologia: Tupi – Kopa-yba – Árvore de jazida ou depósito.
A copaíba, também conhecida como pau-óleo e copaúba, é famosa
pelo Aóleo-resina
copaíba, quetambém
se extrai a conhecida
partir da perfuração
comodepau-óleo
seu tronco, eo qual é
copaúba, é
famosa pelo na
utilizado óleo-resina que se em
indústria de perfumes, extrai a partir
alimentos e até emdasolventes
perfuração
(PIERI, de seu
tronco,F.Ao etqual é utilizado
al., 2009). napropriedades
Mas são as indústria medicinais
de perfumes,
do óleoem alimentos
de copaíba que e até
em solventes (PIERI, F.A et al., 2009). Mas são as propriedades medicinais
mais chamam a atenção, graças à sua ação anti-inflamatória, analgésica e
do óleo de copaíba que mais chamam a atenção, graças à sua ação anti-
cicatrizante (FILHO, 2015)
-inflamatória, analgésica e cicatrizante (FILHO, 2015)
Essas propriedades
Essas propriedades curativas eram eram
curativas bem conhecidas pelos indígenas
bem conhecidas pelos indí-
genas desde
desde tempos
temposimemoriais, os quais empregavam
imemoriais, o óleo para cicatrizar
os quais empregavam feridas
o óleo para cica-
trizar eferidas
no coto umbilical
e no coto de recém-nascidos
umbilical de(PIERI, F.A et al., 2009).
recém-nascidos Uma F.A
(PIERI, vez et al.,
2009).queUma vez oque
extraíam extraíam
óleo-resina o óleo-resina
em grande quantidade doem grande
tronco quantidade do
das copaibeiras,
troncoderam-lhe
das copaibeiras, deram-lhe o nome kopa-yba.
o nome kopa-yba.

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
32
Perfume Cumaru
na mata

Nome científico: Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. 1802


Nome científico: Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. 1802
Etimologia:Tupi
Etimologia: Tupi–– Kumbarú.
Kumbarú.

O cumaru, também conhecido como umburana-verdadeira, é uma


árvoreOencontrada
cumaru,emtambém
quase todaconhecido comosendo
a região amazônica, umburana-verdadeira,
muito apreciada é
uma árvore encontrada em quase toda a região amazônica, sendo muito
pelas suas sementes, consumidas como amêndoas ou utilizadas em
apreciada pelas suas sementes, consumidas como amêndoas ou utiliza-
artesanato, além de produzir uma madeira de boa qualidade e resistente a
das em artesanato, além de produzir uma madeira de boa qualidade e re-
pragas (MATTOS et al., 2010).
sistente a pragas (MATTOS et al., 2010).
As sementes
As sementes dodocumaru
cumarusão ricas em uma
são ricas emsubstância aromática, aromática,
uma substância de
cheiro adocicado,
de cheiro adocicado, chamada
chamada cumarina, sendo sendo
cumarina, empregadas na indústria
empregadas nadeindústria
de perfumes, cosméticose ecomo
perfumes, cosméticos como substituta
substituta da baunilha
da baunilha na culinária
na culinária
(TOMCHINSKY,
(TOMCHINSKY, 2017).
2017).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Rodrigo Brandão

33
Quase Cupuaçu
chocolate

Nome científico: Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum, 1886


Nome científico: Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum, 1886
Etimologia:Tupi
Etimologia: Tupi –– Kupu'asu
Kupu'asu – cacau que parece
– cacau grande. grande.
que parece

cupuaçuzeiro é um
O cupuaçuzeiro é umparente próximo
parente do famoso
próximo cacau, sendo
do famoso cacau, sendo
apreciado pelo
apreciado sabor
pelo sabordos seusfrutos
dos seus frutos e cheiro
e cheiro agradável,
agradável, quejus
que fazem fazem
ao jus ao
significado do seu nome devido ao grande tamanho que possuem.
significado do seu nome devido ao grande tamanho que possuem.
A polpa do seu fruto é bem versátil, sendo utilizada no preparo
A polpa do seu fruto é bem versátil, sendo utilizada no preparo de
de sucos, sorvetes, biscoitos, licores, bombons e xaropes (CALZAVARA,
sucos, sorvetes, biscoitos, licores, bombons e xaropes (CALZAVARA,
1970). Do cupuaçu também se aproveitam as sementes, usadas como ma-
téria 1970).
primaDo cupuaçu
para também se aproveitam
a fabricação do cupulateas sementes, usadas NAZARÉ;
(BARBOSA; como matéria
VIÉGAS,
1990)prima
e depara
óleoa empregado
fabricação do em
cupulate (BARBOSA; NAZARÉ; VIÉGAS,
cosméticos.
1990) e de óleo empregado em cosméticos.

Foto: Dick Culbert from Gibsons, B.C., Canada, CC BY 2.0


Foto: Dick Culbert from Gibsons, B.C., Canada, CC BY 2.0 34
<https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>,via
<https://creativecommons.org/licenses/by/2.0>, viaWikimedia
Wikimedia Commons
Commons
Olho do Guaraná
curumim
Nome científico: Paullinia cupana Kunth, 1821
Nome TupiPaullinia
científico:
Etimologia: – Waraná –cupana Kunth,
semelhantes 1821
a coquinhos.
Etimologia: Tupi – Waraná – semelhantes a coquinhos.

O guaraná é conhecido pelas propriedades energéticas do seu fruto,


O guaraná é conhecido pelas propriedades energéticas do seu
que é rico em cafeína e tiamina, sendo utilizado como estimulante e na
fruto, que é rico em cafeína e tiamina, sendo utilizado como estimulante
produção dedexaropes,
e na produção xaropes, sucos, refrigerantes
sucos, cosméticos
refrigerantes (POLTRONIERI
cosméticos et
(POLTRONIERI
et al., al., 1995),além
1995), além de
de ser
serempregado
empregado na medicina popular. popular.
na medicina
Os índios
Os índios sateré-mauwé
sateré-mauwé são conhecidos como povocomo
são conhecidos do guaraná,
povouma do guara-
ná, uma vez vez que desde
que desde tempos tempos
imemoriaisimemoriais cultivam
cultivam a planta e delaaproduzem
planta euma dela pro-
duzembebidaumaenergética
bebidaconsiderada
energética considerada
sagrada e chamada capôsagrada
(LOREZeetchamada
al., 2007 capô
(LOREZ et al., 2007 apud ALMEIDA, 2018).
apud ALMEIDA, 2018).
Segundo a lenda contada pelo povo sateré, o guaraná teria se
Segundo a lenda contada pelo povo sateré, o guaraná teria se originado
originado do olho direito do filho de Tupana, que enterrou o olho de seu
do olhoque
filho para direito
eledocontinuasse
filho de Tupana,aque enterrou
existir o olho de seu
(ALMEIDA, filho para
2018). que
Coincidente-
mente, eleocontinuasse
fruto do aguaraná
existir (ALMEIDA,
assemelha-se 2018).aCoincidentemente,
um olho abrindo. o fruto do
guaraná assemelha-se a um olho abrindo.

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA 35
Símbolo Ipê-amarelo
nacional

Nome científico:
Nome Tabebuia
científico: Tabebuia chrysotrichus
chrysotrichus (Mart. ex (Mart.
DC.) Standl. 1936Standl. 1936
ex DC.)
Etimologia: Tupi– Ig'pê
Etimologia: Tupi – Ig'pê – árvore
– árvore cascuda.
cascuda.

