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Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual.
Ex.: A menina é uma flor.
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar 1
característica parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra
de conexão (como, parecia, tal, qual, assim, etc). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente.".
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.:Cidade Luz (Paris)
Paradoxo: referente a duas idéias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro
daquele silêncio ensurdecedor."
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: Foi para o céu (morreu)
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: O homem, não sei o que pretendia.
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-
montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite.Noite à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos
Drummond de Andrade)
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: no trânsito, carros e mais carros. (há)
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “nem o céu, nem o mar, nem o brilho
das estrelas”
Aliteração – Repetição de sons consonânticos.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
“Toda a manhã/fui a flor/impaciente/por abrir. /Toda a manhã/fui ardor/do sol/no teu telhado.
“ (Eugénio de Andrade)
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
Exemplo:
“Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos
encontremos.” (Sebastião da Gama)
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
“E agora José? A festa acabou/a apagou/o povo sumiu/a noite esfriou/e agora José? E
agora Joaquim? /Está sem mulher/está sem discurso/está sem caminho…” (Carlos
Drummond de Andrade)
Exemplo:
Exemplo:
(…)
Exemplo:
“Ganhe um momento o que perderam anos/Saiba morrer o que viver não soube!” (Bocage)
“Ali, àquela luz ténue e esbatida, ele exalava a sua paixão crescente e escondia o seu fato
decadente.” (Eça de Queirós)
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
“Eu toco a solidão como uma pedra.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)
“…Só porque lá os velhos apanham de quando em quando uma folha de couve pelas
hortas, fazem de nós uns Zés do Telhado!” (Aquilino Ribeiro)
Disfemismo – Dizer de forma violenta aquilo que poderia ser apresentada de uma
forma mais suave.
Exemplo:
“Esticar o pernil.”
Exemplo:
Exemplo:
”O Chico Avelar é bom moço; mas o pai é tacanho, um bana bóia…! Tem medo de tudo; é
um capacho debaixo dos pés de certos senhores da cidade. Quanto á fortuna de dona
Carolina Amélia, […] bem sabes como aquilo estava: capitais espalhados, rendas em
atraso, casas a cair…” (Vitorino Nemésio)
Exemplo:
“Também, choram [as ondas] todo o dia, /Também se estão a queixar. /Também, á luz das
estrelas, / toda a noite a suspirar!” (Antero de Quental)
Exemplo:
“Se aquele mar foi criado num só dia, eu era capaz de o escoar numa só hora.” (Agustina
Bessa - Luís)
Exemplo:
“Senhora de raro aviso e muito apontada em amanho da casa e ignorante mais que o
necessário para ter juízo.” (Camilo Castelo Branco)
“A Câmara Municipal do Porto, com uma nobre solicitude pelo peixe, para quem parece ser
uma extremosa mãe, e receando com um carinho assustado, que o peixe se
constipasse […] construiu-lhe uma praça fechada.” (Eça de Queirós)
Exemplo:
“A menina Vilaça, A loura, vestida de branco, simples, fresca, com o seu ar de gravura
colorida.” (Eça de Queirós)
Sinédoque – Variante de metonímia, pela qual se exprime o todo pela parte ou vice-
versa.
Exemplo:
Rima – Repetição de sons (não de letras) no fim dos versos ou no seu interior.
Métrica – Pode não ser indiferente o número de sílabas métricas (contadas até à última
sílaba tónica). A métrica mais usada em Camões: redondilha maior e menor (versos de
sete e cinco sílabas, respectivamente) e decassílabo (no soneto e n’Os Lusíadas).
Elipse – Omissão de uma palavra (um adjectivo, um verbo, etc.) que subentende.
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
Equivalente a: Quero perder-me neste Pisão, [quero perder-me] nesta Pereira, [quero
perder-me] neste Desterro.
Exemplo:
“…tão grande sandice é […] desprezar o estado das virtudes, e escolher o estado dos
pecados, como seria se algum quisesse passar algum rio perigoso e tormentoso e achasse
duas barcas: uma forte e segura e mui bem aparelhada, e em que raramente algum se
perde, […] e outra velha, fraca, podre, rota em que todos se perdem, e alguns poucos se
salvam”. (D.Duarte)
Exemplo:
Imagem – Recurso a aspectos sensoriais para, a partir daí, provocar uma forte
evocação afectiva (José M. de Castro Pinto).
Exemplo:
“Para os vales poderosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e
redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia cair
e rolar.” (Eça de Queirós)
Interrogação – Questão retórica, isto é, não visa uma resposta, antes procura dar
ênfase e criar expectativa.
Exemplo:
“Sou por ele [retrato] possuído? /Ou ele me possui?” (Raul de Carvalho)
Metonímia – Emprego de um vocábulo por outro, com o qual estabelece uma relação
de contiguidade (o continente pelo conteúdo; o lugar pelo produto, o autor pela sua
obra, etc.).
Exemplo:
Tomar um copo (=um copo de vinho). Beber um Porto (=um cálice de vinho do Porto).
Perífrase – Figura que consiste em dizer por muitas palavras o que poderia ser dito em
algumas ou alguma.
Exemplo:
Perífrase – consiste em utilizar uma expressão composta por vários elementos em vez
do emprego de um só termo:
Aliteração – repetição do (s) fonema (s) inicial (ais) consonântico (s) de várias palavras
dispostas de modo consecutivo:
Hipálage – consiste na transferência de uma impressão causada por um ser para outro
ser, ao qual logicamente não pertence, mas que se encontra relacionado com o primeiro:
O menino de sua mãe – “No plaino abandonado”