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Tecnologia de Lubrificação Industrial

07/11/2021 1
ORIENTAÇÕES GERAIS
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aulas de Lubrificação Industrial

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Conteúdo
1. HISTORIA DA LUBRIFICAÇÃO 11. FLUSHING
2. ORIGEM DOS LUBRIFICANTES 12. CONTROLE DE VAZAMENTO
3. O PAPEL DA LUBRIFICAÇÃO NA CONFIABILIDADE DA 13. CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
MÁQUINA
14. ANÁLISE DE REALIZADOS NOS ÓLEO LUBRIFICANTES
4. FUNDAMENTOS DA LUBRIFICAÇÃO
15. LUBRIFICAÇÃO POR NEVOA
5. BASES LUBRIFICANTES
16. LUBRIFICAÇÃO CONVENCIONAL
6. GRAXAS
17. A LUBRIFICAÇÃO E O MEIO AMBIENTE
7. CARACTERISTICAS DOS LUBRIFICANTES
8. ADITIVOS EM LUBRIFICANTES
9. RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO
10. DRENAGEM E ABASTECIMENTO
INTRODUÇÃO
HISTÓRICA DA LUBRIFICAÇÃO
HISTÓRIA DA LUBRIFICAÇÃO
1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação

-Antigo Egito, necessidade de transporte de blocos para


construção das pirâmides.
1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação
-Antigo Egito: Em 2600 a.C foi encontrado o 1º vestígio de
lubrificação nas rodas do trenó do Rei Ra-Em-Ka (Rei do
Egito), utilizando sebo de boi ou de carneiro.
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-776 a.C – 393 d.C: Jogos olímpicos, corrida de Bigas. Eixos


lubrificados com gordura animal.
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século V ao X: Lubrificação com gordura animal nos portões dos


castelos e rodas de carruagens
1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação

-Século VIII: Os Vikings utilizam óleo de baleia na lubrificação do


suporte das articulações das velas e eixo do leme.
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século XV: Início da navegação comercial. Uso do óleo de


baleia na lubrificação.

-Petróleo existia a 300 milhões de anos, na antiguidade


utilizado para fins medicinais e posteriormente na
lubrificação.
1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação

-Século XVI: Com a invenção das engenhocas, necessidade de


lubrificação para um melhor funcionamento.
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século XVI a XVIII: Invenções revolucionárias

Catapulta Máquina Escavadora


1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação

-Século XVIII: Revolução industrial, máquinas necessitam


melhores lubrificantes.

Máquina Têxtil Motor a vapor Watt


1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século XIX: Pensilvânia (EUA)

1859 Edwin Drake perfurou o


primeiro poço de petróleo
com 21 metros de
profundidade.

Extração de 3.200 litros de


petróleo por dia
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século XIX:
Necessidade de lubrificação
dos mancais de trens a cada
160 km rodados.

Necessidade de implantar
lubrificação periódica
1-História e Origem da lubrificação

Origem da lubrificação

-Século XX:
No Brasil, o petróleo foi
descoberto por Oscar
Cordeiro, em 27 de janeiro de
1939, na localidade de lobato,
perto de Salvador, Bahia.

Primeiro poço comercial do Brasil


1-História e Origem da lubrificação
Origem da lubrificação

-Século XX.
Novos lubrificantes surgem para novos equipamentos

Redução do atrito e aumento da vida útil

Preocupação com o meio ambiente – Utilização de


lubrificantes usados.

Lubrificação atua como fator decisivo na melhoria do


desempenho dos equipamentos e redução dos custos
de manutenção.
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES

O Petróleo.

O petróleo é uma substância oleosa encontrada no interior


de rochas porosas subterrâneas em estado gasoso, liquido
ou pastoso.
A palavra petróleo é originada do latim “petrus
( pedra) e “oleum” (óleo) - originário das pedras
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES

plâncton e outros
minúsculos seres vivos

são soterrados por


convulsão da natureza

resultam numa mistrura orgânica


chamada de "sapropel "

sofrem decomposição sob a ação do


tempo, bactérias, calor e pressão.

" PETRÓLEO "


1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PROSPECÇÃO

É realizado um estudo das regiões onde


há maior probabilidade de se encontrar
petróleo.
Reúne-se geógrafos, agrônomos,
paleontólogos, entre outros
especialistas para se aumentar a chance
de encontrar petróleo em determinada
região.
Nos estudos são utilizados:

(a) Aviões sonda


(b) Satélites
(c) Pequenos terremotos artificiais
sendo possível identificar o tipo de
rocha presente. Para se ter certeza
mesmo é necessário que se perfure
o solo
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PERFURAÇÃO EM TERRA
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PERFURAÇÃO NO MAR
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
BOMBEIO E TRANSPORTE
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PRODUÇÃO EM TERRA
PRODUÇÃO NA PLATAFORMA TRANSPORTE
TERRESTRE
Cabeça de poço
Separação Armazenamento

Desidratação
Tubulação/ Estação
de medição
Rig de perfuração

Compressor Estação Compressor


de medição

Coleta de água e
Re-injeção de gás / Água bombeamento

Oleoduto

Tubo de Gás
Natural
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PRODUÇÃO NA PLATAFORMA Sala de controle/
MARÍTIMA Interface de operação

Compressores de
gás natural Segurança/ Detecção
de gás e fogo

Cabeça de poço Bombeamento/ Estação


de medição
Separação
Desidratação
Compressores glicólica
de ar
Geração, distribuição e
monitoração de energia

Oleoduto

Tubo de gás
natural
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
PROCESSAMENTO

REFINARIA/ QUÍMICA
TRANSPORTE
Armazenamento
Refinaria

Oleoduto

Bomba de Estação de Estação de


óleo cru medição Bombeamento/ medição/
Estação de medição Product Carregamento
Fábrica de Pipeline
Limpeza processamento
Estação Estação de medição/
de medição Transporte por gasoduto

Compressor Compressor Armazenamento


Gasoduto de gás
natural subterrâneo
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
REFINO
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
REFINO

FRAÇÃO FORMADA COMPOSIÇÃO HIDROCARBONETOS


================================ ====================================
gás natural ................................... metano e etano.
gás engarrafado (GLP) .................. propano e butano (gás de cozinha).
solventes ...................................... C5H12 a C7H16
gasolina ....................................... .C6H14 a C10H22. (*)
querosene ..................................... C10H22 a C15H32 .(*)
óleo diesel ..................................... C15H32 ..... (a cadeia vai aumentando de
óleo combustível ........................... tamanho e vai crescendo a massa molecular.
óleo lubrificante ............................ Passando da fase gasosa para a sólida.)
parafina .........................................
asfalto ............... resíduo final. (*) varia de acordo com a refinaria.
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
REFINO
Os óleos obtidos a partir deste processo são chamados óleos básicos e,
ainda, não servem como base para os lubrificantes sendo necessários para
tanto os seguintes tratamentos:
Refinação por solvente: É um tratamento que extrai o asfalto e compostos similares do
óleo, através da colocação do solvente no óleo e posterior agitação, onde nesse momento,
ocorre uma combinação química entre o asfalto e o solvente. Quando a agitação parar,
ocorre a separação entre óleo e solvente, que agora devido ao asfalto está mais pesado,
deposita-se no fundo do recipiente;

Desparafinização: Consiste em retirar as ceras parafínicas do óleo básico. Essas ceras


provocam alta fluidez nos óleos. Esse método se utiliza da adição de um solvente,
resfriamento e filtração;

Hidrogenação: Tem o objetivo de estabilizar quimicamente os óleos, eliminando os


compostos de enxofre instáveis. Após a hidrogenação, o óleo fica mais claro e diminui sua
tendência à oxidação.
1 - ORIGEM DOS LUBRIFICANTES
OBTENÇÃO DOS LUBRIFICANTES
Através da destilação a vácuo, são obtidos os seguintes óleos lubrificantes:
spindle, neutro leve, neutro médio, neutro pesado, brightstock e cilinder oil.

A obtenção dos óleos lubrificantes é completada com a mistura adequada


dos diferentes óleos básicos acabados, nas porcentagens exatas para se obter
a viscosidade desejada.

Durante a mistura dos óleos básicos, podem ser adicionados aditivos aos
óleos minerais puros; temos, dessa forma óleos aditivados.

Temos uma boa razão para utilizar de forma racional os lubrificantes pois,
agora já sabemos quantos recursos tecnológicos é investido na obtenção de
75% da matéria prima que compõe os mesmos, levando-se também em
consideração a extração, o refino.
Perda de utilidade das maquinas
Prof. E. Rabinowicz, MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts)

“Entre 6 e 7% do PIB interno bruto ($12 Bilhões) são necessários somente para
reparação de danos causados por desgaste mecânico”
Incidência de falhas em Rolamentos


• Lubrificação inadequada 36%

Embora os rolamentos "vedados para a vida" possam ser montados e esquecidos, cerca de 36
% das falhas prematuras são causadas por especificação incorreta e aplicação inadequada do
lubrificante. Inevitavelmente, qualquer rolamento privado de lubrificação adequada, falhará
muito antes do limite da sua duração. Porque os rolamentos são geralmente os componentes
menos acessíveis nas máquinas, a lubrificação negligenciada, muito frequentemente constitui
o problema.
Contaminação 14%
Um rolamento é um componente de precisão que não funcionará
eficazmente a menos que tanto ele próprio como os seus lubrificantes
estejam isolados de contaminação. E, dado que os rolamentos vedados
para a vida, em variantes já lubrificados, são responsáveis só por uma
pequena proporção de todos os rolamentos em uso, pelo menos 14% de
todas as falhas prematuras são atribuídas aos problemas de
contaminação.

Fadiga Montagem
34% incorreta
16%
Incidência de falhas em
sistemas hidráulicos

“Entre 6 e 7% do PIB interno bruto ($12 Bilhões) são necessários somente para
reparação de danos causados por desgaste mecânico”
Definição de lubrificação

• Lubrificar é aplicar uma


substância (lubrificante) entre
duas superfícies em
movimento relativo, formando
uma película, que evita o
contato direto entre as
superfícies, promovendo
diminuição do atrito, e
conseqüentemente do
desgaste e da geração de
calor.
TRIBOLOGIA

• “É a ciência e tecnologia das áreas


relacionadas com o movimento relativo,
incluindo atrito, lubrificação, desgaste e
erosão” ASTM

Superfície

Filme de óleo
Superfície
Foco da Aplicação da Tribologia

Lubrificante Máquina
 Viscosidade  Ciclo de Operação
 Características  Projeto
 Condição  Grau de Alinhamento
 Contaminação  Regime de Lubrificação
 Regime  Meio Ambiente
 Qualidade  Superfícies:
 Composiçâo Química Acabamento
 Aditivos Metalurgia
Dureza
Benefícios da Lubrificação
• Redução do Atrito e do Desgaste
• Menor geração de calor
• Menor consumo de Energia
• Proteção contra a corrosão das superfícies
• Amortecimento de Ruído
Benefícios da Excelência em Lubrificação

• Substancial redução na CASO NIPPON STEEL


freqüência e severidade 90% de redução de falhas por desgaste
das falhas 100%

• Minimização das perdas 90%

80%
de produção por 70%
Falhas não
relacionadas
paradas nas plantas 60% à lubrificação
Falhas
50%
• Redução no consumo de 40%
relacionadas
à lubrificação
lubrificantes e filtros 30%

• Efetiva solução de 20%

10%
problemas e melhor 0%
correção de falhas 1980 1985
Atrito
causa do desgaste e da dissipação de energia

Tipos de Atrito

• Atrito Sólido
- de deslizamento
- de rolamento
• Atrito Fluido
Atrito Sólido

Mancais planos
atrito de escorregamento


Mancais de rolamento
atrito de rolamento


Atrito de deslizamento

+ CARGA → + PONTOS DE CONTATO→ + ATRITO

cisalhamento
Atrito Estático

F Fa
N = ∑ solicitações ┴ superfícies de contato ≈ P

F > Fa = Força necessaria para iniciar o movimento


α N
Fa µ = tg α = Coeficiente de Atrito
depende da natureza e rugosidade das superficies

Fa = µ.N não depende da área de contato e da velocidade


Atrito Solido de Rolamento

• O deslocamento se efetua através da rotação de corpos cilíndricos


ou esféricos colocados entre as superfícies
P
O coeficiente de atrito de
rolamento µr depende de:
F r
• magnitude e direção da carga
• propriedades elasticas das B
α
pistas e elementos rolantes A R
• dimensões dos elementos µr
rolantes μr
• acabamento superficial
F= ×P
R

Quando F atua, manifesta-se uma força de atrito Fa<F impedindo o deslizamento e


dando origem ao rolamento (Fa sem deslizamento não atua, pois em A vel.=0
Mas P causa uma deformação das superficies gerando uma resistencia ao
movimento com resultante R no ponto B
Atrito Fluido
• Interpondo um fluido entre duas superfícies solidas em movimento relativo
deixaremos de ter o contato entre elas.

O Atrito Fluido é a
resistência interna
do fluido ao
movimento

Aplicando uma força F, a placa superior terá V const.


e a placa inferior (e a película a ela ligada) V = 0
µ = coef. de viscosidade absoluta em Pa.s (ou Poise)
A•V Viscosidade cinematica υ = µ / densidade em mm2/s (ou cSt)
F =μ•
L

O Atrito Fluido é diretamente proporcional à Área e à Velocidade e inversamente


proporcional a espessura da camada de lubrificante. NÃO depende da carga
Partes que requerem lubrificação

• Rolamentos e mancais de deslizamento

• Função: suportar cargas dos eixos giratórios


Partes que requerem lubrificação
• Engrenagens

• Função: Transmitir potencia, trocar velocidade


e/ou direção dos eixos giratórios
Partes que requerem lubrificação

• Cabos e correntes

• Função: transmitir potencia e movimento para


lugares remotos
Partes que requerem lubrificação
• Pistões

• Função: mover-se dentro de um cilindro para transmitir


potencia
Partes que requerem lubrificação

• Guias, barramentos e deslizadores

• Função: guiar e suportar cargas recíprocas ou


lineares
Origem dos Lubrificantes
• Os primeiros lubrificantes eram de
origem animal, mas com o passar do
tempo, o homem foi aperfeiçoando e
criando novos inventos, e por
necessidade, os lubrificantes foram
evoluindo também, passando a ter bases
de origem vegetal, mineral e sintética.

Base Lubrificante Mineral É obtida


através do refinamento do petróleo.
•Exploração •Refinaria

Base Lubrificante Sintética É obtida


através de reações químicas
realizadas em Laboratórios.
•Sintético
Classificação dos Lubrificantes
Estado físico
• GASOSOS : Ar, Nitrogênio

• LIQUIDOS : Óleos vegetais, minerais e


sintéticos
• SEMI-SÓLIDOS : Graxas

• SÓLIDOS : Grafite, Bissulfeto de Mo,


Boratos, Talco, Mica
Lubrificantes Gasosos

Os mancais aerostáticos utilizam uma


fina camada de ar ou outro gás
pressurizada a garantir uma interface entre
superfícies com “atrito zero”, evitando
assim os tradicionais problemas
relacionados ao atrito, desgaste e
lubrificação, permitindo vantagens em
aplicações como posicionadores de
precisão e altas velocidades.
Lubrificantes sólidos

• Materiais potenciais: de baixo atrito, aplicados como pós, revestimentos,


suspensão de óleos e graxas
• Sólidos com estruturas lamelares
 Grafite (Tlim ~ 500ºC)
 Dissulfeto de molibdênio (MoS2) (Tlim ~ 450ºC)
 Politetrafluoroetileno (PTFE) (Tlim ~ 250ºC)
• Aplicação
• Máquinas e equipamentos da indústria alimentícia (evita
contaminação)
• Equipamentos espaciais (evita evaporação)
• Sistemas com operação a altas temperaturas e cargas elevadas
(aditivos EP)
Lubrificantes Solidos

Para os compostos de superficie ( Grafite, Dioxido de Molibdenio, etc.) a estrutura è


formada por camadas planas de atomos ou moleculas chamadas “camadas treliçadas”
A estrutura de camadas è muito resistente e suporta cargas muito elevadas
perpendiculares à superficie e ainda tem um deslizamento paralelo muito facil entre as
camadas.
Nos polimeros (PTFE) as camadas sao formadas por cadeias moleculares grandes e
paralelas, apresentando um coeficiente de atrito muito baixo.
Como nao fluem os lubrificantes solidos devem ser aplicados às superficies com
solvente ou utilizando oleos e graxas como veiculos.
O lubrificante solido adere à superficie metalica.
Grafite
• Primeiro lubrificante solido a ser utilizado em grande escala.
• Amplo campo de temperaturas de operação
• Longa vida em serviço e boa resistência ao desgaste
• Baixo coeficiente de atrito
• Boa resistência química e aos óleos
• Boa lubricidade quando exposto à umidade
Tmax = 500ºC
Especialmente utilizado sob forma de
finas partículas ( de 1 à 40μm ),
como aditivo EP, em óleos e graxas
lubrificantes

Só proporciona baixo atrito em ambiente úmido


Pobre desempenho no vácuo
A cor não é aceitável para alguns processos
Bissulfeto de Molibdênio MoS2
( MOLYKOTE )

Boa resistência à pressão


Baixo coeficiente de atrito
Boa resistência ao desgaste
Boa resistência química e aos óleos

- Apropriado para contato metal/metal


( especialmente quando altas pressões impedem
o uso de revestimento superficial de PTFE)
- Muito apropriado para uso no vácuo
- Não apropriado para aplicações em atmosfera
úmida
Bissulfeto de Molibdênio

O bissulfeto de molibdênio pertence aos lubrificantes secos.


