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Coqueamento

Retardado

Foto: RPBC
Programa
1. Esquema de Refino
2. Importância do Processo
3. Histórico

4. Descrição do Processo
5. Ciclo do Tambor de Coque
6. Noções de Manuseio de Coque

7. Qualidade do Coque
8. Utilização do Coque de Petróleo
9. Dados Econômicos
10. Produção de Coques Especiais

11. Unidades Atuais e Futuras da Petrobras


Esquema de Refino
Gás
GLP

Destilação Nafta
CRU
Atmosférica Diesel

Destilação a
FCC Gasolina
Vácuo

Resíduo
de Vácuo HDT HDT
Óleo
Combustível
Coqueamento
Retardado Coque
Importância do Processo

Aumento da conversão dos petróleos pesados brasileiros. Marlim


gera 60% de resíduo atmosférico.
Consome resíduo de geraria óleo combustível cuja demanda tem
decaído.
Aumento da margem de refino – elevadíssima rentabilidade.
Aumento da produção de diesel.
Menor investimento inicial comparado com concorrentes.
Tecnologia consolidada.
diluente
Resíduo
de Vácuo 100% 130%
Destilação a Óleo
Vácuo Combustível

Coqueamento 30%
Coque
Retardado
Histórico – Linha do Tempo
ANOS 90

ANOS 50
ANOS 40 Declínio do
Craqueamento
ANOS 30
Ressurgimento da Térmico.
ANOS 20 Boom do Tecnologia de
50 Unidades de
Coqueamento.
Evolução do Craqueamento Coqueamento
Processo Catalítico. Retardado em
1919 – Dubbs Operação nos
Desaceleração do 2a Geração de
Demonstração EUA. No mundo,
Desenvolvimento Processos:
do Processo 200.
da Tecnologia de
Dubbs Produção de Craqueamento Coqueamento
250 unidades Coques Térmico Retardado,
no EUA e 18 Especiais Fluidcokers e
no exterior (Kendall Flexicokers
Refining Co.)
Histórico – Processo Dubbs

F
R
A
C
I Caixa de
O Condensação
Câmara de N
Reação A
D
GC
O
R
A
Receptor

Forno
gasolina

Carga água

Resíduo
O Processo de Coqueamento Retardado
Processo de conversão térmica, transformando frações residuais em
produtos de maior valor agregado:

H2S (0,5%p)

Gás Combustível (5%p)


Unidade de
Coqueamento GLP (4%p)
Retardado (UCR)
Nafta Leve (10%p)
Resíduo de ou Nafta Pesada (6%p)
Vácuo
Gasóleo Leve (14%p)
Unidade de Coque de
Petróleo (UCP) Gasóleo Médio (14%p)

Gasóleo Pesado (16,5%p)

Coque Verde de Petróleo (30%p)


OBS: Rendimentos Médios Típicos
Tipos de Coque

Coque esponja
“Shot Coke” Coque agulha

Cristalinidade
Fluxograma do Processo
Carga
fresca
Recebimento de
carga e bateria de
preaquecimento
Recuperação
de Gases GLP e Nafta
leve
NP, GOL, GOM, GOP GC e H2S
Torre
Combinada
DEA URE
Carga
combinada Efluentes do Sistemas Auxiliares
Reator
Tratamento de
Aquecimento e Águas Ácidas
Conversão Térmica

Vapor dágua + Hcs


Blowdown

Resíduo

Sistema de Coque Verde


Manipulação de Petróleo
de Sólidos
Ciclo do Tambor de Coque

Em função da formação de um produto sólido (coque), surge a


necessidade de tirar de operação o tambor que está recebendo carga:
 os tambores de coque operam em batelada;
 são necessárias diversas etapas para remoção do coque de dentro
do tambor;
 o tempo requerido para o seu enchimento é usualmente
denominado “ciclo do tambor de coque”.
Fracionadora, Forno e Tambores

Blowdown GC
GLP
quench
Compressor
F
antiespumante R NL
Tambor Tambor
A NP
Etapa Etapa C
de de
I
O GOL
Descoque- Coque- N
amento amento
A
D GOM
O
R
A GOP

switch
valve Forno
Reator Tanque
Coque

Linha de Vapor ou
transferência Água
Benefícios da Bateria de Preaquecimento

Aumento da temperatura da carga na entrada do forno


• redução da carga térmica e do consumo de
combustível no forno

Redução do consumo de água para resfriamento dos


produtos finais

Redução do consumo de energia elétrica e de água de


resfriamento nos condensadores de topo da fracionadora
Formação da Carga Combinada

• Não há medição direta do reciclo, sendo obtido


GOP por diferença entre as vazões volumétricas de
produtos carga fresca (CF) e carga combinada (CC).