OO ipê-amarelo, também
ipê-amarelo, também conhecido
conhecido como como pau por
pau d'arco d'arco
causapor
dá causa dá
flexibilidade e resistência de sua madeira, é uma árvore muito apreciada no
flexibilidade e resistência de sua madeira, é uma árvore muito apreciada no
paisagismo como uma planta ornamental devido as suas flores amarelas,
paisagismo como uma planta ornamental devido as suas flores amarelas,
tendo sido escolhida como um dos símbolos nacionais (LORENZI, 2009).
tendo sido escolhida como um dos símbolos nacionais (LORENZI, 2009).
A casca do ipê também encontra seu uso na medicina popular,
A cascacomo
sendo utilizada do ipêanti-inflamatório
também encontra seueuso nona medicina popular,
tratamento sendo e resfria-
de gripes
utilizada
dos (CHÁ como
DE..., anti-inflamatório e no tratamento de gripes e resfriados (CHÁ
2017)
DE..., 2017)

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

36
Nobre Jacarandá
NomeFamília: Fabaceae
científico: Fabaceae
Etimologia:
Etimologia: Tupi
Tupi – –Iakaran'da
Iakaran'da – –que temtem
que cabeça dura. dura.
cabeça

Jacarandá
Jacarandá é oénomeo nome
dado adado
várias aárvores,
váriascomo
árvores, como
o jacarandá da oBahia
jacarandá
da Bahia (Dalbergia nigra) e o jacarandá-amarelo (Machaerium villo-
(Dalbergia nigra) e o jacarandá-amarelo (Machaerium villosum). Essas
sum). Essas árvores, devido a sua diversidade, encontram vários usos,
árvores, devido a sua diversidade, encontram vários usos, desde o
desde o paisagístico e ornamental – com algumas espécies produzindo
florespaisagístico e ornamental– –até
roxas e amarelas comoalgumas espécies de
de madeira produzindo
lei para flores roxas e
a confecção de
amarelas – até
instrumentos o de madeira
musicais de lei para
e mobília deaalta
confecção de instrumentos
qualidade musicais(FILHO,
e resistência
2015;e GOMES,
mobília de 2010).
alta qualidade e resistência (FILHO, 2015; GOMES, 2010).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

37
Cabeça Jatobá
dura
Nome científico: Hymenaea courbaril L. 1753
NomeEtimologia: TupiHymenaea
científico: courbaril
– Ieti'ua – árvore L. 1753
com frutos duros.
Etimologia: Tupi – Ieti'ua – árvore com frutos duros.
Considerado sagrado por algumas etnias indígenas, o jatobá é uma
Considerado
árvore sagradoprodutos,
que fornece inúmeros por algumas etnias para
sendo utilizado indígenas,
produção odejatobá é
uma árvore que fornece inúmeros produtos, sendo utilizado para produ-
biscoitos, bolos e doces (CAMILO; CORADIN; OLIVEIRA, 2018).
ção de biscoitos, bolos e doces (CAMILO; CORADIN; OLIVEIRA, 2018).
Os frutos do jatobá, envolvidos por uma casca dura assim como dá a
Os frutos do jatobá, envolvidos por uma casca dura assim como
entender ooseu
dá a entender seu nome,
nome,podem ser consumidos
podem ou natura
in natura in
ser consumidos para a produção
ou para a pro-
dução de
deumumtipotipo
de farinha muito nutritiva.
de farinha muitoJánutritiva.
a sua casca Já
e folhas
a suasãocasca
empregadas
e folhas são
na medicina
empregadas popular parapopular
na medicina o alívio dapara
diarreia, tosse, cólicas
o alívio e como repelente
da diarreia, tosse, cólicas e
como natural
repelente naturalSHANLEY,
(SCHULZE; (SCHULZE; SHANLEY,
2010). 2010).
Além do mais, Além
a seiva do mais,
– usada para a seiva
– usada para produzir vernizes e a madeira do jatobá – resistente a racha-
produzir vernizes e a madeira do jatobá – resistente a rachaduras – tem
duras – tem importante valor comercial (SCHULZE; SHANLEY, 2010).
importante valor comercial (SCHULZE; SHANLEY, 2010).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA 38
Alto! Jequitibá
Nome científico: Couratari legalis Mart. 1837
Nome científico: Couratari legalis Mart. 1837
Etimologia: Tupi – Yekitibá – o covo pontuado + fruto
Etimologia: Tupi – Yekitibá – o covo pontuado + fruto

Alcançando, em média, mais de 30 metros de altura e 4 metros de


Alcançando, em média, mais de 30 metros de altura e 4 metros de
diâmetro,
diâmetro, o jequitibáéé o
o jequitibá o verdadeiro
verdadeiro gigante da floresta,
gigante além de seralém
da floresta, uma das
de ser uma
árvores mais
das árvores maislongevas,
longevas, com com
algunsalguns
exemplares ultrapassando
exemplares os 500 anos os 500
ultrapassando
anos (GIIGANTE..., 2020).
(GIIGANTE..., 2020).
OOjequitibá também
jequitibá também é a árvore
é a árvore símbolosímbolo
do estado dedoSão
estado
Paulo, de
ondeSão Paulo,
onde é possível encontrar – no parque de vassunga – um dos maiores exem-
é possível encontrar – no parque de vassunga – um dos maiores exemplares
plares da espécie, com cerca de 40 m de altura (FILHO; SARTORELLI, p. 116).
da espécie, com cerca de 40 m de altura (FILHO; SARTORELLI, p. 116).

Foto: Acervo
Foto: Acervodo MHNBA
do MHNBA

39
Mágica Jurema
Nome científico: Mimosa tenuiflora Benth. 1846
Nome científico: Mimosa tenuiflora Benth. 1846
Etimologia: Tupi – Yu'rema – espinheiro suculento
Etimologia: TTupi – Yu'rema – espinheiro suculento

A jurema é, como seu nome sugere, uma árvore espinhenta, tendo


A jurema é, como seu nome sugere, uma árvore espinhenta,
uma madeira de alta qualidade. Além do mais, essa árvore, devido ao seu
tendo uma madeira de alta qualidade. Além do mais, essa árvore, devido
rápido crescimento e capacidade de rebrota, pode ser usada na recuperação
ao seu rápido crescimento e capacidade de rebrota, pode ser usada na
recuperação de áreas(IMPERATRIZ-FONSECA
de áreas degradadas et al., 2012).
degradadas (IMPERATRIZ-FONSECA et al., 2012).
A sua
suacasca,
casca,raízes e sementes
raízes tambémtambém
e sementes são empregadas na medicina na me-
são empregadas
dicina popular.
popular. AlémAlém
do seudouso
seumedicinal,
uso medicinal,
a juremaaéjurema é muito nas
muito importante importante
nas práticas mágico-religiosas
práticas mágico-religiosas deetnias
de certas certas etniasque
indígenas, indígenas,
preparam umque preparam
tipo
um tipo de bebida e fumo a partir desta planta, acreditando ser ela capaz
de bebida e fumo a partir desta planta, acreditando ser ela capaz de propiciar
de propiciar o contato com as grandes entidades (GASPAR, 2020).
o contato com as grandes entidades (GASPAR, 2020).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
40
É coco Licuri
(vai um coquinho aí?)

