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regiões
mais
ricas do
mundo
O
Pantanal e a Amazônia são dois dos maiores ecossistemas do mundo. O primeiro, marcado por
grande quantidade de chuva – que deixa boa parte de suas terras debaixo d’água –, possui mais
de 4.600 espécies de plantas e animais. Já o segundo, há muito tempo erroneamente denominado
Boa leitura,
Os Editores
redacao@editoraonline.com.br
www.revistaonline.com.br
Sumário
Pantanal 06
Amazônia 10
Bichos de Estimação 15
Espécies 18
Répteis
Jacaré-do-Pantanal (Caiman crocodilus yacare) 19
Jiboia (Boa constrictor Linnaeus, 1758) 20
Muçuã (Kinosternon scorpioides Linnaeus, 1766) 21
Surucucu-do-Pantanal ou Boipevaçu (Hydrodinastes gigas Duméril, 1853) 22
Tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa Schweigger, 1812) 23
Lagarto-teiú (Tupinambis merinae Duméril & Bibron) 24
Sucuri (Eunectes murinus Linnaeus, 1758) 25
Jabuti-piranga (Geochelone carbonaria Spix, 1824) 26
Aves
Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus Lathan, 1790) 27
Arara-canindé (Ara ararauna Linnaeus, 1758) 28
Ararajuba(Aratinga guarouba Gmelin, 1788) 29
Tuiuiú (Jabiru mycteria Lichtenstein, 1819) 30
Caracará ou carancho (Polyborus plancus Miller, JF 1777) 31
Cardeal (Paroaria capitata Orbigny & Lafresnaye, 1837) 32
Colheireiro (Platalea ajaja Lineu, 1758) 33
Coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia Molina, 1782) 34
Coruja-suindara (Tyto alba Scopoli, 1769) 35
Ema (Struthioniforme) 36
Garça-branca (Ardea alba Linnaeus, 1758) 37
Urutau (Nyctibius griseus Gmelin, 1789) 38
Jaçanã (Jacana jacana) 39
Maguari (Ciconia maguari Gmelin, 1789) 40
Maria-faceira (Syrigma sibilatrix Temminck, 1824) 41
Mutum de bico amarelo (Crax fasciolata pinima Pelzeln, 1870) 42
Papagaio-do-mangue (Amazona amazonica Lineu, 1766) 43
Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris Vieillot, 1818) 44
Quero-quero (Vanelus chilensis Molina, 1782) 45
Savacu (Nycticorax nycticorax Linnaeus, 1758) 46
Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766) 47
Tucanuçu (Ramphastos toco Statius Muller, 1776) 48
Arara vermelha (Ara chloroptera Gray, 1859) 49
Mamíferos
Boto (Inia geoffrensis Blainville, 1817) 50
Cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus Lund, 1842) 51
Capivara (Hydrochoerus hydrocaeris Linnaeus, 1766) 52
Cateto (Tayasu tajacu Linnaeus, 1758) 53
Cotia (Dasyprocta aguti Linnaeus, 1766) 54
Peixes
Traíra (Hoplias malabaricus Bloch, 1794) 66
Tambaqui (Colossoma macropomum Curvier, 1818) 67
Poraquê (Electrophorus electricus Linnaeus, 1766) 68
Pirarucu (Arapaima gigas Curvier, 1829) 69
Acará-disco (Symphysodon discus Heckel, 1840) 70
Tucunaré (Cichla spp) 70
Aruanã prata (Osteoglossum bicirrhosum Vandelli, 1829) 71
Dourado (Salminus maxillosus Valenciennes, 1850) 71
Anfíbios
Cobra-cega (Siphonops annulatus Mikan, 1820) 72
Rã-pimenta ou Jia verdadeira(Leptodactylus labyrinthicus Spix, 1824) 73
Sapo de chifre (Ceratophrys cornuta Linnaeus, 1758) 74
Sapo-garimpeiro (Dendrobates tinctorius Schneider, 1799) 75
Rã venenosa (Epipedobates pulchripectus) 76
Rã venenosa (Epipedobates trivittatus Von Spix, 1824) 77
Extinção 78
Onde encontrar 82
Greenpeace/ Rodrigo Baleia
de plantas e animais
povoam o Pantanal
Mais que sinônimo de diversidade, o Pan- 177 de répteis, 41 de anfíbios e 325 de peixes de água
tanal significa quantidade. De plantas, aves, cobras, doce.