• Na prática, a variável usada é a

EFLUENTE
razão de reciclo (RR):
DO TAMBOR
CARGA reciclo RR = CC – CF x 100%
FRESCA CF

CARGA COMBINADA
Efeitos do Reciclo Natural

• Aumento da vazão e temperatura da carga fresca;


 impacto na carga térmica do forno
• Alteração das características químicas da carga fresca:
 impacto no perfil de rendimentos e qualidade dos produtos
formados.
• Dependendo da filosofia de operação da unidade, a RR varia
de ~ 0% a valores acima de 20%.

O reciclo é uma das principais variáveis operacionais da UCR


Forno de Coqueamento
• Fornece a energia necessária para promover as reações de
craqueamento térmico (endotérmicas):

Qforno = 50,93 Gcal/h


Qbateria de preaquecimento = 13,24 Gcal/h

• É um forno reator, com parte das reações ocorrendo no seu interior:


 conversão da carga fresca na saída do forno ~ 25-30%p
 efluente do forno parcialmente vaporizado

• Acima de 400oC a taxa de craqueamento dobra para cada aumento de


10oC. Acima de 427oC o tempo de residência é no máximo de 1s para
minimizar coqueamento no forno.
Forno de Coqueamento

• O tempo de residência deve ser o menor possível para


minimizar o risco de coqueamento de seus passes:
 tempo de residência total de 2 a 3 minutos;
 velocidade na saída do forno: acima de 30 m/s;
 injeção de água ou vapor de aceleração (0,7 – 0,8% da carga
combinada).

No entanto...
As ações acima não são 100% eficazes
 o forno precisa ser descoqueado
Forno de Coqueamento
Em função das elevadas temperaturas envolvidas e do risco de
coqueamento no interior dos tubos, o combustível usado
deverá ser gás combustível ou gás natural, uma vez que:
• são combustíveis limpos, não comprometendo a qualidade
de queima;
• produzem chamas estáveis, reduzindo o risco de incidência
direta nos tubos;
• permitem um melhor controle de temperatura nos passes;
• produzem gases de combustão com baixo teor de
contaminantes e com menor formação de fuligem:
 alinhados com as restrições ambientais;
 possibilitam o uso de tubos aletados na convecção.
Noção de Craqueamento Térmico
Mecanismo de reação via radical livre:
A velocidade de reação corresponde a freqüência com que se
sucedem os choques eficazes, ao número de choques e a energia
suficiente para ocorrer a reação.
A freqüência de colisão depende de:
- como as espécies estão juntas: concentração, pressão;
- o tamanho das espécies;
- como se movimentam: peso e temperatura do ambiente.

Há outros fatores que também influenciam: a geometria da


molécula, a energia fornecida ao meio reacional, a orientação como
ocorrem os choques, etc.
Forno de Coqueamento

tubos de um
dos passes

queimadores
Exemplo Tambor de Coque - REFAP
Fundo do Tambor de Coqueamento
Tambores de Coqueamento

As condições operacionais de T e P dos tambores são definidas de


acordo com a filosofia de operação da unidade.
• Temperatura no topo do tambor é resultante:
 da temperatura de saída do forno
 do calor consumido pelas reações de craqueamento térmico
 do isolamento térmico da linha de transferência e do tambor
• Pressão no topo do tambor é resultante:
 da pressão no vaso de topo da fracionadora
 da perda de carga na fracionadora e no seu circuito de topo
 da perda de carga na linha de transferência tambor-fracionadora
Tambores de Coqueamento
Características Importantes ...
 presença de 3 fases dentro do tambor:
 líquida: precursora de coque (elevada MM e relação C/H)
 vapor: produtos do craqueamento (baixa MM e relação C/H)
 espuma: resultante da aeração da fase líquida

 necessidade de adição de anti-espumante para minimizar arraste de


finos de coque:
 silicone de alta viscosidade (12.000 cSt até 100.000 cSt)
 bocal de adição deve ser oposto ao bocal de saída do efluente