Nome científico: Syagrus coronata (Mart.) Becc. 1916


Nome Tupi –Syagrus
científico:
Etimologia: Urikurí coronata (Mart.) Becc. 1916
Etimologia: Tupi – Urikurí

O licuri, aricurí, nicurí ou ouricurí é um tipo de palmeira típica da


O licuri,
caatinga, cuja a aricurí,
utilizaçãonicurí
remontaoua época
ouricurí é um
colonial do tipo
Brasil,desendo
palmeira
vital típica
da caatinga, cuja a utilização remonta a época colonial do Brasil, sendo
para sobrevivência do sertanejo, para alimentação do gado e de vários
vital para sobrevivência do sertanejo, para alimentação do gado e de
animais silvestres (DRUMOND, 2007).
vários animais silvestres (DRUMOND, 2007).
Praticamente tudo se aproveita desta planta: as folhas são usadas na
Praticamente tudo se aproveita desta planta: as folhas são
usadasprodução de vassouras,
na produção chapéus chapéus
de vassouras, e espanadores (CARVALHO;
e espanadores (CARVALHO;
CONCEIÇÃO;
CONCEIÇÃO; LEÃO, LEÃO,
2018),2018),
alémalémdedeservirem
servirem como
comoforragem animal;animal;
forragem seus seus
frutosfrutos
produzem
produzemamêndoas
amêndoas usadasusadas no preparo
no preparo de de
de um tipo umfarinha
tipo ou depara
farinha ou
para produção
produção do do azeite
azeite de além
de licuri, licuri,
de além de servir
servir para para
o preparo o preparo
de doces e licoresde doces
e licores (DRUMOND, 2007).
(DRUMOND, 2007).

41
Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
Resistente Maçaranduba
Nome científico: Manilkara longifolia (A.DC.) Dubard, 1915
Nome Tupi –Manilkara
científico:
Etimologia: Massarani'ualongifolia (A.DC.) Dubard, 1915
– pau escorragadio
Etimologia: Tupi – Massarani'ua – pau escorragadio

Essa árvore, nativa do Brasil, produz uma madeira de cor avermelhada


Essa árvore, nativa do Brasil, produz uma madeira de cor aver-
e de alta qualidade para construção civil e marcenaria, sendo resistente ao
melhada e de alta qualidade para construção civil e marcenaria, sendo re-
ataque de fungos e cupins e ao apodrecimento, mesmo estando em contato
sistente ao ataque de fungos e cupins e ao apodrecimento, mesmo estan-
do emcom o solo (IPT,
contato com 2020).
o solo (IPT, 2020).
Além
Além da daqualidade
qualidadede sua
demadeira, a maçaranduba
sua madeira, também é uma
a maçaranduba também é
uma árvore
árvore de de aspecto
aspectoexuberante,
exuberante, atingindo um tamanho
atingindo um tamanho considerável
considerável
(ROOSMALEN;
(ROOSMALEN; GARCIA,
GARCIA,2000 apud
2000 apudCRUZ,
CRUZ,2016).
2016).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA

42
Pra Maraká
tocar!
Instrumento de cabaça
Instrumento de cabaça
Etimologia: Tupi
Etimologia: – Mbará-ka
Tupi – barulho
– Mbará-ka de casca de casca
– barulho

O maraká,
O maraká, maracaxámaracaxá
ou xuatê éou
um xuatê é um
instrumento instrumento
percussivo percussivo
de origem
deindígena,
origem indígena,
sendo sendogeralmente,
confeccionado, confeccionado,
a partir degeralmente,
uma cabaça seca a epartir de
uma cabaça seca e oca, atravessada por uma haste de madeira (LÉRY,
oca, atravessada por uma haste de madeira (LÉRY, 1960). Dentro dela são
1960). Dentro dela são colocadas pequenas pedras ou sementes, pro-
colocadas pequenas pedras ou sementes, produzindo um som similar à um
duzindo um som similar à um chocalho (FRUNGILLO, 2003, p. 203 apud
chocalho2017)
TIBÃES, (FRUNGILLO, 2003, p. 203 apud TIBÃES, 2017)
É umÉ umelemento importantíssimo
elemento em diversas
importantíssimo emtradições
diversas indígenas,
tradições indí-
sendo utilizado
genas, em cerimônias
sendo utilizado emreligiosas,
cerimônias festas, danças, sendo
religiosas, um elemento
festas, danças, sendo
um elementonos
indispensável indispensável nos
rituais xamânicos rituais 2017).
(TIBÃES, xamânicos (TIBÃES, 2017).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

43
Paixão! Maracujá
Nome científico: Passiflora edulis Sims, 1818
Nome Tupi –Passiflora
científico:
Etimologia: Morukuiá –edulis
alimentoSims, 1818 de cuia
em forma
Etimologia: Tupi – Morukuiá – alimento em forma de cuia

OO maracujá
maracujá é uma planta
é uma famosa
planta pelas suas
famosa propriedades
pelas calmantes, comcalmantes,
suas propriedades
diversas espécies
com diversas espécies conhecidas
conhecidase apreciadas pelos sabor
e apreciadas de seus
pelos saborfrutos. Além frutos.
de seus do Além
mais,ele
do mais, eleéé um
um importante
importante produto
produtonacional, sendo sendo
nacional, o Brasiloum dos maiores
Brasil um dos maiores
produtores
produtores e consumidores dadafruta
e consumidores (ZACHARIAS,
fruta 2016).
(ZACHARIAS, 2016).
Mas ooque
Mas quemais chama
mais a atenção
chama nessa plantanessa
a atenção é a beleza de suas
planta é aflores, as de suas
beleza
flores,quais
as quais impressionaram
impressionaram os viajantesos viajantes
e colonos e colonos
europeus pelo seu europeus pelo seu tama-
tamanho (SOUSA,
nho (SOUSA, 1851)
1851) e grande e grande
variedade variedade
de cores: brancas,de cores:
roxas brancas, roxas e avermelhadas.
e avermelhadas.
Foi justamente
Foi justamente a beleza
a beleza e características
e características dessas
dessas flores floreso que
que levaram poetalevaram o
poeta Giacomo Bosio (1544 – 1627) a ver na flor do maracujá todos os sinais da
Giacomo Bosio (1544 – 1627) a ver na flor do maracujá todos os sinais da paixão
paixão de Cristo: os três pistilos seriam a trindade, os estiletes seriam os pregos
de Cristo: os três pistilos seriam a trindade, os estiletes seriam os pregos que
que prenderam Jesus e as cinco anteras as chagas de Cristo. Por isso, em alguns
prenderam Jesus e as cinco anteras as chagas de Cristo. Por isso, em alguns países
países o maracujá é conhecido como passion fruit (em inglês) e fruto de la
o maracujá é conhecido como passion fruit (em inglês) e fruto de la pasión (em
pasión (em espanhol), ou seja fruto da paixão (ZACHARIAS, 2016).
espanhol), ou seja fruto da paixão (ZACHARIAS, 2016).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Elielcondeeg,
Foto: Elielcondeeg,CCCC BY-SA
BY-SA 4.0 <https://creativecommons
4.0 <https://creativecom- Foto: Acervo do MHNBA 44
.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons
mons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons
Quem disse
que é só cidade? Mucugê
Nome científico: Couma rigida Müll. Arg. 1860
Nome científico: Couma rigida Müll. Arg. 1860
Etimologia: Tupi – Muku'ie
Etimologia: Tupi – Muku'ie
A região do parque nacional da Chapada diamantina abriga
uma árvore região
A do parque nacional
que emprestou seu nome da Chapada
a um riodiamantina abriga da
e uma cidade umaChapada,
árvoredo
trata-se quemucugê.
emprestou Essa
seu nome a um rio
planta, e uma cidade
endêmica do da Chapada,
nosso trata-se
país, é apreciada
pelo dosabor
mucugê. Essaseus
dos planta,frutos,
endêmica do nosso país,
podendo ser é encontrada
apreciada pelo sabor
à beirados de rios
(SOUSA, 1851).podendo ser encontrada à beira de rios (SOUSA, 1851).
seus frutos,
ÉÉ consumida
consumida localmente
localmente atravésatravés
da coletadaextrativista
coleta extrativista
e da produçãoe da pro-
dução artesanal de licor.
artesanal de licor.