jacarés, mas, principalmente, de água. É isso mesmo: Devido às constantes inundações, fica difícil saber
sem as chuvas e enchentes que determinam os cená- as dimensões exatas do Pantanal. Estima-se que te-
rios da região, esse patrimônio da humanidade não nha, aproximadamente, 230 mil km², o que lhe con-
seria o que é. fere o título de maior planície alagável do mundo.
O título concedido pela UNESCO mostra Cerca de 150 mil km² ficam no Brasil, sendo 35%
o reconhecimento internacional do Pantanal como no Mato Grosso e 65% no Mato Grosso do Sul. O
uma das reservas naturais mais exuberantes do mun- restante se estende pelos territórios do Paraguai e da
do. Não é para menos, já que a região é um mosaico Bolívia.
de ricas formações vegetais, como a amazônica, os Mas não é só o tamanho do Pantanal que
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RA
é o de seca, que se estende de maio a outubro, marca- A vegetação aquática também é essencial para o equi-
do pela baixa das águas, permitindo o aparecimento dos líbrio do Pantanal, já que carrega grande quantidade de
campos de gramíneas e cerrado e bancos de areia, à me- matéria orgânica nos períodos de cheia. Durante a va-
dida que os rios retornam aos seus leitos naturais. É nessa zante, essa vegetação, junto a animais mortos, deposita-
época que surgem os corixos, cursos fluviais perenes que -se nas margens dos rios, constituindo um importante
conectam baías e lagoas a rios próximos. elemento fertilizador da planície.
Entre novembro e abril, esse cenário se transforma Apesar disso, grande parte dos solos pantaneiros
com a chegada das chuvas, facilmente absorvidas pelo é arenosa e pobre, tendo seu uso ainda mais limitado
solo poroso. Devido à umidade da terra e às plantas que pelo excesso de água, suportando apenas as pastagens
resistiram à escassez de água nos meses anteriores, a pla- nativas que alimentam os gados bovinos introduzidos
nície seca e sem cor se torna verde. Durante as enchen- pelos colonizadores.
tes, ocorre a interligação entre rios, braços e baías, que, Por ser uma planície, o Pantanal tem altitudes bai-
unidos, formam um imenso mar interior, conhecido nas xíssimas, que não ultrapassam 200 m acima do nível do
lendas indígenas, como “mar de Xaraés”. mar. Na realidade, a região é uma continuação ao norte
Esse é considerado o pior período para visitar a re- da Planície do Chaco, localizada no Paraguai, que está
gião, já que muitas estradas ficam interditadas por causa circundada por cuestas e outras formações mais altas, de-
do volume de água. No período de cheias, o transporte nominadas cordilheiras. As áreas baixas, sujeitas a inun-
de mercadorias e de pessoas só é feito através de embarca- dações frequentes, são conhecidas como baixos lagos.
ções ou no lombo de animais. Outro problema causado
pelas chuvas é o isolamento dos povoados situados em FAUNA: SOB O CICLO DAS ÁGUAS
áreas baixas, que ficam sem comunicação com seus cen- Como tudo no Pantanal é regido pelas águas, com
tros de abastecimento. a fauna não seria diferente. Grande parte dos animais,
Com o aguaceiro, rios transbordam e alagam os incluindo aves e mamíferos, depende da alimentação
campos à sua volta, fazendo que morros isolados sal- aquática. Quando o período de chuvas chega ao fim,
tem à vista como verdadeiras ilhas verdes cobertas pela plantas e bichos ficam retidos em algumas lagoas e em
exuberante vegetação pantaneira. Devido à baixa de- corixos isolados, que se transformam em alimentos para
clividade da região, as águas que caem nas cabeceiras a fauna pantaneira nos períodos de seca. Vale lembrar
do rio Paraguai – que, com seus afluentes, abastece que o Pantanal também se destaca como importante
todo Pantanal – podem demorar mais de quatro meses abrigo de aves aquáticas e espécies migratórias, que usam
para atravessar a região. a região para a reprodução e a alimentação de filhotes.
