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Introdução à teoria musical aplicada:

Violão & Guitarra

Introdução à teoria
musical aplicada:
Atualização: Maio, 2021.

Bruno Carneval
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Esta apostila é dedicada para você que está iniciando ou

deseja aprimorar seus estudos com a música.

A grande intenção, aqui, é maturar a sementinha da música

que mora na seu imaginário para que ela germine, torne-se

uma árvore vigorosa, forneça sombra, sorrisos e alimento

para sua alma.

Conte comigo para ver essa arvorezinha crescendo

dentro de você.

Bons estudos!

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A música surgiu da tentativa de reprodução dos sons da natureza. Da mesmo maneira


que a dança, a poesia e as artes plásticas, a música também é considerada uma expressão
artística.

Ao longo dos tempos, os povos antigos cultivavam diferentes elementos da arte em suas
culturas. Na Grécia, a música, assim como a ginástica, eram elementos essenciais para a
educação de jovens, sendo a ginástica indispensável para o desenvolvimento físico e a
música na construção da moral e do intelecto. Da cultura grega, surgiram os jogos olímpicos
e festivais para competições musicais e representações cênicas reais e imaginárias,
realizados em teatros a céu aberto espalhados por toda a Grécia, o que difundiu sua cultura
posteriormente para outros países (PRIOLLI, 2013).]

Na Idade Média, a música vocal era predominante sobre a instrumental, permitindo que
ocorresse séculos depois o desenvolvimento do estilo denominado canto gregoriano1,
conhecido por sua finalidade religiosa e estrutura em modos ascendentes (do grave ao
agudo), diferentemente dos modos gregos.

A escrita da música, explicada mais à frente é atribuída ao Papa Gregório (Séc. VI) pela
substituição das letras gregas por letras latinas.

Guido D’ Arezzo monje do convento de Pomposa adaptou um antigo sistema para a


escrita musical de duas linhas e criou um sistema com mais linhas, com maior precisão e
indicativo da altura relativa das notas. Esse sistema, ficou conhecido como Sistema
Guidoneano, e foi o modelo precursor da “Pauta ou Pentagrama”, de cinco linhas, como
hoje conhecemos.

Durante séculos, a música sempre esteve ligada à palavra e ao texto. Com o


desenvolvimento da música instrumental, fez-se necessário sua emancipação da estrutura
textual.

No renascentismo, período de grande movimento intelectual e artístico, as artes antigas


serviram de referência para estimular a liberdade e criação de novas expressões e escolas
artísticas. Com isso, repaginou-se a música em todas as suas essências, inclusive na música
sacra, que sofreu forte influência da música profana.

Nesse período, Martinho Lutero, responsável pela criação da doutrina protestante,


realizou a tradução de cânticos do Latim para o Alemão, simplificando melodias e
adaptando-as a mais vozes, dando origem ao coral, da forma como conhecemos hoje. Lutero
defendia um importante conceito: “a música governa o mundo e torna os homens
melhores”. Certamente não há como imaginar o mundo sem a música, sem a possibilidade
de externar pensamentos e sensações (natureza humana) através da combinações dos sons,
tornando assim os homens livres, melhores. Após a reforma Luterana, a Igreja católica

1
Cantos litúrgicos realizados em cerimônias e festas eclesiásticas, organizados pelo Papa Gregório (Séc. VI)
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também necessitou incorporar a musicalidade profana (em geral utilizada na dança) e


instrumental, assim, muitas peças (composições) começaram a ser escritas para solos de um
único instrumento (geralmente cravo e alaúde); para alguns instrumentos (música de
câmara); ou, para muitos instrumentos (orquestra).

Com o desenvolvimento da música instrumental com vários sons simultâneos


(polifônica), várias tipos de peças começam a ser escritas em diversas formas, segundo a
divisão clássica:
Sonata: música escrita para um ou dois instrumentos; ou quando música de câmara: duo,
trio, ou quarteto;
Sinfonia: música escrita para vários instrumentos;
Concerto: sonata para orquestra, havendo destaque para um instrumento solo.

Cláudio Monteverdi foi o primeiro músico a empregar acordes dissonantes, com 7ª e 9ª


sem função dominante. A partir desse momento, a harmonia, também chamada de baixo
contínuo, começou a ser estudada largamente. Em 1722, João Felipe Rameau, publica em
Paris, o primeiro tratado de Harmonia.

Nesse período, a música já se encontra subdividida por seus elementos essenciais:


melodia, harmonia e ritmo. No tocante à rítmica européia denominada divisiva sua
matemática é precisa, diferentemente da lógica musical de matriz africana, denominada
aditiva, não baseada nas divisões matematica precisa, mas sim sua divisão sonora, o que
gera complexidade na escrita/transcrição musical.

Durante o Brasil colonial, a música predominante era a música religiosa. No entanto, a


música popular aos poucos foi se capilarizando e três gêneros ancestrais foram colonizados
no Brasil: o lundu (africano), a tirana (espanhol) e a modinha (português). Somando-se com a
musicalidade indígena, toda essa fusão de danças e gêneros musicais originou dezenas de
movimentos artísticos musicais como o maracatu, ciranda, frevo, bumba-meu-boi, coco de
roda, forró, samba, entre outros.

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Um instrumento musical é qualquer objeto capaz de produzir som.

Cada instrumento difere do outro devido ao seu timbre, propriedade do som explicada
mais à frente. Os Exemplos de instrumentos da antiguidade: Cítara, Tíbia, Lira, Alaúde,
Cravo.

Todo instrumento harmônico é melódico, mas nem todo instrumento melódico é harmônico. Isso
quer dizer que alguns instrumentos emitem mais de um som ao mesmo tempo, enquanto outros
emitem somente um único som por vez.

Nossa herança é construída por instrumentos africanos, indígenas e europeus.


Os instrumentos indígenas eram basicamente percussivos e de sopro, embora diversos materiais
sejam empregados na construção de seus instrumentos, tais como sementes, madeiras, fibras,
pedras, cerâmica, ovos, ossos, chifres e cascos de animais.
São exemplos de instrumentos de origem africana: Balafon, djembê, bongos, congas, agogô,
atabaque, berimbau, kalimba, xequerê e reco-reco.
Os Idiofones: instrumentos que vibram por si mesmos ou por percussão ou atrito, podendo ser
tocados diretamente ou soarem em decorrência de movimentos indiretos. Incluem toras de madeira,
bastões de percussão, fragmentos de tábuas, chocalhos, guizos, cabaças cheias de pedrinhas ou
sementes, crânios, etc.
Os Membranofones são instrumentos que soam pela vibração de uma membrana neles distendida,
como os tambores. São raros entre os indígenas brasileiros. Cópias dos primeiros europeus que aqui
chegaram.
Os Aerofones soam pela ação do ar no seu interior. Podem ser agitados ou soprados. São os
instrumentos mais numerosos e comuns. Sua diversidade é enorme, incluindo instrumentos com
funcionamento semelhante às trombetas (com ou sem ressoadores e lingüetas), clarinetes, buzinas,
apitos e sobretudo as flautas, de um a vários tubos, com embocadura perpendicular ou longitudinal,
havendo mesmo exemplares para sopro nasal.
Os Zumbidores soam quando agitados no ar. Consistem de um cabo decorado ligado por uma corda
a uma pequena peça de madeira oval. Ao ser girada rapidamente a peça produz um zumbido forte.
Em muitas tribos tem relação direta com a morte, sendo utilizados em cerimônias funerárias e
proibidos às mulheres ou crianças. Podem ser usados para afastar influências nefastas, e em outras,
porém, serve de brinquedo infantil.