 medição do nível de coque no tambor por sensores radioativos


 localizados a 50%, 75% e 90% do volume do tambor
Mecanismo de Formação de Coque
Existem dois mecanismos diferentes de formação de coque
influenciados pelo par tempo-temperatura.
- Primeiro mecanismo: Precipitação de Asfaltenos
- composto de altíssimo peso molecular com uma estrutura
complexa, sofre reações de desalquilação das cadeias laterais e
carbonizam-se rapidamente;
- forma resíduo de carbono isotrópico;
- estrutura irregular, amorfa com alto grau de desorganização.
- Segundo mecanismo: Condensação de Aromáticos
-desidrogenação e desalquilação de estruturas aromáticas simples;
- polimerização dos radicais livres formados;
- formação de carbenos e carbóides (percursores de coque).
Destino dos Produtos Laterais

As correntes laterais deixam o conjunto Fracionadora/Retificadoras


especificadas para posterior envio aos seus destinos finais:

NP GOL/GOM GOP
HDT de HDT de
DESTINO 1 FCC
nafta diesel
HDT de
DESTINO 2 FCC Diluente
diesel
DESTINO 3 FCC Diluente -
Condições Operacionais (Caso REDUC)
38oC GC
Blowdown
0,3kgf/cm2 GLP
quench
Compressor
420oC 103oC
1,05kgf/cm2 0,5kgf/cm2 NL
438oC NP 133oC

GOL 197oC

GOM 299oC

420oC GOP 368oC


0,78kgf/cm2
reciclo
256oC
487oC switch 10%
valve Forno 34kgf/cm2
3kgf/cm2 Reator Tanque
Coque 145oC
500oC 270oC
5kgf/cm2 Vapor ou
Água
Exemplo UCR I - REPLAN

Fracionadora
Tambores

Forno
Ciclo do Tambor de Coque

Duração das etapas para um ciclo de 24h


Coqueamento
FASE DESCRIÇÃO DURAÇÃO (h)
1 Enchimento do reator de coque 24
2 Purga do leito de coque com vapor 2,5
3 Resfriamento com água (para sistema de blowdown) 6
4 Drenagem 2
5 Remoção dos flanges 1
6 Descoqueamento 4
7 Recolocação dos flanges 1
8 Purga e teste do reator 1
9 Aquecimento de reator 5
10 Folga 1,5

Descoqueamento
Ciclo do Tambor de Coque

Como garantir a continuidade operacional, já que


sabemos que na prática não há interrupção da admissão
de carga na unidade?

TEMPO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

REATOR A REMOÇÃO DO COQUE ENCHIMENTO

REATOR B ENCHIMENTO REMOÇÃO DO COQUE

A UCR sempre opera com um número par de tambores


Purga do Tambor de Coque

• Inicia-se a injeção do vapor de média antes da conclusão da switch.


• Objetivos da purga:
 retificar o leito de coque, removendo os hidrocarbonetos retidos;
 manter os canais do leito desobstruídos, permitindo o posterior
resfriamento para remoção do coque;
 auxilia no ajuste do VCM (matéria volátil do coque).

• Efluente do tambor (> 400oC) pode ser alinhado para:


 início da purga: para Fracionadora ou apenas para Blowdown
 final da purga: para Blowdown
Resfriamento do Tambor de Coque

• Inicia-se a injeção de água antes da conclusão da purga com vapor.


• Objetivos do resfriamento:
 promover o resfriamento uniforme do coque, evitando a presença de
pontos quentes;
 finalizar a retificação do leito de coque, removendo algum
hidrocarboneto ainda retido.
• Efluente do tambor gerado (~ 350 a 130oC) é alinhado para Blowdown
até o completo enchimento com água:
 acompanhamento do nível de água pelos sensores radioativos;
 acompanhamento do resfriamento pelos termopares radiais do costado
do tambor (Tfinal tambor ~ 100oC)
Drenagem do Tambor de Coque

PISCINAS

TANQUE
Remoção dos Flanges Inferior e Superior
REMOÇÃO DO FLANGE INFERIOR

Flange inferior

Saia de Sistema de abertura manual


descoqueamento Ver filme da
RPBC !
Remoção dos Flanges Inferior e Superior

Sistemas de abertura automática

entrada lateral entrada lateral


de carga de carga

Sistema da Delta Valve


Descoqueamento

• Uso de água de alta pressão para furo do leito e corte do coque (~250
kgf/cm2g):
 a pressão requerida é função do diâmetro do tambor