O produto é usado em pó ou misturado com graxas ou óleos e é principalmente usado para
dar solução a um problema onde métodos convencionais de lubrificação não dão resultados
satisfatórios, como:
a. Onde a lubrificação regular é dificultada devido a inacessibilidade de peças a ser
lubrificadas;
b. Onde as pressões de operações e as temperaturas são excessivas para os lubrificantes
convencionais;
c. Onde houver possibilidade de mau trato e sobre carga do maquinário, ou onde ocorrem
cargas de choque muito elevadas que vão além da capacidade de resistência.

Geralmente reduzido em partículas com um tamanho médio de 0,5 mícron sendo assim
possível formar suspensões coloidais estáveis em óleos e graxas;
estas não se separam por ação de armazenagem, calor, etc. e não são retidas nos
filtros de óleo.
BORATOS
Ésteres de acido bórico ou boratos inorgânicos finamente dispersos
no óleo

•Formam pequenas esferas com diâmetro aproximado de 0,1μm


•O grafite e o molibdênio formam dispersões de tamanho e formas
irregulares
•O pequeno tamanho e grande densidade das partículas
proporcionam
grande estabilidade de dispersão
•Formam películas muito resistentes nas engrenagens
•Não são tóxicos e não reagem com elastômeros

•Os boratos são ligeiramente solúveis em água e podem ser


dissolvidos,
portanto devem ser evitadas aplicações em locais com possível
presença
de água
Poli Tetra Fluor Etileno PTFE
• Boa resistência ao desgaste
• Longa vida em serviço ( TEFLON )
• Baixo coeficiente de atrito
• Boa proteção à corrosão
• Boa resistência química e aos óleos
• Apropriado em contato metal/metal ou metal/plástico
• Especialmente recomendado para velocidade de
deslizamento muito baixas: v < 0,05 m/s

T max = 260ºC

Não adequado para altas


Pressões de trabalho
Óleos
• Representam a grande maioria do consumo mundial de
lubrificantes
• Mais de 90% são obtidos do petróleo
( óleos minerais )
• Grande crescimento da produção de óleos vegetais devido a
preocupação ambiental
• Óleos Sintéticos possuem propriedades alem dos óleos
minerais – mais caros
Óleos Vegetais
Óleo Vegetal

VANTAGENS DESVANTAGENS
• Biodegradável • Quimicamente instável
• Renovável (oxida muito)
• Alto ponto de fulgor e combustão • Biologicamente instável
• Boa Oleosidade (fungos e bactérias)
• Alta constante dielétrica • Mais caro do mineral
• Limitações em baixas
temperaturas

APLICAÇÕES: Óleo isolante para transformadores e capacitores;


Óleo hidráulico; Fluido para freios;
Lubrificante para motores a jato
ÓLEOS VEGETAIS
Óleo de Rícino (castor oil)

• O popular óleo de mamona. É


um fluido baseado em ésteres
naturais.
• Já foi muito utilizado em
motores de aviação e
automotivos de corrida, mas
em altas temperaturas forma
gomas e o motor deve ser
freqüentemente revisado.
• Não agride a borracha natural.
Glicerol (Glicerina)
Glicerol ou Propano-1,2,3-triol é um composto orgânico
pertencente à função álcool. É higroscópico, inodoro, viscoso e
de sabor adocicado
Está presente em todos os óleos e gorduras de origem animal e
vegetal
(O termo Glicerina refere-se ao produto na forma comercial,
com pureza acima de 95%).
Pode ser utilizado como lubrificante em máquinas que fabricam
produtos alimentícios, que entram em contato direto com o
alimento ou, quando existir qualquer tipo de incompatibilidade
com os produtos utilizados no processo, tais como em
rolamentos expostos a solventes como gasolina ou benzina, que
poderiam dissolver o óleo mineral;
Utilizado tambem em misturas anticongelantes;
Óleos Minerais
• A maioria dos óleos lubrificantes são obtidos do petróleo (~ 95%)
Petroleo crú

C5-C10 Gasolina 27%

C11-C13 Querosene 13%

C14-C25 Diesel 22%


e Gás natural

REFINAÇÃO C26-C40 Óleo lubrificante 20%

1. As impurezas >C40 Asfalto 18%


são removidas
2. As moléculas
de óleo são
EXTRAÇÃO separadas por
tipo e tamanho
REFINARIA
Produtos e Processos
ORIGEM DOS LUBRIFICANTES

OBTENÇÃO DOS OLEOS LUBRIFICANTES


Através da destilação a vácuo, são obtidos os seguintes óleos lubrificantes:
spindle, neutro leve, neutro médio, neutro pesado, brightstock e cilinder oil.

A obtenção dos óleos lubrificantes é completada com a mistura adequada


dos diferentes óleos básicos acabados, nas porcentagens exatas para se obter
a viscosidade desejada.

Durante a mistura dos óleos básicos, podem ser adicionados aditivos aos
óleos minerais puros; temos, dessa forma óleos aditivados.

Temos tem uma boa razão para utilizar de forma racional os lubrificantes
pois, agora já sabemos quantos recursos tecnológicos é investido na
obtenção de 75% da matéria prima que compõe os mesmos, levando-se
também em consideração que a extração, o refino e o consumo desregrado
são uma medida de grande impacto ambiental.
ORIGEM DOS LUBRIFICANTES

REFINO
Os óleos obtidos a partir deste processo são chamados óleos básicos e,
ainda, não servem como base para os lubrificantes sendo necessários para
tanto os seguintes tratamentos:
Refinação por solvente: É um tratamento que extrai o asfalto e compostos similares do
óleo, através da colocação do solvente no óleo e posterior agitação, onde nesse momento,
ocorre uma combinação química entre o asfalto e o solvente. Quando a agitação pára,
ocorre a separação entre óleo e solvente, quem agora devido ao asfalto está mais pesado
e deposita-se no fundo do recipiente;

Desparafinização: Consiste em retirar as ceras parafínicas do óleo básico. Essas ceras


provocam alta fluidez nos óleos. Esse método se utiliza da adição de um solvente,
resfriamento e filtração;

Hidrogenação: Tem o objetivo de estabilizar quimicamente os óleos, eliminando os


compostos de enxofre instáveis. Após a hidrogenação, o óleo fica mais claro e diminui sua
tendência à oxidação.
Categorias de Básicos API

Categoria API Enxofre Saturados Índice de


% Viscosidade
Grupo I ($ 0,65/L) > 0,03 y/0 < 90 80 a 120
Grupo II ($ 0,70/L) ≤ 0,03 y ≥ 90 80 a 120
Grupo III ($ 1,90/L) ≤ 0,03 y ≥ 90 ≥ 120
Grupo IV ($ 2,80/L) Lubrificantes sintéticos PAO ≥ 135
Grupo V Todos os outros tipos de básicos não
inclusos nos grupos I, II, III, ou IV
Grupo IIplus ($ 0,85/L) ≤ 0,03 y ≥ 90 90 a 120
Categoria informal: óleos básicos por hidrofracionamento severo
Refinação
Propriedades do Óleo Mineral

Cadeia molecular

• Parafinicos (alcanos) CnH2n+2


Obtidos do petróleo rico em resíduos
cerosos. Não contem asfalto.

Parafínicos Parafínicos Ramificados


• Naftenicos (cicloparafinas) CnH2n s

Obtidos do petróleo rico em asfalto e sem


parafina.

• Olefinicos CnH2n-2

Naftênicos Aromáticos
• Aromáticos CnH2n-6
Propriedades do Óleo Mineral
Comparação óleos Parafinicos e Naftenicos
Parafínicos Naftênicos
Petróleo cru Mar do Norte, Golfo do México
Oriente médio
% Parafínicos 45 - 60 15 - 25
% Naftênicos 20 - 30 65 - 75
% Cera 1 - 10 Traças
Índice Viscosidade 95 - 105 30 - 70
Ponto de Por Ceras Por viscosidade
congelamento
Ponto de Fulgor Maior que Menor que
Naftênicos Parafínicos
Solvência Aditivos Pobre / Regular Boa
Oleosidade Pequena Grande
Resistência à Grande Pequena
Oxidação
Em presença de Água Não mistura Mistura
Cinza-se ao queimar Muito Pouco
Aplicações Engrenagens, Cilindros a vapor,
Rolamentos, Compressores, Óleos
Hidráulica, Motores, Refrigerantes,
Turbinas Lubrificação por
camada limítrofe
Óleos Sintéticos

• Os óleos sintéticos são obtidos por reação


química, havendo assim maior controle em
sua fabricação, permitindo a obtenção de
vários tipos de cadeia molecular, com
diferentes características físico-químicas e por
isso são produtos mais puros.
Óleos minerais e sintéticos
comparação molecular

Mineral Propriedades Sintético

Milhões de combinações Estrutura Repetição de


molecular moléculas

Grande variação Tamanho Constante


molecular

Contem aromáticos, Pureza Muito puro


naftenicos, nitrogênio,
enxofre, cera

Estabilidade à Oxidação
+ PAO (sintético)
Grupo III - Óleo mineral
hidrocraqueado
Grupo II - Óleo mineral
hidroprocessado
Grupo I - Óleo mineral
refinado com
Principais tipos de
Óleos Sintéticos

• Poli Alfa Olefinas PAO (hidrocarbonetos sintéticos)


• Diesteres (ácidos de ésteres dibasicos)
• Poliolesteres POE (neopentil poliésteres)
• Poli Alquileno Glicois PAG (solúveis e insolúveis em água)
• Ésteres Fosfatados
• Silicones
• Poliésteres Perfluorados
• Alquilbenzenos
Quando usar Óleos Sintéticos
• PRINCIPAIS VANTAGENS • LIMITAÇÕES
• Pureza elevada
• Incompatibilidade com selos,
• Boa resistência à oxidação elastômeros,pinturas, revestimentos e
• Resistência à hidrolise (não todos) plásticos

• Menor atrito • Muito caros


• Menor consumo de energia • Baixa solubilidade de aditivos
• Melhor IV
• Operam melhor em baixas e altas temperaturas
• Suportam cargas elevadas

• Menor consumo de lubrificante


• Menor formação de depósitos

• Problemas de segurança ambiental e no trabalho


• Em equipamentos críticos
• Quando precisa um ciclo de vida mais longo
• Em temperaturas muito altas ou muito baixas
• Em resumo, quando os óleos minerais não satisfazem as exigências
e/ou quando a relação custo beneficio é favorável
Óleos Sintéticos
Polialfaolefinas PAO(hidrocarbonetos
sintéticos)
Lubrificantes com altas prestações similares aos hidrocarbonetos parafinicos
puros, produzidos com matérias primas derivadas do petróleo e polimerizados
para obter diversas viscosidades. Os menos caros e mais comunemente usados
entre os óleos sintéticos.
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Não contem Enxofre, Fósforo, metais e ceras
• Limitada solvência de aditivos
• Alto I.V. (acima de 135)
• Tendem a encolher vedações e gaxetas
• Excelente fluidez a baixa temperatura
• Baixo ponto de congelamento(-40ºC) • Requer aditivos para melhorar a
resistência a oxidação
• Boa estabilidade térmica e oxidativa
• Excelente estabilidade hidrolitica
• Limitadas propriedades de lubrificação
limítrofe
• Baixa volatilidade
APLICAÇOES
• Excelente resistência ao cisalhamento
• Óleo para motor e transmissão
• Compatível com minerais
• Baixa solubilidade em amônia (R22) • Óleo para engrenagens industriais
• Excelente demulsibilidade • Óleos hidráulicos
• Anti espuma
• Graxas para aplicações severas ou extremas

Requerem misturas com ésteres sintéticos para solubilidade com aditivos e


compatibilidade com vedações
Família dos ESTERES Sintéticos

• Obtidos por reação entre um Acido Orgânico


ou inorgânico e um Álcool (ou Fenol)
• Inclui os Poliolesteres (POE) entre os quais
podemos considerar os PAG solúveis e insolúveis
Polialalquileno Glicois PAG
Os mais versáteis entre os óleos sintéticos. Disponíveis como solúveis e
insolúveis na água em ampla gama de viscosidades

VANTAGENS DESVANTAGENS
• Alto I.V. natural (acima de 135)
• Afetam consideravelmente pinturas e
• Podem ser utilizados numa ampla gama de acabamentos
temperaturas
• Baixa produção de lodos • Não compatíveis com óleos minerais e
seus aditivos, PAO e Ésteres
• Alta condutividade térmica
• Boa biodegradabilidade • Pobre desempenho em baixas
temperaturas comparados com outros
• Baixo atrito sintéticos
• Baixo consumo de energia em engrenagens
• 6 a 8 vezes mais caros que os óleos
• Alta lubricidade minerais
• Baixa solubilidade com hidrocarbonetos e alguns
refrigerantes

Proporcionam fácil monitoramento da condição através de analise do TAN


Normal 0,1 – 0,5 mg KOH/g . Aumento de 1 em relação às especificações do
novo condena o óleo
Toleram muito a contaminação por água
Polialalquileno Glicois PAG
APLICAÇOES
• Fluido de freios hidráulicos (solúveis)
• Fluido hidráulico resistente ao fogo(solúveis)
• Fluido para transferência de calor (não solúveis)
• Óleo para engrenagens industriais
• Fluido de corte (solúveis)
• Compressores de refrigeração(R-134a, R-152a, R22)
• Compressores de gás natural em alta pressão e etileno
• Compressores de parafusos
• Fluido de processo na produção de plástico e elastômeros
• Como EP para engrenagens
• Lubrificante na industria têxtil (não decolora as fibras)
• Engrenagens Helicoidais
• Redutores de turbinas eólicas
• Equipamentos rodando o ano inteiro (sem troca sazonal)
Alquilbenzeno

• Composto orgânico obtido por reação entre um


grupo Alquila e um anel benzênico.
(Formulação típica dos detergentes)

• Alquila=átomos agrupados em uma molécula capaz de manter sua


individualidade numa reação. Ex. R= radical orgânico monovalente
C2H2n+1 formado pela remoção de um átomo de H de um
hidrocarboneto
• Benzeno=hidrocarboneto aromático C6H6
Alquilbenzeno

VANTAGENS DESVANTAGENS
• Baixo ponto de fluidez
• Resiste à formação de
borras e depósitos
• Boa estabilidade à oxidação
• Para baixa, média e alta
temperatura

APLICAÇÕES: Óleo para sistemas de refrigeração pela sua miscibilidade


estável com vários tipos de refrigerantes (Blend R-12; R-22; R-502; R-408A
etc.) Previne a formação de depositos em cilindros, valvulas e condensadores.
Fluidos Refrigerantes e óleos lubrificantes
Compatibilidade oleos lubrificantes
Propriedades dos Óleos e Ensaios de
Desempenho
• VISCOSIDADE
• INDICE DE VISCOSIDADE
• NUMERO DE NEUTRALIZAÇÃO
• PONTO DE FULGOR E COMBUSTÃO
• PONTO DE FLUIDEZ E NEVOA
• PONTO DE ANILINA
• COR
• PESO ESPECIFICO
• DEMULSIBILIDADE
• DISPERSANCIA
• CORROSÃO EM LAMINA DE COBRE
• ENSAIOS DE DESGASTE
• FILTRABILIDADE
• RESISTENCIA À OXIDAÇÃO
• ESTABILIDADE TERMICA
VISCOSIDADE

• É a propriedade mais importante de um lubrificante


• DEFINIÇÂO:
Resistência de um liquido ao fluxo
(atrito interno)
• É afetada por :
 Temperatura
 Umidade
 Sólidos
 Trocas Químicas
Duas Medidas de Viscosidade

• VISCOSIDADE • VISCOSIDADE
ABSOLUTA CINEMATICA
• Resistência que o óleo apresenta • Resistência que o óleo apresenta
ao fluxo e cisalhamento (atrito ao fluxo e cisalhamento devido a
interno) força de gravidade
• Unidades de medida:
• Unidades de medida: mm2/s ou Centistoke
Pa.s ou Centipoise (cPs) (cSt)
A densidade relativa pode
introduzir erros nas tendências
É preferível em baixas de viscosidade
temperaturas e para analise de
óleos usados

Viscosidade Absoluta = Viscosidade Cinemática x Densidade Relativa


Medição
Viscosidade Cinemática
1. O óleo é introduzido no tubo por sucção

Viscosímetro
ASTM D445-97 2. O tubo é imerso em um banho de
temperatura constante

