formado em música pela UNIRIO, e diretor e maestro da Diogo Lima Orquestra. Nos últimos anos tenho atuado em mais de 600 de casamentos com a orquestra, e de 2016 a 2022 temos ganhamos o prêmio Casamentos Awards, promovidos pelo site casamentos.com.br, que premia os fornecedores mais bem recomendados de cada segmento. MÚSICA E CERIMONIAL: A SINTONIA PARA O GRANDE DIA!
Quero te ajudar a compreender melhor a relação entre as
equipes de música e assessoria durante a cerimônia e também na orientação dos casais antes do casamento. Com base nas experiências adquiridas nos casamentos, pude observar alguns pontos importantes para compartilhar com todos vocês.
Na cerimônia, os fornecedores de música e assessoria têm uma
relação de interdependência muito grande. Costumo dizer que cerimonialistas são os olhos da orquestra, e que a orquestra é a voz dos cerimonialistas. Para o evento ser impecável, ambos dependem do bom trabalho e colaboração mútua.
Vamos pensar num casamento que ocorra numa igreja onde a
orquestra está tocando no côro, que é o local destinado aos músicos na parte superior e traseira da igreja (por exemplo, a Capela de Santa Ignez, na Gávea). Lá de cima, o maestro não consegue visualizar o que está acontecendo na porta da igreja, ou seja, não vê o cortejo. A informação sobre o início do cortejo e sobre as entradas subsequentes serão passadas pela pessoa do cerimonial que estará ao lado da orquestra ou lá na frente da igreja, próxima ao altar. Imagina se essa pessoa não passa a informação correta, e a orquestra continua tocando a música dos pais, por exemplo, quando já deveria estar tocando a música dos padrinhos. Desagradável, não é?
Agora vamos imaginar outra situação: o cortejo está todo
pronto, e a(o) cerimonialista dá o sinal para o maestro começar a tocar mas... a orquestra não começa, pois ainda não está pronta! Isso é simplesmente inadmissível! Entendeu agora porque eu disse que a orquestra é a voz, e a assessoria são os olhos? É como num corpo: os órgãos dependem um dos outros para o funcionamento saudável e pleno do corpo!
Quero deixar aqui algumas dicas de caráter prático, que
colaboram para o bom desenrolar do cortejo e auxiliam a orquestra: • Por favor, só inicie o cortejo se a noiva já estiver no local! Fiz um casamento onde a cerimonialista acreditou no “tô chegando” da noiva e iniciou o cortejo. Resultado: depois que as daminhas entraram, PASSARAM-SE MAIS DE 10 MINUTOS até que a noiva chegasse!! Imagina um vácuo de 10 minutos no cortejo; e a orquestra, faz o que? • Só dê o sinal para a orquestra tocar a clarinada ou a marcha nupcial quando a noiva estiver posicionada na porta! Certa vez, recebi o sinal para tocar a Marcha Nupcial, e a noiva não entrava de jeito nenhum! Só depois fui descobrir que ela teve um problema com o vestido, que prendeu no carro! • Sempre peça para a orquestra permanecer tocando após a entrada de damas e pajens. Geralmente esse momento é um pouco demorado, pois a noiva está saindo do carro e fazendo fotos. Se durante esse tempo a orquestra não tocar, tenha certeza que o nível de ruído será constrangedor! Já fiz um casamento onde o cerimonialista pediu para que não tocássemos depois da entrada dos pajens. Resultado: barulho de panelas vindo da cozinha, pessoas vendo no celular o vídeo do cortejo que acabaram de gravar... constrangedor! Se houvesse o fundo musical todos esses ruídos seriam amenizados!
Vocês já aprenderam que assessores e cerimonialistas devem
ter uma visão global sobre o casamento, e conhecer um pouco das peculiaridades de cada fornecedor. E que especialmente as noivas desenvolvem uma relação de confiança muito grande com as(os) cerimonialistas, estando assim atentas para ouvir todas as sugestões da(o) assessor(a). Quero passar aqui um pouco de conhecimento sobre orquestra que vai ajuda-los a orientar melhor os casais. É claro que escolhas como a quantidade de músicos, quais instrumentos e o tipo de repertório é função da orquestra, mas tenho visto exemplos positivos e negativos na assessoria aos casais. Muitas vezes eu como maestro tenho um trabalho dobrado: desfazer ideias equivocadas e apresentar a real necessidade do evento.
A escolha da quantidade de músicos depende basicamente de
dois fatores: o local da cerimônia e o orçamento disponível. Não faz sentido um mini wedding para 40 convidados ter uma orquestra com 10 músicos, por exemplo. Da mesma forma, não dá pra casar na Candelária e contratar somente um dueto, é desproporcional!
O repertório também é um ponto muito importante. Muitas
vezes os casais querem escolher músicas que não condizem com o ambiente da cerimônia. E neste ponto, é fundamental levar em consideração os templos religiosos. No caso das igrejas católicas, a Arquidocese do Rio de Janeiro regula através de documento quais músicas são permitidas e quais são proibidas, de modo a respeitar o ambiente sacro dos templos. De modo semelhante, as igrejas evangélicas também tem restrições quanto às músicas executadas. E as recomendações de cada religião devem ser levadas em conta. Não dá pra tocar Anitta no Mosteiro de São Bento, e não dá pra tocar Beethoven num casamento “pé na areia”!
É claro que não pretendo esgotar o assunto, mas acredito que
estes assuntos sejam básicos e importantes para o conhecimento de vocês. Estarei à disposição de todos para quaisquer dúvidas, informações e, claro, para atuarmos juntos como parceiros em futuros eventos. Desejo muito sucesso a todos!!
Com carinho, Diogo Lima – 99434-3842 (whatsapp) / diogolimaeventos@gmail.com www.youtube.com/diogolimaeventos instagram: @diogolimaorquestra