O primeiro instrumento de corda foi o Arco musical e se supõe que tenha sido criado há cerca de
35 mil anos. Os instrumentos de corda mais antigos já identificados foram nove liras e três harpas
encontradas em uma tumba em Ur (antiga Suméria, hoje Iraque), na mesopotâmia e datam de
aproximadamente 2mil anos a.C. Os instrumentos introduzidos no Brasil pelos europeus possuem
forte influência asiática, egípcia e da mesopotâmia que se utilizavam da Lira e da Harpa para cunho
religioso e erotico, respectivamente. Mais tarde veio a surgir o Alaúde que deu origem aos
instrumentos de corda como o violino, violão e outros instrumentos de corda modernos.

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A música, em sua essência, é formada por três elementos básicos: harmonia, melodia e ritmo. Para
se tocar ou cantar algo não é obrigatória a presença dos três elementos, afinal, é possível fazer
música apenas com tambores, instrumentos harmônicos, (ex.: flauta, saxofone) ou melódicos (ex.:
violão, piano), no entanto uma música “completa” deve apresentar todos os três elementos.

Harmonia

A Harmonia de uma música é o conjunto de notas executadas (tocadas) de maneira simultânea em


uma composição. Pode-se dizer que é o grupo de acordes1 de uma composição.

Na harmonia, precisamos tocar várias notas ao mesmo tempo (acordes). A harmonia de uma
música necessita de instrumentos harmônicos, tais como violão, piano, teclado, órgão, cavaquinho,
acordeon, entre outros.

OBS.: Todo instrumento harmônico é melódico, mas nem todo instrumento melódico é harmônico.
1
Conjunto de notas tocados simultaneamente.

Melodia

A Melodia é a parte da música que apresenta uma sequência de notas em qualquer composição.
Compreende-se quando tocamos as notas sucessivamente, uma nota após a outra em um
instrumento harmônico ou melódico.

Esse é o papel da escala na música: definir quais notas deve participar de uma música, de forma
agradável aos ouvidos (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó - ré, mi, fá#, sol, lá, si, dó#, ré [...]).

Para exemplificar, posso dizer que a melodia é o conjunto de notas que nós cantamos durante uma
música, ou uma música assobiada, e cada sílaba cantada ou sopro do assobio, entoamos uma nota
diferente. A essa sequência de notas, nomeamos “melodia”. Por isso, graças à melodia, conseguimos
distinguir qual música outra pessoa estava assobiando após uma sequencia de assobios.

É interessante destacar que para diferenciar melodias em notas idênticas, o ritmo cumpre
essencialmente seu papel, na ênfase das acentuações e duração dessas notas iguais.

Escala maior

Graus: I II III IV V VI VII VIII


T T ST T T T ST
T (Tom): Intervalo entre dois semitons ST (Semitom): Menor intervalo entre duas notas2
2
Convenção da música moderna.

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Podemos usar para a sequência de notas da melodia nos instrumentos, qualquer instrumento
melódico ou harmônico, como violão, piano, saxofone, flauta, entre outros.

Instrumentos melódicos são aqueles que emitem uma única nota para cada tempo, ou seja, uma
nota de cada vez, isoladamente. Instrumentos que não podem juntar mais de uma nota ao mesmo
tempo, como a flauta ou o saxofone.

Ritmo

Certamente você já ouviu alguém dizer que está com o ritmo de vida acelerado ou lento demais.
Siga-o erradamente e tudo dará errado até o fim. Assim, é na vida e na biologia. Nosso coração é o
maior exemplo de respeito ao tempo e, de maneira síncrona, executa por toda a vida seu ritmo
naturalmente.

Essa analogia da música com a vida ajuda a entender a importância vital que o ritmo tem para a
música. O Ritmo é quem vai informar o gênero musical, o estilo de música e por isso o identificamos
pela duração e intensidade do som, vistos no final desta página.

É principalmente determinado por meio de instrumentos percussivos, como a bateria ou a


percussão, que se responsabilizarão pela marcação do tempo da música, servindo de guia para os
demais instrumentos. Algumas vezes, outros instrumentos podem fazer o papel rítmico também,
como o contrabaixo (pesquisar na internet, por exemplo, ou mesmo um instrumento como o teclado
ou violão, quando tocados sem o acompanhamento de outro(s) instrumento(s).

Com um instrumento de percussão, como a bateria, pandeiro, etc., você determinará qual é o
andamento (velocidade) da música, e qual será o ritmo (batida ou estilo), por exemplo: Samba, Rock,
Forró, Pop, Maracatu, Frevo, etc.
1
Pesquisar valores das notas.

Propriedades dos sons:

Cada instrumento tem uma particularidade única também chamada timbre. O timbre, também
identificado nas vozes é o que permite a pessoa distinguir um instrumento do outro, quando
tocados. O timbre é a característica sonora atribuída a cada instrumento, sendo bastante subjetiva
essa qualidade.

A duração, intensidade e altura estão presentes no ritmo na melodia e na harmonia. A duração é o


período ou intervalo de tempo entre uma batida e outra, ou entre uma nota e outra. Tomando-se
como exemplo uma melodia, a duração é identificada pelo tempo que uma corda permanece
vibrando (soando) até a execução a execução da próxima nota ou finalização. Fica mais clara a
característica da duração ao percebermos o período de tempo entre uma nota e outra de um
assobio.

A intensidade ou acentuação das batidas (força dos toques) e das pausas (silêncio entre notas) é a
característica que indicará os valores1 de cada batida ou nota.

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A altura corresponde aos “degraus” da escala (o sobe e desce das notas/assobios). Faz-se dessa
forma, a relação entre uma nota grave (nota baixa) e aguda (nota alta), erroneamente interpretada
como “fina/grossa”.

OBS.: Erroneamente pedimos para alguém “baixar ou diminuir o volume da TV”. Isso está errado porque o
volume é uma unidade de medida de espaço. O certo seria pedir para “diminuir a intensidade de som da TV”.

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ACIDENTES

São denominações dadas às notas para elevar ou diminuir a altura de uma nota. Na música
clássica e erudita existem outros intervalos e que devem ser do conhecimento do músico. No
entanto, na música popular, os principais acidentes encontrados são:

i) Sustenidos (#): possui a função de ELEVAR a nota em ½ tom (sobe uma casa no violão).
ii) Bemol (b): possui a função de DIMINUIR a nota em ½ tom (desce uma casa no violão).