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA
45
Varre, Piaçava
varre
Nome científico: Attalea funifera Mart. 1825
NomeEtimologia: TupiAttalea
científico: funifera
– Pyá-açaba Mart.ou1825
– amarrilho a atadura
Etimologia: Tupi – Pyá-açaba – amarrilho ou a atadura
Piaçaba ou piaçava é o nome de uma palmeira usada há muito tempo
Piaçaba
por diversas ou indígenas
etnias piaçava paraé oanome de de
fabricação uma palmeira
cestos e cordas, usada
bem comohá muito
tempopor
por diversas etnias
comunidades indígenas
tradicionais paraum
que fabricam a fabricação
artesanato de de
altacestos e cordas,
qualidade,
bem como por comunidades tradicionais que fabricam um artesanato de
fazendo uso de quase todas as partes da planta (CARVALHO;
alta qualidade, fazendo uso de quase todas as partes da planta (CARVA-
CONCEIÇÃO; JESUS, 2018).
LHO; CONCEIÇÃO; JESUS, 2018).
AAfibra
fibra extraída
extraída do do
tronco da piaçava
tronco é lisa, impermeável
da piaçava e muito
é lisa, impermeável e
muito resistente,
resistente, sendo a principal
sendo matéria matéria
a principal prima paraprima
a produção
para da famosa
a produção da
famosa vassoura
vassoura de piaçava,
de piaçava, além de além de também
também ser empregada
ser empregada na produção nade produ-
ção de escovões,
escovões, cabos náuticos
cabos náuticos e cordas (CARVALHO;
e cordas (CARVALHO; CONCEIÇÃO; JESUS,CONCEIÇÃO;
JESUS, 2018).
2018).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA
46
Palmeira Pindobassu
para toda obra
Nome científico:
Nome científico: Attalea
Attalea pindobassu
pindobassu Bondar, 1942 Bondar, 1942
Etimologia: Tupi:
Etimologia: Tupi: – Pindô-assu
– Pindô-assu – a palmeira–grande.
a palmeira grande.

O pindobassu é uma palmeira nativa do estado da Bahia, sendo


O pindobassu é uma palmeira nativa do estado da Bahia, sendo encontrada na
encontrada na região da Serra do Ouro e destacando-se pelo seu tamanho
região da Serra do Ouro e destacando-se pelo seu tamanho (NOBLICK, 2019).
(NOBLICK, 2019).
As folhas do pindobassu são uma importante fonte de matéria-prima para a
As folhas do pindobassu são uma importante fonte de matéria-
produção de utensílios domésticos e para alimentação do gado, além de se extrair, dos
-prima para a produção de utensílios domésticos e para alimentação do
seus frutos, um tipo de óleo (SANTOS, 2018).
gado, além de se extrair, dos seus frutos, um tipo de óleo (SANTOS, 2018).

Foto: Herbário
Foto: Herbário Alexandre Leal Costa.
Alexandre Leal Costa.

47
Palmito Pupunha
ou fruto?
Nome científico: Bactris gasipaes Kunth, 1816
Etimologia: Tupi – Pupunuã
Nome científico: Bactris gasipaes Kunth, 1816
Etimologia: Tupi – Pupunuã
Essa palmeira de grande porte foi domesticada, incialmente, por indígenas
da Amazônia,
Essa sendo conhecida
palmeira pelos seusporte
de grande frutos de
foisabor agradável e altamente
domesticada, incialmente, por
indígenas dageralmente
nutritivos, Amazônia, sendo conhecida
consumidos pelos seus de
cozidos e acompanhados frutos
café, de sabor
sendo uma agradável
e altamente
importante nutritivos, geralmente
fonte de alimento consumidos
para as populações cozidos
as famílias e acompanhados
de áreas rurais e de
café,grupos
sendo uma importante
indígenas (NOGUEIRA,fonte1995). de alimento para as populações as famílias
de áreas rurais e grupos indígenas (NOGUEIRA, 1995).
Todavia, não são apenas os frutos da pupunha que podem ser aproveitados:
Todavia, não são apenas os frutos da pupunha que podem ser apro-
sua madeira preta com linhas amareladas é excelente para móveis e artesanato,
veitados: sua madeira preta com linhas amareladas é excelente para móveis e
suas folhas podem ser usadas na produção de cestos e seu caule produz um palmito
artesanato, suas folhas podem ser usadas na produção de cestos e seu caule
de boa qualidade (CYMERYS; CLEMENT, 2010).
produz um palmito de boa qualidade (CYMERYS; CLEMENT, 2010).
Alguma grupos indígenas do alto dos rios Negro e Solimões, no Amazonas,
Alguma grupos indígenas do alto dos rios Negro e Solimões, no Amazonas,
realizam uma "festa da pupunha" durante o período de safra dessa palmeira, época
realizam uma "festa da pupunha" durante o período de safra dessa palmeira,
em em
época quequepreparam
preparama caissuma, uma bebida
a caissuma, fermentada
uma bebida feita de pupunha
fermentada feita de pupunha
(CYMERYS;
(CYMERYS; CLEMENT,
CLEMENT, 2010).
2010).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
48
Caixinha? Sapucaia
Nome científico: Lecythis sp
NomeEtimologia: Tupi
científico: – Yasapukáia
Lecythis sp – fruto que faz os olhos saltados
Etimologia: Tupi – Yasapukáia – fruto que faz os olhos saltados
A sapucaia é uma árvore muita apreciada no paisagismo, com flores
brancas ou lilases éque
A sapucaia umacobrem a copa
árvore da árvore,
muita além de
apreciada noproduzir uma com
paisagismo,
madeira de
flores brancas ou boa
lilasesqualidade, apropriada
que cobrem paradainstrumentos
a copa árvore, além musicais,
de produzir
brinquedos
uma madeira dee boa
cabosqualidade,
de ferramentas (CARVALHO,
apropriada para 2014).
instrumentos musicais,
brinquedos Ae característica
cabos de ferramentas
mais marcante (CARVALHO,
dessa planta é o 2014).
seu fruto, de formato
A característica mais marcante dessa planta é o seu fruto, de
esférico, similar a uma cabaça e que guarda em seu interior sementes
formato esférico, similar a uma cabaça e que guarda em seu interior se-
comestíveis comparadas a famosa castanha-do-pará (FILHO; SARTORELI,
mentes comestíveis comparadas a famosa castanha-do-pará (FILHO; SAR-
2014).
TORELI, 2014).
O Onome
nome sapucaia
sapucaia provavelmente deve-se deve-se
provavelmente a semelhança que o seu fruto que o
a semelhança
tem tem
seu fruto com umcomolhoumaberto
olhoouaberto
esbugalhado.
ou esbugalhado.