3. Mede-se o tempo em segundos para o


liquido fluir da marca inicial até a final

Viscosidade Cinemática =
Constante do tubo
x
Tempo de fluxo em segundos
Grau de Viscosidade ISO
( ISO 3448 )

• A International Standardisation Organization (ISO) estabeleceu


um sistema de classificação aplicável aos óleos industriais e
expressa seus valores em graus de viscosidade cinemática a 40
ºC.
• A classificação ISO define 18 graus de viscosidade entre 2
mm2/s e 1500 mm2/s e refere-se a produtos líquidos de petróleo,
desde querosene até óleo de cilindro.
• A norma ISO não obriga que cada linha de produtos contenha
todos os graus ISO existentes. A escolha dos graus a produzir
fica a critério da Companhia Distribuidora.
• Cada grau de viscosidade é identificado pelo numero inteiro mais
próximo do valor da viscosidade, correspondente ao valor médio
da faixa considerada. É permitida uma variação de  10% desse
valor médio.
Grau de Viscosidade ISO
( ISO 3448 )

Limites da viscosidade
Viscosidade
ISO Grau de cinemática (cSt à 40 oC)
média
viscosidade
(cSt à 40 oC)
mín máx

ISO VG 2 2.20 1.98 2.42


ISO VG 3 3.20 2.88 3.52
ISO VG 5 4.60 4.14 5.06
ISO VG 7 6.80 6.12 7.48
ISO VG 10 10.00 9.00 11.00
ISO VG 15 15.00 13.50 16.50
ISO VG 22 22.00 19.80 24.20
ISO VG 32 32.00 28.80 35.20
ISO VG 46 46.00 41.40 50.60
ISO VG 68 68.00 61.20 74.80
ISO VG 100 100.00 90.00 110.00
ISO VG 150 150.00 135.00 165.00
ISO VG 220 220.00 198.00 242.00
ISO VG 320 320.00 288.00 352.00
ISO VG 460 460.00 414.00 506.00
ISO VG 680 680.00 612.00 748.00
ISO VG 1000 1000.00 900.00 1100.00
ISO VG 1500 1500.00 1350.00 1650.00
Medição
Viscosidade Saybolt SUS
1. O óleo é introduzido num recipiente,
imerso em um banho de temperatura
constante, e que possui um orifício
calibrado

2. Abre-se o orifício do recipiente e mede-


se o tempo em segundos para encher
um frasco de 60 ml

Viscosidade Saybolt =
Tempo de fluxo em segundos

Como já vimos a viscosidade varia com a temperatura.


Este método utiliza as temperaturas padrão de
100°F (37,8°C) e 210°F (98,9°C)
Classificação de Viscosidade SAE
• Os óleos SAE “W” (Winter) de baixa
viscosidade são usados em baixa
temperatura e auxiliam nas partidas a
frio.
• Os óleos SAE 20 até 60 tem maior
viscosidade e são usados em medias e
altas temperaturas.
• Hoje, os mais comuns são os óleos
mutigrade (ex.:SAE 20W/50) com alto IV
que se comportam como óleos “finos”
à baixa temperatura e “grossos” em
altas temperaturas.

• Os óleos para engrenagens são


produzidos nos graus SAE 70W,75W,
80W, 85W e 80,85,90,140 e 250.

• Existe uma classificação API que trata


do desempenho dos óleos; S...para
carros de passeio e C... para motores
diesel. Ex.: SJ e CL
Classificação de Viscosidade SAE
Classificaçoes de desempenho
Classificaçoes oleos
para motores a gasolina
Classificaçoes oleos
para motores à gasolina
Comparativo entre algumas classificaçoes recentes de desempennho para
oleos de motores a gasolina segundo a API
Classificaçoes oleos
para motores diesel
Classificaçoes oleos
para motores à gasolina
Comparativo entre algumas classificaçoes recentes de desempennho para
oleos de motores diesel segundo a API
Tabela de Equivalência
de Viscosidade

SAE grades
VGVG

AGMA grades

gear oil
• Viscosidades baseadas em óleo

ISO
ISO
mono-grau IV 95
• Grau ISO especificado a 40°C

crankcase oil
SAE grades
• Grau AGMA especificado a 100°F
• Grau SAE “W”especificados à
baixa temperatura (<10°F) São
mostradas as viscosidades
equivalentes a 100°F e 210°F
• Grau SAE especificado a 210°F
(~100°C)
• Grau SUS Saybolt Segundo
Universal (sistema ingles)
• Para converter cSt em SUS:
SUS = cSt x 4,632 @ 100°F
SUS = cSt x 4,664 @ 210°F
Exemplos de Viscosidade

Viscosidade =“Resistência ao escoamento"de um líquido

EL
M

Água: baixa viscosidade Mel: Alta viscosidade


(1cSt at 20°C) (~1200 cSt at 20°C)
Escolha da Viscosidade

baixa viscosidade: alta viscosidade:

baixo atrito filme de óleo grosso


filme de óleo fino alto atrito

Deve-se encontrar o balanceamento ideal


Índice de Viscosidade IV

• Mede a variação na Viscosidade dos óleos com


a variação da temperatura.
• É determinado experimentalmente medindo a
viscosidade a 40°C e 100ºC e comparando com
a variação de dois óleos padrão.
• Quanto maior será o IV menor será a taxa de
variação da viscosidade com a temperatura
Índice de Viscosidade IV

IV -20 a 0 0 a 60 60 a 100 100 a 200

OLEOS Ésteres Minerais Minerais Minerais com melhoradores


Fosfatados naftenicos Parafinicos de IV e Sintéticos (Diesteres,
Poliol Ésteres, Poliglicois,)
Índice de Viscosidade IV
VARIAÇÃO DA VISCOSIDADE COM A TEMPERATURA
Oleosidade

• A Oleosidade ou Untuosidade é a
propriedade que um lubrificante possui de
aderir às superfícies (adesividade) e
permanecer coeso (coesividade).
Exemplo: a água não possui adesividade nem
coesividade.

Lembre-se que não podemos confundir oleosidade com


viscosidade
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

PONTO DE FULGOR E INFLAMAÇÃO

Ponto de fulgor e de inflamação são características importantes quando o


destino é um trabalho em temperatura elevada. Em geral, a característica
que define a utilização e o manuseio de óleos lubrificantes é o ponto de
fulgor , pois se a temperatura do óleo estocado, manuseado ou em serviço
estiver próxima do seu ponto de fulgor, a utilização não é recomendada.
PONTO DE FULGOR
É a temperatura em que o óleo, quando aquecido em aparelho
adequado, desprende os primeiros vapores que se inflamam
momentaneamente em contato com uma chama

PONTO DE INFLAMAÇÃO
É a temperatura na qual o óleo, aquecido no mesmo aparelho
do ponto de fulgor, inflama - se em toda a superfície por
mais de 5 segundos.
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

TESTE DO PONTO DE FULGOR E INFLAMAÇÃO


CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

PONTO DE FLUIDEZ

O ponto de fluidez é a menor temperatura na qual uma


amostra de óleo ainda flui quando resfriada e observada sob
condições determinadas.
O ponto de fluidez dá idéia de quanto um óleo
lubrificante pode ser resfriado sem perigo de deixar de fluir.
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

TESTE DO PONTO DE FLUIDEZ


CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

DENSIDADE

A densidade absoluta é conceituada como a relação entre a massa de


uma determinada substância e o volume por ela ocupado.
Densidade da água a 4°C = 1g/cm3

0
DENSIDADE DO OLEO A 20 C
DENSIDADE 20 / 4 C 
0

DENSIDADE DA AGUA A 40 C
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

ACIDEZ E ALCALINIDADE – TAN e TBN

Os testes para a determinação dos constituintes de caráter ácido e alcalino de um óleo


ou composição, acham-se reunidos sob a denominação geral de índice ou
número de neutralização.
Índice de Acidez Total (TAN) é a quantidade de base, expressa em miligramas de
hidróxido de potássio, necessária para neutralizar todos os componentes ácidos
presentes em uma grama da amostra.
Índice de Alcalinidade Total (TBN) é a quantidade de ácido, expressa em
equivalentes miligramas de hidróxido de potássio, necessária para neutralizar todos os
componentes básicos presentes em uma grama de amostra.
1) O óleo está ácido e se usa para neutralização solução padronizada de hidróxido de
potássio (KOH). O resultado será expresso em miligramas de KOH necessários para
levar uma grama de óleo do ponto em que está (ácido) ao ponto "neutro".
2) O óleo está alcalino e se usa solução padronizada de ácido (HCI) para a
neutralização. O resultado significará miligramas do KOH equivalentes à quantidade de
HCI gasta para levar urna grama de óleo do ponto em que está (alcalino) ao ponto
"neutro".
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

TESTE DE ACIDEZ E ALCALINIDADE – TAN e TBN


CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

COR

Os produtos de petróleo apresentam variação de cor quando


observados contra a luz. Essa faixa de variação atinge desde o preto até
quase o incolor. As variações de cor são devido às variações da natureza
dos crus, da viscosidade e dos métodos e formas de tratamento
empregadas durante o refino.
No colorímetro da American Society of Testing and Materials (ASTM), há vidros
com oito cores diferentes, desde o mais claro(nº 1) até o mais escuro (nº 8),
abrangendo desde o marrom claro até o vermelho intenso.
Cor mais escura observa-se usando uma diluição de 15% de óleo em 85% de
querosene, e ao resultado se acrescenta à palavra 15 diluído.
Antigamente a cor clara indicava um óleo de baixa viscosidade. Atualmente, óleos
de elevada viscosidade e bem claros são obtidos.
Óleos de origem parafínica - refletem luz de cor verde fluorescente.
Óleos de origem naftênica - refletem luz azulada.
Cor dos Óleos Lubrificantes
Tabela de conversão
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

DEMULSIBILIDADE – ASTM D.1401

Capacidade dos óleos de se separarem da água

Método: misturar em uma proveta 40ml de óleo + 40ml de água destilada


Agitar a 1500rpm por 5min.
Temp. 130ºF para óleo com viscosidade < 450SSU
180ºF para óleo com viscosidade ≥ 450SSU
Medir o tempo necessário para a separação da água
O resultado pode ser formado por 4 números, representando respectivamente:
Quantidade de óleo; quantidade de água; quantidade de emulsão; tempo
Ex.: 25-20-35-60’
Teremos 25ml de óleo – 20ml de água – 35ml de emulsão em 60’ de tempo
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

CORROSÃO À LAMINA DE COBRE – ASTM D.130

Serve para determinar a tendência dos


óleos em corroer metais.

-Consiste em mergulhar uma lamina de cobre


bem polida numa amostra de óleo aquecida a
100°C por 3h.
-A cor é comparada com uma escala de
padrões e o resultado é expresso pelos números
de classificação de 1 a 4 (de menor para maior)
havendo estágios intermediários dados por
letras – ex. 1a, 1b, 1c ...

-O óleo mineral puro enquadra-se em 1a, 1b


CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

PONTO DE ANILINA

O Ponto de Anilina é a temperatura mais baixa na qual volumes iguais da


amostra do produto de petroleo em ensaio e de anilina, permanecem em
solução equilibrada.
O ponto de anilina é inversamente proporcional a quantidade de
hidrocarbonetos aromaticos presentes na amostra.
Os hidrocarbonetos aromaticos são os principais responsaveis pelo poder
solvente dos derivados do petrolio, caracteristica esta altamente idesejavel
nos oleos lubrificantes, pois indica uma tendencia a atacar peças de
borracha.
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

PONTO DE ANILINA

PROCEDIMENTO:
Coloca-se 10ml de anilina seca junto com 10ml do produto ensaiado. Movimenta-se
continuamente aquecendo até obter uma soluçao clara.
Esfriar a soluçao até que apareça uma nebulosidade repentina na mistura, indicando
o final do ensaio.

RESULTADO REPORTADO:
O ponto de anilina è a temperatura mais proxima a 0,05°C da temperatura em que
ocorre a nebulosidade.

SIGNIFICADO:
Para um lubrificante, o ponto de anilina indica a sua tendencia em inchar borrachas e
elastomeros (ex.: vedaçoes)
Quanto maior o ponto de anilina, maior è a resistencia à expansao das vedaçoes.
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES
Ensaio EP - Timken
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES

ASTM D-2782 para óleos


ASTM D-2509 para graxas

Resultados do teste Timken


Tipo de Óleo Carga (Lbs)
Mineral puro 0 - 20
Médio EP 20 - 60
Elevado EP > 60
CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADE DOS LUBRIFICANTES
Teste 4 Esferas (Four Balls)

Carga de soldagem em óleos ASTM D-2783


Carga de soldagem em graxas ASTM D-2596
Desgaste em óleos ASTM D-4172
Desgaste em graxas ASTM D-2266

Resultados do teste 4-balls


Tipo de Óleo Carga (Kg)
Mineral puro 0 - 20
Medio EP 20 - 60
Elevado EP > 60
Teste FZG

ASTM-D5182
Avalia a capacidade EP de Óleos para engrenagens
Pode medir o dano visual das áreas de contato ou
a perda de peso por desgaste
Teste FALEX
Funções do Óleo Lubrificante

• Controlar Atrito Separação entre superfícies


• Controlar o desgaste Reduz desgaste abrasivo
• Controlar corrosão Protege as superfícies
• Controlar temperatura Absorve e transfere calor
• Controlar contaminação Transporta partículas e outros
contaminantes aos filtros/sep.
• Transmitir potência Em sistemas hidráulicos,
transmite força e movimento

A Industria opera sobre uma película de 0,1 à 10 μm


Composição de um Lubrificante
Aditivos
Porque sao necessarios?

Nenhum oleo sozinho atende as necessidades de lubrificaçao


das modernas maquinarias
Principais aditivos

Anti-corrosivo AW (Anti-desgastante)

Anti-Espumante Detergente

Anti-Oxidante Dispersante

EP (Extrema pressão) VI-aperfeiçoado


Funçoes dos Aditivos
Anti-
espumante
Anti-
corrosivo

Anti- VI-melhorado
oxidante

Sem Com
Sem Com Com, podendo
haver o
cisalhamento de
pequenas
Tipos de aditivos:

Anti-oxidante
aumenta a vida do lubrificante

Aditivos Extrema Pressão (EP


proteção contra soldagem à frio

Aditivos Anti-corrosão
para proteção dos componentes

Aditivos Sólidos (grafite, MoS2)


para quando a lubrificação líquida falhar
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos de Extrema Pressão:

Como já vimos a função principal dos lubrificantes é separar as


superfícies em movimento, reduzindo assim o atrito, o desgaste e a geração
de calor.
Existem, porem, situações onde a pressão exercida sobre a película
lubrificante é tão elevada que ocorre o seu rompimento. Aí, o contato metal-
metal é extremamente danoso.
O contato metal-metal provoca escoriações e arranhaduras em
engrenagens e mancais que, por sua vez, geram a soldagem e a deformação
a frio. Essas são as ocorrências combatidas pelos lubrificantes possuidores da
propriedade extrema pressão (EP), dada pelo aditivo EP.
O comportamento dos óleos com e sem aditivos EP é semelhante até
o momento da falha da película lubrificante. Nesse ponto o aditivo entra em
ação.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos de Extrema Pressão:

Quando a carga é progressivamente crescente em um sistema


lubrificado, a película de óleo torna-se mais fina, o desgaste abrasivo cresce
até atingir um ponto onde há a solda de porções das duas superfícies seguida
de arrancamento de partículas de metal (grimpamento) provocando elevados
aumentos de temperatura.
A lubrificação EP envolve um ataque químico sobre as superfícies em
temperaturas elevadas gerando produtos de reação tipo sabões que evitam o
grimpamento. Por esse motivo são chamados de aditivos sacrificiais.
Os principais aditivos EP são compostos orgânicos contendo enxofre, cloro ou
fósforo e agentes de adesividade.
Muito utilizados também são os sólidos tipo grafite e MoS2 em suspensão nos
lubrificantes sob forma de particulados.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Antidesgaste:

São aditivos destinados a evitar ou controlar o desgaste


resultante do atrito. O desgaste corrosivo, com já vimos, é combatido
pelos antioxidantes, dispersantes e anticorrosivos.
Assim, a função do aditivo antidesgaste é a mesma dos aditivos
EP; alguns fabricantes chegam a englobar os aditivos antidesgaste sob a
denominação de agentes EP leves.
O principal elemento químico usado como antidesgaste é o
fósforo. O uso principal do antidesgaste é como agente de untuosidade,
isto é, melhorador do poder lubrificante.
Embora esse aditivo seja usado em muitos tipos de
lubrificantes, é indispensável em dois:
•Em óleos para caixas de velocidades automáticas, para combater os
ruídos característicos desses equipamentos.
•Em óleos para barramentos, a fim de evitar as prisões seguidas de
escorregamento.
Aditivos AW e EP

E.P. Polar

Temperature

Phosphorus
Chlorine
Sulphur

Sólido
Com óleo aditivado

Carga
Quando usar aditivos EP ?

