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Escola Técnica SENAI Santo Amaro

Curso Técnico em Refrigeração e Climatização

Climatização

Slide 1 – Conforto Térmico e


Qualidade do ar
Docente: Leonardo de Souza Santana
Quem sou eu?
Leonardo de Souza Santana
Contato: leonardo.santana@sistemafiepe.org.br
(81) 98209-9403
Formação acadêmica

Técnico em Refrigeração Mestrado em Engenharia

e Climatização, Escola Mecânica, linha de pesquisa em


Técnica SENAI Petrolina. Processos e Sistemas térmicos;

Especialização em Docência

Engenheiro Mecânico; para a Educação Profissional e

Tecnológica;
Sobre a disciplina

Carga horária: 92h.

Na metodologia atual:
40h – Teoria (EAD)
52h – Prática (SENAI)
“Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas

agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas

também acreditar. ”

Anatole France
Climatização

O que é?

Climatização consiste na remoção de calor de um


corpo ou espaço, com o objetivo de reduzir sua
temperatura trazendo o conforto térmico ao
ambiente;
Conforto Térmico

O que é Conforto Térmico?


Conforto térmico é definido pela ASHRAE (American
Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning
Engineers) como “uma condição mental que expressa
satisfação com as condições térmicas do ambiente que é
avaliado de forma subjetiva pelo indivíduo”.

Fonte: Pirani, 2005.


Conforto Térmico

O que é metabolismo?
Processo pelo qual o corpo converte energia dos alimentos
em calor e trabalho.

O calor que é gerado continuamente


pelo corpo deve ser eliminado a fim de
ter a temperatura interna constante.

Fonte: Conhecimento Cientifico, 2020.


Conforto Térmico
A energia total, produzida no interior do corpo é dissipada da
seguinte maneira (Pirani, 2015):

• Trabalho externo realizado pelos músculos;

• Dissipação de calor sensível através da porção exposta da pele e roupas por


convecção e radiação;

• Dissipação de calor latente por transpiração e difusão de umidade pela pele;

• Dissipação de calor sensível por meio da respiração;

• Dissipação de calor latente devida à respiração.


Conforto Térmico

A taxa de liberação de calor pelo corpo humano pode variar de 120 W


para atividade sedentária até 440 W para atividade intensa.

Este calor representa uma parcela,


muitas vezes, importante da carga
térmica de resfriamento de um sistema
de ar condicionado.
Conforto Térmico

Nem todos os fatores que afetam o conforto sejam completamente entendidos,


porém sabe-se que o conforto é diretamente afetado pelos seguintes fatores:
• Temperatura;
• Umidade;
• Circulação do ar;
• Radiação de superfícies vizinha;
• Odores;
• Poeira;
• Ruído.

Fonte: Mendes, 2020.


Conforto Térmico

Um sistema de ar condicionado deve controlar diretamente quatro parâmetros


ambientais:
• Temperatura do ar (bulbo seco);
• Temperatura das superfícies circundantes;
• Umidade do ar;
A temperatura das superfícies
• Velocidade do ar. circundantes está diretamente
relacionada com as trocas radiantes
entre uma pessoa e a sua vizinhança.
Qualidade do ar Interno

Um ambiente interno
pode ser confortável
sem ser saudável?
Qualidade do ar Interno

Qualidade do Ar Interno

Termo usado para designar condições do ar interno que assegurem conforto aos
seus ocupantes em um ambiente limpo, saudável e sem odores.

Qualidade Aceitável do Ar Interno

Ar no qual não há nenhum contaminante conhecido em concentrações


consideradas nocivas à saúde pelas autoridades competentes e no qual 80% ou
mais das pessoas ali presentes não manifestam insatisfação.
Qualidade do ar Interno

As fontes de contaminação
do ar interno são divididas em
quatro grandes grupos.
Qualidade do ar Interno

Grupo I – Contaminação Interior:


• Pessoas, plantas e animais;
• Liberação de contaminantes pela mobília e acessórios
domésticos;
• Produtos de limpeza;
• Tabagismo;
• Ozônio resultante de motores elétricos, copiadoras, etc.
Qualidade do ar Interno

Grupo II – Contaminação Exterior:


• A necessidade de ventilação e renovação do ar interno pode
levar à introdução de ar externo contaminado.