Tomando-se um exemplo, se o acorde “C” está sendo executado na 3ª casa do violão, o acorde
“C#” será executado na 4ª casa.

ATENÇÃO!

Quando um acorde é tocado (o mesmo que executado, reproduzido, soado[...])


nos instrumentos de cordas, há dedos que são pressionados com a mão
esquerda e que possuem sons executados, enquanto outros dedos somente
compõem o formato da mão para executar o acorde, mas que NÃO reproduzem
sons quando pressionados (diferentemente do piano).

ENARMONIA:

São denominações diferentes representadas pelo mesmo som, ou seja a mesma nota com nomes
diferentes.

C# = Db D# = Eb E = Fb* *E# = F F# = Gb

G# = Ab A# = Bb B = Cb* B# = C

Na teoria da música, a escrita utilizada para a notação musical ou partitura sempre terá
como referência o ponto de vista teórico. Portanto, é possível que você encontre a
linguagem Mi sustenido (E#) e Si sustenido (B#) que terão, na prática, a mesma nota de
execução que o Fá (F) e Dó (C).

A explicação é que se elevarmos um semitom das notas E e B, automaticamente passarão a


se chamar F e C, por isso diz-se na linguagem popular que E e B não possuem os acidentes
sustenidos, no entanto essa conclusão está errada. O que ocorre é que nem todas as pessoas
que tocam um instrumento possuem conhecimento sobre teoria musical, assim para facilitar
o entendimento para essas pessoas, recorre-se ao uso da enarmonia para facilitar a
comunicação.

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INTERVALOS

Intervalos podem ser entendidos como a diferença entre a altura das notas. Em outras palavras, é a
distância entre duas notas medida em tons e semitons. Os intervalos podem melódicos, harmônicos,
ascendentes e descendentes (ALMIR CHEDIAK, 1986).

Intervalo harmônico:
Quando duas notas, em alturas diferentes são tocadas simultaneamente.
Ex.: um dueto com as notas “C” e “E” executadas juntas.

Intervalo melódico:
Quando duas notas, em alturas diferentes são tocadas sucessivamente.

Ascendente:
Quando duas notas, em alturas diferentes são tocadas sucessivamente, sendo a primeira mais
grave que a segunda.
Ex.: um dueto com as notas “C” e “E” executadas uma após a outra.

Descendente:
Quando duas notas, em alturas diferentes são tocadas sucessivamente, sendo a primeira mais
aguda que a segunda.
Ex.: um dueto com as notas “E” e “C” executadas uma após a outra.

OBS.: Os intervalos simples e/ou compostos podem ser melódicos ou harmônicos.

Simples:
Quando duas notas estão em alturas diferentes, mas dentro da mesma oitava.
Ex.: “C” e “G

(C: segunda corda; primeira casa)


(G: primeira corda; terceira casa)

Composto:
Quando duas notas estão em alturas diferentes, mas fora da oitava.
Ex.: “C” e “G

(C: quinta corda; terceira casa)


(G: primeira corda; terceira casa)

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A figura 1 apresenta algumas informações essenciais para o músico:

i) Os semitons dos intervalos.


ii) Os degraus representam a altura das notas e a cada “passo” dado no sentido
ascendente, sobe-se um semitom (meio tom).
iii) Os números: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 representam a escala de Dó maior (C).
iv) Os números: 1, 3, 5 e 8 representam as notas fundamentais de um acorde maior.
v) Os números: 1, 3b, 5 e 8 representam as notas fundamentais de um acorde menor.

Figura 1 – Escala cromática de Dó (C) e seus intervalos.


C# D# F# G# A#
C D E F G A B C
Db Eb Gb Ab Bb

8
7M
7
6
5#
5
4#
4
3
2#
2
2b
1 ou ou ou ou
3b 5b 6b 7bb

ou ou ou ou ou ou ou ou
8 9b 9 9# 11 11# 13b 13

ST ST ST ST ST ST ST ST ST ST ST ST

Fonte: o autor.

OBS.: Muitos alunos fazem confusão quando utilizar um acorde com 6 ou 13. Em geral, a literatura orienta o
uso da “sexta” se o intervalo estiver a 4 tons e meio da tônica, ou seja dentro da mesma escala (intervalo
simples), e com “décima terceira”, se o intervalo alvo estiver a 10 tons e meio da tônica (em outra escala
(intervalo composto).

Os intervalos também podem ter duas categorias: consonantes e dissonantes.

Os intervalos consonantes são os “mais agradáveis ao ouvido”, que causam sensação de


estabilidade, também chamados de intervalos perfeitos.
Ex.: Uníssono (mesma nota ou tônica); 3ª menor/maior; 4ª justa; 5ª justa; 6ª menor/maior e 8ª
(oitava).
Os dissonantes são os intervalos mais “estranhos”, tensos aos nossos ouvidos, que não agradam
muito e causam sensação de movimento e instabilidade.
Ex.: Segunda menor/justa/aumentada (nona menor/justa/aumentada) e sétima maior ou
aumentada; quarta aumentada ou quinta diminuta (trítono).
O quadro 1 apresenta o nomenclatura dos intervalos, quais os possíveis símbolos mais utilizados e a
distância desse intervalo da tônica.

Quadro 1 – Nomes dos intervalos e distância da tônica (referencial).

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SIMBOLOGIA NOME DISTÂNCIA DA TÔNICA


1 TONICA
2b SEGUNDA menor ½ tom
2 SEGUNDA maior 1 tom
3b (ou 3m) TERÇA menor 1 tom e meio
3 TERÇA maior 2 tons
4 QUARTA (justa) 2 tons e meio
5b (ou 5-) QUINTA diminuta 3 tons
5 QUINTA (justa) 3 tons e meio
5# (ou 5+ ou 6b) QUINTA aumentada (ou sexta menor) 4 tons
6 (ou 7bb) SEXTA MAIOR (ou sétima diminuta) 4 tons e meio
7 SÉTIMA menor 5 tons
7M (ou 7+) SÉTIMA maior (aumentada) 5 tons e meio
8 OITAVA 6 tons
9b (9-) NONA menor 6 tons e meio
9 NONA (justa) 7 tons
9# (9+) NONA aumentada 7 tons e meio8 tons
10 DÉCIMA 8 tons e meio
11 DÉCIMA PRIMEIRA 9 tons
11# (ou 11+) DÉCIMA PRIMEIRA aumentada 9 tons e meio
12 DÉCIMA SEGUNDA (justa) 10 tons
13b (13-) DÉCIMA TERCEIRA menor 10 tons e meio
13 DÉCIMA TERCEIRA 11 tons
14 DÉCIMA QUARTA (menor) 11 tons e meio
14# DÉCIMA QUARTA maior (aumentada) 12 tons
15 DÉCIMA quinta 12 tons e meio

Para encontrar os intervalos compostos (que estão em outra oitava da escala) e que possuem
nomes diferentes, basta subtrairmos o número “7” para encontrarmos a nota
correspondente. Assim, para encontrarmos a nota correspondente ao intervalo de “13”,
basta subtrairmos: 13ª – 7ª = 6ª.

