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IGREJA BATISTA DE BROTAS


ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
TEMA: O DIVÓRCIO - LIÇÃO 26
TEXTO: MATEUS 19:3-12
AUTORIA: PR. ISAÍAS ALEXANDRIA COSTA

INTRODUÇÃO
Nessa lição estudaremos o ensino de Jesus sobre o divórcio, tema muito na
sociedade moderna.
O crente em Cristo não deve ter apenas uma opinião sobre o divórcio, mas
defender a opinião de Jesus.
Nesse campo podemos notar dois extremos: O liberal e o radical. Os liberais não
veem qualquer problema em que o divórcio seja praticado por quem quiser e em
qualquer condição. Já os radicais emitem opiniões contra o divórcio que nem mesmo o
Mestre por excelência defendeu.
SIGNIFICADO DE DIVÓRCIO
Grego - Apolúo. Significa “Libertar; soltar; liberar; dissolver radicalmente;
desamarrar, como se solta um navio lançado ao mar; desligar, como no caso de um
soldado que dá baixa do exército; desfazer um laço; seccionar; cessar qualquer obrigação e
responsabilidade; separar; libertar, como se liberta um cativo, isto é, soltar-lhe as cadeias
que o prendem para que tenha liberdade de sair”.
A ORIGEM DO DIVÓRCIO
Plínio Silva, no livro: O Divórcio e a Bíblia, escreve: “Ninguém sabe ao certo,
quando e como o divórcio surgiu. Os códigos mais antigos da humanidade já o configuram
como uma instituição social inquestionável. Nas leis de Eshnunna (1825-1787 AC),
descobertas em 1945, no Iraque, encontramos o Artigo 59 que diz: “Se um homem
repudiou a sua esposa depois de ter gerado filhos com ela e tomou outra como esposa, ele
será afastado de sua casa e de tudo o que nela há, e então poderá seguir a quem ama”,
“No “Código de Hamurabi” (1792-1750 AC), o divórcio se apresenta como uma
necessidade social indiscutível, de forma exaustiva e muito avançada em sua concepção”.
ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE O DIVÓRCIO
1. As ciências sociais, tais como a psicologia, sociologia e a psicossociologia, não
veem analisam o divórcio como fato social, sem necessariamente julgar se é ou não
moralmente correto.
2. Igrejas Liberais: “Muitas igrejas modernas são tão lassas em sua aceitação do
divórcio como o foram os fariseus dos dias de Jesus, que permitiam a separação por
“qualquer motivo”. (O Divórcio e a Bíblia, Guy Dutty).
3. A sociedade moderna - A grande maioria da sociedade moderna aceita o
divórcio por qualquer motivo. Isso reflete o pensamento popular acerca do assunto.
A PERGUNTA FEITA PELOS FARISEUS - V. 3
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Mais uma tentativa de confundir Jesus, testando-o para ver se ele seria contra
Moisés. Mas o Mestre era e é maior que Moisés, e por isso deu uma resposta, que
veremos a seguir, a contento.
A RESPOSTA DE JESUS - V. 4-6
O que Deus uniu - Ele uniu homem e mulher, abençoando-os. Há casais, inclusive
nas igrejas, que tentam justificar seu divórcio ao afirmar que seu casamento não foi Deus
que uniu. Deve ficar claro que quando a Bíblia diz: O que Deus uniu, está referindo à união
do homem com sua mulher, e depois dessa união o casal se torna uma só carne, e não
devem mais se separar.
Em Malaquias 2:16 a Escritura diz que Deus detesta o divórcio. E Paulo, escrevendo
aos crentes de Corinto, disse: “No entanto, ordeno aos casados, não eu, mas o Senhor, que
a mulher não se separe do marido... E que o marido não se divorcie da mulher” - I Coríntios
7:10; 11b.
O ARGUMENTO DOS FARISEUS: A PERMISSÃO MOSAICA - V. 7
A permissão a que os fariseus se referiram, da parte de Moisés, está em
Deuteronômio 24:1-4. Para os fariseus valia o argumento mais antigo, o mosaico, vigente
há 14 séculos. O argumento de Jesus, portanto, parecia novo para eles, e não poderia
superar o argumento anterior.
Mas Jesus disse aos fariseus qual o motivo da permissão dada por Moisés: “a
dureza do vosso coração”.
Na verdade Moisés não estava defendendo o divórcio, mas buscando amenizar o
sofrimento das mulheres, as quais ficavam ligadas a um esposo que as abandonava por
outras mulheres, e as esposas ficavam ligadas ao casamento falido, sem nunca mais poder
ter outro marido.
Segundo o Dr. Guy Dutty, citado no livro O Divórcio e a Bíblia, apresenta o modelo
da carta de divórcio no antigo Israel:
“No... dia da semana; no dia... do mês..., no ano..., eu..., que também sou chamado
filho de..., da cidade de..., junto ao rio..., por esse documento, consinto de vontade própria,
não sofrendo coação alguma, eu libero, repudio, e afasto a ti, minha esposa..., que
também é chamada filha de..., que neste dia, na cidade de..., junto ao rio..., e que foi
minha esposa durante algum tempo. E assim, eu a libero e a mando embora, e a afasto
para que possa estar desobrigada e ter domínio sobre si mesmo, para ir casar-se com o
homem que desejar; e nenhum homem pode impedi-Ia, deste dia em diante, e não está
obrigada a nenhum homem; e isso será para você, de minha parte, um termo de dispensa,
um documento de emancipação, uma carta de liberação, de acordo com a lei de Moisés e
Israel.
Testemunha... filho de...............
Testemunha... filho de...............
EXCEÇÃO SOBRE O DIVÓRCIO - V. 9
Traduções feitas da palavra grega pornéia: prostituição; fornicação; infidelidade;
adultério. O termo mais próprio é infidelidade sexual, que abrange todos os outros termos
propostos.
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Jesus permitiu o divórcio só em caso de infidelidade sexual. Há igrejas que não