Dependendo de sua condição normal e ponto de captação, o ar


externo pode se apresentar com concentrações significativas de
vários gases e materiais particulados poluentes.
Qualidade do ar Interno

Grupo III – Contaminação oriunda do Sistema de Condicionamento de Ar:

O próprio equipamento condicionador de ar, caso não seja tratado e limpo


regularmente, pode se tornar fonte de algas, fungos, poeiras, etc. Em especial,
devem ser mencionados:
• Dutos. A poeira acumulada pode dar origem ao desenvolvimento de fungos e
outros microrganismos;
• Unidades de tratamento de ar. As bandejas de condensado reúnem as
condições básicas para o desenvolvimento de bactérias e outros
microrganismos.
Qualidade do ar Interno

Grupo IV – Deficiências do Projeto Global de Condicionamento:

Agrupam-se aqui os fatores não diretamente ligados aos contaminantes ou ao


equipamento condicionador, mas que têm uma influência direta sobre a
qualidade do ar interno. Por exemplo:

• Insuficiência de ar externo;

• Má distribuição do ar interno;

• Operação incorreta do equipamento condicionador;

• Modificações inadequadas do edifício, etc.


Qualidade do ar Interno

O que é síndrome do Prédio


Doente?

É um termo utilizado para designar prédios onde uma


porcentagem atípica dos ocupantes (≥ 20%) apresenta
problemas de saúde tais como irritação dos olhos, garganta
seca, dores de cabeça, fadiga, sinusite e falta de ar.
Qualidade do ar Interno

Vamos verificar os
contaminantes mais comuns:
Qualidade do ar Interno

CO2 (Dióxido carbono)

• Produto da respiração de todos os mamíferos;

• Não constitui um risco direto à saúde humana;

• A sua concentração é indicativa da boa ou má ventilação de um


ambiente.
Qualidade do ar Interno

CO (Monóxido de Carbono)

• Fontes mais comuns: a combustão incompleta de hidrocarbonetos e


fumaça de cigarro.
• Fornalhas mal ventiladas, chaminés, aquecedores de água e incineradores
causam problemas muitas vezes.
• Gás altamente tóxico.
• Prédios com tomadas de ar externo localizadas próximas a locais de
muito tráfego apresentam altos níveis de CO.
Qualidade do ar Interno

Óxidos de enxofre

• Produzidos pela utilização de combustíveis contendo enxofre;

• Na presença de água pode formar ácido sulfúrico, o que causará


problemas respiratórios aos ocupantes;

• Penetram em um edifício através das tomadas de ar externo ou de


vazamentos em equipamentos de combustão no interior do mesmo.
Qualidade do ar Interno

Óxidos de nitrogênio

• Produzidos pela combustão com ar a altas temperaturas (motores a


combustão interna e efluentes industriais).

• Opiniões divergem quanto à sua toxicidade;

• Dentro de limites práticos, a sua concentração deve ser mantida a mais


baixa possível;

• Penetram em um edifício através das tomadas de ar externo ou de


vazamentos em equipamentos de combustão no interior do mesmo.
Qualidade do ar Interno

Compostos Orgânicos Voláteis (COV)

• Presentes em um ambiente interno como produtos de combustão, mas


também presentes em pesticidas, materiais de construção, produtos de
limpeza, solventes, etc;

• Normalmente as concentrações estão abaixo dos limites recomendados,


mas algumas pessoas são hipersensíveis;