Checar necessidade de lubrificantes sólidos/EP:

aditivos EP necessários
- para altas cargas (C/P < 5)
- se existirem cargas de choque
- se ocorrem freqüentes partidas e
paradas

necessidade de lubrificantes sólidos


(grafite e/ou MoS2)
- se a velocidade é muito baixa
(n.dm < 30.000 mm/min)

utilizar aditivos EP e aditivos sólidos somente se necessário!


Oxidação

• Reação em cadeia com velocidade baixa

• A molécula oxidada catalisa a oxidação de outras

• A partir de 60 ºC, a cada aumento de 8 - 10ºC na temperatura,


a oxidação é duplicada.

• Também água e partículas metálicas funcionam como


catalisadores da oxidação
Oxidação nos lubrificantes
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Antioxidantes:

Os aditivos antioxidantes são elementos que têm maior


afinidade com o oxigênio do que os hidrocarbonetos formadores do óleo,
ou seja, são receptores preferenciais de oxigênio.
Qualquer lubrificante se oxida, o que o aditivo faz é controlar a
velocidade de oxidação por um tempo. Quando esse tempo se esgota, o
óleo é considerado vencido. É o momento em que a formação de borras,
gomas e vernizes ocorre em grande quantidade.
Os efeitos de um óleo com borras e vernizes são:
•Eliminação de folgas;
•Prejuízo da dissipação de calor;
•Diminuição do rendimento;
•Falhas e defeitos em vários pontos do equipamento.

Os aditivos antioxidantes são feitos em geral de compostos de ZDDP, Fenois


Sua concentração nos lubrificantes é da ordem de 0,001% a 0,1%.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Anticorrosivos:

Os aditivos anticorrosivos têm a função de proteger os metais


contra:
Substâncias corrosivas presentes no óleo, tais como borras e produtos da
queima de combustível e agentes atmosféricos.
Para conseguir o primeiro tipo de proteção, adicionam-se ao óleo
produtos que previnam o contato entre o metal e a substância corrosiva, e,
ao mesmo tempo, neutralizem as substâncias ácidas presentes durante o
serviço.
Em resumo, é necessário que o aditivo seja alcalino e forme uma
película impermeável sobre os metais.
Para o segundo tipo de proteção, os aditivos recebem o nome de
inibidores de ferrugem visto que se destinam à proteção dos metais ferrosos.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Inibidores de Ferrugem:

Esses aditivos são produtos que têm mais afinidade com o ferro
do que com a água. Assim, aderem ao metal e deslocam a umidade da
superfície.
Esse deslocamento é conseguido por pequenos volumes de óleos
graxos que envolvem as partículas de água numa película oleosa. Além
dos óleos graxos, usam-se sulfonatos de petróleo.
Os inibidores de ferrugem podem ser usados em qualquer tipo de
óleo. Porém, torna-se necessário verificar se esses aditivos corroem os
não ferrosos.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Detergentes e Dispersantes:

Os aditivos detergentes são compostos que auxiliam a manter


limpas as superfícies metálicas, minimizando a formação de borras e placas
de qualquer natureza, por meio de realizações ou processos de solução.
O uso de aditivos detergentes não significa propriamente uma
enérgica ação de limpeza, mas uma redução na formação de depósitos.
O aditivo dispersante busca dar aos óleos lubrificantes a
propriedade de manter em suspensão, finamente divididas, quaisquer
impurezas formadas no interior do sistema (ou que nele penetrem) até o
momento de serem eliminadas por ocasião da troca ou purificação do
lubrificante.
Os principais produtos usados como aditivos detergentes
dispersantes são os compostos organo-metálicos, cujas denominações
químicas são: amina, hidroxila, éter fosforado, carboxila e anidrido.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Antiespumantes:

Os óleos lubrificantes formam espuma quando agitados em


presença de ar. Isso é indesejável, pois a espuma diminui a espessura
da película lubrificante.
O silicone é o melhor e mais eficiente aditivo antiespuma. Ele
atua de modo a desmanchar as bolhas de ar assim que elas atingem a
superfície livre do óleo; sua ação é muito parecida como a de furar
uma bexiga.

Aditivos Melhoradores do Índice de Viscosidade:

São polímeros adicionados aos lubrificantes sujeitos à intensa


variação de temperatura. A função dos melhoradores do I.V. é não
permitir aumento ou diminuição excessiva da viscosidade, durante
trabalhos realizados em temperaturas baixas ou elevadas.
ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES

Aditivos Agentes da Adesividade:

Os agentes de adesividade quando adicionados ao óleo,


mesmo em pequenas quantidades, conferem-lhe alto poder de aderência aos
metais. Essa aderência permanece inalterada nas condições normais de
serviço, apesar do movimento das peças forçar a expulsão do óleo.

Aditivos Abaixadores do Ponto de Fluidez:

São compostos químicos (polimetacrilatos e poliacrilamidas) que


fazem o óleo suportar baixas temperaturas sem se congelar.
Esses aditivos atuam impedindo que os cristais de cera se formem e
se aglutinem impedindo a fluidez.
Assim, a temperatura considerada ponto de fluidez para um óleo
com esse aditivo passa a ser inferior àquela considerada ponto de fluidez
para o óleo sem este aditivo.
Filme Lubrificação TEXACO
Graxas

Uma graxa é 90 % de óleo retido em um espessante (10 %)

Pense como
uma esponja,
que retém o
óleo

Ela não é: um óleo espêsso


um óleo sólido (cera)
o que ha na Graxa ?

Espessante Aditivos
Óleo base
Graxa = (5-30 %)
(70-95 %)

G REA SE LG M T3 / 1 8 0
G ra sa Fe tt G ra isse
G re a se G ra sso
Graxas Lubrificantes

Processo de fabricação
Tipos de Espessantes
a “Esponja”
 Sabão Metálico (~70%)
Lítio, cálcio e outros
 Poliuréia (~20%)

alternativa para sabão


metálico
 Asfalto

grande adesividade
 Silicone / Argila (~5%)

ampla gama de temperaturas


(grandes variações)
 PTFE ('Teflon') (~1%)

temperaturas muito altas (caro)


Tipos de Espessantes

Tipo Subtipo Razão


 Sabão metálico
lítio uso geral, eficiente
cálcio resistente à água
alumínio estabilidade térmica
complexos melhoria de performance

 Não sabão
poliuréia alta ou ampla gama temp.
argila sem ponto gota, ampla gama temp.
silicone sem ponto gota, ampla gama temp.
PTFE estabilidade térmica, alta temp.
Tipos de Espessantes

• Graxas de sabão metálico


• As graxas de sabão metálico são as de uso mais comum. São
constituídas de óleos minerais puros e sabões metálicos constituídos, por sua
vez, de um óleo graxo um metal (cálcio, sódio, lítio, etc.) podendo ser
aditivadas conforme características desejadas.
• As graxas sintéticas
• São as mais modernas. Tanto o óleo mineral, como o sabão, podem
ser substituídos por óleos e sabões sintáticos.
• As graxas a base de argila
• São constituídas de óleos minerais puros e argilas especiais de
granulação finíssima. São graxas especiais, de alto custo, que resistem a altas
temperaturas.
• As graxas betuminosas
• Formuladas a base de asfalto e óleos minerais puros, são
lubrificantes de grande adesividade. Algumas, devido à sua alta viscosidade, e
vem ser aquecida antes de sua aplicação; outras são diluídas em solventes,
que evaporam.
• As graxas para processo
• São graxas especiais, fabricadas para atenderem a processos de
fabricação como a estampagem, moldagem, etc. Algumas contêm materiais
sólidos como aditivos
Tipos de Espessantes

Resumo caracteristicas dos principais sabões metalicos


Tipos de Espessantes

Resumo caracteristicas dos principais saboes metalicos complexos


Tipos de Espessantes

Resumo caracteristicas dos espessantes nao sabões


Graxas de alta performance
Graxas com espessante PTFE (PolyTetraFluoroEthileno) com óleo
sintético tipo Fluorocarbono (PFPE PerFluoroPolyEther)
ex.:KRYTOX@DuPont
•Termicamente estável
•Não inflamável até com oxigênio
liquido
•Insolúvel em água, ácidos, bases e
na maioria dos solventes orgânicos
•Não volátil
•Amplo campo de temperaturas
-75 à 350ºC ou mais
•Alta resistência à radiação ionizante
•Suporta pressões extremas e
stress mecânico

Freqüentemente usada em laboratórios, aplicações de alto vácuo,


no campo aeroespacial e na industria nuclear
Graxas de alta performance
Graxa de Silicone

Mais barata das graxas de PTFE


Excelente estabilidade a oxidação
Resistente a produtos químicos
Resistente a radiação
Não ataca ou incha elastômeros, materiais plásticos
Resiste à altas temperaturas (-50 à 290ºC)
Usada em alto vácuo
(Propriedades parecidas com o PTFE)

Porem continua cara


Graxas - Propriedades
• Consistência
• Estabilidade Térmica e Mecânica
• Resistência á Oxidação
• Proteção contra Ferrugem e Corrosão
• Propriedades de extrema pressão
• Adesividade
• Compatibilidade com elastômeros
• Tipo e Viscosidade do óleo
Testes para graxas
“Consistência”
Graxa – Aparência e aplicações

Índice Penetração Aparencia Aplicações


NLGI mm/10
000 445 - 475 Muito Fluida Redutores
Lubrificação
00 400 - 430 Fluida
centralizada
0 355 - 385 Semi Fluida
1 310 - 340 Muito Mole Rolamentos
Uso Geral
2 265 - 295 Mole
3 220 - 250 Media Dureza
4 175 - 205 Dura Engrenagens abertas
Cabos de aço
5 130 - 160 Muito dura
Vedação
6 85 - 115 Extremamente Dura
Graxas - Propriedades

• Ponto de gota
Esta propriedade limita a sua aplicação. Na prática, limita-se a temperatura máxima de trabalho
em 20 0C ou 30 0C abaixo do seu ponto de gota. As graxas de argila, que não possuem ponto de
gota, podem ser utilizadas em elevadas temperaturas.
Na ilustração abaixo, é apresentada a resistência à temperatura, de acordo com a natureza do
sabão das graxas. A graxa de cálcio é a única que oferece baixa resistência à temperatura
Graxas - Propriedades

• Resistência à água
• A natureza do sabão dá a graxa a característica de boa ou má
resistência à água. A graxa de sabão de sódio é a única que dissolve
em presença de água.
Graxas - Propriedades

BOMBEABILIDADE:

E a capacidade de fluir de uma graxa pela ação de bombeamento.


Os fatores que afetam o bombeamento são a consistencia da graxa,
a viscosidade do óleo e o tipo de espessante.

A bombeabilidade afeta o método de aplicação da graxa (adequação


ao sistema centralizado por ex.) e a movimentação interna da graxa
dentro do elemento mecânico, influindo diretamente na capacidade
de lubrificação da mesma.
Graxas – Propriedades
BOMBEABILIDADE
Graxas - Propriedades

Resistência ao trabalho:
As graxas de boa qualidade apresentam boa estabilidade quando em
trabalho, sem escorrer das partes a lubrificar. As graxas de lítio
possuem, geralmente, uma ótima resistência ao trabalho. As graxas de
lítio, além de ótima resistência ao trabalho, resistem muito bem à ação
da água, na qual são insolúveis, e suportam altas temperaturas.
Graxas - Propriedades

• Separação do óleo
• As Massas lubrificantes libertam óleo quando armazenadas por longos
períodos de tempo ou como função da temperatura. A quantidade de
óleo que vaza no teste na temperatura de 40ºC depois de uma semana
é reportada como % de perda de peso (DIN51817)
Compatibilidade das Graxas
Graxas – Vantagens x Desvantagens

VANTAGENS X DESVANTAGENS

VANTAGENS DA APLICAÇÃO DE GRAXAS:

 As graxas promovem maior vedação contra água e impurezas.


 Quando a alimentação de óleo não pode ser feita continuamente, as graxas
são empregadas porque permanecem nos pontos de aplicação.
 As graxas dão maior economia nos locais onde os óleos escorrem.
 As graxas possuem maior adesividades do que os óleos.

ENTRE AS DESVANTAGENS, PODEMOS CITAR:

 Os óleos dissipam melhor o calor do que as graxas.


 Os óleos lubrificam melhor em altas velocidades.
 Os óleos resistem melhor à oxidação
Formação de Filme Lubrificante

• Lubrificação hidrodinâmica (HD)


• Lubrificação elastohidrodinâmica (EHD ou EHL)
• Lubrificação mista ou “EHL-partial”
• Lubrificação limítrofe
• Lubrificação sólida
Tipos de lubrificação

Lubrificação hidrodinâmica Lubrificação de camada


ou completa ou mista
Tipos de Lubrificação

• Lubrificação Hidrodinamica
(Fluida ou completa)

• Lubrificação Mista

• Lubrificação limitrofe
Tipos de Lubrificação

Fatores que infuenciam a formaçao de


Película Limite ou Espessa:

• Velocidade: Se aumentar a película fica espessa, se diminuir a espessura


diminui. Problemas na partida e paradas das máquinas.

• Carga: Se aumentar a película fica fina se diminui a espessura aumenta.

• Viscosidade: Quanto maior for a viscosidade de um lubrificante maior será a


espessura da película e vice-versa

• Suprimento de Óleo- Os elementos de máquinas lubrificados precisam ter


abastecimento contínuo de lubrificante e em quantidade suficiente, uma vez
que o fornecimento intermitente impede a formação correta da película
Lubrificação HD

• Ocorre em deslizamento de contatos conformes ou onde a pressão


de contato é relativamente baixa (unidades a dezenas de MPa)

• O óleo é levado ao contato pelo movimento das superfícies

• A viscosidade do óleo é a propriedade mais relevante na


determinação da espessura do filme e do atrito
Lubrificação HD em Mancais de
deslizamento

A fig.a mostra um mancal rotativo em repouso. O espaço entre as superfícies


está cheio de óleo mas a carga W deslocou o filme da parte inferior. Uma
rotação lenta do eixo em sentido horário causará um deslocamento de mesmo
para a direita, como mostrado na fig. b. Se esta rotação lenta é mantida o eixo
permanecerá nesta posição tentando sempre “subir a parede” na superfície do
mancal. O resultado será uma lubrificação limítrofe.
Incrementando progressivamente a velocidade do eixo, mais e mais óleo que
Lubrificação HD em Mancais de deslizamento

Cunha Lubrificante:
Dinâmica da cunha lubrificante
Lubrificação HD em Mancais de deslizamento

Cunha Lubrificante:
As dimensões da folga são proporcionais ao diâmetro “d” do eixo (0,0006 d a
0,001 d) e suas funções são suportar a dilatação e a distorção das peças, bem como
neutralizar possíveis erros mínimos de alinhamento.
Além disto, a folga é utilizada para introdução do lubrificante.
O óleo introduzido na folga adere às superfícies do eixo e do mancal, cobrindo-as
Com uma película de lubrificante.
Lubrificação HD em Mancais de deslizamento
Película Limite ou Espessa:
• Folga: A folga entre as superfícies a serem lubrificadas é um dado essencial,
pois é nela que o lubrificante se aloja.
Lubrificação Hidrostática

2.11 Lubrificação por Esmagamento da Película :


 Separação da maioria dos picos da superfícies
 Alguns picos entram em contato - ocorrência de desgaste
 Regime de lubrificação mais comum
Lubrificação Hidrostática
Lubrificação Hidrostática:
É o tipo de lubrificação que forma a película espessa por meio da pressão
do fluido, mesmo estando as superfícies imóveis.

Fluido bombeado nos mancais de


maquinas pesadas e de baixa
velocidade onde o atrito de
partida é muito elevado, afim de
melhorar a vida útil dos mancais.
A atuação desse fluido faz com
que o eixo se eleve sobre o
mancal. Geralmente, após a
máquina atingir a velocidade de
serviço, o bombeamento é
desligado visto que, com a
rotação, a película se mantém
pelo efeito hidrodinâmico
Lubrificação EHD

Lubrificação de engrenagens,
cames, mancais de rolamento, etc

• Superfícies não conformes


• Altas pressões de contato (~ GPa)
• Inviabilização do filme hidrodinâmico
Lubrificação EHD

Altas pressões causam dois efeitos:

• Achatamento elástico local

• Aumento da viscosidade em várias ordens de magnitude na


região do contato

Portanto, apesar da alta pressão envolvida, o óleo levado ao


contato é ainda capaz de formar um filme
Regime elasto-hidrodinâmico
Como trabalha uma boa
lubrificação?

Parecido com uma aquaplanagem!

– Os elementos rolantes “surfam” em um fino filme de óleo


– Não há contato metal-metal.
Como trabalha uma boa
lubrificação?
PAPEL FILME DE ÓLEO
A íncrivel performace de
um lubrificante!