permitem o divórcio em hipótese alguma, mesmo quando há infidelidade conjugal. Mas
Jesus permitiu, pois quando um cônjuge se une a outra carne, por meio de ato sexual, está
se fazendo um com a pessoa que está fora do casamento, conforme lemos em I Coríntios
6:16 - “Ou não sabeis que quem se une a uma prostituta torna-se um corpo com ela?
Como se disse, os dois serão uma só carne”.
Portanto, tal pessoa quebrou a aliança feita, adulterou, ou seja, rompeu o trato do
casamento, e o cônjuge traído não tem mais obrigação com o que foi infiel.
Todavia, se o prejudicado quiser renovar a aliança, fica a seu critério, mas não
estará obrigado a permanecer, conforme as palavras de Jesus.
A PERIGOSA CONCLUSÃO DOS FARISEUS - V. 10
Sabendo que, como esposos, deveriam procurar viver bem e para sempre com
suas respectivas esposas, e somente podendo divorciar-se em caso de infidelidade sexual;
sabendo ainda da possibilidade de as esposas jamais lhes ser infiéis, e não querendo eles
manter o casamento, concluíram que seria melhor ficar sem casar. Isso certamente
resultaria em uma vida de libertinagem sexual, pois seriam solteiros que cometeriam
fornicação.
A PALAVRA FINAL DE JESUS - V. 11-12
Quem pode receber a sua Palavra - Jesus deixou claro para os fariseus que
somente poderiam receber a sua palavra aqueles que fossem tementes e fiéis a Deus. O
casamento é mantido por aqueles que, conhecendo o devido temor a Deus, consideram a
perpetuidade do matrimônio, vendo-o como bênção, e não pretendem insurgir-se contra
o Senhor, motivados por suas próprias paixões.
A importância da pureza interior - O exemplo dos eunucos demonstra a seriedade
de como o casamento e o que dele advém devem ser assumidos por cada cônjuge. Jesus
diz que há eunucos que chegaram ao ponto de se fazerem tais para herdar o céu, pois se
percebiam fracos e não queriam perder a vida eterna por causa de uma vida de
infidelidade sexual.
CONCLUSÃO
O mais importante em conhecer o que a Bíblia fala sobre o divórcio não é atentar
para a exceção que o autoriza com a finalidade de usufruir desse direito, mas sim para o
quanto Deus não deseja o divórcio.
A lei do divórcio não deve jamais ser usada por casais cristãos.
As regras para corrigir as práticas indevidas são para os infiéis, como Paulo
escreveu, dizendo: “Reconhecendo que a lei não é feita para o justo, mas para os
transgressores e insubordinados, os irreverentes e pecadores, os ímpios e profanos, para
os parricidas, matricidas e homicidas, para os devassos, os sodomitas, os roubadores de
homens, os mentirosos, os perjuros, e para tudo que for contrário à sã doutrina, segundo o
evangelho da glória do Deus bendito, que me foi confiado” - I Timóteo 1:9-11.

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