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IPCA de abril registra 1,21% em Campo Grande.

Acumulado no ano chega a


12,85%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, em Campo Grande, ficou em 1,21%,
0,52 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,73% de março. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta
de 12,85%, acima dos 9,22% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No Brasil, a variação
mensal do IPCA para o mês de abril foi de 1,06%, após ter alcançado 1,62% em março.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 31 de março e 29 de abril de
2022 (referência) com os preços vigentes entre 26 de fevereiro a 30 de março de 2022 (base).

Campo Grande - MS - abril 2022


Índice geral e grupos de Variação Variação acumulada no Peso mensal
produtos e serviços mensal (%) ano (%) (%)
Índice geral 1,21 4,69 100
Alimentação e bebidas 2,02 7,3 22,0947
Habitação 0,02 3,43 15,3885
Artigos de residência 2,22 6,72 4,5599
Vestuário 0,34 3,35 4,7141
Transportes 1,77 5,51 23,3911
Saúde e cuidados pessoais 1,73 2,7 11,8024
Despesas pessoais 0,27 2,1 8,9615
Educação -0,02 6,41 4,1917
Comunicação 0,11 1,04 4,8961
Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - abril 2022

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta de preços em
abril. A maior variação mensal veio de Artigos de residência (2,22% e 0,101 p.p. de impacto). Na sequência
vieram os grupos Alimentação e bebidas (2,02% e 0,446 p.p. de impacto), Transportes (1,77% e 0,414 p.p.
de impacto) e Saúde e cuidados pessoais (1,73% e 0,204 p.p. de impacto). Os demais grupos seguiram da
seguinte forma: Vestuário (0,34%), Despesas pessoais (0,27%), Comunicação (0,11%), Habitação (0,02%) e
Educação (-0,02%).
O grupo Alimentação e bebidas (2,02%) teve o maior impacto no índice em abril (0,446 p.p.) Os principais
destaques vieram dos subitens Batata-inglesa (40,08%), que apresentou aumento em relação ao mês
anterior (0,94%); leite longa vida (7,23%) e Cereais, leguminosas e oleaginosas (4,47%). Nas baixas, ganham
destaque o mamão (-23,01%), a melancia (-12,26%) e o repolho (-3,85%).
O índice mensal da alimentação fora do domicílio foi de 1,45%, indicando retomada na comparação com o
mês anterior (1,07%).
Bandeira tarifária contribui para queda da energia elétrica e causa estabilidade no grupo habitação
O grupo habitação ficou estável (0,02%), puxado pela queda nos preços da energia elétrica (-2,33%). A
partir de 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, sem cobrança extra na conta de luz. Desde
setembro do ano passado, estava em vigor a bandeira de Escassez Hídrica, que acrescentava R$14,20 a
cada 100Kwh consumidos. Houve reajustes em diversas áreas do índice, conforme a tabela:

Por outro lado, houve alta no gás de botijão (4,12%), pois para as distribuidoras o valor subiu 16,1%,
passando de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilograma.Aumento generalizado nos transportes faz o grupo ser o
maior aumento e impacto do mês
Transportes figurou como grupo com segundo maior impacto (0,40 p.p)
No grupo Transportes (1,77%), a alta foi influenciada principalmente pelo preço dos combustíveis. A
gasolina subiu 3,92% e exerceu impacto de 0,36 p.p. no índice do mês. Houve altas também nos preços do
etanol (6,72%), óleo diesel (8,78%) e gás veicular (0,24%).
O subitem ônibus intermunicipal subiu por conta dos reajustes aplicados em três áreas de abrangência do
índice: em Campo Grande (2,52%) reajuste de 10,06%, a partir de 1º de abril; Porto Alegre (1,24%) com
reajuste de 7,33%, a partir de 14 de abril; e Curitiba (0,64%) reajuste de 5,56%, em vigor desde 15 de
março.
Ainda em Transportes, destacam-se as altas do transporte por aplicativo (14,08%), do seguro voluntário de
veículo (3,32%) e do emplacamento e licença (2,19%). No lado das baixas temos o conserto de automóveis
(-2,68%), os automóveis usados (-1,20%), o ônibus interestadual (-0,87%) e os automóveis novos (0,40%).
Vestuário e saúde e cuidados pessoais tiverem variações opostas e seus impactos se anularam
O grupo de vestuário teve aumento de 0,34%, gerando impacto de 0,013% no índice. O subitem calça
comprida infantil maior aumento do grupo (2,98%) seguido pelo aumento da bermuda/short feminino
(2,60%) e vestido (2,57%).
Na outra ponta, a maior queda foi a do subitem camisa/camiseta infantil (-2,15%), acompanhado pelo tênis
(-1,51%) e lingerie (-0,82%).
Saúde e cuidados pessoais têm alta causada pelos itens produtos farmacêuticos
A aceleração do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,73%) decorre principalmente da alta nos preços dos
produtos farmacêuticos (6,01%), que contribuíram com 0,20 p.p. no índice geral. No dia 1º de abril, foi
autorizado o reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica.
As maiores variações, dentro do item produtos farmacêuticos, vieram do oftalmológico (8,08%) e
hormonal (7,96%). O plano de saúde (-0,52%) segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo
de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.
Após recuperação em março (0,72%), o grupo Despesas Pessoais apresentou queda no mês de abril
(0,27%), em Campo Grande
A variação mensal do grupo Despesas Pessoais foi influenciada pelo aumento nos subitens manicure
(3,47%), serviço de higiene para animais (2,37%) e tratamento de animais em clínicas (1,9%). No lado das
quedas, destacam-se os subitens pacote turístico (-2,12%), cabeleireiro e barbeiro (-1,24%) e sobrancelha
(-1,16%).
Já o grupo dos Artigos de residência apresentou aumento de 2,22% na capital sul-mato-grossense,
trazendo o impacto (0,101p.p). As maiores variações vieram dos subitens móveis para sala (3,63%) e
refrigerador (4,73%). No lado das baixas, destacam-se os seguintes subitens: reforma de estofado (-3,87%)
e artigos de iluminação (-1,02%)
O índice do grupo Educação teve uma queda no mês de abril (-0,02%). Nesse mês, o subitem livro não
didático (2,79%) apresentou a maior alta. No lado das quedas, os destaques foram artigos de papelaria (-
1,06%) e autoescola (-1,45%).
O grupo Comunicação apresentou variação mensal de 0,11% e impacto (0,0053 p.p) em Campo Grande. Na
capital, observa-se um aumento em relação ao mês anterior (-0,04%). O maior impacto para esse grupo é
resultante do subitem aparelho telefônico, que apresentou variação de 0,6%.
Maiores informações:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/33670-inflacao-
mantem-alta-e-chega-a-1-06-em-abril-maior-para-o-mes-desde-1996
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/33668-
ipca-foi-de-1-06-em-abril

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