Hidrograficamente, todo o Pantanal faz parte da Ba- Os peixes que dominam as águas são o pacu, o cascudo,
cia do Paraguai, que tem mais de 1.400 km de extensão o pintado, o dourado e as piranhas. Estas são alvos dos
só no Brasil, abrangendo cerca de 170 rios. Além disso, é jacarés, importantes reguladores da fauna e agentes de
elo entre as duas maiores bacias sul-americanas: a Ama- reciclagem de nutrientes. As cobras também funcionam
zônica e a do Prata, possibilitando o contato e a troca como predadores aquáticos e semiterrestres, e a sucuri é
de espécies animais e vegetais das regiões abastecidas por uma das espécies mais perseguidas pelos pantaneiros. As
elas. Este processo é um dos grandes responsáveis pela aves aparecem como um dos maiores atrativos do Pan-
diversidade biológica do Pantanal. tanal, formando grandes grupos que buscam alimentos,
principalmente nos rios. A arara-azul e o aracuã são típi-
FLORA cos do local, além das aves de rapina.
Não existe um, mas sim diversos pantanais, que se Espécies que vivem no cerrado também são encon-
subdividem em regiões com características e ciclos pró- tradas em grande quantidade na região, atraídas pelos
prios. Contudo, há três tipos de formações claramente alimentos das áreas alagadas. Entre eles, estão o lobo-
distintas: amazônica, cerrado e chaco. As áreas mais bai- -guará e o tamanduá-bandeira, muito procurados pe-
los caçadores. Mas, ao contrário do que se imagina, “o conjunto de áreas extensas, baixa densidade populacio-
Pantanal é pobre em espécies endêmicas, ou seja, aquelas nal e alta diversidade biológica.
restritas a um tipo de ambiente, como é o caso da mata Mas o Pantanal não está a salvo das ameaças hu-
atlântica e de algumas regiões da Amazônia”, afirma San- manas. Um estudo sobre o desmatamento da Bacia do
dro Menezes, gerente do Programa Pantanal, da ONG Alto Paraguai, feito pela ONG CI, mostra que medi-
Conservação Internacional – Brasil (CI – Brasil). De das urgentes devem ser tomadas para que a vegetação
acordo com o pesquisador, o que mais caracteriza a fauna original não desapareça nos próximos 45 anos.
pantaneira são as grandes e saudáveis populações de ani- Sandro Menezes aponta o desmatamento da ve-
mais, algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul, getação nativa para o desenvolvimento de atividades
a ariranha, a lontra, o cervo-do-pantanal, o tamanduá- agropecuárias como a maior ameaça ao ecossistema.
-bandeira, a onça-pintada e o tatu-canastra, provenientes “Isso se deve à mudança da pecuária extensiva de bai-
de regiões vizinhas, como o cerrado, a Amazônia, a mata xo impacto para a pecuária intensiva, e à intensifica-
atlântica e o chaco.
ção agrícola nas regiões de nascentes dos rios da Bacia
do Alto Paraguai, que têm como consequências a ero-
PRESERVAÇÃO DO PANTANAL
são, o assoreamento dos rios e a poluição por resíduos
Apesar das crescentes ameaças ao meio ambiente,
de agroquímicos”, explica o profissional.
uma área que abrange mais de 80% da planície do Pan-
Outras ameaças apontadas pelo pesquisador são
tanal está preservada. Muitos animais que desaparece-
a introdução de espécies exóticas, a implantação da
ram das florestas brasileiras, como a arara-azul-grande
(Anodorhynchus hyacinthinus), a ariranha (Pteronura hidrovia Paraguai-Paraná, que implica alterações no
brasiliensis) e o cervo-do-Pantanal (Blastocerus dicho- regime hídrico do Pantanal, e a industrialização de al-
tomus), só são vistos nas matas pantaneiras. Sandro gumas regiões, entre elas Corumbá, que abriga indús-
diz que essa situação se deve, principalmente, ao re- trias siderúrgica e petroquímica.
