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A REVELAÇÃO DO CASAMENTO PARA O

NOSSO TEMPO

A Bíblia apresenta diferentes períodos referentes ao casamento, mas também a revelação de


Deus para cada um deles. Os princípios da Lei mosaica são diferentes dos da Nova Aliança.
A poligamia por exemplo não é mais tolerada, a monogamia é o padrão (1 Timóteo 3.2),
isso acontece porque o sacerdócio foi mudado: “Pois, quando se muda o sacerdócio,
necessariamente muda também a Lei.” Hebreus 7.12

Jesus, em Mateus 19.3-10 responde o questionamento de fariseus que perguntavam sobre o


divórcio, se poderiam fazê-lo por qualquer motivo, a resposta foi clara:

“Jesus respondeu: — Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés permitiu
que vocês repudiassem a mulher, mas não foi assim desde o princípio. Eu, porém, lhes
digo: quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e
casar com outra comete adultério.” Mateus 19.8-9

Em sua resposta, o Salvador aborda três momentos diferentes, o primeiro é: “não foi assim
desde o princípio”, trata dos dias de Adão, o começo da trajetória humana. O segundo
período em que era permitido o divórcio é: “por causa da dureza do coração de vocês que
Moisés permitiu que vocês repudiassem a mulher”. O tempo da Lei que Moisés recebeu. Ao
afirmar: “Eu, porém, lhes digo”, Jesus marca um terceiro período, a Nova Aliança.

Luciano Subirá no livro “O Propósito da Família” analisa os três períodos destacados pelo
Senhor:

Primeiro Período: De Adão a Moisés (Romanos 5.14). Jesus disse: “não foi assim desde o
princípio”. Não há menção bíblica de Deus tratar o divórcio nessa fase da história da
humanidade.

Segundo Período: De Moisés a Jesus (João 1.7). Na Lei mosaica, o divórcio foi permitido
em caráter de exceção, por um único motivo: a dureza do coração dos homens.

Terceiro Período: De Jesus até sua vinda, quando se dará a consumação da redenção. Há o
retorno ao padrão anterior à Lei mosaica.
A permissão para o divórcio por causa da dureza do coração dos homens, veio porque as
pessoas não nasciam de novo (João 3.3), não participavam da natureza de Deus (2 Pedro
1.4), e o Espírito Santo não habitava nelas.

Hoje, a partir de uma rendição, o Espírito Santo opera em trazendo amor, perdão,
compreensão, paciência e tudo que é necessário para que o casamento seja bem sucedido. O
sucesso do matrimônio depende de uma vida de entrega total à vontade de Deus.

O DIVÓRCIO

Em Malaquias 2.16, a palavra afirma:

“Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio.”

A vontade do Senhor nunca foi a separação de um casal, Jesus deixa claro que o divórcio
era para aqueles cujo coração estivesse endurecido. Não significa que nunca possa
acontecer, como em casos de violência doméstica por exemplo, o qual é aconselhável a
separação.

O cristão deve se posicionar contra o divórcio, caso seja inevitável, a menos que envolva
relações sexuais ilícitas, não lhe dá o direito de um novo casamento.

“Aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido.
Mas, se ela se separar, que não se case de novo ou que se reconcilie com o seu marido.
E que o marido não se divorcie da sua esposa.” 1 Coríntios 7.10-11

Um novo casamento que não seja com o cônjuge original, se configura em adultério. Está
fora do padrão da Palavra de Deus.

O NOVO CASAMENTO

A bíblia relata duas ocasiões específicas para um novo casamento, são elas: morte de um
cônjuge ou relações sexuais ilícitas.

Romanos 7.2-3 diz:

“Por exemplo, a mulher casada está ligada pela lei a seu marido, enquanto ele vive; mas,
se o marido morrer, ela ficará livre da lei conjugal. De modo que será considerada
adúltera se, enquanto o marido estiver vivo, ela se unir com outro homem. Mas, se o
marido morrer, ela estará livre da lei e não será adúltera se casar com outro homem.”

O texto é claro ao mostrar que após o falecimento do marido ou esposa, é possível haver um
novo casamento sem que esse seja considerado adultério. Além desse caso temos o de
Mateus 19.9, uma exceção apresentada por Jesus: “Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a
sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete
adultério.”

Jesus chama todo divórcio seguido de novo casamento de adultério, com exceção de uma
separação causada por relações sexuais ilícitas.

O termo relações sexuais ilícitas vem da palavra grega “porneia”, que significa
“imoralidade”, “adultério”, “prostituição”, fornicação” e todo tipo de relação sexual
condenada biblicamente.

O plano de Deus é uma aliança matrimonial por toda a vida. Assim como a aliança do
casamento é consumada a partir da relação sexual, ela pode, igualmente, ser destruída por
meio do adultério.

Quando a exclusividade sexual é quebrada, a aliança do casal também é.

É possível que haja restauração de um casamento mesmo após o adultério, o perdão e a


restauração divina podem reverter a quebra de aliança. Para saber mais acesse os
estudos: Compreendendo o perdão e Milagre no casamento.

A ALIANÇA É UM COMPROMISSO
UNILATERAL?

A aliança matrimonial é bilateral, assim como a aliança com Deus, pode ser renovada
mesmo depois de ter sido quebrada. Desistir do casamento, como mencionado acima, não
deve ser a primeira opção, mesmo quando há infidelidade, Deus tem um propósito e planos
para o matrimônio, deve haver misericórdia, perdão e luta por restauração.

Deus é capaz de restaurar a aliança sem que o divórcio e novo casamento seja necessário.

A QUESTÃO DO ABANDONO
Muitos defendem um novo casamento em questões como abandono, mas essa perspectiva
fere a única exceção que Jesus deixou em relação ao divórcio seguido de novo casamento.

A única razão, além da morte, para a quebra da aliança matrimonial, é o adultério.

Não existem garantias de que um cônjuge infiel buscará por restauração em seu casamento,
é possível que persista no erro e abandone sua família. Assim como aquele que abandona
sua casa dificilmente a deixará para viver sozinho, caso aconteça o adultério é uma quebra
de aliança matrimonial. Nessas circunstâncias, a vítima tem o direito de reconstruir sua
vida.

Deus é capaz de restaurar o que parece impossível, creia em milagres e lute pelo casamento.
Que não haja injustiça com aqueles que sofrem pelo luto, com a dor da infidelidade, e a
desastrosa perda do matrimônio.

Que honrar a aliança matrimonial seja a sua escolha e que a Palavra do Senhor te dê visão e
convicção.

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