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Documento assinado via Token digitalmente por RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS, em 22/02/2017 18:53. Para verificar a assinatura acesse
po determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público. Não se consagrou, destarte,
na Emenda Constitucional no 19, o pretendido contrato de
emprego público, eis que não aprovada a nova redação pro-
posta constante do art. 3o do Substitutivo da Comissão Es-
pecial, que foi, em consequência, suprimido do texto. [...].3
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de 30 de junho de 2010; e 772, de 4 de abril de 2014. Todas pos-
suem a mesma argumentação, que não se sustenta, diante do qua-
dro factual relatado.
A Lei Complementar 300/2004 foi objeto da ADI 3.430/ES,
precisamente sobre a contratação de servidores em caráter tem-
porário, cujo pedido foi julgado procedente pelo STF, por una-
nimidade, com estes fundamentos:
Como se vê, em linhas gerais, a Lei contestada autoriza o
Poder Executivo a celebrar contrato administrativo de pres-
tação de serviço, por doze meses, prorrogável por igual
prazo, com particulares, para atender a “necessidade de ex-
cepcional interesse público” no sistema constituído pela Se-
cretaria de Estado da Saúde – SESA e pelo Instituto Estadual
de Saúde Pública – IESP.
[...]
Dessa forma, não basta que a lei, seja ela federal, estadual,
distrital ou municipal, autorize a contratação de pessoal por
prazo limitado para conformar-se ao texto constitucional, eis
que a excepcionalidade das situações emergenciais afasta a
possibilidade de que elas, de transitórias, se transmudem em
permanentes.
A transitoriedade das contratações de que trata o art. 37, IX,
da CF, com efeito, não se coaduna com o caráter perma-
nente de atividades que constituem a própria essência, a ra-
zão mesma de existir do Estado, qual seja a prestação de ser-
viços essenciais à população, dentre os quais figuram, com
destaque, os serviços de saúde.
[...]
No caso sob análise, o texto normativo capixaba regulou a
contratação temporária de profissionais de saúde, atividade
essencial de índole permanente.
[...]
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ria, é preciso que: a) os casos excepcionais estejam previstos
em lei; b) o prazo de contratação seja pré-determinado; c) a
necessidade seja temporária; e d) o interesse público seja ex-
cepcional.
Patente, pois a inconstitucionalidade da Lei Complementar
300/2004 do Estado do Espírito Santo. Resta, então, anali-
sar os efeitos práticos decorrentes do reconhecimento desse
vício pelo Supremo Tribunal Federal. [...]4
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3. O conteúdo jurídico do art. 37, inciso IX, da Cons-
tituição Federal pode ser resumido, ratificando-se,
dessa forma, o entendimento da Corte Suprema de
que, para que se considere válida a contratação tem-
porária, é preciso que: a) os casos excepcionais este-
jam previstos em lei; b) o prazo de contratação seja
predeterminado; c) a necessidade seja temporária; d)
o interesse público seja excepcional; e) a necessidade
de contratação seja indispensável, sendo vedada a
contratação para os serviços ordinários permanentes
do Estado, e que devam estar sob o espectro das con-
tingências normais da Administração.
4. É inconstitucional a lei municipal em comento, eis que a
norma não respeitou a Constituição Federal. A imposição
constitucional da obrigatoriedade do concurso públi-
co é peremptória e tem como objetivo resguardar o cum-
primento de princípios constitucionais, dentre eles, os da
impessoalidade, da igualdade e da eficiência. Deve-se, como
em outras hipóteses de reconhecimento da existência do ví-
cio da inconstitucionalidade, proceder à correção da norma,
a fim de atender ao que dispõe a Constituição Federal. [...]5
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tratar, temporariamente, defensores públicos: inconstitucio-
nalidade. III – Ação direta de inconstitucionalidade julgada
procedente.6
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