• O gás formaldeído é um dos COV mais comuns, sendo irritante dos olhos e
das mucosas e com possível ação cancerígena.
Qualidade do ar Interno
Material Particulado
• Uma amostra típica de ar externo contém fuligem, fumaça, sílica, argila,
matéria vegetal e animal putrefata, fibras vegetais, fragmentos metálicos,
fungos, bactérias, pólen e outros materiais vivos;

• Há ainda material particulado originário do próprio ambiente como fungos e


poeira de tapetes, roupas de cama, etc.;

• Algumas partículas são muito pequenas (0,01 µm), o que dificulta e encarece
a limpeza do ar;

• Quando esta mistura se encontra suspensa no ar é denominada aerossol;

• Podem ser a causa de alergias e outros males.


Qualidade do ar Interno

A importância das questões relativas à qualidade do ar de


interiores (QAI) se faz evidente pela publicação em 28 de
agosto de 1998 da portaria N° 3.523 do Ministério da
Saúde e pela Lei N° 13.589 de Janeiro de 2018.

A portaria, determina que serão objeto de regulamento técnico, a ser elaborado


pelo Ministério da saúde, medidas específicas referentes a padrões de qualidade
do ar em ambientes climatizados.
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Fonte: Abrava, s.d.


PMOC (Plano de Manutenção, operação e controle)

Este é o documento que todos os edifícios com sistema de


climatização artificial de uso público e coletivo devem ter
para acompanhamento de todas as intervenções que forma
realizadas nos equipamentos, assim como para fiscalização
de órgãos competentes para checagem das boas práticas
de engenharia (Abrava, s.d).

O PMOC deve ficar em local de fácil acesso para que


todos que assim desejarem, possam consultá-lo.

Fonte: Abrava, s.d.


PMOC (Plano de Manutenção, operação e controle)

O que é o PMOC?

É o conjunto de documentos onde constam todos os dados da


edificação, do sistema de climatização, do responsável técnico,
bem como procedimentos e rotinas de manutenção
comprovando sua execução (Abrava, s.d).

Fonte: Abrava, s.d.


PMOC (Plano de Manutenção, operação e controle)

O PMOC busca obter a melhor qualidade do ar de interiores, além de preservar os


equipamentos, diminuir as falhas dos sistemas e diminuir os gastos com energia
elétrica. Um PMOC bem aplicado resulta em ambientes com conforto térmico, com o
ar dentro dos limites impostos pela Resolução 09 da Anvisa, com boa eficiência
energética, com custos de manutenção minimizados, e longevidade dos
equipamentos assegurada (Gondini, 2018).
Qualidade do ar Interno

De acordo com McQuiston e Parker (1994) estão a seguir os quatro métodos


básicos para a manutenção da qualidade do ar de interiores (Pirani, 2005):

1. Eliminação ou modificação da fonte de contaminantes – método mais


eficiente para se reduzir a concentração de contaminantes não gerados
diretamente pelos ocupantes ou pelas atividades no interior do edifício.

2. Distribuição do ar interno – remoção de contaminantes gerados por fontes


localizadas antes que se espalhem pelo ambiente climatizado.
Qualidade do ar Interno

3. Uso de ar externo – necessário para manter-se uma porcentagem mínima


de oxigênio no ar interno e ao mesmo tempo diluir-se a concentração de
contaminantes.

4. Limpeza do ar – passo final de um projeto de condicionamento para se


assegurar um ambiente limpo e saudável.
Qualidade do ar Interno

Fonte: Pirani, 2005.


Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Legislação sobre o plano de manutenção, operação e controle.

Fonte: ANVISA, 2020.


Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

A Lei 13.589/2018, sancionada em janeiro de 2018, tornou obrigatório, em todos os

edifícios de uso público e coletivo, o PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle

em sistemas de ar condicionado. A mudança faz com que as legislações sobre o tema

(Portaria 3523 e Resolução 9 da Anvisa), assim como as normas da ABNT, ganhem

força e passem a ser mandatórias.