A espessura de um filme O filme lubrificante possui uma


lubrificante é de 1% de resistência de 10 carros sobre uma
uma folha de papel unha.
Lubrificação Limítrofe

A propriedade lubrificante do óleo não depende de sua


viscosidade mas de sua lubricidade ou oleosidade
Hipotese para a Oleosidade e Lubrificação
Limitrofe
Aumento de “um aumento da viscosidade na região intra-molecular da superficie
viscosidade de contato”
Kingsbury, 1908

Molhabilidade “Essa caracteristica ... manifesta-se por reduzindo a tensão interfacial


e conseqüente aumentando eficiência na lubrificação”
Wells, 1920

Adsorção de “É óbvio que essas relações podem ser concebidas de forma mais
camadas simples se o filme lubrificante for composto de duas camadas
moleculares moleculares, uma sobre a outra, com o plano de deslizamento entre
elas” Hardy, 1925

Camada de “Parece que as moléculas insaturadas do lubrificante entram em uma


reação união firme (físico-química) com a superfície metálica, formando
assim uma superfície de atrito que é um composto de metal e óleo.”
Deeley, 1919
Lubrificação Limitrofe

Agora, acredita-se que os filmes limítrofes são filmes finos, adsorvidos ou


formados por reação química, de aditivos sobre a superfície. Eles protegem as
superfícies do contato metal-metal.

São ativos quando a velocidade é muito baixa ou a viscosidade é muito baixa para
formar um filme fluido espesso, i.e., o filme formado é muito menor que a
rugosidade superficial.
h = 0,2 a 10 nm  = 0,06 a 0,2
Lubrificação Limítrofe

 Uso de aditivos (concentrações de 0,1 a 1%)


 Ácidos graxos (p.ex.: ácido esteárico C17H35COOH)

 Aditivos anti-desgaste ou de extrema pressão (EP)


 ZDDP (dialquil ditio fosfato de zinco)

 TCP (fosfato tricresílico)

 Etc

 Precisam de ambiente propício (temperatura) para reagir

 Diminui tendência a engripar às custas de desgaste


Curva de Stribeck
Cunha Lubrificante

Z = Viscosidade
N = Rotação
P = Carga

• O coeficiente de atrito na lubrificação limite é muito alto em relação às outras fases;


• O atrito é mínimo no ponto B;
• Após o ponto B, o atrito cresce lentamente com o aumento da relação ZN/P.
• O ponto ideal de utilização de um mancal é C, pois o ponto B está muito próximo à zona
de transição, havendo perigo de cair-se nela com quaisquer mudanças de carga ou viscosidade.
Métodos de aplicação de lubrificantes

MANUAL GRAVIDADE NATURAL PRESSÃO

 Enchimento  Gotejamento  Anel  Circulação


 Pincel  Mecha Pescador  Ar/oleo
 Pistola  Copos de  Corrente  Névoa
 Spray Graxa  Colar  Lubrificador
 Almotolia  Salpico pneumático
 Nível  Aspersão
constante  Centralizada
 Banho

 Lubrificação por
perda
Métodos de Lubrificação
Lubrificação Manual
Metodos de Lubrificação Manual:
• Pincel
• Almotolia
• Enchimento

VANTAGENS
• Dispositivos simples

• Facil Aplicação

• Baixo investimento

DESVANTAGENS
• Excesso logo após a aplicação

• Perda excessiva

• Requer alta frequencia

• Riscos de segurança e ambiental

• Alto risco de contaminação

• Alguns pontos de lubrificação não

atendidos

• Custo elevado de mão de obra

• Baixa Confiabilidade

• Geralmente não pode ser efetuada

em operação
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

BOMBA MANUAL DE GRAXA BOMBA PNEUMÁTICA DE GRAXA


MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Copos Graxeiros

A graxa é forçada para dentro do mancal pelo aparafusamento da tampa do


copo ( tipo stauffer) ou pelo giro da alavanca (Tipo parafuso marítimo).
Para evitar a necessidade de um manuseio constante, existem copos
graxeiros são acionados por uma mola( tipo automático) ou por dispositivos
eletrônicos/químicos.

Lubrificadores Automáticos

Manual
Lubrificador automático
para cabos de aço

O lubrificador é utilizado onde há


necessidade de lubrificar o cabo sem
provocar a parada de equipamento. Seu
projeto permite a montagem em qualquer
posição, devendo ser montado nas regiões
próximas aos tambores de enrolamento ou
das roldanas.
Métodos de Lubrificação
Copo Contagotas e com Mecha

VANTAGENS
• Dispositivos simples
• Fácil Inspeção do nível e da alimentação
• Possibilidade de instalação de válvula
solenóide para interromper o fluxo
automaticamente

DESVANTAGENS
• Contaminantes podem entupir a válvula de
gotejamento
• Alto risco de contaminação no manuseio e
abastecimento
• A taxa de fluxo é afetada por viscosidade ,
nível e temperatura.
Métodos de Lubrificação
Colar e Anel pescador
Mecanismo de operação:
Colar, Anel ou Corrente montados sobre o eixo
carregam o óleo do reservatório até o mancal.

VANTAGENS
• Efetivos em baixas e medias rotações e óleos de
baixa viscosidade
• Operam só quando a maquina trabalha

DESVANTAGENS
• Ineficazes em altas velocidades e com óleos de
alta viscosidade
• Requer uso de sistemas de nível constante
• Riscos de contaminação ao manusear e abastecer
os reservatórios

Manutenção: Troca periódica de anéis,


correntes e colares.
Métodos de Lubrificação
Lubrificador de Nível Constante
Mecanismo de operação:
Os recipientes cheios são invertidos, o óleo flui
dentro do carter até que o nível chega a boca
vedando e e impedindo a entrada de ar.
Quando o nível abaixa o ar entra no copo e o
óleo flui para manter o nível constante

VANTAGENS
• Baixa Manutenção
• Fácil inspeção do nível e da condição do óleo
• Controle da contaminação externa

DESVANTAGENS
• Riscos de ajustar nível incorreto do óleo
• Degradação da abraçadeira
• Riscos de contaminação ao manusear e abastecer
os reservatórios
Métodos de Lubrificação
Lubrificador de Linha de Ar
Mecanismo de operação:
O próprio fluxo de ar arrasta o óleo (efeito
Venturi ou ação capilar) até os atuadores
VANTAGENS
• Taxa de alimentação ajustável
• Opera só quando a maquina trabalha
• Nível de óleo visível

DESVANTAGENS
• Contaminantes podem restringir o fluxo
• Riscos de contaminação ao manusear e
abastecer os reservatórios
• A umidade do ar pode emulsificar o lubrificante
• A formação de nevoa depende da viscosidade
e do fluxo de ar
• Alguns Sintéticos podem dissolver o copo de
policarbonato
Métodos de Lubrificação
Circulação Continua
Mecanismo de operação:
Em sistemas pressurizados o óleo é bombeado às partes a
serem lubrificadas e volta ao tanque por gravidade (ou vice-
versa quando o tanque está acima do sistema)

VANTAGENS
• Vida do óleo estendida
• Fluxo e quantidade de óleo são variáveis
• Troca de óleo baseada na condição
• Quantidade, temperatura e limpeza do óleo podem ser
controladas

DESVANTAGENS
• O desgaste dos componentes afeta a lubrificação
• Requer monitoração constante
• Riscos de contaminação por água e contaminantes

Manutenção: Bombas , filtros,respiros, vedações, tubos e


medidores.
Métodos de Lubrificação
Banho ou Salpico
Mecanismo de operação:

• BANHO = imersão total o parcial das partes em atrito no


momento de passar pelo lubrificante

• SALPICO = dentes das engrenagens ou projeções de partes


moveis submergem no óleo e o salpicam nas partes a
lubrificar ou em bolsas ou canaletas que o direcionam aos
rolamentos

VANTAGENS
• A lubrificação é efetuada pelas partes a serem lubrificadas
• Não requer manutenção
• É possível a analise do óleo

DESVANTAGENS
• Limitações na velocidade de rotação e na viscosidade do
óleo
• Acumulo de água e contaminantes
• O nível do óleo é critico
• A filtração só é possível fora de linha
Lubrificação Manual

Lubrificação Manual : Fonte de muitos prejuízos


Lubrificação Automática

Lubrificação Automática :
a melhor solução
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação Centralizada

É um sistema de lubrificação para graxa ou óleo, com a finalidade de lubrificar


um elevado número de pontos, a partir de um distribuidor central.
Os principais componentes do sistema centralizado são:

•Reservatório de lubrificante
•Válvula direcional
•Rede de distribuição
•Dosadores
•Manômetros
•Sinalizadores de defeito

O sistema centralizado divide-


se em três tipos:
• Linha simples
• Linha dupla
• Progressivo
Lubrificação Centralizada

• VANTAGENS
• O tempo entre cada ciclo de lubrificação é curto, assegurando assim
manter em todos os momento quantidade adequada de lubrificante em
cada mancal
• Pequenas doses exatas de lubrificante são dispensadas a cada ciclo
depurando o mancal de contaminantes e mantendo os retentores em
otimas condições.
• Para pontos criticos podem ser instalados sistemas de monitoramento
que asseguram o correto funcionamento do processo de lubrificação.
• Incrementa a segurança da planta eliminando a necessidade de acessar
lugares de riscopara atender os pontos de lubrificação.
• Reduz os custos de manutenção eliminando tarefas tediosas e
complicadas e otimizando o consumo de lubrificante.
• Preserva o meio ambiente minimizando a possibilidade de contaminação
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação Centralizada - LINHA SIMPLES


MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação Centralizada - LINHA DUPLA


MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação Centralizada - SISTEMA PROGRESSIVO


Lubrificação Centralizada
DISTRIBUIDORES PROGRESSIVOS

Dispositivos ativados por pressão de óleo que


distribuem óleo para as várias linhas segundo
o volume de suas câmaras
- PICTURE 2 -
- PICTURE 1 - - PICTURE 3 - - PICTURE 4 -

.....
After the piston A movement, the slot in
Following the sequence, the piston B The piston C movement will permit On the last step (6th), the oil pressure
the piston A permits the oil pressure to
movement opened a new passage the oil pressure to reach the piston A goes through the piston C slot and
reach the piston B. The oil pressure will
that permits the oil pressure to reach and will send the oil stored in front of moves the piston A, sending the oil
move the piston B and will send the oil
the piston C and to send the oil stored it to the outlet 3. stored in front of it to the outlet 6.
stored in front of it to the outlet 1.
in front of it to the outlet 2.
Monitoramento de Distribuidores Progressivos
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação Centralizada - SISTEMA MULTILINHAS


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação por névoa


Esse lubrificador tem por finalidade pulverizar o óleo em uma fina camada e distribuí-lo
através de uma tubulação. Esse sistema foi desenvolvido principalmente para a lubrificação de
mancais de rolamentos. Esses mancais necessitam de quantidade de óleo cuidadosamente
controlada, visto que se houver excesso de óleo haverá aumento anormal da temperatura; e, se
houver falta de óleo, haverá rápido desgaste nos mancais.
MÉTODOS DE APLICAÇÃO DOS LUBRIFICANTES

Lubrificação por Névoa

NÉVOA PURGA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

O ar comprimido seco passa atraves do


dispositivo vortex em alta velocidade.
Na região de baixa pressão o oleo é
succionado do reservatorio e
incorporado ao ar em velocidade
sonica que atomiza o oleo produzindo
um fino spray. Quando sai do Vortex
entra em contato com um disco
deflector que coalesce as particulas
maiores de oleo que retornam ao
reservatorio. A mistura remanescente
de ar e oleo é conhecida como Oil Mist
ou Nevoa pura.
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

Comparação Venturi - Vortex


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
Óleo utilizado

# a Sigla foi atualizada para LUBRAX MIST

As características permanecem as mesmas !


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
Vista geral do sistema
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

S C F M = Standard cubic feet minute ( Padrão de pés cúbito por minuto)


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

• Para bombas com especificação


ANSI ou API 610 capos a 6ª
edição, com rolamentos
antifricção, velocidade menor de
3600 rpm e potencia abaixo de
200HP deve ser aplicado o
procedimento de instalação
“Nevoa Pura B1”

Aplicação de Nevoa Pura B1


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

• Para bombas construidas de


acordo com a especificação API
610 antes da 8ª edição, com
rolamentos antifricção,
velocidade maior de 3600 rpm e
potencia acima de 200HP deve
ser aplicado o procedimento de
instalação “Nevoa Pura B2”

Aplicação de Nevoa Pura B2


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

• Para bombas construidas de


acordo com a especificação
ISO13709 / API 610 8ª edição ou
sucessivas, com rolamentos
antifricção, velocidade menor de
3600 rpm e potencia abaixo de
200HP deve ser aplicado o
procedimento de instalação
“Nevoa Pura B3”

Aplicação de Nevoa Pura B3


LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA
LURIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

LUBRIFICAÇÃO COMUM EM PLANTAS PETROQUÍMICAS

H
LEGENDA
1,2 kgf/cm2
0,8 kgf/cm2 V VÁLVULA REGULADORA

V
PRESSÃO
H HEAD TANQUE
F F
F FILTRO ÓLEO
1,5 kgf/cm2 TURBINA
T TROCADOR CALOR ÓLEO

R VÁLVULA SEGURANÇA
T
C CONSOLE

3 kgf/cm2
MULTIPL A lubrificação
I.
pressurizada é
comum em
mancais de
deslizamentos de
turbinas, bombas e
(C) BOMB compressores
A
Óleo TR-68
Mancais de deslizamento
(journal bearings)

•Suportam e restrigem o movimento


rotatorio sujeito à carga radial
•A força principal atua quase
perpendicular ao centro do eixo
•Sao necessarias uma viscosidade do
oleo e uma velocidade de rotaçao
suficientes para a formaçao de um
filme hidrodinamico.

Caracteristicas:
•Suporta a carga sobre uma area grande •Para aplicaçao de carga radial pura
•Suporta altas cargas •Requer grandes quantidades de
•Fabricaçao economica lubrificante
Mancais de Escora
(Thrust bearings)
Mancais Planos

• Metalurgia dos mancais Material Função


• Os mancais são feitos tanto de materiais Materiais duros Suporte do eixo
duros como suaves incluindo Ferro e resistência à
fundido, ligas de abrasão e
cobre, cádmio, escoriação
bronze
PROPRIEDADES:
Inclui materiais Se amolda as
•Baixo módulo de elasticidade suaves, base irregularidades
•Baixa resistência ao cisalhamento estanho/chumbo do eixo e ao
•Boa capacidade de absorver corpos e antimônio desalinhamento
•Resistência à compressão, à fadiga, (Babbit) Incrustação de
à temperatura de trabalho e à corrosão; Partículas
•Boa condutibilidade térmica; abrasivas
•Coeficiente de dilatação semelhante ao
do aço.
Metalurgia dos mancais planos

Um material
Homogêneo o heterogêneo que
proporcione suporte estrutural assim
como uma superfície de baixo atrito

Dois matérias
Um dos quais é a estrutura de suporte e
outro o recobrimento que atua para
reduzir o atrito

Três materiais
Três ou mais capas de materiais para
proporcionar estrutura, amortecimento e
redução do atrito
Mancais Planos
Seleçao de Viscosidade
Carga em area projetada do mancal
Leve Média Alta
Faixa de velocidade Até 700 KPa 700-1700 KPa > 1700 KPa
RPM (100 psi) (100-250 psi) (>250 psi)
5.000-10.000 ISO VG 10
2.000-5.000 ISO VG 15
1.000-2.000 ISO VG 22 ISO VG 32,46
500-1.000 ISO VG 32,46 ISO VG 68,100
300-500 ISO VG 68,100 ISO VG100,150
100-300 ISO VG100,150 ISO VG150,220 ISO VG320,460
50-100 ISO VG150,220 ISO VG220,320 ISO VG460,680,1.000
Abaixo de 50 ISO VG220,320 ISO VG320,460 ISO VG460,680,1.000
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

MANCAIS DE DESLIZAMENTO

Em mancais de deslizamento Em mancais de deslizamento não


pressurizados é fundamental a pressão pressurizados, o anel pesacdor é
e vazão do óleo lubrificante para primordial para o bom funcionamento.
formação da película que suportará a Abaixo falha do mancal devido a
carga do eixo. quebra do parafuso de fixação do anel
pescador no eixo.