Ou seja, o grau 13º será o mesmo que uma “sexta”, uma oitava acima.

Apesar de serem bastante falados e aplicados, não são escritos os intervalos de 2ª, 3ª, 5ª, 8ª 10ª,
12ª, 14ª e 15ª, sendo substituídos pelos seus equivalentes que estão em outra oitava (acima ou abaixo).

Conhecidos todos os intervalos, torna-se maior a amplitude de percepção musical e


consequentemente muito mais fácil entender os acordes e as escalas utilizadas na música.

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A Tônica ou Fundamental é a primeira nota do acorde; nota que dá nome ao acorde.

A Terça/terceira: é a nota característica por informar se o acorde é maior ou menor.

Terça maior: não possui simbologia quando um acorde é maior, pois é parte integrante.

Terça menor: simbolizada por um “m” minúsculo escrito após a cifra. Indica que o acorde é menor.

Quinta justa (5): Não possui simbologia na cifra. Integra os acordes maiores e menores naturais.

Quinta diminuta (b5 ou 5-): Integra os acordes “diminutos” (X°) e “meio diminutos” (XØ) em tríades com
3ª menor e 5ª diminuta.

Quinta aumentada: (#5, 5+)

Sétima maior (7M , maj7 , 7+)

Sétima menor (7): localizada “1 tom” antes da tônica. No acorde maior, possui função dominante.

Sétima diminuta (dim., 7bb, ou ° ). É utilizada em tétrades (tônica, 3ª menor, 5ª diminuta e 7bb).

Quarta (4ª justa): substitui a terça da tríade, formando o acorde “SUS 4” (lê-se 4ª suspensa).

Sexta: para acordes maiores = 6ª maior; e, para acordes menores = 6ª menor.

Nona: (9ª justa): Também pode ser “b9 (nona menor)”; ou “#9 (nona aumentada)”.

Décima primeira aumentada: (#11) acompanha tétrade. (Quarta aumentada oitava acima)

Décima terceira: 13 acompanha tétrade. (Sexta maior oitava acima)

Décima terceira menor: (b13) acompanha tétrade. (Sexta menor oitava acima)

*Os acordes alterados são os acordes que possuem b5 ou #5 ou b9 ou #9.

*Os acordes de 7M soam bem com sexta (C7M = C7M 6).

*Os acordes de 7 (dominante) soam bem com nona (C7 = C7 9).

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ESCALA MAIOR

A escala maior é essencial para que conhecer as notas de um acorde, função de um acorde no
campo harmônico, bem como se aprofundar no estudo de outras escalas.

A escala maior é uma sequência de notas que, assim como outras escalas, obedece a determinados
intervalos de tons e semitons. A escala maior mais conhecida é a de Dó (C) e é didaticamente
ensinada para iniciação musical por não conter acidentes, ou seja “sustenidos e bemois” em sua
composição, como demonstrada abaixo.

Ex1: I II III IV V VI VII(5b) VIII

T T ST T T T ST
OU

Ex2: C D E F G A B C

T T ST T T T ST

No entanto, ao iniciarmos a escala maior do VI grau (Lá maior = A), obteremos a escala
natural menor.

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ESCALAS MENORES

As escalas menores mais conhecidas são:

i) A Escala Menor NATURAL;

Característica: Escala “maior” sendo o III, VI e VII graus menores.

ii) A Escala Menor HARMÔNICA;

Característica: Igual a escala Menor Natural, sendo o VII grau maior.

III) A Escala Menor MELÓDICA;

Característica: Igual a escala maior, sendo o III graua menor.

As escalas Menor Harmônica e Menor Melódica são bastante empregadas na música popular
brasileira (M.P.B), bossa nova, rock fusion, blues, jazz, entre outros gêneros, podendo-se fazer uso de
sua sonoridade mais “sofisticada” de maneira experimental e, assim, criar novos elementos, misturar
influências e tendências.

Neste material, daremos maior ênfase na escala Menor Natural, mas sugiro pesquisar a sonoridade
dessas demais escalas menores.

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ESCALA MENOR NATURAL

A Escala Menor Natural pode ser obtida partindo-se de uma escala maior, diminuindo-se os III, VI e
VII graus. Ou seja, é uma “escala maior” com o terceiro, sexto e sétimos graus menores (semitons
localizados entre os graus II - III e V - VI).

Existem diversas formas de se memorizar as escalas. Nesse caso, você também pode aplicar os
intervalos da escala menor pensando que todos os intervalos possuem “1” tom de distância entre
eles, e semitons do II - III e V - VI grau.

GRAUS

Ex1: I II III IV V VI VII VIII

T ST T T ST T T

NOTAS

Ex2: A B C D E F G A

T ST T T ST T T

A escala Menor Natural é a escala mais utilizada na música e em qualquer gênero cabe sua
aplicação. Por ser uma escala com as mesmas notas da escala maior, alguns músicos optam por
executar essa escala (como uma identidade), aplicando essa escala menor mesmo em tonalidades
maiores.

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ESCALA MENOR HARMÔNICA

A Escala Menor harmônica pode ser obtida partindo-se de uma escala menor, aumentando-se o VII
grau. Ou seja, é uma “escala menor” com o sétimo grau maior.

A escala Menor Harmônica é bastante utilizada na MPB, bossa nova, no samba, no flamenco, blues,
rock fusion, jazz.

Adiciona um colorido bem característico é bastante empregada em acordes menores,


principalmente, em acordes de preparação (V7), o que não poderia ser feito com a escala menor
natural.

GRAUS

Ex1: I II III IV V VI VII VIII

T ST T T ST T+ST ST
NOTAS

Ex2: A B C D E F G# A

T ST T T ST T+ST ST

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ESCALA MENOR MELÓDICA

Também conhecida como escala real, a Escala Menor Melódica pode ser obtida partindo-se de uma
escala maior, diminuindo-se o III grau. Ou seja, é uma “escala maior” com o terceiro grau menor.

A escala Menor melódica é bastante utilizada na MPB, bossa nova, no samba, blues, rock fusion e
principalmente no jazz.

Adiciona um som bastante exótico, bem característico, e é empregada em diversas funcionalidades,


acordes maiores, menores, dominantes (V7). No entanto, é necessário conhecer bem o momento de
sua aplicação.

GRAUS

Ex1: I II III IV V VI VII VIII

T ST T T ST T ST

NOTAS

Ex2: A B C D E F# G# A

T ST T T T T ST

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CIFRAGEM

Na língua portuguesa, as notas dó, ré e lá são escritas por extenso, utilizando o acento agudo. Mas
como poderemos escrever a nota dó ou ré em outras línguas? Vários países possuem seu próprio
sistema alfabético e muitos desses não possuem o acento agudo. Assim, para se utilizar uma
linguagem simples e universal na música recorre-se ao sistema de Cifras.