A nova lei aumenta a conscientização e fiscalização sobre condutas na manutenção em

sistemas de ar condicionado. A promulgação da norma eleva a discussão sobre os

benefícios de uma qualidade do ar satisfatória e sobre os riscos de um sistema em

condições inadequadas para a saúde dos ocupantes (Gondini, 2018).


Qualidade do ar Interno (Lei N°13.589/2018)

Lei N° 13.589, de 4 de Janeiro de 2018

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei:

Art. 1º Todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior
climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC
dos respectivos sistemas de climatização, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais
à saúde dos ocupantes.

§ 1º Esta Lei, também, se aplica aos ambientes climatizados de uso restrito, tais como aqueles dos
processos produtivos, laboratoriais, hospitalares e outros, que deverão obedecer a regulamentos
específicos.
§ 2º (VETADO).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Só é necessário ter PMOC


sistemas de climatização
acima de 5,0 TRs?

Não. Segundo o art. 1º da Lei 13.589/18, “Todos os edifícios de uso


público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado
artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação
e Controle – PMOC dos respectivos sistemas de climatização,
visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde
dos ocupantes.” (Abrava, 2020)
Qualidade do ar Interno (Lei N°13.589/2018)

Lei N° 13.589, de 4 de Janeiro de 2018

Art. 3º Os sistemas de climatização e seus Planos de Manutenção, Operação e Controle - PMOC


devem obedecer a parâmetros de qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente, em
especial no que diz respeito a poluentes de natureza física, química e biológica, suas tolerâncias e
métodos de controle, assim como obedecer aos requisitos estabelecidos nos projetos de sua
instalação.

Parágrafo único. Os padrões, valores, parâmetros, normas e procedimentos necessários à


garantia da boa qualidade do ar interior, inclusive de temperatura, umidade, velocidade, taxa de
renovação e grau de pureza, são os regulamentados pela Resolução nº 9, de 16 de janeiro
de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, e posteriores alterações, assim
como as normas técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Qualidade do ar Interno (Lei N°13.589/2018)

O que foi vetado na Lei N° 13.589, de 4 de Janeiro de 2018?

Ouvido, o Ministério da Justiça e Segurança Pública manifestou-se pelo veto ao seguinte


dispositivo:

§ 2º do art. 1º

“§ 2º O Plano de Manutenção, Operação e Controle – PMOC deve estar sob


responsabilidade técnica de engenheiro mecânico.”

Razões do veto
“O dispositivo cria reserva de mercado desarrazoada, ao prever exclusividade de atuação de um
profissional para a responsabilidade técnica do Plano instituído pelo projeto, contrariando dispositivo
constitucional atinente à matéria, em violação ao inciso XIII do artigo 5° da Constituição, que garante o
direito ao livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão.”
Qualidade do ar Interno (Lei N°13.589/2018)

Então quem é que diz o


profissional qualificado
para fazer o PMOC?
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – 1988

CAPÍTULO I – DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;

Ou seja, o efeito do veto mostra que a própria Constituição assegura que devem-se
atender as devidas qualificações profissionais, já previstas em leis. No caso, com as
entidades que regem o setor, CONFEA, CREA e, mais recentemente, o CFT (Parra, 2020).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Para definição de responsabilidades, temos 3 tipos de profissionais (Parra, 2020):


• Qualificado: É aquele que comprovar conclusão de curso específico na área,
reconhecido pelo sistema oficial de ensino;
• Profissional habilitado: É o profissional que, previamente qualificado, possua o
devido registro legal no competente conselho de classe – no caso, CREA e CFT;
• Profissional capacitado: aquele que atende às seguintes condições,
simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional legalmente
habilitado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Em termos legais, temos a Lei 5.194/66 que regula o exercício


profissional da área da Engenharia e Agronomia.