Falha do mancal associada ao anel pesacdor


Mancais Planos
Lubrificação à Graxa
Apesar de não ser a melhor opção, a graxa pode ser usada quando:
•A velocidade è baixa ≤ 400rpm para mancais Ø 2”; ≤ 5rpm para mancais Ø80”
•O mancal esta sujeito a condições de partida freqüentes ou cargas de choque
•O mancal é de dificil acesso para lubrificação

GUIAS:
•No geral use grau NLGI 1,2 ou3, não adesiva, que amacie durante périodos
prolongados de trabalho
•A carga inicial deve ser suficiente para suportar o eixo
•A relubrificação deve ser efetuada entre 90° e 180° da zona de cárga no lado
de entrada
•Aplicar graxa nova até que a graxa velha saia do mancal
•Inspecionar a graxa que sai quanto a qualidade e ajustar os intervalos
conforme a necessidade
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

Mancais de Rolamento

Lubrificação por banho de óleo:

O nível ideal fica no meio do


elemento rolante mais baixo
Oleo para rolamentos

I – Escolher a viscosidade em função


do diâmetro médio em mm e da
velocidade de rotação em RPM

LEMBRAR QUE TRATA-SE


DA VISCOSIDADE IDEAL
EM OPERAÇÃO
Óleo para rolamentos

II – Converter a viscosidade encontrada


para a correspondente viscosidade
a 40ºC

III – Selecionar a viscosidade do óleo


multiplicando pelo fator 2
Óleo para rolamentos

O número que classifica a viscosidade, é Óleos sintéticos ISO VG


de acordo com a ISO 3448-1975, para 32 possuem um índice de
óleos que tenham um índice de viscosidade de 138.
viscosidade de 95. Valores equivalentes
da viscosidade SAE estão entre parentes.
Óleo para rolamentos
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

Mancais de Rolamento

IMPORTANTE !!!
Verificar saída de
graxa pelo dreno.

ESQUEMA TÍPICO DE LUBRIFICAÇÃO DO MANCAL DE


ROLAMENTO COM GRAXA
Lubrificação com graxa
• Sempre existem duvidas sobre as quantidades
de graxas a serem utilizadas na relubrificação de
rolamentos e as frequencias de aplicação.

• O único caso em que deve-se acrescentar graxa


até deslocar totalmente o lubrificante velho é
quando o mesmo está contaminado ou se deseja
mudar de produto.

• Em todos os demais casos precisa acrescentar


uma quantidade estipulada de lubrificante e
realizar a relubrificação com uma freqüencia
determinada.
Lubrificação com graxa
QUANTIDADES INICIAIS

RPM FATOR DE VELOCIDADE QUANTIDADE ORIENTATIVA


N x dm DE UMA GRAXA EM %
DE VOLUME DO ESPAÇO
LIVRE DO ROLAMENTO

BAIXAS  90.000 100 %

MEDIAS 90.000 - 350.000 30 %

ALTAS 350.000 - 500.000 15 %

MUITO ALTAS 500.000 - 1.500.000 15 % (*)

N = r.p.m. Dm = D + d = diámetro medio do rolamento. (*) Dispersão


de graxa
2
Lubrificação com graxa

100%

30% 15%

*Encher dos dois lados


Fatores que influenciam na quantidade
e freqüência de lubrificação

• Tipo de rolamento.
• Código.
• D = diámetro externo em mm. 6204 RS1
• d = diámetro interno em mm.
• B = Largura em mm.

• Velocidade de rotação “N” em


RPM.
• Temperatura de trabalho “t” em °C.
• Carga que suporta.
Relubrificação com graxa

•A cada intervalo de relubrificação devemos repor a graxa que foi


utilizada pelo rolamento durante o trabalho, para determinarmos a
quantidade correta, necessita-se utilizar o cálculo que segue abaixo:

Ga= 0,005 x D x B
G = Quantidade de graxa à repor em gramas.
D = Diâmetro externo do rolamento em mm.
B = Largura do rolamento em mm.
Calculo da quantidade de graxa necessária na
relubrificação

Exemplo: Rolamento 6326

Ggr   0,005  Dmm Bmm


G  0,005  280  58
G  81,2gr  80gr
Relubrificação com graxa
- Intervalo -
O intervalo depende:
•Velocidade (n/rpm)
•Tamanho (d/mm)
•Tipo
Diagrama válido para até 70°C
•Para cada 15°C acima, (<115°C),
dividir o intervalo pela metade.
•Até no máximo 15°C abaixo,
dobrar o intervalo.
•Para eixos na vertical, dividir o
intervalo pela metade.
Intervalo de relubrificação
- uso do diagrama -
Intervalo de relubrificação

RECOMENDAÇÕES SKF

• Se o intervalo de relubrificação é menor que 6


mêses , lubrificar com a metade do intervalo
recomendado.
• Para intervalos de relubrificação maior que seis
mêses, trocar completamente a graxa velha por
uma nova.
• Os gráficos de relubrificação não podem ser
aplicados em ambientes contaminados.
Restrições na relubrificação
- Condições normais de operação.
- Graxa de qualidade a base de litio.
- Temperaturas não excedam 70° C.

+15°C
Periodo Relubrificação / 2
-15°C
Periodo Relubrificação x 2
Lubrificação com graxa

Sugestões de arranjos e relativas consistências para eixos verticais


LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

MOTORES ELÉTRICOS

•LUBRIFICAÇÃO A GRAXA

•LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO

•LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA

CUIDADOS ESPECIAIS NA LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS:

• EXCESSO DE GRAXA NO MOTOR PODER CAUSAR DANOS (ENTRADA DE GRAXA


NO INTERIOR DO MOTOR).

• VERIFICAR SE OS DRENOS ESTÃO DESOBISTRUÍDOS DURANTE A


LUBRIFICAÇÃO.

• VERIFICAR CONDIÇÕES DAS VEDAÇÕES DE ÓLEO (LUBRIFICAÇÃO POR NÉVOA)

• APLICAR A QUANTIDADE CORRETA DE LUBRIFICANTE


LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

LUBRIFICAÇÃO EM
EXCESSO

IMPORTANCIA DA
OBSERVAÇÃO DA SAÍDA
DA GRAXA PELO DRENO
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

COMPRESSORES

ESQUEMA TÍPICO DE LUBRIFICAÇÃO -


COMPRESSOR
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

COMPRESSORES

CARACTERÍSTICAS DO LUBRIFICANTE
Formação
de lodos
•Anti-Oxidante
•Anti-Ferrugem
•Anti-Corrosivo
•Anti-Desgaste
•Abaixador do Ponto de Fluidez

IMPORTANTE!!! : EVITAR A
ENTREDA DE AR EM SISTEMAS
DE REFRIGERAÇÃO. O AR
CARREGA UMIDADE QUE IRÁ
CONTAMINAR O ÓLEO.
CONTAMINAÇÃO DO ÓLEO COM ÁGUA
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

COMPRESSORES

•Benefícios dos Óleos Sintéticos


• Maior vida útil do óleo ( até 8.000 horas )
• Diminuição de depósitos de carbono e vernizes
• Economia no consumo de energia ( 3 à 5 % )
• Temperatura do óleo mais fria
• Descarga do ar comprimido mais fria
• Menor consumo de óleo
• Menos óleo na descarga
• Menos ruído e vibrações
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

COMPRESSORES

Estimativa do período de troca


para óleos sintéticos

Temperatura do ar Intervalo sugerido


na descarga para troca
86 a 96 º C 8.000 horas
> 100 º C 6.000 horas
> 105 º C 4.000 horas
> 110 º C 2.000 horas
Lubrificação de compressores

• Procedimento para troca do tipo de óleo para compressores


de parafuso

Poliglicol Drenar e lavar com Ésteres


PAO Drenar e completar
Ésteres Drenar e completar
Mineral Drenar e completar
Mistura Sint/Min Drenar e completar

Poliglicol Drenar e completar


PAO Drenar e completar
Ésteres Drenar e completar
Mineral Drenar e completar
Mistura Sint/Min Drenar e completar
Lubrificação de compressores

• Procedimento para troca do óleo em compressores de parafuso

1. Drenar o óleo e completar - Antes requer uma limpeza completa


enquanto o óleo ainda está aquecido. Deve-se trocar os filtros de
óleo e dreno do óleo tanto quando possível nas linhas de ar, óleo,
separador ar/óleo e resfriador.

2. Lavagem com Ester - Devemos usar uma quantidade suficiente de


óleo com uma viscosidade similar, para não ativar o alarme de nível
mínimo. Isso deve ser feito entre 8 – 12 horas (sem carga), seguido
por uma drenagem completa das linhas de óleo, linhas de ar,
separador de ar/óleo e resfriador de ar. Isso tudo deve ser realizado
enquanto o óleo estiver aquecido, incluindo a troca de filtros e
separador de ar/óleo.
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

REDUTORES DE ENGRENAGEM
Nos redutores, em que o lubrificante é aplicado por banho de óleo, o nível máximo deve
cobrir o dente da engrenagem que mergulha. Os fabricantes recomendam, geralmente, que o
óleo dos redutores seja drenado de seis em seis meses.
Nos sistemas de lubrificação por banho , os redutores normalmente possuem filtros, que
aumentam consideravelmente a vida útil do óleo , em tais sistemas, anualmente.
O nível do óleo, qualquer que seja o método de lubrificação empregado no
redutor, deve ser verificado a cada oito horas• e completado,lubrificados
Redutores se necessário. com óleo
A drenagem do óleo usado é da maior importância.
MINERAL podemSe forchegar
mal feita,
atéo óleo,
5.000 ao horas
escoar,
deixará a água e sedimentos nas partes mais baixas e nas reentrâncias do sistema.
de trabalho ( 80 ºC ).

• Redutores lubrificados com óleo


SINTÉTICO podem chegar até 30.000
horas de trabalho ( 80 ºC )

• Redutores com Graxa SINTÉTICA


podem ser considerado período
permanente.

•Obs. A viscosidade do óleo pode variar de


LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
ESPECÍFICOS

ENGRENAGENS

 Vperiferica < 2m/s graxa aderente


 Vperiferica < 4m/s imersão em graxa fluida
 Vperiferica < 15m/s imersão em óleo
 Vperiferica > 15m/s pulverização forçada de óleo
Lubrificantes para engrenagens

Requisitos para as graxas lubrificantes


• Boa adesividade
• Baixa separação de óleo
• Baixo torque de partida
• Compatibilidade com os materiais sintéticos
Requisitos
• Abafarpara os óleos lubrificantes
ruído
• Excelente resistência ao envelhecimento e à oxidação
• Baixa tendência a formação de espuma
• Boa capacidade sustentadora de cargas
• Neutralidade em relação aos materiais envolvidos (Ferrosos,
Não Ferrosos, Vedações e Pinturas)
• Aplicabilidade
Requisitos para os para
lubrificantes
altas e/ouadesivos
baixas temperaturas
• Bom comportamento viscosidade-temperatura
• Excelente adesividade
• Ótima separação e lubricidade sobre condições de atrito
misto
LUBRIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

LUBRIFICAÇÃO DE CORRENTES

•A razão mais comum do mau funcionamento de sistemas de transmissão por


correntes é a lubrificação inadequada ou deficiência por manutenção precária.
• A aplicação do lubrificante deve ser feita por gotejamento entre os
conectores dos pinos de encaixe dos roletes na parte inferior das correntes
imediatamente antes do acoplamento com a parte inferior da roda dentada
movida.
• O método de lubrificação de correntes inclui, também, processo manual por
pincel e almotolia, conta-gotas, banho de óleo e lubrificação forçada.
LURIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

LUBRIFICAÇÃO DE CORRENTES

 Vperiferica < 4m/s


aplicação manual
 Vperiferica < 7m/s
por gotejamento
 Vperiferica < 12m/s
por imersão
 Vperiferica > 12m/s
por pulverização

 Aplicações especiais
lubrificação a seco
LURIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMAS HIDRÁULICOS

Os fluídos hidráulicos mais utilizados são os óleos minerais, sintéticos e compostos químicos
resistentes ao fogo. As funções mais importantes destes são:

• Prevenir a formação de ferrugem, de lodo, goma e verniz;


• Manter o índice de viscosidade relativamente instável, numa faixa larga de variações de temperatura;
• Manter sua estabilidade e reduzir o custo da reposição;
• Ser compatível com selos e gaxetas;
• Manter a insolubilidade em presença de água;
• Diminuir a formação de espuma
• Prevenir contra a corrosão e erosão.

A característica mais importante a ser observada na escolha de um fluido hidráulico é a viscosidade.


A bomba é o coração do sistema hidráulico e sua eficiência depende, essencialmente, da viscosidade do
fluido bombeado, que deve estar dentro dos limites especificado pelo fabricante da bomba.

Faixa de viscosidade aceitável


Recebimento e transporte Lubrificantes
RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO

O armazenamento de tambores ao ar
livre nunca é aconselhavel.
Se isto não pode ser evitado, é necessario
tomar certas precauções para
minimizar seus efeitos negativos:

1) Uma cobertura de chapa, madeira ou


qualquer material disponivel protegerá os
tambores da chuva ou neve.

2) Pode-se colocar os tambores em estantes


varios centímetros acima do solo para
prevenir o dano por umidade.

3) Os bujões devem ficar submersos no óleo.

4) O depósito ou almoxarifado deve conservar no


possivel uma temperatura e umidade estavel
(ao redor de 20°C de temperatura e 40% de
umidade).
RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO

Quando os tambores são


armazenados parados, a agua que se
acumula na parte superior do tambor
pode ingressar através dos bujões e
contaminar o óleo ou formar ferrugem
dentro do tambor.

Se os tambores devem ser


armazenados necessariamente
parados, é conveniente coloca-los em
cima de una madeira como mostrado
na figura, para manter a agua fora
das aberturas dos bujões.
Gestão de estoque
O primeiro que entrou
primeiro sai

LEMBRE-SE:
O ultimo que entrou
ultimo sai
Deposito de Lubrificantes
Manuseio e armazenagem

• As causas mais comuns de contaminação e deterioração de


lubrificantes durante sua manipulação e armazenagem são:

• Condensação de umidade.
• Equipamento de aplicação sujo.
• Exposição à poeira, fumaça e vapores químicos.
• Mas práticas de armazenagem às intemperies.
• Mistura de diferentes tipos de óleo.
• Exposição a calor ou frío excessivos.
• Armazenagem muito prolongada.
Manuseio de lubrificantes

• A contaminação do lubrificante pode provocar danos nos


mecanismos que encurtam gravemente sua vida útil.

• Contaminantes sólidos (externos ou desgaste):


Falha prematura do mecanismo por fadiga.
Falha prematura do mecanismo por abrasão.
• Contaminantes líquidos:
Corrosão no mecanismo.
Deterioração do lubrificante e suas propriedades.
• Contaminacão com outros lubrificantes.
Incompatibilidades que deterioram o lubrificante
Troca de lubrificantes

• Antes de trocar um lubrificante se deve checar a compatibilidade dos mesmos, a


menos que se possa limpar todo ol lubrificante velho e colocar o novo em forma
completa.
• Não é recomendavel misturar lubrificantes mesmo que sejam compativeis. Nunca se
pode ter certeza da compatibilidade dos aditivos.
• No caso de óleos lubrificantes se deve sempre drenar todo o fluído e se é possivel
limpar o reservatorio ou carter. Em caso que sejam incompativeis e seja impossivel
uma limpeza se deve fazer um flushing com um produto intermediario.
• Quando se trata de graxas lubrificantes a única posibilidade é deslocar todo o
lubrificante com a pressão de uma ferramenta até que por o ponto de drenagem saia
a graxa nova.
• Óleos lubrificantes: Para assegurar compatibilidade se devem checar os óleos
basicos que se vão a misturar.
• Graxas lubrificantes: Para assegurar compatibilidade se devem checar os óleos
basicos e espessantes que se vão a misturar.
Manuseio lubrificantes

• PARA NÃO CONTAMINAR O


LUBRIFICANTE, É INDISPENSAVEL QUE O
MESMO NÃO ENTRE EM CONTATO EM
NENHUM MOMENTO COM O MEIO
CIRCUNSTANTE.
• O melhor sistema de manipulação é aquele que
não permite ver a cor do lubrificante e nos
mantem as mãos limpas.
• Para conseguir isso é necessario manipular o
lubrificante exclusivamente con ferramentas
para tal fim.
• A correta seleção da ferramenta dependerá do
punto a lubrificar.
Manuseio das graxas

 As bombas de graxa manuais devem ser usadas quando:


- Se trata da lubrificação de poucos pontos e de difícil
acesso.
- Se utilizam graxas especiais ou em embalagens de 1 Kg
ou tubo.
• Recomendações:
- Rotular a bomba con o nome do produto que contem e
com a quantidade de lubrificante que fornece a cada
bombeada.
- Utilizar un só lubrificante na mesma e se for necessario
muda-lo, limpa-la cuidadosamente com solventes
industriais e seca-la com ar seco.
- Encher a bomba atraves do niple superior da mesma.
Evitar a carga mediante a sucção tipo siringa.
Manuseio das graxas
Equipamentos Pneumaticos

• Trata-se de equipamentos que podem funcionar


mediante a ação manual do operador o a pressão
gerada por um circuito pneumático.
• Se recomenda sua utilização quando se tem muitos
pontos de lubrificação.
• Aquelas utilizadas na lubrificação de maquinarios
precisam de acessorios que permitam sua fácil
movimentação (plataforma com rodas).
• Aquelas que não possuem esses acessorios só devem
ser utilizadas em lugares fixos ou para a transferencia
de lubrificantes (por exemplo: de uma lata de 16 Kg
para uma bomba manual).
Manuseio de óleos

• Neste caso é muito importante que a transferencia do recipiente


original ao de lubrificação aconteça sem que o óleo entre em contato
com o meio ambiente.
• No momento de aplicar o lubrificante ao mecanismo à lubrificar
tampouco deve haver contato entre o óleo e o meio ambiente.
• Não se devem misturar os recipientes que utilizam diferentes tipos de
oleos.
• Todos os recipientes devem estar corretamente rotulados.
• Os recipientes de lubrificante SEMPRE devem ficar tampados.
• Não devem ser expostos a condições de umidade, temperatura o
contaminação externa apesar de estarem fechados.
Manuseio de óleos

Recipientes monouso

Sistema movel de transferencia com bomba e filtro


Identificação de Produtos
PICTOGRAMAS
PICTOGRAMA NO MESMO PICTOGRAMA
TAMBOR DE VASILHAME DE
ARMAZENAMENTO TRANSPORTE

MESMO PICTOGRAMA
IDENTIFICANDO O
PRODUTO NO PLANO
GRÁFICO
MESMO PICTOGRAMA
IDENTIFICANDO O PONTO
DE LUBRIFICAÇÃO
RO-RESERVATÓRIO DE ROTULAGEM
ÓLEO SECUNDÁRIA DA FICHA
DE SEGURANÇA
PICTOGRAMAS
RECEBIMENTO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO

CLASSE AVISO DE PRECAUÇÕES

A Nenhum perigo significativo. Dispensa precauções especiais no manuseio e


armazenamento

B Nenhum perigo significativo. Dispensa precauções especiais no armazenamento.