• Procedimento inadequado de corte gera grande quantidade de finos;


Descoqueamento

p/ piscinas

Ferramenta de
Coque +
furo
água

Ferramenta de
corte
Reaquecimento do Tambor

• Visa condicionar o tambor vazio para o recebimento de carga:


 Tinicial = 100oC (após o teste de pressão)
 Tfinal = 340 a 400oC

• O aquecimento é realizado desviando-se parte do efluente do tambor


em operação;
• O Vaso de Condensado recebe diferentes vazões do fundo do tambor
em aquecimento. A razão L/V, assim como a composição destas fases,
variam continuamente:
 início (tambor frio): % de condensado elevada, com MM baixa
 final (tambor quente): % de vapor elevada
% de condensado baixo, com MM elevada
Reaquecimento do Tambor

TAMBOR AQUECIDO

PRONTO PARA RECEBER CARGA

Ver fotos do
Hot-Spot

INICIA-SE O CICLO NOVAMENTE


Área de Separação de Gases

Unidade de
Vaso de Alta Pressão Tratamento de
Gases do Topo da Águas Ácidas
Torre Combinada

Vaso de topo compressor


NL
GC para
Absorvedor GLP
a de DEA
Absorve D
dora E
NP
B
Recirculante Primária U
T
A
Absorve N
dora I
Z
Secun A
dária D
Óleo rico O
Retificadora R
para torre de A
GOM e
combinada Nafta vapor de
média
ou retorno
de NP
Recirculant GOL e
e vapor de
média
Área de Separação de Gases

• Vaso de alta pressão


 opera a baixas temperaturas e alta pressão, facilitando o processo
de absorção de gases;
 presença de 3 fases distintas:
- vapor (GC enriquecido com GLP e H 2S): segue para Absorvedora
Primária
- hidrocarboneto líquido (NL enriquecida com GLP): segue para
Retificadora de Gasolina
- água ácida (proveniente da lavagem dos gases comprimidos)
Área de Separação de Gases

• Absorvedora Primária
 NL instabilizada + NL produto como óleo de absorção
 absorve as frações C3+ do gás combustível

• Absorvedora Secundária
 NP produto como óleo de absorção
 absorve C3 e C4 ainda presentes no GC e recupera as frações de
nafta arrastadas da Absorvedora Primária
Área de Separação de Gases

• Retificadora de Gasolina
 retificação feita por aquecimento (refervedor)
 fluido de aquecimento: refluxo circulante de GOL / vapor
 remove as frações C2- da mistura GLP + NL, ajustando a PVR do
GLP
• Desbutanizadora
 elevada razão de refluxo
 fluido de aquecimento: refluxo circulante de GOM / vapor
 separa o GLP da NL, ajustando o intemperismo do GLP e a PVR
da NL
Exemplo de Área Fria - REPLAN
Absorvedora Absorvedora
Primária + Secundária
Retificadora de
Gasolina
e
Debutanizadora
Visão Geral dos Tratamentos

PRODUTOS DA UCR
GC DEA Header de GC

GLP DEA TCR GLP tratado

NL

NP HDT Reforma Gasolina


CARGA
UCR
FRESCA GOL

GOM HDT Diesel

GOP FCC

Coque
Blowdown – Recuperação de Hs
Slop da
Desemulsificante Flare
TC refinaria
Para vaso de
topo da torre
combinada
Tanque de
Água
Tratamento de
Vaso de
Clarificada GOL ou GOP Separação Água e
Água Ácida
Óleo

Vaso de
Blowdown

Vaso de Resíduo
Água
Industrial

Tanque de
Vapor Resíduo da
refinaria ou
Torre
Combinada
reprocessa-
mento
Tambor de
Condensado

Torre
Combinada
Decantador
de Finos de Coke pit
Coque
Características do Sistema de Blowdown

• Recebe o efluente do tambor nas etapas de purga e resfriamento,


podendo também receber alívio de PSV;
• É um sistema único, independente do número de tambores da UCR;
• A vazão e composição do efluente varia continuamente ao longo das
fases de purga e resfriamento:
 o sistema de Blowdown não opera em estado estacionário.