Fotos: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA Foto: Acervo do MHNBA

49
Santo Sucupira-preto
remédio

Nome científico: Bowdichia virgilioidis Kunth, 1824


Nome Tupi – Bowdichia
científico:
Etimologia: Sewipíra virgilioidis Kunth, 1824
Etimologia: Tupi – Sewipíra

Nativa
Nativado do
cerrado brasileiro,
cerrado a sucupira
brasileiro, é considerada
a sucupira um santo
é considerada um
santo remédio
remédio na medicina
na medicina popular,
popular, onde o onde o óleo extraído
óleo extraído do seu
do seu fruto é fruto
é empregadas
empregadas como como anti-inflamatório,
anti-inflamatório, antibióticoantibiótico e anestésico
e anestésico para dores de para
dores de coluna e reumáticas (FILHO, 2015).
coluna e reumáticas (FILHO, 2015).
Por causa dessas propriedades fitoterápicas, o sucupira des-
Por causa dessas propriedades fitoterápicas, o sucupira despertou o
pertou o interesse de muitos pesquisadores que vem investigando a
interesse
fundo suas de muitos pesquisadores
propriedades curativas,que vem
com investigando
resultadosa promissores
fundo suas para
sua propriedades
capacidadecurativas, com resultadosansiolíticas
anti-inflamatória, promissores para sua capacidade (MA-
e hipoglicemiante
anti-inflamatória,
CHADO ansiolíticas e hipoglicemiante (MACHADO et al., 2018).
et al., 2018).

Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA

50
Folha Taioba
grande
Nome científico: Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott, 1832
Nome Tupi –Xanthosoma
científico:
Etimologia: sagittifolium
Tai'aóba – cheia de folhagem (L.) Scho�, 1832
Etimologia: Tupi – Tai'aóba – cheia de folhagem

Essa Panc (planta alimentícia não convencional) tem sido cada vez
Essa Panc
mais apreciada (planta na
e valorizada alimentícia não
culinária para convencional)
o preparo tem sido cada
de sopas, saladas,
vez mais apreciada e valorizada na culinária para o preparo de sopas, sa-
pães e bolos (KELEN et al., 2015) A taioba tem um sabor que lembra o
ladas, pães e bolos (KELEN et al., 2015) A taioba tem um sabor que lembra
couve e suas folhas, raiz e caule podem ser consumidos, sendo necessário o
o couve e suas folhas, raiz e caule podem ser consumidos, sendo necessá-
rio o cozimento
cozimento prévio.
prévio.
Todavia, aa taioba
Todavia, taiobademanda
demanda um umcertocerto
cuidado, já que já
cuidado, pode
queserpode ser
confundida
confundida comcomoutras
outras plantas
plantas– falsas taiobas,
– falsas comigo-ninguém
taiobas, pode – que pode –
comigo-ninguém
que são
são tóxicas, sendonecessário
tóxicas, sendo necessário identificá-la
identificá-la corretamente
corretamente antes de antes
ser de ser
consumida.
consumida.

Foto: Tau olunga,


Foto: Tauʻolunga, CC2.5 BY-SA
CC BY-SA 2.5 <https://creativecommons.org/licenses/by-
<https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5>, via Wikimedia
Commons
-sa/2.5>, via Wikimedia Commons
51
Sagrada Umbu
Nome científico: Spondias tuberosa Arruda, 1816
Etimologia:
Nome Tupi –Spondias
científico: Y'mbu – Árvore que dáArruda,
tuberosa de beber1816
Etimologia: Tupi – Y'mbu – Árvore que dá de beber
O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte, que dá frutos famosos
pelo O
seuumbuzeiro é uma
sabor meio azedo árvore
e meio de pequeno
adocicado, porte,
sendo utilizado que ou
in natura dá frutos
famosos pelo seu sabor meio azedo e meio adocicado, sendo utilizado in
para a produção de doces, licores e geleias (ARAÚJO et al., 2009), além de
natura ou para a produção de doces, licores e geleias (ARAÚJO et al.,
ser uma importante fonte de renda para os agricultores e famílias da região
2009), além de ser uma importante fonte de renda para os agricultores e
do semi-árido
famílias da região nordestino (CAVALCANTI
do semi-árido et al., 2001
nordestino apud ARAÚJO et
(CAVALCANTI etal.,
al., 2001
apud 2009).
ARAÚJO et al., 2009).
Todavia, aa característica
Todavia, característica maismais
peculiar do umbuzeiro,
peculiar apelidado apelidado
do umbuzeiro, de
de árvore
árvoresagrada
sagrada do dosertão
sertão (CUNHA,
(CUNHA, 19851985 apud ARAÚJO
apud ARAÚJO et al.,é a2009), é
et al., 2009),
a sua sua
capacidade
capacidade de armazenar
de armazenar umauma grande
grande quantidade
quantidade de água em desuaságua
raízes.em suas
raízes.
Quando os indígenas localizavam as raízes do umbuzeiro, cavavam e
Quando os indígenas localizavam as raízes do umbuzeiro, cava-
saciavam a sede com a água que encontravam (SOUSA, 1851). Por causa
vam e saciavam a sede com a água que encontravam (SOUSA, 1851). Por
causa dessa característica,
dessa deram-lhe
característica, o nome de y'mbu,
deram-lhe o nomeque significa
de y'mbu,arvoreque
que dásignifica
arvoredeque
beber.
dá de beber.

52
Foto: Acervo
Foto: Acervo do MHNBA
do MHNBA
Na Umburana
cachaça de cheiro

Nome científico: Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. 1940


Nome científico: Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. 1940
Etimologia: Tupi – Ymbú-rana – que parece umbu mas não é, ou falso umbu
Etimologia: Tupi – Ymbú-rana – que parece umbu mas não é, ou falso umbu

A umburana
A umburana apresenta uma uma
apresenta grandegrande
variedade de usos, podendo
variedade de usos, ser podendo
usada para
ser usada para oopaisagismo
paisagismoou na
ou indústria de bebidas,
na indústria onde sua onde
de bebidas, madeirasuaé madeira
aplicadapara
é aplicada para aa produção
produção dedetoneis parapara
toneis o envelhecimento de cachaça
o envelhecimento de cachaça
(FILHO; SARTORELLI,
(FILHO; SARTORELLI,2015).
2015).
Essa árvore
Essa árvore também
também é amplamente
é amplamente empregadaempregada
na medicinana medicina po-
popular,
pular, onde suas sementes são usadas no tratamento de doenças respira-
onde suas sementes são usadas no tratamento de doenças respiratórias, asmas
tórias, asmas e como antirreumático, além da casca ter propriedades anal-
e como antirreumático, além da casca ter propriedades analgésicas e anti-
gésicas e anti-inflamatórias (ROQUE et al., 2010).
inflamatórias (ROQUE et al., 2010).

Foto: Acervo do MHNBA


Foto: Acervo do MHNBA 53
Vermelho
feito urucum Urucum
Nome científico: Bixa orellana L. 1753
Nome científico: Bixa orellana L. 1753
Etimologia: Tupi – Uuru-ku – Vermelho
Etimologia: Tupi – Uuru-ku – Vermelho

O
O urucum
urucum é planta
é uma uma largamente
planta largamente utilizada
utilizada na indústria na indústria
alimentícia, sendo ali-
mentícia,
a base sendo
do corantea base do popularmente
chamado corante chamadode colorau.popularmente
Das suas sementes de secolorau.
Das suas
extraemsementes se corantes,
dois principais extraem umdois
de corprincipais corantes,
vermelha e outro amareladoum de cor ver-
(FABRI;
melha e outro amarelado
TERRAMOTO, 2015). Além (FABRI;
de dar corTERRAMOTO,
aos alimentos, como 2015).
queijosAlém de dar cor
e sorvetes,
aos alimentos, como queijos e sorvetes, ele também é utilizado na
ele também é utilizado na indústria têxtil e de perfumes (FABRI; TERRAMOTO,
indústria têxtil e de perfumes (FABRI; TERRAMOTO, 2015).
2015).
Contudo, muito antes de seu emprego comercial, o urucum já
Contudo, muito antes de seu emprego comercial, o urucum já era usado por
era usado por diversas etnias indígenas para pintar os seus corpos
diversas etnias indígenas para pintar os seus corpos (CASTRO, 2009). Percebendo
(CASTRO, 2009). Percebendo a coloração que obtinham dessa planta,
a coloração que obtinham dessa planta, deram-lhe o nome de Uru-ku, que significa
deram-lhe o nome de Uru-ku, que significa vermelho.
vermelho.
Para utilizar o pigmento, os indígenas misturam a gordura de
peixes ouPara utilizar
óleos o pigmento,
vegetais ao osurucum,
indígenas produzindo
misturam a gordura
umade pomada
peixes ou que é
óleos vegetais
aquecida com as ao urucum,
mãos no produzindo
momento uma pomada
em que que éa aquecida
aplicam comsobre
as mãoso corpo
no momento
(ALMEIDA, em que a aplicam sobre o corpo (ALMEIDA, 1931).
1931).