Requer cuidados no manuseio.

C Nenhum perigo significativo. Risco de fogo devido ao método de utilização.

D Risco moderado. Inflamável. Mantenha longe de fontes de ignição e calor.

E Algum perigo. Pode atacar a epiderme.

F Algum perigo. Prejudicial se ingerido ou inalado. requer cuidados especiais no


manuseio.

G Perigo. Corrosivo. Prejudicial se ingerido. Causa queimaduras.


LUBRIFICADOR
EPI’s Individuais
O LUBRIFICANTE E O MEIO AMBIENTE

A coleta seletiva de lubrificantes usados


visa obedecer as normas da ISO 14000.
Consiste em segregar lubrificantes de
diferentes tipos, provenientes de
vazamentos e troca da carga de óleo.
Estes produtos são armazenados em
containeres e tambores, devidamente
identificados, e posteriormente destinados
à filtragem, desta forma reduzimos a
quantidade de lubrificantes anteriormente
descartados.
Através da aprovação do órgão ambiental
fiscalizador é feito o encaminhamento de
resíduos industriais para locais de
reprocessamento, armazenamento,
tratamento ou disposição final.
O LUBRIFICANTE E O MEIO AMBIENTE

Se a empresa utiliza os sistemas de filtragem de lubrificantes, além


de economia, o Meio Ambiente agradece.
Isto porque o reaproveitamento dos lubrificantes minimiza seu
descarte evitando que os produtos contaminados sejam
redirecionados para o ecossistema, diminuindo o volume de
resíduos industriais.
O sistema de filtragem é também utilizado para retirada de água e
partículas sólidas em óleos usados que mantenham ainda
características físico/químicas dentro dos padrões aceitáveis para uso.
Desta forma estaremos diminuindo o custo de compra de óleos novos e
contribuindo para preservação do MEIO AMBIENTE, através da retirada
de substâncias de difícil descarte para eliminação destes resíduos,
obedecendo às normas da ISO 14000. .
O LUBRIFICANTE E O MEIO AMBIENTE

A responsabilidade com a lubrificação atua em toda a cadeia de serviços de lubrificação, desde o


fornecimento de produtos, equipamentos, dispositivos e insumos, passando pelo gerenciamento da
lubrificação, filtragem absoluta para diminuir os volumes descartados, e como não poderia deixar de
ser, atua no próprio Descarte de Lubrificantes e Resíduos.
Seguindo as mais atuais exigências legislativas a nível nacional, e sempre com o compromisso maior de
respeito ao meio ambiente, a seleção e classificação dos resíduos devem ser realizadas dentro dos
mais rígidos procedimentos.
A retirada dos resíduos deve ser realizada com mão de obra e equipamentos próprios, dentro dos mais
altos padrões de qualidade, limpeza, higiene e segurança, e a destinação final é encaminhada à
empresas idôneas e selecionadas dentre as habilitadas para o serviço proposto.
Embora o óleo lubrificante represente uma porcentagem ínfima do lixo, o seu impacto ambiental é
muito grande, representando o equivalente da carga poluidora de 40.000 habitantes por tonelada de
óleo despejada em corpos d’água.
Apenas um litro de óleo é capaz de esgotar o oxigênio de 1 milhão de litros de água, formando, em
poucos dias, uma fina camada sobre uma superfície de 1.000 m2, o que bloqueia a passagem de ar e
luz, impedindo a respiração e a fotossíntese. O óleo usado também contém metais e compostos
altamente tóxicos, e por esse motivo, é classificado como resíduo perigoso (classe I), segundo a norma
10.004 da ABNT
Boas Praticas de Lubrificação

• “Ha 20 anos que trabalho na lubrificação da


planta e nunca teve nenhum problema.”
• “O funcionario da manutenção que pior faz as
coisas o mandamos a lubrificar”
• “Se voce não se engordura dos pes à cabeça é
porque não é um bom lubrificador”
• “O único requisito que existe para ser lubrificador
é de ter vontade de sujar-se”
Boas Praticas de Lubrificação

Tarefas do lubrificador da atualidade


• Manuseio de ferramentas específicas de
lubrificação.
• Gerenciamento da lubrificação através de
programas de controle e acompanhamento
especializados.
• Utilização de ferramentas eletrónicas portáteis
para o acompanhamento das rotas de
lubrificação.
• Recolhimento de amostras de óleo e análises
do mesmo no campo.
• Operação de equipamentos de filtração fixos e
móveis.
Boas Praticas de Lubrificação

O INIMIGO
AGUA.
CONTAMINAÇÃO SOLIDA.
TEMPERATURA.
São fatores que afetam a vida do lubrificante
e impactam tambem na confiabilidade dos
mecanismos que protegem.
O oleo deve sempre estar:

SECO – LIMPO – FRIO.


CONTAMINAÇÃO

Fontes
Danos
• Formadas durante os processos
de manufatura e montagem.

• Adicionadas com novos fluidos.

• Inseridas externa durante a


operação.

• Geradas internamente durante a


operação
CONTAMINAÇÃO
Partícula de fumaça
Cinza de cigarro industrial
0,0025 mm 0,0065 mm

Poeira
0,025 mm
Cabelo humano
Filme de óleo 0,06 mm
Impressão digital
0,125 mm 0,0005 mm
CONTAMINAÇÃO
Contagem de Partículas
• A fim de detectar ou corrigir problemas, é usada a escala de referência
de contaminação.
• A contagem de partículas é o método mais comum para obter-se níveis
de padrão de limpeza.
• São usados instrumentos ópticos muito sensíveis para contar o número
de partículas em várias faixas de tamanho. Estas contagens são
reportadas como um número de partículas maiores que um certo
tamanho encontradas em um específico volume de fluido.
Contagem de Partículas

Pesagem Contagem

Análise Análise Análise


gravimétrica microscópica eletrônica

Contagem Aparelhos contadores


manual de partículas autom.
(APC's)

Contagem no campo
automática

em laborat.
CONTAGEM DE PARTICULAS
• Teste de membrana
CONTAGEM DE PARTICULAS
• Contador de partículas portátil a laser

• Os contadores de partículas a laser


fornecerão somente contagens de
partículas e classificações do nível
de pureza.

• Testes de conteúdo de água,


viscosidade e análise espectrométrica
requerem uma análise laboratorial
completa.
Contagem de Partículas

• A ISO 4406 (International Standards Organization), nível padrão


de limpeza, tem obtido uma vasta aceitação em muitas indústrias
de hoje. Uma versão modificada vastamente utilizada deste
padrão, refere-se ao número de partículas maior que 2, 5 e 15
mícrá* em um certo volume, geralmente 1 mililitro ou 100
mililitros.
• O número de partículas 2+ e 5+ mícra é usado como ponto de
referência para partículas sedimentadas.
• O tamanho 15+ indica a quantidade de partículas maiores
presentes que contribuem grandemente para uma possível falha
catastrófica do componente.
Contagem de Partículas
Contagem de Partículas
Contagem de Partículas
Revisão da Norma ISSO 4406 - código ISO4406 : 1999

Código ISO 4406: 1999


18 / 16 / 13

Partículas
 4 m
Partículas
 14m
Partículas
 6 m
Contagem de Partículas
• Atualização norma ISO4406

ANTES: definição do tamanho


pela maior dimensão.

AGORA: definição do tamanho


pelo tamanho da area equivalente.
Contagem de partículas

• O Óleo continua o mesmo.


• A norma continua aproximadamente a mesma

Antes Depois
16/15/13 17/15/13
18/16/14 19/16/14
19/17/15 20/17/15
20/19/17 20/19/16
21/20/18 21/20/18
Contagem de particulas

Niveis de limpeza atualizados


segundo a norma¨ ISO 4406 : 1999
CONTAGEM DE PARTICULAS

Exemplos de fluidos com diferentes graus de limpeza


Estado de fornecimento
de oleos novos
Óleo novo fornecido em mini-containers
Óleo novo fornecido em caminhão tanque

NAS 7 ISO 18/16/13 NAS 9 ISO 20/18/15

Óleo necessario para modernos


Óleo novo fornecido em tambores Sistemas hidraulicos

NAS 12 ISO 23/21/18 NAS 5 ISO 16/14/11


Caso de
contaminação

O ESTADO DE SÃO PAULO Domingo, 17 de


dezembro de 1995
Impureza no óleo pode ter derrubado avião da
FAB
Um bloqueio no comando do aparelho, provocado pela presença de óleo
contaminado no sistema hidráulico, é a provável causa da queda do
Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 14 de outubro do
ano passado. Um laudo confidencial da Aeronáutica, indica que o maior
acidente da história da aviação militar brasileira, no qual morreram 21
pessoas, teria sido provocado por falhas na manutenção. O fluído
hidráulico foi analisado e constatou-se que estava com grau de sujidade
muito acima do especificado.
O grau máximo de impureza tolerável no fluido hidráulico, diz o laudo, é de
64 mil partículas. Uma amostra colhida pelos técnicos no local do acidente
revela, contudo, que o grau de impureza era de 1.024.000 partículas…
Presença de Água no óleo

A Água é extremamente prejudicial para sistemas


mecânicos e para o próprio lubrificante
Danos
• Corrosão das superfícies do metal
• Desgaste abrasivo acelerado
• Fadiga do rolamento
• Falha do aditivo do fluido
• Variação da viscosidade
• Aumento na condução elétrica
Contaminação por agua
Origem de contaminação por ÁGUA.
• Danos e vazamentos no trocador de calor ;
• Óleo novo;
• Contaminação de água pelo processo;
• Umidade do ar;
• Condensação da umidade ambiente.

Água livre Água emulsionada


A água pode estar também sob forma molecular, abaixo do ponto de saturação
Contaminação por água

O conceito de óleo industrial seco significa óleo


límpido, sem turbidez nem água livre aparente.
Este conceito é expresso em termos de ppm de
presença de água.
O óleo mineral é hidrofílico. A solubilidade de água
em óleo mineral está em função da temperatura.
A solubilidade máxima de água em óleo mineral é
de aproximadamente 0,1% (1000 ppm) no óleo a
100ºC, correspondente a uma colher de chá de
água em um galão (3,8 L) de óleo
Presença de Água no óleo

–A meta para o sistema de circulação é de 200 ppm


(0.02%) de água no óleo filtrado.
Presença de Água no óleo
Presença de Água no óleo
Detecção da água no óleo

• Este principio é hoje aplicado


Teste de crepitação em sistemas automáticos de
A 160°C detecção.

Inspeção Visual
• O VISA (Vapor Induced
Scintillation Alert) utiliza um
probe com aquecedor e
microfone e transforma
eletronicamente o ruído num
valor % de água.
Detecção da água no óleo

Método Karl Fischer

Esse teste produz Iodetos quando uma corrente


elétrica é conduzida pela amostra em exame. A
corrente necessária para criar Iodetos e remover a
água existente é medida e convertida em partes por
milhão (ppm) para quantificar a contaminação por
água.

Lembramos que a presença de água no lubrificante,


não somente provoca corrosão e oxidação, mas
também forma uma emulsão tendo a aparência de
lodo macio.
Remoção da água
Decantação = a água é mais pesada que o óleo,
portanto assentará no fundo do reservatório onde
a maioria dela poderá ser facilmente removida
abrindo a válvula de dreno.

Absorção = pode ser conseguida por elementos


de filtro especificamente projetado para retirar
água livre. Consistem usualmente num tipo de
material laminado que transforma a água livre
em um gel que é acondicionado dentro do elemento.
Para pequenos volumes de água e lubrificantes
de baixa viscosidade.

Centrifugação = separa a água do óleo pela ação


da força centrifuga. Eficaz, também, somente com
água livre mas o para grandes volumes.

Desidratação a vácuo = separa a água do óleo


através de um processo a vácuo e secante.
Também para grandes volumes de água mas é
eficaz com os estados livre e dissolvido.
ANÁLISE DE ÓLEO

 Diminuição de custos de manutenção;


 Aumento do intervalo da troca do óleo;
 Ampliação da vida útil dos componentes;
 Economia de mão-de-obra;
 Redução dos custos de material de reposição;
 Maior disponibilidade dos equipamentos;
 Economia de combustível e óleo lubrificante;
 Manutenção com melhor qualidade/segurança;
 Controle e análise do desgaste de equipamentos;
Otimização da produção.
Tipos de Análise do Lubrificante

• Análise do Lubrificante
Foco no Lubrificante (óleo ou Graxa)
quanto às suas propriedades/
características, com objetivo de avaliar o
estado atual e uso futuro do mesmo.
Tipos de Análise do Lubrificante

 Avaliação do Desgaste do Equipamento


através do Lubrificante
Foco na identificação, quantificação, morfologia,
coloração e composição de partículas no
Lubrificante (óleo ou Graxa), ou suas
características elétricas com objetivo de avaliar o
estado de desgaste dos componentes do sistema.
Exemplo: Ferrografia
ANÁLISE DE ÓLEO

1°-Deficiência de operação ou mecânica;


2°-Deficiências no sistema de admissão;
3°-Deficiências no sistema de alimentação;
4°-Deficiências no sistema de refrigeração;
5°-Deficiência no manuseio do óleo;
6°-Aplicação inadequada do lubrificante;
7°-Desempenho do óleo em serviço;
8°-Sabotagem.
Ferrografia
• Conceito

Técnica de avaliação das condições de desgaste dos


componentes de uma máquina através da quantificação e
observação das partículas em suspensão num lubrificante.
Ferrografia

Objetivo da ferrografia
Quantificar a severidade,modos e
tipos do desgaste de máquinas
levando em conta as seguintes
premissas:
Ferrografia

Premissas da ferrografia

• Toda máquina desgasta-se antes de falhar.


• O desgaste gera partículas.
• A quantidade e o tamanho das partículas são
diretamente proporcionais à severidade do
desgaste que pode ser constatado mesmo a olho
nu.
Ferrografia

Premissas da ferrografia

• Os componentes de máquinas, que sofrem atrito,


geralmente são lubrificados, e as partículas
permanecem em suspensão durante um certo
tempo.
• Considerando que as máquinas são constituídas
basicamente de ligas de ferro, a maior parte
destas partículas provém dessas ligas.
Ferrografia

• NÃO É APENAS PARA PARTÍCULAS


FERROSAS
1. Contaminantes Sólidos (Areia, Fibras, Sais)
2. Degradação do Lubrificante (Borra, Lacas, Vernizes)

• NÃO É ADEQUADA A ABORDAGENS


GENERALIZADORAS DE FAMÍLIAS DE
MÁQUINAS
Ferrografia
A Técnica Ferrográfica
• No método usual
• Contagem das partículas retidas em um filtro através do
microscópio. Com este método não se classifica
dimensionalmente as partículas.
• Exame Analítico - Ferrógrafo -
• Aparelho inventado por Westcott que consegue
classificar as partículas pelo seus tamanhos.
Ferrografia
Ferrograma
• É uma lâmina preparada que permite obter a
dimensão aproximada das partículas depositadas,
quando atravessam um gradiente de campo
magnético. Ao longo da lâmina passa o fluxo do
lubrificante deixando as partículas
proporcionalmente a massa.