• Susceptível à formação de emulsões água-óleo


 busca-se a minimização do uso de água para quench na entrada do Vaso
de Blowdown;
 preferência pelo quench de resíduo ou pelo refluxo resfriado do Vaso de
Blowdown.
Exemplo Blowdown – REPLAN
Vaso de Blowdown
Exemplo Blowdown – REPLAN
Vaso de SAO e Vaso de Slop
Seção de Manipulação de Sólidos

Tanque de
Água
Clarificada

Água da etapa
de resfriamento
do tambor
Coque úmido
caçamba

Coke pit

Água da etapa de
Silo móvel Decantador de
descoqueamento Finos de Coque -
Piscinas

Esteiras
Parque de
Silo armazenamento

Carregamento e
expedição
Principais Equipamentos (Replan)
U-980A U-980

R-98501 A/D TN-98501 R-9801 A/D TN-9801 Ponte Rolante de


Caçamba

TQ-98502 SI-98501 TQ-9802 SI-9801

AL-98501 A/B AL-9801 A/B Alimentadores


MM-98501 MM-98502 MM-9801
Vibratórios
Silo Móvel EP-9801
MM-9802

MM-9803

RM-9801 MM-9804

Empilhadeira de
lança basculante
Retomadora
MM-9805

TORRE DE TRNSFERENCIA

CHAVE DE FLUXO
Torre de
Transferência
Silos de SI-9802 SI-9803

Armazenamento AL-9802 AL-9803

MM-9806

Z-9801 Z-9802

BL-9801 BL-9802
Seção de Manipulação de Sólidos
Seção de Manipulação de Sólidos

Ponte Rolante (REPLAN)


Remoção e Armazenamento do Coque

ponte
rolante

coque empilhado
coque

silo móvel
Remoção e Armazenamento do Coque
Seção de Manipulação de Sólidos
Seção de Manipulação de Sólidos
Decantador de
Finos

Tanque de Água
Clarificada
Maquete Eletrônica
Fatores que Afetam a Qualidade do Coque
Qualidade do Coque
Verde de Petróleo

Qualidade da Carga Variáveis de Projeto e


Processo Engenharia

Curva de destilação Razão de Reciclo Sistema contínuo ou


Densidade Temperatura semicontínuo
%Asfalteno Pressão Capacidade e fatores
Resíduo de Carbono Tempo de Enchimento de escala.
% Enxofre Sistema de
%Metais descoqueamento.
Manipulação,
estocagem e transporte.
Constituintes da Carga vs Produtos Gerados

n-parafinas GC
i-parafinas GLP
Elementos
naftênicos Craqueáveis Nafta
Constituintes monoaromáticos Diesel
da Carga ramificados
poliaromáticos Coque cristalino
Elementos
resinas
Coqueáveis
Coque amorfo
asfaltenos
Tipos de Coque Verde de Petróleo
Os tipos de coque são classificados comercialmente pela natureza
química das cargas de origem:
Shot coke - cargas ricas em asfaltenos (> 13% m/m),formadas por
resíduos de vácuo ou resíduos asfálticos que apresentam altos teores de
enxofre e metais - a olho nu, o material apresenta forma esférica de
várias dimensões.
Coque esponja – formado por resíduo de vácuo que ainda contém resinas e
médios teores de enxofre, asfaltenos e metais – a olho nu, o material
apresenta pequenos poros e paredes espessas.
Coque esponja grau anodo- formado a partir do resíduo de vácuo,
apresenta menores teores de impurezas do tipo asfaltenos, enxofre,
resinas e heteroátomos. Camadas mais alinhadas e poros em forma de
elipse.
Coque agulha- classificado como material anisotrópico. Cargas são
formadas por óleos decantados ricos em hidrocarbonetos aromáticos,
que contém baixa presença de asfaltenos, resinas e metais.
Propriedades Importantes do CVP

VCM – Matéria Volátil

HGI – Dureza

% Enxofre

% Metais

Cinzas – material não orgânico

% Silício

Distribuição Granulométrica
Classificação do CVP com Propriedades
Qualidade do Coque antes da Calcinação
Propriedade Shot coke Esponja Grau Esponja Agulha
Combustível Grau Anodo
VCM <12% >10% 8-10% 5-7%

