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Como entender o texto de Lucas 20: 35,36

Poderão os ressuscitados para a vida na Terra, se casarem, ou não?


Respondendo aos saduceus, que não aceitavam o ensino da ressurreição, Jesus disse
que, os que tem sido considerado dignos de serem ressuscitados para estarem naquele
sistema de coisas, não se casam nem são dados em casamento, tão pouco podem mais
morrer, mas se tem tornado como os anjos.
Será que Jesus quis dizer com isso, que nenhum ressuscitado se casaria de novo, nem
mesmo com seu amado cônjuge com o qual viveu durante muitos anos aguardando o
paraíso?
Aqueles saduceus, na realidade, não estavam querendo aprender de Jesus. Estavam
apenas querendo testá-lo. Por isso, provavelmente Jesus não tinha a obrigação de lhes
dar todas as informações detalhadas sobre o assunto. Aliás, Jesus sempre usava de
ilustrações sobre as quais Jesus dava as explicações aos seus discípulos. (Mat. 13: 12-
14)
Hoje com um entendimento bem claro dos propósitos de Jeová para com o homem e a
Terra, sobre as esperanças celestial e terrestre, podemos entender melhor daquelas
palavras.
Por exemplo. O Deus Jeová disse que não seria bom para o homem não ter uma
esposa, que seria uma ajudadora e complemento do homem que era perfeito. (Gen 2:
18)
Será então, que vai ser bom para o homem, ou mulher, mesmo perfeitos, ficarem
sozinhos no novo paraiso?
Hoje milhões de viuvos são consolados com a maravilhosa esperança da ressurreição.
Será este consolo em vão, visto que os ressuscitados não serão dados em casamento?

Estas e outras perguntas recebem respostas se os que estavam sendo contados dignos
da ressurreição, e sobre os quais a morte não tem mais autoridade, e que se tornam
como anjos, forem os da classe dos ungidos com espirito santo. (1Cor. 15:53)
Sobre estes, o apostolo Paulo escreveu que são vivificados em espirito e recebem
imortalidade por ocasião da chamada para cima, ou a selagem final, para se tornarem
reis e sacerdotes. ( Fil. 3:14; Rev. 7:4)
Um texto que lança alguma luz sobre isso é Heb. 6:4,5.
Paulo fala ali dos que foram ungidos com espirito santo e que provaram os poderes do
vindouro sistema de coisas. Possivelmente era a respeito destes que Jesus estaria
falando quando corrigiu os saduceus, visto que naqueles dias, todos os que aceitavam
Jesus como Messias e se tornavam crentes fariam parte do Israel espiritual. Por isso
não seriam dados em casamento aqui na Terra.

Evidentemente, Jesus não estava obrigado a explicar àqueles saduceus, a respeito da


primeira ressurreição para os que vão para o céu, e a ressurreição final para os que
herdarão a Terra. (Rom 20:6; Fil. 3: 11)
Outro detalhe é o que Jesus disse sobre serem como os anjos. Quais são os únicos hu-
manos que de fato serão transformados em anjos? (1Cor. 15: 50,51)
Quem são os que se tornam irmãos e coerdeiros de Cristo, e que por isso se tornam fi-
lhos de Deus por serem filhos da primeira ressurreição?
Só existe uma resposta: os 144.000 que foram comprados da Terra! (Rev. 5: 9,10)
Assim, como aprendemos das palavras do Irmão Russel, a Bíblia explica a Bíblia!
E além do mais, Jeová nosso Deus é um Deus de propósitos e que não muda. Sua
palavra não muda. (Isaias 55:11)
É também um Deus de Justiça. Como já sabemos, o Princípio de justiça derruba a dou-
trina do Inferno de fogo, pois não seria justo do ponto de vista de Jeová, que um ser
humano fosse torturado eternamente com fogo, por ter praticado pecados por uns
poucos anos de existência.
Portanto, o mesmo princípio de justiça diz que, Jeová, não privaria eternamente
alguém de se casar no novo mundo, só porque viveu uns meros anos casado neste
sistema iniquo de coisas e morreu!
Talvez Jeová tenha outros propósitos para os ressuscitados ainda não declarados a nós.
Mas é quase impossível acreditar que casais fiéis do passado e do presente que
venham a morrer antes do Harmagedom, não continuem a servir a Jeová como marido
e mulher.
Se assim fosse, certamente haveria alguma referência ou esclarecimento para que o
consolo da ressurreição, com que são consolados os viúvos não fosse em vão, como
uma esperança vazia.
A única certeza que temos é que a morte desfaz o vínculo vitalício do casamento.
Provavelmente, esta é mais uma provisão amorosa do criador para os que desejarem
ou precisarem casar novamente, evidentemente para que o homem ou a mulher não
estivessem destinados a ficarem sozinhos, pois Deus disse que isto não seria bom.
(Gen. 2:18)
Mas existe a opção de que o viúvo não queira se casar novamente com outra pessoa,
porque resolveu aguardar com fé a ressurreição para estar com seu amado/a para
sempre.
Não ficaria feliz o originador do casamento, ver como tais servos seus presam tal
provisão e vinculo sagrado?
Por que não permitiria Jeová que os votos do matrimonio fossem mantidos eternos? É
evidente que teriam de se casar de novo para reatar o vinculo.
Por outro lado, existe a outra opção, já que a morte abre amorosamente o caminho
para um novo casamento, o viúvo/a casa-se com outra pessoa e nasce um novo vinculo
vitalício, de modo que tal pessoa sabe que casando novamente, não tem mais a
possibilidade de ficar com o anterior cônjuge depois da ressurreição. O último vinculo
vitalício formado é o que fica valendo para sempre, pois a morte rompeu o vinculo
anterior.