gime de cheias da região, “que impede formas usuais Apesar dos problemas, pouco vem sendo feito pela
de ocupação do solo e a conversão de áreas nativas em conservação da planície. “As unidades de conservação,
espaços usados pelo homem”. que deveriam ser instrumentos efetivos para a prote-
É graças à conservação pantaneira, combinada às pe- ção das espécies, carecem de recursos e de condições
culiaridades regionais, que a planície é considerada uma adequadas de operação”, afirma Sandro. O pesquisa-
das últimas grandes regiões naturais do planeta, conhe- dor também denuncia a ausência de políticas públicas
cidas internacionalmente como wilderness, sinônimo do que integrem os Estados do Mato Grosso do Sul e do
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Não é só na ficção que a Amazônia atua como de a principal característica. Os 7,7 milhões de qui-
protagonista, transformando-se até em título de lômetros quadrados da região são compostos não só
minissérie da Globo, exibida em janeiro de 2007. pelas conhecidas formações florestais, mas por ou-
Na vida real, a importância da maior floresta tropi- tras unidades que garantem uma imensa biodiver-
cal do mundo vai muito além, correspondendo a um
sidade. De acordo com dados do IBAMA, a floresta
terço das reservas tropicais úmidas existentes, além de
abrigar o maior banco genético terrestre. abriga 1,5 milhão de espécies vegetais, 3 mil espécies
O superlativo “um dos maiores do mundo” é a de peixes, 950 tipos de pássaros, além centenas de
única constante na Amazônia, que tem na diversida- anfíbios e mamíferos já catalogados por pesquisadores.
cies como seringueira, andiroba e buriti originam bor- nômicos, políticos e sociais semelhantes, mas com ca-
rachas, óleos e fibras de considerável valor econômico. racterísticas naturais independentes.
De acordo com a ONG WWF, a Amazônia é a princi- Apesar de ter 80% de suas terras no Brasil, a Flores-
pal fonte de madeiras nativas do Brasil, contribuindo ta Amazônica vai além das fronteiras verde-amarelas,
com até 20% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Es- estendendo-se por países como Bolívia, Colômbia,
Guia do turista
VACINAS: as vacinas de febre amarela e tétano são indicadas para todos aqueles que viajam
não só pela Amazônia, mas por todo o Brasil. São válidas por dez anos, e devem ser tomadas no
máximo em até dez dias antes da viagem, mas o aconselhável é estar imunizado um mês antes da
chegada no País. Caso utilize medicamentos de uso contínuo, traga-os, pois pode não encon-
trá-los nas farmácias locais. Por precaução, um antialérgico é recomendado para os alérgicos a
picadas de insetos.
INFORMAÇÕES: Núcleo de Medicina do Viajante, http://www.emilioribas.sp.gov.br/pa-
cientes-e-acompanhantes/medicina-do-viajante/, E-mail: agendamento@emilioribas.sp.gov.
br ; Ambulatório dos Viajantes, Tel.: (11) 2661-6392.
O QUE LEVAR: roupas leves e confortáveis, como bermudas, camisetas e calças de ginás-
tica, além de trajes de banho. Repelente, protetor solar e um tênis ou algum calçado para
caminhadas são indispensáveis. Entre os acessórios, não esqueça os óculos de sol e o chapéu.
Devido ao clima quente e úmido, leve uma capa de chuva leve. Para quem gosta de apreciar
os pássaros, a dica é adquirir um binóculo. Canivetes e facas são desaconselháveis.
FUSO HORÁRIO: a capital do Estado do Amazonas, Manaus, está uma hora abaixo do
horário de Brasília, e quatro do Meridiano de Greenwich (GMT).