HGI 35-70 >80 80

S 3,5-7% - <3% <0,5%

Cinzas >0,35% - <0,3% <0,1%

Ni >300ppm - <200ppm

Va >20ppm - <200ppm
Referência: Negin e Gardner [1996]
Comparação de Rendimentos
Resíduo de Vácuo Resíduo de Vácuo
Baiano (Baixo Enchova (Alto
Resíduo de Carbono) Resíduo de Carbono)

H2S 0,1% 0,83%


Gás Combustível 4,35% 6,00%
GLP 3,38% 4,22%
Nafta 10,91% 13,10%
Gasóleo Leve 43,60% 30,29%
Gasóleo Pesado 17,26% 11,20%

Coque Verde de Petróleo 20,40% 34,36%

O Resíduo de Carbono é a principal variável que afeta o


rendimento de Coque
Utilização do Coque Verde

Tipo de Coque Usos mais Representativos


Shot Coke Combustível
Fornos de Cimento, Combustível para
Esponja Combustível
Indústrias e Termelétricas e Produção e
TiO2.
Produção de Anodos para Indústria de
Alumínio
Esponja Grau Anodo 2Al2O3 + C + Energia = 4Al + 3CO2 + Calor
Consumo = 450kg coque/t Al
Agulha Eletrodos para Produção de Aços Especiais
•regular, premium e super e Aços Liga
premium
Utilização do Coque Verde

Tipo de Coque Usos mais Representativos


Coque Siderúrgico Siderurgia – uso em coquerias
 Substitui carvão mineral metalúrgico
importado (15 % da carga)

 Processo de redução em auto-forno


Coque metalúrgico + minério + O2 => gusa
2 C(coque) + O2 => 2 C0
2 Fe2O3 + 3 C0 => 2 Fe + 3CO

Agulha Eletrodos para Produção de Aços Especiais


•regular, premium e e Aços Liga
super premium
Utilização na Siderurgia

Produção de Aço.
Coques com baixo
teor de S.
A vantagem do
CVP frente ao
Carvão Mineral é a
menor formação de
escória.
Preços no Mercado Mundial
Coque de Petróleo Verde e Calcinado
Preços de Exportação
Fonte: Pace Petroleum coke Quarterly

Coque Calcinado Grau Anodo ($/t) Jun/2005


• Costa Oeste (FOB) 193-199
• Golfo (FOB) 210-230
• Noroeste Europeu (CIF) 232-272
Coque Verde Baixo Enxofre (%S<2%)($/t)
• Costa Oeste (%S>2) 25-48
• Costa Oeste (%S<2) 46-55
Coque Verde Alto Enxofre (%S>2%)($/t)
• Golfo/Caribe (HGI>50) 11-20
• Golfo/Caribe (HGI<50) 09-18
Preços Comparativos (Fonte: Replan)
GLP 347,83 $/t
MTBE 222,79 $/m3
Nafta Petroquímica 172,87 $/m3
Gasolina A 172,87 $/m3
Diesel B 199,82 $/m3
OC A1 129,64 $/t
OC A2 126,18 $/t
OC 3A 122,48 $/t
OC 4A 119,05 $/t
OC 7A 107,28 $/t
OC 9A 97,23 $/t
OCMAR1 116,81 $/m3
OC Exportação 119,15 $/m3
Resíduo Aromático 125,04 $/t
Coque Verde Combustível 75,00$/t
Coque Verde Grau Anodo* 95,00$/t
- Preço RPBC 2004
Coque Verde Grau Anodo (2005) 133,50$/t
Rentabilidade – Exemplo Coque Combustível

Vazão Preço Densidade Preço


US$/t e Final
t US$
US$/m3
H2 S 0,5 - - -
GC 5 - - -
GLP 4 350 - 1.400,00
NL 10 170 0,704 1.700,00
NP 6 200 0,791 1.517,07
GOL 14 200 0,862 3.248,26
GOM 14 200 0,920 3.043,48
GOP 16,5 100 0,980 1.683,67
Coque 30 75 2.250,00

Carga* 100 100 1,022 9.784, 74


50,00 US$/t
* OC = 0,7xRV + 0,3x(Dieselx0,83)
Rentabilidade – Exemplo Coque Anodo