Na antiga lei de Israel havia a possibilidade, devido à dureza dos corações deles como
disse Jesus, do divórcio por um certificado de repudio. Só que, uma vez que a mulher
se torna-se de outro homem, o anterior não poderia mais voltar a ser seu marido. (Det.
24:1-4)
Assim se estabeleceu um princípio: Seja qual for o motivo, ao abrir mão de um
cônjuge e este se torna de outro, não mais poderá voltar a ser do primeiro. Nem neste
sistema de coisas, nem no que há de vir.

Este é um princípio justo para quem quer se casar novamente agora, neste sistema de
coisas, e para quem voltar na ressurreição, estar livre para se casar com outro cônjuge
e ser feliz para sempre. Assim, ninguém estaria condenado a ficar sozinho/a, nem
neste sistema e nem eternamente sozinho no futuro sistema perfeito, como é do
propósito original de Jeová.

Há também o aspecto da justiça de Jeová. (Deu 32:4)


Seria justo para alguém que ficou casado por poucos meses neste sistema, até mesmo
com um opositor descrente, ficar privado de uma perfeita, feliz e eterna vida conjugal
no novo mundo?

Conhecendo um pouquinho do nosso Grandioso Deus Jeová, e confiando na sua


justiça, tenho a certeza de que as palavras de Jesus aos saduceus se referem
exclusivamente aos ungidos. E não a qualquer dos ressuscitados no novo mundo.

Evidentemente, estes são os meus pensamentos e as minhas conclusões, referente as


pesquisas e meditações.
Deveras, o principal é continuar a ser fiel a Jeová até o fim! Lá no novo mundo
veremos como o amor e a justiça de JEOVÁ vão operar.
Mas tenho comigo um pensamento - Concluir que os ressuscitados na Terra não se
casarão, contraria o que Jeová disse "Não é bom que o homem continue só."
Que o soberano Senhor Jeová me perdoe se eu estou errado, por defender Sua justiça
com minha própria ótica.
Que o Soberano Deus e Grandioso instrutor Jeová, nos faça saber os seus caminhos!
AMÉM.

Este meu raciocínio e entendimento sobre este assunto, já tenho guardado por mais de
40 anos, no aguardo de uma melhor explicação por parte do Corpo Governante.
Agora, finalmente uma "nova luz" sobre Lucas 20: 35,36. Ali Jesus se referiu aos
ungidos. Mas, e sobre os ressuscitados na Terra? Ainda falta clarear o entendimento!
Por isso, resolvi escrever as conclusões das minhas meditações na leitura Bíblia, para
comparar com as novas explicações dadas pelo Escravo, à medida que vão chegando.

Marcelo Ludwig.
01/03/2014 - Complementado em 30/11/2014 após ter ouvido o discurso final do
Superintendente Valdemar Pereira, numa Assenbléia de circuito.

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