O sistema de cifras ou cifragem é um método utilizado para representar acordes musicais e suas
notas por meio de um conjunto de letras e símbolos padronizados de maneira simples. Embora seja
bastante conhecido, o sistema de cifras consegue representar a sonoridade, mas não o ritmo
adotado, particularidade que somente seria representado no papel por meio da “notação musical”.

As cifras das 12 notas existentes na música moderna estão inseridas abaixo:

LÁ  A Reordenando... DÓ  C
SI  B RÉ  D
DÓ  C MI  E
RÉ  D FÁ  F
MI  E SOL  G
FÁ  F LÁ  A
SOL  G SI  B

Note que utilizamos as sete primeiras letras do alfabeto. Para ordenarmos, iniciamos pela terceira
letra do alfabeto (C), seguimos até a sétima (G), em seguida inserimos as duas restantes.

ACORDES

Os acordes são representações harmônicas que representam um conjunto de notas. Podem ser
subdivididos em tríades, tétrades, pentades, hexades, etc.. As tríades são acordes com três (3) notas;
tétrades representam acordes com quatro (4) notas; as pentades são acordes com cinco (5) notas;
hexades são acordes com seis (6) notas. As notas do acorde, quando tocadas sucessivamente, são
denominadas arpejo, que pode conter uma ou duas notas por corda, no caso do violão e da guitarra.

Formação dos acordes

Um acorde é formado por graus específicos da escala. Um acorde simples (tríade) é formado pelos
graus I – III – V da escala natural. Tomando-se como exemplo o exemplo abaixo, um acorde maior se
diferencia de um acorde menor porque o terceiro grau é MAIOR e possui intervalo de dois (2) tons do
grau I.

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Quadro 2 – Tétrades de acordes maiores e menores mais utilizados.

ACORDES MAIORES ACORDES MENORES


Acorde Maior com Sétima Maior: Acorde Menor com Sétima Menor:
1 – 3 – 5 – 7M 1 – 3b – 5 – 7

Acorde Maior com Sétima Maior e Quinta Aumentada: Acorde Menor com Sétima Menor e Quinta Aumentada:
1 – 3 – 5# - 7M 1 – 3b – 5# - 7
Acorde Maior com Sétima Maior e Quinta Diminuta: Acorde Menor com Quinta Diminuta e Sétima Menor:
1 – 3 – 5b – 7M (meio diminuto)
1 – 3b – 5b – 7
Acorde Maior com Sétima Menor: Acorde Menor com Quinta Diminuta e Sétima Diminuta:
1–3–5–7 1 – 3b – 5b – 7bb*
Acorde Maior com Sétima Menor e Quinta Aumentada:
1 – 3 – 5# - 7
Acorde Maior com Sétima Menor e Quinta Diminuta:
1 – 3 – 5b – 7
Acorde Maior com Sexta Maior: Acorde Menor com Sexta Maior:
1–3–5–6 1 – 3b – 5 – 6

*A extensão 7bb (sétima diminuta ou dobrado bemol tem o mesmo intervalo que o de sexta “6ª”. É bem
conhecido como ”acorde diminuto”.

Acorde com Quarta* e Sétima:


1–4 –5-7
OBS.: O intervalo de 4ª descaracteriza o acorde, que sem a 3ª terça, não é maior nem menor.

Na escala de Dó (C), se quisermos encontrar o acorde “C7/13”, podemos utilizar o seguinte


caminho:

i) A primeira nota a ser encontrada será do primeiro grau, “C” (grau I);
ii) A segunda nota a ser encontrada será do terceiro grau, “E” (grau III);
iii) A terceira nota a ser encontrada será do sétimo grau menor, “Bb” (grau VIIb);

Agora, basta aplicarmos a subtração (13 - 7 = 6) para encontrarmos a quarta nota a ser encontrada.
Lembrando que se estamos na escala de dó (C), então o sexto grau (VI) de “C” é o “A” (Lá).

iv) O quarto e último, grau será o “A” (grau VI ou XIII);

Basta identificar no instrumento a nota “A”, uma oitava acima desse VI grau (6ª).

Você montou o seu acorde C7/13.


C (I) – E (III) – Bb (VII) – A (XIII) –
(1ª) – (3ª) – (7ª) – (13ª)

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Se ainda assim, achou complicado, você pode pensar uma “oitava” como o I grau (tônica) e iniciar a
contagem a partir dela. O resultado será o mesmo: a 6ª será a 13ª, só que uma oitava acima.

CAMPO HARMÔNICO MAIOR NATURAL

O campo harmônico é a execução da escala na forma de acordes.

Por meio do campo harmônico os compositores escolhem os acordes de acordo com a expressão e
sentimento que desejam para determinado trecho da música e, assim, utilizam os acordes
adequados de acordo com a sua função, optam por repetições, bem como misturam acordes de
campos harmônicos diferentes.

O campo harmônico (quadro 3) também pode ser utilizado para transcrição da música e
rearmonização. A transcrição é a execução da música, de maneira idêntica ao arranjo do compositor.
A rearmonização é um rearranjo de enriquecimento com a inserção de novos elementos, como
notas, acordes, vozes, etc.. Com a rearmonização é possível se construir diferentes progressões
harmônicas, sequências de acordes utilizadas para tocar a música de forma mais complexa
(enriquecida e com acordes) ou facilitada.

Quadro 3 – Acordes do campo harmônico natural maior.

Fonte: o autor.

Os graus da escala executados em uma harmonia, ou seja, em vários sons simultâneos, podem ser
representados pela linguagem de acordes maiores (M)/menores (m) ou por caixa alta/baixa.

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Diversas maneiras podem ser utilizadas para se escrever os graus de uma campo harmônico, sendo
essas duas abaixo as mais utilizadas

(maior) (menor) (menor) (maior) (maior) (menor) (menor) (maior)


Graus: I ii iii IV V (7) vi vii (b5) VIII
OU

(maior) (menor) (menor) (maior) (maior) (menor) (menor) (maior)


Graus: IM IIm IIIm IVM V VIm VIIm(5b) VIII

Campo harmônico de Dó maior (C):

C Dm Em F G7 Am Bm5b C

T T ST T T T ST

Percebe-se que os graus I, IV e V são graus que representam acordes maiores, enquanto que nos
graus II, III, VI e VII são menores. A maneira encontrada na literatura contemporânea pode variar de
acordo com o material estudado. Pode-se adotar a nomenclatura: IM, IV e V para acordes maiores e
IIm, IIIm, VIm e VIIm (para acordes menores); ou, ii, iii, vi e vii (para acordes menores), onde
adotaremos esse último com representantes de letras minúsculas.

Outra particularidade desse campo harmônico, é que o V grau possui uma terça maior e uma VII
grau MENOR, o que configura um acorde dominante, assunto abordado em funções harmônicas.