ALIMENTAÇÃO: em Manaus, é possível comer
em bons restaurantes e provar a culinária re-
gional. No interior, procure sempre os locais
mais movimentados. Para evitar problemas
como infecção intestinal e diarréia, beba
bastante água mineral e líquidos durante
a viagem, mas fique atento para a higiene
em bares e restaurantes onde for consu-
mir sucos naturais.
CLIMA: a temperatura no Amazonas varia
de 26° C a 30° C, mas a umidade faz que
a sensação térmica seja muito maior. O
inverno (dezembro a junho) é marcado
pelas chuvas, enquanto o verão (julho
a novembro) é a estação da seca,
que, apesar do nome, também é
marcada pelas chuvas. A cheia do
rio Negro tem seu ponto má-
ximo em meados de junho, e
a maior vazante acontece no
mês de setembro.
Fotos: divulgação Sedtur
Diversidade
ANIMAL
Répteis, mamíferos, aves e
peixes: conheça as principais
características e os hábitos de 62
representantes da fauna brasileira
Adriana Barbosa
Divulgação Sedtur
Struthioniforme
Jacana jacana
Reprodução: os ovos ficam em estruturas formadas por talos de plantas
aquáticas flutuantes. São chocados durante 28 dias, sendo papel masculino
todo o trabalho de criação
Alimentação: insetos, moluscos, pequenos peixes, folhas e sementes
Nome popular da espécie: Jaçanã ou Características gerais: o cafezinho é uma das aves mais comuns dos brejos e
Cafezinho – PANTANAL margens de rios do Pantanal, tendo como características marcantes os pés,
Ordem: Charadriiforme enormes para seu tamanho, e os dedos, longos e finos com unhas muito
Família: Jacanidae compridas – algumas maiores que os próprios dedos. É graças a essas pecu-
Hábitats: ocorre em pequenos brejos liaridades que a ave consegue caminhar sobre as plantas aquáticas como se
de todo Brasil e da maior parte da estivesse no chão seco, dividindo o peso do corpo por toda a base. Ela vive
América tropical em casais ou em pequenos grupos, sendo a fêmea maior que o macho e a
Tamanho médio: 23 cm responsável pela formação dos haréns, enquanto os parceiros tomam conta
Peso médio: 159 gramas (fêmea) e dos ninhos. Embora seja relativamente sociável, em alguns locais e épocas
69 gramas (macho) do ano, o cafezinho precisa defender seu território contra aves da mes-
ma espécie, sendo as fêmeas particularmente agressivas. Nessas ocasiões,
ele voa diretamente para o intruso, emitindo um chamado peculiar, como
uma risada fina e longa. Para intimidar o invasor, mantem as asas abertas
e esticadas para o alto, destacando as penas longas e amarelas de suas asas.
Ocasionalmente, ocorre luta corporal
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Ricardo Maia
FAAS
Fábio Colombini
Ricardo Maia
Fábio Colombini
Electrophorus electricus
Linnaeus, 1766
Nome popular da espécie: Tucunaré – AMAZÔNIA Nome popular da espécie: Acará-disco – AMAZÔNIA
Ordem: Perciforme Ordem: Perciforme
Família: Cichlidae Família: Cichlidae
Hábitats: rios da América do Sul, especialmente das Tamanho: 25 cm de altura e 20 cm de comprimento
bacias Amazônica e do Araguaia Hábitat: Bacia Amazônica
Tamanho médio: comprimento entre 30 cm e 1 m Reprodução: ovípara, desovando em folhas e pedras.
