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DIVÓRCIO: LIBERDADE OU PRISÃO?
1 Comentário / Pastorais / Por Pr. Hernandes
O divórcio está na moda. A sociedade moderna tem sacudido de si o jugo das
Escrituras para viver o permissivismo de uma cultura humanista. Muitos casais com a
esperança morta, com os sonhos sepultados, feridos pela infidelidade, secos pela
ausência do amor buscam a fuga do casamento no divórcio. Mas, será que o divórcio é
a solução? Ele é uma saída legítima e sancionada por Deus para aqueles que não
querem mais viver debaixo da aliança do casamento?

Quando os fariseus tentaram experimentar Jesus, perguntando-lhe se era lícito ao


marido repudiar sua mulher por qualquer motivo (Mt 19.3), Jesus levou-os de volta
para as Escrituras (Mt 19.4-6). Antes de discutir sobre divórcio, devemos debruçar-nos
sobre o que a Bíblia ensina sobre casamento. Para Deus o casamento é heterosexual,
monogâmico, monossomático e indissolúvel. Jesus afirmou que nenhum homem
(advogado, juiz, pastor, sacerdote) tem autoridade para separar o que Deus uniu. O
casamento é uma instituição divina e universal. Mesmo que os cônjuges não tenham
consultado a Deus para se casar, quando a aliança é feita, quando o casamento é
realizado, Deus ratifica aquela aliança. Por isso, o divórcio é condenado por Deus em
todo o tempo, em toda cultura, na vida de todas as pessoas. Deus odeia o divórcio (Ml
2.16). Quando os fariseus retrucaram, perguntando a Jesus porque Moisés, então,
mandou dar carta de divórcio, Jesus como sumo intérprete das Escrituras, declarou
peremptoriamente que Moisés nunca mandou divorciar. Mas, por causa da dureza de
coração, ele permitiu. Entretanto, não foi assim desde o princípio (Mt 19.7-8). Jesus
está deixando claro que o divórcio nunca foi ordenança nem propósito de Deus. Só
aqueles que endurecem o coração e recusam-se a obedecer a Palavra de Deus e a
exercitar o perdão partem para esse expediente inglório.

Jesus deixa claro que as relações sexuais ilícitas, a infidelidade conjugal, é a razão que
pode justificar o divórcio e um novo casamento (Mt 19.9). O apóstolo Paulo,
escrevendo aos coríntios, aponta a outra cláusula exceptiva para o divórcio, que é o
abandono irremediável (I Co 7.15). O cônjuge traído e abandonado é quem pode
divorciar-se e contrair novo casamento e não o cônjuge infiel e trânsfuga. Fora deste
padrão escriturístico, divórcio e novo casamento constitui-se em adultério, visto que
aos olhos do Senhor o primeiro casamento não foi ainda desfeito, mesmo que o juiz já
tenha assinado a carta de divórcio. Nenhuma autoridade na terra tem competência
para desfazer o que Deus uniu. Deus não faz concessão, ele não diminui a exigência
dos seus preceitos para atender aos reclamos de uma sociedade permissiva (Mt
19.10,11). O divórcio fora da permissão da Palavra, mesmo que sancionada pela lei dos
homens e aprovada pela opinião popular é pecado diante de Deus (Mc 10.11-12), é
prisão e não liberdade. Não podemos nos conformar com o que o mundo aprova. Para
nós, povo remido pelo Senhor, a Bíblia precisa ser sempre, nosso único referencial,
nossa única regra de fé e prática. É tempo de tocarmos a trombeta em Sião! É hora de
ouvirmos a voz de Deus e avisarmos àqueles que querem sair pela porta dos fundos do
divórcio, que essa porta vai desembocar numa prisão tormentosa e não num horizonte
espaço de liberdade.

Rev. Hernandes Dias Lopes.


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1 COMENTÁRIO EM “DIVÓRCIO: LIBERDADE OU PRISÃO?”

1.
A ESPERA DE UMA RESPOSTA DE DEUS
21 DE NOVEMBRO DE 2010 EM 13:30
Hernandes,

Gosto muito de ler seus livros e acompanho sua caminhada há tempo.


Entretanto, considero esse artigo muito generalista. Sabemos que existem
pessoas vivendo nem sei como mais, presas pela violência verbal, física e
psicoólogica. Penso que essa interpretação deve ser dada individualmente
considerando as peculiaridades de cada caso.

Quem sofre esse tipo de terror no casamento quase chora ao ler esse artigo.
Deus não ama quem errou ao escolher???

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