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CAMPO HARMONICO MENOR NATURAL

O campo harmonico da escala menor natural segue o mesmo raciocínio da campo


harmonico natural maior, no entanto é iniciado do 6ª grau menor (Vim ou vi ou 6b). Portanto,
tomando como exemplo a escala de dó “C”, o campo harmonico de iniciará em Lá menor
“Am”, como veremos no exemplo abaixo.

(menor) (menor) (maior) (menor) (menor) (maior) (maior) (menor)


Ex1 Graus: Im IIm(5b) IIIM IVm Vm VI VII VIIIm

OU

Ex3Graus: Am Bm5b C Dm Em F G Am

T ST T T ST T T

Quadro 4 – Campo harmônico menor natural.

Se o músico optar por utilizar um rearranjo de acordes, pode-se inserir as sétimas maiores (7M) nos
graus I; e IV; e as sétimas menores (7) nos demais graus.

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O quadro 5 apresenta alguns intervalos bastante utilizados na música contemporânea.

Quadro 5 – Intervalos bastante utilizados nas cifras de acordes.

CATEGORIA SINAIS
Com acordes maiores b5 #5 6 7M 9 11 11#
Com acordes menores b5 #5 6 7 7M 9 11
Com acordes 7ª da dominante 4 b5 #5 b9 9 #9 #11 b13 13
Com acordes 7ª diminuta Dim o (7M 9 11 b13)
Fonte: o autor.

FUNÇÕES HARMÔNICAS*

A função tônica sugere um estado de repouso, conclusão, resolução, equilíbrio e ausência de


tensão.

A função subdominante exerce média tensão. Cria movimento e se afasta da tônica,


desestabilizando-a. Pode ser utilizada como nota/acorde de passagem e indetermina o próximo
acorde e a tonalidade.

A função dominante exerce alta tensão, criando a maior instabilidade e total expectativa de
resolução na tônica.

Figura 2 – Funções harmônicas.

Fonte: O autor.

Um acorde, mesmo exercendo função específica numa harmonia, não é obrigado a cumpri-la.

Na sequência de acordes conhecida como cadência perfeita (progressão I – ii – V7 – I OU I – IV – V7)


onde existe a passagem “sub-dominante – dominante – tônica”, o acorde com função dominante
cumpre com o seu papel.

No entanto, nada obriga que um compositor ou arranjador, ao pensar um acorde com função
dominante, dê outro caminho à dominante e impeça seu retorno para a tônica, assumindo a
progressão “II – V7 – II”.

Esse mesmo arranjador pode construir outras progressões, tais como: I – ii – I; I – IV – I; I – V7 – I,


onde o subdominante retorna para a tônica sem a necessidade de passar pela dominante (V grau).

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Quadro 6 – Funções harmônicas da tonalidade maior.

FUNÇÕES HARMÔNICAS GRAUS

Tônica I III VI
Sub-dominante II IV
Dominante V VII
Fonte: o autor.
*Ver aplicação em campo harmônico.

Utilizando os acordes em suas determinadas funções teremos:

i) Tônica, “C”, “Em”, “Am” (I, III e VI);


ii) Sub-dominante, "Dm”, “F” (II e IV);
iii) Dominante, “G7”, “Bm/5b” (V e VII).

O mesmo exemplo anterior também pode ser feito utilizando-se os acordes com as suas sétimas:

i) Tônica, “C7M”, “Em7”, “Am7” (I, III e VI);


ii) Sub-dominante, "Dm7”, “F7M” (II e IV);
iii) Dominante, “G7”, “Bm7/5b” (V e VII).

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CICLO DAS QUINTAS

O ciclo das quintas é uma ferramenta teórica (diagrama) para auxiliar o músico a identificar acordes
relativos maiores e menores; quantidade e número de notas acidentadas em determinada
tonalidade; progressões de acordes; acordes dominantes e subdominantes, intervalos e outras
funcionalidades.

Figura 3 – Ciclo das quintas.

Fonte: Adaptado do autor.

Para se identificar o acorde relativo no ciclo das quintas, basta observar a porção oposta do seu
referêncial. Se você tem como referência o acorde maior de “dó” na região externa, seu acorde
relativo (Am) estará na mesma região, porém na área interna do ciclo. O raciocínio é inverso para o
acorde menor (região interna), seu relativo maior estará na porção externa.

O ciclo das quintas possui esse nome porque está construído em cima de intervalos de quinta justa,
no sentido ascendente. Embora, se observado no sentido descendente, possui intervalos de quartas,
e por isso alguns também o chamam de ciclo das quartas.

O ciclo interno apresenta os acordes menores e seus enarmônicos, enquanto o ciclo externo
apresenta os acordes maiores e seus enarmônicos.

O ciclo das quintas também pode ser utilizado para indicar o número de acidentes que um acorde
possui, conforme você caminha no ciclo, o número de acidentes vai aumentando ou diminuindo, a
depender para que lado você se movimenta.

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Quadro 7 – Relação entre acordes e acidentes no ciclo das quintas.

ESCALA MAIOR ESCALA MAIOR nº de acidentes ACIDENTE


C Am 0 -
G Em 1 F#
D Bm 2 F#, C#
A F#m 3 F#, C#, G#
E C#m 4 F#, C#, G#, D#
B G#m 5 F#, C#, G#, D#, A#
F# D#m 5 F#, C#, G#, D#, A#
C# A#m 5 F#, C#, G#, D#, A#
G# Fm 4 Bb, Eb, Ab, Db
D# Cm 3 Bb, Eb, Ab
A# Gm 2 Bb, Eb
F Dm 1 Bb
Fonte: o autor.

PROGRESSÕES HARMÔNICAS

Progressões são sequências de acordes que podemos utilizar em um trecho ou uma música,
podendo esta ser crescente ou decrescente.

Quadro 8 – Exemplos de progressões harmônicas maiores.

nª SEQUÊNCIA
1 C – G7 - C
2 C–F–C
3 C – F – G7 – C
4 C – Am – Dm – G7
5 C – C#° - Dm7 – G7
6 C – Am – D7 – G7 – C
7 C – C7 – F – Fm
8 C – A7 – Dm7 – G7
9 C7M – A7 – Am7 – Dm7 – G7/13
10 C7M – A7 – Am7 – Gm – C7 – F – Fm
11 C7M – Bm7/5b – E7 – Am7 – Dm7 – G7
12 C7M – Em7/5b – A7/5# – Dm7/9 – G7/9
Fonte: o autor.
*OBS.: Treinar essas progressoes substituindo suas funções harmônicas.

Note que todas as progressões estão partindo da tônica (I grau). No entanto, não é necessário que
as progressões iniciem do I grau para ser classificada dentro da tonalidade de DÓ (campo
harmônico), sendo bem interessante o uso de arranjos diferentes, como o exemplo
“Dm – Am – G – F”.

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INVERSÃO DE ACORDES

A inversão permite ao músico que o rearranjo dos graus do acorde construa uma sonoridade mais
“colorida”, muitas vezes sobrepondo-se com outros acordes.