Peso médio: 15 a 16 kg Destaca-se pelo cuidado que tem com sua prole. Após a
Reprodução: na época de reprodução, formam casais postura e a fertilização dos ovos, pai e mãe intercalam-
que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, -se cuidando dos ovos, para defender os alevinos. Ao
que abriga de três a quatro mil ovos nascer, estes se juntam ao corpo dos pais, onde encon-
Alimentação: pequenos peixes e crustáceos tram uma secreção leitosa que serve para alimentá-los
Características gerais: peixes de médio porte que só Alimentação: onívora
existem na água doce, tendo como característica prin- Características gerais: corpo marrom-escuro, com fai-
cipal o ocelo que apresentam na cauda. São animais se- xas escuras verticais e linhas azuladas; nadadeiras orla-
dentários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. das de azul
Na época de reprodução, formam casais que partilham
a responsabilidade de proteger o ninho e os ovos. Exis-
tem cerca de 14 espécies de tucunaré
Fábio Colombini
Sidney Doll
Nome popular da espécie: Aruanã prata – AMAZÔNIA Nome popular: Dourado – PANTANAL
Ordem: Osteoglossiforme Ordem: Chrarciforme
Família: Osteoglossidae Família: Characidae
Hábitats: bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Hábitats: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mi-
Tamanho médio: 1 m de comprimento nas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco,
Peso médio: 2kg Alagoas e Sergipe, em águas rápidas, afluentes e boca de corixos
Reprodução: reproduz-se durante a enchente. Os machos (pequenos cursos fluviais perenes, de leito próprio, que ligam
guardam os ovos (entre cem e 200) e larvas na boca. Os alevi- “baías” contíguas)
nos alcançam alto valor comercial como peixes ornamentais Tamanho médio: 1 m de comprimento
Alimentação: insetos e aranhas Peso médio: 25 kg
Características gerais: peixe de escamas, de corpo muito Reprodução: peixe de piracema, reproduz-se (de novembro
alongado e comprimido; boca enorme; língua óssea e ás- a janeiro) e desova na cabeceira dos rios (onde a água é mais
pera, como a do pirarucu; barbilhões na ponta do queixo; limpa e os alevinos podem sobreviver). Necessita da correnteza
escamas grandes; coloração branca, mas com escamas aver- para completar seu ciclo reprodutivo. Consegue vencer quedas
melhadas na época da desova. No rio Negro também ocorre d´água com grande facilidade
uma outra espécie: O. Ferreirai, de coloração mais escura. Alimentação: pequenos peixes
Vive na beira dos lagos, ao longo dos igapós ou dos capins Características gerais: carnívoro e voraz, com elevada taxa de
aquáticos, sempre à espreita de insetos (principalmente be- canibalismo, conhecido como o “rei dos rios”. Tem coloração
souros) e aranhas que caem na água. É provavelmente o amarelo-dourada, e atinge grande porte; sua carne nobre é
maior peixe do mundo, cuja dieta é constituída, principal- muito apreciada. Agrada aos pescadores devido à agressividade
mente, de insetos e aranhas. Nada logo abaixo da superfície e destaca-se pelos saltos. É um dos melhores para pesca des-
,com os barbilhões projetados para a frente, os quais servem portiva em água doce. Pode ser capturado durante todo o ano,
para guiar as larvas à boca do macho quando saem para se principalmente em corredeiras, cachoeiras e águas rápidas. Suas
alimentar. Em águas pouco oxigenadas, os barbilhões po- escamas têm um pequeno risco preto no meio, formando li-
dem ser utilizados para conseguir oxigênio na superfície da nhas longitudinais da cabeça à cauda. Atualmente, encontra-se
água. Costuma saltar fora da água e apanhar as presas ainda ameaçado de desaparecimento por causa de intensa atividade
nos troncos, galhos e cipós. O adulto pode saltar mais de pesca profissional e amadora, destruição do hábitat e constru-
1 m fora d’água ção de diversas barragens – em inúmeros rios, já não é encon-
trado.