A Resolução CONFEA nº 218/73, que discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais
da engenharia, arquitetura e agronomia, estabelece em seu Art. 12, item I que (Parra, 2020):

“Compete ao engenheiro mecânico ou ao engenheiro mecânico e de automóveis ou


ao engenheiro mecânico e de armamento ou ao engenheiro de automóveis ou
ao engenheiro industrial modalidade mecânica: o desempenho das atividades 01 a 18 do
artigo 1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações
industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletromecânicos; veículos automotores;
sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de
ar-condicionado, seus serviços afins e correlatos.”
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

De acordo com o CONFEA, o PMOC é uma atividade dividida em duas partes (Parra,
2020):
• A manutenção mecânica do sistema de refrigeração; O ar-condicionado de um lado;
• A avaliação da qualidade do ar do outro.

A parte relativa à manutenção mecânica é privativa de todos os profissionais da


Engenharia Mecânica (engenheiros, tecnólogos ou técnicos), porém a
avaliação da qualidade do ar poderá ser feita por profissionais da engenharia
química, engenharia de segurança do trabalho ou da engenharia
sanitária.
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Com a criação do Conselho Federal dos Técnicos (CFT), foi editada a RESOLUÇÃO 068/2019,
que diz o seguinte:

Art. 1º. O profissional Técnico Industrial habilitado para planejar, elaborar, executar,
coordenar, controlar, inspecionar e avaliar a execução de manutenção de sistema de
refrigeração e climatização, e todos os serviços do PMOC – Plano de Manutenção,
Operação e Controle, relacionados é o Técnico em Refrigeração e Ar Condicionado,
Técnico em Mecânica e o Técnico em Eletromecânica.
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

PMOC

Qual a multa para quem


não cumprir a lei?

LEI DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Segundo a Lei 6.437/77, as multas podem variar de R$ 2.000,00


a R$ 1.500.000,00 dependendo do risco ou gravidade, recorrência
e tamanho do estabelecimento, sendo dobrada na sua reincidência
(Abrava, 2020).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

PMOC
A Portaria 3.523 e a
Resolução 09
continuam valendo?

Sim. A Portaria e Resolução são os regulamentos técnicos que


definem os procedimentos de manutenção de sistemas de
climatização e a qualidade do ar em ambientes internos (Abrava,
2020).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Quem irá fiscalizar a


Lei do PMOC
nova lei?

É entendido que as Vigilâncias Sanitárias dos Municípios, do


Estado e a ANVISA fiscalizem a nova Lei. Outros órgãos
competentes, também podem fiscalizar ambientes para garantir
uma boa qualidade do ar interno (Abrava, 2020).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

Se houver discrepância
PMOC
entre as leis, portarias,
resoluções e normas
técnicas, qual devo seguir?

Pela ordem jurídica, as Leis têm mais força, seguida pelas


Portarias, Resoluções e normas técnicas. Por isso, a recomendação
da ABRAVA é que se sigam a todas. Sempre deve ser levado em
consideração a melhor técnica para garantir a melhor qualidade do
ar interno do ambiente climatizado (Abrava, 2020).
Qualidade do ar Interno (Legislação e Normas)

PMOC
Resolução N° 09, de 16 de Janeiro de 2003 (ANVISA)

No caso da análise do ar, a


empresa responsável pela
manutenção, teria que ter um
laboratório parceiro ou fica a cargo
do cliente responsável contratar
alguma empresa de sua confiança?

A resolução diz que as responsabilidades técnicas devem


ser distintas, nada impedindo que a empresa de
manutenção tenha seu laboratório parceiro. A decisão da
forma de contratação é do cliente (Abrava, 2020).
Qualidade do ar Interno

A norma ABNT NBR 16401-3 especifica os


parâmetros básicos e os requisitos mínimos para
sistemas de ar-condicionado, visando à obtenção de
uma qualidade aceitável de ar interior para conforto.
1º Exemplo: A norma
estabelece a vazão do ar
exterior que de ser
adicionada ao sistema

𝑉𝑒 = 𝑃 × 𝐹𝑝 + 𝐴𝑧 × 𝐹𝑎

Fonte: NBR 16401-3, 2008.