A inversão também facilita a caminhada dos baixos (walking bass), bem como solar as notas de
uma melodia juntamente com a execução melódica (Chord melody).

Tônica = DÓ – MI – SOL

Subdominante = FÁ – LÁ – DÓ ESTADO FUNDAMENTAL

Dominante = SOL – SI - RÉ

Tônica = MI – SOL - DÓ

Subdominante = LÁ – DÓ – FÁ 1ª INVERSÃO

Dominante = SI – RÉ – SOL

Tônica = SOL – DÓ – MI

Subdominante = DÓ – FÁ – LÁ 2ª INVERSÃO

Dominante = RÉ – SOL – SI

OBS.: O mesmo raciocínio é utilizado para a 3ª INVERSÃO nas tétrades.

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NOTAÇÃO MUSICAL

Pauta é o conjunto de cinco linhas e quatros espaços, onde escrevemos a música em partituras, ou
seja, as notas e pausas são representadas por uma escrita universal denominada notação musical.

As linhas e espaços são contadas de baixo para cima.

CLAVE

É a representação gráfica localizada sempre no início da partitura, e indica onde cada nota se
localizada no pentagrama(pauta).

No sistema de música moderna, podemos utilizar os seguintes tipos de claves:

Clave de Dó Clave de Fá Clave de Sol


(Pode haver na linha 1,2,3 e 4) (Pode haver na linha 3 e 4) (Linha 2)

Como cada instrumento tem uma altura particular (mais grave ou mais agudo), existem claves que
são mais adequadas para seu uso. No caso da violão e guitarra utilizamos a clave de Sol, o
contrabaixo utiliza-se a clave de fá. No caso do piano, utiliza-se duas claves, Fá e Sol. Enquanto que a
mão esquerda, por tocar as notas mais graves, utiliza a clave de Fá, a mão direita usa a clave de Sol.

Embora executadas por instrumentos de altura mediana, as claves de Dó estão em desuso, sendo
substituídas pelas claves de Fá e Sol.

A clave de Sol segue sendo a clave mais utilizada para leitura de partitura.

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FIGURAS MUSICAIS

As representações musicais dos elementos rítmicos podem ser estudados por dois tipos de
simbolos: as figuras indicadoras de som e as figuras de silêncio (também conhecidas como pausas).

Na música, tanto as figuras de som como as pausas são importantes, sendo seus arranjos,
responsáveis pela caracterização dos ritmos que conhecemos. A figura Y abaixo apresenta todos os
nomes, valores e figuras musicais.

Quadro 9 – Figuras musicais.

Legenda de uma figura (colcheia):

Ou seja:
A figura Semibreve “sozinha” soará durante 4 tempos (1 compasso inteiro).

A figura Mínima “sozinha” soará durante 2 tempos (1/2 de um compasso), o que significa dizer que são
necessárias duas mínimas para preencher 1 compasso inteiro.

A figura Semínima “sozinha” soará durante 1 tempo (1/4 de um compasso), o que significa dizer que são
necessárias quatro semínimas para preencher 1 compasso inteiro.

A figura Colcheia “sozinha” soará durante 1/2 tempo (1/8 de um compasso), o que significa dizer que são
necessárias duas colcheias por tempo (e oito para preencher 1 compasso inteiro).

A figura Semicolcheia “sozinha” soará durante 1/4 tempo (1/16 de um compasso), o que significa dizer que
são necessárias quatro semicolcheias pra cada tempo (e desesseis para preencher 1 compasso inteiro).

A figura Fusa “sozinha” soará durante 1/8 tempo (1/32 de um compasso), o que significa dizer que são
necessárias oito fusas por tempo (e trinta e duas para preencher 1 compasso inteiro).

A figura Semifusa “sozinha” soará durante 1/16 tempo (1/64 de um compasso), o que significa dizer que são
necessárias dezesseis semifusas por tempo (e sessenta e quatro para preencher 1 compasso inteiro).

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Da mesma forma que as figuras de som, as de silêncio possuem a duração correspondente em sua
divisão.

Figura 4 – Relação entre os valores das figuras musicais.

O mais importante é entender que o que diferencia uma figura musical de outra é o tempo
(duração) em que cada uma soará. A figura 2 toma como exemplo um segundo de tempo e como
seria a representação para cada figura.

Figura 5 – Relação entre a duração de uma nota e um compasso.

Nota: Se em um trecho de uma música com 4 (quatro) notas por compasso (quaternário = 4/4)
somente for possível ouvir 3 (três) notas de igual duração, é provável que a outra nota que esteja
sendo executada seja uma pausa (figura de silêncio) de valor 1 (um).

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COMPASSO

É o nome dado à regra que determina a métrica da pulsação e a retroalimentação dos tempos ou
pulsos de uma música. Em geral é subdividido em 4 tempos(quaternário), 3 tempos (ternário)ou 2
tempos (binário).

O Compasso é a divisão de música em pequenas partes, que podem ter duração igual ou variável.

A barra de Compasso, mas conhecido como travessão é sinal que divide um compasso do outro.

O travessão duplo ou barra dupla (sendo a segunda mais grossa indica que a música chagou ao fim).

Todo compasso é dividido por tempos, mas sempre o 1º tempo de um compasso será o tempo mais
forte. Quando propositalmente invertemos o tempo forte, damos o nome de síncope.

Binário: 1º TEMPO FORTE Ternário: 1º TEMPO FORTE


2º tempo fraco. 2º e 3º fracos.

Quaternário: 1º TEMPO FORTE Quinário: 1º TEMPO FORTE


2º tempo fraco, 2º tempo fraco,
3º tempo meio forte/fraco 3º tempo fraco
4º tempo fraco. 4º TEMPO FORTE
5º tempo fraco.

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Chamamos binário quando um compasso possui 2 tempos. Quando um compasso possui 3 tempos,
dizemos ternário. O compasso mais comum na música conteporânea é o compasso com 4 tempo,
quaternário.

Nas figuras 5 e 6 fica mais evidente como é a divisão e a quantidade de tempos dentro de um
compasso. Todas os exemplos estãos baseados considerando uma nota por tempo/pulso. Existem
outras formas para se tocar mais notas em um mesmo tempo de um compasso (2, 3, 4, 5, 6 notas
para cada tempo).

Figura 6 – Exemplo de compassos com 2, 3, 4 e 5 notas.

Figura 7 – Compassos e subdivisões de tempos.

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Praticando a Mão esquerda


Os dedos da mão esquerda são identificados por números:

Indicador: 1 Médio: 2 Anelar: 3 Mínimo: 4

OBS.: Em geral, o polegar esquerdo possui a função de “alicate”, dando apoio ao braço do
instrumento e ajudando na reprodução das notas pressionadas pelos dedos 1, 2, 3 e 4. Alguns
músicos possui a peculiaridade de pressionar a 6ª/5ª corda do violão ou guitarra por trás do braço,
utilizando o polegar esquerdo. Essa técnica permite que os 4 dedos restantes da mão fiquem livres.