Fábio Colombini
Fábio Colombini
Fábio Colombini
Nome popular: Rã-pimenta ou Jia verdadeira Reprodução: forma ninhos de espuma, onde os ovos são
– AMAZÔNIA depositados. Os girinos se desenvolvem em águas lên-
Família: Leptodactilidae ticas (aparentemente paradas, mas que, na verdade, são
Hábitats: cerrado e caatinga (Nordeste, Sudeste e região sempre renovadas)
Central do Brasil), além dos Estados de Rondônia, Ama- Características: o nome popular é derivado de uma se-
pá, Roraima e Pará. São encontradas também na costa da creção da pele que irrita as mucosas dos olhos e nariz. A
Venezuela, no leste do Paraguai, na Bolívia e no Nordeste coloração é escura, com manchas avermelhadas na região
da Argentina (região das Províncias de Misiones e Cor- das coxas, as quais permitem diferenciar a espécie. É mais
rientes). Esta espécie é considerada bastante flexível em robusta e pesada, sendo capaz de comer dois camundongos
relação ao hábitat, pois pode ser encontrada em regiões em uma só abocanhada. Tem potencial econômico, devido
altas (1000 m), abertas, secas ou úmidas à pele e à carne. Caracteriza-se por hábitos noturnos
Tamanho médio: cerca de 18 cm
Fábio Colombini
Fábio Colombini
Fábio Colombini
Lista
VERMELHA
Muitos animais de organização. Por isso, é difícil compará-lo a levanta-
mentos anteriores. Isso só será possível em 2008, quando
encontram-se será feita uma revisão da tabela atual. Viana também des-
taca a importância da lista, já que “ela é a base de organi-
ameaçados de extinção. zação dos comitês assessores do Ibama, responsáveis pela
formação e pela execução de políticas públicas voltadas
Confira a última lista para a conservação da fauna”.
Além de ajudar a definir quais ecossistemas e
divulgada pelo Ibama espécies devem ser prioritariamente protegidos, a lista é
um meio de mostrar à sociedade os efeitos que a explo-
ração humana desordenada tem sobre as áreas nativas e
Por Gabriela Megale sua biodiversidade. Estimativas de vários países mostram
que não é só a fauna brasileira que está em risco, mas a de
todo o planeta. De acordo com a Fundação Biodiversi-
As florestas do Brasil ostentam o título de banco
tas, de 5% a 20% das espécies animais e vegetais já iden-
genético mundial. Porém, se medidas urgentes não fo-
tificadas entrarão para as listas vermelhas em algumas
rem tomadas, o verde ficará apenas na bandeira nacional,
décadas. Além disso, há a preocupação de que espécies
e os animais exóticos não serão mais que tristes lembran-
desconhecidas pelos pesquisadores estejam desaparecen-
ças do passado.
do antes mesmo de ser catalogadas.
Isso é o que mostra a lista nacional de animais
ameaçados de extinção, elaborada em 2003 pelo Ibama
Ameaça em números
em parceria com a Sociedade Brasileira de Zoologia, a
ONG Conservação Nacional, a Fundação Biodiversitas e
Os altos índices de biodiversidade nacional
o Instituto Terra Brasilis. Conhecida também como Lista
são acompanhados pelos crescentes números de ani-
Vermelha, remetendo ao perigo que os animais nela cita-
mais em risco. Das 627 espécies que compõem a lista
dos correm, tem quase 200 espécies a mais que a relação
vermelha do Brasil, denominadas cientificamente de
anterior, feita em 1989, totalizando 627 animais.
táxons, 618 estão classificadas nas categorias de ame-
Leonardo Viana, pesquisador do Ibama, no entanto,
aça, enquanto nove já são consideradas extintas, ou
alerta para o risco de comparações. Este é o primeiro do-
existem apenas em cativeiros. Entre os biomas brasi-
cumento ligado à extinção que adotou critérios mundiais
Sites consultados:
DEP. VENDAS (11) 3687-0099
www.ibama.gov.br vendaatacado@editoraonline.com.br
LOGÍSTICA E ARMAZENAGEM Luiz Carlos Sarra
luizcarlos@editoraonline.com.br
ONG Conservação Internacional-Brasil www.ambientebrasil.com.br ADMINISTRAÇÃO
Diretora Administrativa: Jacy Regina Dalle Lucca
www.conservation.org.br lNANCEIRO EDITORAONLINECOMBR
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Distribuido no Brasil por Dinap
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SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
ISBN 978-85-432-0785-8
1. Biologia. 2. Manuais, guias etc. I. Título.
16-35344 CDD: 574
CDU: 574
10/08/2016 12/08/2016