Vazão Preço Densidade Preço


US$/t e Final
t US$
US$/m3
H2 S 0,5 - - -
GC 5 - - -
GLP 4 350 - 1.400,00
NL 10 170 0,704 1.700,00
NP 6 200 0,791 1.517,07
GOL 14 200 0,862 3.248,26
GOM 14 200 0,920 3.043,48
GOP 14,5 100 0,980 1.479,59
Coque 32 95 3.040,00

Carga* 100 100 1,022 9.784, 74


56,00 US$/t
* OC = 0,7xRV + 0,3x(Dieselx0,83)
Rentabilidade – Exemplo Coque Anodo

Vazão Preço Densidade Preço


US$/t e Final
t US$
US$/m3
H2 S 0,5 - - -
GC 5 - - -
GLP 4 350 - 1.400,00
NL 10 170 0,704 1.700,00
NP 6 200 0,791 1.517,07
GOL 14 200 0,862 3.248,26
GOM 14 200 0,920 3.043,48
GOP 14,5 100 0,980 1.479,59
Coque 32 133,50 4.272,00

Carga* 100 100 1,022 9.784,74


69,00 US$/t
* OC = 0,7xRV + 0,3x(Dieselx0,83)
Dados Econômicos

Investimento:
US$ 150-280.000.000,00

Considerando
HDT + Geradora de Hidrogênio:
US$350.000.000,00

Rentabilidade:
> US$50,00/m3

Processo de Elevadíssima Rentabilidade por


transformar resíduos em frações leves e médias
Produção de Coques Especiais
• Seleção de Carga
•Cargas com caráter fortemente aromático;
•Baixo teor de enxofre e metais;
•Baixo teor de asfaltenos;
•Baixa viscosidade. Por que então não produzimos
somente coques especiais ?
• Condições Operacionais
•Alta Razão de Reciclo (60% a 100%);
•Alta Pressão (3,4-6 atm) e Temperatura;
•Alto tempo de residência e longos ciclos.
•Projeto
•Tambor de maior espessura;
•Forno para condições severas;
•Coque mais duro, requer sistema de descoqueamento mais potente;
•Tambor de menor diâmetro (<24ft);
•Manuseio elaborado e cuidadoso para minimizar finos.
Unidades da Petrobras
Produção
Capacidade
Projeto Início da Capacidade média de
de Projeto
Ano Operação Atual m3/d coque,
m3/d
[t/d]
UCPI Lummus
1.980 1974 2.600 740
RPBC 1972
UCPII Petrobras
2.318 1986 2.700 750
RPBC 1982
UCR Petrobras
3.300 1994 3.800 1.050
REGAP 1987
UCR Petrobras
5.000 1999 6.200 1.400
REPLAN 1994
UCR II Petrobras
5.000 2004 5.800 1.100
REPLAN 1994
Futuras Unidades

Capacidade de
Projeto Ano Situação Atual
Projeto m3/d
Final da
Construção
UCR / REFAP 1997 2.000
Preparação para
partida

UCR / REDUC 2001 5.000 Construção

UCR / REVAP 2004 5.000 Projeto Detalhado


Unidades em Estudo

Início da Capacidade de
Situação Atual
Operação Projeto m3/d
Projeto Básico
UCR / REPAR 2007 5.000
Aprovado
Avaliação
UCR / REGAP 2 - 1.900 (RAT)
Econômica
Avaliação
UCR / RLAM - 5.000
Econômica
RPBC – UCP I