Neste aparelho
tanto deposita as
partículas
Magnéticas como
as não
magnéticas, pois o
fluxo é lento e a
Ferrografia
• Ferrografia analitica
Ferrografia
Exame Analítico
• A identificação das causas de desgaste
é feita através de exame visual da
morfologia, cor das partículas,
verificação dos tamanhos distribuição e
concentração no ferrograma.
• Pela ferrografia analítica, faz-se a
classificação das partículas de desgaste
em grupos.
Ferrografia
Ferrografia
Ferrografia Analítica
• As fotografias registram as formas encontradas
Ferrografia
Ferrografia Analitica
Exemplos de particulas 500x
Ferrografia

ESFOLIAÇÃO SEVERA
ABRASÃO
NACOS
LAMINARES
ESFERAS
ÓX. ESCUROS
ÒX. VERMELHOS
CORROSÃO
LIGA DE COBRE
LIGA DE ALUMÍNIO
CONTAMINANTES AMORFOS
GEL/ BORRA
POLÍMERO DE FRICÇÃO
Ferrografia

Os graficos da ferrografia analitica


Ferrografia

•Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)


Ferrografia

•Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)


Ferrografia

Tipos de maquinas monitoradas


Ferrografia
Após retirar o Lubrificante ficam retidas 98%
das Partículas.
Visualização através do Ferrógrafo

CONHECEMOS OS CONTAMINANTES

IDENTIFICAMOS CAUSAS

MANUTENÇÃO PROATIVA
Ferrografia
Ferrografia Quantitativa
Com a evolução do ferrógrafo, chegou-se ao ferrógrafo
de leitura direta, que permite quantificar as partículas
grandes e pequenas de modo rápido e objetivo

Ferrógrafo Princípio de
funcionamento
Ferrografia

Ferrografo de leitura direta


Ferrografia
Ferrografia Quantitativa
• O acompanhamento da máquina, através da
ferrografia quantitativa, possibilita a Análise de
Tendência, e as condições de maior severidade são
definidas depois de efetuadas algumas medições.

O valor L + S, chamado
de concentração total de
partículas, é utilizado
Gráfico de para avaliação de
tendência desgaste.
L = Partículas > 5 µm
S = Partículas < 5
µm
Ferrografia
Gráfico “Curva da Asa”
• Gráfico que mostra a evolução do desgaste dos
elementos de uma máquina.
Ferrografia

• Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)


Ferrografia
• Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)
Ferrografia
• Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)
Ferrografia
• Estudo de caso (Fonte:Baroni Ferrografia Tribolab)
Ferrografia
Resultados efetivos alcançados
Espectrometria

• Princípio: Cada elemento químico irradia um


espectro de luz próprio, que pode ser detectado

• O equipamento lança energia para o elemento


(através de uma chama ou laser) e a irradiação
ou absorção é medida.

• A espectrometria considera a concentração dos


elementos químicos que as compõem, e
principalmente identifica cada elemento,
possibilitando a identificação do material.
Espectrometria

• Vantagem sobre a Ferrografia: Identifica


partículas muito pequenas (1 µm) , mais
adequado para processos de corrosão
(processos de desgaste lentos).

• Limite: Tamanho Máx. 8 µm – para desgaste


avançados não é muito efetivo.
Analise Espectrometrica

Os métodos Espectrométricos incluem:


• Absorção Atômica ( AA )
• Espectroscopia de Emissão Atômica ( AES )
• Espectrometria de Emissão Induzida por Plasma Acoplado (
ICP )
• Espectrometria Infravermelha por Transformada de Fourier (
FTIR )

Dos métodos acima o AES e o ICP que se baseiam na detecção


da luz emitida pelos elementos, são os mais populares
Por causa do menor custo, rapidez e outros fatores.

O FTIR é amplamente usado para determinar a contaminação dos


lubrificantes por água ou líquidos refrigerantes, como para
Identificar e monitorar a depleção dos aditivos e a formação de
produtos da oxidação. O Espectro Diferencial pode ser obtido
subtraindo o espectro do lubrificante novo ao do lubrificante
Espectrometria

Estudo de caso (Fonte: PREDICT’S)


Motor Diesel de Escavadeira para mineração monitorado por 5 mêses por análise de
óleo usado (Espectrometria)
Durante o mês de Novembro a análise dos elementos revelou um drastico incremento
da concentração de partículas de desgaste metâlicas

Elevados níveis de contaminantes


(em vermelho) indicam um problema.
A inspeção revelou um filtro saturado
e outro colapsado devido a qüantidade
excessiva de contaminantes.
Espectrometria

Estudo de caso (Fonte: PREDICT’S)


A inspeção do motor identificou danos severos em varios componentes. O desgaste è mostrado
nas foto abaixo. A identificação antecipada desse modo de falha minimizou o custo de reparo
para $15.000. Se não tivesse sido identificado o motor inteiro teria falhado com um custo
aproximado de $50.000.
FERROGRAFIA
E ANÁLISE DE VIBRAÇÕES

Existem outras técnicas de diagnóstico das


condições dos componentes mecânicos das
máquinas.
• A Análise de Vibração é uma delas;
• A combinação destas técnicas tem sido bastante usada, pois
para os casos de falha de material uma técnica pode confirmar
a outra (caso de material solto de engrenagens e rolamentos).
• Análise de Vibração geralmente é melhor para localizar o
ponto da falha; Análise de Óleo geralmente é mais consistente
para determinar que mecanismo de desgaste esta induzindo à
falha.
ANÁLISE DO LUBRIFICANTE

Quais Parâmetros devem ser medidos ?

• Contagem de Partículas Sólidas


• Viscosidade - associado com a determinação de diluição do
fluido, lubrificante incorreto ou como indicador da vida
remanescente do lubrificante
• Umidade - preferencialmente mantida abaixo do ponto de
saturação para evitar corrosão no sistema e perda do aditivo.
• Total Acid Number (TAN) ou Total Base Number (TBN) –
Acompanhar o consumo dos aditivos para motores Diesel.
• Presença de Água – provoca ferrugem, degrada aditivos e
gera oxidação
• Presença de Metais por espectrometria
ANÁLISE DO LUBRIFICANTE

• Indicação de Densidade de Ferro - associado com a


quantidade de partículas de desgaste no lubrificante.
• Temperatura - associado com danos no lubrificante, ou
especificação incorreta como problemas de
desalinhamento.
• Consumo do Lubrificante ou Perda - níveis
inaceitáveis são geralmente associados a uma estratégia
pobre em termos de manuseio e controle de
contaminação.
• Rigidez Dielétrica – Óleos de Isolamento
EXEMPLO DE RELATORIO
OUTRAS AÇÕES

• Vida do Filtro ou Taxa de Entupimento -


Mudanças bruscas na taxa pode indicar uma
falha do sistema.

• Variações nos parâmetros de Operação


como temperatura, Potência demandada,
Emissões
INSPEÇÕES EM
PLUG MAGNÉTICO

Falha de Rolamentos Caminhão


Caterpillar 785
INSPEÇÕES EM
PLUG MAGNÉTICO
Analise Lubrificantes

COLETA DA AMOSTRA
• Grande Influência
• Evitar Precipitação – Logo após a
parada da máquina ou em
funcionamento
• Evitar coletar após os elementos que
tendem a precipitar,
• Coletar preferencialmente após Linha de
Retorno
ANÁLISE DE ÓLEO

É de suma importância, antes de


submeter à amostra óleo às análises
laboratoriais, adotar alguns cuidados
para preservar a integridade da
amostra a ser analisada.

Para se coletar uma amostra de lubrificante


em serviço, deve-se:
 escolher criteriosamente o ponto de coleta;
 o volume a ser recolhido
 qual método deverá ser utilizado na coleta.
ANÁLISE DE ÓLEO

O ponto de coleta deverá ser aquele em que umas grandes quantidades de


partículas novas estejam presentes em região de grande agitação, ou seja,
partículas geradas recentemente:

 Tubulação geral de retorno do lubrificante


para o reservatório;
 Janela de inspeção de reservatório,
 próximo à tubulação de descarga;
 Drenos laterais em reservatórios ou cárteres;
 Dreno geral de reservatório ou cárteres,
 em região de agitação;
 Varetas de nível.

Importante: Pontos após filtros ou após chicanas de reservatórios devem ser evitados, pois esses
elementos retiram ou precipitam as partículas do lubrificante.
14 – ANÁLISE DE ÓLEO

 São necessários apenas 100 ml de amostra, que é


colocada em um frasco com capacidade para 150 ml.
 Excesso de lubrificante, após a coleta, deve ser
descartado imediatamente, para evitar que as
partículas se precipitem.
 O espaço de 50 ml, que corresponde a 1/3 do frasco,
é deixado vazio para permitir uma agitação posterior da
amostra
ANÁLISE DE ÓLEO

Os principais métodos de coleta de lubrificantes envolvem: estática

 válvulas de coleta, dinâmica

 bombas de coleta

 imersão.
ANÁLISE DE ÓLEO

Se a máquina estiver dotada de válvulas de coletas, o método de coleta


deverá passar pela seguinte seqüência:
 Limpar a região da coleta;
 Abrir a válvula permitindo uma vazão razoável para arrastar as
partículas (filete de ¼" a 2", proporcional à máquina);
 Purgar duas a três vezes o volume parado na tubulação da válvula;
 Retirar o frasco quando completar o nível de coleta nele indicado;
 Fechar a válvula (nunca abri-la ou fechá-la sobre o frasco);
 Descartar imediatamente o lubrificante que excedeu o nível de
coleta;
 Tampar o frasco com batoque plástico e tampa roscada;
 Limpar o frasco;
 Identificar a amostra com os seguintes dados: máquina, ponto de
coleta, empresa e data.
ANÁLISE DE ÓLEO
ANÁLISE DE ÓLEO

1. Cortar um pedaço de mangueira plástica nova, com


comprimento suficiente para alcançar o lubrificante na
região média compreendida abaixo de sua superfície e
acima do fundo do depósito onde ele se encontra;
2. Introduzir uma das extremidades da mangueira na bomba,
de modo que essa extremidade fique aparente;
3. Introduzir a extremidade livre da mangueira até a metade
do nível do lubrificante, cuidando para que o fundo do
recipiente não seja tocado;
4. Aspirar o lubrificante;
5. Descartar imediatamente o lubrificante que exceder o
nível de coleta;
6. Tampar o frasco com batoque plástico e tampa roscada;
7. Limpar o frasco;
8. Identificar a amostra com os seguintes dados: máquina,
ponto de coleta, empresa e data;
9. Descartar a mangueira.
ANÁLISE DE ÓLEO

Se o lubrificante estiver em constante agitação, a amostra poderá ser coletada


pelo método da imersão que consiste em mergulhar o frasco no lubrificante. Em
casos de temperaturas elevadas o frasco é fixado em um cabo dotado de
braçadeiras. Esse cuidado é necessário para evitar queimaduras no operador.

 Destampar o frasco e prendê-lo no suporte com braçadeiras;


 Introduzir o frasco no reservatório ou canal de lubrificante, com a boca para baixo,
até que o nível médio do lubrificante seja alcançado, sem tocar no fundo do
reservatório ou canal;
 Virar o frasco para cima, permitindo a entrada do lubrificante;
 Descartar imediatamente o excesso de lubrificante que exceder o nível de coleta;
 Tampar o frasco com batoque plástico e tampa roscada;
 Limpar o frasco;
 Identificar a amostra com os seguintes dados: máquina, ponto de coleta, empresa ,
data.
Filtragem

O meio filtrante é aquela parte do elemento que remove os contaminantes

Meio filtrante de superficie:


O fluido tem um caminho de
passagem direto.O contaminante é
capturado na superfície do
elemento filtrante.
Os elementos filtrantes são feitos
de telas com poros consistentes.
O tamanho do poro (malha)
representa o diâmetro da partícula
esférica mais larga que passará
através do elemento sob teste em
condições especificas.
Filtragem

Meio filtrante de profundidade:


O fluido tem um caminho de
passagem indireto atraves do
material que forma o meio filtrante.
As particulas são depositadas nas
aberturas em forma de labirinto por
todo o meio filtrante que por causa
da sua construção tem muitos
poros de vario tamanho.
Dependendo da distribuição do
tamanho dos poros poderá ter uma
alta faixa de captura de particulas
com tamanho pequeno.
Filtragem
Filtragem

Razão Beta:

A Razão Beta, também conhecida como a


Razão filtragem, é a medida da eficiência
de captura de partículas de determinado
Tamanho por um elemento do filtro.
Ela é portanto uma razão de desempenho.
O Conceito BETA

ISO 16889
(antiga ISO 4572)

elemento
filtrante
em teste

Nfluxo entrada Nfluxo saída

nfluxo entrada  x µm
ßX=
nfluxo de saída  x µm
Exemplo do conceito Beta

ISO 16889
(antiga ISO 4572)

elemento
filtrante
em teste

Nfluxo entrada = 500 Nfluxo saída = 20

nfluxo entrada  x µm
ßX= ßX = 25
nfluxo de saída  x µm
Filtragem

Eficiencia do Filtro:
A eficiência, expressada como
percentual, pode ser encontrada
através de uma simples equação:
Filtragem

Os filtros são considerados absolutos quando tem eficiência igual ou superior a 95%
Os filtros nominais tem eficiencia entre 50% e 95% para uma determinada classe de particulas
Desempenho Filtro Nominal vs Absoluto
TOTAL DE INGRESSO NO
CILINDRO (AMBIENTE +
GERAÇÃO) 1.000.000
PARTÍCULAS/ MIN.

GERAÇÃO NAS
VÁLVULAS 50.000
O FILTRO NOMINAL
PARTÍCULAS/ MINUTO
REMOVE 1.175.000
PARTÍCULAS/
MINUTO
BALANÇO DE
GERAÇÃO NA
MATERIAIS
BOMBA 800.000 INGRESSAM:
PARTÍCULAS /
MINUTO CILINDRO = 1.000.000
BOMBA = 800.000
INGRESSO NAS ABERTURAS = 500.000
ABERTURAS 500.000 VÁLVULAS = 50.000
PARTÍCULAS/
MINUTO TOTAL = 2.350.000

O FILTRO NOMINAL  =2
X TEM
50% DE EFICIÊNCIA E DEIXA NO
SISTEMA 1.175.000 PARTÍCULAS > X
POR MINUTO

O FILTRO ABSOLUTO  = 200


X
RETEM 99,5 % DE PARTÍCULAS E
DEIXA NO SISTEMA 0,5% (11.750)
Onde instalar os Filtros?

COMANDO

M
399
Filtragem

Criterios de Escolha dos filtros

 Sensibilidade dos componentes


 Grau de filtração – A sensibilidade decide.
 Fluido hidráulico a ser filtrado – Todo exagero custa caro.
 Viscosidade – TODO CATALOGO USA O OLEO 32CST.
 Temperatura operacional X Temperatura Ambiente.
 Pressão operacional – Calcular corretamente
 Vazão que passa pelo filtro
 Válvula bypass
 Indicadores de sujeira - SEMPRE
 Queda de pressão permissível
no elemento limpo – A Menor Possivel
Filtragem - proteção
Indicador de sujeira
elétrico
para filtros de linha
(Indicador de
pressão diferencial)

Lado sujo
Lado limpo
Filtragem - proteção

Proteção do equipamento por bypass


Filtragem fora de linha
VANTAGENS
Filtração independente do processo
operacional
Alta absorção de sujeira devido fluxo
constante
Carcaça do filtro e elemento filtrante de
construção econômica
 Na troca do elemento a instalação não
precisa ser desligada
 Possível instalação posterior
 São alcançadas boas classses de pureza
de óleo
 Presta-se para o enchimento do sistema
 Pode ser instalado em conjunto com
trocador de calor
Suspiros com filtro e desumidificador

Sistema de Filtração off-line

Filtragem por recirculação com ponto


de retirada de amostras

Filtração e abastecimento vasilhames


Abastecimento de fluido

Como não faze-lo !!!


Colocação em operação
Custos operacionais

100
90 Com sistema de
80 filtragem
Sem sistema de filtragem
70
60
50
40
30
20
10
0

Pessoal Parada de produção Peças substituídas Troca de óleo


Lubrificação Avançada
Novos Paradigmas
• LUBRIFICANTES 3 ª. GERAÇÃO
• Lubrificantes de altísima performance
• Tecnologia engenharia superfície: aditivos
• 1o Passo: Formação película protetora
• 2o Passo: Compressão película protetora
• 3o Passo: Alisamento superfície com nivelamento picos e
vales superfície metálica
• Redução dos níveis atrito dinâmico até 78%
• Redução temperatura de até 10 oC
• Acréscimo de 80 % superfície contato
• Aumento vida útil equipamento com
redução custos manutenção
Lubrificação Avançada
Novos Paradigmas

• OUTROS CUIDADOS
• Projeto: incorporar melhorias fase concepção
• Evitar contaminação: selos mecânicos caixas lubrificação, evitar
respiros abertos (instalar filtros ou válvulas via única), eliminar
copo reposição, instalar filtros na recepção
• Eliminar vazamentos
• Monitoração: análise óleo, vibração, 5 sentidos
• Utilização inspeção principalmente dos operadores
• Analisar sempre as falhas: eliminação causa
• Histórico falhas
Fim!
Lembre-se, seu
sucesso depende
apenas de você e de
seus estudos.

• Sucesso, e bom
estudo!...

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