Foto: Rodrigo Brandão


Foto: Rodrigo Brandão

54
Curiosidades
Ao longo deste catálogo, foi apresentado apenas uma pequena
quantidade dos representantes da fauna e da flora com nomes de origem
indígena, uma vez que muitos dos animais e plantas do Brasil, apesar das
mudançasAoque as reformas
longo deste pombalinas
catálogo, trouxeram com a proibição
foi apresentado apenasda língua
uma peque-
na quantidade dos representantes
geral, são conhecidos popularmente pelos danomes
fauna e da
dados pelosflora
povoscom nomes de
nativos.
origem indígena, uma evez
Assim, estudar que muitos
conhecer dos animais
a etimologia e plantas
desses nomes é vital,do Brasil,
apesar das mudanças que as reformas pombalinas trouxeram com a
especialmente no caso brasileiro, dada a diversidade da fauna e flora local.
proibição da língua geral, são conhecidos popularmente pelos nomes
Para cada um dos animais e plantas, os indígenas davam nomes inspirados
dados pelos indígenas.
em suasAssim,
características
estudar marcantes ou hábitos,
e conhecer que revelam, desses
a etimologia inclusive,nomes
o saber é vital,
tradicional desses
especialmente no povos. Além do mais,
caso brasileiro, o conhecimento
dada desses nomes
a diversidade da faunae do e flora
saber
local. popular
Para cadaqueum elesdos
carregam pode eagregar
animais muitoos
plantas, as indígenas
pesquisas científicas,
davam nomes
inspirados
incluindoem suas características
a descrição e identificação de marcantes
novas espécies.ou hábitos, que revelam,
inclusive,Entendendo
o saber tradicional desses
a importância desse povos.
trabalho, Além
durante do mais,
a exposição feitao naconheci-
mento desses nomes e do saber popular que eles carregam pode agre-
17° Semana Nacional dos Museus também foram apresentadas algumas
gar muito as pesquisas científicas, incluindo a descrição e identificação
práticas culturais dos indígenas, como a aplicação da vacina do sapo, o
de novas espécies.
kambô,No além do esforço
intuito de feito por alguns
valorizar pesquisadores
a relação para darentre
que existe visibilidade
indígenas e
as línguas
a fauna local,indígenas por batizar peixes
dois pesquisadores doe Instituto
insetos comde nomes científicos
Biologia da UFBA e
inspirados
Museu em palavras
de História provenientes
Natural das línguas
da Bahia, faladas pelos
professores povosCalor
Adolfo nativos. e Angela
Zanata,
Desse batizaram peixes enessa
modo, apresentamos, insetos
seção,com nomes
algumas científicos
dessas informaçõesinspirados
e
em palavras provenientes das línguas faladas pelos indígenas, como
curiosidades.
será mostrado a seguir.
Adicionalmente, apresentamos como curiosidade uma prática
cultural dos indígenas: a aplicação da vacina do sapo, o kambô.

55
A Vacina do Sapo
Desde a antiguidade, a humanidade faz uso de substância extraídas de
animaisDesde a antiguidade,
para a medicina a humanidade
tradicional. faz
Nas comunidades uso dedasubstância
indígenas América do extraí-
das de
Sul,animais para utilizam
diversas etnias a medicina tradicional.
a secreção Nas do
extraída da pele comunidades indígenas da
kambô, nome indígena
América do Sul, diversas etnias utilizam a secreção extraída da pele do
da Philomedusa bicolor, uma espécie de anuro.
kambô, nome indígena da Philomedusa bicolor, uma espécie de anuro.
Para aplicação da vacina do sapo, os indígenas, após encontrarem o kambô,
Para aplicação da vacina do sapo, os indígenas, após encontrarem
raspam um pouco da secreção do corpo do animal e colocam para secar em um
o kambô, raspam um pouco da secreção do corpo do animal e colocam para
pedaço de madeira. Depois, o pajé ou curandeiro faz pequenos queimaduras no
secar em um pedaço de madeira. Depois, o pajé ou curandeiro faz pequenos
braço ou peito
queimaduras dos doentes
no braço e aplica
ou peito dosa secreção
doentesdoe kambô
aplicanoa local (BERNADE;
secreção do kambô no
local SANTOS,
(BERNADE; 2009).
SANTOS, 2009).
Os indígenas
Os indígenasacreditam que aque
acreditam vacina do sapo
a vacina dopromove a cura física
sapo promove e física
a cura
espiritualpor
e espiritual por combater
combater a panema, uma palavra
a panema, indígenaindígena
uma palavra para todo tipo
parade todo
coisas tipo de
coisasruins e fraqueza
ruins (BERNADE;
e fraqueza SANTOS,
(BERNADE; 2009).
SANTOS, Através
2009). desse desse
Através ritual, ritual,
eles eles
acreditam combater
acreditam combater a indisposição,
indisposição, aumentar
aumentar a resistência
a resistência e aeforça
e a força física sexual física e
sexual
dosdos doentes.
doentes.
Contudo, ainda
Contudo, ainda nãonão há estudos
há estudos científicos
científicos suficientessuficientes que os
que comprovem compro-
vem os efeitos
efeitos curativos
curativos dadovacina
da vacina do sapo.
sapo. Portanto, elaPortanto, elaadministrada
não deve ser não deve por
ser admi-
nistrada por um não especialista ou fora das comunidades tradicionais, já
um não especialista ou fora das comunidades tradicionais, já que a secreção do
que a secreção do kambô é tóxica, podendo levar a taquicardia, náuseas, ton-
kambô é tóxica, podendo levar a taquicardia, náuseas, tonturas e vômito (SILVA
turas e vômito (SILVA et al., 2009).
et al., 2009).
Aplicação da vacina
Aplicação da vacina do
dosapo
sapo Pererecado
Perereca do mesmo
mesmo gênero
gênero do
dokambô
kambô

Foto:
Foto:Vincent Moon,
Vincent CC BYCC3.0 BY
Moon, <ht- 3.0 Foto:
Foto:Giovanna
Giovanna Hemerley
Hemerley
<https://creativecommons.org/licenses/by/3.0>, via
t p sWikimedia
: / / c r e a tCommons
ivecommons.org/licen-

ses/by/3.0>, via Wikimedia Commons


56
Povos e línguas indígenas homenageados em
nomes científicos de peixes
Jupiaba
Jupiaba

Você já ouviu a palavra “Jupiaba” ? Trata-se de um vocábulo de origem


Você já ouviu a palavra “Jupiaba” ? Trata-se de um vocábulo de origem
tupi para designar diversos peixes encontrados em rios. A palavra é formada pela
tupi para designar diversos peixes encontrados em rios. A palavra é formada pela
junção de “ju” (espinho) – por causa do espinho na sua nadadeira pélvica – mais
junção de “ju” (espinho) – por causa do espinho na sua nadadeira pélvica – mais
“piaba” (peixe pequeno de rio). Assim, essa palavra foi escolhida para nomear
“piaba” (peixe pequeno de rio). Assim, essa palavra foi escolhida para nomear mais
mais de 20 espécies do gênero Jupiaba (BIRINDELLI et al., 2009). Conheça
de 20 espécies do gênero Jupiaba (BIRINDELLI et al., 2009). Conheça alguns peixes
alguns peixes batizados com esse nome.
batizados com esse nome.
Jupiaba kurua Birindelli, Zanata, Sousa & Netto-Ferreira, 2009 – Essa nova espécie
Jupiaba kurua Birindelli, Zanata, Sousa & Netto-Ferreira, 2009 – Essa nova
de jupiaba, deriva o seu nome da palavra tupi kurua, em alusão à localidade tipo da
espécie de jupiaba, deriva o seu nome da palavra tupi kurua, em alusão à localidade
espécie, no rio Curuá, no estado do Pará (BIRINDELLI et al., 2009).
tipo da espécie, no rio Curuá, no estado do Pará (BIRINDELLI et al., 2009).