Qualidade do ar Interno

2º Exemplo: A norma
estabelece como deve ser
a filtragem do ar.

Fonte: NBR 16401-3, 2008.


Qualidade do ar Interno

2º Exemplo: A norma
estabelece como deve ser
a filtragem do ar.

Fonte: NBR 16401-3, 2008.


Qualidade do ar Interno

3º Exemplo: A norma
estabelece a distância
mínima para obtenção do
ar de renovação.

Fonte: NBR 16401-3, 2008.


OBRIGADO!
Referências
SILVA, W. Benzor engenharia. Aula 1. 2020.

PIRANI, Marcelo José. Refrigeração e Ar Condicionado: Parte II – Ar condicionado. Salvador: Departamento de Engenharia
Mecânica – Universidade Federal da Bahia, 2005.

ABNT, NBR. 16401-3. Instalações de ar condicionado–sistemas centrais e unitários. Parte 3: Qualidade do ar interior. Primeira
Edição. Rio de Janeiro, 2008.

CONHECIMENTO CIENTÍFICO. Metabolismo, o que é? Definição, características, funções e tipos principais. Disponível em: <
https://conhecimentocientifico.r7.com/metabolismo/> Acesso em 12 de fevereiro de 2020.

MENDES, J. Por que nossas casas não têm conforto térmico. Disponível em: < https://diamont.com.br/tipos-de-sistemas-de-
refrigeracao/> Acesso em 12 de fevereiro de 2020.

ANVISA. Qualidade do ar interior de ambientes climatizados artificialmente. Disponível em: <


http://portal.anvisa.gov.br/anvisa-
esclarece?p_p_id=baseconhecimentoportlet_WAR_baseconhecimentoportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p
_p_col_id=column2&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=2&_baseconhecimentoportlet_WAR_baseconhecimentoportlet_assuntoId=19&_
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climatiza%C3%A7%C3%A3o.&text=Tal%20regulamento%20t%C3%A9cnico%20%C3%A9%20a,ar%20em%20ambientes%20climati
zados%20artificialmente.> Acesso em 12 de fevereiro de 2020
Referências
ABRAVA. Cartilha PMOC Abrava .

ABRAVA. PMOC – perguntas e respostas. Disponível em: < https://abrava.com.br/a-abrava/pmoc-perguntas-e-


respostas/#:~:text=1%C2%BA%20da%20Lei%2013.589%2F18,potenciais%20%C3%A0%20sa%C3%BAde%20d
os%20ocupantes. > Acesso em 15 de Dezembro de 2020.
ANVISA. Resolução RDC nº 09, de 16 de Janeiro de 2003.
BRASIL. Lei 13.589, de 4 de janeiro de 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2018/lei/l13589.htm > Acesso em 15 de Dezembro de 2020.
CFT. Resolução n° 068, de 24 de maio de 2019. Disponível em: https://www.cft.org.br/wp-
content/uploads/2019/05/RESOLUCAO-CFT-N-068-2019.pdf> Acesso em 15 de Dezembro de 2020.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria N° 3.523, DE 28 DE Agosto de 1998.
GONDINI, C. Lei 13.589: benefícios e responsabilidades legais na aplicação do PMOC. Engenharia e
Arquitetura, 2018. Disponível em: < http://www.engenhariaearquitetura.com.br/2018/03/lei-13-589beneficios-e-
responsabilidades-legais-na-aplicacao-do-pmoc > Acesso em 15 de Dezembro de 2020.
PARRA, A. L. A responsabilidade técnica pelo PMOC. Engenharia e Arquitetura, 2020. Disponível em: <
http://www.engenhariaearquitetura.com.br/2020/03/a-responsabilidade-tecnica-pelo-pmoc> Acesso em 15 de
Dezembro de 2020.

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