Projeto Lummus

Carga da Unidade – RV Marlim –


2.600m3/d – RCC=19,95%p - 7,4oAPI

Razão de Carga Combinada – 15,7%v

Temperatura da Saída do Forno - 505oC

Não há área de recuperação de gases

“Blowdown” aberto para a atmosfera

Coque tipo Anodo


RPBC – UCP II

Tecnologia Petrobras

Carga da Unidade – RV Marlim –


2.720m3/d – RCC=20,3%p - 7,6oAPI

Razão de Carga Combinada – 20,3%v

Temperatura da Saída do Forno - 505oC

Não há área de recuperação de gases

“Blowdown” fechado

Sistema de decantação de Finos

Coque tipo Anodo


REGAP

Tecnologia Petrobras

Carga da Unidade – RV Cabiúnas –


3.800m3/d – RCC=15%p – 9,3oAPI

Razão de Carga Combinada – 4 a 6%v

Temperatura da Saída do Forno - 498oC

Área de recuperação de gases

“Blowdown” fechado

Coque tipo Combustível


REPLAN – UCR I

Tecnologia Petrobras

Carga da Unidade – RV Marlim –


5.800m3/d – RCC=18%p – 7,9oAPI

Razão de Carga Combinada – 5%v

Temperatura da Saída do Forno - 498oC

Área de recuperação de gases

Pressão baixa no tambor de coque

“Blowdown” fechado

Coque tipo Combustível


REPLAN – UCR II

Tecnologia Petrobras

Projeto Semelhante a UCR em


Operação

Facilidade Operacional

Melhorias no Sistema de Manuseio


de Coque

Adaptação no forno para


processar 6.000m3/d
REFAP

Nova Tecnologia (Reciclos de


destilados)

Novo sistema de “Blowdown”

Área Fria Integrada com a URFCC


REDUC

Carga: mistura tripla


(RV + RASF + Óleo Clarificado)

Otimização energética e
estabilização da área fria

Melhorias na área de separação


dos finos de coque

Implantação do sistema
automático de abertura dos
tambores de coque
Resumo – Situação 2005

5 Unidades em operação (RPBC/REGAP/REPLAN)

Carga Total (RV) processada = 21.100m3/d

Produção de Coque = 5.040 t/d

2 unidades em construção (REDUC/REFAP)

1 unidade em projeto detalhado (REVAP)


Resumo – Crescimento da Produção

Estimativa de Crescimento de Produção Diária de Coque

14.000
RPBC+REPLAN I + REGAP
12.000

10.000
Produção, t/d

RPBC+REPLAN+REGAP+
8.000 REFAP+REDUC+REVAP

6.000
RPBC+REPLAN+REGAP+
4.000 REFAP+REDUC+REVAP+
REPAR+RLAM

2.000

0
Refinarias da
1
Petrobras
Contato para dúvidas

Eng. Cristina Neves Passos


RH/UP/ECTAB

Chave: csgb
Tel:816-5966
Descoqueamento do Forno

Steam-Air Decoking – Descoqueamento com Vapor D’água


• 1) Desagregação do coque com injeção de vapor d’água e queimadores acesos
• 2) Queima dos resíduos da quebra com injeção controlada do ar.
• 3) Injeção de água de serviço para remoção dos resíduos de coque.
Spalling on-line
• Quebra do coque por choque térmico: os tubos são aquecidos e injeta-se água
(condensado) a alta vazão gerando um choque térmico, desagregando o coque.
Este procedimento é repetido algumas vezes
Pigging
• Corpos flexíveis de borracha impelidos nos tubos pela ação de água pressurizada
através de canhões emissores e receptores do pig.
• Mais eficiente para remoção de inorgânicos.
Passar Filme Pigging - RPBC
• Poucas empresas no Brasil
Filme da limpeza do
tubo com pigging
Descoqueamento do Forno

Inspeção Termográfica na REPLAN antes e após descoqueamento


com Pigging.

Antes do Descoque Após o Descoque


Características típicas, em base seca, de algumas das principais
matérias primas empregadas, pela indústria siderúrgica.

Ensaios C V.Regap C. Vegetal C. Metalúrgico


Carbono fixo,% m 89,00 69,9 90,00
Cinzas,% m 0,12 8,7 9,90
Enxofre total,% m 0,76 0,02 0,8
M. Volátil, % m 10,08 21,4 0,1
Elementos
Al 101,00 - -
Ca 61,20 4000 2000
Cd 0,14 - -
Fe 1250 140 7000
Mg 5,40 - -
Ni 72,20 - -
P 1,9 500 330
Si 74,50 2300 2100
Ti 94,30 60,00 890
Zn 4,71 - -
V 116,00 - -
P.Calor.Inf.,kcal/kg 8713 5500 -
Especificações do Coque Agulha.

ENSAIOS SUPERPREMIUM PREMIUM INTERMEDIÁRIO


Cinzas, % m. <0,1 <0,2 <0,2
Coeficiente de
Expansão Térmica <0,2 0,2-0,3 0,31-0,40
(CTE.10-6/Cº(25- 99ºC)
Densidade real,g/cm3 >2,12 >2,12 >2,12
Enxofre total , % m < 0,5 <0,6 < 0,8

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