Foto: Jupiaba kurua, live paratype. MZUSP 101299, approximately 80.0mm SL, upper rio
Foto: Jupiaba
Curuá, kurua,
Xingu basin. live paratype.
Disponível MZUSP 101299, approximately 80.0mm SL, upper rio
em: <https://doi.org/10.1590/S1679-62252009000100002.>.
Curuá, Xingu basin. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1679-62252009000100002.>.

Jupiaba iasy Netto-Ferreira, Zanata, Birindelli & Sousa, 2009 – O nome îasy
Jupiaba iasy Netto-Ferreira, Zanata, Birindelli & Sousa, 2009 – O nome îasy
deriva do tupi e significa lua. Nas lendas amazônicas, Iacy também é o nome de uma
deriva do tupi e significa lua. Nas lendas amazônicas, Iacy também é o nome de uma
deusa, a mãe-lua, onde, de acordo com a lenda, ela recebia oferendas das icamia-
deusa, a mãe-lua, onde, de acordo com a lenda, ela recebia oferendas das icamiabas, belas
bas, belas mulheres indígenas e guerreiras (SANTOS, 2017). O peixe batizado com
mulheres indígenas e guerreiras (SANTOS, 2017). O peixe batizado com esse nome tem
esse nome tem uma macha em forma de lua crescente em seu corpo.
uma macha em forma de lua crescente em seu corpo.

Foto: Jupiaba iasy,


Foto: Jupiaba iasy, holotype,
holotype,MZUSP
MZUSP 100854,
100854, 47.1
47.1 mm
mm SL,
SL,rio
rioTeles
TelesPires,
Pires,Paranaíta,
Paranaíta, Mato
Mato Grosso
Grosso
State, Brazil. Disponível em: <https://zenodo.org/record/275242>
State, Brazil. Disponível em: <https://zenodo.org/record/275242>

57
Jupiaba poranga Zanata, 1997 – A palavra poranga deriva do tupi-guarani
Jupiaba poranga Zanata, 1997 – A palavra poranga deriva do tupi-gua-
raniporã
porãe significa belo
e significa ou bonito.
belo ou bonito.

Foto:Ângela
Foto: Ângela Zanata
Zanata

Tapuia
Tapuia Você já ouviu a palavra Tapuia? Trata-se da palavra através da qual os
indígenas Você já ouviu
do litoral a palavra Tapuia?
– pertencentes Trata-se
a família da palavra
linguística através– da qual os
tupi-guarani
indígenas do litoral
identificavam os seus– pertencentes a família
principais inimigos, linguística
os indígenas tupi-guarani
Macro-gê, – identifica-
uma outra
vam os seus
família principais
linguística, inimigos,
contra os quais os indígenas
entravam Macro-gê,
em constantes uma outra
conflitos. Mais família
tarde, linguísti-
ca, contra os quais entravam em constantes conflitos. Mais tarde, os portugueses
os portugueses usaram esse termo para designar o índio “bárbaro” e resistente a
usaram esse termo para designar o índio “bárbaro” e resistente a colonização (PA-
colonização (PARAÍSO, 1994).
RAÍSO, 1994).
Characidium tapuia Zanata, Ramos & Oliveira-Silva, 2018 – Encontrado no
Characidium tapuia Zanata, Ramos & Oliveira-Silva, 2018 – Encontrado no
rio Parnaíba, no estado do Maranhão, local onde, historicamente, habitaram e habitam
rio Parnaíba, no estado do Maranhão, local onde, historicamente, habitaram e habi-
povos da família Macro-gê (os tapuias).
tam povos da família Macro-gê (os tapuias).

Foto: Characidium tapuia, paratype, UFRN 2871, 30.0 mm SL, Brazil, Piauí, rio São Gonçalo do
Foto: Characidium
Gurgueia, tapuia,
rio Paranaíba paratype, UFRN 2871, 30.0 mm SL, Brazil, Piauí, rio São Gonçalo do
basin
Gurgueia, rio Paranaíba basin

58
Jaguar
JAGUAR

A palavra jaguar tem uma história muito interessante: originária do


tupi-guarani – Îaguar
A palavra jaguar –tem
parauma
designar a onça-pintada
história (Panthera
muito interessante: onca), os
originária do tupi-
indígenas
-guarani usaram
– Îaguar a mesma
– para palavra
designar para designar(Panthera
a onça-pintada um animalonca),
trazidoospelos
indígenas
usaramportugueses:
a mesma palavra paraAssim,
o cachorro. designar um animal
a pantera passoutrazido pelos portugueses:
a ser conhecida como o
cachorro. Assim, a pantera passou a ser conhecida como iaguar-êté (jaguar verda-
iaguar-êté (jaguar verdadeiro) e o cachorro como iaguar. Agora, esse nome
deiro) e o cachorro como iaguar. Agora, esse nome também identifica uma espécie
também identifica uma espécie de peixe.
de peixe.

Hypostomus jaguar Zanata, Sardeiro & Zawadzki, 2013 – Encontrado no rio


Hypostomus jaguar Zanata, Sardeiro & Zawadzki, 2013 – Encontrado no rio para-
paraguaçu, na Bahia, o acari ou chupa-pedra, vive no fundo dos rios e tem o seu corpo
guaçu, na Bahia, o acari ou chupa-pedra, vive no fundo dos rios e tem o seu corpo
recoberto por placas ósseas – formando um tipo de “armadura – em um padrão de
recoberto por placas ósseas – formando um tipo de “armadura – em um padrão de
manchas escuras em um fundo claro, lembrando a pele do jaguar
manchas escuras em um fundo claro, lembrando a pele do jaguar.

Foto: Hypostomus
Foto: jaguar , holotype, MZUSP 110603, 164.8 mm SL, from the rio Paraguaçu,
Hypostomus jaguar , holotype, MZUSP 110603, 164.8 mm SL, from the rio Paraguaçu,
Bahia State, Brazil, Foto: Zanata, A.M.; Sardeiro, B. & Zawadzki, C.H

59
Kiriri
KIRIRI

A palavra kiriri, embora designe um povo indígena da família Macro-


A palavra kiriri, embora designe um povo indígena da família Macro-gê,
gê, é de origem tupi e significa calado ou silencioso. Desde o século passado,
é de origem tupi e significa calado ou silencioso. Desde o século passado os kiriri
os kiriri tem participado ativamente na luta pelo reconhecimento e defesa
tem participado ativamente na luta pelo reconhecimento e defesa dos povos indí-
dos do
genas povos indígenasconseguindo
nordeste, do nordeste, conseguindo
importantesimportantes avanços. oConfira
avanços. Confira peixe batizado
como esse
peixenome.
batizado com esse nome.