Praticando a Mão direita


Os dedos da mão direita são identificados pelas letras iniciais:
Polegar: P Indicador: I Médio: M Anelar: A

Em geral, a função dos dedos da mão direita é reproduzir uma ou mais vozes utilizando diferentes
cordas do instrumento.

O dedo 4 da mão direita também pode ser utilizado em puxadas e dedilhados, atuando como uma
‘voz” extra na harmonia executada. Utilizando-se um ou todos os dedos da mão direita, a
quantidade máxima de vozes executadas por um violão ou guitarra será determinada pelo número
de cordas. Portanto, um violão de 6 cordas poderá, no máximo, executar 6 notas (vozes) ao mesmo
tempo; um violão de 7 cordas poderá, no máximo, executar 7 notas (vozes) ao mesmo tempo, assim
sucessivamente.

43
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Violão & Guitarra

Exercício
a) Preencher no braço do violão as notas existentes em cada casa/corda:

E A D G B E
6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª


Casa


Casa


Casa

10ª

11ª

12ª

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ESCALA MAIOR NATURAL

Graus: I II III IV V VI VII VIII


T T ST T T T ST
T (Tom): Intervalo entre dois semitons ST (Semitom): Menor intervalo entre duas notas

I II III IV V VI VII VIII


Notas: C D E F G A B C
T T ST T T T ST
b) Identificar as notas em suas respectivas escalas (escrever os acidentes em cores diferentes):

45
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C#

Db

D#

Eb

F#

Gb

G#

Ab

A#

Bb

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Exercício 1:

a) Identificar o número de tons dos intervalos ascendentes simples entre:

C – E: C – 4:

C – F#: C – 5b:

C – A: C – 7:

C – Bb: C – 7M:

b) Identificar o número de tons dos intervalos descendentes simples entre:

G – E: 4–C

A – F#: 5b – C:

C – A: 6C – C:

C – Bb: 7M – C:

c) Identificar o número de tons entre os intervalos ascendentes compostos entre:

C – 9: C – 11#:

C – 13b: C – 13:

D – 9: D – 11#:

D – 13b: D – 13:

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ACORDES MAIORES NATURAIS:


C D E F G A B

P I MA P I MA P I MA P I MA P I MA P I MA P I MA

ACORDES MENORES NATURAIS:


Cm Dm Em Fm Gm Am Bm

P I MA P I MA P I MA P I MA P I MA P I MA
P I MA

LEGENDA:
Pestana = = Dedo 1( mão esquerda)

Você encontrará mais acordes no final deste E-book!

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Exercício 2. Complete os graus do campo harmônico com seus respectivos acordes.

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C#

Db

D#

Eb

F#

Gb

G#

Ab

A#

Bb

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3. Treino rítmico teórico (treinar com metrônomo).

51
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3.1 PUXADA

3.1.1 Ritmo: FORRÓ

IMA P
P; P; IMA; P ; P; IMA...

JUNTOS

1
Exercício :

Tocar o ritmo FORRÓ, com os acordes: Am e Em.


P

INICIA AQUI
3.1.2 Ritmo: BOSSA NOVA (Só toca o PIMA a primeira vez)
PIMA

PIMA ( P; IMA ; P; IMA ; IMA)... IMA IMA

JUNTOS JUNTOS JUNTOS JUNTOS

P P

IMA

Exercício1: Tocar o ritmo BOSSA NOVA, com os acordes: C7+ e Bb7+

C7M C7M Bb7M



ou

53
Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

3.2 LEVADA (utilizando-se o dedo 1 ou uma paleta)

Ritmo: ROCK-POP

rasqueado

Voltar para o primeiro


rasqueado
Pausa Pausa

PARTE 1 PARTE 2

INICIA AQUI

Pausa

Pausa

Exercício2: Tocar o ROCK-POP com os acordes: Am e Em.

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Violão & Guitarra

3.3 LEVADA (utilizando-se o dedo 1 ou uma paleta)

Ritmo: ROCK-RÁPIDO

rasqueado

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rasqueado
Pausa Pausa

PARTE 1 PARTE 2

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Pausa

Pausa

Exercício2: Tocar o ROCK-RÁPIDO com os acordes: Am – Em [ou] Em – C – D.

55
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Violão & Guitarra

3.4 DEDILHADO

Ritmo: M.P.B

Dedos da mão direita: P-I-M-A-I-M-A-I (retorna ao P)

Exercício3:
Dedilhar com os acordes Am e Dm os seguintes dedilhados:

a) P-I-M-A (retorna ao P)

b) P-A-M-I (retorna ao P)

c) P-I-M-A-I-M-A-I (retorna ao P)

d) P-I-M-I-A-I-M-I (retorna ao P)

e) P-I-M-I-P-A-M-I (retorna ao P)

f) P-I-M-A-A-M-I-M (retorna ao P)
g) P-A-M-I-A-M-I-M (retorna ao P)
h) PI-M-A-PI-M-A-I-A (retorna ao P)
i) PA-M-I-PA-M-I-M-I (retorna ao P)

Você também pode criar seus próprios exercícios de puxadas, levadas e dedilhados!

OBS.: Não se esqueça, para alcançar uma evolução constante, você deve treinar DIARIAMENTE, e compensar os
dias sem treino.

Treino diário mínimo recomendado: 40 min.

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Violão & Guitarra

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

DICIONÁRIO DE ACORDES
Nesta coleção você encontrará acordes dos grupos: maiores, menores, dominantes com sétima,
menores com sétima e diminutos tocados com as fundamentais (tônica) no baixo.

Acordes maiores

Acordes menores

Acordes menores com sétima

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

Acordes menores com sétima diminuta (DIMINUTOS)

Acordes menores com quinta diminuta e sétima menor (MEIO-DIMINUTOS)

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

Acordes maiores

DÓ MAIOR (C)

RÉ MAIOR (D)

MI MAIOR (E)

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

FÁ MAIOR (F)

SOL MAIOR (G)

LÁ MAIOR (A)

SI MAIOR (B)

61
Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

Acordes maiores com sétima

DÓ MAIOR COM SÉTIMA (C7)

RÉ MAIOR COM SÉTIMA (D7)

MI MAIOR COM SÉTIMA (E7)

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

FÁ MAIOR COM SÉTIMA (F7)

SOL MAIOR COM SÉTIMA (G7)

LÁ MAIOR COM SÉTIMA (A7)

SI MAIOR COM SÉTIMA (B7)

63
Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

Acordes menores

DÓ MENOR (Cm)

RÉ MENOR (Dm)

MI MENOR (Em)

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Introdução à teoria musical aplicada:
Violão & Guitarra

FÁ MENOR (Fm)

SOL MENOR (Gm)

LÁ MENOR (Am)

SI MENOR (Bm)

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Violão & Guitarra

DIAGRAMA PARA INSERÇÃO DE NOVOS ACORDES MENORES

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