Aspidoreas kiriri Oliveira, Zanata, Tencatt & Britto, 2017 – Encontrados no rio da
Dona, no estado da Bahia, esses peixes levam o nome do povo indígena que origi-
Aspidoreas kiriri Oliveira, Zanata, Tencatt & Britto, 2017 – Encontrados no rio
nalmente habitou a região. (OLIVEIRA et al., 2017)
da Dona, no estado da Bahia, esses peixes levam o nome do povo indígena que
originalmente habitou a região (OLIVEIRA et al., 2017)

Foto: Aspidoras kiriri, holotype, MNRJ 47400, 30.6 mm SL, Brazil, Bahia, Serra da Jibóia,
Varzedo, rio da Dona basin, riacho Cai-Camarão. Lateral view. Photographed in life.

Foto: Aspidoras kiriri, holotype, MNRJ 47400, 30.6 mm SL, Brazil, Bahia, Serra da Jibóia,
Varzedo, rio da Dona basin, riacho Cai-Camarão. Lateral view. Photographed in life.

60
Povos e línguas indígenas homenageados em
nomes científicos de insetos

Gênero Tupiperla

Gênero Tupiperla
Os insetos pertencentes a esse gênero fazem parte de uma ordem de
insetos Os
aquáticos
insetos muito importantes,
pertencentes a esseuma vezfazem
gênero que parte
servemde como
uma ordem de
insetos aquáticosda
bioindicadores muito importantes,
qualidade das fontesuma vez que
de água servem
em que como
habitam, bioindicadores da
auxiliando
qualidade das fontes de água em que habitam, auxiliando no processo de biomoni-
no processo de biomonitoramento (NOGUEIRA, et al., 2011). Conheça duas
toramento (NOGUEIRA, et al., 2011). Conheça duas espécies de Tupiperla cujos
espécies de Tupiperla cujos nomes tem origem indígena.
nomes tem origem indígena.

Tupiperla guariru Duarte; Bispo & Calor, 2014 – A palavra gariru vem do tupi,
Tupiperla guariru Duarte; Bispo & Calor, 2014 – A palavra gariru vem do tupi,
sendo
sendo umumantigo
antigo topônimo
topônimo parapara
a região da serradadaserra
a região jiboia da
– local onde– foi
jiboia localizado
local onde foio localiza-
Tupiperla guariru – e significa reservatório de água. (DUARTE, et al., 2014)
do o Tupiperla guariru – e significa reservatório de água. (DUARTE, et al., 2014)

Tupiperla
Tupiperla jumirim Bispo
jumirimBispo && Froehlich,
Froehlich, 2007
2007 – –– AApalavra
palavra jumirim
jumirimvemvem
do tupi-
do tupi- gua-
raniguarani jurumirim,
jurumirim, sendo formada
sendo formada pela junção
pela de jurú
junção de(boca)
jurú mais mirim
(boca) (pequena),
mais mirimou(pequena),
ou seja,
seja,boca
bocapequena. Além Além
pequena. do mais,
doo mais,
vocábulo também nomeia
o vocábulo um munícipio
também nomeiadoum
estado
munícipio do
de SãodePaulo.
estado São Paulo.

Gênero Xiphocentron
Gênero Xiphocentron

Os animais pertencentes a esse gênero fazem parte de uma ordem de


insetos – Os animais pertencentes
Trichoptera – que alémade
esse gênero
serem fazem partebioindicadores,
importantes de uma ordem detambém são
verdadeiros
insetos – joalheiros,
Trichoptera pois emalém
– que sua de
fase de larva
serem aquáticabioindicadores,
importantes constroem elaborados
casulos com os detritos do fundo dos rios (LIMA, 1943), às vezes agrupando rochas
também são verdadeiros joalheiros, pois em sua fase de larva aquática
ou minerais preciosos sobre esse invólucro.
constroem elaborados casulos com os detritos do fundo dos rios (LIMA,
1943), às vezes agrupando rochas ou minerais preciosos sobre esse
Xiphocentron kamakan – A palavra kamakan refere-se a um grupo indígena da
invólucro.
família Macro-Gê, que teria habitado a região que hoje corresponde ao munícipio
de Camacan (CALOR; VILARINO, 2015)

61
Xiphocentron kamakan – A palavra kamakan refere-se a um grupo indígena
da família Macro-Gê, que teria habitado a região que hoje corresponde ao
munícipio de Camacan (CALOR; VILARINO, 2015

Gênero Grumichella

Xiphocentron kamakan – A palavra kamakan refere-se a um grupo indígena da


Os insetos desse gênero, assim como Xiphocentron, também são
família Macro-Gê, que teria habitado a região que hoje corresponde ao munícipio
insetos aquáticos
de Camacan (CALOR;eVILARINO,
de grande importância
2015) ecológica. Confira três espécies de
Grumichella com nomes indígenas.

Grumichella boraceia Calor & Holzenthal, 2016 – A palavra boraceia ou


Gênero Grumichella
poraceia, vem do tupi e significa dança, além de fazer referência a um município do estado
de São Paulo e a uma estação ecológica do mesmo nome (CALOR et al., 2016)

Os insetos
Grumichella desse
carioca – A gênero, assimvem
palavra carioca como Xiphocentron,
do tupi, também
sendo formada pela junção são insetos
aquáticos e de grande importância ecológica. Confira três espécies de Grumichella com
das palavras kariua (homem branco) mais oka (casa), ou seja, a casa do homem branco.
nomes indígenas.
Essa palavra também é usada para identificar aqueles que nascem no Rio de Janeiro.

Grumichella boraceia Calor & Holzenthal, 2016 – A palavra boraceia ou poraceia, vem
Grumichella jureia Calor & Holzenthal, 2016 – A palavra jureia vem do tupi e
do tupi e significa dança, além de fazer referência a um município do estado de São
significa ponta saliente, além de fazer referência à estação ecológica Jureia-Itatins
Paulo e a uma estação ecológica do mesmo nome. (CALOR et al., 2016)
(CALOR et al., 2016), outra palavra indígena que em uma tradução livre seria equivalente
a nariz pontudo de pedra.
Grumichella carioca – A palavra carioca vem do tupi, sendo formada pela junção das
palavras kariua (homem branco) mais oka (casa), ou seja, a casa do homem branco. Essa
palavra também é usada para identificar aqueles que nascem no Rio de Janeiro.

Grumichella jureia – Calor & Holzenthal, 2016 – A palavra jureia vem do tupi e significa
ponta saliente, além de fazer referência à estação ecológica Jureia-Itatins (CALOR et al.,
2016), outra palavra indígena que em uma tradução livre seria equivalente a nariz pon-
tudo de pedra.

62
Equipe

Priscila Camelier: coordenadora do Museu de História Natural da Bahia


Priscila Camelier: coordenadora do Museu de História Natural da Bahia

José
José GeraldodedeAquino
Geraldo AquinoAssis:
Assis:coordenador
coordenador do
doSetor
SetorEducacional
Educacionaldodo
Museu de História Natural da Bahia
Museu de História Natural da Bahia

Lana D’ Andrade – fotografia e apoio técnico


Lana D’ Andrade – fotografia e apoio técnico

Abel Mescena – pesquisador


Abel Mescena – pesquisador

RodrigoBrandão
Rodrigo Brandão -- fotógrafo
fotógrafo

Eva
EvaPires - Layout
Pires- layout ee diagramação
diagramação

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